Séries novatas Perfect Harmony e Lincoln Rhyme são canceladas nos EUA
A rede NBC cancelou dois de seus lançamentos da temporada, a comédia “Perfect Harmony” e o thriller policial “Lincoln Rhyme: Hunt for the Bone Collector”. Apenas a segunda era exibida no Brasil, pelo canal pago AXN. Nenhuma das duas conseguiu atrair grande público nos EUA. A comédia foi um desastre completo, com média de 1,9 milhão de espectadores, enquanto a atração criminal conseguiu quase o dobro da atenção, vista por 3,6 milhões ao vivo. Elas se juntam ao destino de “Sunnyside”, primeira série cancelada da temporada, após quatro episódios assistidos por apenas 1,3 milhão de pessoas. “Perfect Harmony” era uma espécie de “Glee” da meia-idade ou, ainda, um “Glee” evangélico. A trama acompanhava o ex-professor de música Arthur Cochran (interpretado por Bradley Whitford, de “The Handmaid’s Tale”), que, desiludido com a vida, enche a cara, sai dirigindo e resolve se matar com pílulas. Mas, na última hora, pede um sinal a Deus. Como ele estacionou seu carro justamente diante de uma igreja, a deixa faz um coral sacro ressoar. Para resumir, ela acorda de ressaca dentro da igreja, cercado por um grupo de cantores desafinados que mal podem esperar para começar a ter aulas com seu novo professor. Diante dos personagens conflitantes a seu redor, Arthur logo percebe que aquela dissonância é o que ele precisa para se reinventar e redescobrir um pouco de felicidade. Com direito a muitas versões de músicas conhecidas em arranjos de coral. Daí, a referência a “Glee”. Com 64% de aprovação no Rotten Tomatoes, a série foi criada por Lesley Wake (roteirista de “Life in Pieces”) e o elenco desafinado também destacava Anna Camp, que tem experiência no gênero como uma das estrelas da trilogia musical “A Escolha Perfeita”, além de Tymberlee Hill (“Search Party”), Rizwan Manji (“The Magicians”), Will Greenberg (“Wrecked”), Geno Segers (“Banshee”) e Spencer Allport (“Zero”). “Lincoln Rhyme: Hunt for the Bone Collector”, por sua vez, era baseada na franquia literária do escritor Jeffery Deaver, iniciada por “O Colecionador de Ossos” em 1997 e que teve até o momento 13 continuações – a mais recente, “The Cutting Edge”, foi lançada em 2018. Todos os livros centram-se no personagem Lincoln Rhyme, que foi vivido por Denzel Washington no cinema e era interpretado por Russell Hornsby (o Hank da série “Grimm”) na TV. Investigador forense aposentado, Lincoln Rhyme se tornou quadriplégico ao sofrer um acidente e é relutantemente transformado em consultor pela polícia de Nova York para ajudar a pegar um serial killer. Ele acaba formando parceria com a policial novata Amelia Sachs, que já no primeiro caso o impressiona por seus instintos dedutivos e vira suas “pernas” nas investigações. No filme, Amelia era interpretada por ninguém menos que Angelina Jolie. Na série, foi vivida por Arielle Kebbel (“Midnight Texas”). A adaptação de 1999 dirigida pelo australiano Phillip Noyce (“Salt”) foi destruída pela crítica (28% no Rotten Tomatoes) e deu prejuízo financeiro (bilheteria mundial de US$ 151,4 milhões contra um orçamento de produção de US$ 73 milhões). E, por isso, “O Colecionador de Ossos” não virou franquia cinematográfica. A série não teve destino muito melhor, com 36% no Rotten Tomatoes e cancelamento após 10 episódios. Mas era previsível. A produção tinha sido desenvolvida por VJ Boyd e Mark Bianculli, que trabalharam juntos em dois pilotos, “The Jury” (2016) e “Doomsday” (2017), ambos recusados na rede ABC. A NBC ainda não anunciou o destino de outras quatro atrações da temporada – uma das mais fracas do canal. Mas a julgar pelas audiências de “Bluff City Law” (3,6 milhões), “Council of Dads” (2,8 milhões), “Indebted” (1,5 milhões) e “Zoey’s Extraordinary Playlist” (1,9 milhão) não deve demorar para a guilhotina cair novamente.
