Martin Scorsese defende Mãe! em artigo que ataca métricas de cinema
O diretor Martin Scorsese escreveu um artigo para a revista The Hollywood Reporter em defesa do filme “Mãe!”, de Darren Aronofsky, lamentando a falta de conhecedores de cinema entre os críticos atuais e a ênfase dada a métricas, como as do Rotten Tomatoes e do Cinemascore. “Os bons filmes de cineastas reais não são feitos para serem decodificados, consumidos ou compreendidos instantaneamente”, ele observou. Leia abaixo um trecho do longo texto do cineasta. “Antes de realmente ver ‘Mãe!’, fiquei extremamente perturbado pelos julgamentos severos que sofreu. Muitas pessoas pareciam querer definir o filme, colocá-lo num nicho, achar suas falhas e condená-lo. E muitos pareceram felizes com o fato dele receber uma nota F do Cinemascore. Isso na realidade virou notícia – ‘Mãe!’ tinha sido “esbofeteado” com a “temida” nota F do Cinemascore, terrível condecoração compartilhada por filmes dirigidos por Robert Altman, Jane Campion, William Friedkin e Steven Soderbergh. “Depois que tive a chance de ver ‘Mãe!’, fiquei ainda mais perturbado pela pressa do julgamento e é por isso que queria compartilhar meus pensamentos. As pessoas pareciam estar atrás de sangue, simplesmente porque o longa não pode ser facilmente definido ou interpretado ou reduzido a uma descrição de duas palavras. É um filme de terror ou uma comédia sombria ou uma alegoria bíblica ou uma fábula cautelar sobre devastação moral e ambiental? Talvez um pouco de tudo isso, mas certamente não apenas uma dessas categorias básicas. “É um filme que precisa ser explicado? E que tal a experiência de assistir a ‘Mãe’!? É tão tátil, lindamente encenado – a câmera subjetiva e os ângulos reversos, sempre em movimento… o design de som, que chega ao espectador pelas beiradas e o arrasta cada vez mais para as profundezas deste pesadelo… o desenrolar da história, que gradualmente se torna mais e mais perturbadora conforme o filme avança. O terror, a comédia sombria, os elementos bíblicos, a fábula cautelar – estão todos lá, mas são elementos da experiência total, que engole os personagens e os espectadores junto com eles. Somente um verdadeiro e apaixonado cineasta poderia ter feito esse longa, que eu ainda estou experimentando semanas após tê-lo assistido. “Bons filmes, feitos por cineastas de verdade, não são criados para ser decodificados, consumidos ou instantaneamente compreendidos. Eles não são nem feitos para serem gostados instantaneamente. São feitos porque a pessoa por trás das câmeras tinha que fazê-los. E como qualquer pessoa familiarizada com a história do cinema sabe muito bem, há uma lista muito longa de títulos – ‘O Mágico de Oz’, ‘A Felicidade Não Se Compra’, ‘Um Corpo Que Cai’ e ‘À Queima-Roupa’, para citar apenas alguns – que foram rejeitados no lançamento e se tornaram clássicos. As avaliações do Tomatômetro e Cinemascore desaparecerão em breve. Talvez sejam substituídos por algo ainda pior. “Ou talvez eles desapareçam e se dissolvam à luz de um novo espírito na alfabetização cinematográfica. Enquanto isso, filmes produzidos apaixonadamente como ‘Mãe!’ continuarão a crescer em nossas mentes.” Raparo importante: apesar do que escreveu Scorsese, a nota de “Mãe!” no Rotten Tomatoes foi alta. O filme teve 68% de aprovação. E o estúdio usou esta aprovação em seu marketing para fazer frente à rejeição do público – foram os espectadores, avaliados pelo Cinemascore, e não a crítica, refletida no Rotten Tomatoes, que detestaram o filme. Este esclarecimento é necessário, uma vez que Scorsese não o reflete em seu texto. O Rotten Tomatoes também publica um resumo das opiniões da imprensa, que qualifica como “consenso da crítica”. Eis o que o site escreveu em sua síntese de “Mãe!”: “Não há como negar que ‘Mãe!’ é o produto provocador de uma visão artística singularmente ambiciosa, embora possa ser muito difícil para os gostos convencionais”.
