Diretor de Mestres do Universo é denunciado por oito ex-atores mirins por abuso sexual
Oito ex-atores mirins acusaram o produtor Gary Goddard de pedofilia e abuso sexual. Ele ficou conhecido como diretor de “Mestres do Universo”, o filme live-action do He-Man, e foi responsável pela criação de séries animadas infantis como “Capitão Power”, “Mega Babies” e “Guerreiros Esqueletos”, mas também produziu várias montagens teatrais de musicais com crianças desde os anos 1970. A denúncia veio à tona numa reportagem do jornal Los Angeles Times, que revisitou uma acusação do ator Anthony Edwards (o Mark da série “E.R./Plantão Médio”). Ele e os ex-atores Mark Driscoll, Bret Nighman e Linus Hoffman afirmam que Goddard os levou para um parque temático da Disney e abusou deles em atrações do local. Os homens ainda citam outro colega, Scorr Drnavich, que faleceu em 1997, como alguém que havia confidenciado a eles ter tido experiência semelhante com Goddard. Os demais acusadores preferiram não ser identificados. Edwards denunciou Goddard numa carta aberta publicada em novembro no site Medium, em que afirma ter sido abusado pelo produtor quando era menor de idade. O ator, que começou sua carreira com 11 anos de idade, diz que Gary era seu mentor e que é na vulnerabilidade, quando pequeno, que os pedófilos atacam. “Eu fui molestado por Goddard, meu melhor amigo foi estuprado por ele… e isso aconteceu por anos”, afirmou o ator. Na reportagem do LA Times, Barbara Costa, agente contratada pela Disney para cuidar de astros mirins na época do passeio abusivo, disse que “suspeitava” do comportamento de Goddard, mas que seus superiores nunca permitiram que ela tomasse nenhuma atitude. Anteriormente, Goddard foi acusado por Michael Egan, junto de outros produtores e do diretor Bryan Singer (“X-Men”), por pertencer a um “circuito pedófilo de Hollywood”. O processo foi retirado por falta de provas, após várias acusações serem desmentidas por fatos irrefutáveis – por exemplo: Singer estava filmando “X-Men” no Canadá, com muitas testemunhas, durante as datas em que Egan o acusou de estuprá-lo no Havaí.
Trailer de telebiografia celebra a amizade e os excessos de Corey Feldman e Corey Haim
O canal pago Lifetime divulgou 27 fotos e o trailer de “A Tale of Two Coreys”, que conta a história de sucesso, amizade e desilusão de Corey Feldman e Corey Haim. Os dois se conheceram no set de “Os Garotos Perdidos” (1987) e colaboraram em comédias populares, como “Sem Licença para Dirigir” (1988) e “Um Sonho Diferente” (1989), antes de suas carreiras implodirem em meio aos excessos da época. Como não poderia deixar de ser, a prévia é repleta de temas de tabloides, com alusões a pedofilia, sexo, drogas, fama e fortuna, com direito à músicas, roupas e cabelos dos anos 1980. Corey Feldman está creditado como produtor da obra, que tem direção do cineasta indie Steven Huffaker (“Love in Moreno Valley”) e traz Elijah Marcano (série “The Walking Dead”) como Feldman e Justin Ellings (série “The Mick”) como Haim, além de Ashley Scott (série “Unreal”) como Sheila, a mãe abusiva e drogada de Corey Feldman. A estreia está marcada para 6 de janeiro na TV americana
