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    Maria Clara Gueiros sofre assalto em táxi em São Paulo: “Arrancou o telefone da minha mão”

    4 de abril de 2025 /

    Atriz foi atacada na noite de quinta e alertou seguidores sobre o tipo de crime recorrente na capital paulista

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    Trailer traz estreia de Belo no cinema e Evelyn Castro como Rainha do Brasil

    4 de setembro de 2024 /

    A comédia "Caindo na Real" mostra volta da monarquia no país e é assinada pelo diretor de "Minha Mãe É uma Peça"

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    Trailer | Belo estreia como ator de cinema na comédia “Caindo na Real”

    10 de junho de 2024 /

    Na comédia, o cantor vive taxista e par romântico da Rainha do Brasil, vivida por Evelyn Castro

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    Novos depoimentos agravam caso de assédio contra Marcius Melhem

    17 de setembro de 2023 /

    Neste sábado (16/9), novos depoimentos de vítimas de assédio aumentaram a pressão legal contra Marcius Melhem, ex-diretor da Rede Globo. As acusações, que já eram graves, ganharam contornos mais sérios com relatos detalhados de assédio sexual e moral. As vítimas são Karina Dohme, Ellen Roche e Susana Pires, atrizes conhecidas do público, que detalharam suas experiências traumáticas em setembro de 2021 ao MPT (Ministério Público do Trabalho) num processo que apura a conduta da Globo em relação às denúncias contra Melhem. Os depoimentos foram revelados pela coluna de Juliana Dal Piva, após serem enviados do MPT para o MP-RJ, e constam nos autos da ação criminal contra o humorista. Como os casos prescreveram, os depoimentos servem para reforçar a acusação e o mais grave, de Karina, fez a atriz ser apontada pela promotoria como testemunha. Melhem é investigado por assédio sexual em processo que tramita em sigilo na 20ª Vara Criminal do TJ-RJ. O caso de Karine Dohme Karina Dohme, que trabalhou com Melhem a partir de 2012 nos programas “Caras de Pau” e “Zorra”, descreveu que Melhem fazia o tempo todo “comentários de cunho sexual com todas as mulheres”, “apertava a cintura e cheirava o pescoço das colegas” e chamava as funcionárias de “gostosas” e “delícia”, emitindo “gemidos lascivos”, criando um ambiente de trabalho desconfortável e tóxico. Em abril de 2012, durante uma gravação em Angra dos Reis (RJ), Karina enfrentou uma situação ainda mais perturbadora. Segundo ela, Melhem “segurou a porta do quarto” e declarou que “eles iriam dormir juntos”. Perplexa com a situação, ela respondeu com um sorriso amarelo: “Claro que não”. Mesmo assim, Melhem insistiu e permaneceu algum tempo na porta do quarto dela, reforçando a sensação de vulnerabilidade e medo. Ao final, Melhem desistiu de entrar no quarto, mas deixou um aviso perturbador: “Tá bom garota, mas eu não vou desistir de você”. Essa declaração não apenas aterrorizou Karina, mas também deixou claro que o assédio não seria um evento isolado. A atriz entrou em “pânico” após o episódio, pois ainda não tinha assinado seu contrato com a emissora. Ela temia retaliações profissionais e, segundo ela, Melhem intensificou as investidas após a assinatura do contrato. Durante as gravações, Karina relata que, nas cenas de beijo, Melhem ficava “enfiando a língua” enquanto ela “cerrava os lábios com força”. Este tipo de comportamento, que ultrapassa os limites profissionais. Além disso, Melhem encostava o quadril dela contra ele, fazendo com que ela sentisse que “o pênis dele estava ereto”. Após as gravações, Melhem fazia comentários de que Karina era a “preferida” e que ele a tinha trazido para o programa. Mas o pior ainda estava por vir. Num episódio ocorrido em 31 de outubro de 2015, Melhem a empurrou contra a parede e tentou beijá-la à força. “Ele começou a subir o vestido e ele abriu o zíper da calça”, afirmou Karina. A atriz conseguiu se desvencilhar e sair do local. Dias após o incidente, Karina foi demitida do programa “Zorra”. Melhem enviou uma mensagem a ela afirmando que a demissão não tinha relação com o ocorrido. “Você precisa saber uma coisa, decisões estão sendo tomadas e o fato de você permanecer no programa não tem nada a ver com o que aconteceu essa noite”, escreveu Melhem. O caso de Ellen Roche Ellen Roche, que trabalhou com Melhem em “Zorra Total” e na “Escolinha do Professor Raimundo”, relatou que o humorista a chamava de “linda, maravilhosa e algumas vezes de gostosa”. Em um episódio em 2015, Melhem ofereceu carona a Ellen, que recusou e pediu que Maria Clara Gueiros a acompanhasse. Melhem perguntou onde era o hotel de Ellen e se poderia encontrá-la lá. A atriz respondeu questionando o motivo. Maria Clara Gueiros e a diretora Cininha de Paula forneceram depoimentos que corroboram o relato de Ellen. Segundo Maria Clara, Ellen estava “constrangida e assustada” com as investidas de Melhem. Cininha de Paula afirmou que viu Ellen chorando e que outra colega de elenco contou que Melhem teria segurado Ellen contra a parede e dito que só a soltaria se ela o beijasse. Cininha disse que pediu a Ellen que denunciasse, mas a atriz não quis com medo de ser demitida. O caso de Susana Pires Susana Pires, que trabalhou com Melhem no programa “Caras de Pau”, relatou que era a única mulher na equipe de roteiristas. Segundo ela, Melhem fazia “piadas” sobre ela ser “gostosa”. Com o tempo, passou a colocar “as mãos nas pernas da depoente e começou a aumentar a carga do assédio”. Após reagir às investidas de Melhem, Susana afirmou que seu trabalho passou a ser “desvalorizado absurdamente”. Ela também relatou que Melhem saía do banheiro de cueca dizendo: “Suzana, vamos resolver nossa história”. Ao prestar depoimento à polícia do Rio, em 2021, Melhem foi questionado se a recebia de cueca e respondeu: “Não é verdade. Isso só ocorreu uma vez só, pois se tratava de brincadeira e também não tinha conotação sexual”. Em julho deste ano, Susana peticionou, por meio de sua advogada, retificação de sua posição nos autos do processo de assédio sexual — de vítima para testemunha. Ela relatou no documento que depôs no processo do MPT, a pedido das outras vítimas, para contribuir para “eventual contextualização do caso, se fosse necessário”. Susana Pires fez referência ao fato de que, até 2018, era necessário que a mulher fizesse uma comunicação às autoridades para que um caso de assédio fosse processado. Isso mudou e agora não é mais necessário. Posicionamento da TV Globo Em janeiro deste ano, a TV Globo enviou uma carta à Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam/Centro) informando que Melhem violou o Código de Ética e Conduta do Grupo Globo, tornando insustentável a manutenção de seu contrato de trabalho. O texto diz que “a Globo decidiu pela rescisão do contrato de trabalho, entendendo que, diante da constatação da violação ao Código de Ética e Conduta do Grupo Globo pelo sr. Marcius Melhem a manutenção do contrato de trabalho tornou-se insustentável, considerando que a postura adotada pelo mesmo não condiz com os princípios e valores da empresa”. A revista Veja divulgou, em maio deste ano, que a defesa da TV Globo alegou ao MPT que, em relação a Melhem, “restou, de fato, constatada a inadequação do artista com seus subordinados, sem que fosse possível comprovar a prática deliberada de assédio sexual, dados os contornos legais que a conduta exige para sua caracterização”. Antes disso, a emissora só tinha informado que o humorista tinha sido investigado e nada tinha sido encontrado contra ele. Melhem, inclusive, repete esse argumento em sua defesa, como se pode observar a seguir. 11 mulheres denunciaram assédios de Melhem ao Ministério Público do Rio de Janeiro, mas oito casos foram arquivados por prescrição em decorrência do tempo – não por falta de provas. Posicionamento de Marcius Melhem Os advogados que atuam na defesa de Marcius Melhem emitiram um comunicado a respeito das novas denúncias. Veja a íntegra abaixo. “É importante registrar, desde logo, que Marcius Melhem nunca teve acesso à íntegra dos depoimentos no Ministério Público do Trabalho, porque lá não é investigado. Mas cabe informar que Suzana Pires, após o mencionado depoimento ao MPT, destituiu a advogada Mayra Cotta e pediu ao Ministério Público do Rio de Janeiro que fosse retirada da lista de supostas vítimas. Karina Dohme jamais apareceu como suposta vítima no MP, onde Melhem poderia mostrar muitas comunicações que desmentem narrativas como as mencionadas pela jornalista. Talvez por essa razão, também tenha desistido de aparecer como testemunha na investigação policial. Quanto a Ellen Roche, a própria imprensa já divulgou mais de uma vez partes de seu depoimento no MP em que nega acusações de assédio e afirma que trabalharia novamente com Melhem, já que não tem nada contra ele. Registre-se, ainda, que Melhem não é alvo de investigação no MPT e que tampouco pode lá se defender. E na instância onde foi investigado, nenhuma das três se apresentou como suposta vítima. Trazer à opinião pública três casos já esclarecidos de não-vítimas é mais uma tentativa de manter acesa uma acusação que não se sustenta. Tendo em vista que a matéria quer requentar notícias já expostas na imprensa, poderia também lembrar aos seus leitores que o MPT traz uma carta da TV Globo afirmando, após intensa investigação, que não se comprovou assédio de Marcius Melhem quando lá trabalhava. Finalmente, é de se estranhar que o mesmo veículo que preserva nomes de supostas vítimas, exponha publicamente mulheres que não acusam Melhem de assédio na Justiça.”

