Mais homens acusam Kevin Spacey de assédio e ator anuncia que buscará tratamento
Após o ator Anthony Rapp (série “Star Trek: Discovery”) tomar a iniciativa e acusar Kevin Spacey de assédio, vários homens se pronunciaram contra o protagonista de “House of Cards”. Entre eles, o cineasta Tony Montana, que o acusou de “colocar a mão na minha virilha”, e o ator mexicano Roberto Cavazos, que foi ao Facebook lembrar do período em que Spacey foi diretor artístico do teatro Old Vic, em Londres. “Parece que o único requisito era ser homem com menos de 30 anos para o Sr Spacey se achar livre para nos tocar”, escreveu. Outros atores e funcionários do Old Vic ecoaram a acusação, afirmando terem visto Kevin Spacey transformar os 11 anos em que foi diretor artístico da casa numa procissão de assédios. “Nós todos mantínhamos as histórias por baixo dos panos. Eu o vi apalpando homens muitas vezes em várias situações diferentes”, disse um empregado que preferiu se manter anônimo, ao jornal The Guardian. “Ele tirava vantagem do fato de ser esse grande ícone. Ele tocava os homens na virilha. Fazendo muito rápido para que eles não conseguissem desviar.” Uma antiga estagiária do Old Vic, Rebecca Gooden, afirmou ao Guardian que as histórias sobre Spacey eram conhecidas no local. Ela decidiu se identificar após o teatro afirmar, em comunicado, que “não está em posição de comentar casos específicos que podem ter acontecido no passado”. “Havia uma piada recorrente sobre isso. Me disseram que eu não deveria falar sobre o assunto fora do teatro. Fiquei enojada com o fato de o teatro ter escolhido dizer que não sabe de nada”, disse Gooden. Após a divulgação desses casos, uma porta-voz de Kevin Spacey divulgou um comunicado afirmando que o ator vai procurar tratamento. “Kevin Spacey está tomando o tempo necessário para procurar avaliação e tratamento”, diz a nota. “Nenhuma outra informação será divulgada por enquanto.” A opção pelo tratamento e a resposta curta vem logo após a repercussão negativa do único pedido de desculpas de Spacey, que rebateu a primeira acusação de assédio com uma revelação de que era gay, o que pegou muito mal entre a comunidade LGBT+. As consequências da denúncia já incluem o cancelamento de homenagens que ele receberia do Emmy Internacional e a suspensão da produção da 6ª temporada de “House of Cards”. Atualmente, a Netflix avalia como lidar com o escândalo e encontrar uma forma de encerrar a trama da série numa última temporada.
Produção da 6ª e última temporada de House of Cards é suspensa indefinidamente
A produção da 6ª temporada de “House of Cards” foi suspensa indefinidamente nesta terça (31/10), um dia após os executivos da produtora Media Rights Capital e da plataforma Netflix viajarem até Baltimore, onde as gravações estavam em andamento. Na ocasião, a Netflix e a MRC emitiram uma declaração dizendo que eles estavam “profundamente preocupados” com as alegações contra o protagonista e produtor da série, Kevin Spacey, mas também queriam tranquilizar elenco e equipe, após o ator ser acusado de assédio sexual por Anthony Rapp (da série “Star Trek: Discovery”) quando este tinha 14 anos de idade. A repercussão negativa do pedido de desculpas de Spacey, que rebateu a acusação de assédio com uma revelação de que era gay, e o cancelamento de homenagens que ele receberia do Emmy Internacional, somaram-se ao desconforto e, agora, os produtores emitiram um novo comunicado, afirmando que o trabalho foi interrompido para que possam avaliar que rumo tomar. “A MRC e a Netflix decidiram suspender a produção na 6ª temporada de ‘House of Cards’ até novo aviso, para nos dar tempo para avaliar a situação atual e resolver quaisquer preocupações de nosso elenco e equipe”, diz a nota curta. Fontes ouvidas pelos principais sites de notícias de entretenimento dos Estados Unidos já tinham adiantado que a Netflix tinha cancelado “House of Cards”, mas completaria uma última temporada, usando os episódios remanescentes para concluir sua história. Roteiristas podem ter recebido ordem de reescrever a trama, o que também explicaria a suspensão da gravação, para dar tempo para os capítulos finais serem reescritos. Além disso, a revista Variety afirmou que a plataforma estaria considerando produzir um spin-off, que acompanharia alguns personagens de “House of Cards”, sem a presença de Kevin Spacey.
