WarnerMedia acaba com HBO Go e renomeia HBO Now para diferenciar da HBO Max
Foi só depois de lançar a HBO Max que a WarnerMedia percebeu que tinha criado confusão com três serviços de streaming diferentes com o nome da HBO – HBO Go, HBO Now e HBO Max. Não foi por falta de aviso, foi por falta de criatividade mesmo. Agora, a empresa resolveu abordar essa confusão. Nesta sexta (12/6), anunciou que está aposentando a HBO Go e renomeando a HBO Now simplesmente como HBO. A HBO que acabou, a HBO Go, era um serviço que permitia aos assinantes do canal pago original assistir gratuitamente a programação da TV em outras mídias, como o computador e o celular, via plataforma digital. Já a HBO Now era… a mesma coisa, só que com uma assinatura paga e voltada para quem não é assinante do canal. Foi este serviço que se tornou apenas HBO. “Agora que o HBO Max foi lançado e está distribuído de forma ampla, nós podemos implementar algumas mudanças significativas em nossa oferta de aplicativos nos Estados Unidos”, disse a WarnerMedia em comunicado. Na verdade, a empresa decidiu simplificar o que tinha complicado desnecessariamente, oferecendo um único aplicativo para quem quiser acessar o conteúdo da HBO, seja assinante da TV ou não. Quem possuía acesso ao HBO Go por ter plano de operadora de TV, passará a entrar nos conteúdos pelo aplicativo renomeado HBO. O mesmo acontecerá para quem já assinava o HBO Now à parte. Em outras palavras, a WarnerMedia unificou o local de acesso aos dois serviços em apenas um. A empresa avisou que pretende remover o aplicativo HBO Go das plataformas de aplicativos em 31 de julho. Recém-lançada nos EUA, em 27 de maio, a HBO Max não foi afetada pelas mudanças, a não ser em piadas. Algumas pessoas sugeriram nas redes sociais que a WarnerMedia rebatizasse seus serviços de HBO Max, HBO Mid e HBO Mini.
Variety elogia projeto da Spcine para incentivar filmagens internacionais em São Paulo
A Spcine, empresa municipal de cinema que estimula a produção de audiovisual na capital paulista, está lançando nesta semana uma consulta pública de edital para Atração de Filmagens em São Paulo, em que oferece descontos/reembolsos (cash rebate) de 20% em despesas para produções estrangeiras que se comprometerem a gastar no mínimo R$ 2 milhões na região. A iniciativa é inédita no Brasil, mas já é utilizada em outras 97 cidades, como Londres, Nova York e Madri. Entretanto, o projeto tem pioneirismo mundial em outras áreas, a ponto de ter chamado a atenção do site da revista americana Variety, que conversou com a presidente da entidade, a cineasta Laís Bodanzky, e o diretor Luiz Toledo, elogiando a iniciativa e colocando-a em destaque para interessados dos EUA. Além de propiciar geração de emprego e incentivar a profissionalização de técnicos brasileiros que poderão trabalhar em mais projetos, a Spcine também promoverá ação afirmativa, ao premiar maior participação de minorias, estabelecendo maiores retornos (de até 30%) para produções encabeçadas por artistas negros ou mulheres em cargos de criação, elenco principal ou chefia de equipe. Mas tem mais. A Spcine ainda oferecerá pontos extras de porcentagem de descontos para produções que praticarem gerenciamento de resíduos, reciclagem e outras iniciativas pró-ambientais. Esse incentivos também se estenderão a outros tipos de produções elegíveis, como séries nacionais de potencial internacional – devido à distribuição em streaming – , além de comerciais de marcas multinacionais realizados na cidade. Em outra linha de incentivo, a Spcine premiará pelo menos dois roteiros de produções internacionais que incluírem a cidade ou um personagem de São Paulo em sua narrativa, sem necessariamente serem filmados ou produzidos na capital. Luiz Toledo ainda indicou que os projetos contarão com uma “cláusula de pandemia”, em que a Spcine se comprometerá a pagar salários mínimos para funcionários de filmagens que forem impedidos de trabalhar devido a um lockdown súbito, em meio à pandemia. As propostas que forem beneficiadas pelo edital, claro, deverão cumprir todas as recomendações dos órgãos de saúde pública, especialmente da Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo. O edital estará aberto para consulta e comentários públicos de 10 de junho a 24 de julho. Ao final deste período, a presidente da Spcine acredita que a cidade já poderá ser utilizada para filmagens, que no momento estão proibidas pela crise sanitária. “Acredito que seremos capazes de retomar as sessões de filmagens em algumas semanas, ou no segundo semestre de 2020, quando os descontos entrarem em vigor”, disse Bodanzky à Variety. Além de movimentar a economia de São Paulo num momento de crise econômica, a publicação americana também avaliou que o projeto pode representar uma alternativa importante contra o desmonte cultural praticado pelo desgoverno federal, notando que o setor audiovisual está “praticamente congelado desde que Bolsonaro chegou ao poder em janeiro de 2019”. Em tom quase eleitoral, a Variety chega a destacar a importância do prefeito de São Paulo, Bruno Covas, na renovação da política brasileira, por sua postura pró-ativa em questões sociais, citando um programa que captura emissões de gases dos dois principais aterros da cidade para gerar eletricidade.
