Daniel Lobo (1973 – 2016)
Morreu o ator Daniel Lobo, que interpretou o menino Pedrinho na série “Sitio do Pica-Pau Amarelo” entre 1985 e 1986. Ele faleceu na quinta-feira (24/3) num hospital em Tubarão, Santa Catarina, de câncer, aos 43 anos de idade. Revelado aos 13, na adaptação da obra infantil de Monteiro Lobato, Daniel foi o terceiro e último ator a interpretar Pedrinho, o protagonista da atração, durante a primeira versão da série clássica, que ficou no ar por uma década, entre 1977 e 1986, na rede Globo. Ele ainda participou da minissérie “Desejo” (1990) e da série “Confissões de Adolescente” (1994), e apareceu em algumas novelas, como “74.5 – Uma Onda no Ar” (1994), “Esperança” (2002) e “Beleza Pura” (2004), mas sua carreira acabou se voltando mais para o teatro, especialmente em Santa Catarina, onde vivia. Seu último trabalho no palco foi como ator e diretor do espetáculo “Nise da Silveira – Guerreira da Paz”, sobre história da psiquiatra alagoana discípula de Carl G.Jung. A peça estava sendo apresentada no Museu de Arte de São Paulo (MASP), mas, após seis semanas, o espetáculo precisou ser interrompido devido ao quadro de saúde de Daniel. “Após seis comoventes semanas de temporada no MASP, com o público crescendo a cada dia e a perspectiva de lá ficarmos por muito tempo, por motivos de saúde sinto-me na missão de interromper a caminhada”, escreveu Daniel em seu perfil no Facebook no dia 12 de março. Ele se despediu agradecendo ao público, deixando no ar os aplausos do fim de seu espetáculo de vida.
Os Dez Mandamentos ganhará nova versão nos cinemas, com cenas inéditas para a Páscoa
O filme “Os Dez Mandamentos” vai ganhar uma nova versão especialmente para a exibição durante o fim de semana da Páscoa, que terá duração maior e a inclusão de cenas inéditas da 2ª temporada da novela. A informação foi divulgada durante o programa jornalístico “Domingo Espetacular”, na rede Record, responsável pela produção. A nova versão entra em cartaz na quinta-feira (24/3), véspera da Sexta-Feira Santa. Atualmente, “Os Dez Mandamentos – O Filme” soma 8,3 milhões de ingressos vendidos, consagrando-se como a terceira maior bilheteria do cinema brasileiro em todos os tempos – atrás apenas de “Dona Flor e Seus Dois Maridos” (10,7 milhões) e “Tropa de Elite 2 – O Inimigo Agora é Outro” (11,1 milhões). Dirigido por Alexandre Avancini, o filme condensa a história da novela de 2015, acompanhando Moisés (Guilherme Winter), o órfão judeu que cresce como príncipe do Egito, mas volta-se contra sua família adotiva em favor do sofrido povo de Israel, que ele conduz à libertação, com a ajuda de Deus.
Os Dez Mandamentos atinge 5 milhões de ingressos vendidos em 15 dias
O filme “Os Dez Mandamentos” atingiu a marca recorde de público de 5 milhões após 15 dias nas salas de cinema do país. Com isso, a versão condensada da novela da Record já empata com “2 Filhos de Francisco” (2005) como a terceira maior bilheteria do cinema brasileiro pós-Retomada (anos 1990), ficando atrás apenas de “E Se Eu Fosse Você” (2006) e “Tropa de Elite 2” (2010). Para superar o primeiro colocado, será preciso vender mais que o dobro do que já foi arrecadado até agora. O fenômeno “Tropa de Elite 2” foi assistido por cerca de 11 milhões de espectadores. “Os Dez Mandamentos” condensa e resume mais de 170 capítulos da novela escrita por Vivian de Oliveira e dirigida por Alexandre Avancini, que registrou a maior audiência da história da Record. O filme também registra o maior lançamento do cinema brasileiro, em 1,1 mil salas (um terço de todo o parque exibidor nacional), e, após sair de cartaz, será exibido primeiro no Telecine, canal pago do conglomerado de comunicações rival da Record, a Globo.