Anna Paquin será a filha de Robert De Niro no novo filme de Martin Scorsese
A atriz Anna Paquin (série “True Blood”) entrou no elenco de “The Irishman”, novo filme de Martin Scorsese. Segundo o site Deadline, ela interpretará a filha do personagem de Robert De Niro, que protagoniza o longa. A personagem se chama Peggy e é descrita como alguém com personalidade forte, que nunca aprovou o estilo de vida mafioso do pai e se distanciou dele com o tempo. O filme tem roteiro de Steve Zaillian (criador da série “The Night Of”) e é baseado no livro de Charles Brandt “I Heard You Paint Houses” sobre a vida de Frank “The Irishman” Sheeran (papel de De Niro), o maior assassino da máfia americana, supostamente envolvido na morte do sindicalista Jimmy Hoffa. De Niro e Scorsese não filmavam juntos desde “Cassino” (1995), e o elenco ainda inclui outro ator importante daquele filme, Joe Pesci, além de Al Pacino (“O Poderoso Chefão”) no papel de Hoffa. A expectativa é que o lançamento aconteça em 2019 na Netflix.
Itália escolhe coprodução brasileira para vaga no Oscar de Melhor Filme Estrangeiro
A Itália selecionou o filme “A Ciambra” como seu candidato à disputa da vaga no Oscar 2018, na categoria de Melhor Filme em Língua Estrangeira. O longa é uma coprodução com o Brasil, os Estados Unidos e mais três países europeus. Em seu time de produtoras, figura a RT Features, do brasileiro Rodrigo Teixeira, além do americano Martin Scorsese. Escrito e dirigido por John Carpignano (“Mediterranea”), o filme é expansão de um curta homônimo, premiado no Festival de Cannes em 2014. A trama se passa em uma comunidade cigana na região da Calábria, sul do país, e acompanha o rito de passagem de um jovem cigano de 14 anos. O personagem é interpretado pelo ator Pio Amato (também de “Mediterranea”). “A Ciambra” foi exibido no começo do ano na Quinzena dos Realizadores, mostra paralela ao Festival de Cannes, onde recebeu o prêmio Europa Cinemas Label.
Martin Scorsese vai dar curso de cinema pela internet
O cineasta americano Martin Scorsese vai ministrar um curso de cinema pela internet, a partir do próximo ano, numa iniciativa da startup MasterClass Ao preço de US$ 90, os alunos terão acesso ilimitado a mais de 20 aulas, em que o diretor nova-iorquino analisará toda sua filmografia e oferecerá dados sobre suas experiências atrás das câmeras, incluindo lições sobre narrativa, montagem e trabalho com atores. Além disso, o curso dará acesso ao download de um livro com resumos de cada aula e material adicional. Os estudantes poderão enviar vídeos com perguntas ao produtor, e Scorsese dará respostas aos assuntos de maior interesse. “Este projeto me entusiasmou porque me permite compartilhar minhas próprias fontes de inspiração, minhas experiências, minhas práticas e o meu desenvolvimento como cineasta”, declarou Scorsese em um comunicado. “Não se trata de seguir ao pé da letra o que eu fiz, mas oferecer às pessoas jovens uma ajuda para que encontrem seu próprio caminho”, acrescentou. Rundada em 2015, MasterClass já lançou mais de uma dúzia de cursos sobre cinema pela internet, alguns com a assinatura de artistas como Kevin Spacey, Dustin Hoffman, Aaron Sorkin e Steve Martin, entre outros. A pré-inscrição do curso de Scorsese já está disponível no site oficial. Veja abaixo o vídeo de apresentação do curso. Atualmente, o diretor está filmando “The Irishman”, drama mafioso que volta a reuni-lo com Robert De Niro e Joe Pesci, com quem fez os clássicos “Touro Indomável” (1980), “Os Bons Companheiros” (1990) e “Cassino” (1995).
