Xuxa Meneghel planeta fazer terror com os diretores de “Tarã”
Nova série da Disney tem direção da dupla Marco Dutra e Juliana Rojas, especialistas premiados no gênero
Festival do Rio começa com “Emilia Pérez” e uma seleção de filmes premiados
Evento cinematográfico terá filmes de Pedro Almodóvar, Paolo Sorrentino, Mohammad Rasoulof e obras brasileiras entre os principais destaques
Festival do Rio 2024 anuncia filmes da Première Brasil com destaque para grandes cineastas
Competição contará com filmes de Lírio Ferreira, Marco Dutra e Petra Costa, além de uma programação diversificada
Ao gravar série, Xuxa assume que não sabe atuar: “Eu brinco”
Xuxa teve um ataque de sinceridade ao assumir que não sabe atuar. A declaração foi feita à coluna de Patricia Kogut, no jornal O Globo, ao comentar sua volta à atuação na série “Tarã”, produção infantil da Disney+. Estrela de filmes que fizeram muito sucesso com as crianças, como “Super Xuxa contra o Baixo Astral” (1988) e “Lua de Cristal” (1990), Xuxa assumiu que não sentiu dificuldades para retomar a carreira de atriz após 13 anos, porque nunca atuou de verdade. “Eu não interpreto nada. Eu brinco”, disse, entre risos. “Sou a única pessoa que não canta nos próprios discos, não atua nos filmes e bateu os recordes que todo mundo já sabe”, assumiu. Ao mesmo tempo, ela sabe que o trabalho em ficção é uma forma de usar sua fama para ampliar o alcance de uma mensagem que considera importante: a preservação do meio ambiente. “Acho que com essa série eu vou chegar a lugares que, se eu não atuasse, não chegaria: falando da natureza, do cuidado com o ambiente. A plataforma tem me dado oportunidade de apresentar uma mensagem bacana, de falar sobre tudo o que tem em volta da gente. Se eu falasse, se fizesse um livro, acho que não chegaria ao público da mesma forma que com essa série”, considerou. A ex-apresentadora também deu detalhes de sua personagem na produção. “Na história, eu sou uma personagem que faz parte de uma tribo antiga. A Clã das Nuvens é inspirada em povos que viveram no Peru, havia pessoas brancas (loiras e ruivas). No roteiro, também tem a tribo das Nove Luas. Eu e um indígena dessa tribo nos apaixonamos. E minha personagem terá uma filha. Ela será importante para esses clãs, que antes brigavam. Tem amor de adolescente, muitas cenas na natureza… E por mais que eles tenham buscado referências reais, que tratem do desmatamento da Amazônia, frisam que é uma ficção. Vão ser temas sérios tratados de forma lúdica”, explicou. Apesar de muitos elementos de fantasia, “Tarã” também tratará de queimadas, devastação das florestas e invasão de terras indígenas. Os roteiros são de Anna Lee (“Ilha de Ferro”) e a direção dos oito episódios será compartilhada por dois especialistas em terror, Marco Dutra e Juliana Rojas (parceiros em “Trabalhar Cansa” e “As Boas Maneiras”). Após dez dias de gravação no Acre, Xuxa fará a partir desta semana cenas em estúdios e numa fazenda em São Paulo. Além de “Tarã”, ela tem diversos outros projetos acertados com plataformas de streaming, entre eles da série de ficção que o Globoplay desenvolve sobre sua vida. A idealização é dela, em parceria com Patrícia Corso e Clara Peltier (ambas de “Os Homens São de Marte… E é pra Lá que Eu Vou”), e com direção a cargo de Daniela De Carlo (“Qualquer Gato Vira-Lata”). “Eu tenho lido as coisas que elas me mandam. Dani, a diretora, é argentina e mora em Los Angeles, nos Estados Unidos. As outras são de São Paulo. O próximo passo é ver quem vai fazer os papéis A, B, C e D… Mas acho que (a série) deve sair só em 2024”, contou.