Os Dez Mandamentos bate recorde de bilheteria com cinemas vazios
O filme “Os Dez Mandamentos”, versão condensada da novela de mesmo nome, vendeu 2 milhões de ingressos em seus primeiros três dias, atingindo o faturamento de R$ 24,22 milhões. Os dados são da empresa ComScore e foram divulgados nesta segunda-feira (1/2). Assim, a novela da Record bateu “Tropa de Elite 2”, que detinha o recorde anterior de maior estreia nacional, com 1,2 milhões de ingressos vendidos em seu final de semana de estreia. Os números, por sinal, aproximam a produção televisiva de blockbusters americanos, como “Vingadores: Era de Ultron”, com 2,6 milhões de ingressos, e “Velozes e Furiosos 7”, 2,3 milhões em seus primeiros três dias. A produção tinha praticamente esgotado todos os ingressos em pré-venda – fala-se em 3 milhões de ingressos vendidos para as primeiras semanas. Mas o estímulo do marketing religioso, que incluiu, segundo levantamento do site UOL, compra em massa de entradas por integrantes da Igreja Universal, rendeu um fenômeno paradoxal: bilheterias esgotadas com salas vazias. O site da revista Veja também repercutiu o fato, encontrando diversos cinemas vazios em São Paulo, mesmo com todos os seus ingressos vendidos. “Se tem lugar? Tem todos, a sala está praticamente vazia”, disse um funcionário do Playarte Marabá, no centro da capital paulista, à Veja, arriscando, inclusive, sua interpretação para o fenômeno. “Os pastores compraram as lotações de ‘Os Dez Mandamentos’ e distribuíram para os fiéis, mas eles não estão vindo em massa, não. De tarde, aparece um pessoalzinho.” Em Recife, um único comprador adquiriu 22.700 ingressos de uma rede de cinemas para todas as sessões, em todos os horários do filme durante as duas primeiras semanas de exibição do longa na cidade. “Passamos uma manhã inteira imprimindo de uma vez só os 22 mil ingressos. Nunca tinha visto algo do tipo nos dez anos em que trabalho no cinema”, revelou o funcionário do cinema ao UOL, contando que o comprador seria alguém ligado à Universal e que teria dito que pretendia distribuir os ingressos. Ao UOL, a Igreja Universal disse não ter comprado ingressos. De acordo com a distribuidora Paris filmes, o lançamento de “Os Dez Mandamentos” em 1,1 mil cinemas (um terço de todo o parque exibidor nacional) alcançou média de 550 espectadores por sala. Mas, no humor das redes sociais, esta lotação é quase toda espiritual. “Só tinha anjinhos na plateia, por isso a gente não via”, escreveu no Twitter um dos espectadores de uma das sessões vazias. A Veja também apurou que o lançamento, com números de blockbuster, não gera filas em lugar nenhum, conforme acontece com as exibições de outros filmes de vendagem similar. LEIA TAMBÉM: Sucesso de Os Dez Mandamentos inspira o surgimento da Record Filmes O Telecine, canal pago da Globo, vai exibir Os Dez Mandamentos
Queen of the South: Série estrelada por Alice Braga ganha primeiro trailer
O canal pago americano USA divulgou o primeiro trailer de “Queen of the South”, série de tráfico estrelado pela brasileira Alice Braga. Ela interpreta a rainha do título, Tereza Mendoza, cujo namorado é morto no México numa transação de drogas que deu errado. Buscando refúgio nos EUA, ela se une a um amigo para derrubar o traficante responsável pela morte do seu namorado, mas acaba aprendendo tanto sobre o funcionamento do tráfico que fica numa posição de liderar o cartel. A atração é um remake da novela colombiana “La Reina Del Sur”, desenvolvida pelos roteiristas M.A. Fortin e Joshua John Miller, ambos do divertido e premiado “Terror nos Bastidores” – Melhor Roteiro do Festival de Stiges – , lançado direto em DVD no Brasil. O elenco também inclui Peter Gadiot (série “Once Upon a Time in Wonderland”), Joaquim de Almeida (“O Duelo”), Justina Machado (série “Six Feet Under”), Hemky Madera (série “Weeds”) e James Martinez (série “Breaking Bad”). “Queen of the South” vai estrear entre abril e junho no canal pago americano USA. Por curiosidade, “La Reina del Sur” ganhou o nome de “A Rainha do Tráfico” no Brasil e já foi exibida pelo canal +Globosat e pelo Netflix.