Netflix estaria considerando fazer um spin-off de House of Cards sem Kevin Spacey
A Netflix estaria considerando desenvolver um spin-off da série “House of Cards”, apurou o site da revista Variety. De acordo com a publicação, há várias ideias sendo tratadas entre os executivos da plataformas. Uma delas é centrar a nova história no personagem Doug Stamper (Michael Kelly), com roteiro escrito pelo produtor Eric Roth. Ainda sem título, a nova série aconteceria sem a participação de Frank Underwood, o personagem vivido por Kevin Spacey, que além de estrelar também é produtor de “House of Cards”. O projeto teria o objetivo de preservar o prestígio da atração ao eliminar a participação de Spacey, que é o mais recente membro da indústria americana do entretenimento a ser atingido por um escândalo sexual. Após Spacey ser acusado de tentar abusar o ator Anthony Rapp (série “Star Trek: Discovery”) quando o colega tinha apenas 14 anos, a Netflix teria decidido cancelar “House of Cards”. Produtores da série e executivos se encontraram no set e procuraram acalmar elenco e equipe a respeito do futuro da produção. A princípio, as gravações da 6ª temporada estão mantidas, mas seriam os últimos episódios da série. Rapp disse ao BuzzFeed News que conheceu Spacey em 1986, quando ambos apareceram em peças da Broadway. Uma noite, Spacey o convidou para o seu apartamento para uma festa. Quando percebeu que era o único que ainda estava no apartamento, sofreu uma tentativa de abuso do ator mais velho. Mas como tinha só 14 anos, demorou a entender o que estava acontecendo. Leia aqui mais detalhes do relato do assédio.
Emmy Internacional cancela homenagem a Kevin Spacey
A Academia Internacional de Artes e Ciências Televisivas, responsável pelo Emmy Internacional, anunciou que não irá mais homenagear o ator Kevin Spacey (série “House of Cards”) na cerimônia de premiação deste ano. Spacey, que foi acusado de assediar o ator Anthony Rapp (série “Star Trek: Discovery”) quando o colega tinha apenas 14 anos, iria receber o International Emmy Founders Award, um prêmio honorário dedicado àqueles que contribuíram para aprimorar a qualidade da televisão. Shonda Rhimes (“Grey’s Anatomy” e “Scandal”) e J.J. Abrams (“Lost” e “Westeworld”) estão entre os que receberam a honraria. “A Academia Internacional anuncia que, à luz dos recentes eventos, não irá honrar Kevin Spacey com o International Emmy Founders Award de 2017”, anunciou a instituição por meio de uma nota nas redes sociais. O Prêmio iria reconhecê-lo como “um dos grandes talentos multidimensionais” que “atravessa as fronteiras culturais para tocar a humanidade”. Rapp disse ao BuzzFeed News que os dois se conheceram em 1986, quando ambos apareceram em peças da Broadway. Uma noite, Spacey o convidou para o seu apartamento para uma festa. Quando percebeu que era o único que ainda estava no apartamento, sofreu uma tentativa de abuso do ator mais velho. Mas como tinha só 14 anos, demorou a entender o que estava acontecendo. Leia aqui mais detalhes do relato do assédio.