Rosita Fornés (1923 – 2020)
Rosita Fornés , considerada a grande vedete de Cuba, morreu nesta quarta-feira (10/6) em Miami aos 97 anos, após uma carreira artística de oito décadas em que brilhou dentro e fora da ilha. “Nesta madrugada tivemos a triste notícia de que morreu em Miami, Estados Unidos, a grande artista Rosita Fornés, glória da cultura cubana”, lamentou no Twitter o ministro cubano da Cultura, Alpidio Alonso. Ela morreu devido a uma condição pulmonar “com a qual lutou por vários anos”, explicou Rey González, amigo de Fornés e administrador de sua página oficial, ao anunciar sua morte no Facebook. A artista estava há vários dias internada em Miami, cidade onde decidiu morar em 2019. Na verdade, Fornés era americana. Ela nasceu em 11 de fevereiro de 1923 em Nova York, mas mudou-se para Cuba ainda pequena. Seus pais eram espanhóis e se divorciaram quando Fornés tinha aproximadamente cinco anos. Ela então assumiu o sobrenome de seu padrasto. Foi em Cuba que virou artista. Com apenas 15 anos, chamou atenção ao ganhar um concurso de cantores no rádio e foi convidada a estrear nos palcos em uma comédia musical. Aos 17 virou atriz de cinema, apareceu em dois filmes cubanos, “Una Aventura Peligrosa (1940) e “Romance Musical” (1941), antes de se mudar para o México, onde se tornou uma grande estrela, protagonizando vários filmes durante a idade de ouro do cinema mexicano. Rosita Fornés virou uma das maiores sex symbols latinas em produções como “El Deseo” (1948) e “La Carne Manda” (1948), e se manteve em alta até a metade dos anos 1950. Em 1956, fez seu último longa mexicano, “No Me Olvides Nunca” (1956). Ao se divorciar do ator Manuel Medel, mudou-se com sua filha novamente para Cuba, onde se estabeleceu na nascente indústria televisiva do país. Também retomou a carreira teatral, excursionando pela América Latina e pela Espanha, ao mesmo tempo em que virou representante da música cubana em vários festivais internacionais. Nos anos 1980, experimentou um renascimento da carreira cinematográfica, atuando em três longas cubanos, “Permutam-se Casas” (1985), “Plácido” (1986) e “Papéis Secundários” (1989). Mas, desde então, as turnês teatrais e musicais, que a levaram também a Nova York em várias apresentações, acabaram tomando a maior parte de seu tempo. A atriz e cantora ganhou um documentário sobre sua vida e obra em 1996, “Rosita Fornés, Mis Tres Vidas”, e se despediu dos cinemas em 2001, com “Las Noches de Constantinopla”. Ao longo da carreira, ela ganhou muitos prêmios e homenagens. Entre outras honrarias, foi consagrada Artista do Povo pelo governo do México em 1985 e recebeu a Ordem do Mérito Civil da Espanha em 2011, concedida pelo rei Juan Carlos I.
Disney prepara musical com os hits de Lionel Richie
A Walt Disney Studios está desenvolvendo um filme musical baseado nos grandes hits da carreira de Lionel Richie. Segundo o site da revista Variety, a produção tem o nome provisório de “All Night Long”, título de uma das músicas mais famosas do cantor americano (relembre abaixo). Ainda em estágio inicial, o projeto será um filme live-action (com atores de carne e osso) e não uma animação, e deverá ser lançado nos cinemas. O próprio Richie está produzindo a adaptação de seu catálogo musical, ao lado de seu empresário, Bruce Eskowitz, e junto com os executivos da produtora Cavalry Media. O roteiro está a cargo de Pete Chiarelli, responsável pelas comédias românticas “A Proposta” (2009) e “Podres de Ricos” (2018). Imagina-se que o projeto siga o modelo de “Mamma Mia!”, feito com sucessos da banda Abba. Os representantes da Disney e de Richie não quiseram comentar a revelação da Variety. O ex-integrante do Commodores, que já vendeu mais de 100 milhões de discos em todo o mundo, tem um bom relacionamento com a Disney, graças ao seu trabalho como juiz do reality musical “American Idol”, na rede ABC. Detalhe: Richie já tem até um Oscar, conquistado em 1986 pela música “Say You Say Me”, do filme “O Sol da Meia Noite” (1985).
