HBO Max: Comercial do serviço de streaming reúne Friends, super-heróis e Casablanca
A HBO Max divulgou seu comercial de conteúdo, prometendo a HBO com “muito mais”. O vídeo desfila rapidamente algumas séries clássicas, começando com “Friends”, mas também “The Big Bang Theory”, “O Rei do Pedaço” e “South Park”, alternadas com cenas de cinema, de clássicos como “O Mágico de Oz” e “Casablanca” a lançamentos mais recentes, com destaque para as adaptações da DC Comics “Mulher-Maravilha” e “Coringa”. Prometendo 10 mil horas de conteúdo já na sua estreia, o serviço terá conteúdo das emissoras HBO, TNT, TBS, TCM (Turner Classic Movies), TruTV e The CW, dos canais de animação Cartoon Network, Rooster Teeth, Adult Swim e Crunchyroll, e também todo o catálogo da Warner Bros., New Line, Looney Tunes, CNN e DC Entertainment, além de produções da BBC, num acordo recentemente firmado. Isso significa também séries como “Game of Thrones”, “Big Little Lies”, “Pretty Little Liars”, “Doctor Who”, “The Alienist”, “Rick and Morty” e “Chernobyl”, além de milhares de filmes, atrações clássicas da TV e ainda produções originais. A plataforma de streaming tem planos para desenvolver conteúdo próprio, como um revival de “Gossip Girl”, uma animação sobre a família real britânica, uma atração sci-fi de Ridley Scott (“Perdido em Marte”), novos desenhos dos Looney Tunes e uma série do super-herói Lanterna Verde, entre outras produções. O objetivo é estrear em maio, nos EUA, já com 31 atrações inéditas e exclusivas. Ainda não há previsão para o lançamento do serviço no Brasil.
Cade mantém fusão entre Disney e Fox paralisada no Brasil
O Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) decidiu manter paralisado o processo de fusão entre Disney e Fox no Brasil. Em contraste ao avanço obtido pela aprovação da fusão entre Warner e a AT&T na semana passada pela Anatel, o conselho do Cade não pautou a análise do outro caso urgente de mídia, mesmo com – ou por causa da – reclamação da Disney em relação ao ritmo lento adotado pelo órgão para analisar o processo. No último dia 6 de fevereiro, representantes da Disney e membros do Cade tiveram uma reunião em Brasília (DF) na sede do órgão, onde o clima teria se tornado tenso. Os representantes da empresa de entretenimento se disseram bastante incomodados com a lentidão do órgão para definir a situação da fusão entre Disney e Fox no Brasil. Segundo apuraram vários veículos de imprensa, a Disney deixou claro nesta reunião que apresentou todos os pedidos de venda do Fox Sports, que era a condição para a aprovação, além de ter cumprido todas as obrigações que o Cade pediu para aprovar o negócio. Mas o próprio Cade impediu propostas do maior interessado, o grupo Globo. A próxima sessão do Cade para julgar processos que podem caracterizar monopólio está marcada para quarta-feira (19/2), mas a pauta publicada no site oficial do órgão não prevê a discussão do caso da Disney. Com isso, a conclusão da fusão entre Disney e Fox está adiada pelo menos até o dia 9 de março, quando ocorre a terceira sessão do ano. Assim como aconteceu com a WarnerMedia, o Brasil é último país a travar o negócio da Disney em nível mundial. Por conta dessa indefinição, o estúdio diminuiu seus investimentos no país. Não só na área de esportes, que vive a maior incógnita, mas principalmente em seus planos para o lançamento da plataforma de streaming Disney+ (Disney Plus), que utiliza propriedades da Fox, como a série animada “Os Simpsons”. Também são afetados os planos relacionados aos demais serviços da empresa, como a Hulu, que depende mais fortemente do conteúdo da Fox, e a versão de streaming da ESPN, que está perdendo prazos para negociar direitos de transmissões. Ao mesmo tempo, a empresa tem feito reestruturações nas chefias de departamentos da Fox, a partir da decisão original do Cade de aprovar o negócio. O aval foi dado há exatamente um ano, mas incluiu a condição de venda do canal Fox Sports. Como a Disney não conseguiu nenhum comprador que atendesse as exigências do órgão, o Cade afirmou em novembro que iria rever toda a operação, o que inclui as mudanças estruturais já realizadas pela Disney na Fox. Só que até agora não marcou reunião para tratar disso.