Feministas protestam contra retrospectiva dos filmes de Polanski na Cinemateca Francesa
Diversas pessoas, inclusive integrantes do grupo Femen, protestaram na noite de segunda-feira (30/10) contra a abertura de uma retrospectiva da a Cinemateca Francesa dedicada ao cineasta Roman Polanski, acusado de agressões sexuais. “Não à homenagem para os estupradores”, gritaram duas ativistas para Polanski, de 84 anos, que compareceu ao local para apresentar seu último filme “D’Après Une Histoire Vraie” (Baseado em fatos reais). As duas mulheres, que estavam de topless e traziam nas costas a frase “Very Important Pedocriminal” (Pedófilo muito importante), um trocadilho com a sigla VIP, foram expulsas da Cinemateca, mas continuaram o protesto do lado de fora do prédio. “Apreciar um artista não significa se calar sobre seus crimes!”, disse Sanaa Beka, que foi protestar convocada por grupos feministas. “Para nós, o importante é cancelar esta retrospectiva, obter desculpas da Cinemateca e provocar uma tomada de consciência”, afirmou Raphaëlle Rémy-Leleu, porta-voz do grupo Osez le Féminisme, horas antes do começo dos protestos. Em 1977, Roman Polanski admitiu ter tido relações sexuais ilegais com Samantha Geimer, que na época tinha somente 13 anos, na casa de Jack Nicholson em Los Angeles enquanto o ator viajava. Em troca da confissão e alguns dias de prisão, um juiz aceitou não manter outras denúncias mais graves contra ele. Mas, convencido de que o magistrado voltaria trás em sua promessa e acabaria o condenando a décadas na cadeia, o cineasta fugiu para a França. Em 2010, a atriz britânica Charlotte Lewis declarou que o diretor a havia forçado a ter relações sexuais quando ela tinha 16 anos. Outra mulher, identificada como “Robin”, o acusou em agosto deste ano de agressão sexual quando tinha 16 anos, em 1973. E no começo de outubro, a justiça suíça indicou que examina novas acusações contra Polanski de uma mulher que o acusa de ter abusado dela em 1972, quando tinha 15 anos. A Cinemateca francesa, presidida pelo cineasta Costa-Gavras, se negou a cancelar o evento. “Fiel a seus valores e a sua tradição, a Cinemateca não pretende ser substituta da justiça”, declarou a instituição, que denuncia um pedido de “censura puro e simples”. “A retrospectiva de Polanski está prevista há muito tempo”, disse na sexta-feira a ministra de Cultura da França, Françoise Nyssen. “Trata-se de uma obra, não de um homem, não vou condenar uma obra”, disse. Uma petição lançada on-line na semana passada para cancelar a retrospectiva reuniu apenas 26 mil assinaturas.
Netflix teria cancelado House of Cards após denúncia de assédio contra Kevin Spacey
A Netflix teria decidido cancelar “House of Cards”, após a denúncia de assédio sexual contra Kevin Spacey, feita pelo ator Anthony Rapp (série “Star Trek: Discovery”). Além de estrelar, Spacey também tem créditos de produtor da série dramática da plataforma de streaming. A atração já tinha começado a gravar os episódios de sua 6ª temporada, que agora servirão como final da trama. A produtora Media Rights Capital e a Netflix emitiram um comunicado conjunto em menos de 12 horas após a publicação da denúncia no site Buzzfeed, dizendo-se estão profundamente “preocupadas com as notícias sobre Kevin Spacey”. “Em resposta às revelações de ontem de noite, executivos de ambas as empresas chegaram em Baltimore nesta tarde para se encontrar com nosso elenco e equipe, e garantir que eles se sintam seguros e apoiados. Conforme programado anteriormente, Kevin Spacey não se encontra trabalhando no set neste momento”, diz o texto suscinto. O comunicado não aborda o cancelamento, mas os principais sites de entretenimento dos Estados Unidos ouviram fontes que afirmam que a informação foi compartilhada com todos os envolvidos na produção. A princípio, os executivos tranquilizaram os profissionais sobre o trabalho em andamento, informando que a 6ª temporada será completada e os últimos 13 episódios exibidos em 2018. “House of Cards” foi especialmente importante para a Netflix, ao estrear em 2013 e render os primeiros prêmios do serviço de streaming, o que abriu caminho para uma transformação na indústria de entretenimento. Ao todo, a série já teve 46 indicações ao Emmy e venceu seis troféus, além de ter recebido um Peabody e dois Globos de Ouro.
