Roseanne Barr está “enojada” com apoio recebido por James Gunn após ser demitido pela Disney
Roseanne Barr está inconformada. Ou, em suas palavras, “enojada”. Depois de ser demitida e ter a série que leva seu nome cancelada devido a um tuíte racista que escreveu contra uma ex-assessora do presidente americano Barack Obama, ela decidiu se revoltar contra as mensagens de apoio recebidas por James Gunn, diretor da franquia “Guardiões da Galáxia”, demitido pelo mesmo conglomerado (Disney) após uma blitz da extrema direita que trouxe à tona antigos tuítes com piadas sobre pedofilia e estupro. “Estou enojada por ler todas as mensagens de apoio às piadas de pedofilia de James Gunn, já que as mesmas pessoas apoiaram a minha demissão por uma piada que elas nem entenderam”, escreveu a comediante em seu Twitter, na segunda (23/7). A demissão de Roseanne Barr aconteceu em maio, quando ela publicou um tuíte em que dizia que Valerie Jarrett, ex-assessora de Obama, era o resultado da mistura entre “macacos” e a “Irmandade Muçulmana”. A frase repercutiu negativamente na internet porque Jarrett é uma mulher negra que nasceu no Irã, fazendo com que o comentário fosse considerada extremamente racista, levando a presidente da rede ABC a anunciar o fim da série “Roseanne”, que era líder de audiência da TV americana em seu retorno ao ar. À época, Roseanne culpou o uso de remédios pelo comentário na rede social. Recentemente, porém, em seu canal no YouTube, ela deu outra justificativa. “Eu achei que a vadia fosse branca, porra”, disparou num vídeo, igualmente ofensivo e odioso. Há diferenças entre os dois casos. Os tuítes de James Gunn foram feitos há mais de uma década, quando ele não era funcionário da Marvel/Disney, ao contrário de Roseanne, que era funcionária da ABC/Disney quando escreveu seus disparates neste ano. Além disso, o diretor mostrou humildade diante da situação e se assumiu arrependido dos dias em que buscava chocar sem se preocupar com sensibilidades. Outra diferença foi apresentada pela jornalista Dana Schwartz, da revista Entertainment Weekly, que afirmou em seu Twitter que piadas sobre pedofilia não são pedofilia, ainda que não tenham a menor graça. Já piadas racistas são racismo mesmo.
Elenco de Guardiões da Galáxia se manifesta sobre demissão de James Gunn
Passada a San Diego Comic-Con, mais integrantes do elenco de “Guardiões da Galáxia” resolveram se manifestar sobre a demissão do diretor James Gunn do terceiro filme da franquia, cada um a seu modo, juntando-se ao protesto inicial de Dave Bautista. James Gunn foi demitido na sexta (20/7) pelo presidente da Disney, Alan Horn, após campanha da extrema direita dos Estados Unidos, que denunciou antigos tuítes ofensivos do diretor com “piadas” de dez anos atrás sobre pedofilia e estupro. Horn classificou as mensagens como “indefensáveis”: “As atitudes ofensivas e as declarações de James no Twitter são indefensáveis e inconsistentes com os valores do nosso estúdio e nós cortamos relações com ele”. O intérprete de Dax foi o primeiro a discordar, logo no começo da polêmica. “Eu tenho mais a dizer, mas por enquanto tudo o que digo é isso… James Gunn é uma das pessoas mais amorosas, carinhosas, de boa índole que eu já conheci. Ele é gentil e se importa com pessoas e animais. Ele cometeu erros. Todos nós cometemos. NÃO acho certo o que está acontecendo com ele”, escreveu Bautista. Ele ainda acrescentou: “O que aconteceu é muito maior que ‘Guardiões da Galáxia’, James Gunn, eu mesmo, Disney etc. Isto foi um ataque cibernazista bem-sucedido. A menos que comecemos a nos unir para enfrentar essa bosta, estejam as pessoas ofendidas ou não… vai ficar muito pior. E isto pode acontecer a qualquer pessoa”, declarou. Michael Rooker, o Youndu, ficou ainda mais revoltado e, por conta disso, tomou uma decisão radical. Ele decidiu abandonar o Twitter, que considera cúmplice da situação. “Essa conta vai ficar inativa depois desse post”, escreveu em sua despedida da rede social. Nós estamos cansados e tristes com toda a merda que vem acontecendo. Nem eu nem meus representantes vamos usar o Twitter de novo. Twitter é uma merda e não quero ter mais nada a ver com isso. Obrigado àqueles que vieram com palavras gentis e de apoio. “Vejo vocês no Instagram.” Em clima oposto, Chris Pratt, o Senhor das Estrelas, postou um versículo bíblico para se justificar, após ter evitado o assunto durante a Comic-Con, onde promoveu a animação “Uma Aventura Lego 2”. “Meus amados irmãos, tenham isto em mente: ‘Sejam todos prontos para ouvir, tardios para falar e tardios para