Minha Mãe É uma Peça 3 já é terceiro filme brasileiro mais visto em todos os tempos
O público do filme “Minha Mãe É uma Peça 3” não pára de crescer. Nesta quinta (13/2), a comédia de Paulo Gustavo atingiu 11,2 milhões de espectadores, superando os 11,1 milhões de ingressos vendidos de “Tropa de Elite 2”. Com isso, transformou-se no terceiro filme mais visto da história da indústria cinematográfica nacional, atrás apenas dos dramas “Nada a Perder” (2018) e “Os Dez Mandamentos” (2016), justamente os filmes que têm seu público questionado, por conta de uma estratégia da Igreja Universal, que esgotou os ingressos das sessões sem preencher os assentos dos cinemas com espectadores. Como a diferença é pequena, os números polêmicos do 2º colocado devem ser superados em breve. A diferença para “Os Dez Mandamentos” é de apenas 100 mil ingressos, enquanto “Nada a Perder” tem cerca de 900 mil de vantagem. Atualmente em 3º lugar no ranking nacional, “Minha Mãe É uma Peça 3” ainda continua lotando suas sessões. No fim de semana passado, levou 209 mil espectadores aos cinemas. Basta atingir metade desse número até domingo para superar o recorde de “Os Dez Mandamentos”. Há oito semanas em cartaz, a comédia da Dona Hermínia já tem um faturamento de R$ 175 milhões, que representa a maior bilheteria do cinema brasileiro em todos os tempos – recorde superado em janeiro passado, cerca de 40 milhões atrás. O valor se tornou, inclusive, maior que a soma da arrecadação conjunta dos dois primeiros filmes da franquia. A franquia “Minha Mãe É Uma Peça” é baseada na peça homônima, criada e estrelada por Paulo Gustavo como Dona Hermínia. Os dois primeiros filmes, lançados em 2013 e 2016, atingiram juntos o público de 13 milhões de espectadores e uma arrecadação total de R$ 173,7 milhões. O imenso sucesso e alcance de “Minha Mãe É Uma Peça 3” também coloca em cheque a definição do presidente Jair Bolsonaro sobre filmes que só agradam “uma minoria”, já que se trata de uma produção assumidamente LGBTQIA+. Sua trama é estrelada por um homem vestido de mulher (que na vida real é casado com outro homem), tem como tema um casamento homossexual e gira em torno de uma família que lida com a sexualidade de forma natural e bem-humorada.
