Fracasso de Valerian faz Luc Besson vender divisão televisiva francesa de seu estúdio
O fracasso de “Valerian e a Cidade dos Mil Planetas” deixou uma conta gigantesca para a EuropaCorp, empresa do cineasta Luc Besson, diretor do filme. Como se trata do primeiro filme europeu que custou mais de US$ 200M (milhões) e a bilheteria mundial ficou nesta faixa, com US$ 225M de arrecadação, a sangria financeira virou hemorragia, ameaçando a sobrevivência do estúdio. Em seu balanço financeiro mais recente, a EuropaCorp registrou prejuízos de US$ 135M. A solução encontrada foi a venda da divisão televisiva francesa da empresa. Tudo foi resolvido internamente, com o próprio diretor da EuropaCorp Television, Thomas Anargyros, adquirindo a companhia por US$ 13M. Os valores não resolvem os principais problemas, mas ajudam a contornar dificuldades iminentes e cortam gastos de manutenção estimados em US$ 3M anuais. A venda inclui estúdios e direitos à produções francesas desenvolvidas pela EuropaCorp Television, como o thriller “No Limit” (2012), além das primeiras séries em inglês da companhia, como “Taxi Brooklyn” (2014) e “Flight of the Storks” (2012). Mas deixa intacta a divisão televisiva americana, que atualmente produz a série “Taken” e a recém-anunciada “The French Detective”.
Conglomerados da Sony, Universal e Paramount também querem comprar a Fox
O vazamento de que a Disney tinha aberto negociações para comprar a Fox atraiu interesse de outros conglomerados de Hollywood, que também querem discutir a aquisição dos ativos da empresa de TV e cinema. Segundo a revista Variey, as empresas Sony, Comcast (dona da Universal) e Viacom (dona da Paramount) já sondaram a 21st Century Fox para saber se há possibilidade de negócios. O interesse da Comcast é pelos mesmos ativos em discussão com a Disney: o estúdio de cinema 20th Century Fox, o canal pago FX, a empresa de animação Blue Sky Studios, a National Geographic e as participações societárias da Fox no serviço de streaming Hulu e na rede europeia de canais pagos Sky. A Sony visaria um pacote menor e não há notícias sobre o que atrai a Viacom. A Comcast não poderia comprar o canal Fox, já que as leis antitruste impedem que uma mesma empresa tenha mais de uma rede de TV no Estados Unidos. A Comcast é proprietária da rede NBC. Há especulações de que Rupert Murdoch, sócio majoritário da 21st Century Fox, quer vender parte da companhia para remanejar o restante numa nova versão da News Corp., centrada em publicações e canais de notícias. A atual configuração da Fox foi separada da News Corp. em 2013, após o escândalo de espionagem de celebridades que envolveu a divisão de jornais da empresa no Reino Unido. Para evitar contaminação financeira e acompanhando previsões pessimistas sobre o futuro da mídia impressa, Murdoch dividiu a empresa em duas. Agora, estaria interessado em desfazer essa separação, concentrando-se apenas em notícias – TV, streaming e imprensa – , o que inclui também esportes. Se o estúdio de cinema, a produtora de TV, canais de TV paga e participações em serviços de streaming foram adquiridos por um concorrente, haverá uma grande mudança na correlação de forças de Hollywood. A Disney sonhava em juntar os Vingadores aos X-Men, mas a Sony poderia juntar o Homem-Aranha aos heróis mutantes, enquanto a Comcast passaria a ser majoritária no Hulu, somando 60% das ações na joint venture (que ainda inclui Disney e Warner), podendo assumir o controle do serviço para se posicionar na vindoura guerra de streamings que se aproxima. Mais modesta, a Viacom é quem teria o maior salto, já que não possui os mesmos ativos dos rivais.