Indicação de Christopher Plummer, substituindo Kevin Spacey, é maior surpresa do Globo de Ouro
A maior surpresa da lista de indicados do Globo de Ouro 2018 não foi o terror “Corra!” ser indicado como Melhor Comédia/Musical, mas a inclusão de Christopher Plummer na disputa do troféu de Melhor Ator Coadjuvante. Isto porque o astro veterano filmou sua participação em “Todo o Dinheiro do Mundo” em poucos dias e apenas após a produção voltar para refilmagens. Ele entrou no filme de última hora para substituir o ator Kevin Spacey, envolvido num escândalo sexual. A solução dispendiosa envolveu não apenas mais um salário, mas também refilmagens extensas. E o diretor Ridley Scott só conseguiu o aval da Sony ao prometer que entregaria a nova versão do filme, sem Spacey, no prazo da estreia oficial: 22 de dezembro nos Estados Unidos. A grande ironia é que Plummer tinha sido a escolha original do diretor para o papel, mas a Sony pressionou por Spacey, um ator mais “atual”. A Associação de Imprensa Estrangeira em Hollywood foi a primeira entidade organizadora de prêmios de cinema a assistir a versão final do filme com o novo ator. Ao falar sobre o papel, Plummer defendeu seu trabalho: “Não é uma substituição”. “De um jeito curioso, tudo recomeçou do zero e, por causa disso, é naturalmente diferente”, disse o astro de 87 anos. Plummer ainda comentou as denúncias de assédio sexual contra Spacey. “Toda a situação é muito triste, porque ele é um cara muito talentoso. As circunstâncias são tristes”. “Todo o Dinheiro do Mundo” ainda concorre ao Globo de Ouro em mais duas categorias: Melhor Atriz, com Michelle Williams, e Melhor Direção, com Ridley Scott. O fato de Scott aparecer na lista é outro dado de arrepiar, já que o diretor filmou “Todo o Dinheiro do Mundo” a toque de caixa. Não apenas para aprontá-lo a tempo de pegar a temporada de premiações, mas porque queria chegar aos cinemas antes da estreia de um projeto televisivo sobre a mesma história, feito por outro grande cineasta: a minissérie “Trust”, desenvolvida pelo roteirista Simon Beaufoy e o diretor Danny Boyle (a dupla de “Quem Quer Ser um Milionário?”), que estreia em janeiro no canal pago FX. Filme e minissérie giram em torno do famoso sequestro do então adolescente John Paul Getty III na Itália, em 1973, e as tentativas desesperadas da sua mãe, a ex-atriz Gail Harris (papel de Michelle Williams no filme), para conseguir que o avô bilionário do rapaz pagasse o resgate. Mas John Paul Getty Sr (papel de Plummer), considerado na época o homem mais rico do mundo, recusou-se a pagar os raptores. Por isso, para provar que falavam a sério, os criminosos chegaram a mandar para a família a orelha direita do jovem de 16 anos. O elenco também destaca as participações de Mark Wahlberg (“O Dia do Atentado”) como Fletcher Chase, um ex-agente da CIA encarregado de tratar com os raptores, e Charlie Plummer (“O Jantar”) como o herdeiro sequestrado. A estreia no Brasil está marcada para 25 de janeiro.