Aves de Rapina estreia em 1º lugar no Brasil
A estreia de “Aves de Rapina – Arlequina e sua Emancipação Fantabulosa” arrecadou R$ 10,7 milhões no Brasil, segundo levantamento da empresa de consultoria Comscore. O filme levou 621 mil pessoas aos cinemas brasileiros, o que não é um número muito elevado para uma produção de super-heróis. De todo modo, a distribuição não foi das maiores, com exibição em 413 salas apenas. O lançamento da Warner também teve um desempenho abaixo do esperado na América do Norte, onde faturou US$ 33 milhões em seus três primeiros dias de exibição – contra uma expectativa de mercado de cerca de US$ 50 milhões. Nos EUA e Canadá, porém, “Aves de Rapina” teve distribuição de blockbuster, em mais de 4 mil telas. “Bad Boys para Sempre” ficou em 2º lugar no fim de semana. Mantendo-se em cartaz em 325 salas, teve público de 234 mil espectadores e arrecadou R$ 4 milhões em bilheteria. Desde a estreia, há duas semanas, o longa acumula R$ 14,2 milhões e já levou 872 mil brasileiros aos cinemas. “Minha Mãe é uma Peça 3” completa o Top 3. Exibido em 299 salas, arrecadou R$ 3,7 milhões e teve 209 mil espectadores. Há sete semanas no circuito, a comédia estrelada por Paulo Gustavo já soma R$ 174,2 milhões em ingressos vendidos e público de 11 milhões de pessoas. É o filme nacional de maior bilheteria de todos os tempos. Dentre os filmes premiados no Oscar 2020, “1917” teve a maior bilheteria. Exibido em 363 salas, foi 4º mais visto do fim de semana, levando 163 mil pessoas aos cinemas para faturar R$ 3,3 milhões. A estreia de “Jojo Rabbit” amargou o 6º lugar, apesar da maior distribuição de todas. Em cartaz em 562 salas, teve apenas 74 mil espectadores e R$ 1,6 milhão em bilheteria. Para completar, “Parasita”, o grande vencedor do prêmio da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas dos EUA, ficou em 8º lugar. O suspense sul-coreano levou 32 mil pessoas a 278 salas, somando R$ 607 mil. Exibido há 14 semanas no circuito nacional, o longa de Bong Joon Ho já foi assistido por 355 mil brasileiros e rendeu R$ 6,6 milhões. Veja abaixo o Top 10 dos filmes mais vistos no Brasil entre quinta e domingo (9/2), segundo levantamento da Comscore. #TOP10 #bilheteria #cinema Finde 6 a 9 Fev: 1. Ave de Rapina: Arlequina e Sua Emancipação Fantabulosa2. Bad Boys Para Sempre2. Minha Mãe É Uma Peça 34. 19175. Jumanji – Próxima Fase6. Jojo Rabbit7. Frozen 28. Parasita9. Um Espião Animal10. Judy: Muito Além do Arco Iris — Comscore Movies BRA (@cSMoviesBrazil) February 10, 2020
O Homem Invisível: Trailer transforma monstro clássico do cinema em machista aterrador
A Universal divulgou novos pôster e trailer de “O Homem Invisível”, que apresenta a premissa criativa, mas também revela demais, inclusive alguns “sustos” que deveriam ser guardados para o cinema. No novo filme, a história do monstro imaginado pelo escritor H.G. Wells, que rendeu o clássico de 1933 da própria Universal, é transformada numa metáfora de relacionamento tóxico, em que um macho controlador se torna invisível para aterrorizar a ex-mulher, que todos consideram louca por denunciar a verdade. A adaptação foi feita pelo diretor-roteirista Leigh Whannell, que criou as franquias “Jogos Mortais” e “Supernatural”, e destaca no elenco Oliver Jackson-Cohen (da série “A Maldição da Residência Hill”) como o personagem-título e Elisabeth Moss (de “The Handmaid’s Tale”) como sua vítima – e verdadeira protagonista da trama. O resto do elenco inclui Aldis Hodge (“Straight Outta Compton”), Storm Reid (“Euphoria”), Harriet Dyer (“The InBetween”) e Benedict Hardie (“Secret City”). A estreia está marcada para 27 de fevereiro no Brasil, um dia antes do lançamento nos Estados Unidos.
