Netflix estreia em Cannes sob vaias e vontade de aplaudir
A estreia de “Okja” no Festival de Cannes foi histórica. A primeira produção da Netflix foi recebida, na sessão para a imprensa, com vaias da crítica, que começaram quando o logotipo da empresa apareceu na tela. Brasileiros poderiam brincar que o filme é golpista. Mas a crítica de Cannes é que é elitista. O protesto aconteceu porque “Okja” não será exibido nos cinemas franceses, ganhando um lançamento direto em streaming. Para completar o incômodo, a projeção teve problemas técnicos e gerou ainda mais vaias, precisando ser interrompida e recomeçar. Adeptos de teorias conspiratórias já imaginaram sabotagem. Mas o diretor sul-coreano Bong Joon Ho adorou, dizendo que o acidente permitiu à imprensa ver duas vezes a abertura. Vale observar que a segunda projeção veio sem vaias. E, ao final da sessão, houve constrangimento em relação ao que fazer. Afinal, como se veria mais tarde, todos queriam aplaudir. Joon-Ho não quis entrar em polêmicas. Declarando-se fã de Pedro Almodóvar, presidente do júri da competição deste ano, que lamentou a inclusão de filmes da Netflix no festival, o sul-coreano se disse satisfeito pelo simples fato de “Okja” ser visto. “Não importa o que aconteça com o filme, que falem bem ou mau dele, para mim está ok”. “Não viemos para Cannes para ganhar prêmios, mas para mostrá-lo ao mundo, e o festival é uma tela importante. Acho que, em muitos assuntos, há espaço para todo mundo”, emendou Tilda Swinton, que vive a vilã da trama. A atriz completou seu raciocínio com um comentário fulminante sobre os protestos. “Há dezenas de filmes exibidos em Cannes que não serão exibidos em cinemas de muitos países do mundo. Na verdade, temos que agradecer o apoio que a Netflix tem dados aos realizadores”, apontou. Também presente à entrevista coletiva, o ator Jake Gyllenhaal ecoou a colega. “A plataforma de um filme, a partir de onde ele pode alcançar o público para comunicar sua mensagem, é realmente importante. É extraordinário quando um filme atinge uma pessoa, que dirá milhões de pessoas. É bom espalhar a arte da forma que for possível. Mas claro que o debate sempre é fundamental”, completou. Por fim, o diretor falou sobre sua experiência de trabalhar com o serviço de streaming, após ter sofrido com adiamentos sucessivos e ameaças do produtor Harvey Weinstein, que queria cortar seu filme anterior, “O Expresso do Amanhã”, para que ficasse num tamanho que pudesse render mais sessões nas tais salas de cinema idolatradas pela crítica cannina. “A Netflix me deu um orçamento excepcional e total liberdade de criação, desde o roteiro à edição. Nunca interferiram no projeto. Não senti qualquer pressão deles, mesmo trabalhando em um filme que seria desaconselhável para menores de 13 anos”, comparou Joon Ho. O filme é uma fábula sobre o crescimento, com inspiração no cinema de Steven Spielberg e Hayao Miyazaki, e gira em torno da amizade entre uma menina (An Seo Hyun) e seu animal de estimação, a Okja do título. O detalhe é que o bicho pertence a uma espécie nova, um “super porco” desenvolvido em laboratório, que uma grande corporação, a Mirando, liderada pela personagem de Tilda Swinton, criou para ser estrela de uma campanha promocional contra a fome mundial – e abater. E para salvar seu amigo, a menina contará com apoio de um grupo radical de proteção dos animais comandado por Paul Dano. Jake Gyllenhaal participa como um biólogo contratado para dar uma aparência de comprometimento ético à Mirando. A trama sugere uma aventura infantil, e há instantes de comédia pastelão, mas também exibe cenas de violência gráfica pouco aconselháveis para crianças. Ou, pelo menos, é assim que o cérebro ocidental o processa, num curto-circuíto de intensões. Mas, apesar dos atores conhecidos de Hollywood, a produção não é ocidental. Tanto Joon Ho como Tilda Swinton abordaram a influência dos longas animados do diretor japonês Hayo Miyazaki na trama. “Quando se faz um filme sobre vida e natureza, é difícil não pensar em Miyazaki”, admitiu o diretor. “Há algo nos filmes de Miyazaki que vão para além da questão da nossa relação emocional com o meio ambiente. Eles também aludem a outro ambiente, o da infância, que é um lugar pra onde podemos ir”, aprofundou a atriz. E assim, após vaias, “Okja” sutilmente trouxe o cinema para dentro da discussão. E os críticos se interessou em esmiuçar essas referências, em resenhas assombrosamente positivas. “Glorioso” e “um grande prazer”, definiu o jornal The Guardian. “Seriamente gratificante”, elogiou a revista “Time Out. “Uma fábula alucinada tão cheia de propósito quanto imprevisível”, apontou a New York Magazine. “Esta produção da Netflix pertence à tela grande”, concluiu a Variety. Para o bem e para o mal, a Netflix estreou em Cannes.