Globo dispensa Vera Fischer após 43 anos de contrato
Vera Fischer não teve seu contrato renovado com a Globo, que adotou uma nova política sobre os antigos contratados para reduzir sua folha de pagamentos. Em nota, a Globo explicou que a política é estendida à maioria dos talentos da emissora, que seguirão participando de produções do canal, mas com contratos por obra. Quando não estiverem trabalhando, não vão receber salário como acontecia até então. Segundo a Globo, Vera Fischer, assim como outros talentos que ficaram sem contrato, tem as portas abertas para atuar em futuros projetos das diversas plataformas da empresa – na TV aberta, na TV paga e em streaming. Sem exclusividade, ela também pode aparecer em produções de outros canais ou plataformas. A ex-Miss Brasil estreou na emissora na novela “Espelho Mágico”, em 1977, e foi protagonista de várias novelas e séries de sucesso, mas estava afastada das telas há dois anos. Sua participação mais recente foi ao ar em “Espelho da Vida” (2018), como a ex-atriz Carmo, uma mulher de temperamento forte, que acreditava que não ganhava papéis relevantes por conta da idade. Ela também participou da série “Assédio”, da Globoplay, lançada no mesmo ano. Leia abaixo a nota da Globo. “Como todos sabem, nos últimos anos, temos tomado uma série de iniciativas para preparar a empresa para os desafios do futuro. Com isso, temos evoluído nos nossos modelos de gestão, de criação, de produção, de desenvolvimento de negócios e também de gestão de talentos. Assim, em sintonia com as transformações pelas quais passa nosso mercado, a Globo vem adotando novas dinâmicas de parceria com seus talentos. Vera Fischer, assim como outros talentos, tem abertas as portas da empresa para atuar em futuros projetos em nossas múltiplas plataformas”, diz o comunicado sucinto.