Fotos de set registram filmagens de Martin Scorsese com Robert De Niro e Joe Pesci
Os paparazzi flagraram as filmagens “The Irishman”, novo filme de Martin Scorsese, nas ruas de Yonkers, em Nova York. As imagens registram o diretor ao lado de Joe Pesci e Robert De Niro. Os três não filmavam juntos desde “Cassino” (1995). Além de Pesci e De Niro, o filme também contará com Al Pacino. A trama vai atravessar décadas e os três atores vão interpretar versões mais jovens de si mesmos, em diferentes fases da história, com o auxílio da tecnologia de rejuvenescimento digital. O filme conta com roteiro de Steve Zaillian (criador da série “The Night Of”), que adaptou o livro de Charles Brandt “I Heard You Paint Houses” sobre a vida de Frank “The Irishman” Sheeran (papel de De Niro), o maior assassino da máfia americana, supostamente envolvido na morte do sindicalista Jimmy Hoffa. Ainda não há previsão para a estreia, que acontecerá pela plataforma de streaming da Netflix.
Frank Vincent (1939 – 2017)
O ator americano Frank Vincent, conhecido por seus papéis de mafioso na série “Família Soprano” (The Sopranos) e nos filmes de Martin Scorsese, morreu na quarta-feira (13/9) os 78 anos, em um hospital de Nova Jersey. Ele passava por uma operação, após ter sofrido um ataque cardíaco na semana passada. Nascido em 1939 em North Adams, Massachusetts, e de ascendência italiana, Frank Vincent quase despontou como talento musical, tendo tocado bateria, trumpete e piano para os cantores Trini López e Paul Anka. Mas acabou trocando de carreira após aparecer num pequeno papel como um jogador endividado em “The Death Collector” (1976), estrelado por Joe Pesci. O filme chamou atenção de Robert De Niro, que sugeriu a Scorsese que o visse. E foi assim que Joe Pesci e Frank Vincent entraram na filmografia do cineasta, escalados para atuarem juntos num dos maiores clássicos de Scorsese, “Touro Indomável” (1980). O papel de Vincent era Salvy Batts, a conexão mafiosa de Jake LaMotta (De Niro). O ator acabou transformando aquele personagem numa carreira, revivendo os trejeitos de mafioso em dezenas de filmes, dentre eles “Os Bons Companheiros” (1990) e “Cassino” (1995), em que voltou a contracenar com De Niro e Pesci, com direção de Scorsese. O papel de Frankie Marino, vivido em “Cassino”, marcou tanto que o ator foi convidado a revivê-lo num clipe do rapper Nas, “Street Dreams” (1996). Frank Vincent também foi um mafioso divertido em comédias como “Nos Calcanhares da Máfia” (1984), de Stuart Rosemberg, “Quem Tudo Quer, Tudo Perde” (1986), de Brian De Palma, e “Mafiosos em Apuros” (2000), de Michael Dinner. Ele ainda trabalhou em dois clássicos de Spike Lee, “Faça a Coisa Certa” (1989) e “Febre da Selva” (1991), e filmou com Sidney Lumet (em “Sombras da Lei”, 1996) e James Mangold (em “Cop Land”, 1997). Mas foi mesmo na aclamada produção da HBO, “Família Soprano”, que obteve o maior destaque da carreira. Seu personagem, o mafioso Phil Leotardo era o grande inimigo do protagonista Tony Soprano (James Gandolfini, também já falecido).
Jared Leto estaria furioso com a ideia de um filme do Coringa com outro ator
As fontes anônimas que alimentaram o site The Hollywood Reporter com a informação de que Leonardo DiCaprio estaria cotado para estrelar um filme solo do Coringa podem ter conseguido seu objetivo. Várias publicações de fofoca – geeks e noveleiras – estão afirmando que o ator Jared Leto ficou irritadíssimo com os boatos. Segundo a própria reportagem do THR, Leto “deixou sua insatisfação clara sobre múltiplos Coringas com os agentes que o representam”, e uma agência rival estaria usando essa “falha” dos representantes do ator para tentar atraí-lo para sua lista de clientes. Ou seja, causa e efeito. Um boato bem plantado pode render negócios em Hollywood. Ou apenas outro boato refletindo o boato original. Fato ou invenção, o filme solo do Coringa não foi confirmado pela Warner, que, por outro lado, confirmou a produção de “Esquadrão Suicida 2” e “Coringa vs. Arlequina”, ambos com Leto no papel do Palhaço do Crime.