Charlie Sheen processa tabloide que o acusou de ter estuprado Corey Haim
O ator Charlie Sheen (das séries “Two and a Half Men” e “Anger Management”) resolveu processar o tabloide National Enquirer após a publicação de uma reportagem que o acusa de ter estuprado Corey Haim (“Os Garotos Perdidos”) nos anos 1980. O tabloide soltou a bomba em meio às denúncias de assédio que vem sacudindo Hollywood desde outubro, quando o New York Times publicou a primeira reportagem expondo Harvey Weinsten. As acusações partiram de Dominick Brascia, um ator inexpressivo que se apresentou como amigo de Haim, já falecido. Em entrevista ao tabloide, Brascia disse que Sheen, então com 19 anos, abusou sexualmente de Haim, que tinha 13 na época em que ambos trabalhavam juntos no filme “A Inocência do Primeiro Amor”, de 1986. Haim teria confidenciado detalhes do caso para o suposto amigo. Este abuso teria colocado o jovem astro na rota de autodestruição que levou à sua morte em 2010. Na ação por calúnia e difamação, o advogado de Sheen aponta que “a National Enquirer afirma ter centenas de pessoas que confirmam as acusações, mas a única pessoa citada, Dominick Brascia, foi ele próprio acusado de ter molestado sexualmente Corey Haim!”. “É igualmente ofensivo que o editor da National Enquirer, o réu Dylan Howard, esteja publicando essa história contra o Sr. Sheen com um ato de vingança pessoal, após não ter conseguido ser o primeiro a revelar a história de que o Sr. Sheen é HIV positivo”, descreve o processo. “A publicação cruel e maliciosa dessa história é particularmente ofensiva porque o Sr. Sheen é pai de cinco filhos, alguns com aproximadamente a mesma idade do Sr. Haim. Esta história não é apenas prejudicial e ofensiva para o Sr. Sheen, mas é prejudicial para a família e seus filhos pequenos também”, informa o documento. Em resposta, o grupo American Media, que publica o National Enquirer, declarou que “mal pode esperar para expor as depravações de Charlie Sheen em um tribunal de justiça”. Apesar do tom abusado da resposta, o diretor de conteúdo da American Media, Dylan Howard, é quem está sendo atualmente processado por assédio, numa história que seu tabloide não publicou. O empresário é alvo de denúncias de funcionárias de sua própria empresa, que ficaram furiosos ao descobrir, numa reportagem da revista New Yorker, que Howard estava ajudando Harvey Weinstein a tentar impedir as denúncias de assédio. Pelo menos cinco funcionárias entraram na justiça contra o patrão, que diz apenas, por meio de seu porta-voz, que as acusações “não tem fundamento”. A novela esquenta.
Filha de Woody Allen questiona porque o pai foi poupado dos escândalos de Hollywood
Dylan Farrow, filha do cineasta Woody Allen, assinou uma coluna no jornal Los Angeles Times, criticando Hollywood e a mídia por minimizarem e não darem importância para as alegações de agressão sexual que ela fez contra o pai no começo dos anos 1990. Publicado na quinta (7/12), o artigo intitulado “Por que a revolução #MeToo poupou Woody Allen?” questiona por que figuras proeminentes da indústria — o ex-magnata Harvey Weinstein, o executivo da Amazon Roy Price, o ator Kevin Spacey e outros — foram “expulsas de Hollywood” após as revelação de casos de assédio e violência sexual, enquanto seu pai continua a ter um acordo de distribuição multimilionário com a Amazon, vários atores disponíveis para seus filmes e ninguém parece se sentir incomodado. “Estamos no meio de uma revolução. São acusações contra chefes e executivos de estúdio, jornalistas… As mulheres estão expondo a verdade e os homens estão perdendo seus empregos, mas essa revolução tem sido seletiva”, escreveu Farrow. Ela acusou o próprio pai de tê-la atacado sexualmente quando ela tinha sete anos de idade. Em seu texto, ela afirmou que os detalhes do incidente, a batalha de custódia familiar e o “padrão de comportamento inadequado” do diretor não foram revelados adequadamente ao público. “É um feito da equipe de relações públicas de Allen e de seus advogados que poucos conheçam esses fatos. Isso também diz respeito às forças