Os Dez Mandamentos já vendeu 2,5 milhões de ingressos antes da estreia
A cinco dias da estreia, já foram vendidos 2,5 milhões de ingressos antecipados para o filme “Os Dez Mandamentos”. A marca é inédita no mercado brasileiro, fazendo com o que o filme, antes mesmo de chegar aos cinemas, já esteja entre as 20 maiores bilheterias dos últimos 10 anos. Diante da procura, o lançamento vai acontecer em mil salas, o que é outro recorde do circuito nacional. Até então, a maior distribuição de um longa brasileiro pertencia à comédia “Até que a Sorte nos Separe 3”, lançada em 24 de dezembro em 808 salas. A grande procura é consequência do envolvimento da Igreja Universal do Reino de Deus na divulgação e venda de ingressos. Além de incentivar seus fiéis a adquirem entradas antecipadas, haveria pedidos de contribuição financeira para distribuir ingressos aos mais pobres. Assim, algumas sessões teriam sido fechadas para servir como instrumento de evangelização. O portal UOL noticiou no início desta semana que um único comprador adquiriu 22,7 mil ingressos no Recife, lotando antecipadamente todas as sessões, em todos os horários, do filme durante suas duas primeiras semanas de exibição em uma grande rede de cinemas da capital pernambucana. A expectativa do mercado é que “Os Dez Mandamentos” possa se tornar o maior blockbuster da história do cinema nacional, ultrapassando o recorde de público de “Tropa de Elite 2”, que teve 11 milhões de espectadores. A estreia acontece na próxima quinta (28/1). Distribuído pela Paris Filmes, o longa-metragem é uma versão compacta da novela, escrita por Vivian de Oliveira e dirigida por Alexandre Avancini. A produção promete cenas exclusivas e um final inédito, que antecipará a 2ª temporada da atração religiosa, prevista para estrear em março na rede Record.
Os Dez Mandamentos terá maior lançamento do cinema brasileiro em todos os tempos
A versão para o cinema da novela “Os Dez Mandamentos”, que estreia em 29 de janeiro, terá o maior lançamento já recebido por um filme brasileiro em todos os tempos, tornando-se a primeira produção nacional distribuída em 1,1 mil cinemas. O recorde anterior pertencia a “Até que a Sorte nos Separe 3”, que estreou em 863 salas no último Natal. A decisão foi tomada após “Os Dez Mandamentos — O Filme” quebrar outro recorde, com a confirmação de uma pré-venda de 1,5 milhão de ingressos. A venda antecipada é mais que o dobro do antigo recordista no Brasil, o filme “”A Saga Crepúsculo: Amanhecer — Parte 2”, que teve mais de 645 mil ingressos comercializados antes de sua estreia. A expectativa do mercado é que “Os Dez Mandamentos” possa se tornar o maior blockbuster da história do cinema nacional, ultrapassando o recorde de público de “Tropa de Elite 2”, que teve 11 milhões de espectadores. Em levantamento do portal UOL, a rede Cinemark e o Espaço Itaú apontaram que os ingressos têm sido adquiridos em lote por grupos de evangelizações, que buscam fechar sessões exclusivas em diversas cidades do país. Assim, já há sessões esgotadas para o fim de semana da estreia nas principais capitais do país. Para completar, há ainda estímulos religiosos para que fiéis assistam ao filme. O início da pré-venda rendeu imagens de bispos e pastores posando com seus ingressos para o site da Igreja Universal. Distribuído pela Paris Filmes, o longa-metragem é uma versão compacta da novela, escrita por Vivian de Oliveira e dirigida por Alexandre Avancini. A produção promete cenas exclusivas e um final inédito, que antecipará a 2ª temporada da atração religiosa, prevista para estrear em março na rede Record.
