Samara Felippo vai recorrer da decisão da Justiça sobre indenização a Mario Frias
A Justiça entendeu que a artista teve a intenção de agredir pessoalmente o ex-colega de trabalho nas redes sociais
Samara Felippo é condenada em ação de Mario Frias por emoji de cocô
O deputado e ex-colega de "Malhação" processou a atriz por publicações ofensivas nas redes sociais
Mário Frias é condenado por difamar Marcelo Adnet
O deputado federal Mário Frias foi condenado por difamar o comediante Marcelo Adnet em 2020. O juiz Fernando Brandini Barbagalo, da 7ª Vara Criminal de Brasília, condenou o ex-Secretário da Cultura do governo Bolsonaro a uma pena de quatro meses de detenção, convertida em uma multa de 10 salários-mínimos. Ainda cabe recurso à decisão. Mario Frias já tinha sofrido um revés em outubro num processo civil movido por Adnet na Justiça do Rio de Janeiro, onde foi condenado a pagar R$ 30 mil ao comediante por danos morais. Adnet entrou com a ação após ser chamado de “criatura imunda”, “Judas” e “crápula” por Frias. O que aconteceu? As duas ações foram motivadas por ataques do político após Adnet parodiar uma campanha do Governo Federal, estrelada por Frias, em comemoração à Independência do Brasil. O então Secretário da Cultura reagiu ao esquete com ofensas, além de atacar a vida privada de Adnet, comentando sua infidelidade no casamento com a ex Dani Calabresa. “Um Judas que não respeitou nem a própria esposa, traindo a pobre coitada em público por pura vaidade e falta de caráter”. Na época, Adnet respondeu com nova piada, dizendo que Frias “recomendou” o esquete. “Até o Secretário Frias recomendou no Instagram dele! Vale conferir o post! A Secom deve replicar em suas redes!”, postou o humorista. Entretanto, seus advogados entraram na Justiça, afirmando que o político “explodiu em fúria, com ameaça, injúria e difamação depois de tomar ciência de uma singela e inofensiva paródia feita pelo autor, em que ele imita o discurso feito pelo demandado, num vídeo oficial da Secretaria Especial de Comunicação do Governo Federal”. A condenação Em sua decisão, o juiz Barbagalo afirmou: “Embora o Querelante [Marcelo Adnet] seja ator, comediante renomado e pessoa pública, a frase não se limitou a apontar a traição à ex-companheira do Querelante, mas fez juízo de valor também negativo, afirmando que a situação (da traição) ocorreu por ‘pura vaidade e falta de caráter’ do Querelante”. Entretanto, embora tenha aceitado a acusação de difamação, o juiz desconsiderou injúria por termos como “bobão”, “fraco” e “idiota”. Para Barbagalo, o vídeo de Adnet foi ofensivo e Frias apenas reagiu ao conteúdo. Em nota à imprensa, os advogados do humorista informaram que entrarão com recurso para buscar um aumento da pena. “As sátiras e imitações realizadas por Adnet jamais possuíram o objetivo de ofender ou ridicularizar Mario Frias, fazendo parte apenas de seus esquetes, que envolve políticos dos mais diversos espectros ideológicos, de modo que não há razão para ser aplicado qualquer tipo de perdão judicial às injúrias proferidas por Frias”, disseram em comunicado. Vídeo da discórdia Confira abaixo o vídeo que fez Frias ofender Adnet. Arquivo Confidencial com o presidente no #SintaSeEmCasa Pgm completo https://t.co/t26nDkk4gq pic.twitter.com/t3jPIJhhE5 — Marcelo Adnet (@MarceloAdnet) September 5, 2020 Em outubro, no Rio de Janeiro, Mario Frias foi condenado pelo mesmo caso. Segundo o Blog do Fausto, o juiz Marco Antonio Novaes de Abreu, da 5ª Vara Cível da Barra da Tijuca, definiu uma indenização de R$ 30 mil a Adnet. Nota da defesa de Adnet “O Escritório Maíra Fernandes Advocacia, responsável pela defesa de Marcelo Adnet na queixa-crime apresentada por ele contra Mário Frias, informa que Frias foi condenado da acusação de difamação, com a aplicação de uma pena de 4 meses de detenção, convertida em uma multa de 10 (dez) salários-mínimos. Quanto à acusação de injúria, foi aplicado perdão judicial. Os advogados de Adnet apresentarão recurso de apelação buscando aumentar a pena aplicada e, em especial, porque as sátiras e imitações realizadas por Adnet jamais possuíram o objetivo de ofender ou ridicularizar Mario Frias, fazendo parte apenas de seus esquetes, que envolve políticos dos mais diversos espectros ideológicos, de modo que não há razão para ser aplicado qualquer tipo perdão judicial às injúrias proferidas por Frias.”