Filme de monstro do diretor de Expresso do Amanhã ganha teaser bizarro
A Netflix divulgou um teaser bizarro de “Okja”, novo filme do diretor Bong Joon-ho (“Expresso do Amanhã”). O vídeo tem o formato de um comercial da fictícia Mirando Corporation, apresentado pela personagem de Tilda Swinton, Lucy Mirando. No vídeo, ela menciona os produtos para a felicidade animal que sua empresa fabrica, até chegar nos porcos. Comparando os porcos que sonham felizes, graças aos produtos Mirando, e os que tem pesadelos terríveis, exemplificados por imagens de abatedouros, o comercial conclui que o segredo do bom tender (pernil defumado de porco) é “tenderness” (ternura). Com essa introdução, fica claro que a Mirando é sinistra. A sinopse oficial de “Okja” confirma. Segundo a Netflix, o filme é a história de “uma garotinha disposta a arriscar tudo para impedir que uma poderosa multinacional sequestre seu melhor amigo, um animal enorme chamado Okja”. A produção está a cargo da Plan B, empresa de Brad Pitt, em parceria com o serviço de streaming, e o elenco também conta com Jake Gyllenhaal (“O Abutre”), Lily Collins (“Os Instrumentos Mortais: Cidade dos Ossos”), Paul Dano (“12 Anos de Escravidão”), Devon Bostick (série “The 100”), Steven Yeun (série “The Walking Dead”) e a dupla Byeon Hie-bong e Yun Je-mun, que trabalhou com o diretor em vários filmes, entre eles “O Hospedeiro” (2006), primeiro filme de monstros de Bong Joon-ho. Selecionado para o Festival de Cannes 2017, “Okja” vai chegar na Netflix no dia 28 de junho.
Colossal: Comédia de monstro gigante com Anne Hathaway ganha trailer legendado
A comédia de monstros “Colossal”, estrelada por Anne Hathaway (“Interestelar”), ganhou dois novos pôsteres internacionais e seu primeiro trailer legendado. A prévia mostra um réptil “colossal” destruindo a capital da Coreia do Sul e como a personagem de Hathaway percebe estar ligada à criatura, que imita todos os seus gestos. A sinopse descreve o filme como uma mistura improvável de “Godzilla” (2014) e “Quero Ser John Malkovich” (1999), centrada numa mulher comum (nem tanto, é a Anne Hathaway) que, após perder o seu emprego e o seu noivo, decide sair de Nova York para voltar a sua cidade natal. Mas quando vê a notícia de que um monstro gigante está destruindo a cidade de Seoul, ela gradualmente percebe que está conectada àquele evento e, para evitar mais destruição, precisa determinar por que a sua existência aparentemente insignificante tem um efeito tão colossal sobre o destino do mundo. O filme foi concebido por Nacho Vigalondo, cineasta espanhol especializado em sci-fis malucas como “Crimes Temporais” (2007) e “Extraterrestre” (2011), que, inclusive, optou por um ator fantasiado como monstro em “Colossal”, em vez de efeitos visuais de última geração. O elenco inclui ainda Jason Sudeikis (“Uma Família do Bagulho”), Dan Stevens (série “Legion”), Tim Blake Nelson (“Quarteto Fantástico”) e Rukiya Bernard (série “Van Helsing”). A estreia acontece nesta sexta (7/4) em circuito limitado nos EUA, e daqui a 20 dias no Brasil.