Miguel Falabella sai da Globo após quatro décadas
Miguel Falabella foi comunicado na quinta-feira (4/6) que não terá seu contrato renovado na Globo. Contratado pela emissora desde 1982, seu vínculo se encerra em setembro. O ator, roteirista e diretor é mais um veterano enquadrado na “nova fase” da Globo, que decidiu encerrar contratos de longo prazo com autores e artistas sem trabalhos em andamento ou planejados. Foi a mesma justificativa para a não renovação do contrato com Aguinaldo Silva em janeiro e de vários atores tradicionais de novelas. Autor de “Sai de Baixo”, “Toma Lá Dá Cá”, “Pé na Cova”, “A Vida Alheia” e várias novelas (“Salsa e Merengue”, “A Lua Me Disse”, “Negócio da China”), Falabella vinha tendo dificuldades em aprovar novos projetos nos últimos anos. Seu trabalho mais recente foi “Eu, a Vó e a Boi”, série de comédia lançada diretamente na Globoplay no ano passado. A produção foi encomendada por Gloria Perez no curto período em que a autora atuou como assistente de Silvio Abreu na direção de teledramaturgia. Mas a verdade é que a relação de Falabella com a área de criação da Globo não vinha bem nos últimos anos, devido a vários projetos que não saíram do papel. Durante o Festival de Gramado, ele chegou a dizer que não pretendia renovar seu contrato com a emissora. “Acho que não quero renovar porque eu fico muito preso e quero liberdade. Se eles dizem não a um projeto meu, não tenho outra porta para bater”, disse ao UOL. Agora, em nova entrevista ao portal, Falabella que o processo de afastamento foi “muito delicado”, mas tem do que reclamar. “Tenho quase 40 anos de Globo. Fui tratado sempre como um príncipe. Nunca atrasou um dia o pagamento. Me ajudaram quando precisei de assistência médica. São verdadeiros pais”. O autor também tem consciência que, mesmo fora da Globo, seu trabalho não deixará de ser exibido na tela da emissora, como aconteceu com as reprises bem-sucedidas de “Sai de Baixo” no canal pago Viva – que chegou a inspirar um curto revival e até mesmo um filme. Sobre os próximos passos, Falabella disse ser “bacana, na minha idade (63 anos), ter uma oportunidade de se reinventar. A gente se reinventa”. E acrescentou: “Projetos tenho vários. Desde que saiu a notícia, não paro de receber propostas”. “Vou ter a oportunidade de abrir novas vertentes, exercitar novas linguagens”, concluiu.
José de Abreu sai da Globo e vai tentar carreira internacional
O ator José de Abreu anunciou na noite de quarta (3/6) que vai deixar a Globo no próximo dia 30 de junho, depois de quase 40 anos no canal. A revelação foi feita durante transmissão de live realizada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva nas redes sociais. “Eu acabei de fechar um distrato com a Globo de uma maneira extremamente boa para os dois lados. Há dois meses, a gente começou uma negociação e fechamos há cerca de um mês. Tive uma boa conversa com [o diretor artístico Carlos Henrique] Schroder na semana passada. Vou me desligar da Globo no dia 30”, afirmou ele. Ao contrário de outros, que ficaram arrasados com o fim de seus contratos duradouros, o ator revelou entusiasmo com a nova fase e disse que agora, aos 74 anos, tentará começar sua carreira internacional. Ele se mudou recentemente para a Nova Zelândia com a noiva, Carol Junger, de 22 anos. “Agora vou tentar carreira internacional. Vou mudar de vida. Estou aqui [na Nova Zelândia] melhorando o meu inglês. Vou continuar trabalhando na Globo, por obra certa, mas sem contrato depois de 40 e tantos anos… É uma nova maneira da Globo se relacionar com os seus artistas”, completou. José de Abreu fez a sua primeira novela na Globo em 1980, atuando em “As Três Marias”, mas deixou a emissora entre 1989 e 1991, quando migrou para a extinta TV Manchete e participou de novelas como “Pantanal” e “A História de Ana Raio e Zé Trovão”. Desde então, foi só Globo, em sucessos como “A Indomada” (1997), “Senhora do Destino” (2004), “Caminho das Índias” (2009), “Avenida Brasil” (2012), entre outras.
Cinema em Casa: Sesc lança serviço de streaming gratuito para filmes de arte
Seguindo tendência inaugurada pelo Cine Petra Belas Artes, o Sesc também vai virar streaming. Com o nome de Cinema em Casa com Sesc, o serviço estreia nesta quinta (4/5), trazendo quatro filmes por semana. Com um detalhe: todos gratuitos. A programação vai seguir a tendência da simpática Cinesesc, sala de cinema da Rua Augusta, privilegiando filmes de arte. Na primeira semana, o principal destaque é “Mamma Roma” (1962), clássico de Pier Paolo Pasolini, em que Anna Magnani vive uma prostituta de meia-idade capaz de tudo para dar um futuro digno ao filho adolescente rebelde. Também estão na programação os documentários premiados “O Pacto de Adriana” (2017), da chilena Lissette Orozco, sobre o período da ditadura de Pinochet, e “O Homem da Cabine” (2008), do brasileiro Cristiano Burlan, que registra o cotidiano de projecionistas de cinema, profissão em extinção. Completa a programação o infantil “Historietas Assombradas – O Filme” (2017), animação inspirada no programa de TV homônimo. Na próxima quinta, serão disponibilizados mais quatro filmes diferentes. Os filmes podem ser assistidos diretamente no novo portal digital do Sesc, neste link.