Série animada Uma Família da Pesada já tinha aludido a suposta pedofilia de Kevin Spacey
Após a denúncia de assédio contra Kevin Spacey (série “House of Cards”), que teria tentado abusar sexualmente do ator Anthony Rapp (série “Star Trek: Discovery”) quando este tinha 14 anos, um trecho controverso de um episódio de 2005 da série “Uma Família da Pesada” (Family Guy) ressurgiu nas redes sociais. Na cena, Stewie, o bebê da família, aparece pelado e correndo por um shopping, enquanto grita “Eu escapei do porão de Kevin Spacey”. Veja abaixo. A insinuação de pedofilia da animação de Seth MacFarlane é parecida com outra alusão feita pelo próprio criador da série, na qual denunciou Harvey Weinstein. Em 2013, quando apresentou o Oscar, McFarlane também fez um comentário, em forma de piada, sobre os assédios de Weinstein, dizendo que as atrizes indicadas já não precisavam mais “fingir que gostavam dele”. Poucos dias após o escândalo sexual de Weinstein vir à tona, MacFarlane confirmou no Twitter que seu comentário foi motivado pela história de sua amiga Jessica Barth (atriz de “Ted”, dirigido por McFarlane), que lhe contou ter sido vítima do produtor. Seth MacFarlane ainda não tuitou sobre Kevin Spacey.
Criador de House of Cards se pronuncia sobre acusação de assédio contra Kevin Spacey
O criador de “House of Cards”, Beau Willimon, pronunciou-se sobre a acusação de assédio sexual contra Kevin Spacey, o astro da série da Netflix. Ele tuitou seu apoio ao ator Anthony Rapp (série “Star Trek: Discovery”), que afirmou ter sido assediado por Spacey aos 14 anos. “A história de Anthony Rapp é altamente preocupante”, escreveu o produtor e roteirista. “Durante o período em que trabalhei com Kevin Spacey em ‘House of Cards’, eu não testemunhei e nem fiquei sabendo de nenhum comportamento inapropriado no set de gravações ou fora dele. Dito isso, eu levo a sério denúncias desse tipo de comportamento e esta não será exceção. Sinto muito pelo senhor Rapp e apoio sua coragem”. Rapp disse ao site BuzzFeed News que os dois se conheceram em 1986, quando estavam em peças da Broadway. Uma noite, Spacey convidou Rapp para o seu apartamento para uma festa. Mais tarde, segundo Rapp, ele se viu entediado e assistindo TV no quarto de Spacey, quando percebeu que ele era o único que ainda estava no apartamento com o ator, que tinha 26 anos na época. “Ele estava tentando ficar comigo sexualmente”, disse Rapp, antes de contar que conseguiu se esquivar de Spacey e ir embora. Em resposta à denúncia, Spacey tuitou suas “mais sinceras desculpas”, dizendo não se lembrar do corrido por possivelmente estar bêbado na ocasião, mas aproveitou para se assumir gay. A mistura de temas causou controvérsias e agora o ator está sendo acusado de tentar transformar a acusação de assédio numa notícia sobre o fato dele sair do armário. Willimon não trabalha mais em “House of Cards”, tendo abandona a produção ao final da 4ª temporada, no ano passado. Atualmente, ele desenvolve “The First”, uma série sci-fi sobre a colonização de Marte, na plataforma Hulu.
Kevin Spacey é criticado por usar acusação de assédio para se assumir gay
Pegou mal o fato de Kevin Spacey (série “House of Cards”) ter se assumido gay na esteira de uma acusação de assédio sexual, feita pelo ator Anthony Rapp (“Star Trek: Discovery”) ao BuzzFeed News, em que ele relatou um incidente ocorrido quando tinha 14 anos de idade. Várias pessoas reagiram de forma furiosa no Twitter, diante da impressão de que Spacey estaria tentando desviar o foco da alegação de abuso com uma notícia sobre sua sexualidade. O roteirista Travon Free, dos programas “The Daily Show” e “Full Frontal with Samantha Bee”, fez comédia com a situação, transformando a polêmica num meme: “Anthony Rapp: ‘Kevin Spacey tentou me estuprar’. Mídia: “Kevin, como você responde a isso?’ Spacey: ‘uuh…uuhh… Ei, gente, eu sou gay!'” Anthony Rapp: "Kevin Spacey tried to rape me." Media: "Kevin how do you respond?" Spacey: "uuh…uuhh… Hey everyone I'm gay!" pic.twitter.com/6LAEfsyRtF — Travon Free (@Travon) October 30, 2017 “Kevin Spacey acaba de inventar algo que nunca existiu antes: uma má hora para se assumir”, reclamou o roteirista e ator Billy Eichner, da série “American Horror Story”. Kevin Spacey has just invented something that has never existed before: a bad time to come out. — billy eichner (@billyeichner) October 30, 2017 “Tchau tchau, Spacey, adeus, é sua hora de chorar, é por isso que devemos nos despedir”, disse a atriz Rose McGowan, uma das primeiras a vir a público acusar Harvey Weinstein de assédio sexual. Bye bye, Spacey goodbye, it’s your turn to cry, that’s why we’ve gotta say goodbye. #ROSEARMY — rose mcgowan (@rosemcgowan) October 30, 2017 “O comentário de Kevin Spacey foi errado em muitos níveis”, apontou o ator e roteirista Larry Wilmore, criador da série “Insecure”. Kevin Spacey's comment was wrong on so many levels. https://t.co/5pFhiqMK5W — Larry Wilmore (@larrywilmore) October 30, 2017 “Sair do armário não é o mesmo que se revelar como alguém que atacou um garoto de 14 anos. Misturar essas duas coisas é nojento. Isso expõe a comunidade gay a um milhão de críticas e conspirações velhas e cansativas. A distância que tivemos que caminhar para ficarmos longe da noção de que todos somos pedófilos é significativa. Uma pessoa famosa desviar dessas acusações com uma saída do armário é tão cruel com sua suposta nova comunidade que dói. Como você ousa nos envolver nisso?”, escreveu Richard Lawson, crítico da revista Vanity Fair. Coming out as a gay man is not the same thing as coming out as someone who preyed on a 14-year-old. Conflating those things is disgusting — Richard Lawson (@rilaws) October 30, 2017 “Não para o comunicado de Kevin Spacey. Não. Não há quantidade de embriaguez ou armário que desculpe ou explique o assédio a um criança de 14 anos. ‘Desculpe, senhor Spacey, mas sua ficha para entrar para a comunidade gay neste momento foi negada'”, ironizou o produtor e roteirista Dan Savage, da série “The Real O’Neals”. Nope to Kevin Spacey's statement. Nope. There's no amount of drunk or closeted that excuses or explains away assaulting a 14-year-old child. — Dan Savage (@fakedansavage) 30 de outubro de 2017 "I'm sorry, Mr. Spacey, but your application to join the gay community at this time has been denied." — Dan Savage (@fakedansavage) October 30, 2017 “Em outras notícias, Kevin Spacey não negou de abusar sexualmente de Anthony Rapp quando ele era um garoto de 14 anos. Também culpou a embriaguez. Indesculpável”, escreveu o produtor Wajahat Ali, da série “The Secret Life of Muslims”. In other news, Kevin Spacey didn't deny sexually assaulting Anthony Rapp when he was a 14-year-old boy. Also blamed drunkenness. Inexcusable — Wajahat Ali (@WajahatAli) 30 de outubro de 2017 “‘Claro, talvez eu tenha tentado estuprar um menino de 14 anos quando eu tinha 26, mas eu sou gay!’ é uma defesa horrível”, criticou o escritor Ben Shapiro, de “The Ben Shapiro Show”. "Sure, I may have tried to rape a 14-year-old boy when I was 26, but I'm gay!" is a pretty horrible defense. #Spacey — Ben Shapiro (@benshapiro) October 30, 2017 “Eu não me importo se Kevin Spacey é gay. Nós devíamos estar falando sobre as acusações de que ele assediou sexualmente uma criança”, reclamou a jornalista Sarah Harris, do programa “Studio 10”. I couldn't give two stuffs that Kevin Spacey is gay. Allegations he sexually harassed a child is what we SHOULD be talking about. — Sarah Harris ? (@SarahHarris) October 30, 2017 “Isto não diz respeito a você ser gay, Sr. Spacey, mas sobre você ser um alegado pedófilo”, escreveu o jornalista Piers Morgan, apresentador do programa “Good Morning Britain”. This is not about you being gay, Mr Spacey, it's about you being an alleged paedophile. https://t.co/L92PwDsAB0 — Piers Morgan (@piersmorgan) October 30, 2017 “Eu continuou lendo esta declaração e ficando cada vez mais furioso. Se assumir é uma parte linda de ser gay. Juntar isso com uma vilania é completamente errado”, resumiu o jornalista Mark Harris, do site Vulture. I keep rereading this statement and getting angrier. Coming out is a beautiful part of being gay. Attaching it to this vileness is so wrong. — realMarkHarris (@MarkHarrisNYC) October 30, 2017
Ator de Star Trek: Discovery denuncia assédio sexual de Kevin Spacey quando tinha 14 anos