Jennifer Lopez filmou cena de seu próximo filme durante a pandemia
Jennifer Lopez revelou que seu próximo filme, uma comédia em que é abandonada do altar por Maluma, teve uma cena filmada durante a pandemia do novo coronavírus. Ela rodou a última cena de “Marry Me” em sua própria casa. O filme trará Maluma, em sua estreia na atuação, como o noivo de J-Lo. Os dois vivem astros da música pop que planejam se casar. Mas quando a personagem de Jennifer se vê sozinha no altar, ela vai à loucura e escolhe o primeiro estranho que encontra (Owen Wilson) para assumir a vaga de marido. Em entrevista à Variety, Jennifer disse que ela e Maluma começaram a trabalhar na produção, com direção remota. “Tentamos filmar uma cena, cada um em sua casa. Eu aqui [em Nova York] e Maluma na Colômbia. Não tínhamos certeza de que ia funcionar”, confessou Lopez. “Uma pessoa veio até minha casa e colocou a câmera e as luzes no lugar, depois foi embora. Então eu liguei para Maluma, para a diretora [Kat Coiro] e para alguns outros membros da equipe no Zoom.” “Tivemos alguns problemas. No começo, quando estávamos falando durante a cena, ouvíamos os ecos de todo mundo. Então tivemos que pedir para todos se colocarem no mudo. Fomos consertando problemas aos poucos. E a cena estará no filme!”, comemorou. “Marry Me” é inspirada por uma graphic novel de Bobby Crosby. A adaptação foi escrita por John Rogers (“Mulher-Gato”), Tami Sagher (“30 Rock”) e Harper Dill (“The Mindy Project”) e a direção está a cargo de Kat Coiro (“Um Caso de Amor”). As filmagens começaram em outubro e o filme, atualmente, está em pós-produção. Mas Lopez não sabe se haverá adiamento da estreia, originalmente prevista para o segundo semestre deste ano nos EUA. “Vamos ver o que a equipe consegue fazer”, considerou.
Will Ferrell e Rachel McAdams cantam em clipe de comédia sobre o Festival Eurovision da Canção
A Netflix divulgou um pôster e uma prévia da primeira comédia de Will Ferrell (“Pai em Dose Dupla”) na plataforma. Na verdade, trata-se de um clipe, em que o ator aparece vestido como um guerreiro asgardiano, cantando e tocando sintetizador num dueto com Rachel McAdams (“Doutor Estranho”) em meio à paisagem da Islândia. O filme se chama “Festival Eurovision da Canção: A Saga de Sigrit e Lars”, e vai acompanhar a dupla de artistas islandeses fictícios Sigrit e Lars durante a Eurovision, tradicional competição musical que acontece anualmente entre os países europeus. A Eurovision foi realizada pela primeira vez na Suíça em 1956 e já teve entre seus participantes diversos astros célebres, como a cantora Céline Dion (em 1988), o grupo ABBA (em 1974) e, mais recentemente, até Madonna (em 2019). Além de estrelar, Ferrell também produz e assina o roteiro da comédia, em parceria com Andrew Steele, com quem já trabalhou na minissérie “The Spoils of Babylon” (2014) e na paródia em espanhol “Casa de Mi Padre” (2012). A direção é assinada por David Dobkin, retomando a parceria com os dois protagonistas após “Penetras Bons de Bico” (2005), e o elenco ainda inclui Pierce Brosnan (“Mamma Mia!”), Dan Stevens (“Legion”), Natasia Demetriou (“What We Do in the Shadows”), Jóhannes Haukur Jóhannesson (“Alfa”), Ólafur Darri Ólafsson (“NOS4A2”) e até a cantora Demi Lovato (“Sunny Entre Estrelas”). A produção estreia em 26 de junho, juntando-se a filmes com Adam Sandler, Chris Rock e Kevin James no arsenal de comédias exclusivas da plataforma de streaming.