Conteúdo original lidera audiência da HBO Max
Uma pesquisa de audiência revelou que as séries originais são o conteúdo mais assistido da nova plataforma HBO Max. O streaming da WarnerMedia foi lançado na quarta passada (2/5) nos EUA, com ênfase no catálogo de filmes e séries clássicas disponíveis para seus assinantes, tanto que “Friends”, “Game of Thrones” e filmes de super-heróis da DC Comics tiveram destaque no material de divulgação. Entretanto, os três conteúdos mais assistidos, segundo apurou a consultoria Parrot Analytics – a pedido da Bloomberg – , foram as poucas séries originais disponibilizadas no lançamento. O título mais procurado na primeira semana foi “Looney Tunes Cartoons”, nova série animada com os personagens da Turma do Pernalonga. Outro título infantil inédito ocupou a segunda posição: o “The Not-Too-Late Show with Elmo”, talk show apresentado por Elmo, personagem da “Vila Sésamo”. A comédia romântica “Love Life”, com Anna Kendrick, completou o pódio. Trata-se da primeira e até agora única série live-action original da plataforma. A pesquisa da Parrot Analyctics constatou que “Looney Tunes Cartoons” foi um verdadeiro sucesso, superando a suposta audiência dos maiores hits da Apple TV+ (“See”, com Jason Momoa) e do Quibi (“Chrissy’s Court”) na época dos seus lançamentos. Com o tempo, a Apple TV+ encontrou hits maiores de audiência, como “Dickinson” e “Em Defesa de Jacob”. O detalhe é que o sucesso inicial de Pernalonga, Patolino e Frajola passou longe da demanda gigante por “The Mandalorian”, primeira série live-action da saga “Star Wars”, na época do lançamento da Disney+ (Disney Plus), no ano passado. Conteúdo original sempre foi a fórmula da Netflix para se diferenciar no mercado, inclusive na época em que era a única plataforma de streaming disponível. A HBO até encomendou muitas atrações, mas a pandemia de coronavírus suspendeu as gravações e atrapalhou os planos dos executivos da WarnerMedia. Diversos programas originais foram anunciadas nos últimos meses, incluindo novas séries de super-heróis, como “Lanterna Verde” (Green Lantern) e “Liga da Justiça Sombria” (Justice League Dark), um derivado de “O Iluminado”, uma produção sci-fi de Ridley Scott (“Perdido em Marte”), “Dune: The Sisterhood”, que é derivada do universo sci-fi de “Duna”, uma série animada dos “Gremlins”, um revival de “Gossip Girl” e até um especial de reencontro do elenco de “Friends”, entre vários títulos mais, que não puderam começar a ser produzidos. Muitos outros ainda estão sendo anunciados, como a versão da “Liga da Justiça” do diretor Zack Snyder, oficializada há poucos dias. Ainda não há previsão para o lançamento do serviço no Brasil.