Globo decide exibir futebol na hora do Oscar e passa transmissão do prêmio para o G1
Quando não é o carnaval, costuma ser o “Big Brother Brasil”. Mas neste ano a Globo encontrou um motivo inédito para escantear a cobertura do Oscar 2020. A emissora resolveu transmitir um jogo de um torneio que não estava exibindo na TV, e que acontece exatamente na hora do Oscar. Com isso, abriu mão da exclusividade do sinal, liberando o evento ao vivo para o portal G1. O motivo da desistência da Globo é a partida entre as seleções de futebol de Brasil e Argentina pelo torneio Pré-Olímpico. Todas as partidas anteriores da competição foram exibidas com exclusividade pela TV paga. Mas no dia do Oscar, o canal resolveu mudar o planejamento da cobertura da competição. O mais interessante é que, para exibir o jogo, a Globo fez tudo o que nunca faz para valorizar a premiação da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, mudando o horário de transmissão de outras atrações, como “Fantástico” e o “BBB”. A Globo só começará a transmitir o Oscar após a partida, quando o evento estará em sua reta final. O canal, porém, pretende voltar a exibir a premiação, desta vez em sua íntegra, imediatamente após o final da transmissão ao vivo. O conflito de programação acabou levando o Oscar para o portal G1, inesperadamente valorizado por um conteúdo que já causou disputa acirrada no mercado televisivo – apesar do que a Globo faz com ele, desde que tomou a premiação do SBT. Em post no Twitter, o portal informou que irá transmitir o Oscar ao vivo e na íntegra neste domingo (9/2), a partir das 20h, desde o início da chegada das celebridades ao tapete vermelho. A cobertura também deverá ser estendida à plataforma Globoplay. Entretanto, não há maiores informações sobre o formato dessa transmissão. Especificamente, se trará a mesma apresentação e os comentários previstos para a Globo. Pelo terceiro ano consecutivo, a transmissão oficial da Globo será comandada por Maria Beltrão com comentários do jornalista Artur Xexéo e da atriz Dira Paes. “É o terceiro ano seguido do trio. Eu olho para o Xexéo e já sei o que ele está pensando. A Dira é uma luz, tem muito carisma e um conhecimento enorme de cinema. Outra atração é a Anna Vianna, que faz uma tradução impecável. Essas transmissões geram uma grande responsabilidade. Quando você está acostumada com os companheiros que estarão ao seu lado, já é meio caminho andado para dar certo”, declarou Maria Beltrão em comunicado. Já vai preparando a pipoca e a torcida! O G1 transmite o #Oscar ao vivo e na íntegra neste domingo, a partir das 20h, desde o tapete vermelho. Vamos ver juntos a cerimônia de premiação? ==> https://t.co/wazjVYb8pr #OscarNaGlobo pic.twitter.com/uqY8Ml4nbc — G1 (@g1) February 7, 2020
Anatel finalmente aprova negócios da Warner com a AT&T no Brasil
A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) finalmente aprovou, por 3 votos a 2, nesta quinta-feira (6/2), a compra da Time Warner pela AT&T. O Brasil era o último país do mundo que ainda erguia barreiras à consolidação mundial da aquisição. O acordo comercial foi originalmente firmado em 2016 nos EUA, quando a AT&T adquiriu a então Time Warner por US$ 84,5 bilhões. A autorização para o negócio aconteceu em junho de 2018 pela Justiça Federal dos Estados Unidos e em seguida a AT&T mudou o nome da Time Warner para WarnerMedia. O objetivo da compra foi, entre outras coisas, lançar uma plataforma de streaming para concorrer com a Netflix. Batizada de HBO Max, a plataforma chega em maio deste ano nos EUA, mas não até agora segue sem previsão de lançamento no Brasil, por conta das dificuldades relacionadas ao negócio no país. A aprovação da compra envolveu 18 países e apenas o Brasil criou impasse, tanto que a hoje chamada WarnerMedia fez várias