Campeão de A Fazenda 16, Sacha Bali critica o BBB 25: “Bem chato”
O ator expressou sua opinião sobre o reality da Globo ao declarar sua torcida por Diogo Almeida
Roteirista de “What If…?” assume 3ª temporada de “X-Men ’97”
Matthew Chauncey substitui o demitido Beau DeMayo em nova fase da série animada da Marvel
Zazie Beetz sugere volta de Domino em “Deadpool 3”
A atriz Zazie Beetz, atualmente em cartaz no filme “Trem Bala”, foi questionada pelo site The Hollywood Reporter sobre sua participação nas sequências de duas franquias da qual faz parte: “Coringa” e “Deadpool”. E ela foi bastante sugestiva sobre “Deadpool 3”. “Bem, obviamente não posso dizer nada, mas me sinto com sorte. Eu simplesmente não posso divulgar ou dizer nada, então vamos ver, eu suponho”, disse Beetz com uma risada. Vale lembrar que ela interpretou Domino em “Deadpool 2”, uma mutante que tem a mais curiosa das habilidades: sorte. Muita sorte. Se algo tem uma chance em mil de acontecer, acontece para ela. Como Beetz voltar em “Deadpool 3”. Na mesma entrevista, ela elogiou a decisão de Todd Phillips e da Warner de transformar a sequência de “Coringa”, filme em que viveu o suposto interesse amoroso de Arthur Fleck (Joaquin Phoenix), em um musical. “Todd sempre teve uma abordagem criativa em relação ao personagem. Amo musicais e os vejo como se os personagens estivessem sentindo e vivendo tantas coisas que só conseguem se expressar com música e dança… Consigo imaginar Arthur, que passa por tantas coisas, cantando e sobre sua vida. Ele é o Coringa. Faz sentido”, comentou. Zazie Beetz estará de volta às telas em poucas semanas, na 4ª e última temporada de “Atlanta”, que estreia em 15 de setembro. A série é disponibilizada no Brasil pela plataforma Star+.
Os Novos Mutantes é bem melhor que os últimos filmes dos X-Men
Um filme que já nasceu como um cachorro morto para o povo chutar. Ou para as pessoas não verem. A própria distribuidora o lançou no meio da pandemia, quando ninguém quer ir ao cinema. E chovem críticas negativas (34% de aprovação no site Rotten Tomatoes). Mas “Os Novos Mutantes” é envolvente. É bom que exista e finalmente tenha sido lançado, após tanto tempo na geladeira, por mais que tenha sido mais arremessado do que exatamente lançado. É como se a Disney, mesmo tendo comprado a Fox, tratasse o material como obra de concorrente, que não deveria existir. O filme de Josh Boone, diretor dos bons dramas de relacionamentos “Ligados pelo Amor” (2012) e “A Culpa é das Estrelas” (2014), é sem dúvida superior aos dois filmes anteriores dos “X-Men” – os horríveis “X-Men: Apocalipse” (2016) e “X-Men: Fênix Negra” (2019). É também uma produção mais barata e humilde, sem a megalomania dos outros filmes dos mutantes. E com um diferencial muito atraente: o tom de filme de horror, que oferece uma experiência diferente ao subgênero de filmes de super-heróis. Junte-se a isso as angústias dos adolescentes em lidar com seus poderes, que podem servir de metáfora para as explosões hormonais que surgem neste estágio da vida humana. Há um romance gay muito bonito entre duas personagens, inclusive, o que conta ainda mais pontos a favor do filme. Assim, nota-se que a escolha de Boone para a direção do filme teve mais a ver com seu sucesso popular com o melodrama teen “A Culpa é das Estrelas” do que com sua intimidade com filmes de ação ou horror. Na verdade, ele não tinha nenhuma. E isso infelizmente depõe contra o filme quando ele se aproxima de seu clímax e as cenas de ação carecem de um cuidado maior. É quando “Os Novos Mutantes” cai bastante. Os efeitos especiais do urso gigante também são outro problema. Mas há outros tantos aspectos positivos, como a presença brilhante de Anya Taylor-Joy (“A Bruxa”) como a provocadora e badass Ilyana Raspuntin. A atriz ficou muito bem, trazendo expressividade e charme para a personagem. Ilyana tem o poder de se teleportar para um limbo, tem uma espada mágica gigante e um dragãozinho demoníaco como companheiro. Todos os demais atores e atrizes acabam ficando eclipsados