se revoltar’. Tiago 1:19”, citou o intérprete do Senhor das Estrelas. Já Zoe Saldana e Karen Gillan fizeram questão de compartilhar amor com toda a “família Guardiões da Galáxia” e afirmar que iriam se pronunciar melhor assim que processassem o que aconteceu. “O final de semana tem sido desafiador e eu não vou mentir. Eu vou tirar uma pausa para levar tudo em consideração antes de falar. Eu só quero que todo mundo saiba que eu amo TODOS os membros da família Guardiões da Galáxia. Sempre amarei”, disse a atriz que vive Gamora no Universo Cinematográfico Marvel. “Amo todos os membros da família Guardiões da Galáxia”, declarou a intérprete de Nebula (ou Nebulosa). “Só pra deixar claro, eu vou falar mais sobre isso depois, só queria esclarecer isso por agora. Amo todos vocês.” Em tom similar, mas mais assertiva, Pom Klementieff, a Mantis, divulgou um vídeo em que escreve à mão a seguinte mensagem: “Nós somos Groot. Nós somos uma família. Nós estamos juntos”. Por fim, Sean Gunn, irmão do diretor e intérprete de Kraglin, escreveu um longo post no Instagram, que pode ser resumido pela seguinte frase: “Não preciso nem dizer que eu amo e apoio o meu irmão James e tenho muito orgulho de como ele é gentil, generoso e compassivo com todas as pessoas em sua vida”.
Dave Bautista protesta contra a demissão do diretor de Guardiões da Galáxia
Os fãs não são os únicos a protestarem contra a demissão de James Gunn de “Guardiões da Galáxia Vol. 3”. O ator Dave Bautista, intérprete do herói Drax, também decidiu se manifestar nas redes sociais contra o que considerou uma injustiça da Disney. James Gunn foi demitido na sexta (20/7) pelo presidente do estúdio, Alan Horn, após campanha da extrema direita dos Estados Unidos, que denunciou antigos tuítes ofensivos do diretor com “piadas” de dez anos atrás sobre pedofilia e estupro. Horn classificou as mensagens como “indefensáveis”: “As atitudes ofensivas e as declarações de James no Twitter são indefensáveis e inconsistentes com os valores do nosso estúdio e nós cortamos relações com ele”. Integrante proeminente da franquia “Guardiões da Galáxia”, Dave Bautista discorda. “Eu tenho mais a dizer, mas por enquanto tudo o que digo é isso… James Gunn é uma das pessoas mais amorosas, carinhosas, de boa índole que eu já conheci. Ele é gentil e se importa com pessoas e animais. Ele cometeu erros. Todos nós cometemos. NÃO acho certo o que está acontecendo com ele”, escreveu o ator. Ele ecoa o sentimento dos fãs, que criaram uma hashtag em defesa do cineasta (#JamesGunnDidNothingWrong) e um abaixo-assinado para sua recontratação, que reuniu quase 100 mil apoiadores em 48 horas. O próprio James Gunn se manifestou após a demissão, por meio de uma nota em que se diz arrependido: “Minhas palavras de quase uma década atrás eram, na época, esforços infelizes e fracassados de ser provocativo. Me arrependi delas há muito tempo, não apenas por serem idiotas, nada engraçadas, insensíveis e certamente nada provocativas, mas também por não refletirem a pessoa que sou hoje ou que tenho sido há algum tempo”. O pedido de desculpas de Gunn se encerra mostrando resignação com a decisão da Disney: “Independentemente de quanto tempo passou, eu entendo e aceito as decisões tomadas hoje. Mesmo muitos anos depois, assumo total responsabilidade pela maneira como me portei. (…) Para todos na indústria e além dela, eu ofereço minhas mais profundas desculpas. Amor para todos vocês”. Baustista, porém, aponta que a questão é mais ampla que o caso específico de Gunn. Ao ser questionado por um seguidor se filmaria “Guardiões da Galáxia Vol. 3” com outro diretor, ele apontou que a demissão do diretor é maior que o filme, pois foi resultado de um “ataque cibernazista” (cybernazi). “O que aconteceu é muito maior que ‘Guardiões da Galáxia’, James Gunn, eu mesmo, Disney etc. Isto foi um ataque cibernazista bem-sucedido. A menos que comecemos a nos unir para enfrentar essa bosta, estejam as pessoas ofendidas ou não… vai ficar muito pior. E isto pode acontecer a qualquer pessoa”, declarou. Fato. Personalidades da extrema direita americana estão comemorando a vitória contra quem consideravam um “inimigo” do presidente Trump. Além disso, a demissão validou Mike Cernovich, um dos responsáveis por resgatar as “piadas”. Defensor dos “direitos dos homens”, ele é um dos maiores difusores de “fake news” e teorias de conspiração dos Estados Unidos, e também lançou campanha para que o FBI analise o material disponibilizado para prender Gunn por crimes de pedofilia. Como a tática deu resultado, Cernovich agora