“Cidade de Deus” é eleito 15º melhor filme do século por Hollywood
Obra brasileira foi destaque em ranking do The New York Times, em votação de 500 atores, diretores e produtores americanos
Festival de Berlim homenageará Martin Scorsese com Leão de Ouro pela carreira
O Festival de Cinema de Berlim anunciou nesta quinta (21/12) que sua 74ª edição entregará um prêmio honorário a Martin Scorsese. Os organizadores do festival alemão selecionaram o veterano cineasta americano como homenageado de 2024 com um Urso de Ouro pelas realizações da carreira. O diretor de 81 anos, conhecido por clássicos como “Taxi Driver” e “Touro Indomável” será homenageado em 20 de fevereiro com uma cerimônia especial. Em comunicado, o organizadores destacaram o mais recente filme de Scorsese, “Assassinos da Lua das Flores”, como uma das suas maiores conquistas, mostrando que o cineasta continua inovador. “Para quem considera o cinema como a arte de moldar uma história de uma forma que seja ao mesmo tempo completamente pessoal e universal, Martin Scorsese é um modelo incomparável”, declararam Mariette Rissenbeek e Carlo Chatrian, diretores do festival. Um dos cineastas mais influentes de sua geração, Scorsese tem uma carreira que supera cinco décadas. Nascido em 1942, em Nova York, ele começou a se destacar na década de 1970, uma era conhecida como “Nova Hollywood”, na qual emergiram diversos talentos que reformularam o cinema americano. Seu filme “Taxi Driver”, lançado em 1976, não apenas ganhou aclamação crítica, mas também se tornou um marco cultural, estabelecendo o diretor como um mestre na exploração de temas complexos como alienação urbana e psicologia perturbada. Sua colaboração frequente com o ator Robert De Niro, começando com “Caminhos Perigosos” (1973) e incluindo obras-primas como “Touro Indomável” (1980) e “Os Bons Companheiros” (1990), solidificou sua reputação como um diretor de visão singular. Ele também teve uma parceria notável com Leonardo DiCaprio, iniciada com “Gangues de Nova York” (2002) e fortalecida com sucessos como “O Aviador” (2004) e “Os Infiltrados” (2006) – este último rendeu a Scorsese seu primeiro Oscar de Melhor Diretor. Esta colaboração continuou a brilhar com “Ilha do Medo” (2010) e “O Lobo de Wall Street” (2013). Em “Assassinos da Lua das Flores”, ele trabalhou pela primeira vez com os dois atores juntos, num resultado que está figurando em várias listas de premiação. Além de seu sucesso em filmes de ficção, Scorsese também se destacou no gênero documental, com uma ênfase notável em documentários musicais. Exemplos incluem “O Último Concerto de Rock” (1978), sobre a despedida do grupo musical The Band, “No Direction Home” (2005), sobre Bob Dylan, “Living in the Material World” (2011), sobre George Harrison, demonstrando seu talento para capturar a essência de ícones musicais e eventos culturais significativos. A abertura do Festival de Berlim está marcada para o dia 15 de fevereiro, com o encerramento previsto para dez dias depois, em 25 de fevereiro.