pela presença de Taylor-Joy (atualmente arrancando aplausos na minissérie “O Gâmbito da Rainha”). Mas isso não quer dizer que a química não funcione. Rahne Sinclair (Maisie Williams, de “Game of Thrones”), a menina que se transforma em lobo; Danielle “Dani” Moonstar (Blu Hunt, de “The Originals”), com poderes a ser descobertos; Sam Guthrie (Charlie Heaton, de “Stranger Things”), uma espécie de míssil humano descontrolado; e Roberto da Costa (Henry Zaga, ator brasileiro de “13 Reasons Why”), cujo corpo arde como um vulcão; todos estão bem. Aliás, o elenco tem dois intérpretes brasileiros: além de Zaga, Alice Braga (“A Rainha do Sul”) aparece no papel da médica responsável pelos novos mutantes na instalação que os aprisiona. Quem leu as histórias clássicas do grupo, com roteiro de Chris Claremont e arte de Bill Sienkiewicz e Bob McLeod, provavelmente terá ainda mais prazer vendo o filme. É uma pena que os personagens não passarão desse único longa. Assim sendo, a abertura para o futuro na vida daqueles jovens em processo de autodescoberta ao final da narrativa traz um gostinho amargo de interrupção. Caso de obra que definitivamente teve má sorte em seu processo de produção, pós-produção e lançamento.
Estreia de Os Novos Mutantes marca reabertura dos cinemas do Brasil
Os cinemas brasileiros recebem nesta sexta sua primeira grande estreia desde março, quando as salas de projeção foram fechadas no início da pandemia. A reabertura começou oficialmente no começo de outubro, com a exibição de reprises, e agora “Os Novos Mutantes” usa o apelo dos super-heróis para tentar reviver o circuito, ainda muito vazio. Um dos lançamentos de cinema mais adiados de todos os tempos, “Os Novos Mutantes” foi filmado em 2016 e deveria ter estreado originalmente em 2018. Mas a Fox decidiu agendar refilmagens e remarcou seu lançamento para 2019. Só que neste meio tempo a Disney comprou a Fox e as refilmagens nunca foram feitas. Enquanto o novo proprietário decidia o que fazer com o longa, mais um ano se passou. E quando a estreia foi marcada para março, veio o coronavírus, que adiou ainda mais sua abertura. Com essas idas e vindas, o diretor Josh Boone (de “A Culpa É das Estrelas”) aproveitou para aprimorar a pós-produção de seu filme de super-heróis, refazendo e melhorando os efeitos, mas o fato é que a Fox tinha razão em querer refilmagens. O filme não se define entre produção de super-heróis e trama de terror convencional, e não empolga. A média de aprovação no Rotten Tomatoes, que contabiliza a opinião da crítica em inglês, ficou em apenas 34%. Como as bilheterias jamais recuperarão o investimento, devido à pandemia, isto significa que o último filme da Fox com personagens da Marvel é realmente o fim da linha para o universo dos mutantes derivados de “X-Men”. O que é uma pena, devido à boa escalação do elenco, especialmente Anya Taylor-Joy (“Vidro”), que dá show como Magia. Os demais intérpretes são Maisie Williams (a Arya Stark, de “Game of Thrones”) como Lupina, Charlie Heaton (O Jonathan Byers de “Stranger Things”) como Míssil, Blu Hunt (a vilã Hollow em “The Originals”) como Miragem e os brasileiros Henry Zaga (série “13 Reasons Why”) como Mancha Solar e Alice Braga (série “Queen of the South”) como a Dra. Cecilia Reyes. Além deste filme, os cinemas também recebem o western australiano “A Verdadeira História de Ned Kelly”, uma versão pós-moderna da lenda do “Jesse James australiano”, dirigida por Justin Kurzel (“Assassin’s Creed”), com George MacKay (“1917”) no papel que já foi vivido por Heath Ledger e até Mick Jagger (ele mesmo, dos Rolling Stones). A crítica internacional aprovou, com 79% no Rotten Tomatoes. Para as crianças que não tem internet, ainda há “Como Cães e Gatos – Peludos Unidos”, terceiro filme da franquia iniciada em 2001, sobre a guerra entre os animais de estimação, que na verdade são espiões disfarçados. Além de ser muito ruim (17% no Rotten Tomatoes), saiu antes para locação online (Sky Play). Veja abaixo os trailers das três estreias de cinema da semana.