aquisições na América Latina para preparar o lançamento da HBO Max no mercado sul-americano, deixando de lado qualquer investimento em operações brasileiras. A operação foi aprovada rapidamente, mas com restrições, ainda em 2017 pelo Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica). Mas o passo seguinte, a aprovação da Anatel, só começou a ser votada em agosto de 2019, sendo paralisada por seis meses ao atingir empate, por pedido de vista do conselheiro Moisés Moreira, voto que definiria o resultado. Nesta quinta (6/2), ele finalmente se manifestou pela aprovação da compra. A operação era contestada por associações de empresas de radiodifusão porque, para elas, a compra infringia um dos artigos da lei de TV por assinatura. A lei proíbe que empresas de telecomunicações, como a AT&T, tenham participação de mais de 30% em emissoras, programadoras e empacotadoras de conteúdo audiovisual, como é o caso da Timer Warner. Em seu voto, o relator Vicente Aquino considerou que a legislação impede a propriedade cruzada entre “produtoras e programadoras com sede no Brasil”, mas que o grupo AT&T não teria produtora nem programadora com sede no Brasil. “Não há vedação quanto às programadoras com sede no exterior”, disse o conselheiro. Não é exatamente verdade. No Brasil, a AT&T tem participação na operadora de TV por assinatura Sky. Tanto que, para a área técnica da Anatel, para que a operação fosse concluída, a empresa norte-americana precisaria se desfazer do controle da Sky a fim de se enquadrar nas regras da lei de TV por assinatura. Por conta disso, a aprovação da compra pela Anatel ainda não é o capítulo final dessa saga. Segundo o conselheiro Emmanoel Campelo, que foi voto vencido, a compra pode ser contestada judicialmente, porque infringe a lei da TV por assinatura. “A lei é clara com relação à proibição”, disse. “Interpretação permissiva gera vício de constitucionalidade”, completou. Atualmente, o Congresso Nacional discute uma proposta de alteração na lei que rege o mercado de TV paga, que ficou ultrapassada diante do surgimento das plataformas de streaming. O projeto, em fase de análise no Senado, deve acabar com as restrições à propriedade cruzada, eliminando completamente a polêmica que tem dificultado os planos da WarnerMedia no Brasil.
Anatel revela que TV paga brasileira perdeu quase 2 milhões de assinantes em 2019
Relatório divulgado no fim da tarde de terça-feira (4/2) pela Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) revelou que a TV por assinatura brasileira perdeu 1,7 milhão de assinantes em 2019, fando o ano passado com 15,7 milhões de clientes em todo o Brasil. Em 2018, eram 17,3 milhões. A queda de 9,7% atingiu todas as quatro maiores operadoras do Brasil. Até a Claro/Net, líder no setor, fechou pela primeira vez na história com menos de 50% do mercado. Em 2019, a operadora recuou para 49,2%. Já a Sky continua em segundo lugar, com 29,7% do número de assinantes, seguida pela Oi, com 9,6%, e a Vivo com 8,4% dos assinantes do Brasil. Operadoras regionais e de cunho religioso complementam 3,4% do total. Desde que a Anatel começou a registrar quedas de assinantes da TV paga no Brasil em 2015, o encolhimento do setor em 2019 foi o maior registrado pelo órgão. E tendência deve aumentar, com a chegada de novas ofertas de serviços de streaming. A diferença de preços entre a TV por assinatura e as plataformas digitais é gritante, e muitos usuários estão mudando o modo como assistem suas programações favoritas. Mas também chama atenção o avanço da pirataria. Estima-se que 7 milhões de pessoas tenham acesso a TV por assinatura através de sinal pirata. Entretanto, não se trata de iniciativas pulverizadas. O crescimento da oferta ilegal se concentra no Rio de Janeiro, em áreas sob o controle de milícias.