HBO Max estreia nos EUA com super-heróis, Harry Potter, Friends e… projetos adiados
A HBO Max finalmente foi lançada nesta quarta (27/5) nos EUA, reunindo todo o conteúdo da WarnerMedia, de filmes clássicos à séries recentes, numa única plataforma de streaming. Em síntese, trata-se do equivalente da Warner ao serviço Disney+ (Disney Plus). Prometendo 10 mil horas de conteúdo, o lançamento reúne num mesmo aplicativo a programação dos canais pagos HBO, TNT, TBS, TCM (Turner Classic Movies), TruTV e parte da rede The CW, dos canais de animação Cartoon Network, Rooster Teeth, Adult Swim e Crunchyroll, e também o catálogo da Warner Bros., New Line, Looney Tunes, CNN e DC Entertainment, além de produções da BBC e do Studio Ghibli (de animação japonesa), em acordos recentemente firmados. Isso significa a disponibilidade imediata de séries como “Game of Thrones”, “Big Little Lies”, “Doctor Who”, “The Alienist”, “Rick and Morty” e “Chernobyl”, junto de milhares de filmes, desde “O Mágico de Oz” e “Casablanca” até as franquias “Harry Potter”, os heróis da DC Comics, o universo “Invocação do Mal”, “Nasce uma Estrela” e “Coringa”, sem esquecer atrações clássicas da TV, como “Friends”, “O Rei do Pedaço” e “The Big Bang Theory”, e ainda conteúdo original. A maior dificuldade do lançamento foi providenciar essa parte original. A maioria das séries encomendadas teve a produção suspensa devido à pandemia do novo coronavírus e não ficaram prontas para a inauguração do serviço. Entre as poucas exceções, destaca-se “Love Life”, uma comédia romântica em formato de antologia estrelada por Anna Kendrick e com produção do cineasta Paul Feig – os dois trabalharam juntos no recente “Um Pequeno Favor”. Também conseguiram ser finalizados uma nova série animada dos “Looney Tunes” (a Turma do Pernalonga), um programa de variedades derivado de Vila Sésamo, chamado “The Not Too Late Show with Elmo”, e um reality de competição LGBTQIA+, “Legendary”. Diversos programas originais foram anunciadas nos últimos meses, incluindo novas atrações de super-heróis, como “Lanterna Verde” (Green Lantern) e “Liga da Justiça Sombria” (Justice League Dark), um derivado de “O Iluminado”, uma produção sci-fi de Ridley Scott (“Perdido em Marte”), “Dune: The Sisterhood”, que é derivada do universo sci-fi de “Duna”, uma série animada dos “Gremlins”, um revival de “Gossip Girl” e até um especial de reencontro do elenco de “Friends”, entre vários títulos mais, que não puderam começar a ser produzidos. Muitos outros ainda estão sendo anunciados, como a versão da “Liga da Justiça” do diretor Zack Snyder, oficializada há poucos dias. “Hoje temos o orgulho de apresentar a HBO Max – um sonho criado e alimentado por uma incrível equipe de executivos talentosos que dedicaram o último ano e meio a torná-la realidade para os consumidores em todo o país”, disse Bob Greenblatt, presidente da WarnerMedia Entertainment e da divisão D2C (direto ao consumidor), responsável pela HBO Max. “No entanto, este é apenas o começo de nossa jornada. Continuaremos a inovar e a desenvolver essa plataforma única que reúne a amada programação de toda a família WarnerMedia, além de preparar o caminho para as vozes criativas de amanhã”, completou, em comunicado, referindo-se veladamente aos projetos não finalizados. A falta de conteúdo original não foi a única crítica recebida pelo lançamento. Sobrou polêmica para o próprio nome da plataforma, que supostamente desvalorizaria a marca HBO ao misturar “Friends” e outros conteúdos de TV aberta num produto chamado HBO Max, ao mesmo tempo em que a própria HBO segue oferecendo os serviços HBO Now e HBO Go, o que tende a criar confusão. Mas o maior problema seria o preço salgado. Com assinaturas mensais de US$ 15, a plataforma se posiciona como a mais cara entre as pretendentes ao trono da Netflix. O valor é três vezes maior que o cobrado pela Apple TV+ (US$ 4,99 por mês) e mais que o dobro do valor da Disney+ (Disney Plus) (US$ 6,99). O jornal The New York Times já previu o fracasso da iniciativa, em reportagem publicada na terça (26/5), devido a esses detalhes, acrescentando ainda que o projeto foi feito para vender o acesso à internet rápida da AT&T nos EUA e apenas marginalmente rivalizar com a Netflix. Só que esqueceu, justamente, dos detalhes mais importantes. O combo de provedor e conteúdo corta custos, servindo realmente como atrativo para o negócio original da AT&T. Mas a HBO Max não é exatamente uma Quibi. A plataforma de conteúdos curtos para celular fracassou porque a pandemia ampliou o tempo disponível para “quarenteners” maratonarem séries e filmes em streaming. Conteúdo curto não é maratonável. Já a coleção completa de “Harry Potter”… os assinantes da Netflix, que sempre cobraram os filmes do bruxinho, que o digam. Ainda não há previsão para o lançamento do serviço no Brasil.