Robbie Robertson, líder da The Band e lenda do rock, morre aos 80 anos
O guitarrista lendário Robbie Robertson, compositor e líder da The Band, faleceu nesta quarta (9/8) após uma longa doença não especificada. O empresário de longa data de Robertson, Jared Levine, compartilhou a notícia informando que o músico estava cercado por sua família no momento de sua morte, incluindo sua esposa Janet, sua ex-esposa Dominique, seus três filhos e netos. Nascido em Toronto, Canadá, Robertson começou a tocar guitarra aos 10 anos e, aos 16, juntou-se ao baterista Levon Helm nos Hawks, a banda de apoio de Ronnie Hawkins. Os Hawks acompanharam Bob Dylan em suas turnês históricas “Going Electric” em 1965 e 1966, e gravaram as famosas “basement tapes” com o ícone antes de mudar o nome do grupo para The Band. Carreira com The Band The Band lançou seu álbum de estreia solo em 1968. Considerado um dos maiores clássicos do rock americano, “Music From Big Pink” incluiu o hit “The Weight”, escrito por Robertson, e credenciou o grupo a se apresentar no Festival de Woodstock poucos meses depois. Robertson também compôs outros sucesso da banda, como “Up on Cripple Creek”, “Rag Mama Rag” e “Time to Kill”. Ele também compôs o maior sucesso da carreira da cantora folk Joan Baez, “The Night They Drove Old Dixie Down”, que alcançou o 3º lugar em 1971. “Music From Big Pink”, bem como os álbuns subsequentes “The Band” (1969) e “Stage Fright” (1970), combinaram o rock com o folk americano e se tornaram sucessos comerciais e de crítica, influenciando as carreiras de contemporâneos como Eric Clapton e George Harrison, bem como várias gerações de artistas. Mas a consagração levou à disputas criativas entre os membros da banda, que acompanhadas por abusos de drogas e álcool, levaram à implosão do grupo. Após oito anos, Robertson decidiu encerrar The Band em 1976, culminando com um concerto histórico de despedida, batizado de “The Last Waltz”. Bob Dylan, Eric Clapton, Muddy Waters, Van Morrison, Neil Young e Joni Mitchell se juntaram ao grupo para a performance em São Francisco, que foi filmada e transformada num filme icônico por Martin Scorsese – batizado no Brasil de “O Último Concerto de Rock”. A trilha sonora de “The Last Waltz” foi lançada em 1978 e alcançou o 16º lugar na Billboard 200. Carreira solo Robertson fez sua estreia em álbum solo em 1987 com seu álbum batizado com seu nome, que contou com participações de Peter Gabriel e da banda U2. Em 1991, Robertson lançou “Storyville”, um álbum que explorou a rica herança musical de Nova Orleans. O título do álbum é uma homenagem ao famoso distrito de entretenimento da cidade, e a música reflete essa influência, misturando jazz, blues e R&B com duetos com Neil Young e The Meters. Sua discografia variada ainda inclui “Music for The Native Americans” (1994), álbum da trilha do documentário “The Native Americans”, em que Robertson explorou a música e a cultura indígena americana, e “Contact from the Underworld of Redboy” (1998), no qual o roqueiro veterano mergulhou na música eletrônica em colaboração com o DJ Howie B. Seu último álbum solo, “Sinematic” (2019), foi inspirado em sua carreira bem-sucedida como compositor de trilhas sonoras. Além disso, ele também contribuiu em gravações de Tom Petty, Ringo Starr, Neil Diamond e outros. Apesar de aclamado pela crítica, Robertson nunca ganhou um Grammy – teve cinco indicações ao longo dos anos – , mas venceu cinco Juno Awards em sua terra natal, Canadá, incluindo três em 1989 por seu primeiro disco solo. Contribuições ao Cinema A experiência cinematográfica de “The Last Waltz” animou Robertson a seguir uma nova carreira e mergulhar nas telas. Ele compôs a trilha, produziu e coestrelou o filme “O Circo da Morte” (1979), aparecendo no pôster do longa ao lado de Gary Busey e Jodie Foster. Mas essa primeira incursão foi um fracasso de bilheterias. Depois disso, ele só voltou a atuar em “Acerto Final” (1995), de Sean Penn. Entretanto, acabou se especializando em trilhas, firmando uma duradoura parceria com Martin Scorsese, iniciada com o clássica “Touro Indomável” (1980). Robertson produziu seleções musicais, compôs trilhas e foi parceiro criativo de Scorsese em alguns dos filmes mais famosos do diretor, como “O Rei da Comédia” (1983), “A Cor do Dinheiro” (1986), “Cassino” (1995), “Gangues de Nova York” (2002), “Os Infiltrados” (2006), “A Ilha do Medo” (2009), “O Lobo de Wall Street” (2013), “Silêncio” (2016) e “O Irlandês” (2019), além de ter contribuído como consultor do documentário “Chuck Berry – O Mito do Rock” e trabalhado no filme vencedor do Oscar “Beleza Americana” (1999), de Sam Mendes, entre outros. Antes de morrer, ele deixou pronta sua 14ª trilha e última parceria com Scorsese, feita para o filme “Assassinos da Lua das Flores”, que vai estrear em outubro nos cinemas. Reação de Martin Scorsese Martin Scorsese, cujas colaborações com o guitarrista abrangeram quase meio século, lamentou a perda. “Robbie Robertson foi um dos meus amigos mais próximos, uma constante em minha vida e em meu trabalho”, disse em comunicado. “Eu sempre poderia ir até ele como um confidente. Um colaborador. Um conselheiro. Eu tentei ser o mesmo para ele. “Muito antes de nos conhecermos, sua música desempenhou um papel central em minha vida – eu e milhões e milhões de outras pessoas em todo o mundo. A música da banda, e a própria música solo de Robbie, pareciam vir do lugar mais profundo do coração deste continente, suas tradições, tragédias e alegrias”, continuou. Nem é preciso dizer que ele era um gigante, que seu efeito na forma de arte foi profundo e duradouro. Nunca há tempo suficiente com quem você ama. E eu amava Robbie.”