que historicamente têm protegido homens como Allen: o dinheiro e o poder usados para transformar o simples em algo complicado, a fim de modelar a história”. Farrow continua: “Nesta névoa deliberadamente criada, atores top concordam em aparecer nos filmes de Allen e os jornalistas tendem a evitar o assunto”. Ela observa: “Embora a cultura pareça estar se transformando rapidamente, minhas alegações aparentemente ainda são muito complicadas, muito difíceis e também ‘perigosas’ demais para se enfrentar… É difícil negar a verdade, mas é fácil ignorá-la. Parte o meu coração quando vejo mulheres e homens que eu admiro aceitando trabalhar com Allen. O sistema funcionou para Harvey Weinstein há décadas. Mas ainda trabalha e funciona para Woody Allen”. A denúncia de Dylan foi trazida à tona durante a separação do diretor e, após a opinião pública se voltar contra Allen, sua equipe legal virou o jogo, deixando mal sua ex, Mia Farrow, acusada de mentir e ensaiar os próprios filhos para se vingar do ex. Mas o juiz do caso não se deixou convencer e não permitiu que Allen tivesse custódia da menina. Na ocasião, ele tinha começado um relacionamento com outra filha de Farrow, Soon-Yi Previn, adotada durante o casamento anterior da mulher, o que alimentou rumores. Allen está até hoje casado como Soon-Yi. Dylan é irmã de Ronan Farrow, que desempenhou um papel importante na revelação dos escândalos de Weinstein, ao publicar uma reportagem na revista The New Yorker que reuniu os primeiros testemunhos de estupros sofridos por vítimas do produtor. Há dois anos, Ronan também questionou a impunidade de Allen num artigo publicado na época da participação do diretor no Festival de Cannes. Na ocasião, ele cobrou o silêncio da imprensa, que o paparicou no evento. Diante disso, Allen chegou a comentar que temia uma “caça às bruxas” após o estouro do escândalo de Weinstein. “Você não vai querer entrar numa atmosfera de caça às bruxas, uma atmosfera de Salem, onde qualquer cara que pisca para um garota em seu escritório de repente tem que ligar para seu advogado para se defender”, declarou. “Isso também não é certo. Mas claro, eu espero que tudo isso transforme em benefício para as pessoas ao invés de apenas uma história trágica”.
House of Cards vai acabar com temporada reduzida estrelada por Robin Wright
A Netflix anunciou que “House of Cards” terá as gravações retomadas no início de 2018 sem a presença de Kevin Spacey, demitido há um mês. Em seu lugar, o protagonismo caberá a Robin Wright no papel de Claire Underwood, agora como presidente dos Estados Unidos. Os novos episódios vão encerrar a atração, que terá uma temporada final reduzida, com apenas oito capítulos, cinco a menos que nas temporadas anteriores. “Estamos empolgados por trazer um desfecho aos fãs”, disse o chefe de conteúdo da empresa, Ted Sarandos, no comunicado que anunciou a decisão da companhia. As gravações estão suspensas desde o final de outubro, após surgirem denúncias de assédio sexual contra Kevin Spacey, intérprete do protagonista da série. No último dia 26, um novo anúncio informou que o hiato tinha sido estendido até, pelo menos, 8 de dezembro. O posicionamento oficial desta segunda-feira (4/12) confirma que a produção será retomada somente em 2018, embora uma data específica não tenha sido revelada. Após a denúncia oriingal de Anthony Rapp (série “Star Trek: Discovery”), atores que trabalharam no teatro Old Vic, de Londres, quando Spacey dirigiu o estabelecimento, mencionaram um ambiente tóxico, marcado pelo assédio em série do ator. Isto encorajou pelo menos oito pessoas da produção de “House of Cards”, segundo reportagem do canal de notícias CNN, a revelarem assédio e abuso sexual de Spacey, nos bastidores da série premiada da Netflix. Antes das denúncias, dois episódios da 6ª temporada já haviam sido rodados. Os roteiristas precisaram reescrever a trama para acomodar as modificações. Semanas atrás, a Netflix comunicou ter cancelado todos os acordos com o Kevin Spacey, incluindo o lançamento do longa-metragem “Gore”, já filmado, que é estrelado por ele.