Netflix, Spotfy e outros serviços de streaming já começam a ser taxados
O prefeito de São Paulo João Dória sancionou nesta quarta-feira (15/11), em pleno feriado, o projeto de lei que estabelece a cobrança de impostos para serviços de streaming sediados na cidade, como Netflix e Spotfy. A proposta tinha sido aprovada pela Câmera Municipal no dia 1º de novembro. Com a nova norma, as empresas do setor serão taxadas em 2,9%. A Netflix já se manifestou, afirmando em comunicado que não irá repassar o valor para os assinantes. A cobrança do ISS no setor segue a lei complementar nº 157, sancionada pelo presidente Michel Temer em dezembro do ano passado, que altera a cobrança do imposto e institui a tributação dos sites de streaming por parte dos municípios onde o serviço é contratado. Dória vetou apenas um item no projeto aprovado pela Câmera: a emenda que previa isenção de taxas administrativas para igrejas na cidade de São Paulo. Foi vetada por, segundo a Prefeitura, violar o princípio constitucional da isonomia ao pedir tratamento privilegiado às igrejas.
Estreia de Mulher-Maravilha 2 é antecipada pela Warner
A estreia de “Mulher-Maravilha 2” foi antecipada em um mês e meio pela Warner. Anteriormente prevista para 13 de dezembro de 2019, a produção agora vai chegar aos cinemas norte-americanos em 1 de novembro. Com isso, a Warner distancia seu filme de “Star Wars: Episódio IX”, que recentemente foi adiado para 20 de dezembro, uma semana após a data prevista para o lançamento original do segundo filme da super-heroína. No fim de semana, rumores surgiram de que Gal Gadot não retornaria ao papel de Mulher-Maravilha se a Warner não tirasse Brett Ratner e sua produtora, RatPac-Dune Entertainment, dos créditos da produção. O estúdio não pretende renovar seu acordo de financiamento com a companhia do produtor, envolvido nos escândalos sexuais que assolam Hollywood. Mesmo sem rompimento, o acordo se encerraria em um ano, na primavera de 2018, e já não envolveria a produção de “Mulher-Maravilha 2”. Patty Jenkins vai voltar à direção, após fechar um acordo que a tornará a diretora mais bem-paga de todos os tempos. A trama da sequência será baseada numa ideia dela e do diretor executivo da DC Entertainment, Geoff Johns, que também é criador da série “The Flash”. Mas o roteiro está sendo escrito por Dave Callaham, autor do argumento que supostamente deu origem à franquia “Os Mercenários”. Segundo o site The Hollywood Reporter, ele foi escolhido por sugestão da diretora Patty Jenkins, após os dois colaborarem em “Jackpot”, projeto que foi abandonado quando Jenkins assumiu “Mulher-Maravilha”. Vale lembrar que o estúdio de “Os Mercenários” processou o roteirista por fraude, por ter buscado créditos pela franquia que teria sido totalmente criada por Sylvester Stallone. Callaham garante que foi Stallone quem roubou a ideia de um roteiro antigo que ele tinha. O que ele comprovadamente escreveu foi a pior adaptação de videogame de todos os tempos, “Doom” (2005), o péssimo terror “Os Cavaleiros do Apocalipse” (2009), o esboço inicial de “Godzila” (2014) e andou rabiscando, sem créditos, “Homem-Formiga” (2015) para a Marvel.
