Editora cede à pressão e cancela lançamento de livro de Woody Allen
O grupo editorial Hachette anunciou nesta sexta (6/3) que não publicará mais o livro de memórias do diretor Woody Allen, cujo lançamento estava previsto para o próximo 7 de abril. A empresa cedeu à pressão do filho do diretor, Ronan Farrow, e ao protesto de seus funcionários, que abandonaram o trabalho na tarde de quinta para manifestar sua contrariedade com a decisão. “A Hachette Book Group decidiu que não publicará as memórias de Woody Allen, intitulada ‘Apropos of Nothing'” e “devolverá todos os direitos ao autor”, disse Sophie Cottrell, porta-voz da editora, em comunicado. “A decisão de cancelar o livro do Sr. Allen foi difícil. Na HBG, levamos muito a sério nosso relacionamento com os autores e não cancelamos livros por nada. Publicamos e continuaremos a publicar muitos livros desafiadores. Como editores, garantimos que todos os dias em nosso trabalho, diferentes vozes e pontos de vista conflitantes podem ser ouvidos. Também, como empresa, estamos comprometidos em oferecer um ambiente de trabalho estimulante, solidário e aberto para todos os nossos funcionários. Nos últimos dias, a liderança da HBG teve longas conversas com nossa equipe e outras pessoas. Depois de ouvirmos, chegamos à conclusão de que avançar com a publicação não seria viável para a HBG”, completa o texto, repleto de contradições. O cancelamento de “Apropos of Nothing” está sendo comemorado no Twitter como uma vitória do “politicamente correto” e se trata realmente de uma importante manifestação no mundo real da prática do “cancelamento” virtual, que tem acirrado ânimos nas redes sociais. Também é uma manifestação, em pleno século 21, da mentalidade de turba, com foices e forcados – ou fogueiras e forcas – , que ilustram linchamentos públicos em filmes clássicos. Uma caça às bruxas, em outras palavras. Não se deixem enganar, trata-se de uma vitória da censura contra a cultura. Uma censura de esquerda, não menos perigosa que a das ditaduras fascistas. Na prática, uma grupo de pressão conseguiu jogar um livro na fogueira, porque não concorda com seu suposto conteúdo. Algo como os nazistas fizeram nos anos 1930. Além de atacar a liberdade de expressão, os protestos dos justos, que falam em defesa da ética, visam impedir a defesa real de uma pessoa que está sendo atacada por todos os lados por algo que pode nem sequer ter feito. O objetivo é tão somente impedir que se conheça o “outro lado” de uma história, que algumas pessoas não admitem que seja conhecida e, para isso, não medem esforços para impedir a existência do contraditório. A decisão da Hachette abre um precedente assustador, ao demonstrar que fake news capazes de mobilizar a opinião pública podem gerar censura. Não que a denúncia contra Woody Allen seja fake news. Mas não é news, nos dois sentidos da palavra em inglês – notícia e novidade. O repúdio contra Woody Allen se deve à uma acusação de abuso sexual que ele teria cometido contra a filha Dylan Farrow nos anos 1990. As acusações foram verificadas por um tribunal de justiça na época, com direito a duas investigações diferentes de seis meses. Ambas concluíram não ter havido abuso sexual. Allen alega que a denúncia foi fruto de raiva da ex, numa batalha legal pela guarda dos filhos, vencida por Farrow, e se manteve viva com o passar dos anos por lavagem cerebral diária promovida em Dylan Farrow. Outro de seus filhos, Moses Farrow, confirma a versão do diretor. Dez anos mais velho que Ronan Farrow, ele diz se lembrar melhor dos fatos que os irmãos, que eram crianças na época. Dylan, por exemplo, tinha apenas sete anos quando o suposto abuso aconteceu, e Moses, que virou terapeuta de famílias, lembra os fatos de forma muito diferente. Para ele, sua irmã mais nova jamais foi molestada pelo pai, mas isso não a impediu de ter sido uma vítima – da manipulação da mãe, Mia Farrow. Tomando as dores da irmã, Ronan costuma comparar Woody Allen, jamais acusado de abuso ou assédio por nenhuma atriz com quem trabalhou em mais de meio século de carreira, com Harvey Weinstein, denunciado por mais de 100 mulheres e recentemente condenado por crimes sexuais pela justiça de Nova York. Ronan foi um dos responsáveis por essa condenação, ao publicar uma das primeiras reportagens