Christopher Plummer substitui Kevin Spacey nos novos pôsteres de Todo o Dinheiro do Mundo
A Sony divulgou quatro pôsteres de “Todo o Dinheiro do Mundo” (All The Money In The World), que destacam individualmente os personagens, incluindo Christopher Plummer (vencedor do Oscar por “Toda Forma de Amor”) no papel de John Paul Getty. Plummer entrou no filme na pós-produção, como substituto de Kevin Spacey (série “House of Cards”), que se envolveu num escândalo sexual. A solução dispendiosa envolveu não apenas mais um salário, mas também refilmagens extensas. E Scott só conseguiu o aval da Sony ao prometer que entregaria a nova versão do filme, sem Spacey, no prazo da estreia oficial: 22 de dezembro nos Estados Unidos. A grande ironia é que Plummer tinha sido a escolha original do diretor para o papel, mas a Sony pressionou por Spacey, um ator mais “atual”. Para complicar, Ridley Scott filmara “Todo o Dinheiro do Mundo” a toque de caixa. Não apenas para aprontá-lo a tempo de pegar a temporada de premiações, mas porque queria chegar aos cinemas antes da estreia de um projeto televisivo sobre a mesma história, feito por outro grande cineasta: a minissérie “Trust”, desenvolvida pelo roteirista Simon Beaufoy e o diretor Danny Boyle (a dupla de “Quem Quer Ser um Milionário?”), que estreia em janeiro no canal pago FX. Filme e minissérie giram em torno do famoso sequestro do então adolescente John Paul Getty III na Itália, em 1973, e as tentativas desesperadas da sua mãe, a ex-atriz Gail Harris (papel de Michelle Williams no filme), para conseguir que o avô bilionário do rapaz pagasse o resgate. Mas John Paul Getty Sr (papel de Plummer), considerado na época o homem mais rico do mundo, recusou-se a pagar os raptores. Por isso, para provar que falavam a sério, os criminosos chegaram a mandar para a família a orelha direita do jovem de 16 anos. O elenco também destaca as participações de Mark Wahlberg (“O Dia do Atentado”) como Fletcher Chase, um ex-agente da CIA encarregado de tratar com os raptores, e Charlie Plummer (“O Jantar”) como o herdeiro sequestrado. A estreia no Brasil já estava marcada para 2018, em 25 de janeiro, com distribuição da Diamond Filmes.
Todo o Dinheiro do Mundo: Novo comercial troca Kevin Spacey por Christopher Plummer
A Sony divulgou o primeiro comercial de “Todo o Dinheiro do Mundo” (All The Money In The World) após a substituição de Kevin Spacey (série “House of Cards”) por Christopher Plummer (vencedor do Oscar por “Toda Forma de Amor”). Sem procurar esconder a mudança, a prévia até dá mais destaque ao trabalho do novo ator. A substituição de Spacey, que se envolveu num escândalo sexual, foi feita após a produção estar finalizada. A solução dispendiosa envolveu não apenas mais um salário, mas também refilmagens extensas. E Scott só conseguiu o aval da Sony ao prometer que entregaria a nova versão do filme, sem Spacey, no prazo da estreia oficial: 22 de dezembro nos Estados Unidos. A grande ironia é que Plummer tinha sido a escolha original do diretor para o papel, mas a Sony pressionou por Spacey, um ator mais “atual”. Para complicar, Ridley Scott filmara “Todo o Dinheiro do Mundo” a toque de caixa. Não apenas para aprontá-lo a tempo de pegar a temporada de premiações, mas porque queria chegar aos cinemas antes da estreia de um projeto televisivo sobre a mesma história, feito por outro grande cineasta: a minissérie “Trust”, desenvolvida pelo roteirista Simon Beaufoy e o diretor Danny Boyle (a dupla de “Quem Quer Ser um Milionário?”), que estreia em janeiro no canal pago FX. Filme e minissérie giram em torno do famoso sequestro do então adolescente John Paul Getty III na Itália, em 1973, e as tentativas desesperadas da sua mãe, a ex-atriz Gail Harris (papel de Michelle Williams no filme), para conseguir que o avô bilionário do rapaz pagasse o resgate. Mas John Paul Getty Sr (papel de Plummer), considerado na época o homem mais rico do mundo, recusou-se a pagar os raptores. Por isso, para provar que falavam a sério, os criminosos chegaram a mandar para a família a orelha direita do jovem de 16 anos. O elenco também destaca as participações de Mark Wahlberg (“O Dia do Atentado”) como Fletcher Chase, um ex-agente da CIA encarregado de tratar com os raptores, e Charlie Plummer (“O Jantar”) como o herdeiro sequestrado. A estreia no Brasil já estava marcada para 2018, em janeiro, com distribuição da Diamond Filmes.