Diretor de Conduzindo Miss Daisy vai filmar cinebiografia de Buddy Holly
O veterano cineasta Bruce Beresford, indicado ao Oscar por “A Força do Carinho” (1983) e diretor do vencedor do Oscar “Conduzindo Miss Daisy” (1989), vai filmar uma nova cinebiografia do roqueiro Buddy Holly. Intitulado “Clear Lake”, o filme vai mostrar a trajetória do cantor e guitarrista desde sua adolescência ao sucesso nos anos 1950, em meio a suas turnês e amizades com outros artistas da época, como Little Richard, Dion e Lavern Baker, até a fatídica queda de avião que interrompeu sua trajetória em 1959. A produção está a cargo de Stuart Benjamin, que anteriormente fez “La Bamba” (1986), que também mostrou o mesmo acidente trágico, no qual morreram Buddy Holly, Ritchie Valens e outros pioneiros do rock’n’roll. A viúva de Holly, Maria Elena Holly, também está envolvida no projeto como produtora associada. Ela não tinha participado da cinebiografia anterior, “A História de Buddy Holly” (1978), que rendeu indicação ao Oscar para seu intérprete, Gary Busey. “Eu me senti atraído por ‘Clear Lake’ porque o roteiro conta a trágica história de Buddy Holly e sua época em detalhes fascinantes e com caracterizações vívidas. Nem preciso dizer que o acréscimo de toda sua música maravilhosa também foi um grande atrativo”, disse Beresford em um comunicado. “O ponto focal da história é como artistas negros, hispânicos e brancos se reuniram na primeira turnê de música verdadeiramente integrada para começar a quebrar as barreiras racial nos EUA”, acrescentou outro dos produtores, Rick French, que concebeu o projeto com Stephen Easley, diretor de uma fundação dedicada a Buddy Holly. O roteiro foi escrito por Patrick Shanahan (“The Fox Hunter”) e a previsão é de iniciar a filmagem no fim do ano, dependendo da evolução da pandemia de coronavírus.
Norma Doggett (1925 – 2020)
Norma Doggett, a dançarina da Broadway que estrelou o célebre musical de Stanley Donen “Sete Noivas para Sete Irmãos”, em 1954, morreu em 4 de maio, em Nova York, aos 94 anos. Descoberta pelo lendário coreógrafo Jack Cole dançando num club noturno, ela se tornou dançarina profissional aos 17 anos e acabou estrelando seis musicais de sucesso da Broadway, de 1948 a 1959, trabalhando com grandes mestres do gênero, como Irving Berlin, Jerome Robbins, Moss Hart e Joshua Logan. Consagrada, foi convidada pelo coreógrafo Michael Kidd para estrelar seu único filme. Em “Sete Noivas para Sete Irmãos”, Doggett viveu o papel da adorável Martha, que se casa com Daniel (Marc Platt), um dos irmãos Pontipee que viviam nas montanhas do Oregon na década de 1850. As outras noivas do musical foram interpretadas por Jane Powell (Milly), Julie Newmar (Dorcas), Ruta Lee (Ruth), Nancy Kilgas (Alice), Virginia Gibson (Liza) e Betty Carr (Sarah). Mas Doggett quase perdeu seu papel, porque machucou o tornozelo durante os ensaios. O diretor e o coreógrafo decidiram mantê-la no elenco, mas deram seus números musicais para outra “noiva”. No entanto, durante as filmagens, sua substituta também torceu o tornozelo. “Eles me colocaram de volta no último minuto e filmaram todas as minhas danças originais”, ela contou numa entrevista antiga. “Sete Noivas para Sete Irmãos” foi indicado ao Oscar de Melhor Filme, mas perdeu para “Sindicato dos Ladrões”. Décadas depois, virou série de TV, projetando a carreira do ainda pouco conhecido Richard Dean Anderson, o futuro “MacGyver”. Após a carreira no showbusiness, Doggett virou secretária na empresa de petróleo Mobil Oil e se casou, mas não se afastou totalmente do mundo do entretenimento, sendo sempre convidada a participar de documentários, especiais e homenagens aos grandes coreógrafos, compositores e diretores com quem trabalhou.