Leonardo DiCaprio estaria cotado para viver o Coringa em filme produzido por Martin Scorsese
Leonardo DiCaprio está sendo cotado para viver o Coringa no filme solo do vilão, informou o site da revista The Hollywood Reporter. A preferência teria relação com o produtor do longa, o cineasta Martin Scorsese, com quem DiCaprio já filmou cinco longa-metragens. Caso o boato se confirme, a contratação de DiCaprio mudaria toda a concepção conhecida da produção. Quando os planos da Warner Bros. vieram à tona, falava-se num ator mais jovem e que se encaixasse “dentro do orçamento” para um filme de origem. A trama do novo longa, ainda sem previsão de lançamento, seria passada em Gotham City durante os anos 1980. Mas vale observar que a notícia é especulativa e parte de uma teoria de conspiração de fonte anônima. Segundo a fonte informou e o THR publicou, sem destacar que é um rumor, a ideia de contratar Scorsese como produtor seria apenas uma artimanha para trazer DiCaprio a bordo. Detalhe: Scorsese não assinou (ainda?) contrato com o estúdio para participar do projeto. Além disso, apesar do nome de Scorsese estar em evidência, o cineasta contratado para comandar o longa, na verdade, é completamente diferente: Todd Phillips, diretor de comédias, mais conhecido pela franquia “Se Beber Não Case!”. Phillips também está escrevendo o roteiro, em parceria com Scott Silver (“8 Mile: Rua das Ilusões”). A notícia plantada pelo THR ainda insiste que o filme de Batman que Matt Reeves (“Planeta dos Macacos: A Guerra”) irá dirigir não fará parte da continuidade do Universo DC e nem terá Ben Affleck no papel principal, afirmações já negadas oficialmente por todas as partes – Warner, Affleck e Reeves. A Warner tampouco se pronunciou sobre este filme do Coringa, que inauguraria um projeto de filmes de prestígio sobre os personagens da DC Comics, concebidos como as graphic novels da editora nos anos 1980, criadas por autores renomados e fora da cronologia das publicações convencionais. Desta forma, enquanto Jared Leto continuaria a ser o Coringa nos filmes do Universo DC – em “Esquadrão Suicida 2” e num longa sobre o Coringa e a Arlequina – , outro ator interpretaria o personagem neste projeto. Fontes anônimas tem tradição em causar polêmicas sobre projetos da Warner. Uma delas, inclusive, vociferou – e ganhou eco em grande parte da mídia – sobre como o estúdio considerava o filme da “Mulher-Maravilha” desastroso e um fracasso à espera da estreia. Uma mentira que ganhou repercussão da mídia geek. O THR tem seu próprio blog geek, chamado de Heat Vision, e é de lá que vem o novo rumor, que potencialmente criará problemas para o estúdio em relação a Jared Leto.
Novo filme de Martin Scorsese vai rejuvenescer Robert De Niro e Al Pacino
O ator Robert De Niro revelou, durante entrevista ao site Deadline, que o novo filme de Martin Scorsese, “The Irishman”, usará a tecnologia digital para rejuvenescer seus protagonistas. Além de De Niro, o elenco conta com Al Pacino e Joe Pesci. A trama vai atravessar décadas e os três atores vão interpretar versões mais jovens de si mesmos, em diferentes fases da história, com o auxílio da tecnologia. Como esse recurso é caros, Scorsese vinha encontrando dificuldades de tirar o projeto do papel. Nenhum estúdio estava disposto a investir uma fortuna em efeitos visuais apenas para rejuvenescer três atores veteranos, especialmente após o fracasso comercial de “Silêncio”, o lançamento mais recente do diretor. Quem acabou bancando o projeto foi a Netflix, que vai financiar toda a filmagem e sua dispendiosa pós-produção digital. “Precisamos de dinheiro para fazer isso direito e não era financiável de outra maneira, do jeito tradicional dos filmes”, explicou De Niro, sobre trabalhar com a Netflix. Ele também adiantou que as filmagens já começaram. “Estamos fazendo primeiro as coisas da época jovem e avançando década a década, para que mais tarde as coisas mais velhas estejam mais próximas da nossa idade. Estou empolgado e ansioso.” O filme conta com roteiro de Steve Zaillian (criador da série “The Night Of”), que adaptou o livro de Charles Brandt “I Heard You Paint Houses” sobre a vida de Frank “The Irishman” Sheeran, o maior assassino da máfia americana, supostamente envolvido na morte do sindicalista Jimmy Hoffa. Ainda não há previsão para a estreia.