Shameless é renovada para 9ª temporada em tempo recorde
O canal pago americano Showtime mal começou a exibir a 8ª temporada de “Shameless” e já decidiu renovar a série para seu 9º ano de produção. O motivo de tanta rapidez foi o sucesso alcançado pelo primeiro episódio da atual temporada, que registrou a segunda maior audiência de toda a atração, desde a estreia em 2011. Exibido no domingo (5/11), o primeiro capítulo da 8ª temporada foi assistido por 1,89 milhão de telespectadores ao vivo, num aumento de 50% na audiência em relação à estreia do ano anterior. Só um episódio da 3ª temporada foi mais visto que este. E com as reprises a audiência subiu para 2,7 milhões de pessoas. O resultado também representa a maior audiência deste ano de um programa no Showtime, além de registrar o público mais jovem da demografia do canal. “Por mais desafiador que possa ser para qualquer show simplesmente manter seus telespectadores na paisagem da TV atual, ‘Shameless’ está adicionando-os em massa”, disse o presidente e CEO da Showtime, David Nevins, em comunicado. “Mas não é nenhum mistério porquê. A reputação da série para criar personagens ricos e ressonantes e para a comédia profunda e profundamente retorcida atrai não apenas espectadores fiéis de longa data, mas um público cada vez maior. E, de forma criativa, a temporada que começou no domingo passado está mais forte do que nunca”. A ironia é que a série quase foi cancelada em dezembro, diante de um impasse sobre o salário da atriz Emmy Rossum, que travou as negociações para a renovação para a 8ª temporada, ameaçando abandonar a produção se não recebesse aumento. Ela exigia que seu salário fosse equivalente ao de William H. Macy, já que é tão protagonista quanto ele. O canal acabou concordando. No Brasil, a série é exibida pelo canal pago I.Sat.
Disney vai produzir primeira série live action de Star Wars para lançar seu serviço de streaming
A Disney planeja produzir a primeira série live-action de “Star Wars” para lançar seu serviço de streaming. E não é só. De acordo com a revista Variety, a produção será acompanhada por uma série animada da Pixar baseada em “Monstros S.A.”, uma produção derivada da franquia “High School Musical”, do Disney Channel, e uma nova atração de super-heróis da Marvel. Ainda não há informações sobre os detalhes de nenhum desses projetos, mas eles deixam claro que a Disney pretende investir em conteúdo de prestígio para lançar sua plataforma, visando competir de forma agressiva com a Netflix. A empresa anunciou o projeto em agosto, antecipando que não renovaria a licença de exibição de seu conteúdo na Netflix, apostando na exclusividade de seus filmes e séries como mais um fator para atrair assinantes para seu serviço. A princípio, o projeto seria voltado apenas para desenhos animados e produções da própria Disney, com serviços similares para a Marvel e a Lucasfilm, mas o CEO da companhia, Bob Iger, reavaliou o negócio e decidiu concentrar tudo numa única plataforma. A plataforma da Disney será lançada em 2019.
Netflix vai lançar histórias em quadrinhos do criador de Kick-Ass e Kingsman
A Netflix vai mesmo virar editora de quadrinhos. O contrato com o autor Mark Millar não é apenas para o lançamento de séries. A ideia é usar a Millarworld, adquirida pela plataforma de streaming em agosto deste ano, como uma encubadora de franquias. O primeiro gibi da Netflix será lançado em 2018 e terá seis edições. Intitulada “The Magic Order”, a nova criação de Mark Millar terá desenhos de Olivier Coipel e acompanhará a trajetória de cinco famílias de magos que precisam tomar medidas diante do surgimento de um novo inimigo. A capa do primeiro exemplar foi adiantada pela Netflix e pode ser vista abaixo. A Millarworld foi fundada em 2004, mas não funcionava como uma editora tradicional de quadrinhos. Era originalmente uma empresa criativa, que detinha o registro dos personagens de Mark Millar, publicados por diferentes companhias. Atualmente, o roteirista tem 18 títulos diferentes no portfólio, que já renderam três franquias cinematográficas: “O Procurado”, “Kick-Ass” e “Kingsman”. Antes de se lançar como autor independente de sucesso, Millar passou oito anos na Marvel, onde desenvolveu quadrinhos e arcos dramáticos muito populares. Suas histórias dessa fase também inspiraram filmes: “Os Vingadores” (2012), “Capitão América: Guerra Civil” (2016) e “Logan” (2016).
