City on a Hill: Nova série estrelada por Kevin Bacon ganha trailer repleto de testosterona
O canal pago americano Showtime divulgou o pôster e trailer de “City on a Hill”, nova série criminal estrelada por Kevin Bacon (“The Following”) e Aldis Hodge (“Estrelas Além do Tempo”). A prévia é repleta de ação e testosterona, com tiroteios, olhares duros e conversas de machos alfa. A série é baseada em uma ideia original do ator Ben Affleck (“Liga da Justiça”), que assina a produção com seu parceiro Matt Damon (“Jason Bourne”). O piloto, por sua vez, foi comandado por Gavin O’Connor, que dirigiu Affleck no suspense “O Contador” (2016). “City On A Hill” é uma versão ficcional do chamado “Milagre de Boston” dos anos 1990, nome dado à queda vertiginosa de homicídios na cidade de Boston, até então uma das mais violentas dos Estados Unidos, submersa na corrupção desenfreada, racismo escancarado e juventude armada. A trama gira em torno da chegada de Decourcy Ward (Aldis Hodge), um jovem promotor idealista que vem do Brooklyn, em Nova York, decidido a transformar a cidade, mas que, para isso, precisa primeiro se transformar e formar uma improvável aliança com um veterano agente corrupto do FBI, Jackie Rhodes (Kevin Bacon). Juntos, eles prendem uma família de criminosos em um caso com muitas ramificações, que acaba por subverter todo o sistema de justiça criminal de Boston. O elenco da produção também conta com Jonathan Tucker (“Westworld”, “Kingdom”), Mark O’Brien (“Halt and Catch Fire”), Jill Hennessy (“Crossing Jordan”) e Lauren E. Banks (“Maniac”). A produção tem estreia marcada para 16 de junho nos Estados Unidos.
Série baseada na franquia Jason Bourne tem produção oficializada
O canal pago USA Network deu sinal verde para a produção de “Treadstone”, série passada no mesmo universo dos filmes da franquia “Jason Bourne”. Desenvolvida por Tim Kring (criador de “Heroes”), a trama vai explorar o programa de operações secretas da CIA conhecido como Treadstone, que usa um protocolo de modificação de comportamento para transformar agentes em assassinos super-humanos praticamente imbatíveis – como Jason Bourne e Aaron Cross, personagens interpretados por Matt Damon e Jeremy Renner no cinema. A atração seguirá agentes “adormecidos” por todo o mundo, enquanto eles começam misteriosamente a “despertar” suas habilidades e completar suas missões fatais. O elenco ainda não foi definido, porque a série foi aprovada com base apenas na premissa e no roteiro de Kring. Mesmo assim, um cineasta foi escolhido para dirigir o primeiro episódio. O cargo ficou com Ramin Bahrani, responsável pelo recente remake de “Fahrenheit 451” na HBO. A produção deve começar só em 2019 e a série ainda não tem previsão de estreia.
Ben Affleck e Matt Damon vão trabalhar juntos em filme sobre ex-policial que deu golpe milionário no McDonald’s
Amigos de longa data e sócios numa produtora, Ben Affleck e Matt Damon vão voltar a trabalhar juntos, mas pela primeira vez em funções diferentes. Segundo o site Deadline, Affleck vai dirigir Damon em um filme sobre o caso real de um ex-policial que deu um golpe milionário na rede de fast-food McDonald’s nos anos 2000. A premissa, que será transformada em roteiro pela dupla Paul Wernick e Rhett Reese (“Deadpool”), atraiu interesse de vários estúdios. A Universal quase levou o filme, visando transformá-lo numa comédia estrelada por Kevin Hart (“Jumanji: Bem-Vindo à Selva”), enquanto a Warner tentou levar a história para Steve Carell estrelar. Até a Netflix participou da disputa, com planos que incluíam o diretor Todd Phillips (“Se Beber, Não Case”) e o ator Robert Downing Jr. (“Vingadores: Guerra Infinita”). Mas quem levou foi a Fox, que fechou com Affleck e Damon. A história real foi investigada pelo repórter Jeff Maysh e publicada no site The Daily Beast nesta semana. A reportagem detalha a saga de Jerry Jacobson, um ex-policial que passou a trabalhar como segurança para uma empresa de Los Angeles que produzia as peças para o famoso jogo de “Monopoly” do Mcdonald’s. Na promoção realizada pela rede, os clientes colecionavam peças de uma versão modificada do famoso jogo, em que cada compra no McDonald’s valia uma parte do “Monopoly”. Ao colecionar as peças certas, os jogadores podiam ganhar prêmios em dinheiro de até US$ 1 milhão. Mas as chances de faturar tanto eram de 1 em 250 milhões. Graças a seu acesso à fábrica, Jacobson obtia as partes separadas do jogo e chegou a coletar US$ 24 milhões antes de ser preso.