Xuxa será mãe da protagonista de nova série da Disney+
A atriz e apresentadora Xuxa Meneghel teve detalhes de seu papel na série “Tarã” revelados pelo jornal O Globo. Desta vez, ela não será rainha, princesa ou fada. Em seu retorno à atuação, após uma pausa de quase uma década, ela viverá uma farmacêutica que trabalha na indústria de remédios fitoterápicos. Sua personagem também é a mãe da protagonista, uma menina de 14 anos descendente do povo originário da Amazônia. Na produção da Disney+, a personagem de Xuxa foi à Amazônia fazer uma pesquisa profissional e acabou se envolvendo com um morador local, mas, após engravidar, decidiu voltar para o Rio de Janeiro e criar a filha sozinha. Só que, quando a garota menstrua pela primeira vez, recebe um chamado do seu povo para retornar à tribo, que fica na fronteira com o Peru. É a partir daí que a história se desenrola. Apesar de muitos elementos de fantasia, “Tarã” tratará de temas relevantes, como queimadas, devastação das florestas e invasão de terras indígenas. Os roteiros são de Anna Lee (“Ilha de Ferro”) e a direção dos oito episódios será compartilhada por dois especialistas em terror, Marco Dutra e Juliana Rojas (parceiros em “Trabalhar Cansa” e “As Boas Maneiras”). O resto do elenco ainda está sendo escalado para dar início à produção em julho, em locações no Rio e no Acre.
Série de terror dos diretores de Todos os Mortos estreia este mês no Canal Brasil
O Canal Brasil definiu a data de estreia de “Noturnos”, série de terror de Marco Dutra e Caetano Gotardo, dupla premiada do terror brasileiro, que este ano exibiu “Todos os Mortos” no Festival de Berlim. A atração é inspirada em contos do compositor Vinícius de Moraes, mostrando um lado pouco conhecido do “poetinha”, a partir do próximo dia 21 de outubro. Dutra, que também dirigiu os premiados “Trabalhar Cansa” e “As Boas Maneiras”, assina os episódios com Gotardo e Renato Fagundes (da série “Sob Pressão”). A série vai juntar os contos de Vinícius de Moraes num mesmo contexto, ao acompanhar personagens de uma companhia de teatro confinada por causa de uma tempestade. As histórias de assombração que os atores contam para passar o tempo acabam virando as tramas dos episódios, encenadas em diferentes épocas e com temáticas variadas, que vão de escravidão ao fanatismo religioso, e até à transexualidade. Cada episódio será contado a partir de um ponto de vista diferente e o elenco trará artistas como Marjorie Estiano, Andrea Marquee, Bruno Bellarmino, Ícaro Silva e Rafael Losso.
Festival de Gramado premia King Kong em Asunción
O filme “King Kong em Asunción”, do pernambucano Camilo Cavalcanti, foi o grande vencedor da primeira edição virtual do Festival de Gramado. Além do Kikito de Melhor Filme, também conquistou os prêmios de Melhor Ator, Trilha Sonora e do Júri Popular. A premiação do ator Andrade Júnior, por sinal, rendeu um dos momentos mais emocionantes do evento. Reverenciado por seu desempenho no longa de Cavalcanti, o intérprete brasilense morreu no ano passado, aos 74 anos. Em “King Kong em Assunción”, ele interpreta um matador de aluguel que, depois de cometer o último assassinato na região desértica de Salar de Uyuni, esconde-se no interior da Bolívia e decide ir atrás da filha que nunca conheceu. O papel foi também o primeiro – e único – protagonismo de sua carreira, iniciada tardiamente nos anos 1990. Por causa da pandemia de covid-19, o tradicional festival de cinema da serra gaúcha aconteceu fora de época e em formato totalmente virtual, com sessões pela TV e internet, numa parceria com o Canal Brasil. Apenas a cerimônia de premiação aconteceu de forma presencial, realizada no Palácio dos Festivais de Gramado, sem plateia e seguindo protocolos de segurança, com a presença das apresentadoras Marla Martins e Renata Boldrini, que chamaram os vencedores no telão. O formato só não afetou os discursos politizados. Um dos mais contundentes partiu do veterano cineasta Ruy Guerra, de 