Leonardo DiCaprio quase perdeu papel de “Titanic”, diz diretor
O diretor James Cameron (de “Avatar”) revelou que o ator Leonardo DiCaprio (de “O Lobo de Wall Street”) esteve a ponto de perder o papel de Jack Dawson em “Titanic” (1997). O personagem foi um dos maiores sucessos na carreira do artista. Numa entrevista publicada no canal da revista GQ no YouTube, o cineasta contou que decidiu testar a química de DiCaprio com a atriz Kate Wisnlet (de “O Leitor”), que já estava escalada como Rose DeWitt Bukater, e marcou uma reunião com as estrelas. Como havia sido aprovado nos primeiros testes de “Titanic”, DiCaprio achou que a reunião seria um encontro de apresentação e se sentiu incomodado ao descobrir que seria mais um teste. “Ele disse: ‘Você quer dizer que eu vou ler [o roteiro]?’. Eu respondi que sim. Ele falou: ‘Ah, eu não vou ler’. Então, apertei a mão dele e agradeci por ter vindo”, lembrou Cameron sobre o episódio. “Ele falou: ‘Espere, espere… Se eu não ler, eu não consigo o papel? É desse jeito mesmo?’. E eu disse: ‘Vamos lá… Este é um filme gigante que vai tomar dois anos da minha vida, e você vai fazer outras cinco coisas enquanto eu estiver fazendo a pós-produção. Então, eu não vou estragar tudo tomando uma decisão errada para o elenco. Por isso: ou você lê ou não vai conseguir o papel’.” Ainda que bastante contrariado, Leonardo DiCaprio aceitou o ultimato final de James Cameron e “entrou [em cena] para filmar” com um semblante completamente negativo. “[Mas foi só] até eu dizer ‘Ação!’. Daí ele se transformou em Jack, Kate apenas se iluminou e eles fizeram a cena. Nuvens escuras se abriram, e um raio de sol desceu e iluminou Jack. [Na hora] eu fiquei tipo: ‘É isso aí, esse é o cara’”, completou Cameron. Enorme sucesso de público, “Titanic” arrecadou mais de US$ 2,2 bilhões em bilheterias desde o seu lançamento em 1997. O filme estrelado por Leonardo Di Caprio e Kate Winslet é atualmente a terceira maior bilheteria de todos os tempos, atrás de “Vingadores: Ultimato” e “Avatar”, que também tem direção de James Cameron. Em comemoração a seus 25 anos de lançamento, o filme deve retornar aos cinemas em fevereiro de 2023 com uma versão remasterizada e em 3D. Veja abaixo o vídeo da entrevista. A revelação sobre “Titanic” é bem no começo.
Taylor Swift se transforma em homem em clipe que critica comportamento machista
A cantora Taylor Swift se transformou em homem, com barba e comportamento machista, em seu novo clipe, “The Man”. O vídeo ilustra o comportamento tóxico masculino, com indiretas para a indústria fonográfica. A produção também contou com uma participação especial do ator Dwayne Johnson, que dublou a voz de Swift na cena final. “The Man” tem letra de hino feminista e seu clipe, dirigido pela própria Taylor Swift, é um compêndio de maus exemplos masculinos, desde urinar nas ruas até o comportamento folgado em transporte público, sem esquecer pitis em disputas esportivas, abuso de álcool, objetificação feminina, egocentrismo, egoismo, ganância, exibicionismo e transformação de mulheres e filhos em troféus. Se não fosse pela barba, a Taylor masculina poderia ser facilmente confundida com Jordan Belfort, o personagem de Leonardo DiCaprio em “O Lobo de Wall Street”. Mas algumas referências apontam outras inspirações, como uma placa que indica ser proibido o uso de patinetes, na cena em que ela urina no metrô. Patinete, em inglês, é scooter, como em Scooter Braun, o empresário de Justin Bieber que comprou os direitos de suas músicas. Scott Borchetta, antigo dono de gravadora com quem a cantora se desentendeu, também é citado em outro cartaz visto no metrô: “Chefe Scotch. Capitaliza o sentimento”. O fim do clipe mostra como foi feita a transformação, passo a passo, com grande uso de próteses faciais.