Universal desiste do Dark Universe, seu universo cinematográfico de monstros clássicos
O Dark Universe da Universal Pictures acabou. Segundo o site The Hollywood Reporter, o universo cinematográfico compartilhado, que pretendia juntar os monstros clássicos do estúdio, desmoronou após o fracasso de “A Múmia” nos cinemas, e agora os responsáveis pelo projeto foram dispensados. O contrato de Alex Kurtzman expirou em setembro, e nem ele nem o estúdio se mostraram interessados em uma renovação. Kurtzman pretende se concentrar na produção de séries, como “Star Trek: Discovery”. Já Chris Morgan vai continuar na Universal, mas à frente de outro universo, desenvolvendo derivados da franquia “Velozes e Furiosos”, da qual ele é o principal roteirista. A implosão acontece apenas cinco meses após a Universal apresentar o projeto do Dark Universe, com uma foto de elenco que reunia Johnny Depp, Russell Crowe, Tom Cruise, Javier Bardem e Sofia Boutella. É a imagem acima. Cruise, Crowe e Boutella estrelaram “A Múmia”. Já Bardem estava contratado para interpretar o monstro de Frankenstein em “A Noiva de Frankenstein”. O filme chegou a entrar em pré-produção, mas acabou engavetado porque os executivos não gostaram do roteiro escrito pelo diretor Bill Condon. Além deste, “O Homem Invisível”, com Johnny Depp, também foi anunciado e não deve sair do papel. “A Múmia” custou US$ 125 milhões para ser produzido, mais um montante de despesas de marketing que, segundo o site Deadline, elevam seu orçamento total para mais de US$ 200 milhões. Entretanto, rendeu apenas US$ 80 milhões na América do Norte. Em todo o mundo, o filme somou US$ 409 milhões. O diretor de “A Múmia”, Alex Kurtzman, era o arquiteto do projeto do Dark Universe, comandando roteiristas e cineastas para criar filmes com tramas e personagens compartilhados, como a Marvel realiza em suas produções. Ele até encomendou logotipo para o plano vistoso, revelado em vídeo, com direito a contratação de astros de filmes – os mencionados Bardem e Depp – que posaram para a infame foto acima e participaram de eventos para badalar projetos que não serão realizados. O estúdio gastou fortunas no conceito e os atores comprometidos com os filmes precisarão ser compensados financeiramente por terem aberto mão de outros projetos. Tudo isso para perceber o óbvio: que filmes de terror são lucrativos porque são baratos e não superproduções repletas de efeitos caros e elenco milionário. “Aprendemos muitas lições ao longo do processo criativo no Dark Universe, e agora estamos vendo esses títulos como obras dirigidos por cineastas com suas próprias visões distintas”, disse o presidente de produção da Universal, Peter Cramer. “Não estamos correndo para marcar datas de lançamento e só avançaremos com esses filmes quando acharmos que eles são as melhores versões de si mesmos”. A declaração indica que, se o Dark Universe, como introduzido em “A Múmia”, está morto, algo sombrio ainda ocupa as mentes da Universal. Segundo apurou o THR, o estúdio abriu negociações com Jasom Blum para reformular o projeto. Blum é o produtor-proprietário da Blumhouse, empresa por trás de alguns dos maiores sucessos do terror dos últimos anos, como “Corra!”, “Fragmentado”, “A Morte Te Dá Parabéns” e “Ouija: Origem do Mal”. Suas produções também são conhecidas por terem baixo custo e renderem grandes lucros.
