Disney revela que “Viúva Negra” arrecadou US$ 125 milhões em streaming
A nova petição da Disney no processo de Scarlett Johansson por quebra contratual, devido ao lançamento híbrido de “Viúva Negra”, revelou quanto o filme faturou com sua disponibilização em Premier Access na Disney+. Os advogados do estúdio argumentaram na última sexta-feira (20/8) que a produção arrecadou US$ 125 milhões em receitas online até o momento. A revelação faz parte dos argumentos de que a empresa cumpriu sua obrigação de dar ao filme um lançamento “amplo”, alegando que não há cláusula contratual obrigando o filme a ser exclusivo dos cinemas. Além disso, o estúdio afirmou que adicionou os números de streaming à bilheteria total para fins de cálculo da participação da atriz. Anteriormente, a Disney tinha anunciado que “Viúva Negra” tinha faturado US$ 60 milhões em seu fim de semana de estreia na Disney+, mas não havia outros registros da bilheteria virtual. Nos cinemas, o filme do Marvel Studios soma US$ 369 milhões mundiais. Com o acréscimo do streaming, os valores chegam a US$ 494 milhões. Mas como os números foram apresentados antes do fim de semana, a totalização já deve ter ultrapassado os US$ 500 milhões. Em sua ação, Johansson afirmou que a estratégia de lançamento simultâneo de “Viúva Negra” nos cinemas e na Disney+ havia reduzido sua remuneração. A Disney rebateu dizendo que “não havia mérito” no processo, acrescentando que o lançamento online “aumentou significativamente sua capacidade (de Johansson) de ganhar uma remuneração adicional”. E de quebra revelou que o cachê da atriz para o filme foi de US$ 20 milhões. Ao abrir a contabilidade, a Disney tenta buscar uma resolução fora dos tribunais. O estúdio quer que a disputa com Scarlett Johansson seja decidida por arbitragem – isto é, por uma terceira pessoa ou entidade privada. Muitos acreditam que o resultado do processo possa ter desdobramentos na indústria do entretenimento. Mas não é bem assim, como resumiu a colega de Johansson, Elizabeth Olsen, em entrevista para a Vanity Fair: “Quando se trata de atores e seus ganhos financeiros, isso é apenas questão contratual. Ou está no contrato ou não está”. Scarlett Johansson decidiu processar a Disney porque o lançamento simultâneo de “Viúva Negra” em streaming não estava no contrato.
Elizabeth Olsen apoia Scarlett Johansson contra a Disney
A Disney aparentemente mexeu num vespeiro ao brigar com Scarlett Johansson. Depois de rumores de que o próprio chefão da Marvel, Kevin Feige, estaria decepcionado com o estúdio, agora a primeira estrela da Marvel na Disney+ se pronunciou abertamente a favor da colega. Em entrevista à revista Vanity Fair, Elizabeth Olsen, protagonista de “WandaVision” e parceira de Johansson nos filmes dos Vingadores, foi clara em seu apoio. Comentando o processo aberto por quebra contratual, devido ao lançamento simultâneo de “Viúva Negra” no streaming, a intérprete de Wanda, a Feiticeira Escarlate, afirmou: “Eu acho que ela é muito valente e, literalmente, quando eu li [sobre o processo] fiquei tipo: ‘Bom para você, Scarlett.'” Olsen comentou que a briga da colega com a Disney não a preocupa, mas a situação do cinema em geral após a covid-19 tem tirado seu sono. “Estou preocupada com um monte de coisas. Não estou preocupada com Scarlett”, disse ela. “Mas estou preocupada com os filmes independentes, que tenham a oportunidade de serem vistos nos cinemas. Isso já era um problema antes da covid. Gosto de ir ao cinema e não quero necessariamente ver apenas candidatos do Oscar ou blockbusters. Eu gosto de ver filmes artísticos no circuito de arte. E eu me preocupo com isso e com as pessoas que tentam manter esses cinemas vivos”. “Mas quando se trata de atores e seus ganhos financeiros, quero dizer, isso é apenas questão contratual. Ou está no contrato ou não está”, concluiu. Scarlett Johansson decidiu processar a Disney porque o lançamento simultâneo de “Viúva Negra” em streaming não estava no contrato. Em vez de entrar num acordo antes da situação ir tão longe, a Disney resolveu dobrar a aposta judicial e, desde a primeira reação do estúdio, o caso se tornou um pesadelo de relações públicas, que pode custar muito mais para a empresa, em termos de reputação, que a compensação pedida por Johansson pelo lançamento híbrido.