Fãs de quadrinhos rejeitam filme do Coringa nas redes sociais
A revelação de que a Warner pretende realizar um filme solo do Coringa, dirigido por Todd Phillips (“Se Beber Não Case”), incendiou as redes sociais. Os fãs dos quadrinhos da DC Comics reagiram muito mal à notícia. De fato, a reação foi mais raivosa que a repercussão do anúncio de Ben Affleck como o novo Batman – há exatamente quatro anos atrás. A maior parte dos comentários reflete uma rejeição completa ao diretor da franquia “Se Beber Não Case”. Ninguém parece entender a escolha de Phillips, cuja tentativa anterior de adaptar personagens durões rendeu uma frustrante versão comédia de “Starsky & Hutch – Justiça em Dobro”. Mas muita gente também lamentou a ideia de dar uma origem ao Coringa. A história que mais chegou perto disso, a graphic novel “A Piada Mortal”, de Alan Moore, deixou hiatos suficientes para manter o mistério em torno do personagem. Fãs afirmam que o Coringa encanta porque sua vida antes da maquiagem e do caos é desconhecida. E citam que a versão de Heath Ledger, em “Batman: O Cavaleiro das Trevas” (2008), contava versões diferentes de sua origem para confundir ainda mais. “Aposto que vão dar ao Coringa um nome ridículo como Greg”, escreveu um usuário do Twitter. Por fim, houve até quem lamentasse que o personagem não será interpretado por Jared Leto. Odiado na época de “Esquadrão Suicida”, o ator roqueiro teve seu desempenho reavaliado na versão estendida do Blu-ray e agora os fãs o consideram, ao lado da Arlequina de Margot Robbie, a melhor coisa do filme do ano passado. Veja abaixo alguns dos tuítes contrariados com o projeto: I bet they are gonna give Joker some ridiculous name like 'Greg' pic.twitter.com/091ZgabQdW — D'? (@LittleMissD0) August 22, 2017 JOKER ORIGIN MOVIE?! FUCK YOOOOOOOOUUUUUUU! NOOOOOOOOO!!!!! pic.twitter.com/AmUjE3sFuR — Stephpool (@StephhShadyy) August 23, 2017 Please don't make the #Joker movie and origin story. He's not supposed to have an origin story! — Money (@MoneyTalks7114) August 23, 2017 Todd Phillips dusting off that clown suit for Joker movie pic.twitter.com/twAYV8qqih — Kevin Polowy (@djkevlar) August 23, 2017 Nerds currently reacting to news that #TheHangover filmmaker Todd Phillips is tapped to co-write and possibly direct Joker film pic.twitter.com/bITrpXXXTF — Ryan Parker (@TheRyanParker) August 22, 2017 Of all the characters who should NOT have an origin story, like, EVER. #Joker — Helen O'Hara (@HelenLOHara) August 22, 2017 #Joker origin movie? pic.twitter.com/ZwiQf8A6E2 — Danny Shepherd (@DannyLaShep) August 23, 2017 #Joker origin movie? pic.twitter.com/ZwiQf8A6E2 — Danny Shepherd (@DannyLaShep) August 23, 2017 The Joker movie? give #TheFlash a damn director! pic.twitter.com/9m459vR1fC — Sergio-EL (@SergioEES) August 22, 2017
Coringa vai ganhar filme solo do diretor de Se Beber Não Case
A Warner está desenvolvendo um filme solo do Coringa, que mostrará a origem do icônico vilão do Batman. Mas alguns detalhes do projeto, revelado pelo site Deadline, chamam mais atenção que o próprio personagem. Para começar, Jared Leto não irá interpretar o vilão, que será vivido por um ator mais novo. Quem não gostou da interpretação do ator em “Esquadrão Suicida” pode ficar aliviado. Mas o detalhe do “ator mais novo” também tem potencial para afligir fãs. A boa notícia é que a produção está a cargo do cineasta Martin Scorsese (“Silêncio”). A má notícia é que o filme será dirigido por Todd Phillips (da trilogia “Se Beber Não Case”), que também assinará o roteiro em parceria com Scott Silver (“O Vencedor”). A