Pluto TV: Plataforma gratuita de filmes, séries e variedades chega à América Latina em março
A ViacomCBS anunciou que vai lançar sua plataforma gratuita de streaming Pluto TV nos países da América Latina no final de março. O anúncio foi feito em evento para imprensa nesta segunda (3/2), um ano após o conglomerado de comunicação americano adquirir a PlutoTV por US$ 340 milhões. O Brasil, porém, terá que esperar um pouco mais. A expectativa é que o serviço seja disponibilizado em português até o final do ano. Ao contrário da franqueza da WarnerMedia em relação ao HBO Max, a ViacomCBS não cita questões relacionadas à economia e à legislação brasileira por trás de sua decisão de adiar o lançamento no país. Mas esse “atraso” também pode ter motivação política. De forma diferente dos serviços de streaming mais populares, como Amazon, Netflix, Globoplay e Apple+, o uso da PlutoTV é gratuito. Em vez de assinaturas, seu modelo de negócios é baseado na venda de anúncios, que o usuário é obrigado a assistir em seus vídeos. Atualmente, a Pluto TV tem cerca de 20 milhões de usuários mensais nos Estados Unidos e desde setembro, quando iniciou sua expansão mundial, também opera na Europa. O lançamento na América Latina vai disponibilizar 24 canais gratuitos de filmes, séries, variedades, desenhos e programação ao vivo. Mas o planejamento é chegar a quase 100 no final de 2020 – junto com a provável estreia no Brasil. O conteúdo vem, primordialmente, das empresas do conglomerado, como os estúdios de cinema Paramount e DreamWorks Animation, os canais pagos MTV, Nickelodeon, E!, Bravo, Comedy Central e as redes CBS e Sky, mas também de parcerias com terceiros, como a rede BBC, os estúdios MGM e Sony Pictures e os canais pagos NBC News e Fox Sports. Além disso, no Brasil, a Viacom é sócia do grupo Porta dos Fundos. O acesso à plataforma será disponibilizada por três meios: por aplicativo (iOS e Android), pelo site da empresa e também no menu de canais das operadoras de TV paga. Vale lembrar que a ViacomCBS também possuiu uma plataforma de streaming com modelo de assinatura, a CBS All Access, que tem programação exclusiva e, por enquanto, continua restrita ao público americano.
O Homem Invisível: Comercial transforma monstro clássico em metáfora de relacionamento tóxico
A Universal disponibilizou na internet o comercial de TV de “O Homem Invisível”, exibido neste domingo (2/2) durante o intervalo do Super Bowl (final do campeonato de futebol americano), espaço publicitário televisivo mais valorizado dos EUA. A prévia de 30 segundos resume a premissa que impressionou no primeiro trailer – e que muitos podem ter esquecido, já que o vídeo foi disponibilizado em novembro passado – transformando a história clássica de H.G. Wells numa metáfora de relacionamento tóxico, em que um macho controlador se torna invisível para atormentar a ex-mulher, que todos consideram louca por denunciar a verdade. A adaptação foi feita pelo diretor-roteirista Leigh Whannell, que criou as franquias “Jogos Mortais” e “Supernatural”, e destaca no elenco Oliver Jackson-Cohen (da série “A Maldição da Residência Hill”) como o personagem-título e Elisabeth Moss (de “The Handmaid’s Tale”) como sua vítima – e verdadeira protagonista da trama. O resto do elenco inclui Aldis Hodge (“Straight Outta Compton”), Storm Reid (“Euphoria”), Harriet Dyer (“The InBetween”) e Benedict Hardie (“Secret City”). A estreia está marcada para 27 de fevereiro no Brasil, um dia antes do lançamento nos Estados Unidos.