Matt Damon pode viver milionário controverso em cinebiografia
O ator Matt Damon (“Perdido em Marte”) abriu negociações para protagonizar “The King Of Oil”, cinebiografia do controverso multimilionário Marc Rich. Rich criou uma das maiores multinacionais de matérias-primas do mundo (Marc Rich&Company, agora Glencore) no final dos anos 1970, mas sua carreira empresarial ruiu em 1983 quando fugiu dos Estados Unidos para não responder a acusações de evasão de impostos e comércio ilegal. No seu último dia na Casa Branca, o ex-presidente dos Estados Unidos Bill Clinton (1993-2001) outorgou um polêmico indulto a Rich, que morreu em 2013 na Suíça aos 78 anos. Se as negociações forem concretizadas, Damon viverá o personagem e produzirá o filme, ao lado do também ator John Krasinski. Os dois já trabalharam juntos como produtores em “Manchester à Beira-Mar” (2016) e como roteiristas em “Terra Prometida” (2012), longa-metragem dirigido por Gus Van Sant. Krasinski, que se destacou como diretor no terror “Um Lugar Silencioso”, pode assumir a direção do projeto, mas isso ainda não foi determinado. O roteiro está a cargo de Joe Shrapnel e Anna Waterhouse, que escreveram juntos “Raça” (2016), cinebiografia do atleta Jesse Owens.
Universo dos filmes de Jason Bourne vai virar piloto de série de TV
O canal pago americano USA Network encomendou a produção do piloto de “Treadstone”, projeto de série sobre o universo do espião cinematográfico Jason Bourne, vivido por Matt Damon em quatro filmes. Desenvolvida por Tim Kring (criador de “Heroes”), a produção vai explorar o programa de operações secretas da CIA conhecido como Treadstone, que usa um protocolo de modificação de comportamento para transformar agentes em assassinos super-humanos praticamente imbatíveis – como Jason Bourne. A trama seguirá agentes “adormecidos” por todo o mundo, enquanto eles começam misteriosamente a “despertar” suas habilidades e completar suas missões fatais. A produção ainda não definiu elenco, e para virar série precisará ter o piloto aprovado.