Tilda Swinton e Jake Gyllenhaal aparecem nas fotos do novo filme do diretor de Expresso do Amanhã
A Netflix divulgou mais quatro fotos de “Okja”, o novo filme do diretor sul-coreano Bong Joon-ho (“Expresso do Amanhã”). As imagens destacam os personagens de Tilda Swinton (que trabalhou com Joon-Ho em “Expresso do Amanhã”), Jake Gyllenhaal (“O Abutre”) e Giancarlo Esposito (série “Breaking Bad”). Segundo a sinopse, o filme é a história de “uma garotinha disposta a arriscar tudo para impedir que uma poderosa multinacional sequestre seu melhor amigo, um animal enorme chamado Okja”. O elenco também conta com Lily Collins (“Os Instrumentos Mortais: Cidade dos Ossos”), Paul Dano (“12 Anos de Escravidão”), Devon Bostick (série “The 100”), Steven Yeun (série “The Walking Dead”) e a dupla Byeon Hie-bong e Yun Je-mun, que trabalhou com o diretor em vários filmes, entre eles “O Hospedeiro”, primeiro filme de monstros de Bong Joon-ho. A produção está a cargo da Plan B, empresa de Brad Pitt, em parceria com o serviço de streaming, e a estreia vai acontecer no dia 28 de junho. Aproveite e veja o primeiro teaser legendado.
King Kong se agiganta e assume a liderança das bilheterias nos EUA
“Kong – A Ilha da Caveira” teve uma estreia colossal nos EUA. Não tão grande quanto a de “Logan” na semana passada, é verdade, mas muito acima do esperado, a ponto de deixar o filme do super-herói baixinho sob sua sombra neste fim de semana. A expectativa era de uma arrecadação de no máximo US$ 50 milhões, com muitos analistas prevendo uma briga mais acirrada com “Logan” pelo topo do ranking. Mas o faturamento chegou a US$ 61 milhões, o que deve representar, mais que comemoração, um grande alívio para a Warner Bros e o estúdio Legendary. Afinal, a superprodução custou o dobro de “Logan”: US$ 185 milhões, sem os custos de marketing. No mundo inteiro, o lançamento alcançou US$ 142,6 milhões. Mas a China ainda não entrou na conta. O lançamento chinês está marcado apenas para 24 de março. Além disso, um dos países em que havia grande expectativa por seu desempenho, o Vietnã, onde foi filmado, teve sua estreia marcada por uma tragédia, com um grande incêndio no cinema em que haveria a première – chamas engoliram uma réplica gigantesca de King Kong em sua fachada. Entusiasmada com a boa largada, a Warner já trabalha na continuação, “Kong vs. Godzilla”, que vai juntar suas duas franquias de monstros gigantes. “Logan” caiu para o 2º lugar, com US$ 37,8 milhões, o que representa uma queda de 57% em relação ao fim de semana passado. Trata-se de uma ótima retenção para um filme que, supostamente, apenas fanboys apreciariam, além de mais um sinal de que o público está disposto a pagar para ver super-heróis com classificação etária para maiores. Por sinal, “Logan” não ficou muito atrás da arrecadação internacional de “Kong – A Ilha da Caveira”, somando mais US$ 70 milhões no estrangeiro. Em apenas dez dias, o filme já atingiu US$ 152,6 milhões nos EUA e US$ 438,2 milhões em todo o