Disney quer brigar com Scarlett Johansson fora dos tribunais
A Disney voltou à carga contra a ação de Scarlett Johansson na Justiça, peticionando uma moção para decidir seu conflito com a atriz numa arbitragem privada. O estúdio quer que uma terceira pessoa ou entidade privada decida sobre o processo aberto pela atriz por quebra contratual devido ao lançamento híbrido de “Viúva Negra”, sem passar pelo poder judiciário convencional. Na moção, o advogado da Disney também argumenta que a empresa cumpriu sua obrigação de dar ao filme um lançamento “amplo”, alegando que não há cláusula contratual obrigando o lançamento a ser exclusivo dos cinemas. Johansson entrou com uma ação em 29 de julho apontando ter sofrido prejuízo pela decisão unilateral da Disney de lançar “Viúva Negra” simultaneamente nos cinemas e na Disney+. Esta iniciativa teria prejudicado a receita de bilheteria do filme e lhe custado dezenas de milhões de dólares, já que seu pagamento estava atrelado à venda de ingressos. A Disney respondeu que “Viúva Negra” teve um bom desempenho mesmo com a pandemia em curso. O filme estreou em 9 de julho e arrecadou US$ 80 milhões em seu fim de semana de estreia. Apesar do valor ser inferior aos padrões pré-pandêmicos da Marvel, ficou US$ 10 milhões acima de “Velozes e Furiosos 9” da Universal – que foi um lançamento exclusivo dos cinemas. Além disso, o estúdio afirmou que adicionou os números de streaming à bilheteria total para fins de cálculo da participação da atriz. O detalhe é que o contrato de Johansson é de 2017, quando a Disney nem sonhava em lançar sua plataforma de streaming, portanto também não contempla um lançamento em streaming. Em sua ação, os advogados da estrela ainda reforçam que a Marvel afirmou em 2019 que o estúdio lançaria o filme “como todos os demais”. A causa de Johansson recebeu apoio de várias associações, entre elas o Sindicato dos Atores dos EUA (SAG-Aftra) e, indiretamente, até da Associação Nacional de Donos de Cinemas dos EUA (NATO), que divulgou uma nota condenando o lançamento de “Viúva Negra” em streaming. Segundo o circuito exibidor, a produção teve uma performance abaixo do esperado nos cinemas justamente por causa da estreia simultânea na Disney+. Segundo projeções feitas pelo Wall Street Jornal, o lançamento híbrido pode ter custado US$ 50 milhões à atriz.
Daniel Craig é o astro mais bem-pago de Hollywood graças à Netflix
A revista Variety revelou que Daniel Craig é o ator mais bem pago de Hollywood na atualidade. E curiosamente o motivo não é seu papel no novo filme de James Bond, “007 Sem Tempo para Morrer”, que estreia em 30 de setembro. A reportagem visava demonstrar como os astros de cinema estão ganhando muito mais com as plataformas de streaming que propriamente com lançamentos cinematográficos. Graças a um acordo fechado com a Netflix para estrelar e produzir duas continuações de “Entre Facas e Segredos”, Craig vai receber US$ 100 milhões. A Variety seguiu o fio e descobriu que os maiores salários vêm todos de negociações para o streaming. Dwayne “The Rock” Johnson, por exemplo, tem garantidos US$ 30 milhões pelo filme natalino “Red One” na Amazon Prime Video, mesma quantia que Leonardo DiCaprio vai receber em uma produção ainda sem título da Netflix, em que contracenará com Jennifer Lawrence, por sua vez contratada por US$ 25 milhões. Julia Roberts também vai receber US$ 25 milhões por “Leave the World Behind” na Netflix, que ainda desembolsará US$ 20 milhões para Ryan Gosling estrelar “The Gray Man”. Por fim, o filme de ação “Sem Remorso”, já lançado pela plataforma da Amazon, rendeu US$ 15 milhões a Michael B. Jordan. A comparação com os rendimentos dos principais atores de Hollywood no cinema revela uma diferença abissal. Embora Scarlett Johansson tenha recebido US$ 20 milhões por “Viúva Negra”, Keanu Reeves deve ficar com algo entre US$ 12 milhões e US$ 14 milhões par voltar a estrelar um filme da saga “Matrix”, enquanto Tom Cruise aprendeu a pilotar um avião caça para receber US$ 13 milhões por “Top Gun: Maverick” e Robert Pattinson será o novo Batman por US$ 3 milhões. Mas há um detalhe que ajuda a explicar essa distância entre cachês de streaming e cinema. Enquanto o valor pago pelas plataformas é total (upfront, na linguagem dos estúdios americanos), os lançamentos cinematográficos incluem bônus de desempenho (back-end), que aumentam conforme a arrecadação dos filmes nas bilheterias. Este diferencial transformou Robert Downey Jr. em bilionário pelos filmes da Marvel e fez Scarlett Johansson entrar com um processo contra a Disney por diminuir suas chances de receber uma fortuna com o lançamento simultâneo de “Viúva Negra” na Disney+ – e sem pagar upfront pelo streaming.