Mario Frias é condenado a pagar R$ 30 mil a Marcelo Adnet por danos morais
O humorista Marcelo Adnet venceu na Justiça o deputado Mario Frias. A Justiça do Rio de Janeiro condenou o político bolsonarista a pagar R$ 30 mil ao comediante por danos morais. Adnet entrou com a ação após ser chamado de “criatura imunda”, “Judas” e “crápula” por Frias. Em sua decisão, o juiz Marco Antonio Novaes de Abreu ressaltou que a publicação do deputado teve por objetivo desmerecer o o humorista em nível profissional e pessoal, “não se limitando a tecer comentários, mesmo que negativos, sobre o vídeo por ele produzido, o que se comprova pela utilização de fatos de natureza meramente pessoal, que não possuem qualquer relação com o trabalho realizado pelo autor”. O que aconteceu? A ação foi motivada por ataques do ex-secretário da Cultura do governo Bolsonaro após a publicação de uma paródia de uma campanha do Governo Federal, estrelada por Mario Frias, sobre o povo heroico brasileiro em comemoração à Independência do Brasil. Mário Frias reagiu ao vídeo com ofensas, além de atacar a vida privada de Adnet, comentando sua infidelidade no casamento com a ex Dani Calabresa. “Um Judas que não respeitou nem a própria esposa, traindo a pobre coitada em público por pura vaidade e falta de caráter”. Na época, Adnet respondeu com nova piada, dizendo que Frias “recomendou” o esquete. “Até o Secretário Frias recomendou no Instagram dele! Vale conferir o post! A Secom deve replicar em suas redes!”, postou o humorista. Entretanto, seus advogados entraram com uma ação por danos morais, afirmando que o político “explodiu em fúria, com ameaça, injúria e difamação depois de tomar ciência de uma singela e inofensiva paródia feita pelo autor, em que ele imita o discurso feito pelo demandado, num vídeo oficial da Secretaria Especial de Comunicação do Governo Federal”. Ainda segundo a equipe de Adnet, o autor da ação não fez nenhuma ofensa ou ataque em sua paródia. “Não existe discurso de ódio ou intolerância que justifique a reação do secretário especial de Cultura do Governo Federal”. Confira abaixo o vídeo que fez Frias ofender Adnet. Arquivo Confidencial com o presidente no #SintaSeEmCasa Pgm completo https://t.co/t26nDkk4gq pic.twitter.com/t3jPIJhhE5 — Marcelo Adnet (@MarceloAdnet) September 5, 2020
Alexandre Frota deixa equipe de transição do governo Lula após críticas
O deputado federal Alexandre Frota (do “PROS-SP”) anunciou na noite de quinta-feira (24/11) que não participará mais da equipe de transição do futuro governo do presidente Luiz Inácio “Lula” da Silva (do “PT”). O parlamentar foi anunciado para o grupo de Cultura, mas alegou ter sido alvo de ataques. Por meio do Twitter, o deputado federal disse que tem visto os “ataques covardes e preconceituosos” que recebe por “ter sido convidado para a equipe de transição” do novo governo. Frota pontuou que as críticas estão afetando também a sua família. Por conta das inúmeras críticas, o ex-ator declinou o convite do vice-presidente Geraldo Alckmin (do “PSB”) para “ficar com a família”, já que está “de boa e não quer problemas” com os eleitores – que, supostamente, se dizem de esquerda. “O Preconceito está na Transição que fala em um País Plural. O Preconceito está na cabeça deles que falam da diversidade, de oportunidade para todos, de respeito as diferenças, sem julgamentos ([o que] não é bem assim)”, disse Frota nas redes sociais. Numa entrevista ao Metropoles, o parlamentar revelou que o ex-ministro Aloizio Mercadante (do PT) lhe ofereceu outras opções na equipe de transição. “[Ele] me ligou preocupado com os ataques e os movimentos covardes […], mas eu não tenho interesse em nada”, confirmou. Dentre os que fizeram mais ataques está o ator José de Abreu (de “Mar do Sertão”), que detonou a escolha de Frota na última quarta (23/11). Para ele, o deputado federal na equipe de transição é um “desrespeito” aos artistas – já que Frota seria considerado uma “piada” no meio cultural. “Os ataques […] do Zé de Abreu foram absurdos, ele não me perdoa e eu sei o motivo”, garantiu Frota. “O que o Zé pode falar ao meu respeito? O Zé que cuspiu na cara de