sobre a atividade predadora de Weinstein na revista The New Yorker, que, inclusive, lhe rendeu o prestigioso prêmio Pulitzer e um contrato para livros com o grupo Hachete, que ele decidiu renegar após saber do livro do diretor – iniciando a campanha que resultou na censura. Muito do atual repúdio contra Allen se deve à campanha nas redes sociais comandada por Dylan, que resolveu retomar a acusação de abuso no final de 2017, aproveitando a repercussão da reportagem de seu irmão sobre Weinstein. No auge do #MeToo, ela fez questão de comparar Allen com Weinstein, e suas denúncias conseguiram criar uma reação de “cancelamento” contra o diretor, apesar de não trazerem nenhum fato novo à tona. Mia Farrow tomou ódio de Allen porque ele a trocou pela filha adotiva dela (mas não dele), Soon-Yi Previn. O diretor e Soon-Yi se casaram e estão juntos até hoje. O casal adotou duas filhas, que já são jovens adultas com 20 e 21 anos, e jamais denunciaram Allen por qualquer comportamento. Também vale observar que algumas mensagens raivosas, postadas nas redes sociais nos últimos dias contra a reputação do diretor, aludem ao fato de que uma nova reportagem-denúncia estaria prestes a emergir contra Woody Allen. Pode ser que sim, o que ajudaria a explicar a decisão inesperada da Hachette – o surgimento de fatos mudariam o entendimento da desistência. Entretanto, não seria a primeira vez que fake news viram munição de detratores de Allen, que acusaram até “Um Dia de Chuva em Nova York” de ser uma apologia à pedofilia, antes do mundo poder assistir ao filme. Toda essa polêmica pode até render mais um capítulo no livro de memórias do cineasta, que agora deverá ser oferecido para outra editora – e possivelmente publicado primeiro no exterior. Até o título pode ser mudado. A publicação, que seria lançada com o nome de “Apropos of Nothing” (a propósito de nada), virou “tudo” para seus detratores.
Funcionários de editora protestam contra publicação do livro de memórias de Woody Allen
Funcionários do grupo editoral americano Hachette promoveram um walk out, um protesto em que deixaram seus escritórios na tarde desta quinta-feira (5/3), manifestando seu desacordo com o anúncio da publicação de um livro de memórias do cineasta Woody Allen. A reação dos funcionários aconteceu após as recentes declarações de Ronan Farrow, filho de Allen, que repudiou o contrato da editora, acusando-a de “falta de ética e de compaixão por vítimas de agressões sexuais”. Allen foi denunciado por abusar da filha Dylan Farrow quando ela era uma criança. O diretor sempre negou e o caso tem bastidores conturbados, pois foi trazido à tona durante a separação do diretor e da atriz Mia Farrow. Em comunicado, a Hachette afirmou que respeita a opinião de seus funcionários e que irá “iniciar uma discussão mais profunda sobre o assunto assim que possível”. Dylan foi ao Twitter agradecer a manifestação de solidariedade. “Obrigada do fundo do meu coração”, ela tuitou. Além dos cerca de 75 funcionários, que abandonaram o trabalho e desceram para frente do prédio da Hachette, vários escritores se manifestaram em apoio ao protesto. Até editoras rivais prestaram solidariedade, numa expressiva condenação pública da reputação – o chamado cancelamento social – de Woody Allen. E à favor da censura. O repúdio contra Woody Allen se deve à uma acusação de abuso sexual que ele teria cometido contra a filha Dylan Farrow nos anos 1990. As acusações foram verificadas por um tribunal de justiça na época, com direito a duas investigações diferentes de seis meses. Ambas concluíram não ter havido abuso sexual. Allen alega que a denúncia é fruto exclusivo de lavagem cerebral promovida pela mãe da jovem, Mia Farrow. Outro de seus filhos, Moses Farrow, confirma a versão do diretor. Dez anos mais velho que Ronan, ele diz se lembrar melhor dos fatos que os irmãos, que eram crianças na época. Dylan, por exemplo, tinha apenas sete anos quando o suposto abuso aconteceu, e Moses, que virou terapeuta de famílias, lembra os fatos de forma muito diferente. Para ele, sua irmã mais nova jamais foi molestada pelo pai, mas isso não a impediu de ter sido uma vítima – da manipulação da mãe, Mia Farrow. Tomando as dores da irmã, Ronan costuma comparar Woody Allen, jamais acusado de abuso ou