história mostrará a origem do personagem, antes dos eventos de “Esquadrão Suicida”, e, segundo o Deadline, será passada nos anos 1980. A ideia é fazer um filme independente da cronologia oficial do Universo Cinematográfico da DC Comics, ao estilo dos spin-offs de “Star Wars”. Por conta disso, Jared Leto ainda interpretaria o Coringa em pelo menos mais dois filmes da cronologia: “Esquadrão Suicida 2” e “Sereias de Gotham”. O projeto do Coringa ainda não tem previsão de lançamento, mas, como ainda está em fase de roteiro, possivelmente só seja lançado após estes filmes.
Jerry Lewis (1926 – 2017)
Morreu Jerry Lewis, “O Rei da Comédia”, como lhe intitulou um filme de Martin Scorsese. Ele faleceu no domingo (20/8) em sua casa em Las Vegas, aos 91 anos, de uma doença cardíaca. Ator, roteirista, produtor e diretor, Lewis foi considerado um gênio ainda nos anos 1960 pela crítica francesa, e, como se sabe, os americanos transformaram esse reconhecimento numa piada sobre o gosto dos franceses, relutando em reconhecer sua importância na história do cinema. Entretanto, Jerry Lewis foi importantíssimo. Não apenas por estrelar inúmeros clássicos da comédia, mas por suas inovações, tanto diante das câmeras, com um humor físico levado a limites nunca antes testados, como também atrás delas. Sua contribuição para a direção de cinema é inestimável. Foi ele quem introduziu o uso do monitor de filmagens no estúdio, no qual podia verificar instantaneamente cenas recém-rodadas. Até então, os diretores só viam o resultado de seus trabalhos durante o processo de montagem, na pós-produção. Mas Lewis improvisava o tempo inteiro e queria verificar se o take tinha funcionado na hora da filmagem. Todos os outros diretores o copiaram. Filho de músicos profissionais, Lewis nasceu Joseph Levitch em 16 de março de 1926, em Newark, Nova Jersey, e fez sua estreia aos cinco anos em um hotel de Nova York, cantando “Brother, Can You Spare a Dime?”. Ele abandonou os estudos no ensino médio para seguir sua paixão pelo palco, fazendo shows em que imitava cantores populares, nos mesmos lugares em que também trabalhava como garçom. Aos 20 anos, em julho de 1946, enquanto atuava no 500 Club em Atlantic City, um dos artistas com quem trabalhava desistiu abruptamente e ele precisou encontrar um novo parceiro para dividir o show. Acabou se juntando a Dean Martin, e as apresentações da dupla se tornaram uma sensação. Os salários, que eram de US$ 250 por semana, dispararam para US$ 5 mil e eles foram parar na Broadway, com espetáculos tão disputados que causavam congestionamento na Times Square, em Nova York. O contraste de personalidades entre o introvertido Lewis e o sedutor Martin chamou atenção do produtor de cinema Hal Wallis, que os contratou para o casting da Paramount. Em seu primeiro filme, “Amiga da Onça” (1949), eles apareceram apenas como coadjuvantes, mas roubaram as cenas. E após a continuação, “Minha Amiga Maluca” (1950), não houve mais como conter o protagonismo da dupla. A partir de “O Palhaço do Batalhão” (1950), Martin e Lewis emendaram uma produção atrás da outra, estrelando nada menos que 14 filmes em seis anos, até o final da parceria em “Ou Vai ou Racha” (1956). O cantor começou a achar ruim o fato de ser menos reconhecido que o parceiro e desfez a dupla. Eles só voltaram a se encontrar 20 anos depois, num evento beneficente, quando Frank Sinatra surpreendeu o anfitrião Lewis trazendo o ex-amigo ao Teleton de 1976. Lewis era mesmo o astro da dupla, pois imediatamente renegociou com a Paramount, recebendo US$ 10 milhões para fazer mais 14 