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    Dani Calabresa e testemunhas descrevem abusos de Marcius Melhem na Globo

    24 de março de 2023 /

    A comediante Dani Calabresa voltou a acusar o roteirista e ator Marcius Melhem de assédio. Em uma entrevista ao portal Metrópolis, Calabresa e outras 10 pessoas, incluindo vítimas e testemunhas, revelaram o ambiente tóxico em que trabalhavam. Além de Calabresa, também participaram da entrevista as atrizes Renata Ricci, Georgiana Góes, Veronica Debom e Maria Clara Gueiros, as roteiristas Luciana Fregolente e Carolina Warchavsky, os diretores Cininha de Paula e Mauro Farias, e os atores Marcelo Adnet e Eduardo Sterblicht. Durante a conversa, eles apontaram os diversos tipos de abusos que aconteciam nos bastidores do núcleo de humor da rede Globo, como tentativas de assédios, avanços indesejados, exibicionismo, entre muitos outros. “Estava insustentável trabalhar em um ambiente em que eu comecei a perceber que eu era barrada dos convites; que eu não era liberada para as coisas; que eu estava trabalhando com tremedeira; que ele se aproveita das brincadeiras para brincar [com o pênis] ereto; que ele pega de verdade; ele tenta enfiar a língua de verdade. Não é selinho, não é piada, não é brincadeira”, resumiu Dani Calabresa. “Para mim, o ambiente do Núcleo de Humor da Globo era muito divertido, mas tinham momentos de constrangimento, que eu demorei para entender que não eram normais e tinham o nome de assédio”, disse a atriz Georgiana Góes. Ao comentar sobre esses constrangimentos, a atriz Veronica Debom explicou que “ele detonava nossa autoestima para manter todo mundo sob controle, por isso ele tinha tantos gênios debaixo da asa dele”. Além disso, supostamente houveram ocasiões em que Melhem se exibia para a equipe. A roteirista Luciana Fregolente lembrou de uma vez que ele abriu a porta vestindo apenas uma cueca. “Eu paralisei quando vi aquilo, ao mesmo tempo era o emprego dos meus sonhos, sabe? Eu tava chegando ali, trabalhar com o humor na maior emissora do Brasil, e eu tava super feliz e de repente o chefe abre a porta de cueca”, disse ela. Debom disse que, no caso dela, Melhem foi ainda mais longe. Após ela atuar em um esquete de humor, ele teria feito uma insinuação sexual. “O Marcius olhou para mim e falou assim: ‘Você fez bem essa cena, você é talentosa. E pensar que você estava escondida em outra emissora, né? Você me deve um b*quete!’”, revelou ela. As mulheres também afirmam que Melhem “colocava a língua” durante as cenas de beijo, e sempre arranjava uma desculpa para repetir a cena. E o ator Marcelo Adnet disse ainda que Melhem sempre escalava a si mesmo para as “cenas mais quentes”. A conversa recupera a acusação original de 2019, quando a história chegou pela primeira vez na imprensa. “Quando saiu na imprensa a notícia sobre o assédio sofrido pela Dani, eu entendi todos os comportamentos típicos de assédio que estavam acontecendo, tudo o que eu tinha ouvido falar quando comecei na TV Globo. Eu entendi que era verdade, que eu tentei bloquear um tempo como se não fosse”, contou a roteirista Carolina Warchavsky. Calabresa também disse que Melhem refutou suas acusações de assédio afirmando que, na verdade, era ela quem dava abertura para suas investidas. “Tem esse lugar de tentar confundir a opinião das pessoas expondo a gente num tom: ‘Mas ela ria’. Mas tenta se colocar no meu lugar… Eu amava trabalhar nesse ambiente e, para não criar uma briga com o meu chefe, eu fingia que achava engraçado. Eu corto pessoalmente e compenso na mensagem”, disse ela. “É um discurso para tentar convencer a nossa sociedade, que é machista, que nós somos loucas, vingativas, piranhas, vagabundas. E isso não é verdade! Isso era um ambiente de trabalho. Ele é um chefe. Essa insistência é assédio. Para a gente é um aprendizado usar a palavra ‘assédio’. A gente fala: ‘Ele tá chato. Que tarado! Ele também fica passando a mão em você?’. É difícil a gente usar a palavra ‘assediador’. É difícil a gente chegar nesse estágio, mas acho que quanto mais a gente vai falando, as pessoas vão se identificando”, completou. O Metrópolis também realizou uma entrevista separada com Marcius Melhem, em que ele apresentou a sua versão dos fatos e se defendeu das acusações. Na entrevista, o ex-diretor da Globo admitiu que “eu fiz brincadeiras na época, que eu como chefe não deveria ter feito”. Porém, ele negou outras acusações, como as de que ele encostava seu pênis nas mulheres ou tentava beijá-las à força. “Eu nunca encostei pênis ereto em nenhuma mulher. Nunca forcei beijo. Eu tinha uma brincadeira com um redator de brincar, de chegar, só com os meninos e não todos, só com quem tinha mais intimidade. Que era chegar e encostar o pênis no homem. Não tinha nada de erótico nisso”, afirmou ele. Em relação ao relato de que ele abriu a porta para Luciana Fregolente apenas de cueca, Melhem disse que “ela amava essa brincadeira. Era uma brincadeira lá do passado, de trote. Você recebia a pessoa no primeiro dia de cueca. Homens e mulheres. Tomavam aquele susto, brincadeira babaca”. Ele também acusou a roteirista de tentar dar um golpe depois que viu que estava perdendo espaço na Globo. “Ela queria o crédito que ela não teve, ela saiu do ‘Zorra’ porque estava sem ambiente”. “A TV Globo me chamou pra ser chefe e eu topei”, disse ele. “O que eu acho que hoje já existe, eu deveria ter tido um treinamento. Olha, agora você não é mais colega, agora você é chefe. Isso você não pode mais fazer, ‘nos 50 anos da TV Globo já aconteceu isso, isso e isso’”, disse ele. Por fim, o humorista disse que muitas das pessoas que o estão acusando agora foram convencidas que eram vítimas. “Eu acho que tem gente ai de bom coração. Tem gente que está ai com sentimento de causa, de pertencimento, que inclusive nem sabe que é vítima. Que foi convencido por essa tríade”, concluiu ele.

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    Reportagem-bomba demole acusações de Dani Calabresa e outras contra Marcius Melhem