House of Cards deve retomar produção da 6ª temporada em dezembro
A Media Rights Capital, empresa responsável pela produção de “House of Cards”, emitiu um comunicado definindo a intenção de retomar a produção da 6ª e potencialmente última temporada da série. O hiato foi oficialmente estendido até 8 de dezembro, após as gravações serem suspensas no final de outubro, em meio a acusações de assédio contra o ator Kevin Spacey, protagonista e produtor da atração. A pausa será duas semanas maior que o originalmente previsto. A MRC e a Netflix consideraram que um mês seria suficiente, mas na prática os roteiristas precisaram de mais tempo para resolver como eliminar o personagem de Kevin Spacey da trama já escrita. Ele foi demitido da série após o escândalo sexual tomar proporções “epidêmicas”. Além disso, o final da temporada está sendo reescrito para deixar aberta a possibilidade de um spin-off da série. A Netflix ainda não aprovou esse projeto, mas seria uma forma de continuar o legado de “House of Cards”, primeiro sucesso da plataforma, sem a sombra da participação de Spacey. “Estes últimos dois meses testaram todos nós de maneiras que nenhum de nós poderia ter previsto”, diz o comunicado da MRC. “A principal coisa que aprendemos ao longo deste processo é que esta produção é maior do que apenas uma pessoa e não podemos estar mais orgulhosos de estar associados a uma das mais leais e talentosas equipes de produção e elenco neste negócio”.
Criador de Samurai X é preso no Japão por posse de pornografia infantil
Nobuhiro Watsuki, criador do mangá e anime “Rurouni Kenshin”, conhecido no Brasil como “Samurai X”, foi preso no Japão após ser acusado de posse de pornografia infantil. As informações são do jornal Yomiuri Shimbun e do site Yahoo Japan. De acordo com as reportagens, autoridades japonesas encontraram DVDs com vídeos de menores nuas no escritório e na casa do artista em Tóquio. As investigações apontam que Watsuki comprava conteúdo do tipo e assediava estudantes do ensino fundamental e médio. Segundo o Yahoo Japan, a polícia descobriu a coleção de Watsuki enquanto investigava outro caso. No japão, condenados por posse de pornografia infantil podem enfrentar até 1 ano de prisão e multas que chegam a 1 milhão de ienes (cerca de R$ 29 mil). Lançado em 1994, o mangá de “Samurai X” já rendeu série animada, animações em longa-metragem e três filmes com atores de verdade.