O ator Anthony Rapp, que estrela “Star Trek: Discovery”, acusou Kevin Spacey, o astro de “House of Cards”, de lhe assediar ele quando ele tinha apenas 14 anos. Em resposta, Spacey tuitou suas “mais sinceras desculpas” na noite de domingo (29/10) e se assumiu gay. Rapp disse ao BuzzFeed News que os dois se conheceram em 1986, quando ambos apareceram em peças da Broadway. Uma noite, Spacey convidou Rapp para o seu apartamento para uma festa. Mas ele diz que ficou entediado e preferiu assistir TV no quarto de Spacey, até que percebeu que era o único que ainda estava no apartamento com o ator, que tinha 26 anos na época. Spacey então apareceu e “estava parado na porta, meio que balançava. Minha impressão quando ele entrou na sala era que ele estava bêbado”. O ator da nova série “Star Trek” afirmou que Spacey então o “pegou como um noivo pega a noiva. Mas eu não me debati inicialmente porque minha reação foi de espanto, ‘O que está acontecendo?’ E então ele ficou em cima de mim”. “Ele estava tentando me seduzir”, disse Rapp. “Eu não sei se eu teria usado essa linguagem. Mas eu estava ciente de que ele estava tentando ficar comigo sexualmente “. Rapp então escapou, entrou no banheiro e trancou a porta. “Eu estava tipo, ‘O que está acontecendo?’. Eu vi no balcão ao lado da pia uma foto dele com o braço em torno de um homem. Então, eu acho que em algum nível percebi ‘Oh Ele é gay’. Então, eu abri a porta e disse ‘OK, eu vou para casa agora’. Ele me seguiu até a porta da frente do apartamento e, ao abrir a porta para sair, ele perguntou: ‘Você tem certeza de que quer ir?’ Eu disse: “Sim, boa noite”, e depois fui embora”. Agora com 46 anos, Rapp disse que se sente com sorte por não ter acontecido nada mais, mas ainda está incrédulo por ter tido essa experiência aos 14 anos. Ele completou se dizendo motivado a compartilhar sua história após as numerosas acusações de assédio sexual e abuso que surgiram nos últimos dias, contra Harvey Weinstein, James Toback, Mark Halperin e outros na indústria do entretenimento, para que isso não aconteça mais. Após a publicação do relato, a entidade LGBT+ GLAAD parabenizou Rapp, que interpreta o primeiro tripulante gay numa série de “Star Trek” e é abertamente gay na vida real, pela coragem de ter compartilhado sua história, tuitando: “Obrigado, Anthony e todos os outros que arriscam tudo para falar contra agressões sexuais”. Kevin Spacey, que hoje tem 58 anos, também foi ao Twitter, onde publicou um pedido de desculpas por “o que teria sido um comportamento embriagado profundamente inapropriado”. Ele disse que não se lembra do encontro, mas ficou “mais que horrorizado” ao ouvir o relato de Rapp. O astro de “House of Cards” também observou que teve relações amorosas com homens e mulheres, mas agora escolheu “viver como homem gay”. “Quero lidar com isto honestamente e abertamente, e isto inclui examinar meu próprio comportamento”, ele escreveu. Veja a íntegra do tuíte de Kevin Spacey abaixo. pic.twitter.com/X6ybi5atr5 — Kevin Spacey (@KevinSpacey) October 30, 2017
Corey Feldman anuncia documentário sobre pedofilia em Hollywood e revela sofrer ameaças de morte
Conhecido por seus papéis como ator-mirim em filmes dos anos 1980, como “Os Goonies”, “Conta Comigo” e “Garotos Perdidos”, Corey Feldman anunciou que está preparando um documentário sobre os abusos que sofreu o início de sua carreira em Hollywood. Mas que está com muito medo, pois desde que iniciou a campanha para arrecadar fundos para o projeto, vem sofrendo ameaças de morte. Ele explica, em um vídeo do projeto, que ao revela detalhes de sua vida irá expor um esquema de pedofilia que acontece na indústria do cinema americano e promete denunciar nomes de grande peso em Hollywood. Mas que vai precisar de dinheiro, não só para produzir o filme, mas para se proteger legalmente de processos, já que envolverá o nome de um grande estúdio e de alguém que ainda é muito poderoso. Em sua chamada “Campanha da Verdade”, o ator disse que precisa arrecadar US$ 10 milhões em dois meses para realizar o filme e sua defesa jurídica, e confessa estar com medo do que possa acontecer. A campanha, que está no ar no site Indiegogo, oferece diversas recompensas para quem colaborar. Essa não é a primeira vez que Feldman aborda a pedofilia nos bastidores do cinema americano. Mas, até então, suas declarações eram indiretas. O anúncio do documentário acontece após diversas atrizes superarem o medo de dar nomes a assediadores em série de Hollywood, revelando os escândalos sexuais recentes de Harvey Weinstein e James Toback. O vídeo abaixo foi disponibilizado na página do projeto no Indiegogo.