assédio por nenhuma atriz com quem trabalhou em mais de meio século de carreira, com Harvey Weinstein, denunciado por mais de 100 mulheres e recentemente condenado por crimes sexuais pela justiça de Nova York. Ronan foi um dos responsáveis por essa condenação, ao publicar uma das primeiras reportagens sobre a atividade predadora de Weinstein na revista The New Yorker, que, inclusive, lhe rendeu o prestigioso prêmio Pulitzer e um contrato para livros com o grupo Hachete, que ele decidiu renegar após saber do livro do diretor. O repúdio contra Allen se deve à decisão de Dylan de retomar a acusação de abuso no final de 2017, aproveitando a repercussão da reportagem sobre Weinstein do irmão. No auge do #MeToo, ela fez questão de comparar Allen com Weinstein, e suas denúncias conseguiram criar uma reação de repúdio generalizado contra o diretor, apesar de não trazer nenhum fato novo à tona. Mia Farrow tomou ódio de Allen porque ele a trocou pela filha adotiva dela (mas não dele), Soon-Yi Previn. O diretor e Soon-Yi se casaram e estão juntos até hoje. Mas vale observar que algumas mensagens raivosas, postadas nas redes sociais na quinta (5/6) contra o diretor, aludem ao fato de que uma nova reportagem-denúncia estaria prestes a emergir contra Woody Allen. Pode ser que sim. Entretanto, não seria a primeira vez que fake news viram munição de detratores de Allen, que acusaram até “Um Dia de Chuva em Nova York” de ser uma apologia à pedofilia, antes do mundo poder assistir ao filme. Toda essa polêmica deve alimentar o livro de memórias do cineasta, intitulado “Apropos of Nothing” (a propósito de nada) e descrito como “um relato exaustivo da vida de Woody Allen, pessoal e profissional”. Até segunda ordem, a publicação tem previsão de lançamento para abril nos EUA.
Filho de Woody Allen diz que livro do diretor é “falta de ética e compaixão por vítimas de agressões sexuais”
Há alguns anos não há anúncio de projeto de Woody Allen sem manifestação bombástica de seus filhos. E, sem tardar, o jornalista Ronan Farrow criticou a decisão do grupo editoral Hachete de publicar o livro de memórias de seu pai, anunciado na segunda-feira passada (2/3). Fez mais. Em retaliação, afirmou que deixará de publicar suas obras pela Hachette, porque não deseja estar na mesma editora do diretor. “A Hachette não fez as verificações sobre o conteúdo deste livro”, disse Farrow, denunciando o fato de a editora não ter entrado em contato com sua irmã, Dylan Farrow, que acusa Woody Allen de abusos, o que constitui, segundo ele, uma “falta enorme de profissionalismo”. “Isto demonstra a falta de ética e de compaixão por vítimas de agressões sexuais”, acrescentou Farrow. A declaração, entretanto, é digna de atenção pela “vendetta” que embute, não pelo que afirma. Porque as palavras de Farrow não fazem sentido. É preciso dizer o óbvio: um “livro de memórias” não inclui as “memórias” de quem não o escreveu. Não se trata de jornalismo, obviamente, mas de uma obra de cunho pessoal. A única verificação feita pela editora é de ordem jurídica, visando checar trechos que possam render processos. Fora isso, não se “edita” fatos narrados em primeira pessoa com censura prévia. Ronan deveria saber a diferença entre livro de memórias e reportagem, já que é jornalista. Mas também é raro ver jornalista defendendo a censura. Como se trata de uma acusação forte, também é importante ressaltar que, ao contrário do que Ronan Farrow afirma, as acusações contra Woody Allen foram, sim, verificadas: por um tribunal de justiça nos anos 1990, após duas investigações distintas que duraram vários meses e que não encontraram causa para procedimento legal contra o diretor. Mas o porta-voz da ética não aceita esse resultado. Seu tribunal de opinião pública só permite um veredito: culpado, independente das provas. Tomando o caso de forma pessoal, Ronan costuma comparar Woody Allen, jamais acusado de abuso ou assédio por nenhuma atriz com quem trabalhou em mais de meio século de carreira, com Harvey Weinstein, denunciado por mais de 100 mulheres e recentemente condenado por crimes sexuais pela justiça de Nova York. Ronan foi um dos responsáveis por essa condenação, ao publicar uma das primeiras reportagens sobre a atividade predadora de Weinstein na revista The New