Todo o Dinheiro do Mundo ganha novos pôsteres sem Kevin Spacey
A Sony divulgou dois novos pôsteres de “Todo o Dinheiro do Mundo” (All The Money In The World), que substituem o nome do ator Kevin Spacey (série “House of Cards”) pelo de Christopher Plummer (vencedor do Oscar por “Toda Forma de Amor”). A substituição de Spacey, que se envolveu num escândalo sexual, foi feita após a produção estar finalizada. A solução dispendiosa envolveu não apenas mais um salário, mas também refilmagens extensas. E Scott só conseguiu o aval da Sony ao prometer que entregaria a nova versão do filme, sem Spacey, no prazo da estreia oficial: 22 de dezembro nos Estados Unidos. A grande ironia é que Ridley Scott já tinha rodado o filme a toque de caixa. Não apenas para aprontá-lo a tempo de pegar a temporada de premiações, mas porque precisava chegar aos cinemas antes da estreia de um projeto televisivo sobre a mesma história, feito por outro grande cineasta. A minissérie “Trust”, desenvolvida pelo roteirista Simon Beaufoy e o diretor Danny Boyle (a dupla de “Quem Quer Ser um Milionário?”) estreia em janeiro no canal pago FX. Filme e minissérie giram em torno do famoso sequestro do então adolescente John Paul Getty III na Itália, em 1973, e as tentativas desesperadas da sua mãe, a ex-atriz Gail Harris (papel de Michelle Williams no filme), para conseguir que o avô bilionário do rapaz pagasse o resgate. Mas John Paul Getty Sr (papel de Plummer), considerado na época o homem mais rico do mundo, recusou-se a pagar os raptores. Por isso, para provar que falavam a sério, os criminosos chegaram a mandar para a família a orelha direita do jovem de 16 anos. O elenco também destaca as participações de Mark Wahlberg (“O Dia do Atentado”) como Fletcher Chase, um ex-agente da CIA encarregado de tratar com os raptores, e Charlie Plummer (“O Jantar”) como o herdeiro sequestrado. A estreia no Brasil já tinha sido marcada para 2018, em janeiro, com distribuição da Diamond Filmes.
Tom Sizemore é acusado de abusar de atriz mirim de 11 anos
A revista The Hollywood Reporter publicou uma denúncia grave de abuso de menor contra o ator Tom Sizemore, apoiada no testemunho de uma dúzia de integrantes do elenco e da equipe técnica do filme “Mente Perigosa” (Born Killer) de 2005. Segundo apurou a publicação, o ator foi suspenso e enviado para sua casa após uma menina de 11 anos do elenco contar aos pais que ele tinha tocado suas partes íntimas. As filmagens aconteceram em Utah em 2003, dois anos antes da estreia. O motivo da demora no lançamento do filme foram justamente as complicações surgidas no set. Sizemore foi convocado a filmar cenas adicionais meses depois, para finalizar sua participação, após os pais da criança decidirem não levar adiante as acusações. Na ocasião, o incidente foi abafado. Contatada pela revista, a atriz, que atualmente tem 26 anos, recusou-se a comentar o assunto, informando apenas que contratou um advogado para explorar ações legais contra o ator e seus próprios pais. Ela pediu para não ser identificada. O agente de Sizemore também não quis fazer comentários. Mas a THR falou com uma dúzia de pessoas envolvidas na produção do filme, que confirmaram que Sizemore foi enviado para casa após o suposto incidente. De acordo com esses membros do elenco e da equipe, os rumores agitaram o set e as emoções escalaram em relação ao que supostamente aconteceu, impedindo a finalização das filmagens por vários meses. O incidente teria acontecido durante uma sessão de fotografia, que deveria render uma foto da família do personagem de Sizemore. Intérprete de sua filha, a menina estava sentada em seu colo, quando o ator teria se aproveitado. O gerente de produção, Cassidy Lunnen, lembra que “a garota era tão jovem que não ficou claro para ela e, mais tarde, para seus pais, o que realmente aconteceu e se foi intencional ou não”. Sizemore tem uma longa ficha corrida de confusões, que incluem acusações de uso de drogas e violência contra mulheres, mas nunca tinha sido acusado anteriormente de abuso sexual. Na época do incidente de Utah, ele havia sido condenado por agredir fisicamente e assediado sua ex-namorada, Heidi Fleiss. Consta que ele