89 anos, que reclamou do “governo racista”, responsável pela “avalanche que estamos sofrendo nas artes e nas ciências”, ao receber o troféu de Melhor Direção por “Aos Pedaços”. O troféu de Melhor Atriz ficou com a portuguesa Isabél Zuaa por “Um Animal Amarelo”, de Felipe Bragança (premiado também pelo Roteiro), enquanto os coadjuvantes saíram de “Todos os Mortos”, de Caetano Gotardo e Marco Dutra, que consagrou Thomás Aquino e a cantora Alaíde Costa em sua estreia na atuação. Entre os filmes latino-americanos, o uruguaio “El Gran Viaje al Pais Pequeño”, de Mariana Viñoles, foi quase uma unanimidade, levando os troféus da Crítica, do Público, um prêmio especial do Júri e o de Melhor Direção. Entretanto, não ficou com o Kikito oficial de Melhor Longa Estrangeiro, reconhecimento que o Júri decidiu dar ao colombiano “La Frontera”, de David David. Por fim, os destaques na premiação de curtas brasileiros foram “O Barco e o Rio”, de Bernardo Ale Abinader (Melhor Filme e Direção), e “Inabitável”, de Matheus Farias & Enock Carvalho (Prêmio Canal Brasil e da Crítica). Confira abaixo a lista completa dos vencedores. Competição de Longa-Metragem Brasileiro Melhor Filme – King Kong en Asunción Melhor Direção – Ruy Guerra, por Aos Pedaços Melhor Ator – Andrade Júnior, por King Kong en Asunción Melhor Atriz – Isabél Zuaa, por Um Animal Amarelo Melhor Roteiro – Felipe Bragança, por Um Animal Amarelo Melhor Fotografia – Pablo Baião, por Aos Pedaços Melhor Montagem – Eduardo Gripa, por Me Chama Que Eu Vou Melhor Trilha Musical – Salloma Salomão, por Todos os Mortos, e Shaman Herrera, por King Kong en Asunción Melhor Direção de Arte – Dina Salem Levy, por Um Animal Amarelo Melhor Atriz Coadjuvante – Alaíde Costa, por Todos os Mortos Melhor Ator Coadjuvante – Thomás Aquino, por Todos os Mortos Melhor Desenho de Som – Bernardo Uzeda, por Aos Pedaços Prêmio Especial do Júri: Elisa Lucinda, por Por que você não chora? Menção Honrosa do Júri: Higor Campagnaro, por Um Animal Amarelo Competição de Longa-metragem Estrangeiro Melhor Filme – La Frontera Melhor Direção – Mariana Viñoles, por El Gran Viage al País Pequeño Melhor Ator – Anibal Ortiz, por Matar a un Muerto Melhor Atriz – Daylin Vega Moreno e Sheila Monterola, por La Frontera Melhor Roteiro – David David, por La Frontera Melhor Fotografia – Nicolas Trovato, por El Silencio del Cazador Prêmio Especial do Júri: El Gran Viaje al País Pequeño Competição de Longa-metragem Gaúcho Melhor Filme – Portuñol, de Thaís Fernandes Competição de Curta-metragem Brasileiro Melhor Filme – O Barco e o Rio Melhor Direção – Bernardo Ale Abinader, por O Barco e o Rio Melhor Ator – Daniel Veiga, por Você Tem Olhos Tristes Melhor Atriz – Luciana Souza, Inabitável Melhor Roteiro – Inabitável, Matheus Farias e Enock Carvalho Melhor Fotografia – O Barco e o Rio, para Valentina Ricardo Melhor Montagem – Você Tem Olhos Tristes, para Ana Júlia Travia Melhor Trilha Musical – Atordoado, eu permaneço atento, para Hakaima Sadamitsu, M. Takara Melhor Direção de Arte – O Barco e o Rio, para Francisco Ricardo Lima Caetano Melhor Desenho de Som – Receita de Caranguejo, Isadora Torres e Vinicius Prado Martins Prêmio Especial do Júri: Preta Ferreira, por Receita de Caranguejo Prêmios do Júri Popular Curta Brasileiro: O Barco e o Rio, de Bernardo Ale Abinader Longa Estrangeiro: El Gran Viage al País Pequeño, de Mariana Viñoles Longa Brasileiro: King Kong en Asunción, de Camilo Cavalcante Prêmios do Júri da Crítica Curta Brasileiro: Inabitável Longa Estrangeiro: El Gran Viaje al País Pequeño Longa Brasileiro: Um Animal Amarelo
Começa a primeira versão virtual do Festival de Gramado