Yorker, que, inclusive, lhe rendeu o prestigioso prêmio Pulitzer e o contrato para livros com o grupo Hachete. Dylan Farrow, que tem o apoio da mãe adotiva, Mia Farrow, e de Ronan, voltou a acusar Allen no final de 2017, aproveitando a repercussão da reportagem do irmão. No auge do #MeToo, suas denúncias conseguiram criar uma reação de repúdio generalizado contra o diretor, como se houvesse fato novo. Allen sempre negou tudo, retrucando que a denúncia é fruto exclusivo de lavagem cerebral promovida pela mãe da jovem, Mia Farrow. Outro de seus filhos, Moses Farrow, confirma a versão de Allen. Dez anos mais velho que Ronan, ele diz se lembrar melhor dos fatos que os irmãos, que eram crianças na época. Dylan, por exemplo, tinha apenas sete anos quando o suposto abuso aconteceu, e Moses, que virou terapeuta de famílias, lembra os fatos de forma muito diferente. Para ele, sua irmã mais nova jamais foi molestada pelo pai, mas isso não a impediu de ter sido uma vítima de abuso. Vítima de uma campanha de manipulação da mãe, Mia Farrow. O cineasta deve abordar essa polêmica em seu livro, intitulado “Apropos of Nothing” (a propósito de nada) e descrito como “um relato exaustivo da vida de Woody Allen, pessoal e profissional”. A publicação será lançada em abril nos EUA.
Woody Allen lança livro de memórias em abril
A editora Grand Central Publishing, uma divisão do Hachette Book Group, anunciou na segunda (2/3) que vai publicar um livro de memórias de Woody Allen. Envolto em boatos por anos e até considerado impublicável no auge do cancelamento do diretor pelo movimento #MeToo, a obra, batizada em inglês de “Apropos of Nothing” (a propósito de nada), será lançado em 7 de abril nos EUA. “O livro é um relato abrangente de sua vida, pessoal e profissional, e descreve seu trabalho em filmes, teatro, televisão, boates e publicações”, de acordo com comunicado da editora. “Allen também escreve sobre seus relacionamentos com a família, amigos e os amores de sua vida”. Os termos financeiros do acordo editoral entre o cineasta e a Grand Central não foram revelados. Além dos EUA, “Apropos of Nothing” será lançado no Canadá, Itália, França, Alemanha e Espanha, seguido por lançamentos em “países ao redor do mundo”. Ainda segundo o comunicado, Allen fará “várias entrevistas” para promover o livro. A publicações de suas memórias servirão como nova oportunidade para o diretor contar sua versão dos fatos mais polêmicos de sua vida, como o envolvimento com Soon-Yi Previn, a filha de sua então companheira Mia Farrow, com quem é casado até hoje, e a acusação de sua filha adotiva, Dylan Farrow, de tê-la molestado na infância. As acusações não são novas, mas elas ressurgiram em 2017, quando Dylan aproveitou o auge do #MeToo para resgatar a história, conseguindo criar uma reação de repúdio generalizado, como se houvesse fato novo. Allen sempre negou tudo, retrucando que a denúncia é fruto exclusivo de lavagem cerebral promovida pela mãe da jovem, Mia Farrow. Ele não foi condenado quando o caso foi levado a tribunal nos anos 1990, durante a disputa da guarda das crianças, e nunca foi acusado de abuso por nenhuma atriz com quem trabalhou ao longo de meio século de carreira. Dizendo que pretendia acabar com a carreira de Allen, Dylan patrulhou todos os atores que trabalharam com ele e bombardeou as redes sociais até fazer a Amazon renegar seu acordo para distribuir os novos filmes do diretor. Graças a isso, “Um Dia de chuva em Nova York” não foi lançado nos Estados Unidos. O diretor processou a Amazon e chegou a um acordo, lançando o filme no exterior. Ele também decidiu continuar a carreira fora dos EUA, filmando um novo longa na Espanha, “Rifkin’s Festival”, com participação de Christoph Waltz (“007 Contra Spectre”), Elena Anaya (“A Pele que Habito”), Louis Garrel (“Adoráveis Mulheres”), Gina Gershon (“Não Vai Dar”) e lançamento previsto para este ano. Ao fechar com uma empresa do grupo Hachette, Allen passou a compartilhar a mesma editora de um de seus heróis literários, JD Salinger, e também de um de seus maiores detratores, seu filho Ronan Farrow, que ganhou um prêmio Pulitzer por sua reportagem sobre o produtor Harvey Weinstein, que foi responsável por impulsionar o #MeToo. Há anos Ronan se distanciou de seu pai, ao adotar a defesa da irmã.