mundo, consolidando-se como a maior bilheteria de 2017. Fechando o Top 3, o terror racial “Corra!” (Get Out) também segue impressionante, adicionando US$ 21 milhões em seu total de US$ 111 milhões apenas nos EUA. Ainda inédito no exterior, a previsão é de uma estreia somente em junho no Brasil, um mês após o lançamento em home video americano – ou seja, quando estará legalmente disponível para os consumidores de qualquer país do mundo. Fora do Top 10, a estreia limitada de “Personal Shopper”, novo longa francês estrelado por Kristen Stewart, chamou atenção por registrar a maior média de público da semana. O filme foi lançado em quatro salas apenas, e rendeu mais de US$ 23 mil por tela. Como parâmetro, “Kong” teve a segunda maior média da semana, com US$ 15 mil. BILHETERIAS: TOP 10 América do Norte 1. Kong – A Ilha da Caveira Fim de semana: US$ 61 milhões Total EUA: US$ 61 milhões Total Mundo: US$ 142,6 milhões 2. Logan Fim de semana: US$ 37,8 milhões Total EUA: US$ US$ 152,6 milhões Total Mundo: US$ 438,2 milhões 3. Corra! Fim de semana: US$ 21 milhões Total EUA: US$ 111 milhões Total Mundo: US$ 111 milhões 4. A Cabana Fim de semana: US$ 10 milhões Total EUA: US$ 32,2 milhões Total Mundo: US$ 32,4 milhões 5. Batman Lego – O Filme Fim de semana: US$ 7,8 milhões Total EUA: US$ 159 milhões Total Mundo: US$ 275,5 milhões 6. Antes que Eu Vá Fim de semana: US$ 3,1 milhões Total EUA: US$ 9 milhões Total Mundo: US$ 9 milhões 7. Estrelas Além do Tempo Fim de semana: US$ 2,7 milhões Total EUA: US$ 162,8 milhões Total Mundo: US$ 206 milhões 8. John Wick – Um Novo Dia para Matar Fim de semana: US$ 2,7 milhões Total EUA: US$ 87,4 milhões Total Mundo: US$ 153 milhões 9. La La Land – Cantando Estações Fim de semana: US$ 1,7 milhão Total EUA: US$ 148,4 milhões Total Mundo: US$ 416,8 milhões 10. Cinquenta Tons Mais Escuros Fim de semana: US$ 1,6 milhão Total EUA: US$ 112,9 milhões Total Mundo: US$ 368,8 milhões
Filme que vai juntar Godzilla e King Kong define roteiristas
O estúdio Legendary iniciou o desenvolvimento de “Godzilla vs Kong”. Segundo o site The Hollywood Reporter, Terry Rossio (“Piratas do Caribe”, “O Cavaleiro Solitário”) será o chefe da equipe de roteiristas, comandando um verdadeiro time de escritores, ao estilo das séries de TV. Os escritores com quem Rossio trabalhará são Patrick McKay e JD Payne (“Star Trek – Sem Fronteiras”), Lindsey Beer (do vindouro “Dungeons & Dragons”), TS Nowlin (da franquia “Maze Runner”), e J. Michael Straczynski (“Guerra Mundial Z”, séries “Sense8” e “Babylon 5”). Além de criar a história de “Godzilla vs Kong”, a ideia é a aproveitar o crossover das duas franquias Godzilla para estabelecer um universo compartilhado de monstros com novas produções. “Kong – A Ilha da Caveira” estreou na quinta (10/3) já referenciando o filme de “Godzilla” (2014). Ele será seguido por “Godzilla: King of Monsters”, atualmente em produção e previsto para março de 2019. Finalmente, “Godzilla vs Kong” chegará aos cinemas em maio de 2020.