Terry Gilliam critica exageros e hipocrisia do movimento #MeToo
O diretor Terry Gilliam (“Brazil – O Filme”) resolveu chamar atenção para os excessos do movimento #MeToo. Para ele, “algumas mulheres sofreram” nas mãos de assediadores de Hollywood e fizeram o certo em denunciar pessoas como Harvey Weinstein, a quem chama de “idiota”. Mas homens de bem estão sendo arrastados na lama por uma caça às bruxas que não distingue mais inocentes de culpados. “Sinto muito por alguém como Matt Damon, que é um ser humano decente. Ele foi espancado até a morte por dizer que nem todos os homens são estupradores. Isso é uma loucura!”, comparou o cineasta, em entrevista para a agência AFP, citando o que aconteceu após o ator dar uma entrevista controversa. Gilliam dirigiu Damon em “Os Irmãos Grimm” (2005) e em seu último filme, “O Teorema Zero” (2013). Ele acrescentou que o clima criado é de terror. “As pessoas têm medo de dizer coisas, pensar coisas”. “Eu acho que as denúncias tem criado um estado mental de ‘turba’, em que você vê todo mundo com tochas na mão atacando o castelo de Frankenstein. Até minha esposa diz que eu não deveria falar sobre isso agora, que eu não deveria dar minha opinião. Isso é loucura!”, completou. Mas que há bruxas, las hay. “Harvey foi denunciado e caiu porque era um idiota e porque fez muitos inimigos”, concordou Gilliam. “E acho que ainda há muita gente agindo da forma como ele agia em Hollywood. Eu vi algumas mulheres sofrerem muito”. Mesmo assim, Gilliam acha que existe muita gente hipócrita fazendo denúncias. Para ele, muitas mulheres tiraram proveito do acordo promíscuo oferecido por Weinstein. “Algumas usaram uma noite com Harvey para se dar bem na carreira. São pessoas adultas que usaram essa vantagem que ele podia oferecer. É o preço que você paga… Algumas pessoas pagaram sem hesitar. Outras sofreram por isso”, disse ainda. A maior hipocrisia, entretanto, seria a tolerância com Donald Trump, um assediador confesso, que se aproveitou de inúmeras mulheres e que permanece impune, enquanto produtores e cineastas perderam o emprego e tiveram as vidas arruinadas por menos. “Eu acho engraçado que [enquanto isso está acontecendo], um auto-confessado assediador é o presidente dos EUA e segue como se nada disso fosse com ele”, concluiu.
Matt Damon estaria de mudança para a Austrália por causa de Donald Trump
Matt Damon estaria de mudança marcada para a Austrália com sua família. Segundo o jornal Sunday Telegraph, de Sydney, ele comprou uma casa em Byron Bay, ao lado da residência de Chris Hemsworth – com quem apareceu recentemente em “Thor: Ragnarok”. A coluna/site Page Six foi atrás da história e voltou com uma fonte anônima confirmando tudo e, de quebra, culpando Donald Trump pela decisão do ator de sair dos Estados Unidos. “Matt está dizendo a amigos e colegas em Hollywood que ele está mudando a família para a Austrália”, garantiu a fonte, que citou o clima de insegurança do país no governo de Trump, com mais tiroteios e atentados que o “normal”. Segundo o amigo anônimo, a mudança não afetará o trabalho do ator. “Ele viajará para onde seus projetos estiverem sendo filmados. Ele diz que quer ter um lugar seguro para criar seus filhos”. Damon tem quatro filhos com esposa Luciana Barroso. Procurado pelo Page Six, o agente do ator não se pronunciou. Mas o site reparou que Damon não tem nenhum filme alinhado para os próximos meses, o que pode ser uma confirmação dos planos de mudança.
Matt Damon e Ben Affleck vão adotar a “cláusula de inclusão” em todas as suas produções
Os atores Matt Damon (“Pequena Grande Vida”) e Ben Affleck (“Liga da Justiça”) anunciaram que adotarão o “inclusion rider”, a cláusula de inclusão, que exige diversidade nas equipes de produção, em todos projetos futuros de sua produtora Pearl Street. O gerente de produção da companhia Fanshen Cox DiGiovanni fez o anúncio na noite de segunda-feira (12/3) via Twitter, durante o Festival SXSW. Ele referenciou um comunicado do ator Michael B. Jordan (“Pantera Negra”) sobre a mesma decisão, em relação à sua companhia, Outlier Society Productions, ecoando o apoio a maior representatividade em Hollywood. “Obrigado por sempre apoiar uma representação mais ampla na indústria. Em nome de Pearl Street Films, Matt Damon, Ben Affleck, Jennifer Todd, Drew Vinton e eu vamos adotar o #InclusionRider para todos os nossos projetos futuros”. O engajamento pela inclusão de mais mulheres nas equipes de produção foi despertado pelo discurso de Frances McDormand, ao vencer o Oscar 2018 por “Três Anúncios para um Crime”. “Eu tenho duas palavras para vocês: inclusion rider”, ela disse, ao final de seus agradecimento, conclamando as mulheres que lutam por igualdade a exigirem a cláusula de inclusão em seus contratos. Na prática, a cláusula impede que o set seja predominantemente masculino, como tem sido a regra, garantindo mais empregos para mulheres ou minorias – ela também pode ser usada para garantir maior segmentação racial nas equipes técnicas dos filmes. Ao colocar a responsabilidade pela diversificação das produções cinematográficas nas mãos dos atores, McDormand chamou atenção para o poder de negociação que as estrelas possuem para aceitar estrelar uma filmagem. Não por acaso, as duas primeiras empresas a se comprometer com essa causa são comandadas por atores, que se mostram comprometidos a trabalhar em sets mais diversificados.