Fresh off the Boat é cancelada
A rede americana ABC anunciou que “Fresh off the Boat” vai acabar ao final da atual temporada, que será mais curta, com apenas 15 episódios – sete a menos que a média da atração. A série de comédia está atualmente em sua 6ª temporada e entrará em hiato de fim de ano na semana que vem, voltando ao ar no começo de 2020 para exibir seus seis episódios remanescentes. A data de exibição do último capítulo ainda não foi marcada. Única série sobre uma família asiática na TV americana – e a primeira com protagonistas asiáticos da TV aberta desde 1994 – , a atração criada por Nahnatchka Khan (série “Apartment 23”) é inspirada no livro de memórias do chef Eddie Huang e investe no tom nostálgico, ao estilo de “Todo Mundo Odeia o Cris”, “Os Goldbergs” e “Anos Incríveis”. Passada nos anos 1990, conta como a família taiwanesa do menino Eddie se adapta ao choque cultural de morar em Orlando, na Flórida. “Fresh off the Boat” perdeu muito público nos últimos anos, tanto que a renovação para a atual temporada causou surpresa e revolta na atriz Constance Wu, que soltou um monte de palavrões no Twitter após o anúncio de produção do 6º ano. É raro um ator reclamar por ter o emprego garantido por mais um ano, mas a atriz está mais focada em sua carreira cinematográfica, que deslancha com um sucesso atrás de outro – de “Podres de Ricos” a “As Golpistas”. Os números mostraram que Wu tinha razão em apostar no cancelamento. “Fresh off the Boat” caiu de 3,9 milhões de telespectadores na 5ª temporada para 2,3 milhões ao vivo nos episódios atuais. Além de Constance Wu, o elenco traz Randall Park, Hudson Yang, Forrest Wheeler e Ian Chen.
Rede ABC renova cinco séries de comédia
A rede ABC anunciou a renovação de cinco séries de comédia sobre famílias modernas: “Black-ish”, “Fresh Off the Boat”, “Speechless”, “American Housewife” e “Splitting Up Together”. Elas se juntam a “Modern Family”, que chegará à sua 10ª e possivelmente última temporada no canal. O quarteto renovado tem famílias de várias configurações, inclusive de pais separados, caso de “Splitting Up Together”, a caçula da turma. Lançada em março deste ano, a série marca a volta de Jenna Fischer aos sitcoms, após marcar época como a recepcionista Pam, de “The Office”. Na trama, ela e o marido (Oliver Hudson, de “Rules of Engagement”) resolvem se separar, mas sem se separar de verdade, já que também decidem continuar a morar juntos, para acomodar suas finanças e a criação dos filhos. Após seis episódios, a atração desenvolvida por Emily Kapnek (criadora de “Suburgatory”) foi aprovada com uma média de 4,4 milhões de telespectadores e 1,3 ponto na demo (a faixa demográfica de adultos entre 18 e 49 anos, mais relevante para os anunciantes). Cada ponto equivale a 1,3 milhão de adultos na medição da consultoria Nielsen. Já “Speechless” e “American Housewife” vão chegar aos seus terceiros anos, após desempenhos similares – respectivamente: 4,3 milhões e 1,1 ponto, e 4,5 milhões e 1,2 ponto. Criada por Scott Silveri (criador de “Joey”, “Perfect Couples” e “Go On”), “Speachless” tem o diferencial de lidar com a família de um adolescente cadeirante. A atração é estrelada por Minnie Driver (“Dou-lhes Um Ano”) como Maya, uma mãe apaixonada por seu marido e os três filhos pré-adolescentes, um deles com necessidades especiais. O elenco também inclui Cedric Yarbrough (“Meu Nome é Taylor, Drillbit Taylor”) como o cuidador do menino, cuja presença na trama evoca imediatamente o filme francês “Intocáveis” (2011). “American Housewife” é uma criação de Sarah Dunn (roteirista da clássica “Spin City”) e gira em