Crítica americana considera Os Novos Mutantes “pior X-Men de todos os tempos”
Devido à falta de sessões de imprensa e boicote de alguns veículos por conta desta decisão da Disney, as críticas a “Os Novos Mutantes” só começaram a ser publicadas após a estreia nos EUA. De três resenhas (duas deles espanholas) compiladas pelo site Rotten Tomatoes até sexta (28/9), o número saltou para 38 neste domingo (30/9). E a maioria é negativa. Na média, o filme atingiu apenas 32% de aprovação. Embora isto seja bem melhor que os 22% alcançados por “X-Men: Fênix Negra” no ano passado, o número cai para 14% na lista dos críticos considerados “top” – a grande imprensa – , ficando abaixo dos 18% de “Fênix Negra” nesta categoria. A atriz Maisie Williams, conhecida como a Arya de “Game of Thrones” e que interpreta a heroína Rahne Sinclair/Lupina em “Os Novos Mutantes”, chegou a ironizar o comentário mais arrasador, compartilhando em suas redes sociais a crítica da revista Forbes, intitulada “‘Os Novos Mutantes’ é o pior filme de X-Men de todos os tempos”. Junto da resenha, ela acrescentou a mensagem: “Parece um filme obrigatório, compre suas entradas agora mesmo”. O massacre coletivo incluiu definições desabonadoras, como “filme de terror medroso” (The New York Times) e “com poucas novidades” (The Hollywood Reporter). Mas, em meio ao desprezo generalizado, há uma constatação de que não se trata de um desastre completo. “Re-filmado, recortado e de alguma forma resgatado da obscuridade total, o filme de Josh Boone não é tão ruim. Infelizmente, também não é bom”, apontou a revista Variety. “É o tipo de filme que muitos fãs certamente vão querer gostar e, embora cumpra essa promessa modesta, certamente não vai além disso”, concordou o site The Wrap. Mas mesmo pouco encorajadores, os comentários da crítica sugeriram que a Disney não abandonasse os personagens, especialmente os femininos (Lupina, Magia e Miragem), que teriam mostrado grande potencial e poderiam brilhar numa história melhor e num filme decente. “Dá pra ver facilmente esses três jovens se juntando à crescente gama de super-heroínas do Marvel Studio”, destacou o Hollywood Reporter. Lançado na sexta-feira, “Os Novos Mutantes” teve uma das piores bilheterias de super-heróis da Marvel neste século, com apenas US$ 7 milhões de arrecadação nos EUA, onde os cinemas dos principais estados (Califórnia e Nova York) ainda estão fechados devido à pandemia de covid-19. O filme não tem previsão de estreia no Brasil. Sounds like a must see! 🧚🏼♀️ Get your tickets now ✨ https://t.co/4fqry3JAse — Maisie Williams (@Maisie_Williams) August 28, 2020
Os Novos Mutantes tem uma das piores bilheterias de super-heróis do século
“Os Novos Mutantes” chegou aos cinemas com uma das piores bilheterias de um filme de super-heróis da Marvel neste século, ao estrear em plena pandemia de coronavírus na América do Norte. Mesmo assim, arrecadou US$ 7 milhões em 2,4 mil telas, o que poderia ser considerado razoável nestas condições – além de evitar o último lugar no ranking negativo, encabeçado por “Era uma Vez um Deadpool” (US$ 2,6 milhões) e “O Justiceiro: Em Zona de Guerra” (US$ 4,2 milhões). Último filme de super-heróis da Marvel produzido pela ex-Fox, “Os Novos Mutantes” foi a primeira grande produção lançada com exclusividade nos cinemas nos últimos cinco meses. Mas o mercado ainda não está normalizado. Apenas 62% das salas estão abertas nos EUA, e isso não inclui Nova York e Califórnia, que continuam sem funcionar. Como se não bastasse a covid-19, algumas salas que deveriam abrir adiaram os planos devido à ameça de um furacão no sul dos EUA. Por conta disso, os números vêm, principalmente, de sessões no Canadá, onde o lançamento precisou disputar o público com “Tenet”. A Disney fez a estreia sabendo que teria prejuízo e apenas