uma mulher, se acha o porta-voz da esquerda, mas nem coragem teve para disputar uma eleição.” “O problema dessa esquerda sapatênis do Leblon, no Rio [de Janeiro], é achar que são donos da Cultura e querem repetir o passado. O punitivismo ideológico radical dessa turma extrema, que mostra toda a sua ira, preconceito e soberba, está vivo e a prova disso é o que estão fazendo.” Ainda que o parlamentar não exponha os motivos de Zé de Abreu, acredita-se que tenham relações ao seu passado que é recheado por mentiras falsas Contra os cantores Caetano Veloso, Gilberto Gil e Chico Buarque. Frota foi processado pelos artistas e não contestou. Disse que foi levado a engano, como boa parte dos brasileiros que acreditaram em Bolsonaro, e além de pagar fez questão de se desculpar publicamente com cada um deles, mas não obteve retorno deles. “Foi um grande erro por causa do bolsonarismo me indispor com a MPB. Mas o que eu podia fazer, eu fiz: paguei e me desculpei.” O parlamentar também foi responsável por vários projetos políticos que defendem e incentivam a Cultura do Brasil, como co-autor da lei Aldir Blanc (que foi vetada por Jair Bolsonaro) e da lei Paulo Gustavo (que vence em dezembro, mesmo tendo verba suficiente para ser estendida para 2023). Frota ainda pretendia “avaliar uma retomada da Lei Rouanet”. “O ministério da Cultura foi todo sucateado, desmontado, demolido pelo Bolsonaro e aqueles que ele lá colocou”, afirmou o deputado, citando Osmar Terra, Roberto Alvim, Regina Duarte e Mário Frias. O ator também tinha se desfiliado do PSDB para apoiar a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva e participou ativamente da campanha vencedora. Fala pessoal,tenho visto os ataques covardes e preconceituosos que eu tenho recebido por ter sido convidado para a transição na Cultura,ataques inclusive a minha família vem de uma ala da esquerda sapatênis do Leblon. O Preconceito está na Transição que fala em um País Plural — Frota 77🇧🇷💙 (@77_frota) November 24, 2022 O Preconceito está na cabeça deles que falam da diversidade, de oportunidades pra todos, de respeito as diferenças, sem julgamentos ( não é bem assim ).Como estou de boa e não quero problemas,vou ficar com minha família e declinar do convite .Obrigado 🇧🇷👏 — Frota 77🇧🇷💙 (@77_frota) November 24, 2022
Abaixo-assinado junta 25 mil contra Mario Frias na Cultura de São Paulo
A perspectiva de o bolsonarismo se instalar em São Paulo com a vitória de Tarcísio de Freitas no governo estadual mobilizou diversos artistas e trabalhadores do segmento cultural a protestar contra a possibilidade de Mario Frias assumir a Secretaria de Cultura. “Não queremos o Mario Frias na cultura de São Paulo”, diz o título do abaixo-assinado criado na tarde de quinta-feira (17/11), que em poucas horas juntou cerca de 25 mil assinaturas na plataforma change.org ( https://www.change.org/p/não-queremos-o-mario-frias-na-cultura-de-são-paulo). O ex-ator e ex-secretário especial da Cultura do governo Bolsonaro tem sido cotado para assumir uma das secretarias de Cultura mais importantes do país, nas mãos do governador eleito Tarcísio de Freitas. “Os trabalhadores da Cultura dizem não ao nome de Mario Frias para comandar a Secretaria de Cultura no Estado de São Paulo!”, explicita o texto do manifesto. “Isso seria uma desgraça para a Cultura Paulista. Mario Frias não é respeitado na área cultural e trará para o estado a política de destruição do setor implementada por Jair Bolsonaro. Mario Frias não pode assumir este importante cargo no Estado de São Paulo!”, completa o abaixo-assinado. Responsável pela destruição de políticas culturais, mutilação da Lei Rouanet e por fazer campanha declarada contra subsídios para artistas, como a Lei Paulo Gustavo e a Lei Aldir Blanc, a passagem de Frias pelo governo Bolsonaro também foi marcada por bate-bocas e viagens mal explicadas para os EUA com custos bancados pelos contribuintes. Além disso, ele fez uma live para insinuar que o ator Paulo Gustavo não morreu de Covid e disse no Twitter que o historiador pernambucano Jones Manoel, um homem negro com cabelo em estilo black power, tinha que tomar “um bom banho”.