Nova série dos Muppets ganha poster e data de estreia
A plataforma Disney+ (Disney Plus) divulgou o primeiro pôster da nova série dos Muppets, intitulada “Muppets Now”, que revela a data de estreia da atração. A Disney adquiriu The Muppets Studio em 2004 e, após lançar dois filmes, tentou emplacar Kermit, Miss Piggy e cia. numa série de comédia da rede ABC, que, infelizmente, não acertou o tom e foi cancelada após uma temporada em 2016. A nova produção busca um novo caminho. “Muppets Now” será um série não-roteirizada que contará com a participação de celebridades. Isto significa que, além dos bonecos de Jim Henson, também terá entrevistas e/ou números musicais. O programa chegará ao streaming em 31 de julho, nos EUA. A Disney+ (Disney Plus) ainda não tem previsão de lançamento no Brasil.
Quibi encalha e fundador da plataforma culpa coronavírus
O fundador da plataforma Quibi, Jeffrey Katzenberg, assumiu estar lidando com uma decepção diante dos números de pessoas interessadas no seu produto, lançado durante a pandemia de coronavírus. O aplicativo da Quibi teve 1,7 milhão de downloads em sua primeira semana. Mas desde a estreia em 6 de abril, mantém apenas uma base de 1,3 milhão de “usuários ativos”. Graças à baixa demanda, saiu rapidamente da lista dos 50 aplicativos gratuitos mais baixados da Apple Store. Pior que isso: não está nem entre os 100. Atualmente, encontra-se encalhado em 125º lugar. Mesmo com uma campanha que oferece teste gratuito por 90 dias, e prometendo um dos custos mais baixos dos streamings (US$ 4,99 por mês com anúncios), a plataforma não emplacou. “Atribuo tudo que deu errado ao coronavírus”, disse Katzenberg em entrevista ao jornal The New York Times, publicada na segunda-feira (12/5). “Tudo. Mas nós assumimos nossa parte”. O ex-executivo da Disney e criador da DreamWorks Animation disse que o público do Quibi realmente não é “a avalanche de pessoas que queríamos”. “Não é nem perto do que queríamos”, admitiu. Quibi aspirava ser uma Netflix de celular, com conteúdo feito exclusivamente para dispositivos móveis. A proposta faz parte do próprio nome da plataforma, formado pela junção das primeiras sílabas das palavras “quick” (ligeiro) e “bites” (pedaços). O nome também foi transformado em sinônimo de conteúdo rápido nos comerciais americanos de seu lançamento. O conceito do novo serviço era apresentar programas de até 10 minutos, tendo como público-alvo todos que têm um celular e que consomem vídeos curtos em transportes públicos ou durante pausas no expediente para tomar um café e ir ao banheiro. Só que as pessoas foram desaconselhadas a usar transportes públicos. E o ambiente de trabalho virou home office. Embora o tempo gasto nas plataformas de streaming tenha disparado à medida que os consumidores se distanciam socialmente, a opção de lazer para quem está em quarentena tem sido assistir filmes e maratonar séries pela televisão e não ver vídeos curtos pelo celular. O sucesso do Quibi dependia, basicamente, de mudar os hábitos de consumo de séries influenciados pela popularização da Netflix, com os “binges” – ou maratonas – de várias horas dedicadas a um mesmo programa. Já era uma opção arriscada, por ir contra um padrão bem-sucedido, e se tornou impraticável diante do aumento do número de horas disponíveis para o público se dedicar ao conteúdo de streaming. A ideia de “filmes em capítulos”, que define a maioria das séries de ficção da empresa, também criou um vício narrativo, ao programar uma situação