Pequena Grande Vida se encolhe até virar irrelevante
Desde, pelo menos, “O Incrível Homem que Encolheu” (1957), de Jack Arnold, o cinema tem gostado de brincar com a ideia de encolher as pessoas. Há “Viagem Fantástica” (1966), “Querida, Encolhi as Crianças” (1989) e muitos outros exemplos. Até o filme “Fale com Ela” (2001), de Pedro Almodóvar, inclui um curta chamado “O Amante Minguante”, inspirado no conto “15 Centímetros”, de Charles Bukowski. “Pequena Grande Vida”, dirigido por Alexander Payne, volta ao tema da miniaturização das pessoas. Agora, a média de altura seria de 13 centímetros. Só que aqui a brincadeira toma um ar de seriedade que, apesar da ironia e da crítica, reflete as preocupações da atualidade. A miniaturização definitiva das pessoas, a partir de uma descoberta norueguesa, que não produz efeitos colaterais, parece se constituir numa solução para a humanidade, que está destruindo o planeta e poluindo tudo. É só criar comunidades em miniatura, onde será possível viver em casas maravilhosas, sem trabalhar, já que o dinheiro existente se multiplicará, devido à redução brutal dos gastos. É a lazerlândia, a cidade dos sonhos, a vida ideal se todos aderirem à ideia. De esmola demais o santo desconfia, lembram-se desse provérbio? Pois é, assim é. Toda idealização desmorona porque, fincada na ilusão de uma utopia, por mais bem intencionada que seja, não resiste ao confronto com o real da vida. Até aí muito bem, mas o filme vai se perdendo em detalhes e situações irrelevantes e acaba buscando abrigo na questão social, na opressão da desigualdade de classes e coletividades e na questão ecológica. Faz uma mistura que não funciona muito bem e que acaba por anular qualquer viés cômico que a ideia da miniaturização pudesse ter. Além disso, é desnecessariamente longo. O resultado não corresponde à intenção. A sensação é de uma boa proposta que se perdeu no caminho, mesmo contando com uma boa produção e um bom elenco. Destaque para o desempenho brilhante da atriz tailandesa Hong Chau, num casting que ainda inclui Matt Damon, Christoph Waltz, Jason Sudeikis e Kristen Wiig.
Matt Damon lamenta comentários polêmicos sobre assédio e diz que vai calar a boca por um tempo
O ator Matt Damon resolveu fazer controle de danos, retratando-se pelos seus comentários sobre as denúncias de assédio na indústria de entretenimento. Em entrevista ao programa “Today”, da rede NBC, na terça-feira (16/1), ele reconheceu que deveria “ter ouvido mais” antes de se posicionar sobre o assunto. “Eu não quero aumentar a dor de ninguém com qualquer coisa que eu faça ou fale”, resumiu Damon. Ele acrescentou que há muitas amigas suas envolvidas com a iniciativa Time’s Up, que luta contra o assédio sexual. “Eu apoio o que elas estão fazendo e quero ser parte dessa mudança, mas devo ir para o banco de trás e calar a minha boca por um tempo”. O ator foi criticado por declarações polêmicas sobre a assunto. Em uma entrevista, chegou a propor que as punições refletissem os “níveis” de assédio, e que houve perdão para os assediadores menos graves. “Há uma diferença entre acariciar a bunda de alguém e estuprar ou abusar de crianças, certo? Ambos os comportamentos precisam ser confrontados e erradicados, sem dúvida, mas eles não devem ser considerados iguais”, disse na ABC News. Para Damon, estupro deve ser tratado com cadeia, porque é comportamento criminoso, mas outras atitudes devem ser consideradas apenas “vergonhosas” e “nojentas”. “Não conheço Louis C.K., mas não imagino que ele vá fazer aquelas coisas de novo”, disse o ator, referindo-se às acusações de masturbação do comediante diante de mulheres com quem trabalhou. Minnie Driver, que já namorou Damon, ficou tão chocada que escreveu “Deus, isto é sério?” no Twitter. Ela respondeu ao jornal The Guardian que os homens “simplesmente não conseguem entender o que é o abuso