Os Dez Mandamentos bate recorde de pré-venda do cinema brasileiro
Com lançamento marcado apenas para o dia 28 de janeiro, “Os Dez Mandamentos – O Filme” já conquistou um recorde de bilheteria no Brasil. Segundo informações divulgadas pela rede Record, já foram vendidos mais de 400 mil ingressos em todo o país, o que representa a maior pré-venda da história do cinema nacional, ultrapassando até “Tropa de Elite 2” (2010). Se o ritmo continuar assim, é provável que o filme derivado da TV supere até mesmo “Jogos Vorazes – A Esperança: O Final”, recordista de pré-venda no Brasil, que teve mais de 640 mil ingressos comercializados antes de sua estreia. Além disso, se a pré-venda servir de parâmetro, “Os Dez Mandamentos” pode ultrapassar o recorde de público de “Tropa de Elite 2”, que teve 11 milhões de espectadores. Em levantamento anterior do portal UOL, a Cinemark, uma das redes onde se registrou a maior procura, e o Espaço Itaú apontaram que há um interesse muito grande por parte de grupos de evangelizações, que têm comprado muitos ingressos, visando fechar sessões exclusivas em diversas cidades do país. Assim, já há sessões esgotadas no dia da estreia, 28 de janeiro, nas principais capitais do país. No caso do Espaço Itaú, o esgotamento de ingressos é ainda maior, atingindo todas as sessões do primeiro fim de semana de estreia em todos os cinemas da rede. Para completar, há ainda estímulos religiosos para que fiéis assistam ao filme. O início da pré-venda rendeu imagens de bispos e pastores posando com seus ingressos para o site da Igreja Universal. Distribuído pela Paris Filmes, o longa-metragem é escrito por Vivian de Oliveira e dirigido por Alexandre Avancini, que também assinam a novela, promete cenas exclusivas e um final inédito, que antecipará a 2ª temporada da novela, prevista para estrear em março de 2016.
Filme Os Dez Mandamentos já vendeu 150 mil ingressos antecipados
A versão da novela “Os Dez Mandamentos” para o cinema promete repetir o sucesso da TV. A venda antecipada teve início no dia 1° de janeiro e conseguiu a façanha de vender 150 mil ingressos em quatro dias. O número é uma estimativa, já que os cinemas menores ainda não entraram na contabilização prévia da distribuidora. O número impressiona quando comparado ao blockbuster “Star Wars: o Despertar da Força”, que vendeu 600 mil ingressos antecipadamente durante dois meses da pré-venda. A Cinemark, uma das redes onde se registrou a maior procura, e o Espaço Itaú ainda apontaram que há uma procura muito grande por parte de grupos de evangelizações, que têm comprado ingressos de modo a fechar sessões exclusivas em diversas cidades do país. Assim, já há sessões esgotadas no dia da estreia, 28 de janeiro, nas principais capitais do país. No caso do Espaço Itaú, o esgotamento de ingressos é ainda maior, atingindo todas as sessões do primeiro fim de semana de estreia em todos os cinemas da rede. Para completar, há ainda estímulos religiosos para que fiéis assistam ao filme. O início da pré-venda rendeu imagens de bispos e pastores posando com seus ingressos para o site da Igreja Universal. Com a ajuda dos féis, “Os Dez Mandamentos” pode ultrapassar a bilheteria recorde de “Tropa de Elite 2”, que teve 11 milhões de espectadores. Distribuído pela Paris Filmes, o longa-metragem é escrito por Vivian de Oliveira e dirigido por Alexandre Avancini, que também assinam a novela, promete cenas exclusivas e um final inédito, que antecipará a 2ª temporada da novela, prevista para estrear em março de 2016.