    14 de dezembro de 2022 /

    O site da revista Veja publicou uma reportagem bombástica nesta quarta (14/12) desmontando a acusação de assédio sexual que Dani Calabresa e outras funcionárias da Globo moveram contra o ex-diretor de humor da emissora, Marcius Melhem, na Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) do Centro do Rio de Janeiro. A publicação ocorreu dez dias após o jornalista Ricardo Feltrin afirmar em sua página no YouTube que, após ter acesso às provas contidas nos autos do processo, teve vontade de vomitar, afirmando que Melhem era inocente de tudo. A Veja cita pela primeira vez os nomes de várias acusadoras – oito mulheres processam Melhem. Seria uma atitude de gravidade ética, caso não fosse a única forma de demonstrar falta de ética das acusadoras, como aponta a reportagem. Além disso, traz à tona uma testemunha importante, que contraria a principal acusação de Calabresa, divulgada de forma sensacionalista pela revista Piauí, de que a comediante foi violentamente atacada e quase estuprada por Melhem numa festa do elenco de humor da Globo. A publicação pela Piauí de detalhes explícitos gerou repúdio generalizado contra Melhem. Mas omitiu completamente a participação de Maíra Perazzo, revelada pela Veja. Amiga da atriz, Maíra a acompanhava na balada. Segundo descreve Melhem nas páginas do processo acessadas pela revista semanal, em determinado momento da noite, ele e Dani estavam trocando beijos numa área mais reservada quando a atriz puxou Maíra para junto dos dois, formando um trio. A situação demonstraria que tudo aquilo era consentido e estimulado pela comediante. Maíra foi chamada pela Justiça para testemunhar sobre o que aconteceu de verdade e, ao depor, teria confirmado que trocou beijos com Melhem na festa e não lembra de ter visto nada de impróprio entre ele e Dani na ocasião. Contou ainda que ficou com a amiga até o final da balada, contrariando o relato da atriz, de que teria sofrido uma crise nervosa após o suposto ataque de Melhem. Ao contrário dessa versão, Maíra disse que ela continuou animada, chegando depois a trocar beijos com um câmera da Globo. Questionada na Justiça sobre a participação de Maíra na festa, Dani alega que puxou a amiga para perto a fim de tentar se livrar do assédio de Melhem – por esta versão, ela teria atirado a amiga nos braços de um homem que descreveu como predador sexual. A amiga de Dani, por outro lado, afirmou que ficou com Melhem naquela noite. Em seu depoimento, Maíra também revelou que, no dia seguinte, teve um papo animado com Dani sobre a festa, sobre com quem elas ficaram, e em nenhum momento a atriz mencionou assédio. No mesmo dia, Dani brincou com Melhem pelo Whatsapp, dizendo que mandaria a amiga embrulhada para ele de presente. Um mês depois, Maíra e Melhem voltaram a ficar juntos. Segundo a apuração da revista, o primeiro burburinho a respeito da conduta de Melhem teria partido de Barbara Duvivier em meados de 2018. Listada como uma das testemunhas de acusação, Barbara manteve com Melhem um relacionamento amoroso de quase sete anos. Em seu depoimento na delegacia, ela disse que ele não a deixava terminar a relação usando seu poder hierárquico dentro da emissora, oferecendo “proposta de trabalho, de aumento de salário e de promoção de cargo”. Barbara é enteada de Maria Clara Gueiros, uma das mulheres que teria iniciado o movimento interno na Globo para investigar Melhem. Segundo Dani Calabresa contou à Ouvidoria do Ministério Público, Maria Clara Gueiros passou o ano de 2019 tentando convencê-la a denunciar o ex-diretor global. A história entre Melhem e Barbara é complexa. Como ambos eram casados com outras pessoas, seu romance foi clandestino. No final de 2017, houve um sobressalto: ela engravida e fica em dúvida sobre a paternidade do filho – dúvida posteriormente descartada. Ainda segundo a Veja, isso bastou para familiares desconfiarem do comportamento dela, incluindo seu marido e a madrasta, Maria Clara Gueiros. Nos autos, Melhem alega que Barbara espalhou a versão de chefe assediador para evitar o constrangimento de assumir o namoro clandestino. Ele juntou ao processo uma mensagem de julho de 2018, em que ela lhe pede desculpas: “Vivi um turbilhão nessa gravidez e com certeza agi errado com você. E queria te pedir desculpa por isso”. Melhem não respondeu à mensagem e ela insistiu depois em lhe desejar felicidades e “dizer que te quero todo o bem do mundo”. Meses mais tarde, em troca de mensagens com Dani Ocampo, assistente de Melhem, Barbara assumiu que havia mentido: “Mas nada planejado maquiavelicamente, foi um redemoinho que eu fui entrando, e quando vi não conseguia sair”. Outra acusadora foi a atriz Veronica Debom, que, de acordo com a Veja, atuou fortemente nos bastidores para convencer outras mulheres a denunciarem Melhem. Em seu depoimento, ela assumiu ter mantido um relacionamento de mais de um ano com o ex-diretor global, que ela classificou como “abusivo” à Justiça. Ao se referir a uma noite de sexo entre os dois, afirmou ter se sentido “enojada”. Melhem contrapôs esse depoimento com uma coleção de mensagens apaixonadas da atriz, com declarações de amor e até desejo de casamento, entre compartilhamento de nudes e conversas picantes. Também mostrou que Veronica criou um grupo no Whatsapp para falar de sexo casual, onde declarou que “não tem nenhum desejo meu que não seja legítimo!”