Kong – A Ilha da Caveira usa truques digitais, ação e humor para disfarçar falta de roteiro
“Kong – A Ilha da Caveira” quer ser mais que um spin-off/reboot do mais famoso gorila de Hollywood. Tem a clara pretensão de superar tudo o que já foi visto antes no gênero. Considerando que o cinema é lugar de milagres, onde o impossível se torna possível, por que não pagar para ver? Para começar, porque não há reembolso. Como espetáculo tecnológico, o novo filme faz o “King Kong” (2005) de Peter Jackson parecer uma obra-prima, e, como aventura seria uma covardia compará-lo ao clássico de 1933. Claro, nenhum remake, nem o de Jackson supera o original. Ainda que houvesse as precariedades técnicas em 1933 e o macaco não passasse de um boneco animado a partir de um esqueleto em arame, forrado com uma antiga estola de pele, o “King Kong” original alinhava uma cena de ação após a outra num clima mágico sem igual. Para não dizer que falta boa vontade, o novo Kong tem lá algumas qualidades. A maior delas vem da comparação com a quase esquecida versão de 1976, com Jessica Lange. Dessa, “Kong – A Ilha da Caveira” ganha. Mas não de lavada. Existe sim uma ambição de renovação em cena comandada por Jordan Vogt-Roberts. O diretor é egresso da TV e do cinema independente norte-americano. Tem uma pegada boa para as comédias, tendo se destacado na série “You’re the Worst” e no ótimo filme “Os Reis do Verão”, sobre três garotos que se exilam da sociedade montando um acampamento na selva. Apoiados pelo sucesso que o igualmente indie Colin Trevorrow obteve com o blockbuster “Jurassic World” (2015), os produtores sentiram que podiam apostar as fichas no jovem diretor com ponto de vista para o novo. Acontece que o talentoso Jordan Vogt-Roberts caiu de pára-quedas no meio de uma produção imensa e, pelo resultado, não teve muito tempo pra se situar. O maior problema de “Kong – A Ilha da Caveira” é que não consegue se decidir o que pretende ser. É um filme de monstros? Um filme de terror? Um filme de ação (anti-guerra)? Os três roteiristas contratados não se firmam em nenhum desses registros, e ainda roubam cenas inteiras de “Apocalypse Now” (1979), “Jurassic Park” (1993) e “Godzilla” (2014). Uma pena, porque se examinarmos a essência, o filme até promete um ponto de partida diferente. A premissa é que o programa LandSat (Satélite de mapeamento de terras) em 1973, tira fotos de uma ilha perdida (A Ilha da Caveira do título) e John Goodman (“Argo”) convence o governo a lançar uma expedição para explorar o lugar. Eles levam alguns soldados que acabam de ser derrotados no Vietnã e são chefiados por Samuel L. Jackson (“Os Oito Odiados”). Para completar a equipe, convidam um britânico das ex-forças especiais (Tom Hiddleston, de “Thor”) e um fotógrafa “anti-guerra”, interpretada por Brie Larson (vencedora do Oscar 2016 por “O Quarto de Jack”). O frustrado capitão feito por Jackson chega a ilha querendo mostrar a imponência da armada norte-americana, e Kong aparece sem cerimônias e destrói todos os brinquedinhos voadores. Os sobreviventes se espalham pela selva e então – essa é a melhor parte do filme – descobrem que a ilha é oca e esconde uma caverna, onde animais pré-históricos ficaram preservados. Quando esse fiapo de história acaba, fica patente que os roteiristas, o diretor e o elenco estão perdidos. Tom Hiddleston e Brie Larson estão tão desorientados em cena, que acabam não se assumindo como protagonistas. E o impasse rola por todos os lados. Sabe-se que a produção começou a ser rodada antes mesmo do roteiro estar pronto. Levando em consideração que a trama engana bem até o ataque de Kong aos helicópteros, o que deve totalizar uns 25 minutos de filme, e que o edifício treme, desaba e não fica mais de pé nos 90 minutos seguintes, então, é absurdo deduzir, mas