negou a acusação da jovem atriz quando foi confrontado pelos produtores, mas foi dispensado pelos empresários que cuidavam de sua carreira logo em seguida. A atriz Robyn Adamson, que retratava a esposa, lembra que viu a garota se assustar. “Em certo momento, seus olhos ficaram enormes, como se ela fosse vomitar. Eu estava olhando para ela. Ela logo se reintegrou e continuou a cena, embora tivesse problemas para obedecer a direção. Mais tarde, quando me disseram o que aconteceu, eu soube exatamente que era verdade”. Catrine McGregor, diretora de casting que contratou a jovem atriz, revelou como todos souberam o que tinha acontecido. “A mãe percebeu que sua filha estava excepcionalmente calada e disse que iria levá-la para uma piscina de natação, que era a coisa favorita da menina”, relatou na reportagem. “Quando a menina colocou seu maiô, ela disse para a mãe, de forma perturbadora, que o contato do traje de banho parecia igual ao momento em que o homem pôs seu dedo dentro dela”. Veterana com quatro décadas de carreira como diretora de casting, McGregor afirma que, assim que soube, enviou uma reclamação formal para o departamento jurídico do SAG, o Sindicato dos Atores, e defendeu a demissão imediata de Sizemore. O SAG se recusou a comentar o assunto para a reportagem. A história se espalhou rapidamente. Roi Maufas, que trabalhou como assistente de produção, confirmou: “A menina disse aquilo e todos nós pensamos ‘canalha maldita’. Nunca houve nenhuma dúvida. Ele já era conhecido por fazer comentários inadequados, estar sempre bêbado, falar alto. Estamos falando de um comportamento consistente, sendo apenas ‘Tom Sizemore’ no set todos os dias. Então isso aconteceu. Os homens chegaram a pegar em ferramentas para partir para cima dele. [O produtor James R. Rosenthal, que morreu em 2011] ficou lívido e teve que impedir que um grupo visitasse o Sr. Sizemore para chutar a bunda do cara”. Em entrevistas, os produtores do filme, Jai Stefan, Michael Manshel e Gus Spoliansky, observaram que eles removeram Sizemore do set assim que ouviram a acusação, revisaram as fotos da sessão dos retratos, mas consideraram as evidências inconclusivas. Diante disso, procuraram os pais para encorajá-los a envolver a polícia. Stefan, que junto com os outros descreveu ter sido fortemente afetado pela acusação da atriz (“Eu fiquei tipo ‘Isso aconteceu sob minha responsabilidade?’ Eu comecei a chorar”), lembra que os pais “não queriam que a menina fosse removida do filme”. McGregor, que foi quem contou ao THR sobre o episódio, especula que os pais da menina talvez não desejassem acumular dano profissional ao dano emocional, observando que “não queriam arruinar a carreira do filme de sua filha”. “Eles conversaram com a polícia, mas não fizeram acusações formais”, diz Manshel, acrescentando: “Nós também conversamos com Tom na época e dissemos tudo o que nos foi dito, e ele disse: ‘Eu fiz muitas coisas terríveis, mas nunca faria nada com crianças'”. Como não houve queixa formal, eles retomaram a produção um pouco depois, filmando Sizemore separadamente. “Nós tínhamos a responsabilidade financeira de completar o filme, então decidimos fazer os negócios como de costume – sem ter uma evidência clara sobre o que aconteceu naquele dia”, disse Spoliansky. Ator de filmes de sucesso, como “Assassinos por Natureza” (1994), “Fogo Contra Fogo” (1995), “O Resgate do Soldado Ryan” (1998) e “Falcão Negro em Perigo” (2001), Sizemore se tornou pai após o episódio no set de “Mente Perigosa” e continuou a trabalhar de forma constante, embora relegado a papéis menores em projetos menos prestigiados, alternando a atuação com períodos de detenção por violência contra mulheres – em 2009 e 2011. Ele chegou a ficar um ano e meio na prisão. “Lembro-me de ter ficado animada quando ele foi para a cadeia”, disse Jennie Latham, segunda assistente no filme, “mesmo que fosse por outra coisa”. Recentemente, a carreira de Sizemore voltou a engrenar com projetos televisivos, em séries como “Shooter” e o revival de “Twin Peaks”, que lhe renderam contratos para duas dezenas de filmes de baixo orçamento, atualmente em diferentes estágios de desenvolvimento.