para cumprir cláusula contratual que a obrigava a colocar o filme em cartaz. Com orçamento de US$ 100 milhões, a produção não vai se pagar e será mais um prejuízo contabilizado na conta da sua aquisição da Fox no ano passado. Os valores, porém, podem ser amortizados com o lançamento em VOD premium, o que deve significar uma janela mais curta entre as telas. O thriller “Unhinged”, com Russell Crowe, ficou em 2º lugar nas bilheterias, atingindo US$ 2,6 milhões. Há duas semanas em cartaz, o longa já soma US$ 8,8 milhões em exibição em 2,3 mil telas. O Top 3 se completa com a estreia de “Bill & Ted: Encare a Música”, que arrecadou US$ 1 milhão, apesar de ter sido lançada simultaneamente em VOD premium. A comédia foi distribuída em apenas mil cinemas, mas bombou no circuito dos drive-ins. Os cinemas começaram a abrir para valer no fim de semana passado nos EUA e a expansão continua, apesar dos casos de covid-19 não darem sinais de diminuição. Algumas cidades da Califórnia já permitiram a retomada dos negócios na segunda (31/8), antecipando a chegada a “Tenet” no próximo fim de semana. Mas, apesar da retomada, as salas estão operando com capacidade reduzida para promover o distanciamento social, além de implementarem uma série de protocolos de segurança, incluindo a exigência de que funcionários e espectadores usem máscaras faciais. Segundo uma pesquisa da Disney, apenas 40% dos espectadores se sentiram confortáveis com as restrições nesta volta aos cinemas.
Criador dos Novos Mutantes reclama do embranquecimento de Mancha Solar
Um dos criadores dos Novos Mutantes nos quadrinhos, Bob McLeod, não ficou nada feliz com a estreia do filme baseado em seu trabalho. Na sexta (28/8), dia em que a produção da 20th Century Studios chegou aos cinemas nos EUA, ele postou uma reclamação sobre o embranquecimento do herói Mancha Solar e o fato de os créditos do longa errarem até como se escreve seu nome. “Fiquei muito animado quando soube que eles estavam fazendo um filme de ‘Os Novos Mutantes’”, McLeod apontou no Facebook. “Achei que fazer isso como um filme de terror talvez fosse uma ideia interessante, mas não seria a melhor forma de apresentar os personagens ao público em geral. Mas, ei, meus personagens em um filme! Eu nunca tinha pensado que isso realmente aconteceria. ” “Mas, principalmente, fiquei muito desapontado por Roberto não ser baixinho e ter a pele escura. Mais um exemplo do embranquecimento de Hollywood”, acrescentou, referindo-se a Roberto da Costa, o Mancha Solar. McLeod responsabilizou o diretor Josh Boone. “Simplesmente não há desculpa. Então, basicamente, Josh Boone apagou tudo o que contribuí para a aparência dos personagens”, reclamou. Para completar, ele lamentou que seu nome tenha sido escrito incorretamente nos créditos do filme. “E agora o filme finalmente foi lançado e, aparentemente, eles creditaram alguém chamado Bob Macleod como co-criador. Eles nem se deram ao trabalho de verificar a grafia do meu nome em nenhum momento nos últimos três anos. E isso não pode ser corrigido. Isso ficará no filme para sempre. Acho que para mim este filme já deu”, completou. Bob McLeod foi o desenhista da graphic novel que introduziu os Novos Mutantes, roteirizada pelo célebre “x-critor” Chris Claremont, e o artista oficial dos primeiros três números da revista mensal dos personagens, além de ter trabalhado como arte-finalista de vários exemplares subsequentes. O trabalho de criação dos personagens coincidiu com sua lua de mel. Na história original, o brasileiro Roberto da Costa, mais conhecido por seu codinome mutante Mancha Solar, era um jovem negro de baixa estatura, mas pertencente à classe alta, filho de uma arqueóloga branca e um empresário negro. Mas, conforme os quadrinhos continuaram a ser publicados, a pele do personagem foi clareando