. Ele também anexou no processo conversas pelo aplicativo em que demonstrava disposição para encerrar o affair, enquanto Veronica tentava evitar o fim, de forma insistente. Só depois de um tempo ela se mostra conformada com o desfecho da história. Numa mensagem de setembro de 2019, ela diz: “Eu tomei um pé na bunda. Tô apaixonada por você e tomei um pé na bunda, amor. Risos. Não que eu não ache você não tem razão, acho que você tá coberto de razão”. Assim que as primeiras denúncias de assédio contra Melhem surgiram, Veronica ainda se colocou do lado dele, prestando solidariedade e dizendo que ele seria vítima de terrorismo. “Você é inocente, amor”, escreveu. A defesa de Melhem alega que ele foi vítima de um complô. Cita o caso de uma suposta denunciante que disse à Justiça Cível que não sabe por que acabou constando como vítima no inquérito sobre assédio sexual, já que nunca sofreu abuso nenhum. Os advogados do ex-diretor da Globo também citam o fato de que todas as denunciantes são representadas pela mesma advogada, Mayra Cotta, que disse que “as vítimas não faziam parte de um círculo íntimo de amizades e que só souberam quem eram as demais vítimas em agosto de 2021”. Essa afirmação é desmentida nos processos por uma série de provas, que mostram que a maior parte das supostas vítimas se conhecia, sim. Antes das denúncias, várias haviam trabalhado juntas. E Dani Calabresa revelou que, no final de 2020, havia até um grupo de WhatsApp de pessoas que teriam sido assediadas por Melhem. Uma das serventias desse grupo seria trocar informações, na época em que as supostas vítimas conversavam com a advogada Mayra Cotta em busca de orientação de como proceder em relação ao episódio. Os perfis de Instagram das supostas vítimas também reforçam o elo de amizade entre elas. Uma viagem ocorrida em fevereiro de 2021 ao sítio de uma delas, na região serrana do Rio de Janeiro, rendeu muitas fotos compartilhadas por Georgiana Coutinho de Goes, Carol Portes, Veronica Debom e Debora Lamm. Embora proximidade e amizade não invalidem as denúncias, desmentem a tese da advogada de que elas não eram amigas nem sabiam que todas eram vítimas de Melhem antes de iniciarem o processo. As denúncias contra Melhem alegam que o assédio dele era insistente. Não raro, segundo as supostas vítimas, ele misturava assuntos profissionais com piadas e insinuações de cunho sexual. O conjunto de provas que constam nos autos, entretanto, mostra que muitas das acusadoras tomavam iniciativa de fazer essa mistura, incluindo conversas picantes e nudes na comunicação cotidiana. Entre as que mais faziam isto estavam Dani Calabresa e Veronica Debom. No depoimento à Justiça, Dani buscou justificar a cumplicidade erótica com Melhem da seguinte forma: “Deixa ele me cantar. Deixa me chamar de gostosa. Para mim era uma vantagem. Prefiro continuar brincando com meu chefe tarado do que comprar briga com ele”. A respeito do episódio dos nudes, a atriz conta que, num festa na casa de Mauro Farias, mostrou fotos de seu celular no meio de uma roda de amigos, até que Melhem se aproximou e tomou o celular da mão dela para ver o conteúdo. Ainda segundo a versão de Dani, não satisfeito, na mesma noite, ele a perseguiu até a porta do banheiro tentando forçar um beijo. Mas Melhem apresenta uma versão totalmente diferente para o episódio. Segundo ele, em um determinado momento da festa, as pessoas conversavam sobre nudes e Calabresa o chamou para um canto do local e exibiu o conteúdo do celular: “Ela me mostrou nudes dela, me mostrou tudo: me mostrou fotos dela totalmente pelada, ela com amigas, ela sozinha, fotos, vídeos, poses, tudo”. Para completar, há o caso da atriz Debora Lamm, que não sabe porque está no processo. Na transcrição de seu depoimento, o juiz lhe pergunta se é vítima de assédio sexual. E ela responde: “Eu acho… não, não, eu sou testemunha”. O juiz insiste mais uma vez: “Tá, a senhora só é testemunha, a senhora não é vítima?”. Lamm confirma: “É”. Mas a advogada ajuda a esclarecer a situação, lembrando que Lamm é uma das mulheres que constam no processo criminal. Em sua reportagem, a Veja afirma a atriz reclama, na verdade, de ter perdido espaço profissional na Globo, culminando com a saída dela do programa “Zorra”, em 2018. Ao mesmo tempo, Lamm reconhece que nunca foi maltratada profissionalmente por Melhem e que, no mesmo ano, voltou a trabalhar com ele na peça “O Abacaxi”. Nem Dani Calabresa conseguiu sustentar a acusação de que Melhem perseguia mulheres que assediava, graças a uma farta coleção de mensagens elogiosas sobre a chefia do ex-diretor da Globo durante o período em que trabalharam juntos. Essa versão tupiniquim do movimento #MeToo teria levado a Globo a colocar um ponto final, ainda que de forma amigável, ao contrato de Melhem com a emissora, em agosto de 2020. Mas após a contestação inabalável do ex-diretor, Dani teve seu contrato fixo com a emissora encerrado em julho passado e Mayra Cotta, advogada dela e das outras supostas vítimas, foi condenada por comportamento antiético pela OAB, numa pena de censura convertida para advertência. Antes sequer de existir um caso criminal, Melhem foi atacado em entrevistas da advogada, que só deu início ao processo após ele ir à Justiça. O caso chama especial atenção por conta desse detalhe. Não foram as supostas vítimas, mas o acusado que decidiu tirar tudo à limpo, ao fazer, em dezembro de 2020, uma interpelação extrajudicial para que Dani Calabresa confirmasse ou desmentisse o teor da reportagem da revista Piauí, que não cita fontes nem usa declarações entre aspas – um “ouvi falar” cheio de detalhes minuciosos e já comprovadamente imprecisos. Ela se calou. Em seguida, Melhem anunciou ter entrado com uma ação contra a advogada Mayra Cotta para que ela provasse as denúncias que estava fazendo pela imprensa. Em janeiro de 2021, ele processou Calabresa, a Piauí e vários colegas que o atacaram nas redes sociais por conta dos boatos amplificados pela reportagem da revista. Só depois disso a atriz e outras sete mulheres formalizaram a primeira acusação contra Melhem, feita imediatamente na sequência desses fatos. Calabresa também processou Melhem em março de 2021 por compartilhar suas mensagens privadas em entrevistas, para comprovar sua inocência. Ela perdeu. Em agosto deste ano, o Tribunal de Justiça de São Paulo encaminhou o arquivamento da ação. Melhem ainda foi investigado internamente pela Globo, com o arquivamento definitivo das denúncias em janeiro deste ano. A conclusão indicou falta de capacidade de confirmar qualquer das denúncias de assédio.