Emma Stone assina contrato para estrelar “Cruella 2”
Em meio a boatos de que seguiria Scarlett Johansson num processo contra a Disney, Emma Stone optou pela solução mais pacífica e lucrativa, assinando contrato para estrelar “Cruella 2”. O acordo encerra o temor de um levante de artistas que tiveram filmes lançados simultaneamente no cinema e na Disney+, que poderiam seguir a iniciativa de Johansson em relação à “Viúva Negra”. Sem esconder a relação, o processo de Johansson esteve em evidência nas entrelinhas do agente de Stone, que deu uma declaração alinhada ao estúdio após a assinatura da artista. “Esse acordo mostra que pode existir um futuro justo que protege os artistas e se alinha aos interesses do estúdio e talentos”, disse Patrick Whitesell, que representa Stone. “Temos orgulho de trabalhar com a Emma e com a Disney e agradecemos sua capacidade para reconhecê-la e suas contribuições como parceira criativa”. O novo contrato entre Stone e Disney já prevê a possibilidade de lançamento de streaming, com cláusulas que, segundo a imprensa americana, seriam benéficas para ambos lados. A continuação deverá manter a mesma equipe responsável pelo ótimo filme original, especialmente o diretor Craig Gillespie e o roteirista Tony McNamara, que assinaram o longa lançado em junho passado.
Disney divulga preços de lançamento da plataforma Star+ no Brasil
Com a resolução da pendência jurídica que impedia seu lançamento no Brasil, a Disney retomou a campanha de divulgação da plataforma Star+, que vai chegar em 31 de agosto no país. O novo streaming da Disney vai abrigar produções da antiga Fox, conteúdo de esportes da ESPN e atrações exclusivas destinadas a um público mais adulto que o visado pela plataforma já existente no Brasil, a Disney+. Na prática, a Star+ funcionará como um complemento de programação da Disney+, representando uma opção equivalente aos serviços da Hulu e ESPN+ nos EUA. Nesta sexta (13/8), a Disney informou pela primeira vez os valores da assinatura do novo serviço. A assinatura será oferecida de três formas: num pacote mensal, num pacote anual e num combo junto ao Disney+. Os planos poderão ser adquiridos a partir de 31 de agosto. Para assinar somente o Star+, o plano mensal sai por R$ 32,90. É mais caro que a assinatura da Disney+, atualmente em R$ 27,90. Mas pode sair bem mais em conta. Quem fizer o plano anual por R$ 329,90, por exemplo, pode economizar bastante, pagando o equivalente a R$ 27,50 por mês. Mas o valor cai forte mesmo é na assinatura dupla com a Disney+. Quem optar pelo Combo+, com os dois serviços, vai desembolsar R$ 45,90 por mês. Na ponta do lápis, isto representa um desconto de R$ 14,90, que faz o Star+ sair por R$ 18,00. Detalhe: quem já tiver uma assinatura anual da Disney+ pode incluir a Star+ no pacote pelo preço promocional, apesar da Disney não ter anunciado um plano de combo+ anual. Veja os preços, mais uma vez, no gráfico abaixo.