vasculha tuítes antigos de outros “inimigos”. Os comediantes Patton Oswalt (“Agents of SHIELD”) e Michael Ian Black (“Wet Hot American Summer: Ten Years Later”) já foram intimidados pelo fã de Trump. Ele começou a postar tuítes controversos dos dois artistas, escritos há vários anos atrás. Detalhe relevante: se Cernovich não tem piadas de estupro em sua timeline, possui uma condenação criminal. Ele foi acusado por estupro em 2003, mas fechou um acordo para ser condenado “apenas” por agressão e cumpriu uma pena de serviços comunitários. Ao responder um dos ataques, Michael Ian Black lembrou do fato: “Há uma diferença qualitativa entre um comediante que faz piadas – mesmo piadas ofensivas (eu) – e alguém acusado de estupro em 2003 (você)”. I will have more to say but for right now all I will say is this..@JamesGunn is one of the most loving,caring,good natured people I have ever met. He’s gentle and kind and cares deeply for people and animals. He’s made mistakes. We all have. Im NOT ok with what’s happening to him — Dave Bautista (@DaveBautista) July 21, 2018 What happened here is so much bigger then G3, @JamesGunn ,myself,@Disney etc. This was a #cybernazi attack that succeeded. Unless we start to unite together against this crap, whether people are offended are not! …it’s going to get much worse. And it can happen to anyone https://t.co/AMZEd0tfqb — Dave Bautista (@DaveBautista) July 22, 2018
Fãs da Marvel lançam petição e hashtag em protesto contra demissão de James Gunn
A demissão do diretor James Gunn de “Guardiões da Galáxia Vol. 3” na sexta (20/7), após campanha da extrema direita dos Estados Unidos, que denunciou antigos tuítes ofensivos do diretor com “piadas” sobre pedofilia e estupro, não agradou aos fãs da Marvel. Um abaixo-assinado para sua recontratação reuniu quase 100 mil apoiadores em 48 horas. O criador da petição, Chandler Edwards, justificou a iniciativa com uma comparação. “Concordo que se alguém diz dispartes enquanto trabalha para um estúdio, o estúdio tem todo o direito de demitir esta pessoa. Mas a situação é muito diferente, já que ele fez essas piadas anos antes de trabalhar para a Disney”. Além desta petição, outras iniciativas similares estão se multiplicando. E fãs dos filmes dos “Guardiões da Galáxia” tem subido a hashtag #JamesGunnDidNothingWrong (James Gunn não fez nada errado) nas redes sociais. “Com isso, a Marvel acaba de matar sua melhor série de filmes, por causa do politicamente correto. O cara fez algumas piadas ruins que estavam tentando muito ser iradas e engraçadas, uma DÉCADA atrás. Por favor, me digam que todos vocês percebem o quanto isto é estúpido”, escreveu um internauta. Outro disse: “Imagine demitir um dos melhores diretores do MCU por causa dos tuítes que ele fez 10 ANOS ATRÁS. Enorme prejuízo por iniciativa da Disney, que de repente me fez perder o interesse em ‘Guardiões da Galáxia 3’…” “Isto é ridículo. Ok, são piadas muito difíceis. Mas você não pode demitir um diretor só [por causa] de alguém que decide vasculhar tuítes de 10 anos atrás. A Disney estava ciente de quem era James Gunn e as pessoas podem mudar. A mídia social e politicamente correta matará a todos nós. Estou muito triste”, protestou mais um. O tom se repete em vários tuítes. Por outro lado, personalidades da extrema direita americana estão comemorando a vitória. Afinal, a demissão validou Mike Cernovich, um dos responsáveis por resgatar as “piadas”. Defensor dos “direitos dos homens”, ele é um dos maiores difusores de “fake news” e teorias de conspiração dos Estados Unidos, e também lançou campanha para que o FBI analise o material disponibilizado para prender Gunn por crimes de pedofilia. James Gunn se tornou alvo da direita por suas críticas constantes ao governo de Donald Trump. Como a tática deu resultado, Cernovich agora vasculha tuítes antigos de outros “inimigos”. Os comediantes Patton Oswalt (“Agents of SHIELD”) e Michael Ian Black (“Wet Hot American Summer: Ten Years Later”) já foram intimidados pelo fã de Trump. Ele começou a postar tuítes controversos dos dois artistas, escritos há vários anos atrás. Detalhe relevante: se Cernovich não tem piadas de estupro em sua timeline, possui uma condenação criminal. Ele foi acusado por estupro em 2003, mas fechou um acordo para ser condenado “apenas” por agressão e cumpriu uma pena de serviços comunitários. Ao responder um dos ataques, Michael Ian Black lembrou do fato: “Há uma diferença qualitativa entre um comediante que faz piadas – mesmo piadas ofensivas (eu) – e alguém acusado de estupro em 2003 (você)”.