cotidiano” e não devem, portanto, tentar diferenciar ou explicar o que seria uma má conduta sexual contra as mulheres. “Não há hierarquia em referência a abusos. Não se pode dizer que uma mulher estuprada tem direito a se sentir pior que outra para quem só mostraram o pênis. Muito menos um homem. E se bons homens como Matt Damon pensam desta maneira, temos um problema. Precisamos de homens bons e inteligentes que digam que tudo isto é mau, que condenem isto tudo e recomecem do zero”, acrescentou. Por sua vez, Alyssa Milano foi ao Twitter desabafar. “Estamos numa ‘cultura de indignação’ porque o tamanho da raiva é, de fato, revoltante. E é justa”, ela começou. “Eu fui vítima de cada componente do espectro de agressão sexual do qual você fala. Todos machucaram. E todos estão ligados a um patriarcado entrelaçado com uma misoginia considerada normal, aceita e até bem-recebida”, apontou. “Não estamos indignadas porque alguém agarrou nossas bundas em uma foto. Estamos indignadas porque fomos forçadas a crer que isso era normal. Estamos indignadas porque formos submetidas à abuso psicológico. Estamos indignadas porque fomos silenciadas por tanto tempo”. Além disso, o comentário de Damon rendeu um abaixo-assinado pedindo o corte do ator de “Oito Mulheres e um Segredo”, filme de empoderamento feminino, em que ele filmou uma participação especial.
Petição pede que Matt Damon seja cortado de Oito Mulheres e um Segredo após declarações polêmicas
Matt Damon foi pego na pororoca de duas “ondas” atuais de Hollywood: as denúncias de assédio sexual e as criações de petições sobre filmes. Após ter dado declarações infelizes sobre a importância de diferenciar estupro e assédio sexual na indústria do entretenimento, pedindo que assediadores fossem perdoados, ele foi alvo de uma petição para que sua participação no filme “Oito Mulheres e um Segredo” seja cortada. Uma petição que circula nas redes sociais para que o ator tenha sua breve aparição removida no filme já atingiu quase 20 mil assinaturas. A justificativa para a remoção é que “o filme deveria ser empoderador para as mulheres”, mas sua presença “trivializaria a natureza séria das acusações contra abusadores sexuais como Weinstein” e seria “um show de desrespeito” contra as mulheres corajosas que os estão denunciando. “Também enviaria uma mensagem terrível sobre a inevitabilidade de – e a falta de culpabilidade – de assédio sexual no local de trabalho, que experimentam quatro em cada dez mulheres americanas”. O texto também recupera uma denúncia de que Damon ajudou a evitar que uma reportagem do New York Times fosse publicada sobre o comportamento de Harvey Weinstein em 2004, e disse que ainda trabalharia pessoas que haviam sido acusadas de má conduta sexual, numa base de “caso a caso”. “Esse comportamento está além da habilitação – é simplesmente nojento”. “Matt Damon não deveria estar neste filme”, é a conclusão. Damon negou ter tentado sabotar as denúncias contra Weinstein e disse que não tinha ideia que ele era um predador sexual. Mas confessou que sabia do assédio sofrido por Gwyneth Paltrow. Ele se defendeu dizendo que achava que Weinstein era apenas “mulherengo” e “babaca”, não um estuprador em série. A participação do ator em “Oito Mulheres e Um Segredo” é pequena, mas foi incluída como forma de mostrar que a trama se passa no mesmo universo dos personagens de “Onze Homens e um Segredo”, filme que trazia Damon em seu elenco. Planejado como uma versão feminina do filme anterior, “Oito Mulheres e um Segredo” reúne Sandra Bullock (“Gravidade”), Cate Blanchett (“Thor: Ragnarok”), Anne Hathaway (“Interestelar”), Helena Bonham Carter (“Alice Através do Espelho”), Sarah Paulson (série “American Crime Story”), Mindy Kaling (série “The Mindy Project”), Awkwafina (“Vizinhos 2”) e a cantora Rihanna (“Battleship”). A estreia está marcada apenas para junho de 2018.