torno da mãe vivida por Katy Mixon (série “Mike & Molly”). Sua personagem é Katie, que também é mãe de três crianças complicadas e sofre com seu temperamento forte, enquanto tenta criar sua família normal de classe média em uma cidade rica, repleta de esposas perfeitas e filhos ideais. Única série sobre família asiática na TV americana – e a primeira com protagonistas asiáticos da TV aberta desde 1994 – , “Fresh off the Boat” vai chegar a sua 5ª temporada com a menor audiência da turma – 3,8 milhões de telespectadores e 1 ponto na demo. Criada por Nahnatchka Khan (série “Apartment 23”), a trama é inspirada no livro de memórias do chef Eddie Huang e investe no tom nostálgico, ao estilo de “Todo Mundo Odeia o Cris”, “Os Goldbergs” e “Anos Incríveis”. Passada nos anos 1990, conta como a família taiwanesa do menino Eddie se adapta ao choque cultural de morar em Orlando, na Flórida. O elenco é encabeçado por Randall Park (que estará em “Homem Formiga e a Vespa”) e Constance Wu (que estará em “Podres de Ricos”), e a produção conta com o cineasta Jake Kasdan (do fenômeno “Jumanji: Bem-Vindo à Selva”). “Black-ish” também chega na 5ª temporada, mas em meio a muitas tensões nos bastidores. Seu criador, Kenya Barris (autor dos roteiros de “Viagem das Garotas” e do novo “Shaft”), estaria ensaiando trocar a TV pelo streaming, após ter se desentendido publicamente com o canal. No mês passado, a ABC vetou a exibição de um episódio politicamente temático do “Black-ish”, citando “diferenças criativas” com Barris. “Dadas as nossas diferenças criativas, nem ABC nem eu estávamos felizes com a direção do episódio e concordamos em não colocá-lo no ar”, Barris disse na época. Além disso, a rede não tem apostado em novas criações do roteirista, tendo recusado “Libby e Malcolm”, série política que seria estrelada por Felicity Huffman e Courtney B. Vance, “Unit Zero”, que mostraria Toni Collette na CIA, além de uma comédia com Alec Baldwin, que implodiu após o ator desistir do projeto. Assistida por 4,2 milhões de telespectadores ao vivo, com 1,1 ponto na demo, “Black-ish” já foi mais popular, mas, em compensação, rende frutos para o ABC Studios, como o spin-off “Grown-ish”, exibido no canal pago Freeform – do mesmo conglomerado. A série tem seis indicações ao Emmy e Tracee Ellis Ross venceu o Globo de Ouro de Melhor Atriz, por sua performance como a mãe sofredora da família Johnson.
Gérard Depardieu lança livro amargo com reflexões sobre sua vida
O lendário ator francês Gérard Depardieu lançou um livro de memórias, intitulado “Monstre” (Monstro), em que faz um balanço amargo de sua vida. Lançado na quinta (26/10), o livro mistura relatos sobre suas relações com mestres do cinema a reflexões sobre textos de alguns de seus escritores prediletos, e é repleto de comentários pessimistas sobre a humanidade. “Como podemos continuar avançando em uma civilização que pouco a pouco está perdendo suas razões de ser?”, questiona o ator num trecho, retomando uma reflexão do autor austríaco Stefan Zweig, que se suicidou em fevereiro de 1942, atormentado pela agonia do mundo. Depardieu fala também da sua infância miserável em Berry, no centro da França, e de seu pai, “Dédé”, que “nunca tinha visto o mar”. Conta como descobriu o teatro, seu encontro com figuras como Claude Régy e Marguerite Duras, e como os cineastas Bernardo Bertolucci, Marco Ferreri e François Truffaut mudaram a sua vida. Ele descreve a si próprio, aos 68 anos, como um homem cansado das “normas”, que celebra “a violência dos excessos”. E fala sobre a morte, que define como “um belo ponto de exclamação sobre o que foi vivido”.