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  • Série

    HBO Max anuncia gravações de novas séries brasileiras

    12 de fevereiro de 2022 /

    A HBO Max começou a gravar as séries nacionais “No Mundo da Luna” e “O Beijo Adolescente”. Adaptações do romance de Carina Rissi e dos quadrinhos de Rafael Coutinho, respectivamente, as produções são parte de uma iniciativa da plataforma de streaming para produzir mais conteúdo original nacional. “No Mundo da Luna” é uma sitcom jornalística com 10 episódios de 30 minutos, que traz Marina Moschen (“Deus Salve o Rei”) em seu primeiro papel como protagonista. Ela interpreta a Luna do título, uma jornalista recém-formado que vem de uma família cigana. Para entrar na profissão, ela acaba aceitando fazer a sessão de horóscopo de um portal de notícias, usando cartas do baralho de sua família. Só que as cartas, com séculos de História, começam a falar com ela. Literalmente. Com direção geral de Roberto d’Avila (“Santo Forte”), a série também inclui Leonardo Bittencourt (“A Menina que Matou os Pais”), Maria Clara Gueiros (“De Perto Ela Não é Normal”), Rosi Campos (“Crô em Família”), Bruna Inocêncio (“Carnaval”), Priscila Lima (“Brilhante F.C.”), Enzo Romani (“Reality Z”) e Luana Martau (“Amor Sem Medida”) em seu elenco. Já “O Beijo Adolescente”, ao contrário do que o título possa sugerir, é uma fantasia teen de super-heróis, com 8 episódios de 30 minutos cada. A trama gira em torno de Ariel, pré-adolescente que acaba de mudar de casa e escola. No novo colégio, ele sofre bullying e só tem um amigo. Mas após beijar uma menina mais velha, descobre que tem um poder especial, passando a integrar o BA (Beijo Adolescente), “grupo seleto de meninos e meninas que desenvolvem poderes na adolescência e ditam as tendências do mundo atual”, segundo a sinopse oficial. Este é o início de uma aventura que coloca o BA no rastro de um monstro assassino, que só os jovens parecem enxergar, e em rota de colisão contra as autoridades. A série foi desenvolvida pelos diretores Peppe Siffredi (“A Viagem de Yoani”) e Mariana Youssef (“Lov3”), e tem o produtor Caio Gullane (“Carcereiros”) como showrunner, mas seu elenco não foi anunciado.