sensivelmente. E ao ser adaptado para outras mídias, sempre foi interpretado por brancos. Quando o personagem virou desenho animado, na série “X-Men: Evolution”, ele foi dublado pelo americano Michael Coleman (“Once Upon a Time”). Quando estreou nos cinemas, em “X-Men: Dias de um Futuro Esquecido”, foi vivido pelo mexicano Adan Canto (“Designated Survivor”). Ao menos em “Os Novos Mutantes”, o ator branco que o interpreta é brasileiro, Henry Zaga (da série “13 Reasons Why”). No filme, ele é um dos cinco jovens mutantes que estão descobrindo suas habilidades e acreditam estar sendo ajudados em um hospital projetado para treiná-los, apenas para descobrir que se encontram presos no local e sujeitos a experiências. O filme também é estrelado por Maisie Williams (“Game of Thrones”), Anya Taylor-Joy (“Fragmentado”), Charlie Heaton (“Stranger Things”), Blu Hunt (“The Originals”) e Alice Braga (“A Rainha do Sul”). Confira abaixo o post original de McLeod e uma arte de Mancha Solar assinada pelo desenhista. I was very excited when I heard they were making a New Mutants movie. I thought making it into a horror movie was… Publicado por Bob McLeod em Sexta-feira, 28 de agosto de 2020
Estreia de Os Novos Mutantes sofre boicote da crítica nos EUA
“Os Novos Mutantes” tornou-se a primeira grande estreia de Hollywood durante a pandemia de coronavírus. Após inúmeros adiamentos, o filme de super-heróis da Marvel finalmente chega nos cinemas dos EUA nesta sexta (28/8), antes mesmo de “Tenet”. Mas o espectador menos avisado pode nem perceber, porque os críticos americanos resolveram boicotar sua divulgação. A poucas horas da primeira sessão, o filme sequer tem nota no Rotten Tomatoes, onde apenas três resenhas foram compiladas – duas delas da Espanha. Alguns dos críticos mais prestigiados dos EUA já avisaram que não vão escrever sobre filme em protesto contra a Disney, que não promoveu sessões para a imprensa ou providenciou cópias digitais do longa, algo que pouparia os profissionais de ir aos cinemas em meio à pandemia de coronavírus. Um dos primeiros veículos a afirmar que não fará críticas do filme foi o The A.V. Club, que justificou a decisão com uma consulta a especialistas da área de Saúde, dizendo que enviar um crítico para assistir ao filme no cinema era temerário. Outros críticos, como Brian Tallerico (RogerEbert.com), Ty Burr (Boston Globe) e o site IndieWire se juntaram ao protesto e decidiram ignorar “Os Novos Mutantes” até que o estúdio estabeleça uma forma segura para que possam assití-lo. A Disney pode não ter interesse nessas resenhas, de todo modo. A única crítica americana publicada por uma veículo importante, a revista The Hollywood Reporter, considerou o filme genérico, mas apontou que suas personagens femininas eram interessantes o bastante para justificar uma continuação. Só que o estúdio está se esforçando ao máximo para que “Os Novos Mutantes” não tenha continuação. Não apenas pelo problema criado com a crítica, mas pelo simples fato de lançá-lo na pandemia, quando a maioria dos cinemas dos EUA ainda estão fechados. O longa dirigido por Josh Boone (“A Culpa É das Estrelas”) foi o último filme de personagens da Marvel produzido pela Fox antes de ser adquirida pela Disney, e os novos donos não tem interesse em dar sequência aos planos dos antigos produtores. O universo mutante acabou incorporado ao Marvel Studios, que ainda não revelou como pretende retomá-lo. É triste, mas todo o trabalho dispendido em “Os Novos Mutantes” parece ser considerado perdido, especialmente depois do péssimo desempenho de “X-Men: Fênix Negra”, e seu lançamento em cinemas ainda fechados parece uma mera formalidade para cumprir obrigações contratuais e, assim, liberar logo sua chegada ao streaming. Detalhe: o filme encontra-se sem previsão de estreia no Brasil.