Disney demite diretor de Guardiões da Galáxia após escândalo no Twitter
A campanha da extrema direita pela demissão de James Gunn, diretor da franquia “Guardiões da Galáxia”, deu certo. Horas após o início da pressão sobre a Disney, com reproduções de piadas extremamente ofensivas sobre pedofilia e estupro, retiradas de um antigo blogue e de velhos tuítes de Gunn, o presidente do estúdio anunciou a demissão do cineasta. “As atitudes ofensivas e comentários descobertos no Twitter de James são indefensáveis e inconsistentes com os valores do nosso estúdio, por isso encerramos nossos negócios com ele”, disse Alan Horn, chefão da Disney, em comunicado oficial. Os tuítes ultrajantes foram trazidas à tona por apoiadores da extrema direita do atual presidente dos Estados Unidos, que querem provar que existe uma “conspiração operando em Hollywood” contra Trump. “A Disney terá um dia interessante na San Diego Comic-Con, onde James Gunn está programado para falar”, escreveu Mike Cernovich, um dos responsáveis por resgatar as “piadas”. Defensor dos “direitos dos homens”, ele é um dos maiores difusores de “fake news” e teorias de conspiração dos Estados Unidos, e chegou a pedir que o FBI analisasse o material disponibilizado para prender Gunn por crimes de pedofilia. O ataque também inclui ofensiva do perfil do filme “An Open Secret” (2014), documentário sobre suposto cartel de pedófilos de Hollywood, de onde saiu um falso acusador de Bryan Singer, que caiu em contradição após mentir descaradamente, levando-o a perder seu próprio advogado e ter sua acusação descartada na Justiça. Este perfil disponibilizou os contatos profissionais do cineasta, inclusive na Disney, para que grupos de pressão pudessem prejudicá-lo. Considerado um dos grandes “inimigos” de Trump em Hollywood, James Gunn se viu na condição de vidraça e tentou de se defender. “Muitas pessoas que acompanharam a minha carreira sabem que eu me via como um provocador. Eu fazia filmes e contava piadas ultrajantes e que abordavam temas tabus”, ele escreveu, abrindo uma série de tuítes sobre a polêmica (veja aqui os originais). “Não é uma questão de dizer que hoje sou melhor. Mas eu sou muito, muito diferente do que eu era anos atrás. Hoje, tento conectar meu trabalho com amor e menos raiva”, continuou. O diretor também lembrou que já tinha se desculpado pelas piadas antigas: “Eu sinceramente me arrependi e falei sério”. “Enfim, essa é a verdade completamente honesta: eu costumava fazer muitas piadas ofensivas. Não faço mais. Não culpo meu antigo eu por isso, mas gosto mais de mim mesmo e me sinto como um ser humano e criador mais completo hoje em dia. Amo a todos vocês”, concluiu. O pedido de desculpas não foi considerado suficiente e a Disney demonstrou novamente que não tolera comportamento ofensivo de seus funcionários, meses após a presidente do canal do estúdio, a rede ABC, cancelar “Roseanne”, líder de audiência em 2018, por comentários racistas da protagonista e criadora da série no Twitter. Tuítes ofensivos também têm custado caro a YouTubers brasileiros. A perda é bastante significativa para a Marvel, uma vez que os “Guardiões da Galáxia” de Gunn foram a maior influência na mudança de tom dos filmes do estúdio, que abraçaram de vez a comédia após o sucesso do primeiro lançamento do grupo espacial. Ilustres desconhecidos até mesmo dos fãs dos quadrinhos, os Guardiões surpreenderam com desempenho de blockbuster no cinema e abriram caminho para a Marvel explorar seus heróis espaciais. Gunn estava atualmente trabalhando no roteiro de “Guardiões da Galáxia Vol. 3”, final de sua trilogia original. Mas ele também deveria “herdar” os rumos do universo cinematográfico da companhia, após a despedida dos irmãos Russo em “Vingadores 4”. Presidente do estúdio, Kevin Feige chegou a afirmar que a próxima fase dos filmes dos super-heróis se passaria no espaço e teria supervisão de Gunn. Agora, Feige precisará reconsiderar seus planos, a começar por definir um novo diretor e roteirista para “Guardiões da Galáxia Vol. 3”, que deverá encerrar a atual fase de produções da Marvel. Por conta da polêmica, o diretor não irá aparecer na San Diego Comic-Con. Ele não tinha presença confirmada num painel da Disney como os representantes da direita insistiram em seus ataques – só um detalhezinho de fake news – , simplesmente porque a Disney não faz parte do evento deste ano. Mas poderia surgir como convidado da Sony para divulgar um terror que está produzindo, além do remake da série “Justiça em Dobro” (Starsky & Hutch). Ainda não se sabe como a Sony irá lidar com esses projetos.