Disney+ já tem 116 milhões de assinantes
A Disney+ continua crescendo mais que a concorrência. Durante a teleconferência para acionistas sobre os resultados financeiros positivos da Walt Disney Co. no terceiro trimestre, o CEO da companhia, Bob Chapek, revelou que o serviço de streaming adicionou mais 13 milhões de assinantes nos últimos três meses. Com isso, a plataforma atingiu um total de 116 milhões, superando as previsões de Wall Street. Para completar, Chapek revelou planos da expansão do serviço na Ásia, com o lançamento da Disney+ na Coréia do Sul, Hong Kong e Taiwan já em novembro, e anunciou a chegada no Leste Europeu, no Oriente Médio e na África do Sul para o começo de 2022. Além da Disney+, as plataformas americanas Hulu e ESPN+ também registraram crescimento nos EUA, transformando o negócio direto ao consumidor no principal impulsionador de receitas da empresa. Só o streaming rendeu US$ 4,25 bilhões no trimestre, um aumento de 57% em relação ao mesmo período do ano passado. Mas a grande surpresa no relatório para o mercado foram os rendimentos dos parques temáticos, que ao reabrirem após cerca de um ano fechados durante a pandemia, faturaram US$ 4,3 bilhões, graças principalmente ao público da Disneylândia e do Walt Disney World. Até as unidade de televisão da Disney, que incluem o canal esportivo ESPN e a rede ABC, cresceram 33% em relação ao ano anterior, para US$ 2,19 bilhões. Com tantas notícias positivas, a empresa relatou uma receita invejável de US$ 17 bilhões no trimestre, fazendo seu lucro por ação atingir US$ 0,80, muito acima da estimativa de US$ 0,55 do mercado. O anúncio fez as ações da Disney subirem mais de 10% nas negociações pós-mercado.
Chefão da Disney se pronuncia sobre streaming após processo de Scarlett Johansson
O CEO da Disney Bob Chapek se pronunciou na quinta (12/8) sobre o modelo de compensação por lançamento híbrido, simultaneamente nos cinemas e na Disney+, que levou a atriz Scarlett Johansson a processar a companhia. Ele abordou o assunto durante uma teleconferência para acionistas sobre os resultados financeiros positivos da Walt Disney Co. no terceiro trimestre. “Bob Iger e eu, junto com a equipe de distribuição, determinamos que essa era a estratégia certa para nos permitir alcançar o maior público possível”, disse Chapek, invocando seu antecessor para justificar a decisão de lançar “Viúva Negra” e outros filmes no Premier Access da Disney+. “E, só para reiterar, as decisões de distribuição são feitas filme por filme, e continuaremos a utilizar todas as opções daqui para frente”, acrescentou. O chefão da Disney ainda fez questão de caracterizar a briga jurídica de Johansson como uma anomalia, mesmo sem mencionar a atriz diretamente. Ele fez isso ao sugerir que, quando a companhia passou a alterar os planos de lançamento de filmes, todos os acordos com as estrelas cujos bônus estavam atrelados ao desempenho de bilheteria foram remanejados sem criar problemas. “Esses filmes foram concebidos em uma época em que… certamente não sabíamos sobre covid”, disse Chapek aos analistas de Wall Street. “Assim como o que fizemos muitas vezes antes, encontramos maneiras de compensar de forma justa nosso talento para que, não importa o que acontecesse, todos se sentissem satisfeitos.” Ele ainda acrescentou que “desde que a covid começou, firmamos centenas de acordos com os nossos talentos e, em geral, eles têm corrido muito bem”. A diferença de compensação financeira do streaming em relação às bilheterias de cinema foi o ponto crítico que levou Johansson a processar a companhia por quebra de contrato. Anteriormente, a Disney afirmou que o processo movido por Johansson “não tem qualquer mérito” e que era “triste e inquietante em seu completo desprezo aos efeitos globais terríveis e prolongados da pandemia de covid-19”. “A Disney cumpriu totalmente seu contrato com a Sra. Johansson e, além disso, o lançamento de ‘Viúva Negra’ no Premier Access do Disney+ aumentou significativamente sua capacidade de gerar ganhos adicionais além dos US$ 20 milhões que ela já recebeu até agora”, acrescentou a empresa. A reação da Disney foi repudiada pelo Sindicato dos Atores dos EUA (SAG-Aftra) e várias entidades de direitos femininos, que acusaram a empresa de realizar um ataque de gênero em sua defesa, além de tornar público o cachê da artista, numa atitude nunca vista antes. “Embora não tomemos posição sobre as questões de negócios no litígio entre Scarlett Johansson e a The Walt Disney Company, nos posicionamos firmemente contra a declaração recente da Disney que tenta caracterizar Johansson como insensível ou egoísta por defender os direitos de seu contrato de negócios”, afirmou a SAG-Aftra em comunicado oficial. “Esse ataque de gênero não tem lugar em uma disputa de negócios e contribui para um ambiente no qual mulheres são percebidas como menos capazes do que os homens de proteger seus próprios interesses sem enfrentar críticas ad hominem”. Em sua apresentação para o mercado, Chapek ainda disse que “Free Guy” e “Shang Chi e a Lenda dos Dez Anéis” serão lançados exclusivamente nos cinemas – respectivamente em 19 de agosto e 2 de setembro no Brasil. O primeiro devido ao contrato original firmado pela antiga 20th Century Fox e o segundo porque “será um teste e uma fonte de dados interessante”.