Maisy Williams confirma primeiro romance lésbico da Marvel em Os Novos Mutantes
A atriz Maisy Williams (a Arya de “Game of Thrones”) confirmou, em entrevista à revista Variety, que terá uma relação lésbica em “Os Novos Mutantes”, filme de super-heróis da Marvel, que estreia nesta sexta (27/8) nos EUA. Questionada pela publicação se sabia desde o início que viveria um romance com outra mulher no filme, ela disse que sim. “Eu sabia pelos quadrinhos que Dani e Rahne têm uma conexão telepática. Quando falei com o diretor Josh Boone, ele explicou: ‘Vamos transformar isso em uma relação amorosa’. E eu concordei que faia sentido. Se você pudesse realmente ler a mente de alguém, acho que é isso que é amor – ser capaz de detectar a linguagem corporal de alguém e entender como está se sentindo e tentar fazer com que se sinta melhor, mesmo se você estiver em um ambiente social. Se essas duas personagens tem uma conexão telepática, acho que é meio que sinônimo de amor”. No filme, ela vive Rahne Sinclair, uma jovem escocesa que se transforma numa espécie de lobisomem, chamada Lupina. Ela se envolve com Danielle Moonstar, a Miragem, uma garota Cheyenne capaz de criar ilusões mentais. A personagem é vivida por Blu Hunt (“Another Life”) Maisie disse ter ficado feliz com a forma como relacionamento foi retratado. “Acho importante ter uma relação dessas à frente num filme de super-heróis. Eu amo que o relacionamento delas ficou normalizado em um filme desta escala. Acho que sequer o rotulamos, elas não pedem uma à outra para saírem em um encontro. Elas apenas se apaixonam”. Originalmente produzido pela 20th Century Fox, “Os Novos Mutantes” antecede assim iniciativas de inclusão planejadas pela Marvel Studios, que planejou apresentar um casal gay em “Eternos” e mostrar Valquíria assumida no próximo filme de “Thor”. A intérprete de Lupina ainda comentou que gostaria de revisitar sua personagem em outros filmes da Marvel, já que a Disney comprou a 20th Century Fox. “Eu ficaria animada para interpretar Rahne novamente. Quer dizer, quem sabe? Eu amo essa história. Acho que esses personagens são realmente interessantes para a juventude de hoje. E se o filme for bem, eu ficaria feliz em voltar e fazer mais. Acho que depende das pessoas. Se os adolescentes odiarem, vamos terminar por aqui. Mas se eles gostaram, então eu não privaria ninguém de sequências”. Entretanto, ela ponderou que não está buscando mais papéis de mulheres poderosas, e quer viver personagens capazes de demonstrar fragilidade em tramas que abordem temas contemporâneos. “Muitas das coisas que fiz recentemente foram em um mundo alternativo, e sinto falta da honestidade de interpretar uma garota que não é mutante ou não está salvando o mundo. Eu [quero interpretar] uma mulher complexa de hoje. Acho que falta algum tipo de vulnerabilidade nesses filmes, e eu realmente desejo me sentir vulnerável no set. Há um verdadeiro conforto em fazer algo que tem muitos efeitos ou sangue, porque há tantas outras coisas para distrair o público de você. Mas fazer algo mais cru é algo que estou desejando no momento”, contou. Para completar, disse que nunca se preocupou em ficar marcada como a Arya, de “Game of Thrones”, pois sempre encarou o papel na série da HBO apenas como o começo de sua carreira. “Sempre me senti confiante de que tenho muitas outras coisas para dar. Se eu soubesse que isso era tudo que poderia fazer, provavelmente seria tudo que faria pelo resto da minha carreira. E as pessoas ficarão felizes em me considerar para personagens semelhantes a Arya ou Rahne, e isso é muito fácil para mim fazer e há muito disso disponível para mim. Mas estou realmente interessado em mudar a opinião das pessoas sobre mim e mostrar às pessoas todos os outros lados que eu posso demonstrar na tela. Acho que já está acontecendo. Tive muitas reuniões realmente adoráveis durante a quarentena, o que me deixou muito animada para o futuro”. Além de “Os Novos Mutantes”, ela estará em cartaz em seguida com o thriller “The Owners”, que tem estreia prevista para a próxima semana (4/9) nos EUA. “Não sei se as pessoas vão mesmo aos cinemas, mas espero que usem máscaras e que as salas estejam limpas. Se não estiver confortável, não vá”, acrescentou.