Matt Damon recebe lição de moral de atrizes após declarações polêmicas sobre assédio sexual
O ator Matt Damon (“Jason Bourne”) fez comentários polêmicos sobre assédio sexual durante uma entrevista na TV americana, e as atrizes Minnie Drive (série “Speechless”) e Alyssa Milano (série “Mistress”) não deixaram barato. Em entrevista para o programa do crítico de cinema Peter Travis na ABC News, Damon exaltou a coragem das mulheres que denunciaram abusadores, mas ressaltou que alguns casos não deveriam ser colocados na mesma balança: “Há uma diferença entre acariciar a bunda de alguém e estuprar ou abusar de crianças, certo? Ambos os comportamentos precisam ser confrontados e erradicados, sem dúvida, mas eles não devem ser considerados iguais”. Falando em exageros de uma “cultura do ultraje”, ele deu exemplos. “Quando você vê (o senador) Al Franken tirando uma foto com as mãos na jaqueta daquela mulher, onde estariam os seios, e rindo para a câmera, é claro que é uma piada horrorosa. É errado, e ele não deveria ter feito aquilo. Por outro lado, quando você lê as coisas das quais Harvey é acusado, não há fotos disso e por um motivo! Ele sabia que o que ele fazia era errado. Não há testemunhas. Não há nada sobre ele se gabando do que fez. São coisas secretas, porque são criminosas. Essas duas coisas não pertencem a mesma categoria. Elas devem ser consideradas de formas diferentes”. Para Damon, estupro deve ser tratado com cadeia, porque é comportamento criminoso, mas outras atitudes devem ser consideradas apenas “vergonhosas” e “nojentas”. “Não conheço Louis C.K., mas não imagino que ele vá fazer aquelas coisas de novo”, disse o ator, referindo-se às acusações de masturbação do comediante diante de mulheres com quem trabalhou. A conclusão é que assediadores deveriam ser perdoados e ter a chance de continuar no mesmo ambiente de trabalho. Minnie Driver, que já namorou Damon, ficou tão chocada que escreveu “Deus, isto é sério?” no Twitter. Ela respondeu ao jornal The Guardian que os homens “simplesmente não conseguem entender o que é o abuso cotidiano” e não devem, portanto, tentar diferenciar ou explicar o que seria uma má conduta sexual contra as mulheres. “Não há hierarquia em referência a abusos. Não se pode dizer que uma mulher estuprada tem direito a se sentir pior que outra para quem só mostraram o pênis. Muito menos um homem. E se bons homens como Matt Damon pensam desta maneira, temos um problema. Precisamos de homens bons e inteligentes que digam que tudo isto é mau, que condenem isto tudo e recomecem do zero”, acrescentou. Por sua vez, Alyssa Milano foi ao Twitter desabafar. “Estamos numa ‘cultura de indignação’ porque o tamanho da raiva é, de fato, revoltante. E é justa”, ela começou. “Eu fui vítima de cada componente do espectro de agressão sexual do qual você fala. Todos machucaram. E todos estão ligados a um patriarcado entrelaçado com uma misoginia considerada normal, aceita e até bem-recebida”, apontou. “Não estamos indignadas porque alguém agarrou nossas bundas em uma foto. Estamos indignadas porque fomos forçadas a crer que isso era normal. Estamos indignadas porque formos submetidas à abuso psicológico. Estamos indignadas porque fomos silenciadas por tanto tempo”. Veja abaixo a entrevista polêmica.