Disney estaria negociando a compra da Fox
Uma junção gigantesca de estúdios pode estar prestes a acontecer em Hollywood. A Disney e a Fox, duas das maiores companhias de mídia do mundo, estariam conversando sobre um projeto de aquisição, afirmou o canal americano de notícias CNBC nesta segunda-feira (6/11). Segundo a reportagem, a Disney compraria “a maior parte” da Fox, exceto sua divisão jornalística. Isso significa que a empresa do bilionário Rupert Murdoch manteria canais como Fox News e Fox Sports. Leis anti-truste também podem impedir a aquisição da rede Fox, pois a Disney já possui um canal de TV aberta nos Estados Unidos, ABC. Mas a Disney estaria mais interessada em outras empresas, como o estúdio de cinema 20th Century Fox, o canal pago FX, a empresa de animação Blue Sky Studios, a National Geographic e até nas participações societárias da Fox no serviço de streaming Hulu e na rede europeia de canais pagos Sky. Caso a aquisição se consolide, a Marvel recuperaria os X-Men, inclusos no pacote. O negócio é considerado estratégico para a Disney, que pretende lançar um serviço de streaming próprio em 2019. O conteúdo da Fox aumentaria suas ofertas de produções para os assinantes. De acordo com a CNBC, os dois estúdios tem conversado há pelo menos duas semanas. Mesmo sem a garantia de que um acordo final será fechado, parte dos executivos da 21st Century Fox, que administra o conglomerado, começam a crer que a companhia não consegue competir no segmento de streaming e que um investimento elevado no setor não compensaria, quando é mais lucrativo concentrar os negócios onde a empresa já é bem-sucedida: nas notícias e no esporte – justamente os setores que não interessam à Disney. Assim que a notícia foi divulgada, as ações da 21st Century Fox e da Disney dispararam na bolsa de valores americana.
Disney já faturou US$ 4 bilhões com filmes em 2017
A Disney já pode antecipar as congratulações pelo desempenho anual de seus filmes. O sucesso internacional de “Thor: Ragnarok” e a proeza de “Viva – A Vida É uma Festa” no México foram os empurrões que faltavam para o estúdio se tornar o primeiro a atingir US$ 4 bilhões de arrecadação mundial neste ano. Mais que isso: a Disney virou o único estúdio a atingir esta marca de forma consecutiva pelos últimos cinco anos. O recorde de faturamento da empresa aconteceu justamente no ano passado, quando superou os 6 bilhões mundiais, valor nunca antes atingido por nenhum estúdio de cinema. A bilheteria doméstica da Disney em 2017 está em US$ 1,4B (bilhão), enquanto a internacional acumula US$ 2,7B até o momento. Os valores devem chegar facilmente em US$ 5B, considerando que, além de “Thor: Ragnarok” e “Viva – A Vida é uma Festa”, a Walt Disney Pictures ainda irá lançar o aguardado “Star Wars: Os Últimos Jedi” no final do ano. Os dados ressaltam, mais uma vez, como a estratégia de aquisições do estúdio funcionou: “Thor: Ragnarok” é uma propriedade original da Marvel, “Viva – A Vida é uma Festa” da Pixar e “Star Wars: Os Últimos Jedi” da Lucasfilm.
Ministro da Cultura pretende atrair investimento de Hollywood para o cinema brasileiro
O ministro da Cultura Sérgio Sá Leitão programou uma viagem para Hollywood no dia 30 de outubro para falar com produtores, diretores e investidores sobre o mercado de cinema do Brasil. Segundo informa a Folha de S. Paulo, Leitão também se reunirá com estúdios e emissoras de televisão. O ministro quer transformar o Brasil em um dos cinco maiores produtores de cinema do mundo. Vale lembrar que, enquanto esteve à frente RioFilme, Leitão fez a produtora atingir sua era de ouro, permitindo que o Rio de Janeiro voltasse a se tornar um dos principais polos produtores de audiovisual do país, além de atrair produções internacionais, como “A Saga Crepúsculo: Amanhecer” e “Velozes e Furiosos 5”. A indústria audiovisual gerou R$ 23 bilhões para a economia brasileira em 2016.