de perigo a cada 10 minutos, no fim de cada episódio. Nisso, o Quibi se provou mais retrô que moderno, por evocar os antigos seriados de aventura dos anos 1930 e 1940 – que batizaram o termo “cliffhanger”. Mas apesar de todo o revés, Katzengerg disse não ter se arrependido de lançar o aplicativo durante o coronavírus. “Se soubéssemos em 1º de março, quando tivemos que tomar a decisão, o que sabemos hoje, eu diria que não era uma boa ideia”, ele ponderou. “Mas estamos produzindo ouro suficiente com o feno que temos, de modo que não me arrependi”. Ele acrescentou: “Minha esperança, minha crença era que ainda haveria muitos momentos intermediários enquanto nos protegíamos em casa… Ainda existem esses momentos, mas não é a mesma coisa. Estamos fora de sincronia”. Katzenberg ainda espera virar o jogo com algumas inovações. Muito criticada por não permitir que assinantes pudessem assistir a seu conteúdo na TV, a Quibi já permite que os usuários do iPhone vejam suas atrações em telas maiores, e a mesma atualização chegará e breve aos usuários do Android. Ao mesmo tempo, a empresa está trabalhando em novas projeções de receita, com margens menores, que já levaram a cortes em seu orçamento de marketing. Só que enquanto o Quibi empaca, outras plataformas novas traçam histórias diferentes no competitivo mundo do streaming. Quando confrontado sobre o sucesso do TikTok, uma plataforma social que também usa vídeos curtos, Katzenberg se mostrou irritado. “É como comparar maçãs com submarinos”, disse ele ao Times. “Não sei o que as pessoas esperam de nós. Como era a Netflix em seus primeiros 30 dias após o lançamento? Para me falar de uma empresa que tem um bilhão de usuários e está se saindo bem nas últimas seis semanas, estou feliz por eles, mas o que diabos isso tem a ver comigo?” O Quibi também está disponível no Brasil, onde chegou sem alarde no mesmo dia em que o serviço foi inaugurado nos EUA.
After Life é renovada e Rick Gervais fecha contrato de exclusividade com a Netflix
O comediante inglês Rick Gervais fechou um contrato para criação de novas atrações exclusivas para a Netflix. Com isso, a comédia “After Life”, que ele criou e estrela na plataforma, foi renovada para sua 3ª temporada. Além disso, a Netflix pretende realizar um especial de stand-up com Gervais. A renovação de “After Life” foi confirmada apenas duas semanas após o lançamento do segundo ano da produção. A série acompanha Tony (Gervais), um homem que tem sua vida perfeita virada do avesso com a morte da esposa. Depois de pensar em tirar a própria vida, ele decide acertar as contas com o universo de outro modo, dizendo e fazendo o que quiser a qualquer hora. Ele acredita que isso o torna poderoso, mas a situação se complica quando todos seus amigos resolvem salvar o cara legal que eles costumavam conhecer. “After Life” não foi a primeira parceria do comediante com o serviço de streaming, que antes produziu seu filme “Correspondentes Especiais” e foi coprodutor da série “Derek”, junto do Channel 4 britânico. Rick Gervais também é conhecido por ser o comediante que mais vezes apresentou a premiação do Globo de Ouro e por ter criado a série “The Office” original. Mas seu melhor trabalho foi, disparado, a brilhante “Extras”, série de 2005 sobre o cotidiano de um figurante de cinema, repleta de participações de astros famosos interpretando a si mesmos – como Daniel Radcliffe, Samuel L. Jackson, Ben Stiller, Matthew Perry, Kate Winslet, Robert De Niro e até David Bowie!