Os Novos Mutantes ganha novo trailer em versões dublada e legendada
A 20th Century Studios divulgou novos pôsteres e mais um trailer de “Os Novos Mutantes”, última produção da Marvel realizada pela antiga Fox. A prévia atual é a que melhor explica a trama, mostrando a reunião de jovens traumatizados pelo despertar de seus poderes mutantes numa instituição psiquiátrica. Aos poucos, eles descobrem que, na verdade, aquele local é uma prisão onde seus piores medos são explorados. Um dos lançamentos de cinema mais adiados de todos os tempos, “Os Novos Mutantes” foi filmado em 2016 e deveria ter estreado originalmente em 2018. Mas a Fox decidiu agendar refilmagens e remarcou seu lançamento para 2019. Só que neste meio tempo a Disney comprou a Fox e as refilmagens nunca foram feitas. Enquanto o novo proprietário decidia o que fazer com o longa, mais um ano se passou. E quando a estreia foi marcada para março, veio o coronavírus, que tirou o longa do calendário. Uma nova data foi recentemente anunciada e, até o momento, continua mantida, apesar de ser um risco, porque prevê o lançamento na semana que vem. No mês passado, a Disney tirou “Mulan” de seu calendário de lançamentos, porque já considerava na época a estreia em agosto inviável. “Mulan” acabou virando lançamento de PVOD (VOD premium, mais caro) nos EUA. Com essas idas e vindas, o diretor Josh Boone (de “A Culpa É das Estrelas”) aproveitou para aprimorar a pós-produção de seu filme de super-heróis, refazendo e melhorando os efeitos e o visual das habilidades místicas de Magia, notadamente sua espada de energia, que ganha destaque no final da nova prévia. Os intérpretes dos Novos Mutantes são Maisie Williams (a Arya Stark, de “Game of Thrones”) como Lupina, Charlie Heaton (O Jonathan Byers de “Stranger Things”) como Míssil, Anya Taylor-Joy (“Vidro”) como Magia, Blu Hunt (a vilã Hollow em “The Originals”) como Miragem e o brasileiro Henry Zaga (série “13 Reasons Why”) como Mancha Solar. Para completar, o elenco inclui a também brasileira Alice Braga (série “Queen of the South”) como a Dra. Cecilia Reyes. Segundo a Disney, “Os Novos Mutantes” estreia na sexta da semana que vem (28/8) nos EUA. Mas os cinemas ainda estão fechados por lá… O trailer prefere correr menos riscos e anunciar o lançamento para “em breve nos cinemas”. Veja abaixo, em versões legendada e dublada em português.