Fresh off the Boat é renovada para sua 4ª temporada
A rede ABC anunciou a renovação da série de comédia “Fresh off the Boat” para sua 4ª temporada. Única série sobre uma família asiática na TV americana – e a primeira com protagonistas asiáticos da TV aberta desde 1994 – , a atração tem uma audiência média de 3,9 milhões de telespectadores e 88% de aprovação crítica no site Rotten Tomatoes. Criada por Nahnatchka Khan (série “Apartment 23”), a trama é inspirada no livro de memórias do chef Eddie Huang e investe no tom nostálgico, ao estilo de “Todo Mundo Odeia o Cris”, “Os Goldbergs” e “Anos Incríveis”. Passada nos anos 1990, conta como a família taiwanesa do menino Eddie se adapta ao choque cultural de morar em Orlando, na Flórida. O elenco é encabeçado por Randall Park, Constance Wu, Hudson Yang, Forrest Wheeler e Ian Chen, e a produção conta com o cineasta Jake Kasdan (“Professora sem Classe”, “Sex Tape” e o vindouro “Jumanji”).
Trailer da adaptação de O Sentido do Fim destaca mistério e grande elenco britânico
A CBS Films divulgou o primeiro trailer de “The Sense of an Ending”, drama britânico com grande elenco, que envolve um mistério do passado, a seletividade das memórias e se desenrola paralelamente entre o presente e flashbacks. Baseado no romance premiado “O Sentido do Fim”, de Julian Barnes, o filme acompanha o futuro vovô interpretado por Jim Broadbent (“A Viagem”), que após receber um antigo diário se vê forçado a confrontar o passado e as consequências de ações motivadas por seu primeiro grande amor. O elenco inclui Charlotte Rampling (“45 Anos”), Emily Mortimer (série “The Newsroom”), Michelle Dockery (série “Downton Abbey”), Freya Mavor (série “Skins”), Joe Alwyn (“A Longa Caminhada de Billy Lynn”), Harriet Walter (série “The Crown”) e Billy Howle (série “Glue”). A direção é do indiano Ritesh Batra, que chamou atenção mundial com o romance “The Lunchbox” (2013), e a estreia está marcada para 10 de março nos EUA. Ainda não há previsão de lançamento no Brasil.
Após 40 anos, Carrie Fisher revela caso “intenso” com Harrison Ford nos bastidores de Star Wars
A atriz Carrie Fisher confessou que viveu um romance “intenso” com o ator Harrison Ford durante as filmagens do primeiro filme da saga “Star Wars”. “Éramos Han Solo e (princesa) Leia entre a semana. E Carrie e Harrison durante o fim de semana”, contou Carrie em entrevista para a revista People. Segundo a atriz, a relação com Ford durou três meses e ocorreu em 1976, quando ambos estavam filmando “Guerra nas Estrelas”, o primeiro filme da saga espacial idealizada por George Lucas. Na época, ela tinha 19 anos. Ford, de 33 anos, era casado e pai de dois filhos. A confissão serve de aperitivo para o livro de memórias que Carrie vai lançar na semana que vem, em 22 de novembro. Intitulado “The Princess Diarist”, a publicação contém suas lembranças, curiosidades e segredos sobre as gravações dos filmes de “Star Wars”. Carrie Fisher e Harrison Ford trabalharam juntos nos três longas da trilogia original de “Star Wars” formada pelos filmes “Guerra nas Estrelas” (1977), “O Império Contra-Ataca” (1980) e “O Retorno de Jedi” (1983). Recentemente, eles retomaram os famosos papéis de princesa Leia e Han Son no relançamento da franquia, “Star Wars: O Despertar da Força” (2015). E Carrie ainda deve reaparecer como Leia em “Star Wars: Episode VIII”, previsto para 2017.