Disney vai exibir live musical com artistas brasileiros
A Disney resolveu adaptar e exportar seu sucesso musical da pandemia, “Disney Family Singalong”. Após duas edições com grande sucesso de audiência nos EUA, a live musical ganhará versão brasileira. A divisão televisiva da Disney vai juntar diversos artistas nacionais na próxima sexta-feira (15/5), a partir das 21h, para um show virtual batizado de #SeparadosMasJuntos. Com apresentação de Ivete Sangalo e Rogério Flausino, a transmissão ao vivo contará com as participações ecléticas de Anitta, Michel Teló, Claudia Leitte, Vitor Kley, Felipe Araújo, Dinho Ouro Preto, Anavitória, Thiaguinho, Yasmin Santos, Samuel Rosa, Projota, Dilsinho, Banda Melim, Di Ferrero e até o colombiano Sebastian Yatra. Além dos convidados musicais, o comediante Fabio Porchat, a atriz adolescente Maisa, o ex-jogador de futebol Kaká e o campeão mundial e olímpico de vôlei Bruno Rezende também participarão do programa. #SeparadosMasJuntos será exibido nos canais pagos Disney Channel, Disney Jr, Disney XD, FOX Channel, FX, FOX life, ESPN e NatGeo, além dos sites da Disney Brasil e da Rádio Disney. Veja abaixo uma apresentação do programa.
Hamilton: Disney vai lançar documentário mais caro de todos os tempos em streaming
A Disney mudou seus planos para a exibição do filme do musical da Broadway “Hamilton”. Previsto para chegar aos cinemas em outubro de 2021, o documentário mais caro de todos os tempos vai virar lançamento de streaming e estreará já no próximo mês. O anúncio foi feito no Twitter e acompanhado por um pôster animado que traz a nova data e destino – veja abaixo. O estúdio adquiriu os direitos de exibição da peça de Lin-Manuel Miranda (indicado ao Oscar por “Moana”) em fevereiro passado, travando uma luta de ofertas contra outros interessados, o que fez o valor atingir impressionantes US$ 75 milhões, segundo apurou na época o site Deadline – não desmentido pela Disney. Apesar do custo de blockbuster, o filme é, na verdade, literalmente teatro filmado. Trata-se de um registro da peça em junho de 2016, filmado durante três noites consecutivas, com o elenco apresentando-se no palco original da produção, que se tornou uma das mais bem-sucedidas da Broadway em todos os tempos, além de vencedora de 11 prêmios Tony e o Prêmio Pulitzer de Drama. O lançamento em streaming pretende prestar homenagem ao teatro, já que a pandemia de coronavírus, que fechou as salas de cinema, também esvaziou os palcos da Broadway, e oferecer uma história edificante para animar o espírito do público americano. “À luz dos desafios extraordinários que o mundo enfrenta, esta história sobre liderança, determinação, esperança, amor e o poder das pessoas de se unirem contra as forças da adversidade é relevante e impactante”, disse o presidente executivo da Disney, Bob Iger, no comunicado que explicou a decisão. O musical de hip-hop, no qual atores negros e latinos interpretam os pais fundadores dos Estados Unidos, será disponibilizado em 3 de julho, véspera do Dia da Independência do país, exclusivamente na plataforma Disney+ (Disney Plus). Surprise! The original Broadway production of Hamilton, filmed LIVE onstage at the Richard Rodgers Theatre, is now coming exclusively to @DisneyPlus this July 3rd. Shout it to the rooftops! #Hamilfilm pic.twitter.com/Uha1RBo6NB — Disney (@Disney) May 12, 2020
Chefe da Universal diz que o público vê mais filmes em casa que no cinema