filmes durante um período de sete anos – negócio jamais visto em Hollywood. E esse período marcou o auge de sua criatividade. Sem ter que dividir os holofotes ou incluir uma pausa obrigatória para as músicas de Martin, Lewis deu vazão à sua influência do cinema mudo, tornando sua persona cinematográfica ainda mais maníaca, com contorcionismos e caretas que marcaram época. Seu primeiro filme como protagonista solo foi “O Delinquente Delicado” (1957), e a lista inicial inclui “Bancando a Ama-Seca” (1958), em que ele aceita cuidar de trigêmeos de uma antiga paixão. O sucesso desse filme ampliou seu público infantil. A grande guinada de sua carreira, porém, aconteceu quase por acaso. Em 1960, a Paramount não tinha filme para lançar no Natal e Jerry Lewis propôs rodar uma produção em um mês, desde que também assinasse o roteiro e dirigisse. O estúdio topou e o resultado foi um de seus maiores sucessos, “O Mensageiro Trapalhão”, um filme falado sobre um personagem mudo, grande influência no futuro Mr. Bean. A partir daí, Lewis virou um autor. Além de estrelar, também passou a escrever, dirigir e produzir seus filmes. E sua criatividade fluiu como nunca, rendendo “O Mocinho Encrenqueiro” (1961), com cenas de metalinguagem que o mostravam aprontando num grande estúdio de cinema, e “O Terror das Mulheres” (1961), filmado num único cenário compartimentado para simular, feito sitcom, um prédio de dormitório universitário feminino em que ele trabalhava como zelador. A obra-prima veio em 1963. “O Professor Aloprado” foi disparado o seu filme mais autoral. Atualização da trama gótica de “O Médico e o Monstro”, trazia o comediante como um professor universitário nerd e introvertido, que inventava uma poção para se transformar num cantor sedutor, capaz de encantar as mulheres. Era uma referência escancarada à antiga parceria com Dean Martin. Ao fazer sucesso se revezando em dois papéis, ele decidiu ousar ainda mais e se multiplicar em seus filmes seguintes. Interpretou nada menos que sete personagens, uma família inteira, em “Uma Família Fulera” (1965), e outros cinco em “3 em um Sofá” (1966), no qual contracenou com Janet Leigh (“Psicose”). Lewis ficou tão popular que virou história em quadrinhos e até apareceu na série “Batman” como ele mesmo, numa pequena participação em 1966. Mas os gostos mudaram radicalmente em pouco tempo. A politização cada vez maior da juventude, público alvo das comédias do ator, resultando em queda nas bilheterias de seus filmes seguintes. Houve quem dissesse que a implosão foi culpa dele próprio. Seu ego estaria fora de controle. Para complicar, em 1965 ele se machucou numa filmagem e passou a tomar analgésicos. Acabou se viciando em Percodan. Ele tentou apelar para o que estava em voga. Foi ao espaço (“Um Biruta em Órbita”, de 1966) e até buscou o visual mod de Londres (“Um Golpe das Arábias”, 1968), mas nada colou. Sem conseguir emplacar mais sucessos, em 1972 Lewis escreveu, dirigiu e estrelou o filme mais controverso de sua carreira – e da história do cinema. “The Day the Clown Cried” (“O dia em que o palhaço chorou”, em tradução literal) trazia o ator como um palhaço alemão que, durante a 2ª Guerra Mundial, tem como tarefa divertir as crianças judias a caminho da câmara de gás. Ao ver o resultado, Lewis proibiu seu lançamento. Apenas uma cópia sobreviveu à destruição e, em 2015, foi adquirida pela Biblioteca do Congresso Americano para preservação. A experiência de “The Day the Clown Cried” o deixou em depressão profunda e ele só foi voltar a filmar em 1980, num hiato de uma década em sua carreira. Mas “Um Trapalhão Mandando Brasa” não foi o revival que ele esperava. A frustração com a carreira ajuda a explicar sua incursão dramática, dois anos depois, em “O Rei da Comédia” (1982). No filme de Martin Scorsese, Lewis vive um astro de talk show noturno que é sequestrado por um comediante aspirante, vivido por Robert De Niro. Lewis convenceu Scorsese a modificar o roteiro, incluindo várias referências de sua própria biografia na trama, como reações maldosas de fãs frustrados. Ele também encheu o filme de improvisos, desenvolvendo um humor amargo e autodepreciativo que acabou por influenciar uma nova geração de humoristas – como Garry Shandling, Steve Coogan, Ricky Gervais, Larry David e Jerry Seinfeld. O sucesso e o impacto de “O Rei da Comédia” foram inesperados para Lewis, que finalmente se viu na situação em que sempre se achou merecedor: saudado pela crítica norte-americana. Animado pela repercussão positiva, foi novamente escrever, dirigir e estrelar múltiplos papéis em nova retomada da carreira. Mas as bilheterias de “Cracking Up – As Loucuras de Jerry Lewis” (1983) deixaram claro que o sucesso de “O Rei da Comédia” aconteceu por uma renovação de sua persona. Ao tentar voltar a ser o velho Jerry Lewis, descobriu-se ultrapassado. Não era mais o que o público queria. O ator ainda pareceu como coadjuvante de luxo em alguns filmes e séries, entre eles “Cookie” (1989), “Mr. Saturday Night – A Arte de Fazer Rir” (1992), “Arizona Dream: Um Sonho Americano” (1993) e principalmente “Rir É Viver” (1995), no qual realizou uma de suas melhores interpretações, como um comediante veterano de Las Vegas que acaba roubando a cena do filho que quer seguir seus passos. A saúde do ator deteriorou muito nos anos 1990, o que o levou a se afastar das telas. Por isso, foi uma grande surpresa quando ele realizou um retorno dramático, como protagonista do filme “Max Rose” (2013), uma história sobre o fim da vida. Ele ainda encontrou vontade e força para participar de mais dois filmes, a comédia brasileira “Até que a Sorte nos Separe 2” (2013), na qual retomou seu personagem clássico de “O Mensageiro Trapalhão”, e o thriller “A Sacada” (2016), como o pai de Nicolas Cage, último papel de sua carreira. Mas a importância de Lewis não se restringiu apenas ao cinema. Ele também se notabilizou como apresentador de longa data do Teleton, campanha televisiva beneficente que preconizou eventos similares no mundo inteiro, como o “Criança Esperança” da Globo. Seu programa anual levantou fortunas, ao longo de décadas, para ajudar crianças vítimas de Distrofia Muscular. Ele liderou o Teleton mesmo enfrentou diversos problemas de saúde. Em 1983, passou por uma cirurgia no coração. Em 1992, precisou fazer uma operação após ser diagnosticado com câncer de próstata. Passou por tratamento contra dependência em medicamentos em 2003. E, em 2006, sofreu um ataque cardíaco. Além disso, tratava há anos de fibrose pulmonar, doença crônica nos pulmões. Apesar do corpo tentar desistir, sua mente não dava sinais de cansaço, como lembrou Robert DeNiro. Até o fim da vida, Lewis permaneceu ativo e inigualável. “Mesmo aos 91, ele não perdia o ritmo. Ou a piada”, lembrou o ator no Twitter, ao contar ter visto um show do comediante há poucas semanas. “Jerry Lewis foi um pioneiro da comédia e do cinema. E foi um amigo. Sua falta será sentida.” “Aquele cara não era brinquedo, não! Jerry Lewis era um gênio inegável, uma benção insondável, a comédia absoluta!”, elogiou Jim Carrey, que sempre foi comparado a Lewis em sua carreira. “Eu sou, porque ele era!”