Saiba quais famosos se elegeram e os que ficaram na vontade
Vários famosos tentaram se eleger no domingo (2/10), mas a maioria ficou apenas com despesas de campanha para administrar junto da derrota nas urnas. Entre os derrotados, há várias personalidades que se envolveram em polêmicas recentes, como Antonia Fontenelle e André Gonçalves, além de famosos que não conseguiram a reeleição, casos de Alexandre Frota e Verônica Costa. Já os vencedores vão desde bolsonaristas como Mário Frias e Thiago Gagliasso até a cantora “comunista” Leci Brandão. Confira abaixo as listas. Famosos que se elegeram em 2022 Danrlei, ex-goleiro do Grêmio, foi reeleito deputado federal no Rio Grande do Sul. Leci Brandão, reeleita deputada estadual em São Paulo Luiz Lima, ex-nadador, reeleito deputado federal no Rio de Janeiro Mário Frias, eleito deputado federal em São Paulo Maurício Souza, jogador de vôlei, eleito deputado federal em Minas Gerais Romário, eleito senador no Rio de Janeiro Tiririca, reeleito deputado federal em São Paulo Thiago Gagliasso, eleito deputado estadual no Rio de Janeiro Famosos que não se elegeram em 2022 Alexandre Frota não foi eleito deputado estadual em São Paulo André Gonçalves não foi eleito deputado estadual no Rio de Janeiro Andréa Sorvetão não foi eleita deputada federal no Rio de Janeiro Antonia Fontenelle não foi eleita deputado federal no Rio de Janeiro Ariadna Arantes, a ex-BBB não foi eleita deputado federal em São Paulo Bebeto, o ídolo do Tetra não foi eleito deputado federal no Rio de Janeiro Carlinhos Aguiar não foi eleito deputado estadual em São Paulo Felipe Folgosi não foi eleito deputado federal em São Paulo Joel Santana não foi eleito deputado federal no Rio de Janeiro Kid Bengala não foi eleito deputado federal em São Paulo Lucélia Santos não foi eleita deputado federal no Rio de Janeiro Manoel Gomes, o Caneta Azul, não foi eleito deputado estadual no Maranhão Marcos Harter não foi eleito deputado federal no Mato Grosso Marcos Uchôa não foi eleito deputado federal no Rio de Janeiro Mário Gomes não foi eleito deputado estadual no Rio de Janeiro Netinho não foi eleito deputado federal na Bahia Pedro Manso não foi eleito deputado federal no Rio de Janeiro Renata Banhara não foi eleita deputado federal em São Paulo Sarah Poncio não foi eleita deputada estadual no Rio de Janeiro Silmara Miranda, ex-loira do Tchan, não foi eleita deputada federal no Distrito Federal Verônica Costa não foi eleita deputada estadual no Rio de Janeiro Wanderlei Silva não foi eleito deputado federal no Paraná
Justiça aceita processo de Marcelo Adnet contra Mario Frias
O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios aceitou a denúncia feita pelo humorista Marcelo Adnet contra o ex-secretário especial de Cultura Mario Frias por injúria e difamação. A ação foi motivada por ataques do ex-integrante do governo Bolsonaro contra o humorista após a publicação de uma paródia do vídeo “Um Povo Heroico”. A campanha do Governo Federal, estrelada por Mario Frias, foi veiculada às vésperas de 7 de setembro do ano retrasado em comemoração à Independência do Brasil. Mário Frias reagiu ao víde chamando Adnet de “criatura imunda”, “crápula”, “frouxo”, “sem futuro”, “palhaço”, “idiota”, “egoísta”, “fraco”, frouxo” e “bobão”, além de atacar sua vida privada, comentando sua infidelidade no casamento com a ex Dani Calabresa. “Um Judas que não respeitou nem a própria esposa, traindo a pobre coitada em público por pura vaidade e falta de caráter”. Na época, Adnet respondeu com nova piada, dizendo que Frias “recomendou” o esquete. “Até o Secretário Frias recomendou no Instagram dele! Vale conferir o post! A Secom deve replicar em suas redes!”, postou o humorista. O tom agora é