Panasonic anuncia fim da produção de TVs no Brasil
Depois da Sony, a marca japonesa Panasonic também anunciou que vai encerrar a produção e a venda de TVs no Brasil. Com isso, até dezembro 130 funcionários serão demitidos. Já a fábrica de Manaus (AM), onde as TVs da marca são montadas, vão se concentrar em micro-ondas e outros produtos de linha branca. A empresa ainda tem uma unidade em Extrema (MG), onde são produzidas geladeiras e máquinas de lavar, outra em São José dos Campos (SP), onde são produzidas pilhas, e um escritório administrativo em São Paulo (SP). Trata-se, segundo a empresa, de uma decisão de estratégia global. “Essa decisão criará uma oportunidade para as outras frentes de negócio nas quais a Panasonic continua a crescer”, diz a empresa em comunicado, citando negócios como máquinas de lavar, geladeiras, cuidados pessoais, baterias e soluções corporativas. “A Panasonic acredita no potencial e no mercado brasileiro, e continuará investindo e fomentando novas linhas e novos produtos”, completa a informação. O anúncio vem quase um ano após a divisão de equipamentos audiovisuais da Sony oficializar sua saída do mercado brasileiro, passando a oferecer apenas videogames da marca PlayStation. As duas empresas fabricavam TVs no país há mais de 40 anos.
Halle Berry quebrou costelas interpretando lutadora de MMA em novo filme
A atriz Halle Berry revelou ter quebrado as costelas nas filmagens de seu primeiro longa como diretora, em que vive uma lutadora de MMA. O detalhe é que ela já tinha sofrido fraturas na região anteriormente, durante ensaios para o filme “John Wick 3”, lançado em 2019. Naquela ocasião, a atriz quebrou três costelas e a produção foi interrompida por meses até ela se recuperar. Desta vez, foram duas, mas justamente no primeiro dia de produção de “Bruised”. Como além de estrelar, ela também era responsável por dirigir o filme, Berry revelou que decidiu não interromper a produção e continuar trabalhando. “Porque era um filme independente, não tínhamos um grande orçamento. A diretora em mim disse: ‘Você não veio até aqui e trabalhou tão duro para voltar para casa'”, ela contou para a revista Entertenment Weekly. A fratura ocorreu em costelas diferentes das lesionadas em “John Wick 3”. “Quando você quebra um osso, ele calcifica e fica mais forte. Você dificilmente quebrará os mesmos ossos duas vezes”, explicou a atriz. Na mesma entrevista, o coordenador de dublês e coreógrafo das lutas na produção, Eric Brown, disse que a lesão foi “maluca”. “Mas essa é a intensidade [de Halle]. Ela é um caso especial. Trabalhei com muitos atores e nenhum deles tem esse tipo de ética de trabalho”, disse o profissional. Em “Bruised”, Berry dá vida a Jackie “Justice”, uma lutadora de MMA fracassada, que abandonou o filho recém-nascido seis anos atrás. Quando o pequeno Manny inesperadamente retorna para a mãe, ela precisa sair da aposentadoria e enfrentar no ringue uma jovem estrela do esporte para sustentar a criança. Para as filmagens, a atriz de 53 anos treinou com a brasileira Cris Cyborg, lutadora profissional e campeã de MMA, e encerrou a preparação para o papel com uma barriga tanquinho – “não há melhor sensação”, chegou a postar no Instagram. O roteiro foi escrito pela estreante Michelle Rosenfarb e o projeto tem produção da equipe de “John Wick 3”. A estreia está marcada para 24 de novembro na Netflix.