Remake de A Noiva de Frankenstein é adiado, expondo crise no universo sombrio da Universal
A Universal congelou os planos do remake de “A Noiva de Frankenstein”. O estúdio tirou o filme de seu calendário de lançamentos e dispensou a equipe que já estava trabalhando na pré-produção, explicando em comunicado que se trata de um adiamento para reconsiderar o projeto. A situação revela o fiasco do planejamento do chamado Dark Universe (Universo Sombrio) do estúdio. Milhões foram gastos no desenvolvimento de um universo compartilhado entre os monstros clássicos da Universal, e a não realização desses filmes deve gerar mais milhões em multas para os atores que assinaram contrato para as produções, entre eles Javier Bardem (“Piratas do Caribe: A Vingança de Salazar”), que deveria viver o monstro de Frankenstein no filme arquivado, e até Johnny Depp, que estrelaria “O Homem-Invisível”, agora também invisível no calendário da companhia. Oficialmente, o congelamento do projeto visa dar tempo para o roteirista David Koepp (o mesmo de “A Múmia”) fazer mudanças no roteiro, além de outras considerações genéricas. “Após muitas considerações, a Universal Pictures e o diretor Bill Condon decidiram adiar ‘A Noiva de Frankenstein’. Nenhum de nós quer fazer algo apressado para manter uma data de lançamento, quando sabemos que esse filme especial necessita de tempo. Bill já provou seu talento diversas vezes e estamos ansiosos em continuar a trabalhar juntos”, diz a declaração oficial do estúdio. Estranhamente, um dia antes, Condon dera uma entrevista à revista Forbes em que se dizia “animado” para começar a trabalhar no longa, informando que as filmagens estavam programadas para fevereiro de 2018, visando um lançamento em 14 de fevereiro de 2019. O estúdio queria Angelina Jolie no papel principal, mas aparentemente não teve sucesso na negociação. A atriz preferiu fazer a continuação de “Malévola” na Disney. Especula-se que, além da indisponibilidade de Angelina, os planos de “A Noiva de Frankenstein” foram revistos após o desempenho horrível de “A Múmia”. Concebido como o primeiro filme do universo compartilhado, a produção deu um prejuízo estimado em cerca de US$ 95 milhões. Estrelado por Tom Cruise, “A Múmia” custou US$ 125 milhões apenas para ser produzido, mais um montante de despesas de marketing que, segundo o site Deadline, elevam seu orçamento total para mais de US$ 200 milhões. Entretanto, rendeu apenas US$ 80 milhões na América do Norte. Em todo o mundo, o filme somou US$ 409 milhões. O diretor de “A Múmia”, Alex Kurtzman, era o arquiteto do projeto do Dark Universe, comandando roteiristas e cineastas para criar filmes com tramas e personagens compartilhados, como a Marvel realiza em suas produções. Ele até encomendou logotipo para o plano vistoso, revelado em vídeo, com direito a contratação de astros de filmes – os mencionados Bardem e Depp – que posaram para fotos e participaram de eventos para badalar projetos que podem nem ser rodados. Durante o evento semestral da TCA (Associação dos Críticos de TV dos EUA) em agosto, em que foi falar da série “Star Trek: Discovery”, Kurtzman foi perguntado sobre sua participação nos demais filmes que a Universal estaria planejando, e disse não saber o que vai fazer, nem se ainda continuava à frente do Dark Universe. Por sinal, o próprio nome Dark Universe é motivo de problemas para a Universal. O site The Hollywood Reporter apurou ter ouvido de uma fonte não identificada da Warner, que o estúdio pretende processar a empresa rival pelo uso do nome, já que se trata de marca registrada. Dark Universe é o título que a Warner pretende dar ao filme da Liga da Justiça Sombria.
Trailer da 8ª temporada de Shameless revela estreia de atriz de Gossip Girl
O canal pago americano Showtime divulgou o pôster e o trailer da 8ª temporada de “Shameless”, que destaca a nova espiritualidade entorpecida de Frank Gallagher (William H. Macy). A prévia ainda revela a estreia de Jessica Szohr (série “Gossip Girl”) como inquilina lésbica de Fiona (Emmy Rossum), além das confusões de seus irmãos com um traficante de drogas. A 8ª temporada estreia no dia 5 de novembro nos Estados Unidos. No Brasil, a série é exibida pelo canal pago I.Sat.