Queen of the South: Alice Braga aparece na primeira foto de série sobre cartel de drogas
A revista Entertainment Weekly divulgou a primeira foto de Alice Braga como protagonista da nova série “Queen of the South”. A atração é um remake da novela colombiana “La Reina Del Sur” e acompanha a história de Tereza Mendoza, papel de Braga, cujo namorado é morto no México numa transação de drogas que deu errado. Buscando refúgio nos EUA, ela se une a um amigo para derrubar o traficante responsável pela morte do seu namorado, mas acaba aprendendo tanto sobre o funcionamento do tráfico que acaba se posicionando como líder do cartel. A versão americana foi desenvolvida pelos roteiristas M.A. Fortin e Joshua John Miller, ambos do divertido e premiado “Terror nos Bastidores” – Melhor Roteiro do Festival de Stiges – , lançado direto em DVD no Brasil. O elenco também inclui Peter Gadiot (série “Once Upon a Time in Wonderland”), Joaquim de Almeida (“O Duelo”), Justina Machado (série “Six Feet Under”), Hemky Madera (série “Weeds”) e James Martinez (série “Breaking Bad”). “Queen of the South” vai estrear entre abril e junho nos EUA. Por curiosidade, “La Reina del Sur” ganhou o nome de “A Rainha do Tráfico” no Brasil e já foi exibida pelo canal +Globosat e pelo Netflix.
Filme baseado na novela Os Dez Mandamentos ganha primeiro trailer
A Paris Filmes divulgou o primeiro trailer de “Os Dez Mandamentos — o Filme”, versão condensada da novela bíblica da rede Record. A prévia destaca cenas dos episódios sobre as sete pragas do Egito, que renderam as maiores audiências da novela, além de mostrar closes de Guilherme Winter ao vento. Os efeitos visuais passam longe de Hollywood e aparentemente não ganharam retoques para a exibição no cinema. Em compensação, o vídeo assume que se trata de um fenômeno televisivo (144 milhões de telespectadores) e destaca que a história terá cenas inéditas e um final diferente, exclusivos da versão cinematográfica. A estreia está marcada para 28 de janeiro nos cinemas, antecipando a “2ª temporada” da novela, que voltará às telinhas em março de 2016.
Marília Pêra (1943 – 2015)
Morreu a atriz Marília Pêra, que marcou a história do teatro, TV e cinema brasileiros, estrelando obras-primas como “Pixote: A Lei do Mais Fraco” (1981) e “Central do Brasil” (1998), além de coreografar e dirigir diversos espetáculos. Ela sofria de câncer nos ossos e no pulmão, doença que vinha combatendo havia dois anos, vindo a falecer no sábado (5/12), aos 72 anos. Marília Marzullo Pêra nasceu no Rio de Janeiro em 22 de janeiro de 1943, com o teatro no DNA. Ela faz sua estreia como atriz aos 19 dias de vida, numa peça que precisava de um bebê. Seu pai, o português Manoel Pêra, era ator e tinha uma companhia teatral no Rio. A mãe, Dinorah Marzullo, também era atriz. A avó, Antonia Marzullo, fez vários papéis no cinema. E até sua irmã mais nova, Sandra Pêra, seguiu o rumo dos palcos. Aos 4 anos, Marília já fazia parte da companhia teatral de Henriette Morineau, atuando, entre outras, na peça “Medeia”, em que interpretou umas das filhas do personagem principal. Ela se profissionalizou ainda na adolescência, estudando música e dança para participar de espetáculos de revista a partir dos 14 anos. Ao entrar na peça “De Cabral a JK”, de Max Nunes, conheceu o ator Paulo Graça Mello, com quem se casou aos 16 anos. Aos 18, teve o primeiro filho, aos 26 tornou-se viúva – posteriormente, casou-se mais três vezes, com o ator Paulo Villaça, o jornalista Nelson Motta, com quem teve duas filhas, e o economista Bruno Faria. E nada impediu o crescimento de sua carreira. Dois anos depois de dar a luz ao futuro ator Ricardo Graça