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    Dani Calabresa cita coragem após novas denúncias contra Marcius Melhem

    25 de outubro de 2020 /

    A comediante Dani Calabresa postou uma mensagem no Twitter no sábado (25/10), logo após a materialização de acusações de assédio sexual contra seu antigo chefe no departamento de humor da Globo, Marcius Melhem. “Os inícios só acontecem quando você arrisca. Vai sem medo e se o medo bater, vai mesmo assim”. Ela completou o texto escrevendo que “fazer o certo requer coragem”. O post foi feito no mesmo dia em que uma advogada que representa atrizes não identificadas da Globo confirmar os boatos de assédio que envolviam Melhem. Falando à jornalista Mônica Bergamo, do jornal Folha de S. Paulo, a criminalista Mayra Cotta afirmou que existem seis vítimas de assédio sexual, seis testemunhas e ainda vítimas de assédio moral, que teriam denunciado o diretor do humor da Globo. Ele acabou demitido, mas o caso foi abafado por um comunicado da emissora, afirmando que a decisão tinha acontecido “em comum acordo” e que encerrava uma “parceria de 17 anos de sucesso”. Segundo a advogada, “foram casos de assédio sexual mesmo”. “De mulheres falando não, não quero, me solta, não vou beijar, não vou ficar com você. E ele tentando, agarrando. Não tem zona cinzenta, isso é violência. E aí tem algo muito sério: ele era chefe delas. Ele tinha uma posição de poder”, continuou. Em nota publicada pela Folha de S. Paulo, Melhem reconhece erros, mas se diz inocente da acusação de assédio sexual. Dani Calabresa foi uma das atrizes identificadas pelo colunista Leo Dias em dezembro passado, ao lado de Renata Castro Barbosa e Maria Clara Gueiros, como responsáveis por denunciar Melhem. As duas últimas negaram a informação no mesmo dia. Leo Dias também informou que Marcelo Adnet testemunhou a favor das atrizes, o que ele contestou no dia seguinte. Restou, portanto, apenas Dani Calabresa, que jamais negou a história. Após o anúncio da demissão de Melhem, ela postou no Twitter uma imagem da série “The Morning Show”, que aborda o assédio dentro de uma emissora de televisão, e apareceu assistindo ao documentário “Harvey Weinstein: Assédios em Hollywood” em seu Instagram. Ela continua na Globo e não sofreu, aparentemente, nenhuma retaliação, embora sua situação esteja no ar com a decisão recente de cancelamento dos programas humorísticos da emissora, que eram comandados por Melhem. Fazer o certo exige coragem ✨🌻☺️🙏 pic.twitter.com/mQszpjfmdq — Dani Calabresa (@calabresadani) October 24, 2020

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    Advogada de atrizes da Globo acusa Marcius Melhem de assédio sexual

    24 de outubro de 2020 /

    O afastamento de Marcius Melhem, antigo diretor do departamento de humor da Globo, voltou a virar notícia neste sábado (24/10), após a entrevista de uma advogada que representa atrizes da emissora confirmar os boatos de assédio que envolviam o comediante. Falando à jornalista Mônica Bergamo, do jornal Folha de S. Paulo, a criminalista Mayra Cotta afirmou que existem seis vítimas de assédio sexual, seis testemunhas e ainda vítimas de assédio moral, que teriam denunciado Melhem na Globo. “Todas elas denunciaram os fatos internamente [na TV Globo]. Foram ao compliance da empresa. Tomaram as medidas cabíveis”, disse a advogada. Mas a história acabou abafada. “O processo foi encerrado e elas estavam sem saber muito bem como se organizar para que essa história tivesse um desfecho que reconhecesse tudo o que elas passaram e toda a gravidade do comportamento que o Marcius Melhem teve enquanto ele foi chefe”, acrescentou. Ela detalhou o comportamento denunciado. “É um chefe que se vale de sua posição para tentar usar o poder que tinha de contratar ou demitir para as constranger a se envolver com ele”, apontou. “Houve um comportamento recorrente, de trancar mulheres em espaços e as tentar agarrar, contra a vontade delas. De insistir e ficar mandando mensagem inclusive de teor sexual para mulheres que ele decidia se iam ser escaladas ou não para trabalhar, se ia ter cena ou não para elas [nos programas de humor]. De prejudicar as carreiras de mulheres que o rejeitaram. De ficar obcecado, perseguindo mesmo. Foi um constrangimento sistemático e insistente, muito recorrente”. “Foram casos de assédio sexual mesmo. De mulheres falando não, não quero, me solta, não vou beijar, não vou ficar com você. E ele tentando, agarrando. Não tem zona cinzenta, isso é violência. E aí tem algo muito sério: ele era chefe delas. Ele tinha uma posição de poder”, continuou. Segundo Cotta, as vítimas não querem ser identificadas por receio da repercussão do caso em suas carreiras. “Sabemos como mulheres que denunciam homens por assédio sexual às vezes são tratadas no tipo de sociedade em que a gente vive. Nenhuma mulher quer ser definida para sempre como uma vitima de assédio sexual. Por isso [surgiu] a ideia de eu falar em nome desse grupo”, explicou. Na ocasião da demissão de Melhem, a Globo não se manifestou sobre as denúncias, dizendo apenas que a decisão tinha acontecido “em comum acordo” e que encerrava uma “parceria de 17 anos de sucesso”. O comunicado ainda aludiu às várias dispensas que a emissora vinha realizando. “Como todos sabem, a Globo tem tomado uma série de iniciativas para se preparar para os desafios do futuro e, com isso, adotado novas dinâmicas de parceria com atores e criadores em suas múltiplas plataformas”, afirmou o texto. Melhem era responsável pela coordenação de todos os conteúdos de humor da Globo desde 2018 e, com sua saída, os programas humorísticos foram cancelados. Antes de ser demitido, ele pediu uma licença para cuidar de um problema de saúde de sua filha de 10 anos, e viajou com a família para os Estados Unidos, onde a menina deveria passar por uma cirurgia. Esta viagem foi precedida pelo vazamento da notícia de que ele teria sido denunciado por assédio. Apesar de ter sido realmente investigado pela Globo, o comitê de ética e compliance da emissora o considerou inocente. O processo, iniciado em janeiro, levou dezenas de funcionários e ex-funcionários a testemunharem sobre o caso. Eles também assinaram um abaixo-assinado em defesa de Melhem, descrevendo a acusação como uma “maldade” contra o ex-diretor do Departamento de Humor da emissora. O esforço de abafa, contudo, não evitou sua demissão. Mas a situação continua envolta em segredo. Vale lembrar que quem revelou a confusão foi o colunista Leo Dias, que em dezembro passado publicou que as atrizes Dani Calabresa, Renata Castro Barbosa e Maria Clara Gueiros haviam denunciado Melhem. As duas últimas negaram a informação no mesmo dia. Leo Dias também informou que Marcelo Adnet testemunhou a favor das atrizes, o que ele contestou no dia seguinte. Restou, portanto, apenas Dani Calabresa, que jamais negou a história. Após o anúncio da demissão de Melhem, ela postou no Twitter uma imagem da série “The Morning Show”, que aborda o assédio dentro de uma emissora de televisão, e apareceu assistindo ao documentário “Harvey Weinstein: Assédios em Hollywood” em seu Instagram. Dani Calebresa continua na Globo e não sofreu, aparentemente, nenhuma retaliação, embora sua situação esteja no ar com a decisão recente de cancelamento dos programas humorísticos da emissora. Será que quem denunciou vai continuar contratado após a mexida na programação, que transformará quatro programas numa única produção? Questionada pela Folha, a Globo emitiu uma nota em que diz que “não comenta assuntos da área de compliance, mas reafirma que todo relato de assédio, moral ou sexual, é apurado criteriosamente assim que a empresa toma conhecimento”. O comunicado também reforça que “a Globo não tolera comportamentos abusivos em suas equipes”, e que as investigações podem levar ao desligamento do colaborador abusivo. Mas, “mesmo nas hipóteses de desligamento, as razões de compliance não são tornadas públicas”.