Envolvido numa polêmica com as grandes redes de exibição após lançar “Trolls 2” diretamente para locação digital nos EUA, Jeff Shell, o CEO da NBCUniversal, parabenizou nesta quinta (30/4) a iniciativa dos responsáveis pela disponibilização do desenho animado, que rendeu mais de US$ 100 milhões em VOD, e ainda disse que o público vê mais filmes em casa que nas salas do circuito cinematográfico. O comentário de Shell aconteceu durante uma videoconferência com acionistas do estúdio e membros da imprensa. Após salientar que “a distribuição tradicional nos cinemas sem dúvidas voltará a ser a peça central das nossas operações” após a pandemia, Shell concluiu que a disponibilização digital de filmes, seja em plataformas de assinatura, como a Netflix, ou por locação via serviços on demand (VOD), também precisa ser considerada importante. O executivo comentou de forma entusiasmada os resultados obtidos com o lançamento de “Trolls 2” em VOD, que foi o estopim para o conflito entre o estúdio e os exibidores. “Os números que conseguimos foram muito interessantes. O filme estava pronto, e a gente investiu muito dinheiro nele. Além disso, o público estava precisando de uma opção infantil em casa”, argumentou. “Trolls 2” testou o mercado como a primeira sequência de blockbuster lançada direto em streaming – oficialmente, de forma simultânea em VOD e nos cinemas (fechados) – e também o preço que o público estaria disposto a pagar por um produto premium digital. O valor de US$ 19,99 por locação é US$ 10 mais caro que o custo médio de um ingresso de cinema nos EUA. Mas a aposta deu certo. Mais que certo. Disponível há apenas três semanas, a versão digital da continuação rendeu US$ 100 milhões, quase o mesmo que o lançamento cinematográfico do primeiro filme, que durante igual período de exibição, em 2016, gerou US$ 116 milhões nas bilheterias. O detalhe é que os serviços de streaming dão maior retorno financeiro, já que ficam com uma parcela menor da arrecadação. Ao todo, a Universal faturou US$ 77 milhões, deixando apenas 23% do faturamento total com as plataformas. Já as salas de exibição ficam com 50% dos rendimentos. Considerando que a bilheteria norte-americana do primeiro “Trolls” ficou em torno dos US$ 153 milhões, após a divisão com os estabelecimentos o filme rendeu apenas US$ 76,5 milhões para o estúdio. Ou seja, menos do que a Universal já arrecadou com o VOD de “Trolls 2”. O problema é que, ao comemorar esses números e sinalizar que o estúdio deve lançar mais filmes dessa forma, Shell despertou a ira do parque exibidor. Grandes redes de cinema, como AMC Theatres e Regal Cinemas, nos EUA, e Odeon, no Reino Unido, afirmaram que, quando reabrirem para o público, vão boicotar os filmes da Universal. A avaliação do mercado, entretanto, sinaliza como pouco provável que as redes de cinema possam se dar ao luxo de deixar de exibir “Velozes e Furiosos 9”, “Minions: A Origem de Gru” e “Jurassic World 3”, especialmente a maior delas, a AMC, que foi bastante impactada pela pandemia por causa de sua grande carga de dívidas. Após o fechamento de todas as salas da AMC na segunda metade de março, os analistas de Wall Street previram que o circuito seria forçado a declarar falência. “Eu acho que os consumidores voltarão aos cinemas quando puderem, mas o streaming será parte do esquema de distribuição, querendo ou não. Mesmo que seja como uma oferta complementar”, conclui Shell, em sua avaliação do futuro do negócio cinematográfico.