Mello, atuou em “O Teu Cabelo Não Nega” (1963), biografia de Lamartine Babo, interpretando pela primeira vez Carmen Miranda, papel que a acompanharia por diferentes espetáculos – o mais recente, de 2005. E ela ainda pôde se gabar de ter vencido uma disputa com Elis Regina pelo papel principal no musical “Como Vencer na Vida sem Fazer Força”, em 1964. O teatro acabou ficando em segundo plano quando a TV a descobriu. Marília foi contratada como bailarina na inauguração da TV Globo, em 1965, mas em poucos meses se viu estrelando telenovelas. Sua estreia aconteceu na primeira novela das 19h da emissora, “Rosinha do Sobrado”, em agosto de 1965, já como protagonista, seguida imediatamente pelo papel-título de “A Moreninha” (1965). Bastaram estes dois papeis para ela atingir o estrelato, vendo-se disputada e aceitando participar de duas novelas simultâneas, “Padre Tião”, no horário das 19h, e “Um Rosto de Mulher”, às 22h, ambas exibidas a partir de dezembro de 1965. A maratona se provou exaustiva e ela só foi reaparecer três anos depois na principal novela da década, “Beto Rockfeller” (1968), na TV Tupi. Na trama, viveu uma das coadjuvantes das trapalhadas de Luís Gustavo, intérprete do playboy farsante do título, ajudando o humor corrosivo do escritor Bráulio Pedroso a revolucionar o gênero. Marília permaneceu na Tupi para protagonizar a novela seguinte, “Super Plá” (1969), como uma ex-vedete de teatro que se tornava dona de uma fábrica de refrigerantes. Paralelamente, estreou no cinema, com a comédia “O Homem que Comprou o Mundo” (1968), de Eduardo Coutinho, seguida pelo musical “É Simonal” (1970), de Domingos de Oliveira. Mas a ênfase permaneceu em sua carreira teatral, que a levou a encenar “Se Correr o Bicho Pega”, de Oduvaldo Vianna Filho e Ferreira Gullar, “A Ópera dos Três Vinténs”, de Bertolt Brecht e Kurt Weill, “A Megera Domada”, de William Shakespeare, e “Roda Viva”, de Chico Buarque, pela qual passou a ser perseguida pela ditadura. Foi presa durante a apresentação da peça e, em seguida, teve a casa invadida pela polícia, em busca de provas de sua subversão comunista. Ironicamente, em 1989, ao declarar voto em Fernando Collor para a presidência da república, foi vítima dos tais comunistas com quem tinha sido confundida, que apedrejaram a porta do teatro onde ela se apresentava. Suas manifestações artísticas, em contraste, logo se tornaram unanimidades. O primeiro de seus três prêmios Molière veio em 1969, por seu desempenho como uma virgem solteirona em “Fala Baixo Senão Eu Grito”, de Leilah Assumpção – os outros foram vencidos pelo monólogo “Apareceu a Margarida” (1973), de Roberto Athayde, e “Brincando em Cima Daquilo” (1984), de Dario Fo e Franca Rame. Ela voltou à Globo em 1971, a convite do diretor Daniel Filho, para viver um de seus papeis mais divertidos, a loiraça Shirley Sexy em “O Cafona”, que a tornou ainda mais conhecida. Na sequência, interpretou a taxista Noeli em “Bandeira 2” (1971), romântica atrapalhada Serafina de “Uma Rosa com Amor” (1972) e a “Supermanoela” (1974), até decidir priorizar o cinema. Sua filmografia ganhou impulso a partir de meados dos anos 1970. Após a comédia “O Donzelo” (1974) e o drama “Ana, a Libertina” (1975), Marília irrompeu em seu primeiro grande papel cinematográfico, a cantora de cabaré de “O Rei da Noite” (1975), de Hector Babenco, com quem voltaria a trabalhar no longa mais famoso de sua carreira, “Pixote: A Lei do Mais Fraco” (1981). No filme sobre menores infratores, ela vivia uma prostituta que servia de figura materna para o jovem Pixote. A cena em que amamenta o adolescente tornou-se uma das mais emblemáticas do cinema brasileiro