A primeira versão virtual do Festival de Cinema de Gramado começa nesta quinta (18/9), com exibições que vão até 26 de setembro pelo Canal Brasil e pela plataforma de streaming da emissora, e votação do público por aplicativo. Na primeira noite da mostra competitiva serão exibidos os curtas “4 Bilhões de Infinitos” e “Receita de Caranguejo”, além dos longas “Por que Você Não Chora?”, de Cibele Amaral, e “El Silencio del Cazador”, da Argentina. Além do filme de Cibele Amaral, a programaçaõ reúne mais seis longas nacionais na disputa do Kikito, o troféu competitivo do festival. São eles: “Aos Pedaços”, de Ruy Guerra, “King Kong em Asunción”, de Camilo Cavalcanti, “Um Animal Amarelo”, de Felipe Bragança, “Todos os Mortos”, de Caetano Gotardo e Marco Dutra, “O Samba é Primo do Jazz”, de Angela Zoé, e “Me Chama que Eu Vou”, de Joana Mariani. Alguns desses filmes tiveram passagem por festivais internacionais antes da pandemia, como “Um Animal Amarelo” e “Aos Pedaços”, exibidos em Roterdã, na Holanda, e “Todos os Mortos”, em Berlim, na Alemanha. Já as produções estrangeiras que disputam o prêmio latino-americano incluem ainda o colombiano “La Frontera”, o paraguaio “Matar a un Muerto”, o uruguaio “El Gran Viaje Al Pais Pequeño”, o chileno “Los Fuertes”, o boliviano “Tu me Manques” e o mexicano “Días de Invierno”. Durante a semana, debates sobre os filmes serão transmitidos pelas redes sociais oficiais do evento. A programação também inclui homenagens à cineasta Laís Bodanzky (Troféu Eduardo Abelin) e os atores Marco Nanini (Trofeu Oscarito, o mais tradicional do evento), Denise Fraga (Troféu Cidade de Gramado) e o uruguaio César Troncoso (Kikito de Cristal). Apenas a cerimônia de encerramento, com a entrega de prêmios, deverá ser presencial, a ser realizada no Palácio dos Festivais, sem plateia e seguindo protocolos de segurança e prevenção contra o coronavírus. Mas até isso será exibido no Canal Brasil. Maiores informações sobre a programação e a votação online podem ser encontradas no site oficial http://www.festivaldegramado.net/.
Festival de Gramado anuncia filmes selecionados
A organização do Festival de Gramado anunciou nesta terça-feira (18/8) os filmes selecionados para sua edição de 2020, que será uma combinação de evento televisivo e digital, devido à pandemia de coronavírus. A competição também se encolheu. Apenas sete longas nacionais concorrerão ao Kikito, o troféu competitivo do festival. São eles: “Aos Pedaços”, de Ruy Guerra, “King Kong em Asunción”, de Camilo Cavalcanti, “Um Animal Amarelo”, de Felipe Bragança, “Por que Você Não Chora?”, de Cibele Amaral, “Todos os Mortos”, de Caetano Gotardo e Marco Dutra, “O Samba é Primo do Jazz”, de Angela Zoé, e “Me Chama que Eu Vou”, de Joana Mariani. Alguns desses filmes tiveram passagem por festivais internacionais antes da pandemia, como “Um Animal Amarelo” e “Aos Pedaços”, exibidos em Roterdã, na Holanda, e “Todos os Mortos”, em Berlim, na Alemanha. Outras sete produções estrangeiras também disputam o prêmio latino-americano: o argentino “El Silencio del Cazador”, o colombiano “La Frontera”, o paraguaio “Matar a un Muerto”, o uruguaio “El Gran Viaje Al Pais Pequeño”, o chileno “Los Fuertes”, o boliviano “Tu me Manques” e o mexicano “Días de Invierno”. Além dos filmes que disputam prêmios, o festival homenageará a cineasta Laís Bodanzky (Troféu Eduardo Abelin) e os atores Marco Nanini (Trofeu Oscarito, o mais tradicional do evento), Denise Fraga (Troféu Cidade de Gramado) e o uruguaio César Troncoso (Kikito de Cristal). As novidades deste ano também incluem mudanças no time de curadores, com a entrada do apresentador Pedro Bial e da atriz argentina Soledad Villamil. Eles se juntam a Marcos Santuario, há nove anos no comando da seleção de Gramado. O outro curador habitual do festival, o jornalista Rubens Ewald Filho, faleceu no ano passado. A 48ª do Festival de Gramado vai ocorrer entre os dias 18 e 26 de setembro, com sessões exibidas no Canal Brasil e disponibilizadas por 24 horas no aplicativo de streaming Canal Brasil Play. Apenas a cerimônia de encerramento, com a entrega de prêmios deverá ser presencial, a ser realizada no Palácio dos Festivais, sem plateia e seguindo protocolos de segurança. Mas esse evento também deve ser exibido no Canal Brasil.