Maiores redes de cinema dos EUA decidem boicotar os filmes da Universal
As duas maiores redes de cinema dos EUA reagiram contra a decisão da Universal de dar mais atenção às plataformas on demand, as “locadoras virtuais”, após o sucesso estrondoso de “Trolls 2” em VOD nos EUA. A AMC Theatres e a Cineworld, dona da rede Regal Cinemas, anunciaram que não vão exibir novos filmes da Universal Pictures enquanto o estúdio não desistir de lançar longas simultaneamente nos cinemas e nos serviços de streaming on demand. “Trolls 2” testou o mercado como a primeira sequência de blockbuster lançada direto em streaming – oficialmente, de forma simultânea em VOD e nos cinemas (fechados) – e também o preço que o público estaria disposto a pagar por um produto premium digital. O valor de US$ 19,99 por locação é US$ 10 mais caro que o custo médio de um ingresso de cinema nos EUA. Mas a aposta deu certo. Mais que certo. Disponível há apenas três semanas, a versão digital da continuação rendeu US$ 100 milhões, quase o mesmo que o lançamento cinematográfico do primeiro filme, que durante igual período de exibição, em 2016, gerou US$ 116 milhões nas bilheterias. O detalhe é que os serviços de streaming dão maior retorno financeiro, já que ficam com uma parcela menor da arrecadação. Ao todo, a Universal faturou US$ 77 milhões, deixando apenas 23% do faturamento total com as plataformas. Já as salas de exibição ficam com 50% dos rendimentos. Considerando que a bilheteria norte-americana do primeiro “Trolls” ficou em torno dos US$ 153 milhões, após a divisão com os estabelecimentos o filme rendeu apenas US$ 76,5 milhões para o estúdio. Ou seja, menos do que a Universal já arrecadou com o VOD de “Trolls 2″. Em entrevista ao Wall Street Journal, o presidente da Universal, Jeff Shell, afirmou que o resultado “superou nossas expectativas e mostrou que o lançamento on demand é viável”. Ele também anunciou que vai materializar o pior pesadelo do parque exibidor. “Quando os estabelecimentos reabrirem, pretendemos lançar filmes nos cinemas e on demand”. “É decepcionante para nós, mas os comentários de Jeff sobre as ações e intenções unilaterais da Universal não nos deixaram escolha. Portanto, com efeito imediato, a AMC não exibirá mais filmes da Universal em nenhum de nossos cinemas nos Estados Unidos, Europa ou Oriente Médio”, disse Adam Aron, presidente e CEO da AMC Theatres, em comunicado sobre o boicote. “Essa política afeta todo e qualquer filme da Universal e entra em vigor hoje, permanecendo quando nossos cinemas reabrem, e não é uma ameaça vazia ou mal considerada”, continuou ele. “Incidentalmente, essa política não visa apenas a Universal… também se estende a qualquer estúdio ou cineasta que abandonar unilateralmente as práticas de janelas atuais, sem negociações de boa fé entre nós, para que eles, como distribuidores, e nós, como o exibidores, possamos nos beneficiar mutuamente sem sermos prejudicados com essas mudanças. Atualmente, com o comentário feito pela imprensa, a Universal é hoje o único estúdio contemplando uma mudança geral no status quo. Portanto, essa comunicação merece uma resposta imediata”. É um “movimento inapropriado” do estúdio, condenou também Mooky Greidinger, CEO da Cineworld. “Nós investimos muito nos nossos cinemas ao redor do mundo, e isso permite que os estúdios deem aos seus clientes a melhor experiência possível. Não há como contestar que a tela grande é a melhor forma de assistir a um filme”, argumentou, em seu próprio comunicado. Além das duas redes, a entidade que reúne os maiores exibidores, a NATO (sigla em inglês da Associação Nacional dos Donos de Cinema) também se pronunciou, chamando atenção sobre a condição excepcional do sucesso de “Trolls 2”. Para ela, a arrecadação do filme em VOD não poderia ser usado pela Universal como uma “desculpa para pular o lançamento” tradicional de seus maiores filmes, pois esse lucro impressionante não é o “novo normal de Hollywood”. “Essa performance é consequência do isolamento de milhões de pessoas que estão em suas casas em busca de entretenimento, não uma mudança na preferência do espectador”, disse a organização em comunicado. A NATO chega a afirmar não ter se