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    Chefe do humor da Globo, Marcius Melhem tem contrato encerrado após 17 anos

    15 de agosto de 2020 /

    O comediante Marcius Melhem saiu da Globo, após 17 anos de parceria. O ator, roteirista e coordenador do humor da emissora já estava afastado dos trabalhos há cinco meses por questões pessoais e deixou agora o canal em definitivo, ao ter seu contrato encerrado. Segundo comunicado da Globo, a decisão foi feita em comum acordo. “A Globo e Marcius Melhem, em comum acordo, encerraram a parceria de 17 anos de sucesso. O artista, que deu importante contribuição para a renovação do humor nas diversas plataformas da empresa, estava de licença desde março para acompanhar o tratamento de saúde de sua filha no exterior. Como todos sabem, a Globo tem tomado uma série de iniciativas para se preparar para os desafios do futuro e, com isso, adotado novas dinâmicas de parceria com atores e criadores em suas múltiplas plataformas. Os conteúdos de humor, assim como os de dramaturgia diária e semanal, continuam sob a liderança de Silvio de Abreu, diretor de Dramaturgia da Globo”, informou a emissora. Melhem era responsável pela coordenação de todos os conteúdos de humor da Globo desde 2018 e agora essa função caberá a Sílvio de Abreu, acumulando a chefia das novelas e séries. Abreu já cumpria este papel interinamente, desde o afastamento de Melhem. Ele pediu uma licença para cuidar de um problema de saúde de sua filha de 10 anos, e viajou com a família para os Estados Unidos, onde a menina deveria passar por uma cirurgia, segundo o próprio humorista informou em comunicado. Antes disso, ele chegou a ser investigado pela Globo devido a uma denúncia de assédio moral. Após a investigação, o comitê de ética e compliance o considerou inocente. O processo, iniciado em janeiro, levou dezenas de funcionários e ex-funcionários a testemunharem sobre o caso. Eles também assinaram um abaixo-assinado em defesa de Melhem, descrevendo a acusação como uma “maldade” contra o ex-diretor do Departamento de Humor da emissora. Apesar de bastante polêmica, a acusação segue envolvida em mistério. Quem revelou a confusão foi o colunista Leo Dias, que em dezembro passado publicou que as atrizes Dani Calabresa, Renata Castro Barbosa e Maria Clara Gueiros haviam denunciado Melhem. As duas últimas negaram a informação no mesmo dia. Leo Dias também informou que Marcelo Adnet testemunhou a favor das atrizes, o que ele contestou no dia seguinte. Restou, portanto, apenas Dani Calabresa, que jamais negou a história. Segundo apurou o colunista do UOL Mauricio Stycer, a briga teria acontecido em torno do programa “Fora de Hora”, no primeiro semestre de 2019. Calabresa queria que, em vez de um projeto novo, a emissora reeditasse o programa “Furo”, que ela apresentou em parceria com Bento Ribeiro na MTV, entre 2009 e 2012. Melhem jamais teria considerado a opção de reviver o “Furo” na Globo, mas Calabresa foi escalada para ser a apresentadora do “Fora de Hora”, ao lado de Paulo Vieira. A atriz acabou deixando o projeto e, em seu texto, Stycer acrescentou a palavra “plágio” às acusações de assédio movidas pela comediante, trazendo à tona uma possível disputa pela autoria do projeto. Dani Calebresa continua na Globo. Após o anúncio do fim do contrato de Melhem, ela postou no Twitter uma imagem da série “The Morning Show”, que aborda o assédio dentro de uma emissora de televisão, e apareceu assistindo ao documentário “Harvey Weinstein: Assédios em Hollywood” em seu Instagram. Em seu Twitter, Melhem acrescentou o seu lado nessa história. “Foram 17 anos de uma parceria muito produtiva com a Globo. Todos esses anos no ar com algum programa – ou mais de um. Tive muito orgulho de fazer parte de uma equipe que desenvolveu novas linguagens, que colocou diversidade e tolerância em pauta e que virou sinônimo de liberdade. Essa liberdade e essa renovação foram abraçadas por público e crítica e trouxeram prêmios importantes – como o APCA – e duas indicações ao Emmy Internacional. Foram muitos anos de muito trabalho”, começa o texto. “Mas já há algum tempo vinha conversando sobre diminuir essa intensidade e dedicar mais tempo à minha vida pessoal, ver minhas filhas crescerem e participar mais disso. O tempo passa rápido. Este ano, por conta de um delicado tratamento de saúde, tive que me ausentar e viajar com a família e nos fechamos para passarmos juntos por isso. Esses meses fora me deram a certeza de que precisava de uma nova relação com o tempo dedicado ao trabalho”, acrescentou. “Em comum acordo com a Globo, entendemos que essa liberdade seria benéfica para ambos os lados. Agora tenho mais tempo para minha vida pessoal. E para desenvolver ideias com calma e livremente. Quando chegar a hora de elas acontecerem, eu venho aqui contar! Até já!”, finalizou.