e lhe rendeu projeção internacional. Pelo papel, Marília foi eleita Melhor Atriz do ano pela Associação Nacional dos Críticos de Cinema dos EUA. “Isso me abriu as portas do mundo, mas não fui trabalhar nos EUA porque não dominava o inglês”, contava. Porém, ela fez sim um filme americano, “Mixed Blood” (1984), dirigida pelo cineasta underground Paul Morrissey (“Trash”). A língua acabou não sendo uma dificuldade, pois a trama girava em torno de traficantes brasileiros em Manhattan. Anos mais tarde ainda voltaria aos EUA para rodar o trash “Living the Dream” (2006), estrelado por Danny Trejo (“Machete”). O maior reconhecimento, porém, veio mesmo do Brasil, com novos papeis importantes. Marília foi premiada como Melhor Atriz no Festival de Gramado por seus dois longas seguintes, “Bar Esperança” (1983), homenagem de Hugo Carvana à boemia, e “Anjos da Noite” (1987), de Wilson Barros. Ao mesmo tempo, acumulou ainda mais reverências no teatro, vencendo seu terceiro Molière e se transformando numa diretora bem-sucedida com a montagem de “O Mistério de Irma Vap” (1987), que ficou 11 anos em cartaz. Tudo isso a manteve afastada das novelas por mais de uma década, só voltando ao gênero em 1987, como a Rafaela de “Brega & Chique”. Ela também viveu a vilã Juliana, na minissérie “O Primo Basílio” (1988), e Genu na novela “Lua Cheia de Amor” (1990), antes de reorganizar sua agenda com outras prioridades. Marília voltou a ter projeção internacional ao ser dirigida por Cacá Diegues. Primeiro, em “Dias Melhores Virão” (1990), pelo qual venceu o troféu de Melhor Atriz no Festival de Cartagena, na Espanha. E, depois, com “Tieta do Agreste” (1996), que lhe trouxe o troféu de Melhor Atriz Coadjuvante no Festival de Havana, em Cuba. A década ainda incluiu mais dois filmes marcantes: “Central do Brasil” (1998), grande clássico de Walter Salles, e “O Viajante” (1999), de Paulo César Saraceni, que lhe rendeu indicação ao Grande Prêmio do Cinema Brasileiro (o Oscar nacional). Ocupada com cinema e teatro, Marília diminuiu sua presença na TV, preferindo fazer minisséries, como “Incidente em Antares” (1994), “Os Maias” (2001) e “JK” (2006), embora tenha encaixado a novela “Meu Bem Querer” na Globo em 1998. A esta altura, porém, estava tão famosa que podia se dar ao luxo de fazer participação especial como si mesma nas novelas – em “Celebridade” (2003) e “Insensato Coração” (2011). Sua filmografia continuou interessante no século 21. Ela viveu o papel-título de “Amélia”, a camareira de Sarah Bernhardt, durante a visita da célebre atriz francesa ao Brasil em 1905, com direção de Ana Carolina. Também participou de “Seja o Que Deus Quiser” (2002), de Murilo Salles, viveu a cantora Wanderléa na cinebiografia “Garrincha – Estrela Solitária” (2003), de Milton Alencar, a madame de um bordel em “Vestido de Noiva” (2006), adaptação de Nelson Rodrigues dirigida por seu filho Joffre, e voltou a encontrar seu primeiro diretor, Eduardo Coutinho, no premiado documentário “Jogo de Cena” (2007). Ao retornar às novelas, encaixou uma sequência de papeis divertidos, inciada pela hilária hippie Janis Doidona em “Começar de Novo” (2004), retomando a cumplicidade cômica com Luis Gustavo. Foi ainda a perua falida Milu de “Cobras & Lagartos” (2006) e a dama Gioconda de “Duas Caras” (2008). A facilidade para o humor acabou explorada também em filmes como “Acredite, um Espírito Baixou em Mim” (2006), “Polaróides Urbanas” (2008) e “Embarque Imediato” (2009), além de lhe render uma nova carreira como comediante televisiva. As séries cômicas lhe permitiram aprofundar sua parceria com o ator, escritor e diretor Miguel Falabella, que a filmou