surpreendido com os números acima da média do filme, já que as famílias em quarentena estão com opções limitadas para entreter crianças, público-alvo de “Trolls 2″. “A Universal não tem razão para usar circunstâncias incomuns em uma situação sem precedentes como trampolim para pular o lançamento nos cinemas”, segue o texto. “Cinemas trazem uma experiência imersiva e compartilhada que não pode ser reproduzida – uma experiência que muitos consumidores de plataformas digitais viveriam se não estivessem presos em suas casas, desesperados para assistir algo em família”, conclui a NATO. Diante da reação dos exibidores, a Universal distribuiu uma nota de esclarecimento, ressaltando que continua dedicada ao cinema e que os comentários de seu presidente foram mal-interpretados. “Acreditamos absolutamente na experiência cinematográfica e não declaramos o contrário. Como dissemos anteriormente, daqui para frente, esperamos lançar filmes diretamente para os cinemas, bem como no VOD, quando essa via de distribuição fizer sentido. Estamos ansiosos para ter conversas privadas adicionais com nossos parceiros de exibição, mas estamos desapontados com essa tentativa aparentemente coordenada de confundir nossa posição e nossas ações”, afirmou a Universal. “Nosso objetivo ao lançar ‘Trolls 2’ em VOD era oferecer entretenimento a pessoas que estão abrigadas em casa, enquanto os cinemas e outras formas de entretenimento externo não estão disponíveis. Com base na resposta entusiasmada ao filme, acreditamos que fizemos o movimento certo”, acrescenta a declaração. A ameaça dos donos de cinemas, entretanto, não afeta o mercado neste momento em que os cinemas encontram-se fechados devido à crise do novo coronavírus. E tampouco leva em consideração movimentos de outros estúdios, como a Disney e a Warner, que também relocaram filmes destinados ao parque exibidor para lançamentos digitais – “Artemis Fowl: O Mundo Secreto” será disponibilizado em 12 de junho na Disney+ (Disney Plus) e a animação “Scooby! O Filme” ganhará chegará para aluguel e compra digital em 15 de maio nos EUA. A avaliação do mercado, entretanto, sinaliza como pouco provável que as duas redes de cinema possam se dar ao luxo de deixar de exibir “Velozes e Furiosos 9”, “Minions: A Origem de Gru” e “Jurassic World 3”, especialmente a maior delas, a AMC, que foi bastante impactada pela pandemia por causa de sua grande carga de dívidas. Após o fechamento de todas as salas da AMC na segunda metade de março, os analistas de Wall Street previram que o circuito seria forçado a declarar falência. O próprio CEO da empresa, que vociferou em comunicado, encontra-se entre os funcionários licenciados devido à crise sanitária.
Especial musical Disney Family Singalong vai ganhar segunda edição
A rede ABC vai produzir uma segunda edição do “Disney Family Singalong”, bem-sucedido especial beneficente em que astros famosos cantaram clássicos dos filmes da Disney. Exibido há duas semanas, o especial foi visto por 10,3 milhões de espectadores ao vivo e atingiu uma classificação de 2,6 pontos na audiência entre os adultos de 18 a 49 anos – o maior público qualificado do canal desde a transmissão do Oscar. A segunda edição será exibida em 10 de maio, o dia das mães, com apresentação de Ryan Seacrest (do “American Idol”), mas os convidados ainda não foram revelados. A primeira edição contou com participações de duas das cantoras mais populares dos EUA, Beyoncé e Ariana Grande, além da reunir o elenco de “High School Musical”, entre muitos outros convidados – veja alguns dos clipes da atração neste link. “O ‘Disney Family Singalong’ foi um evento bonito, e uniu milhões de famílias ao redor do país, enchendo os nossos corações de alegria e músicas, além de prover alimentação muito necessária para os nossos vizinhos que estão sofrendo” disse Claire Babineaux-Fontenot, CEO da Feeding America, campanha beneficente que recebeu doações do público durante a transmissão do programa. Assim como o primeiro “Disney Family Singalong”, este segundo especial também vai arrecadar dinheiro para a Feeding America, que está ajudando a alimentar população carente dos EUA durante a pandemia do novo coronavírus.