Jornalista é demitido da Folha após Danilo Gentili mobilizar seguidores contra entrevista
O comediante Danilo Gentili tem aproveitado a divulgação do seu besteirol “Como Se Tornar o Pior Aluno da Escola” para bater na tecla de que humor não deve ter limite, além de atacar a patrulha ideológica. Entretanto, na prática acabou demonstrando que seu próprio humor tem limite pequeno, e que ele é na verdade o maior patrulheiro em atividade no país, capaz de mobilizar tropas de patrulheiros-mirins a fazer bullying virtual até sua vítima ser demitida. Gentili não gostou de uma entrevista/crítica publicada na Folha de S. Paulo e usou as redes sociais para mobilizar seus seguidores contra o autor. Como forma de engajamento, ele disponibilizou um vídeo com a íntegra da entrevista para “denunciar” as perguntas. Mas nele já deixa clara sua má vontade, reclamando da reportagem antes dela ser publicada. “Eu acho que você já está com sua matéria pronta independente do que eu dizer”, ele falou, ao ser questionado a respeito de temas que seu filme de fato aborda. Ao publicar o vídeo, o comediante atacou pessoalmente o jornalista Diego Bargas. “Esse cara do vídeo abaixo se chama Diego Bargas, e como pode ver nas imagens que postei aqui nos coments, ele se comporta mais como militante político do que como jornalista isento. Sendo assim, que credibilidade teria um torcedor do PT entrevistando eu, um artista que está literalmente na lista negra do PT?” Nos “coments”, Gentili publicou registros pessoais de Bargas em seu Twitter, derretendo-se por Lula, Fernando Haddad e Dilma, “a honesta”, para demonstrar a má intenção do entrevistador. Neste ato, sua patrulha se assumiu literalmente ideológica. Entretanto, o principal ponto da entrevista não é política, mas o questionamento feito a Gentili e ao diretor Fabrício Bittar sobre uma cena do filme, protagonizada por Fábio Porchat, envolvendo pedofilia. A questão é se pedofilia tem graça. Danilo preferiu não responder cara a cara com o entrevistador, mas o ironizou no post: “Porque o mesmo cara que estava uma semana atrás defendendo a liberdade para todos artistas e que pedofilia é uma coisa e arte é outra, agora teve um surto moral e se mostra inconformado com uma obra artística de ficção, roteirizada, onde nada daquilo aconteceu na vida real? Chego até mesmo a pensar que na verdade ele estaria escandalizado porque retratamos o pedófilo como um vilão, sem relativizar a pedofilia. Seriam os pedófilos uma nova minoria a ser protegida das piadas?” 48 mil pessoas curtiram o ataque no Facebook. E boa parte foi assediar o jornalista, além do próprio jornal, que demitiu Bargas – provavelmente pelas postagens pessoais de simpatia política, escancaradas por Gentili, que vão contra o “Manual de Redação”. Estarrecedor por um lado. Mas por outro, iluminador. Afinal, ilustra como são parecidos os “petistas” que perseguiram Marcos Petrucelli (o caso “Aquarius”) e os “anti-petistas” que agora miraram em Diego Bargas. Ambas as facções compartilham a mesma visão de mundo estilo Facebook, onde se busca eliminar a existência de contrários, procurando um “botão” para bloqueá-los. “A Folha de S.Paulo me demitiu. Não posso entrar em detalhes sobre isso, mas é tudo muito nebuloso”, Bargas escreveu em seu Facebook. “As perguntas eram espinhosas, mas eram perguntas. Era a oportunidade de o Danilo rebatê-las. Como eu poderia ser mais honesto do que