Plataforma Quibi ganha seu primeiro comercial
A vindoura plataforma de streaming Quibi divulgou seu primeiro comercial. O vídeo foi produzido para exibição no domingo (2/2) durante o intervalo do Super Bowl (final do campeonato de futebol americano), espaço publicitário mais valorizado da TV dos EUA, mas já pode ser visto abaixo, antecipado no YouTube. Criada especificamente para celulares, a Quibi vai apresentar programas de até 10 minutos de duração. Seu nome, usado como sinônimo de atividade rápida no comercial, vem da junção das primeiras sílabas das palavras “quick” (ligeiro) e “bites” (pedaços). Jeffrey Katzenberg, o fundador da DreamWorks Animation, é o responsável pela iniciativa, que construiu um portfólio impressionante de projetos para seu lançamento. Entre outras produções em desenvolvimento, há desde séries de terror de Steven Spielberg (“Jogador Nº 1”), Guillermo del Toro (“A Forma da Água”) e Sam Raimi (“Evil Dead”), um drama sobre suicídio do cineasta Peter Farrelly (“Green Book”), um thriller de ação com Liam Hemsworth (“Jogos Vorazes”), um drama policial produzido por Antoine Fuqua (“O Protetor”), uma comédia estrelada e produzida por Anna Kendrick (“Um Pequeno Favor”), uma ficção científica com Don Cheadle (“Vingadores: Ultimato”) e Emily Mortimer (“Chernobyl”), uma comédia musical com Darren Criss (“Glee”), uma produção de super-heróis de Doug Liman (“No Limite do Amanhã”), uma adaptação do filme “Marcação Cerrada” (1999), um remake da série clássica “O Fugitivo” (1963), atrações não reveladas dos diretores Stephen Soderbergh (“Onze Homens e um Segredo”) e Paul Feig (“Um Pequeno Favor”), entre muitos projetos, incluindo reality shows. Cada programa terá capítulos de 7 a 10 minutos. O que vai na contra-mão dos novos hábitos de consumo alimentados pela Netflix, que popularizou longas maratonas de séries. A aposta é no baixo nível de atenção e foco de quem navega por celular. A plataforma conseguiu um aporte de US$ 1 bilhão de investidores como Sony Pictures, Disney, Warner Bros., MGM e Alibaba, e pretende oferecer 175 conteúdos semanais e 8,5 mil episódios ao longo de seu primeiro ano. Apesar da aposta no formato, as iniciativas de emplacar séries curtas e exclusivas de dispositivos móveis não deram certo até o momento – veja-se, como exemplo, a falta de repercussão dos lançamentos do Snapchat. A plataforma Quibi será inaugurada em 6 de abril nos EUA.
Minha Mãe É uma Peça 3 ultrapassa R$ 150 milhões nas bilheterias
Recordista de bilheteria do cinema brasileiro desde a semana passada, “Minha Mãe É uma Peça 3” aumentou ainda mais o volume de sua arrecadação, mantendo-se como o segundo filme mais visto pelo público do Brasil no último fim de semana. De quinta a domingo (27/1), a comédia exibida em 487 salas arrecadou R$ 9,1 milhões, levando mais 530 mil pessoas aos cinemas. Desde que estreou há cinco semanas, “Minha Mãe é uma Peça 3” já foi vista por 9,8 milhões de espectadores, segundo levantamento da Comscore, e acumula R$ 156 milhões, a maior arrecadação de um filme brasileiro em todos os tempos. Lançado na última semana de dezembro, “Minha Mãe É uma Peça 3” já tinha impressionado na estreia, arrecadando mais de R$ 30 milhões no fim de semana inaugural. Com isso, bateu o blockbuster “Star Wars: A Ascensão Skywalker” nas bilheterias nacionais. E, nas semanas seguintes, nem tomou conhecimento da concorrência de “Frozen 2”, tornando-se um pesadelo para a Disney no Brasil. Mas, apesar do recorde de bilheteria, o longa estrelado por Paulo Gustavo ainda não é o que mais vendeu ingressos. Com distribuição de ingressos para fiéis da Igreja Universal, “Nada a Perder” fez circular 11,5 milhões de ingressos, segundo informações da produtora Paris Filmes. A diferença em reais fica, portanto, por conta da inflação. Na verdade, o terceiro “Minha Mãe É uma Peça” é o quinto filme com maior público do cinema nacional. Os demais filmes que completam o ranking são “Os Dez Mandamentos” (11,3M de ingressos), “Tropa