Sony completa aquisição da plataforma Crunchyroll
A Sony Pictures Entertainment completou a aquisição da plataforma Crunchyroll da AT&T por US$ 1,175 bilhão, aumentando a lista de ativos de entretenimento queimados pela empresa de telefonia após comprar a Time-Warner por US$ 85 bilhões em 2016. A Crunchyroll agora será combinada com a Funimation da Sony na maior plataforma de anime do mundo. O acordo foi anunciado em dezembro de 2020, mas precisou vencer entraves burocráticos contra a percepção de que a junção das duas plataformas criaria um monopólio do mercado de animes. Com a superação das barreiras (graças à existência da Netflix), o futuro da Crunchyroll agora está nas mãos da Sony, que pode simplesmente absorver os títulos da antiga rival na Funimation. Sem detalhar seus planos, a Sony anunciou apenas que vai combinar as operações e “ampliar a distribuição para seus parceiros de conteúdo e expandir as ofertas para os consumidores”. “Estamos muito entusiasmados em dar as boas-vindas à Crunchyroll no Grupo Sony”, disse o CEO da Sony Corp. Kenichiro Yoshida. “Anime é um meio de crescimento rápido que cativa e inspira emoção entre o público em todo o mundo. O alinhamento entre Crunchyroll e Funimation nos permitirá estar ainda mais próximos dos criadores e fãs que são o coração da comunidade de anime. Estamos ansiosos para oferecer entretenimento ainda mais incrível que encha o mundo de emoção por meio do anime. ” Tony Vinciquerra, presidente e CEO da Sony Pictures Entertainment, disse que a Crunchyroll acrescenta “um valor tremendo” aos esforços de anime da empresa. Ele afirmou que a empresa planeja criar “uma experiência unificada de assinatura de anime o mais rápido possível”. Ao combinar as duas operações, disse ele, “estamos empenhados em criar a experiência definitiva em anime para os fãs e apresentar uma oportunidade única para os nossos principais parceiros, editores e criadores imensamente talentosos de continuarem a entregar o seu conteúdo magistral a públicos em todo o mundo”. A venda da Crunchyroll foi o último estrago causado pela curta passagem da AT&T sobre os ativos da Warner. Assim que recebeu aprovação para assumir o controle dos ativos da Time-Warner em 2018, a AT&T rebatizou a companhia de WarnerMedia e começou a se desfazer de várias marcas e iniciativas visionárias, como as plataformas DC Universe, que lançou séries exclusivas da DC Comics, Machinima, que produzia séries exclusivas derivadas de games, e DramaFever, dedicada a produções sul-coreanas. Mas o pior descaso foi mesmo com a Crunchyroll. Visto como investimento estratégico pela Netflix, o negócio de animes foi considerado supérfluo pela empresa que lançou a HBO Max para concorrer no mercado de streaming. A AT&T também vendeu a empresa de TV paga americana DirecTV, o serviço latino de TV paga Sky, seus 10% da Hulu e, finalmente, até a própria WarnerMedia, numa fusão de US$ 43 bilhões com a Discovery Communications, que ainda espera aprovação regulatória. Queima total.