Festival de Berlim começa com presença recorde de filmes brasileiros
O Festival de Berlim começa sua sua 70ª edição nesta quinta (20/2) com participação brasileira recorde. O evento alemão vai projetar nada menos que 19 filmes com produção nacional. Destes, apenas quatro trazem o Brasil na condição de parceiro minoritário, entre eles o documentário “Nardjes A.”, dirigido pelo brasileiro Karim Ainouz (“A Vida Invisível”), que registra protestos civis na Argélia. A maioria dos filmes será exibido em seções paralelas à mostra principal, mas o país também está na disputa do Urso de Ouro com “Todos os Mortos”, codirigido por Caetano Gotardo (“O que se Move”) e Marco Dutra (“As Boas Maneiras”). A dupla, que se conheceu há duas décadas no curso de Cinema da USP, divide a direção pela primeira vez, após trabalharem em funções diferentes nos premiados terrores “Trabalhar Cansa” e “As Boas Maneiras” – Gotardo foi o editor dos filmes dirigidos por Dutra e Juliana Rojas (que agora é editora de “Todos os Mortos”). Os diretores também assinam o roteiro, que se passa logo após a Abolição da Escravatura, no fim do século 19. Ainda sem data de estreia no Brasil, “Todos os Mortos” vai tentar repetir as vitórias históricas de “Central do Brasil” (1998) e “Tropa de Elite” (2008) no famoso festival alemão, onde concorrerá com outros 17 títulos – de diretores como o americano Abel Ferrara (“Siberia”), o taiwanês Tsai Ming-Liang (“Rizi”), o francês Philippe Garrel (“Le Sel des Larmes”), o cambojano Rithy Panh (“Irradiés”) e a britânica Sally Potter (“The Roads Not Taken”). Dos 18 filmes na mostra oficial, seis são dirigidos ou codirigidos por mulheres, um índice menor que o recorde do ano passado (45%), mas acima do registrado em Cannes e principalmente em Veneza, que enfrentou protestos por incluir apenas duas diretoras entre as 21 obras na disputa do Leão de Ouro de sua última edição. Um cineasta brasileiro vai votar na premiação. Kleber Mendonça Filho, de “Aquarius” e “Bacurau”, faz parte do júri principal do festival, responsável por escolher os melhores do evento e entregar o troféu Urso de Ouro ao vencedor da competição cinematográfica. Ao lado dele, estão o ator britânico Jeremy Irons (“Watchmen”), que preside o comitê, a atriz franco-argentina Bérenice Bejo (de “O Artista” e “O Passado”), a produtora alemã Bettina Brokemper (parceira dos filmes de Lars von Trier, de “Dogville” a “A Casa que Jack Construiu”), a diretora palestina Annemarie Jacir (“Wajib – Um Convite de Casamento”), o diretor e roteirista americano Kenneth Lonergan (“Manchester à Beira Mar”) e o ator italiano Luca Marinelli (“Entre Tempos”). Confira abaixo a lista de filmes brasileiros selecionados para o evento, que vai acontecer até o dia 1º de março na capital da Alemanha. LONGAS MAJORITÁRIOS BRASILEIROS “Todos os Mortos”, codirigido por Caetano Gotardo e Marco Dutra, coprodução da Dezenove Som e Imagem e Filmes do Caixote com a França (competitição do Urso de Ouro) “Alice Junior”, direção de Gil Baroni, produção da Beija Flor Filmes (mostra Generation) “Cidade Pássaro”, direção de Matias Mariani, produção da Primo Filmes”, coprodução com França (mostra Panorama) “Irmã”, direção de Luciana Mazeto e Vinicius Lopes, produção da Pátio Vazio (mostra Generation) “Luz nos Trópicos”, direção de Paula Gaitán, produção da Aruac e Pique-Bandeira (mostra Forum) “Meu Nome É Bagdá”, direção de Caru Alves de Souza, produção da Manjericão Filmes (mostra Generation) “O Reflexo do Lago”, direção de Fernando Segtowick, produção da Marahu Filmes (mostra