Direita americana resgata piadas ofensivas de James Gunn, que se desculpa e explica o contexto
O diretor James Gunn, da franquia “Guardiões da Galáxia”, foi às redes sociais na noite desta quinta-feira (20) para se desculpar por piadas antigas com temas de estupro e pedofilia. As “piadas” de mau gosto voltaram a circular na internet recentemente após terem sido descobertos em antigos tuítes e num blogue desatualizado do diretor, agora desativado. Elas foram trazidas à tona por apoiadores da extrema direita do atual presidente dos Estados Unidos, que querem provar que existe uma “conspiração operando em Hollywood” contra Trump. “A Disney terá um dia interessante na San Diego Comic-Con, onde James Gunn está programado para falar”, escreveu Mike Cernovich, um dos responsáveis por resgatar as “piadas”. Defensor dos “direitos dos homens”, ele é um dos maiores difusores de “fake news” e teorias de conspiração dos Estados Unidos, e pede que o FBI analise o material disponibilizado para prender Gunn por crimes de pedofilia. O ataque também inclui ofensiva do perfil do filme “An Open Secret” (2014), documentário sobre suposto cartel de pedófilos de Hollywood, de onde saiu um falso acusador de Bryan Singer, que caiu em contradição após mentir descaradamente, levando-o a perder seu próprio advogado e ter sua acusação descartada na Justiça. Este perfil disponibilizou os contatos profissionais do cineasta, inclusive na Disney, para que grupos de pressão possam prejudicá-lo. Trata-se da velha tática fascista de intimidação, usada tanto pela direita quanto pela esquerda (como pode atestar Marina Silva), que visa queimar o “inimigo” com informações de fundo verdadeiro, mas tiradas de contexto. A tática inclui repetir as acusações à exaustão num trabalho de sufoco midiático para diminuir o espaço dado à qualquer tentativa de reação. Geralmente funciona, prejudicando candidaturas políticas, causando demissões e danificando carreiras profissionais de forma irreversível. O conteúdo resgatado, porém, é altamente polêmico. Em uma das postagens, que datam de 2008, Gunn escreveu: “Rir é o melhor remédio. Por isso que eu rio de pessoas com Aids”. Em outra, datada do mesmo ano, arregassou: “Acabo de fazer uma piada sobre estuprar o c* da minha amiga enquanto ela dorme”. Considerado um dos grandes “inimigos” de Trump em Hollywood, ele agora se vê na condição de vidraça e trata de se defender, sem esconder o fato de que fez mesmo “piadas ultrajantes”. “Muitas pessoas que acompanharam a minha carreira sabem que eu me via como um provocador. Eu fazia filmes e contava piadas ultrajantes e que abordavam temas tabus”, ele escreveu, abrindo uma série de tuítes sobre a polêmica (veja abaixo os originais). “Não é uma questão de dizer que hoje sou melhor. Mas eu sou muito, muito diferente do que eu era anos atrás. Hoje, tento conectar meu trabalho com amor e menos raiva”, continou. O diretor também lembrou que já tinha se desculpado pelas piadas antigas. “Eu sinceramente me arrependi e falei sério”. “Enfim, essa é a verdade completamente honesta: eu costumava fazer muitas piadas ofensivas. Não faço mais. Não culpo meu antigo eu por isso, mas gosto mais de mim mesmo e me sinto como um ser humano e criador mais completo hoje em dia. Amo a todos vocês”, concluiu. Detalhe relevante: o denunciador Mike Cernovich não tem piadas de estupro em sua timeline, mas uma acusação criminal. Ele foi acusado por estupro em 2003, mas fechou um acordo para ser condenado “apenas” por agressão e cumpriu uma pena de serviços comunitários. Disney's director Jame Gunn endorsed sex with minors in over 10,000 Tweets he deleted last night. Gunn also deleted his personal blog, where he told the story of a monkey m-sturbating on a small child. He said the story made him "extremely happy."https://t.co/jYCxImDH3E — Mike Cernovich ?? (@Cernovich) July 20, 2018 And it’s over. This is potential child pornography that the FBI needs to track down. Do not look for link and I did not click. Do not risk it. This is law enforcement matter now. @Disney Hello @LAPDHQ, this is an authentic tweet that a subpoena will confirm. pic.twitter.com/0c8bBGN1Tl — Mike Cernovich ?? (@Cernovich) July 20, 2018 Major Hollywood director James Gunn @JamesGunn is clearly unfit to be in charge of many women and children working for him directs children's films, e.g. @DisneyStudios Gunn was in his 40s – this is not some immature teenager who never thought he would be famous years later https://t.co/PJ3M7vJrXr — An Open Secret (@AnOpenSecret) July 20, 2018 James Gunn – is UTA still representing him as agents? After all these tweets about child sex abuse, rape, Jews / Holocaust? You can call UTA to find out: 310-273-6700 ask for Charlie Ferraro and Jeremy Zimmer @JamesGunn https://t.co/XEIo4BzT8o — An Open Secret (@AnOpenSecret) July 20, 2018 1. Many people who have followed my career know when I started, I viewed myself as a provocateur, making movies and telling jokes that were outrageous and taboo. As I have discussed publicly many times, as I’ve developed as a person, so has my work and my humor. — James Gunn (@JamesGunn) July 20, 2018 2. It’s not to say I’m better, but I am very, very different than I was a few years ago; today I try to root my work in love and connection and less in anger. My days saying something just because it’s shocking and trying to get a reaction are over. — James Gunn (@JamesGunn) July 20, 2018 3. In the past, I have apologized for humor of mine that hurt people. I truly felt sorry and meant every word of my apologies. — James Gunn (@JamesGunn) July 20, 2018 4. For the record, when I made these shocking jokes, I wasn’t living them out. I know this is a weird statement to make, and seems obvious, but, still, here I am, saying it. — James Gunn (@JamesGunn) July 20, 2018 5. Anyway, that’s the completely honest truth: I used to make a lot of offensive jokes. I don’t anymore. I don’t blame my past self for this, but I like myself more and feel like a more full human being and creator today. Love you to you all. — James Gunn (@JamesGunn) July 20, 2018
Robin Wright aborda pela primeira vez o escândalo sexual de seu colega de House of Cards
Robin Wright começou a divulgação da 6ª e última temporada de “House of Cards”, tendo que abordar um assunto inevitável em sua primeira entrevista sobre a volta da série: as denúncias de assédio sexual contra seu antigo colega Kevin Spacey, intérprete de seu marido na atração da Netflix. Questionada pela jornalista Savannah Guthrie do programa “Today” sobre possíveis sinais que indicariam o comportamento inadequado do ator, ela afirmou que seu relacionamento se limitava ao trabalho. Na última temporada, a personagem da atriz, Claire Underwood, assumirá o lugar do personagem de Spacey, Frank Underwood, como protagonista da série – e presidente dos Estados Unidos na trama fictícia. E ela já discursa de forma presidencial, ao repetir o que ex-presidentes costumam dizer diante de escândalos: “eu não sabia”. “Nós éramos colegas de trabalho”, falou a atriz. “Nós nunca socializamos fora do trabalho. Era uma relação respeitosa e profissional. Ele foi incrível comigo. Ele nunca foi desrespeitoso comigo. Então, essa é a minha experiência pessoal. É a única coisa que eu sinto que eu tenho direito de dizer a respeito”, afirmou. A atriz reforçou ainda que não conhecia Kevin Spacey fora do set. “Kevin e eu nos conhecíamos entre o ‘ação!’ e o ‘corta!’ e entre as preparações de cena, quando dávamos risadinhas. Não conhecia o homem. Conhecia o incrível ator que ele é”, ela afirmou. “Eu acho que todas ficamos surpresos, é claro, e muito tristes”, disse, sobre o momento em que as denúncias vieram à tona. “Nós avançamos e ficamos muito agradecidas por termos conseguido terminar a série como planejado”. Ela falou também reforçou seu apoio ao movimento #MeToo, que combate o assédio sexual em Hollywood. “Eu não me importo quem é. A questão é sobre poder. E uma vez que você tem poder sobre uma pessoa, essa pessoa fica vulnerável. O último ano nos mostrou um novo caminho que nos permitiu iniciar uma nova conversa. Então, nós precisamos mudar o paradigma”. Kevin Spacey caiu em desgraça e foi demitido da série após uma denúncia do colega Anthony Rapp (série “Star Trek: Discovery”) e de atores que trabalharam no teatro Old Vic, de Londres, quando ele dirigiu o estabelecimento, definido como ambiente tóxico, graças aos assédios do ator. Isto encorajou pelo menos oito pessoas da produção de “House of Cards”, segundo reportagem do canal de notícias CNN, a revelarem assédio e abuso sexual de Spacey nos bastidores da produção premiada. Diante disso, houve a decisão de cancelar a série, mas após negociações ficou estabelecido que ela teria uma última temporada, com Robin Wright à frente do elenco. A temporada final, porém, será reduzida, com apenas oito capítulos, cinco a menos que nas temporadas anteriores. Ainda não há data para o retorno da série. Veja abaixo um vídeo da entrevista de Robin Wright ao programa “Today”, da rede americana NBC.