Tom Holland comemora permanência do Homem-Aranha na Marvel com vídeo de O Lobo de Wall Street
O ator Tom Holland e a atriz Zendaya comemoram nas redes sociais a notícia de que o próximo filme do Homem-Aranha vai continuar no MCU (Universo Cinematográfico da Marvel, na sigla em inglês). Pouco mais de um mês depois de anunciarem o fim de seu acordo, Sony e Disney encontraram um meio termo para voltar a trabalhar juntos, com o objetivo de lançar pelo menos mais um filme do super-herói no mesmo universo compartilhado pelos Vingadores. A novidade foi anunciada nesta sexta (27/9) por ninguém menos que Kevin Feige, o chefão da Marvel, que não revelou as condições financeiras do negócio. O intérprete do Homem-Aranha se manifestou no Instagram com um trecho do filme “O Lobo de Wall Street”, postando a cena em que o ator Leonardo DiCaprio diz ao microfone da firma não vai embora, levando os coadjuvantes (seus funcionários na trama) à loucura. “O show continua”, ele completa. A mensagem de Holland foi comentada com emojis (de chorar de rir) por Zendaya, que coestrela os últimos filmes do super-herói no papel de M.J. Ela também publicou sua comemoração nas redes sociais, postando um gif com o Homem-Aranha dançando. Veja abaixo. Ver essa foto no Instagram ? Uma publicação compartilhada por Tom Holland (@tomholland2013) em 27 de Set, 2019 às 8:41 PDT pic.twitter.com/VNSRL27Y8Z — Zendaya (@Zendaya) September 27, 2019
FBI confisca Oscar de Marlon Brando que estava com Leonardo DiCaprio
O ator Leonardo DiCaprio precisou devolver um Oscar para a Justiça. Mas não foi o troféu que conquistou por “O Regresso” (2015). Ele entregou a investigadores da FBI um troféu vencido por Marlon Brando, que havia chegado às suas mãos como presente dos produtores do filme “O Lobo de Wall Street” (2013) em reconhecimento ao seu desempenho. DiCaprio planejava usá-lo em um leilão beneficente de sua fundação, criada em 1998, que apoia uma série de projetos ambientais. Mas a peça acabou integrando a relação de objetos suspeitos de terem sido adquiridos por corrupção com o dinheiro público da Malásia. A produtora Red Granite, que financiou “O Lobo de Wall Street”, está sofrendo uma devassa, devido a acusações de corrupção, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro. Alguns objetos de arte que foram dados a DiCaprio como pagamento pelo filme também foram confiscados. “O sr. DiCaprio começou a devolver esses itens, que foram recebidos e aceitos por ele com o propósito de serem incluídos em um leilão de caridade anual para beneficiar sua fundação”, disse um comunicado oficial, expedido na quinta-feira (15/6). “Ele também devolveu o Oscar originalmente conquistado por Marlon Brando, que foi entregue ao sr. DiCaprio como um presente conjunto da Red Granite para agradecer por seu trabalho em ‘O Lobo de Wall Street'”, acrescenta o texto. O motivo da investigação é a suspeita de apropriação ilegal de dinheiro público do governo da Malásia para financiar as produções da Red Granite. O orçamento de US$ 155 milhões de “O Lobo de Wall Street” teria sido desviado de um fundo estatal malaio, denominado 1MDB (1Malaysia Development Berhad). O escândalo de corrupção envolve o enteado do Primeiro Ministro da Malásia, Riza Aziz, que é sócio da Red Granite. Igualmente financiada pela produtora, a comédia “Debi & Lóide 2” (2014) também está tendo seus gastos e pagamentos fiscalizados. Os desvios, porém, não se restringem às produções da Red Granite. Com débitos de US$ 11,73 bilhões, a trilha de dinheiro do 1MDB chega à vários bancos internacionais, incluindo, segundo denúncias, a contas de outros parentes do Primeiro Ministro Najib Tun Razak, abertas em paraísos fiscais.