Panorama) “Vento Seco”, direção de Daniel Nolasco, produção da Panaceia Filmes (mostra Panorama) “Vil, Má”, direção de Gustavo Vinagre, produção da Carneiro Verde e Avoa Filmes (mostra Forum) CURTAS/MÉDIAS “(Outros) Fundamentos”, direção de Aline Motta (mostra Forum Expanded) “Apiyemiyeki?”, direção de Ana Vaz em coprodução com França, Holanda e Portugal (mostra Forum Expanded) “Jogos Dirigidos”, direção de Jonathas de Andrade (mostra Forum Expanded) “Letter From A Guarani Woman In Search Of Her Land Without Evil”, de Patricia Ferreira (mostra Forum Expanded) “Rã”, direção de Julia Zakia e Ana Flávia Cavalcanti, produção da Gato do Parque (mostra Panorama) “Vaga Carne”, direção de Grace Passô e Ricardo Alves Jr, produção da Grãos da Imagem (mostra Forum Expanded) COPRODUÇÕES INTERNACIONAIS “Chico Ventana Tambien Quisiera Ter Un Submarino”, direção de Alex Piperno (Uruguai), coprodução brasileira Desvia (mostra Forum) “Los Conductos”, direção de Camilo Restrepo (Colômbia), coprodução brasileira If You Hold a Stone (mostra Encounters) “Nardjes A.”, direção de Karim Ainouz (Brasil), coprodução com Argélia, França e Alemanha (mostra Panorama) “Un Crimen Común”, direção de Francisco Márquez (Argentina)”, coprodução brasileira Multiverso (mostra Panorama)
Festival de Berlim 2020: Cinema brasileiro tem participação recorde, com 19 filmes selecionados
A participação brasileira no Festival de Berlim deste ano é recorde. A organização do evento alemão anunciou nada mesmo que 19 filmes com produção nacional. Destes, apenas quatro trazem o Brasil na condição de parceiro minoritário, entre eles o documentário “Nardjes A.”, dirigido pelo brasileiro Karim Ainouz (“A Vida Invisível”), que registra protestos civis na Argélia. A maioria dos filmes será exibido em seções paralelas à mostra principal, mas o país também está na disputa do Urso de Ouro com “Todos os Mortos”, codirigido por Caetano Gotardo (“O que se Move”) e Marco Dutra (“As Boas Maneiras”). A dupla, que se conheceu há duas décadas no curso de Cinema da USP, divide a direção pela primeira vez, após trabalharem em funções diferentes nos premiados terrores “Trabalhar Cansa” e “As Boas Maneiras” – Gotardo foi o editor dos filmes dirigidos por Dutra e Juliana Rojas. Os dois também assinam o roteiro, que se passa na década seguinte à Abolição da Escravatura, no fim do século 19, e acompanha a trajetória de duas famílias: uma branca, os Soares, e outra negra, os Nascimento. A expectativa agora é ver se a participação recorde também produz premiação recorde. Até então, a maior consagração do cinema brasileiro em Berlim aconteceu em 2018, com a conquista de cinco prêmios paralelos – de favoritos da crítica e do público – , mas não troféus oficiais. O Brasil já venceu duas vezes o Urso de Ouro, premiação principal do festival, com “Central do Brasil” (1998) e “Tropa de Elite” (2008). Confira abaixo a lista de filmes brasileiros selecionados para o evento, que vai acontecer entre 20 de fevereiro e 1º de março na capital da Alemanha. LONGAS MAJORITÁRIOS BRASILEIROS “Todos os Mortos”, codirigido por Caetano Gotardo e Marco Dutra, coprodução da Dezenove Som e Imagem e Filmes do Caixote com a França (competitição do Urso de Ouro) “Alice Junior”, direção de Gil Baroni, produção da Beija Flor Filmes (mostra Generation) “Cidade Pássaro”, direção de Matias Mariani, produção da Primo Filmes”, coprodução com França (mostra Panorama) “Irmã”, direção de Luciana Mazeto e Vinicius Lopes, produção da Pátio Vazio (mostra Generation) “Luz nos Trópicos”, direção de Paula Gaitán, produção