o diretor começou a trabalhar com menos de metade de uma história formulada! Para os produtores de Hollywood, depois do sinal verde, pouco importa a falta de roteiro, é preciso manter o foco na dimensão operacional. Nesse sentido, cabe ao diretor ser profissional. Como a trama patina e se torna repetitiva, o negócio é improvisar com o seu melhor número de mágica, no caso, o humor. Toda vez que o assunto acaba em Kong, ele bota um Creedence para enxotar o tédio de cena. E felizmente quando o recurso se esgota, ele obtêm o auxílio do veterano John C. Reilly (“Guardiões da Galáxia”), como um piloto da 2ª Guerra encalhado há 29 anos na ilha. O personagem é quase uma apropriação dos roteiristas do doido Dennis Hooper de “Apocalypse Now”. Para a maioria dos atores isso podia soar como uma desvantagem, mas Reilly é um baita ator. E acaba dando um encanto bonachão ao personagem que disfarça a roubada. Outros personagens, como John Goodman e Toby Kebbell (“Quarteto Fantástico”), parece que foram destinados a desempenhar papéis mais significativos. Cria-se uma aura de pó de pirlimpimpim em volta deles, mas na falta de texto e sem ideias, eles não decolam. O personagem mais bem composto em cena é Kong. Ainda assim, fica claro que poderiam ter dado mais atenção ao uso da criatura em sua dimensão tecnológica. O CGI é convincente, mas suas proporções parecem erradas. Cada hora, o gorila aparece com um tamanho diferente. Coroando a comédia de erros: há várias cenas de transição que não se encaixam, que fazem os personagens acabarem em lugares diferentes do que estavam nas cenas anteriores. A platéia gargalha a valer na sessão, o que pode parecer um sinal positivo para o filme. Mas será que o público ri pela diversão ou por conta das “cartolinas” que estavam despencando na cena? Uma lástima. Quando esse Kong acaba, deixa uma sensação de vazio na tela. Nos anteriores, inclusive o de Peter Jackson, a tecnologia era usada para dizer alguma coisa. Aqui, para deixar de dizer.
Atores de Kong: A Ilha da Caveira gravam vídeo especial para o Brasil
A Warner Bros. divulgou um vídeo legendado de “Kong: A Ilha da Caveira”, em que Tom Hiddleston (“Thor”), Brie Larson (“O Quarto de Jack”) e Samuel L. Jackson (“Capitão América: O Soldado Invernal”) se dirigem especialmente ao público brasileiro para apresentar a produção. Além de comentarem o filme, eles introduzem cenas repletas de monstros e se divertem com a apresentação. O filme recebeu muitas críticas elogiosas, que o consideraram melhor que “Jurassic World”. Com direção a cargo de Jordan Vogt-Roberts (“The Kings of Summer”), a estreia acontece nesta quinta (9/3) no Brasil – um dia antes do lançamento nos EUA.
King Kong destrói helicópteros em vídeo de 360 graus
A Warner Bros. divulgou um vídeo de realidade virtual de “Kong: A Ilha da Caveira”, que registra o ataque de King Kong aos helicópteros do filme em imagens de 360 graus. A experiência lembra um videogame de pouca interatividade, já que não é possível atacar o macaco gigante, apenas observar o massacre. O filme vai se passar nos anos 1970, época do primeiro remake de “King Kong” e também da Guerra do Vietnã, que será usada como pano de fundo da trama. Encabeçando o elenco estão Tom Hiddleston (“Thor”), Brie Larson (“O Quarto de Jack”), Samuel L. Jackson (“Capitão América: O Soldado Invernal”), John Goodman (“Argo”) e John C. Reilly (“Guardiões da Galáxia”). O roteiro foi escrito por John Gatins (“O Voo”), Max Borenstein (“Godzilla”) e Derek Connolly (“Jurassic World: O Mundo Dos Dinossauros”), e a direção está a cargo de Jordan Vogt-Roberts (“The Kings of Summer”), que fará sua transição de cineasta indie para uma grande produção de Hollywood. A estreia está marcada para quinta-feira (9/3) no Brasil, um dia antes do lançamento nos EUA.