outro. Na petição, os advogados de Adnet alegam que Frias “explodiu em fúria, com ameaça, injúria e difamação depois de tomar ciência de uma singela e inofensiva paródia feita pelo autor, em que ele imita o discurso feito pelo demandado, num vídeo oficial da Secretaria Especial de Comunicação do Governo Federal”. Ainda segundo a equipe de Adnet, o autor da ação não fez nenhuma ofensa ou ataque em sua paródia. “Não existe discurso de ódio ou intolerância que justifique a reação do secretário especial de Cultura do Governo Federal”. Já a defesa do bolsonarista argumentou que não não houve demonstração de dolo específico de ofender e que os fatos eram atípicos. O juiz Fernando Brandini Barbagalo, no entanto, determinou o prosseguimento da ação penal — proposta pelos advogados Guilherme Furniel e Maíra Fernandes em nome de Adnet. Afirmou que as expressões inseridas na publicação em seu perfil pessoal indicam, em tese, o animus de ofender a honra da vítima. O magistrado designou ainda uma audiência por videoconferência para oitiva dos envolvidos. Confira abaixo o vídeo que fez Frias ofender Adnet. Arquivo Confidencial com o presidente no #SintaSeEmCasa Pgm completo https://t.co/t26nDkk4gq pic.twitter.com/t3jPIJhhE5 — Marcelo Adnet (@MarceloAdnet) September 5, 2020
Mario Frias sofre infarto e não tem previsão de alta hospitalar
O ex-“Malhação” e ex-Secretário Especial da Cultura Mario Frias sofreu um infarto na noite desta segunda-feira (4/7) e precisou ser levo às pressas ao Hospital Santa Lúcia, em Brasília. Segundo o boletim médico divulgado nas redes sociais, o ator foi diagnosticado com “infarto agudo do miocárdio” e passou por um procedimento para a retirada de trombos. “O senhor Mario Frias foi internado com quadro de infarto agudo do miocárdio na noite de 04/07/22, segunda-feira. Foi submetido a um cateterismo cardíaco com retirada de trombos. O paciente segue internado na UTI (Unidade de Tratamento Intensivo) do Hospital Santa Lúcia (Brasília) ainda sem previsão de alta hospitalar”, diz o informativo. Esta é a terceira vez que Mario Frias enfrenta o mesmo problema de saúde. Em 2021, o ator precisou ser internado e submetido ao cateterismo após sofrer um princípio de infarto. Cinco meses antes, voltou ao hospital para tratar o mesmo quadro. Caros amigos, seguidores e todos que me acompanham, Diante desse fato, infelizmente não comparecerei às agendas e compromissos firmados para os próximos dias. Agradeço a compreensão e conto com as orações de todos. Fiquem com Deus e até breve. Mario Frias pic.twitter.com/gupMreSHJ0 — MarioFrias (@mfriasoficial) July 5, 2022
Mario Frias afirma que imagem de Dom Corleone o define
O ex-Secretário da Cultura Mario Frias postou em suas redes sociais uma foto do filme “O Poderoso Chefão 2” (1974) e escreveu ao lado: “A frase e a imagem que me definem”. A imagem mostra a família do mafioso Don Corleone, o chefe dos criminosos do clássico de Francis Ford Coppola, interpretado por Robert De Niro. A postagem gerou dúvidas sobre sincericídio. Houve quem preferisse acreditar ser apenas ignorância. Alguns lembraram a calúnia de que Frias teria viajado à Bienale em Veneza para representar o Brasil numa homenagem a Lina Bo Bardi sem saber quem era a grande arquiteta. Ele completou o trabalho com a frase que o define, uma citação célebre do escritor alemão Johann Wolfgang von Goethe a respeito de um suicida: “É o homem mais feliz, seja ele rei ou camponês, aquele que encontra paz em seu lar.” O que voltou a gerar dúvidas sobre o sincericídio. A frase e a imagem que me definem. Não importa o que eu esteja vivendo, o quão difícil foi o meu dia ou minha semana, eu sei que minha paz me espera em casa. Meu lar é o antídoto contra o caos, contra qualquer coisa ruim que possa acontecer. 🙏🏼 pic.twitter.com/UO8EbMm17e — MarioFrias (@mfriasoficial) June 18, 2022