Xuxa tem derrota definitiva em sua briga contra o Google
A apresentadora Xuxa Meneghel perdeu o último recurso que movia contra o Google pela retirada de seu nome em pesquisas sobre pedofilia. Com a derrota de Xuxa, chegou ao fim a briga judicial de oito anos entre a apresentadora e o Google. Xuxa queria que fossem removidos os milhares de links e imagens que aparecem para quem digitar as palavras “Xuxa”, “pedofilia” e derivadas, como “Xuxa pedófila”. As pesquisas geralmente conduzem a links sobre o filme “Amor, Estranho Amor”, feito em 1982, antes dela virar apresentadora de programas infantis. Na produção, a então modelo de 19 anos aparecia nua, seduzindo um adolescente de 12 anos. Em maio de 2017, o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro rejeitou por unanimidade um recurso de Xuxa, sob o argumento que isso poderia caracterizar censura prévia. Ela recorreu novamente. Perdeu de novo. E agora a decisão transitou em julgado.
Série House of Cards comemora Dia da Independência dos Estados Unidos
A Netflix aproveitou o Dia da Independência dos Estados Unidos, que é comemorado nesta quarta (4/7), para retomar a divulgação da 6ª e última temporada da série “House of Cards”. Um vídeo postado no Twitter da plataforma promete “Uma mensagem da presidente dos Estados Unidos”. E nele é possível ver Claire Underwood (Robin Wright), atual incumbente da Casa Branca no universo da série, sentada na famosa cadeira de pedra do Lincoln Memorial, já usada anteriormente pela série em materiais promocionais. “Feliz Dia da Independência… Para mim”, diz a personagem, referindo-se a sua ascesnão ao poder após anos na sombra do marido Frank Underwood (Kevin Spacey). Os novos episódios vão encerrar a atração, que terá uma temporada final reduzida, com apenas oito capítulos, cinco a menos que nas temporadas anteriores, graças à suspensão das gravações, causada pelas denúncias de assédio contra Spacey. Kevin Spacey caiu em desgraça após uma denúncia do colega Anthony Rapp (série “Star Trek: Discovery”) e de atores que trabalharam no teatro Old Vic, de Londres, quando Spacey dirigiu o estabelecimento, definido como ambiente tóxico, graças aos assédios do ator. Isto encorajou pelo menos oito pessoas da produção de “House of Cards”, segundo reportagem do canal de notícias CNN, a revelarem assédio e abuso sexual de Spacey nos bastidores da série premiada da Netflix. Antes das denúncias, dois episódios da 6ª temporada já haviam sido rodados. Os roteiristas precisaram reescrever a trama para acomodar as modificações, que incluem o sumiço do personagem vivido por Spacey, o Presidente Francis Underwood. Ele não reaparecerá na série para gravar sua saída de cena. A Netflix comunicou ter cancelado todos os acordos com o Kevin Spacey, incluindo o lançamento do longa-metragem “Gore”, que já tinha sido filmado e era estrelado por ele. Por conta disso, “House of Cards” também foi cancelada, mas terá uma última temporada para encerrar sua história. Ainda não há data para o retorno da série. A message from the President of the United States. pic.twitter.com/yx0P3qyHfW — House of Cards (@HouseofCards) 4 de julho de 2018
Woody Allen diz que devia ser o garoto-propaganda do movimento #MeToo
O cineasta Woody Allen deu uma longa entrevista para o programa “Periodismo Para Todos”, exibida na Argentina na noite de domingo (3/6), na qual não apenas se defendeu das acusações de pedofilia, como afirmou que deveria ser o “garoto propaganda” do movimento #MeToo, criado como reação às centenas de acusações de assédio e estupro dentro da indústria cinematográfica. “Sou um grande incentivador do movimento #MeToo”, disse Allen ao jornalista argentino Jorge Lanata. “Eu deveria ser o garoto-propaganda do movimento, porque faço filmes há 50 anos, trabalhei com centenas de atrizes e nenhuma – famosa ou aspirante – jamais sugeriu qualquer tipo de conduta imprópria de minha parte”. O diretor também afirmou ter ficado chateado ao se ver associado pelo #MeToo a Harvey Weinstein e outros acusados de assediar e estuprar dezenas de mulheres. Allen virou alvo do movimento após sua filha adotiva, Dylan Farrow, aproveitou o timing das denúncias de assédio para promover uma campanha de desmoralização, reafirmando ter sido molestada pelo pai quando tinha sete anos, em agosto de 1992. Em entrevista televisiva, ela afirmou que seu objetivo era destruir a carreira de Allen. “Acredito que qualquer situação em que alguém é acusado de forma injusta é muito triste. Me incomoda que eu seja ligado a quem foi acusado por 20, 50, 100 mulheres de abuso – e eu, que fui acusado por uma mulher em uma ação de custódia, na qual foi analisada e negada, apareço ao lado dessas pessoas”, reclamou. Questionado se tinha feito algumas das coisas alegadas pela filha adotiva, Allen foi incisivo. “Claro que não, quer dizer isso tudo é loucura. Isso é algo que vem sendo analisado há 25 anos por autoridades e todos chegaram à conclusão de que não é verdadeiro. E esse foi o final e pude seguir com a minha vida. Para que isso tenha voltado agora… é uma coisa terrível acusar uma pessoa disso. Sou um homem com uma família e meus próprios filhos. Então, claro que é triste”. A entrevista não foi disponibilizada na internet, mas a chamada para o programa pode ser vista abaixo.