Produtores de X-Men confirmam rumores de mau comportamento de Bryan Singer
Uma reportagem da revista The Hollywood Reporter sobre os 20 anos do filme “X-Men” trouxe à tona a roupa suja dos bastidores da saga, revelando uma rotina de tumultos envolvendo o diretor Bryan Singer, responsável por quatro dos sete filmes da franquia. De acordo com o artigo, o comportamento do cineasta já incomodava o elenco no primeiro longa, lançado em 2000, mas a situação piorou muito no segundo, de 2003, a ponto de todo os intérpretes se unirem contra ele. Singer tinha apenas 34 anos quando filmou “X-Men, e os relatos revelam abusos de drogas, brigas com roteiristas e até se envolvido em denúncias de assédio sexual. Um ator que esteve no filme processou a produção, alegando ter sido estuprado por pessoas ligadas ao cineasta. Surgiram até rumores de que Singer estava escalando atores em troca de sexo. Um caso emblemático foi do desconhecido Alex Burton, então com 18 anos e sem qualquer experiência notável, que acabou ganhando o papel de Pyro – apenas para ser substituído no segundo filme por Aaron Stanford. Um executivo da Fox que não quis ser identificado definiu assim a situação: “Seu comportamento era terrível. Nós acomodamos as coisas no primeiro filme, acomodamos no segundo… E seguidamente. E criamos um monstro” A produtora Lauren Shuler Donner deu aval à constatação. “O cinema é um negócio engraçado. Nós homenageamos a criatividade e o talento. Inconscientemente, acho que fechamos os olhos para todo o resto que acontece em volta”. Uma das situações que quase levou à demissão do diretor aconteceu durante uma briga com o produtor Tom DeSanto, que tentou impedir que uma cena de ação fosse filmada em “X-Men 2” sem o coordenador de dublês. Na ocasião, Singer estaria “incapacitado” de fazer seu trabalho direito por estar sob efeito de drogas. Quando a cena foi rodada, Hugh Jackman, um dos principais nomes da franquia, se machucou a ponto de sair coberto de sangue. Ainda assim, os executivos da Fox ficaram do lado de Singer, fazendo DeSanto deixar a produção. Em resposta, o elenco inteiro, com exceção de Ian McKellen e Rebecca Romijn, que não tinham gravações naquele dia, cercaram o cineasta em seu trailer, avisando que deixariam o filme caso DeSanto não retornasse. O diretor completou o filme, mas foi dispensado de “X-Men: O Confronto Final” (2006). Só que este filme foi um fracasso completo. A Fox tentou um reboot da franquia em “X-Men: Primeira Classe” (2011), também com desempenho abaixo do esperado. E assim Singer foi resgatado para filmar “X-Men: Dias de um Futuro Esquecido” (2014). O lançamento eletrizou os fãs, mas o diretor precisou ser afastado da divulgação devido a um processo por abuso de menor. O caso acabou abandonado por inconsistências da acusação – a vítima alegava que Singer teria viajado com ele ao Havaí em data em que estava filmando em Toronto. Com a acusação desacreditada, Singer pôde comandar “X-Men: Apocalipse” (2016). Mas os problemas continuaram, com Olivia Munn, que viveu Psylocke, reclamando publicamente de várias ausências do diretor durante as filmagens. A Fox continuou do lado do diretor, que enfrentou nova acusação de abuso sexual enquanto filmava “Bohemian Rhapsody”. Até perder a paciência quando Singer desapareceu do set durante dias, deixando atores – e os integrantes da banda Queen – sem saber o que fazer. Ele acabou demitido e substituído por Dexter Fletcher (“Rocketman”), que terminou as filmagens. Ninguém mais falou seu nome, especialmente durante os (muitos) agradecimentos da temporada de premiação. Pressionado a se manifestar, Rami Malek, vencedor do Oscar de Melhor Ator pelo filme, afirmou apenas que sua relação com Singer foi bastante “desagradável”. Para completar, a reportagem questionou como alguém tão complicado fez tantos filmes de grande orçamento e contou com apoio irrestrito do estúdio por tanto tempo. “Vocês precisam entender. O cara era brilhante”, explicou Donner. “É por isso que o toleramos por tanto tempo. Se ele não fosse tão f*****, seria visto como um grande diretor”. O também produtor Ralph Winter, que interviu nas filmagens de “X-Men 2”, defende a franquia e separa os filmes de seu diretor. “Acredito que ‘X-Men’ irá sobreviver ao teste do tempo. Eu não acho que o filme esteja manchado de nenhuma forma por conta de qualquer coisa que tenha a ver com Bryan. E com sorte Bryan também irá sobreviver de alguma forma através de sua carreira como cineasta”. Desde a demissão por abandono em “Bohemian Rhapsody”, Bryan Singer não encontrou mais trabalho como diretor.