Primeiro teaser legendado do novo filme do diretor de Expresso do Amanhã traz Tilda Swinton e um monstro
A Netflix divulgou o primeiro teaser legendado de “Okja”, o novo filme do diretor sul-coreano Bong Joon-ho (“Expresso do Amanhã”). A prévia destaca a personagem de Tilda Swinton (que trabalhou com Joon-Ho em “Expresso do Amanhã”), apresentada como uma cientista, e também a criatura do título, que aparentemente é um monstro bonzinho. Segundo a sinopse, o filme é a história de “uma garotinha disposta a arriscar tudo para impedir que uma poderosa multinacional sequestre seu melhor amigo, um animal enorme chamado Okja”. O elenco também conta com Jake Gyllenhaal (“O Abutre”), Lily Collins (“Os Instrumentos Mortais: Cidade dos Ossos”), Paul Dano (“12 Anos de Escravidão”), Devon Bostick (série “The 100”), Steven Yeun (série “The Walking Dead”) e a dupla Byeon Hie-bong e Yun Je-mun, que trabalhou com o diretor em vários filmes, entre eles “O Hospedeiro”, primeiro filme de monstros de Bong Joon-ho. A produção está a cargo da Plan B, empresa de Brad Pitt, em parceria com o serviço de streaming, e a estreia vai acontecer no dia 28 de junho.
Vera Farmiga será mãe de Millie Bobby Brown em Godzilla
A atriz Vera Farmiga (série “Bates Motel”) entrou no elenco da sequência de “Godzilla” (2014). Segundo o site da revista Variety, ela será a mãe da personagem de Millie Bobby Brown (a Eleven de “Stranger Things”), anteriormente confirmada na produção. Kyle Chandler (série “Bloodline”, “Manchester à Beira-Mar”) também está no elenco, como pai da adolescente. Mas não está claro qual é o status da família. Os detalhes da trama ainda não foram revelados. Além dos três, especula-se que Ken Watanabe deve repetir seu papel de “Godzilla” no projeto. Intitulado “Godzilla: King of the Monsters”, o filme tem roteiro de Zach Shields e direção de Michael Dougherty (ambos de “Krampus: O Terror do Natal”). A estreia está marcada apenas para 22 de março de 2019.
Novo trailer legendado de Kong: A Ilha da Caveira impressiona com ação, efeitos e monstros
A Warner Bros. divulgou um novo trailer legendado de “Kong: A Ilha da Caveira”, repleto de cenas inéditas. Com mais ação, efeitos visuais e monstros que os anteriores, o vídeo impressiona por seu ritmo frenético e a fúria de King Kong. A sequência da destruição dos helicópteros é simplesmente espetacular. E para os fãs de rock, ainda há o bônus da trilha sonora: a gravação clássica de “We Gotta Get Out of This Place” (1965), dos Animals, tratada digitalmente. O filme se passa nos anos 1970, época do primeiro remake de “King Kong” e também da Guerra do Vietnã, que serve de pano de fundo da trama. O elenco inclui Tom Hiddleston (“Thor”), Brie Larson (“O Quarto de Jack”), Samuel L. Jackson (“Capitão América: O Soldado Invernal”), Thomas Mann (“Dezesseis Luas”), John Goodman (“Argo”), Corey Hawkins (“Straight Outta Compton”), Jason Mitchell (também de “Straight Outta Compton”), Shea Whigham (série “Agent Carter”), Tom Wilkinson (“Batman Begins”), John C. Reilly (“Guardiões da Galáxia”) e Toby Kebbell (“Quarteto Fantástico”). O roteiro foi escrito por John Gatins (“O Voo”), Max Borenstein (“Godzilla”) e Derek Connolly (“Jurassic World: O Mundo Dos Dinossauros”), e a direção está a cargo de Jordan Vogt-Roberts (“The Kings of Summer”), que fará sua transição de cineasta indie para uma grande produção de Hollywood. A estreia está marcada para daqui a duas semanas, em 9 de março no Brasil – um dia antes do lançamento nos EUA.