Polícia não acha evidências de ataque contra Corey Feldman
Após afirmar ter sido esfaqueado e compartilhar foto em que aparece numa cama de hospital (acima), as alegações do ator Corey Feldman de que teria sofrido uma tentativa de assassinato foram colocadas em dúvida pela polícia de Los Angeles. O porta-voz do departamento da polícia de Los Angeles, Luis Garcia, afirmou ao site The Hollywood Reporter que Feldman não tem ferimentos, nem mesmo arranhões superficiais. “Não há indicação de laceração”, disse Garcia. Diante de pedidos de confirmação de que Feldman não foi esfaqueado como alega, Garcia respondeu: “Correto”. Feldman disse que foi esfaqueado por volta das 22h45 da noite de terça (27/3), quando um homem não identificado abriu a porta de seu carro e o acertou com um objeto desconhecido. A polícia diz que não tem informações sobre suspeitos nem informações sobre a arma utilizada no momento. Recentemente, Feldman fez denúncias contra pedófilos em Hollywood, anunciou a produção de um documentário sobre o tema e avisou que estava sendo ameaçado de morte. Ele acredita que o ataque tenha relação com essas denúncias. Mas a polícia dá a entender que também suspeita de golpe publicitário de mau gosto.
Corey Feldman afirma ter sido esfaqueado e vai parar no hospital
O ator Corey Feldman divulgou no Twitter que foi atacado na noite de terça-feira (27/3), classificando o incidente como tentativa de homicídio. O ator disse que foi esfaqueado por um desconhecido e postou ainda uma foto em que aparece deitado em uma cama de hospital. “Estou no hospital. Eu fui atacado a noite. Um homem abriu a porta do meu carro e me esfaqueou com alguma coisa. Por favor, reze por nós. Graças a Deus eu estava com meu segurança no carro, quando três homens se aproximaram. Quando o segurança estava distraído, um cara me atacou. Estou ok”, ele escreveu no Twitter. Feldman disse que comunicou a tentativa de homicídio à polícia de Los Angeles. A polícia, no entanto, disse à Fox News que não está ciente de nenhuma investigação até o momento. Recentemente, Feldman fez denúncias contra pedófilos em Hollywood, anunciou a produção de um documentário sobre o tema e avisou que estava sendo ameaçado de morte. Ele acredita que o ataque tenha relação com essas denúncias. O ataque ocorreu seis semanas depois de Feldman prestar esclarecimentos à polícia sobre denúncias de assédio sexual no ano passado. O ator afirmou que foi molestado quando era criança, nos anos 1980, por uma pessoa poderosa em Hollywood. Ele disse ainda que seu colega, Corey Haim, morto em 2010, foi estuprado quando criança pelas mesmas pessoas. IM IN THE HOSPITAL! I WAS ATTACKED 2NITE! A MAN OPENED MY CAR DOOR & STABBED ME W SOMETHING! PLEASE SAY PRAYERS 4 US! ???? THANK GOD IT WAS ONLY MYSELF & MY SECURITY IN THE CAR, WHEN 3 MEN APPROACHED! WHILE SECURITY WAS DISTRACTED, W A GUY A CAR PULLED UP & ATTACKED! I’M OK! pic.twitter.com/TZ0ppZeEWN — Corey Feldman (@Corey_Feldman) 28 de março de 2018 @LAPD R CURRENTLY INVESTIGATING THE CASE AS AN ATTEMPTED HOMICIDE! I HAVE HAD MOUNTING THREATS ON ALL SM PLATFORMS BY THIS VILE “WOLFPACK” & THIS IM SURE IS A RESULT OF THOSE NEGATIVE ACTIONS! I HAVE REASON 2 BELIEVE ITS ALL CONNECTED! ENOUGH IS ENOUGH! HOW SICK R THESE PPL?!? — Corey Feldman (@Corey_Feldman) 28 de março de 2018