de Elite 2” (11,1M) e “Dona Flor e seus Dois Maridos” (10,7M). Por curiosidade, “Minha Mãe É uma Peça 2” agora é o sexto, com 9,3 milhões de espectadores superados pela venda da continuação. O detalhe é que “Minha Mãe É uma Peça 3” continua lotando cinemas. O longa só perde, nas bilheterias atuais, para “Jumanji: Próxima Fase”, que estreou há duas semanas. Ou seja, ainda tem muitos ingressos para vender. A popularidade do filme também representa uma contraste gritante em relação ao modelo conservador de cinema que o governo Bolsonaro tenta implantar no país, já que sua trama é estrelada por um homem vestido de mulher (que na vida real é casado com outro homem), inclui uma trama de casamento homossexual e gira em torno de uma família que lida com a sexualidade de forma natural e bem-humorada. Veja abaixo o Top 10 do fim de semana no Brasil, segundo levantamento da consultoria Comscore. TOP 10 #bilheteria #cinema Final Semana 23 a 26 JAN: 1. Jumanji – Próxima Fase2. Minha Mãe É Uma Peça 33. 19174. Frozen 25. Um Espião Animal6. Adoráveis Mulheres7. O Escândalo8. Parasita9. A Possessão de Mary10. O Melhor Verão de Nossas Vidas — Comscore Movies BRA (@cSMoviesBrazil) January 27, 2020
Tecnologia revolucionária vai transmitir TV no celular sem usar telefonia ou banda larga
As redes de TV convencionais vão ganhar um upgrade tecnológico em 2020. Um novo avanço digital promete levar o sinal das programações televisivas em HD para aparelhos móveis sem usar o serviço de telefonia celular ou o plano de dados dos consumidores. Trata-se de um sistema de transmissão já aprovado pela FCC (Comissão Federal de Comunicações dos EUA). O nome oficial é ATSC 3.0, de acordo com seu padrão digital, mas ele também é chamado de NextGen TV, como foi apresentado na CES (Show de Consumo Eletrônica, na sigla em inglês), que aconteceu em Las Vegas no começo do mês. O ATSC 3.0 capta o sinal aberto de TV, enviado pelo ar por torres de transmissão, e os sintoniza em aparelhos celulares da mesma forma que os aparelhos televisivos recebem os sinais das redes de TV. Isto tende a gerar grande impacto na audiência dos grandes canais, revertendo as perdas geradas pela crescente popularidade da TV paga e a chegada dos serviços de streaming. Na prática, a tecnologia trará séries, notícias e esportes em transmissões ao vivo para o celular, sem custos adicionais para os consumidores. É um grande negócio, especialmente com as restrições à neutralidade de rede (ou de internet) impostas pelo governo de Donald Trump – graças a esse presidente, maratonar séries em streaming passou a gerar conta de banda larga mais cara nos EUA. Além disso, o ATSC 3.0 oferece recursos adicionais, como 4K, High Dynamic Range e diversos aprimoramentos que o sistema de transmissão HD convencional (ATSC 2.0, o padrão atual da TV digital) não possui. Por sinal, três dos principais fabricantes de monitores televisivos (LG, Samsung e Sony) anunciaram na CES que passarão a adotar a tecnologia em seus aparelhos como padrão para sintonizar TV e acessar serviços de internet – pois o ATSC 3.0 também oferece um menu de opções da internet. A presidente do Comitê de Sistemas Avançados de Televisão (responsável pela aprovação do padrão ATSC) dos EUA, Madeleine Noland, disse, em comunicado, que esse novo padrão de transmissão “pode proporcionar uma melhor experiência para os telespectadores e novos modelos de negócios para as emissoras”. O detalhe mais importante é que não é uma invenção para o futuro. O sistema já está funcionando em período de testes em oito cidades grandes dos EUA e deve chegar a mais 60 mercados nos próximos meses. Não há previsão para o lançamento dessa tecnologia no Brasil, mas após a implementação nos EUA ela não deve demorar a ser exportada para outros países. Veja abaixo um vídeo de apresentação da tecnologia, que apresenta muitas outras inovações empresariais – como medição de audiência instantânea e exibição de publicidade específica por demografia.