Coronavírus faz Disney priorizar ainda mais sua plataforma de streaming
O novo CEO da Walt Disney Company, Bob Chapek, afirmou que a pandemia do novo coronavírus pode levar a empresa a rever seus lançamentos de cinema e direcionar mais filmes para seu serviço de streaming, Disney+ (Disney Plus). Em videoconferência para acionistas, o CEO disse que a Disney acredita “muito no valor da experiência cinematográfica em geral para grandes filmes de muito sucesso”, mas que talvez seja necessário reavaliar suas estratégias de lançamento dos filmes. “Também percebemos que, seja por causa da mudança e evolução da dinâmica do consumidor ou por causa de certas situações, como a covid-19, podemos ter que fazer algumas alterações nessa estratégia geral, apenas porque os cinemas não estão abertos ou não estão abertos na medida em que precisariam estar para ser financeiramente viável”, disse Chapek, de acordo com a revista Variety. A empresa já remarcou a data de estreia de suas principais produções inéditas, como a versão live-action de “Mulan” e “Viúva Negra”, da Marvel. Mas o filme “Artemis Fowl”, adaptação de uma franquia literária infantil, entrou direto para o catálogo do Disney +. Segundo Chapek, a decisão de disponibilizar esse filme no streaming se deveu ao “apelo demográfico” do longa. O CEO ainda comentou que irá “avaliar cada um de nossos filmes em uma situação caso a caso”. Ele não mencionou “Os Novos Mutantes”, produção da antiga Fox com super-heróis da Marvel, mas esse título apareceu como futuro lançamento em VOD no site da Amazon. Sobre a paralisação na produção dos filmes e séries da empresa, Chapek afirmou que há planos para implementar medidas de segurança reforçada para retomar os trabalhos, assim que for possível, mas não há data prevista para que isso aconteça. “Não temos projeções de exatamente quando podemos fazer isso [voltar as gravações], mas seremos muito responsáveis em termos de máscaras e do mesmo tipo de procedimentos que esperamos implementar em nossos parques.” Por outro lado, a reabertura dos parques temáticos já está prestes a começar, por Xangai, na China, que foi justamente o primeiro parque fechado pela pandemia. A prioridade, no entanto, segue no reforço ao serviço de streaming Disney+ (Disney Plus), que chegou à Europa em meio à quarentena e que deve ser lançado em breve na América Latina, inclusive no Brasil.
Cade aprova fusão entre Disney e Fox no Brasil
Demorou mais que em qualquer outro lugar do mundo, mas o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) finalmente aprovou a aquisição da Fox pela Disney no Brasil. Em sessão realizada nesta quarta (6/5), o negócio foi revisado e seu maior entrave superado. O problema era a concentração da Disney no setor dos canais esportivos. Dona da ESPN, a Disney deveria vender o Fox Sports para ter o negócio aprovado, mas nenhum comprador que se apresentou cumpriu os requisitos da entidade reguladora. Para evitar que o Fox Sports fosse, então, dissolvido ou absorvido pela ESPN, o Cade propôs outra solução: o canal precisa ser mantido no ar pela multinacional por três anos ou até a conclusão de seus contratos de direito de transmissão. Pela decisão, a Disney precisa se comprometer a manter o Fox Sports no ar em pacotes básicos até 1º de janeiro de 2022 com obrigatoriedade da exibição da Libertadores no canal. No entanto, o Cade aprovou que outros direitos de transmissão sejam exibidos também em emissoras irmãs. Ou seja, a ESPN está liberada para exibir a competição continental caso queira. O relator do processo, o conselheiro Luis Henrique Bertolino Braido, declarou que o estado brasileiro não pode impedir que uma empresa não tenha direito aos ativos que comprou sem motivos ou responsabilidade. Ele também citou a pandemia da Covd-19, dizendo que os canais esportivos são os que mais sofrem com a situação. Para finalizar, o relator afirmou que, ao fim dos três anos, caso a Disney queira descontinuar a marca, ela ficará disponível para um novo possível comprador adquiri-la, devolvendo assim a marca para o mercado. Apesar da ênfase dada pelo Cade ao futuro do canal Fox Sports, a aprovação da fusão passa por outros investimentos da Disney no país, em especial o lançamento da plataforma de streaming Disney+ (Disney Plus). Com a certeza de poder contar com a programação da Fox, a empresa pode agora inaugurar o serviço ainda em 2020 no Brasil, acompanhando o lançamento em outros países da América Latina, já confirmados. A Disney esperava a aprovação da fusão com a Fox para tomar decisões sobre a vinda do streaming e outros projetos no país. Mas graças à demora, a aprovação se deu em plena pandemia do novo coronavírus, quando a empresa enfrenta queda de arrecadação e começa a mudar muitos de seus planos. Mais que nunca, com o isolamento social o streaming se tornou prioridade. Nos EUA, a Disney lançou um combo de assinaturas, juntando no mesmo pacote os serviços de streaming da Disney+ (Disney Plus), ESPN e Hulu.