questionando-o? Disseram que as perguntas tinham conotação política, mas são as respostas que importam. Fui condenado por fazer perguntas. São tempos sombrios”, completou. Veja abaixo o post de Gentili e um post de Bargas sobre o caso. E leia o texto original publicado no site da Folha. Vale lembrar que, durante a perseguição sofrida por Petrucelli, a Abraccine, dita Associação de Críticos de Cinema do Brasil, omitiu-se e até certo ponto apoiou os ataques de “cineastas petistas” contra o jornalista. Aguardamos agora a posição da entidade nesta escalada de “artistas” contra a “classe” – que evoca uma conhecida poesia de Eduardo Alves da Costa, atribuída a Vladimir Maiakóvski. COMO SE TORNAR O PIOR JORNALISTA DE CINEMA A Folha de SP publicou hoje uma matéria com a manchete "DANILO SE NEGA A FALAR SOBRE PIADA COM PEDOFILIA". Eu gravei essa entrevista. Posto agora na íntegra. O jornalista da Folha foi honesto? Assista e tire suas próprias conclusões. De todo modo faço questão de apontar algumas coisinhas: 1) Esse cara do vídeo abaixo se chama Diego Bargas, e como pode ver nas imagens que postei aqui nos coments, ele se comporta mais como militante político do que como jornalista isento. Sendo assim, que credibilidade teria um torcedor do PT entrevistando eu, um artista que está literalmente na lista negra do PT? 2) Que tipo de jornalista cultural vai conversar sobre um filme de ficção/comédia e não faz uma pergunta sequer sobre direção, roteiro, fotografia, atuação e outros aspectos artísticos e cinematográficos? 3) Porque o mesmo cara que estava uma semana atrás defendendo a liberdade para todos artistas e que pedofilia é uma coisa e arte é outra, agora teve um surto moral e se mostra inconformado com uma obra artística de ficção, roteirizada, onde nada daquilo aconteceu na vida real? Chego até mesmo a pensar que na verdade ele estaria escandalizado porque retratamos o pedófilo como um vilão, sem relativizar a pedofilia. Seriam os pedófilos uma nova minoria a ser protegida das piadas? 4) Ao perguntar em tom de desaprovação se "pode fazer piada com pedófilo e psicopata" o cara que recebe um salário como "especialista de cinema" (uii) demonstra desconhecer momentos clássicos da sétima arte como o hilário piloto de "Apertem os cintos o piloto sumiu" ou o mais recente "Quero matar meu chefe". Isso pra ser breve e ir parando por aqui. Os exemplos são incontáveis. Todo mundo conhece, menos o burrão aí. Aliás dá uma olhadinha nas imagens que postei aqui nos coments. O cara que reprova psicopatas na ficção parece admirá-los bastante na vida real. 5) Infelizmente a melhor parte desse encontro não foi filmada. Após cortarem a entrevista, ele se levantou dando suas bufadinhas e disse "Eu quero dizer que não gosto do filme". Eu respondi: "E eu quero dizer que não me importo nem um pouco com a sua opinião". 6) Se você assistir o que foi respondido e ler a matéria que ele publicou verá que eu tinha razão. Esse cara já tinha a matéria pronta, ignorando o óbvio, que o Fabrício tão pacientemente explicou. Eu, como já conhecia o tipo, nem me dei ao trabalho, pois saquei qual era a dele desde a primeira pergunta. 7) Se um cara como esse não gostou, não recomenda e ainda precisa fazer matéria desonesta é sinal que você deve correr para o cinema hoje mesmo e assistir "Como Se Tornar O Pior Aluno da Escola". Nos vemos lá! Publicado por Danilo Gentili em Sexta, 13 de outubro de 2017