Disney e Starz entram em acordo e lançamento da Star+ é liberado
As empresas Disney e Lionsgate fecharam um acordo e o nome Star+ vai poder ser usado para batizar a nova plataforma de streaming com lançamento marcado para 31 de agosto no Brasil. O canal pago americano Starz, do conglomerado Lionsgate, tinha paralisado o projeto da Disney ao obter uma liminar na justiça contra o lançamento da plataforma, com a alegação de que a marca Starzplay já atua no mercado brasileiro e o nome Starplus é muito similar para concorrer no mesmo segmento, podendo confundir o público. O site do Tribunal de Justiça de São Paulo atualizou o status do processo nesta segunda (9/8), informando que a Starz desistiu da ação. As empresas chegaram a um acordo após a Disney oferecer publicamente R$ 50 milhões para compensar a Starz por possíveis danos causados por ela no mercado brasileiro. Embora nenhuma das companhias tenha feito um comunicado oficial, houve conversas após essa oferta e, com isso, a marca Star+ ficou sem impedimentos legais para ser usada no Brasil. Apesar da quantia elevada envolvida na negociação, a Disney pode ter evitado um prejuízo muito maior, uma vez que a audiência do processo estava marcada para 24 de agosto, uma semana antes da data prevista para a inauguração do serviço de streaming. Com pouco tempo de campanha e a possibilidade de ter que alterar a marca, a negociação foi a melhor solução para o caso. Agora, o estúdio deve retomar a divulgação da plataforma, que foi suspensa em 24 de julho pela medida judicial da Starz. Star foi o nome escolhido pela Disney para rebatizar os canais Fox, e não houve nenhuma objeção para a estreia dessas emissoras em fevereiro passado – chamadas de Star Channel, Star Life e Star Hits. A ideia visa aproveitar o grande alcance da Star India, empresa asiática que existe há décadas, antes mesmo da Starz nos EUA, e foi adquirida pela Walt Disney Co. na compra dos ativos da 21st Century Fox. A denominação Star+, por sua vez, segue uma tendência do mercado, que já tem plataformas de streaming chamadas de Paramount+ e Disney+, relacionadas aos canais pagos Paramount e Disney Channel. A nova plataforma é a versão internacional da americana Hulu, que chega reforçada por conteúdos do antigo grupo Fox, especialmente do canal pago FX, além do acervo esportivo do canal pago ESPN. A Disney ainda não revelou o preço da assinatura da Star+, mas o serviço também será oferecido num combo com a Disney+.
Sindicato dos Atores defende Scarlett Johnsson: “Disney deveria se envergonhar”
A Disney voltou a sofrer críticas pela forma como lidou com Scarlett Johansson em “Viúva Negra”. A atriz abriu um processo por quebra de contrato contra o estúdio pelo lançamento simultâneo do filme nos cinemas e em streaming. A situação, que poderia ter sido contornada com um acordo amigável, tem rendido comunicados irritados da Disney, que chegou a acusar a atriz de ser insensível e desprezar as vítimas de covid-19 com sua iniciativa. A situação chegou a ponto de organizações que atuam na defesa dos direitos das mulheres na indústria do entretenimento denunciarem a comunicação do estúdio como um “ataque de gênero” (machista), que “não tem lugar em uma disputa de negócios”. Na sexta (6/8), o advogado de longa data da Walt Disney Pictures, Daniel Petrocelli, deu outra declaração polêmica, ao afirmar que a ação da atriz não passa de “uma jogada de marketing altamente orquestrada”. ”É óbvio que se trata de uma jogada de marketing altamente orquestrada, para alcançar um resultado que não seria obtido no processo judicial”, disse o advogado para a revista Variety. “Tratamos a receita do Disney Premier Access [do lançamento em streaming] como bilheteria para fins dos requisitos de bônus no contrato. Isso só melhorou as finanças da Sra. Johansson”, acrescentou. A declaração gerou outra reação, desta vez do SAG-AFTRA, o Sindicato dos Atores dos EUA. “A Disney deveria se envergonhar de si mesma por recorrer a táticas batidas de sexismo e intimidação”, disse a presidente do sindicato, Gabrielle Carteris, em um comunicado oficial. “Os atores devem ser remunerados por seu trabalho de acordo com seus contratos. Scarlett Johansson está dando destaque às mudanças impróprias na remuneração que as empresas estão tentando emplacar à medida que os modelos de distribuição mudam. Ninguém, em qualquer área de trabalho, deve ser vítima de reduções inesperadas na compensação acertada. É irracional e injusto. A Disney e outras empresas de conteúdo estão indo muito bem e certamente podem cumprir suas obrigações de compensar os artistas cuja arte e talento são responsáveis por seus lucros.” Ela ainda acrescentou: “Além disso, estamos profundamente preocupados com o tom de gênero usado nas críticas da Disney à Sra. Johansson. As mulheres não são ‘insensíveis’ quando se levantam e lutam por um pagamento justo – elas são líderes e defensoras da justiça econômica. As mulheres foram vitimadas pela desigualdade salarial durante décadas e foram ainda mais vitimadas por comentários como os das declarações de imprensa da Disney. Esse tipo de ataque não tem lugar em nossa sociedade e o SAG-AFTRA continuará a defender nossos membros de todas as formas de preconceito.”