em “Polaróides Urbanas”. Na Globo, os dois trabalharam juntos em “A Vida Alheia” (2010), na novela “Aquele Beijo” (2011) e em “Pé na Cova” (2013), seu último papel na TV, no qual viveu a mulher de Falabella. Marília continuou interpretando papeis importantes no teatro, vencendo o prêmio Shell por sua atuação em “Mademoiselle Chanel” em 2006. Em 2013, ainda estrelou “Alô, Dolly!”, ao lado do parceiro Falabella. Mas, apesar dos muitos prêmios conquistados, sua homenagem mais singela aconteceu no Carnaval de 2014, quando foi tema do desfile da escola de samba Mocidade Alegre, em São Paulo, com o samba-enredo “Nos Palcos da Vida… Uma Vida no Palco: Marília”. Mesmo com a saúde debilitada, ela dedicou seus últimos esforços ao trabalho, narrando o documentário “Chico – Artista Brasileiro” (2015), sobre Chico Buarque, e dirigindo a peça “Depois do Amor”, cuja estreia estava marcada justamente para o dia de sua morte, em Manaus. Ela também deixou gravado um disco com canções de amor de Tom Jobim, Dolores Duran e outros mestres da MPB, e continuará presente ao longo em 2016 em outros trabalhos finalizados, que incluem uma participação na nova série comédia “Tô Ryca”, que estreia em janeiro, no filme “Dona do Paraíso”, de José João Silva, ainda sem previsão de lançamento, e numa temporada inteira de “Pé na Cova”. “Certas pessoas são escolas, ela era uma escola de vida, uma profissional que deu um padrão para a nossa maneira de representar e colocou o país em outro departamento. Uma profissional genial”, definiu, emocionado, o ator Ney Latorraca, que Marília dirigiu por mais de uma década na peça “O Mistério de Irma Vap”. “Uma mestra”, ecoou o cineasta Cacá Diegues.
Novela O Rebu e Como Aproveitar o Fim do Mundo podem virar séries americanas
As redes americanas de televisão descobriram as produções da Rede Globo. Dois projetos, baseados em atrações do canal brasileiro, estão sendo desenvolvidos com a intensão de renderem séries. São adaptações da novela “O Rebu”, desenvolvida por Josh Schwartz e Stephanie Savage (criadores de “Gossip Girl”), e da série de comédia “Como Aproveitar o Fim do Mundo”, produzida por Corine Brinkerhoff e Ben Silvermann (produtores-executivos de “Jane The Virgin”). Segundo o site Deadline, o canal ABC pretende transformar a novela numa série de suspense sob o título de “The Party”, enquanto o CW desenvolve a comédia, cujo piloto se chamará “No Tomorrow”. Ambos os canais já experimentaram sucesso com versões americanas de produções latinas, como “Ugly Betty” e a própria “Jane the Virgin”, mas será a primeira vez que adaptariam atrações brasileira. A Globo confirma as conversas para exportar as produções, mas informa que “nada foi fechado ainda”. De acordo com a imprensa americana, os brasileiros querem crédito de coprodução, o que estaria emperrando as negociações. “Como Aproveitar o Fim do Mundo” chegou a ser indicada ao Emmy Internacional em 2013. A série era estrelada por Alinne Moraes, Danton Mello e Nelson Freitas, e tinha como história central a ideia de que, segundo uma profecia maia, o mundo acabaria em 21 de dezembro de 2012. Durou oito episódios e foi cancelada na véspera da data em que o planeta “acabaria”. Já “O Rebu” teve duas versões na TV brasileira – em 1974 e outra passada 40 anos depois, em 2014 – ambas exibidas no último horário de novelas da emissora – às 22h e 23h, respectivamente. Escrita por Bráulio Pedroso, a trama acompanhava a investigação de um assassinato durante uma festa. Toda a história acontece em 24 horas e coloca os 24 convidados e o anfitrião da festa na lista de suspeitos, até revelar, no último capítulo, a identidade do assassino.