Estoura o verdadeiro escândalo financeiro de O Lobo de Wall Street
“O Lobo de Wall Street” contava a história de um golpista que ficava milionário ao fraudar a bolsa de valores. Mas a ficção também serviu para alimentar um escândalo financeiro em seus bastidores. A produtora Red Granite, responsável pelo longa dirigido por Martin Scorsese, estrelado por Leonardo DiCaprio e indicado a cinco Oscar em 2014, está sendo acusada de desviar mais de US$ 100 milhões de um fundo público da Malásia para a produção do filme. Revelado em fevereiro pelo site Deadline, o esquema de lavagem de dinheiro virou processo conduzido pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos, que investiga os produtores Riza Aziz e Christopher “Joey” McFarlan, fundadores da Red Granite, o agente e financista malaio Low Taek Jho, um chefe de investimentos do fundo 1MDB (1Malaysia Development Berhad) e até um ator que participou de “O Lobo de Wall Street” em um “papel principal”. O valor total desviado da estatal estaria na casa de US$ 3 bilhões. Desde o ano passado, o 1MDB está no centro de um grande escândalo de corrupção, que teria participação de políticos, banqueiros e empresários. Segundo o Departamento de Justiça americano, agentes do 1MDB usavam a conta do fundo como “conta pessoal de banco”. Segundo a acusação, os envolvidos no esquema usaram empresas de fachada para pagar dívidas de jogo em Las Vegas, iates de luxo alugados, um decorador de interiores, além de US$ 35 milhões gastos com uma empresa de jato particular. O principal foco da investigação é a atuação de Low Taek Jho, conhecido como Jho Lo. Ele é acusado diretamente de lavar mais de US$ 400 milhões desviados de fundos. No final de “O Lobo de Wall Street”, o agente recebe agradecimento especial da produção do longa dirigido por Martin Scorsese. Criado em 2009 pelo primeiro ministro malaio Najib Razak, o 1MDB tem como objetivo proporcionar bem-estar econômico e social à população malaia. Jho Low foi um de seus idealizadores. Em entrevista coletiva realizada na quarta (20/7) em Washington, a procuradora da divisão criminal do Departamento de Justiça dos EUA, Leslie Caldwell, afirmou tratar-se de uma “complexa teia de transações usadas para lavar bilhões de dólares roubados do povo da Malásia”. Além de empregar o dinheiro para financiar o filme, orçado em cerca de US$ 155 milhões, a Red Granite teria usado desvios do fundo estatal malaio para adquirir imóveis em várias partes do mundo, avaliados em US$ 100 milhões. De acordo com a Justiça americana, os direitos futuros sobre “O Lobo de Wall Street”, que arrecadou US$ 392 milhões globalmente, estão agora sujeitos a confisco, assim como os bens da Red Granite. “Nem o 1MDB nem o povo da Malásia viu um centavo de lucro a partir desse filme ou de qualquer um dos outros bens que foram comprados com dinheiro desviado de fundos.” Os escritórios da empresa Red Granite m Los Angeles não abrem desta quarta.
O Lobo de Wall Street: Leonardo DiCaprio terá que depor em processo de difamação
O ator Leonardo DiCaprio terá que depor num processo por difamação apresentado por um ex-executivo da Stratton Oakmont sobre a maneira como a qual ele foi supostamente representado no filme “O Lobo de Wall Street” (2013), de Martin Scorcese. O juiz norte-americano Steven Locke, de Nova York, afirmou na quinta-feira que DiCaprio deveria se fazer disponível para perguntas, decisão que teve a oposição da Paramount Pictures e da empresa Appian Way Productions, de DiCaprio. O autor do processo, Andrew Greene, entrou em 2014 com a ação em que pede mais de US$ 50 milhões de indenização, alegando ter sido difamado no filme pela interpretação do ator P. J. Byrne de um personagem com desvios éticos e morais chamado Nicky Koskoff. A Paramount afirmou que Koskoff foi um “personagem composto” inspirado em vários indivíduos, entre eles Greene. DiCaprio, de 41 anos, fez o papel de Jordan Belfort, um trapaceiro, que fundou a Stratton Oakmont, cujo livro de memórias de 2007 serviu como base do filme. Greene é um amigo de infância de Belfort. Ao se opor ao questionamento, os advogados disseram que DiCaprio não escreveu o roteiro, e não havia nenhuma alegação de que ele teve qualquer influência na decisão de incluir ou não o conteúdo supostamente difamatório no filme. Mas os advogados de Greene conseguiram convencer o juiz ao afirmarem que já haviam questionado Scorsese e o roteirista Terence Winter, e que ambos testemunharam que se encontravam regularmente com DiCaprio para discutir o roteiro.