Bolsonaro faz demagogia com veto à Lei Paulo Gustavo
Após repercussão negativa na comunidade artística, o presidente Jair Bolsonaro buscou justificar seu veto à Lei Paulo Gustavo neste sábado (9/4) com uma explicação ilustrativa do que é demagogia política. Ele afirmou que pretende direcionar os R$ 3,86 bilhões previstos no projeto em financiamentos para o agronegócio e para Santas Casas do país, caso o Congresso mantenha o veto que ele deu na terça-feira (5/3). Parece nobre. Só que ao vetar a Lei Paulo Gustavo, Bolsonaro afirmou que a proposta não poderia ser aprovada porque fere a Lei de Responsabilidade Fiscal ao criar despesa sujeita ao limite constitucional previsto e sem apresentação de “compensação na forma de redução de despesa, o que dificultaria o cumprimento do referido limite”. Mas será que apenas mudar a destinação altera o status da verba que supostamente não podia ser gasta por ferir a Lei de Responsabilidade Fiscal? Obviamente que não. Nas enciclopédias, demagogia é descrita como “um claro interesse em manipular ou agradar a massa popular, incluindo promessas que muito provavelmente não serão realizadas, visando apenas à conquista do poder político e ou outras vantagens correlacionadas” (Wikipedia). Além de demagógica, a fala de Bolsonaro ainda indica desrespeito pela legislação brasileira e aponta mau uso de verbas públicas pelo governo federal. Da verba prevista na Lei Paulo Gustavo, R$ 2,79 bilhões seriam voltados à área audiovisual, extraídos basicamente do FSA (Fundo Setorial do Audiovisual), que tem sido liberado à conta-gotas após ficar mais de um ano paralisado no governo Bolsonaro. Os valores do FSA são obtidos por meio de uma taxa específica, a CONDECINE (Contribuição para o Desenvolvimento da Indústria Cinematográfica Nacional), cobrada dos setores de telecomunicação e audiovisual com destinação apontada em Lei. A Lei Nº 11.437, de 28 de dezembro de 2006, reforçava que o total dos recursos arrecadados pela CONDECINE (criado pela Medida Provisória nº 2.228-1, de 6 de setembro de 2001) seria integralmente “alocado em categoria de programação específica, denominada Fundo Setorial do Audiovisual, e utilizado no financiamento de programas e projetos voltados para o desenvolvimento das atividades audiovisuais”. O restante da verba da Lei Paulo Gustavo viria do FNC (Fundo Nacional de Cultura). Assim como o FSA, este fundo também tem aplicação específica e mesmo quando não utilizado deveria permanecer legalmente vinculado a uso cultural. Como Bolsonaro paralisa a liberação de verbas, ambos os fundos têm grande valor acumulado para uso. O superávit destes valores foram liberados pela PEC Emergencial de março de 2021 para pagar a dívida pública até o fim de 2023. Isto liberaria o dinheiro da Cultura para Bolsonaro usar… exclusivamente para quitar dívidas existentes. Entretanto, ele está propondo fazer novas dívidas (não culturais) com o montante. A declaração sobre a intenção de Bolsonaro está em vídeo postado em suas redes sociais, no qual ele aparece rodeado por simpatizantes no Santuário São Miguel Arcanjo, na cidade de Bandeirantes, no Paraná. Na mesma fala, Bolsonaro criticou o uso do dinheiro no setor pelo governador da Bahia, Rui Costa, do PT. “O Rui Costa vai aplicar em que na cultura na Bahia? Com aqueles figurões que ficaram de fora da Lei Rouanet”, afirmou. O fomento cultural é responsável por centenas de milhares de empregos no Brasil, movimenta a economia e faz crescer a influência do país no mercado internacional. Qual a importância disso? Graças ao apoio de seu governo, a Coreia do Sul virou uma potência cultural, transformando