da Aruac e Pique-Bandeira (mostra Forum) “Meu Nome É Bagdá”, direção de Caru Alves de Souza, produção da Manjericão Filmes (mostra Generation) “O Reflexo do Lago”, direção de Fernando Segtowick, produção da Marahu Filmes (mostra Panorama) “Vento Seco”, direção de Daniel Nolasco, produção da Panaceia Filmes (mostra Panorama) “Vil, Má”, direção de Gustavo Vinagre, produção da Carneiro Verde e Avoa Filmes (mostra Forum) CURTAS/MÉDIAS “(Outros) Fundamentos”, direção de Aline Motta (mostra Forum Expanded) “Apiyemiyeki?”, direção de Ana Vaz em coprodução com França, Holanda e Portugal (mostra Forum Expanded) “Jogos Dirigidos”, direção de Jonathas de Andrade (mostra Forum Expanded) “Letter From A Guarani Woman In Search Of Her Land Without Evil”, de Patricia Ferreira (mostra Forum Expanded) “Rã”, direção de Julia Zakia e Ana Flávia Cavalcanti, produção da Gato do Parque (mostra Panorama) “Vaga Carne”, direção de Grace Passô e Ricardo Alves Jr, produção da Grãos da Imagem (mostra Forum Expanded) COPRODUÇÕES MINORITÁRIAS “Chico Ventana Tambien Quisiera Ter Un Submarino”, direção de Alex Piperno (Uruguai), coprodução brasileira Desvia (mostra Forum) “Los Conductos”, direção de Camilo Restrepo (Colômbia), coprodução brasileira If You Hold a Stone (mostra Encounters) “Nardjes A.”, direção de Karim Ainouz (Brasil), coprodução com Argélia, França e Alemanha (mostra Panorama) “Un Crimen Común”, direção de Francisco Márquez (Argentina)”, coprodução brasileira Multiverso (mostra Panorama)
Festival de Berlim 2020: Terror brasileiro vai disputar o Urso de Ouro
A organização do Festival de Berlim 2020 divulgou nesta quarta-feira (29/1) a lista dos filmes selecionados para disputar o Urso de Ouro, principal prêmio do evento. E um terror brasileiro entrou na relação seletíssima da mostra competitiva. “Todos os Mortos”, codirigido por Caetano Gotardo (“O que se Move”) e Marco Dutra (“As Boas Maneiras”), vai representar o Brasil no evento principal do festival. A dupla, que se conheceu há duas décadas no curso de Cinema da USP, divide a direção pela primeira vez, após trabalharem em funções diferentes nos premiados terrores “Trabalhar Cansa” e “As Boas Maneiras” – Gotardo foi o editor dos filmes dirigidos por Dutra e Juliana Rojas. Os dois também assinam o roteiro, que se passa na década seguinte à Abolição da Escravatura, no fim do século 19, e acompanha a trajetória de duas famílias: uma branca, os Soares, e outra negra, os Nascimento. A trama reflete os fantasmas da escravidão, em mais de um sentido. Ainda sem data de estreia no Brasil, “Todos os Mortos” vai tentar repetir as vitórias de “Central do Brasil” (1998) e “Tropa de Elite” (2008) no famoso festival alemão, onde concorrerá com outros 17 títulos – de diretores como o americano Abel Ferrara (“Siberia”), o taiwanês Tsai Ming-Liang (“Rizi”), o francês Philippe Garrel (“Le Sel des Larmes”), o cambojano Rithy Panh (“Irradiés”) e a britânica Sally Potter (“The Roads Not Taken”). Além da mostra principal, o cinema brasileiro também está representado nas seções paralelas do festival, atingindo uma participação recorde, com mais 18 filmes selecionados, entre eles “Meu Nome é Bagdá”, de Caru Alves Souza, “Cidade Pássaro”, coprodução com a França de Matias Mariani, “Apiyemiyekî”, coprodução com França e Holanda dirigida por Ana Vaz, e “Nardjes A.”, documentário franco-alemão do diretor Karim Aïnouz (do premiado “Vida Invisível”). Confira a lista nacional completa aqui. A 20ª edição do Festival de Berlim vai acontecer entre 20 de fevereiro e 1º de março.