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    Após investigação, Globo diz que Marcius Melhem é inocente de acusação de assédio

    7 de março de 2020 /

    Após investigação de denúncia, o comitê de ética e compliance do Grupo Globo absolveu Marcius Melhem de acusações de assédio moral apresentadas pela atriz Dani Calabresa. O processo, iniciado em janeiro, levou dezenas de funcionários e ex-funcionários a testemunharem sobre o caso. Eles também assinaram um abaixo-assinado em defesa de Melhem, descrevendo a acusação como uma “maldade” contra o ex-diretor do Departamento de Humor da emissora. Ex-diretor, porque assim que sua inocência foi constatada, Melhem pediu uma licença de quatro meses para cuidar de um problema de saúde de sua filha de 10 anos. Ele vai viajar com a família para os Estados Unidos, onde a menina deverá passar por uma cirurgia, segundo o próprio humorista informou em comunicado. A Globo informou que, durante seu afastamento, o roteirista Silvio de Abreu, responsável pela teledramaturgia da emissora, também acumulará a supervisão dos programas de humor. Mas, segundo apurou o colunista Mauricio Stycer, do UOL, Melhem teria dito a colegas que não pretende reassumir o cargo executivo ao retornar. Apesar de bastante polêmica, a briga entre Melhem e Calabresa segue envolvida em mistério. Quem revelou a confusão foi outro colunista do UOL, Leo Dias, que em dezembro passado criou sua própria confusão ao envolver no caso pessoas que prontamente disseram não ter problema algum com Melhem. O especialista em fofocas publicou que, além de Calabresa, as atrizes Renata Castro Barbosa e Maria Clara Gueiros também haviam denunciado Melhem. As duas negaram a mentira no mesmo dia. Leo Dias também informou que Marcelo Adnet testemunhou a favor das atrizes, o que ele contestou no dia seguinte. Restou, portanto, apenas Dani Calabresa, que jamais negou a história. Em sua apuração, Styler descobriu que o desentendimento correu no processo de criação do programa “Fora de Hora”, no primeiro semestre de 2019. A atriz queria que, em vez de um projeto novo, a emissora reeditasse o programa “Furo”, que ela apresentou em parceria com Bento Ribeiro na MTV, entre 2009 e 2012. Melhem jamais teria considerado a opção de reviver o “Furo” na Globo, mas Calabresa foi escalada para ser a apresentadora do “Fora de Hora”, ao lado de Paulo Vieira. A atriz acabou deixando o projeto, provavelmente durante uma briga. Em seu texto, Stycer acrescenta a palavra “plágio” às acusações de assédio movidas pela comediante, trazendo à tona uma possível disputa pela autoria do projeto.

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    Atores e equipe do Zorra assinam abaixo-assinado em defesa de Marcius Melhem, acusado de assédio moral

    9 de fevereiro de 2020 /

    Um grupo de atores, redatores e técnicos do programa “Zorra” enviou à direção da TV Globo um abaixo-assinado em defesa do coordenador de humor da emissora, Marcius Melhem, que teria sido acusado de assédio moral. Segundo o texto, o chefe do departamento nunca praticou assédio contra qualquer um dos 55 funcionários que assinam o documento. “Temos todos aqui uma relação baseada no diálogo, profissionalismo e respeito. Toda solidariedade a Marcius Melhem diante dessa maldade, que não vai destruir a harmonia entre nós, nem o prazer de trabalhar neste projeto que nos orgulha tanto”, diz o texto. O conteúdo do documento foi revelado pelo colunista Mauricio Stycer, do UOL. Ele ainda acrescentou que os colegas de Melhem estão recolhendo assinaturas de outros programas de humor da Globo para dar apoio ao chefe, que também é comediante e está à frente de uma renovação nos programas de humor da emissora. O caso foi noticiado originalmente pelo jornalista Leo Dias, outro colunista do UOL, em 26 de dezembro de 2019. Na ocasião, Dias sugeriu que as atrizes Dani Calabresa, Renata Castro Barbosa e Maria Clara Gueiros haviam denunciado Melhem. As duas últimas negaram o fato no mesmo dia. Leo Dias também informou que Marcelo Adnet testemunhou a favor das atrizes, o que ele negou um dia depois. Até agora, nem Melhem, nem Calabresa comentaram o caso publicamente. Mas tudo indica que a humorista realmente registrou uma queixa, que estaria sendo investigada pelo comitê de auditoria e compliance do Grupo Globo (a área que avalia se o que ocorreu está em conformidade ou não com regras da empresa). A TV Globo abordou o assunto por meio de uma nota genérica de seu departamento de Comunicação. “Todo relato de assédio, moral ou sexual, na Globo é apurado criteriosamente assim que tomamos conhecimento. A Globo reafirma que não aceita qualquer tipo de assédio e, neste sentido, mantém um canal aberto para denúncias de violação às regras do Código de Ética do Grupo Globo.” Pode ser considerado assédio moral em ambiente de trabalho qualquer situação humilhante, constrangedora, que aconteça de forma repetitiva e prolongada durante o expediente e no exercício de funções profissionais, sendo mais comuns em relações hierárquicas autoritárias. Pouco antes da denúncia, em novembro, Calabresa deixou o humorístico “Zorra”. Na semana passada, ela estreou um quadro no programa “Se Joga”. Mas Leo Dias, novamente, trouxe informação polêmica sobre a atriz nos últimos dias. Ela poderia deixar a emissora por estar insatisfeita com o ambiente de trabalho.

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