filmes, séries e músicas em produtos de exportação com impacto significativo no seu PIB (Produto Interno Bruto). Em linguagem acadêmica, isto se chama “soft power”. Em plena crise financeira, Bolsonaro propõe a receita inversa para o Brasil. O Congresso agora vai avaliar o veto do presidente, que será submetido à votação. Para derrubá-lo e efetivar a Lei Paulo Gustavo, será necessária a maioria absoluta dos votos de deputados e senadores. Se o veto não for apreciado em 30 dias, será incluído automaticamente na pauta do Congresso Nacional, barrando as demais deliberações até que seja colocado em votação. A iniciativa da Lei Paulo Gustavo foi do próprio poder legislativo, o que deve favorecer a derrubada do veto. Após a eventual aprovação, a União terá de enviar o dinheiro que represou do FNC e FSA aos estados, ao Distrito Federal e aos municípios para que sejam aplicados em iniciativas culturais, livrando os fundos das “limitações de despesas”, evocadas para justificar o travamento dos recursos por parte do governo.
Jair Bolsonaro veta Lei Paulo Gustavo
O presidente Jair Bolsonaro vetou na noite de terça (5/4) a Lei Paulo Gustavo, que ajudaria o setor cultural afetado pela pandemia de covid-19. Bolsonaro justificou a decisão por considerar que a proposição legislativa vinha em “contrariedade ao interesse público”, por destinar o montante de R$ 3,8 bilhões do Orçamento Geral da União aos entes federativos com a finalidade de fomentar a Cultura. A maior contrariedade é, na verdade, ao projeto do próprio Bolsonaro, que tem destinado verbas da Cultura para iniciativas de setores religiosos e empresariais. A aprovação da Lei diminuiria o impacto da lentidão/paralisação na liberação de fomentos culturais e tornariam inócuas as mudanças na Lei Rouanet realizadas recentemente pela Secretaria Especial de Cultura, que buscaram estabelecer “filtros” para a liberação de incentivos federais – além de incluir Arte Sacra como uma alternativa para incentivos. Bolsonaro argumentou ainda que a proposição legislativa “enfraqueceria as regras de controle, eficiência, gestão e transparência”, o que poderia furar o teto de gastos. O projeto aponta como fontes de recursos verbas que já estão no Orçamento, advindas do excesso de arrecadação do Fundo Nacional de Cultura (FNC) e outras receitas apontadas pela União, que se encontravam paralisadas por inércia do governo – como o FSA (Fundo Setorial do Audiovisual), formado por taxação específica do setor (sem investimento do governo), retomado após paralisação de cerca de dois anos. O projeto foi batizado como Lei Paulo Gustavo em homenagem ao ator, que morreu de covid-19 em maio de 2021. Durante a votação, senadores fizeram homenagens ao ator. Randolfe Rodrigues (Rede-AP) referiu-se a Paulo Gustavo como “um dos maiores artistas” que o país já teve. Já o ex-secretário da Cultura Mario Frias, absolutamente contrário à liberação de incentivos sem “filtros” do governo, chegou a rebater a ideia insinuando que Paulo Gustavo não teria morrido de covid-19. O Congresso agora vai avaliar o veto de Bolsonaro, que será submetido à votação. Para derrubar o veto e efetivar a Lei Paulo Gustavo, será necessária a maioria absoluta dos votos de deputados e senadores. Se o veto não for apreciado em 30 dias, será incluído automaticamente na pauta do Congresso Nacional, barrando as demais deliberações até que seja colocado em votação. A iniciativa da Lei Paulo Gustavo foi do próprio poder legislativo, o que deve favorecer a derrubada do veto. Após a eventual aprovação, a União terá de enviar o dinheiro que represou do FNC, FSA e outras receitas aos estados, ao Distrito Federal e aos municípios para que sejam aplicados em iniciativas culturais.








