“Tár” é eleito filme do ano pelos críticos de Los Angeles e Nova York
O drama “Tár”, estrelado por Cate Blanchett (“O Beco do Pesadelo”), encabeçou as listas de Melhores Filmes do Ano tanto da Associação dos Críticos de Cinema de Los Angeles (LAFCA, na sigla em inglês) quanto do Círculo de Críticos de Cinema de Nova York (NYFCC). Dirigido por Todd Field (“Pecados Íntimos”), o filme gira em torno de Lydia Tár (Blanchett), uma aclamada compositora que se torna a primeira maestrina feminina de uma orquestra alemã. A trama a acompanha durante sua vida cotidiana em Berlim, culminando na gravação de sua última sinfonia. Na lista dos críticos de Los Angeles, “Tár” dividiu o 1º lugar com a sci-fi indie “Tudo Em Todo Lugar Ao Mesmo Tempo”. Mas se destacou mais ao sair-se vitorioso também nas categorias de Melhor Diretor e Melhor Roteiro. Além disso, a atriz Cate Blanchett foi premiada na categoria de Melhor Atuação, embora também tenha dividido o prêmio com Bill Nighy (por seu trabalho no drama “Living”). Esse foi o primeiro ano que a associação adotou o gênero neutro na sua premiação de atuação. Entretanto, o resultado com empates mostrou que nada mudou na prática, já que o prêmio de atuação coadjuvante também foi dividido entre um homem e uma mulher, desta vez entre Ke Huy Quan (“Tudo Em Todo Lugar ao Mesmo Tempo”) e Dolly De Leon (“Triângulo da Tristeza”). Já os críticos de Nova York, que consagraram “Tár” como Melhor Filme, também agraciaram Blanchett com o prêmio de Melhor Atriz e, numa categoria separada, Colin Farrell como Melhor Ator por dois trabalhos diferentes: “Depois de Yang” (2021) e “Os Banshees de Inisherin”. Fechando as categorias de atuação, a associação nova-iorquina reconheceu Ke Huy Quan (“Tudo Em Todo Lugar Ao Mesmo Tempo”) e Keke Palmer (“Não! Não Olhe!”) como Melhores Coajuvantes. Para completar, o cineasta indiano S.S. Rajamouli venceu na categoria de Melhor Direção pelo épico “RRR: Revolta, Rebelião, Revolução”, enquanto o inglês Martin McDonagh levou a categoria de Melhor Roteiro com “Os Banshees de Inisherin”.
Críticos de Los Angeles elegem filme japonês como melhor do ano
A associação dos críticos de cinema de Los Angeles (Los Angeles Film Critics Association) divulgou neste sábado (18/12) sua lista de melhores do ano. E de forma surpreendente o filme escolhido para encabeçar a relação foi uma produção japonesa. O longa “Drive My Car”, de Ryûsuke Hamaguchi, foi eleito Melhor Filme e Melhor Roteiro de 2021. A premiação foi um caso raro em que os críticos de Los Angeles concordaram com os de Nova York, que há duas semanas exatas também elegeram “Drive My Car” como o filme do ano. O longa também venceu o prêmio de Melhor Roteiro no Festival de Cannes e mais de uma dezena de troféus internacionais, e foi indicado pelo Japão a disputar uma vaga no Oscar de Melhor Filme Internacional. A trama acompanha um diretor viúvo que, ao ser convidado a comandar uma peça em Hiroshima, passa a contar com os serviços de uma motorista estoica, com quem começa a dividir histórias e segredos. Os críticos angelenos também destacaram Jane Campion como Melhor Diretora por “Ataque dos Cães”, filme também lembrado pela Fotografia de Ari Wegner. Entre os intérpretes, a espanhola Penélope Cruz foi considerada Melhor Atriz por seu papel em “Madres Paralelas” e Simon Rex prevaleceu como Melhor Ator por “Red Rocket”. O evento também homenageou o veterano cineasta Mel Brooks (“O Jovem Frankenstein”) com um prêmio especial pelas realizações de sua carreira.
Críticos de Los Angeles elegem Me Chame por Seu Nome como Melhor Filme do ano
A Associação de Críticos de Cinema de Los Angeles divulgou os vencedores de sua premiação anual. E embora a temporada de distribuição de troféus mal tenha começado, a lista já assinala o surgimento das primeiras unanimidades. Assim como no Gotham Awards, a associação de Los Angeles considerou “Me Chame por Seu Nome” o Melhor Filme do Ano. Não só isso. O jovem Timothée Chalamet voltou a vencer como Melhor Ator. “Me Chame por Seu Nome”, que tem produção do brasileiro Rodrigo Teixeira, ainda rendeu reconhecimento para o diretor Luca Guadagnino. O cineasta italiano dividiu com o mexicano Guillermo del Toro, de “A Forma da Água”, o prêmio de Direção. O empate, na verdade, se estendeu ao número de prêmios dos dois filmes. “A Forma da Água” também conquistou três troféus. Os demais foram Melhor Fotografia, para Dan Laustsen, e Atriz, para Sally Hawkins. Os Melhores Coadjuvantes foram Laurie Metcalf (por “Lady Bird”) e Willem Dafoe (“Projeto Flórida”). Jordan Peele foi saudado como Melhor Roteirista por “Corra”. E Jonny Greenwood, da banda Radiohead, levou o prêmio de Trilha Sonora por “Trama Fantasma”, sua quarta parceria com o diretor Paul Thomas Anderson. Em resumo, prêmios para o cinema independente. Até uma produção indie venceu como Melhor Animação: “The Breadwinner”, desenho irlandês que desbancou “Viva – A Vida É uma Festa”. Apenas dois filmes de estúdio entraram na lista: o blockbuster “Dunkirk” e a sci-fi “Blade Runner 2049”, com vitórias em categorias técnicas. Para completar, a premiação também apontou convergência de opiniões em relação a Documentário e Filme em Língua Estrangeira. As produções francesas “Faces Places”, de Agnes Varda e JR, e “120 Batimentos por Minuto”, de Robin Campillo, são as que mais estão acumulando vitórias em suas categorias. Desta vez, o filme de Campillo empatou com o russo “Loveless”, de Andrey Zvyagintsev. São favoritos ao Oscar 2018. Veja abaixo a lista completa dos favoritos da crítica de Los Angeles. Melhores de 2017: Los Angeles Film Critics Association Melhor Filme: “Me Chame por Seu Nome” 2º lugar: “Projeto Flórida” Melhor Direção: Guillermo del Toro (“A Forma da Água”) e Luca Guadagnino (“Me Chame por Seu Nome”) – empate Melhor Atriz: Sally Hawkins (“A Forma da Água”) 2º lugar: Frances McDormand (“Três Anúncios para um Crime”) Melhor Ator: Timothée Chalamet (“Me Chame por Seu Nome”) 2º lugar: James Franco (“O Artista do Desastre” Melhor Atriz Coadjuvante: Laurie Metcalf (“Lady Bird”) 2º lugar: Mary J. Blige (“Mudbound”) Melhor Ator Coadjuvante: Willem Dafoe (“Projeto Flórida”) 2º lugar: Sam Rockwell (“Três Anúncios para um Crime”) Melhor Animação: “The Breadwinner” 2º lugar: “Viva – A Vida É uma Festa” Melhor Filme em Língua Estrangeira: “120 Batimentos por Minuto” (França) e “Loveless” (Rússia) – empate Melhor Documentário: “Faces Places” 2º lugar: “Jane” Melhor Roteiro: Jordan Peele (“Corra”) 2º lugar: Martin McDonagh (“Três Anúncios Para um Crime”) Melhor Edição: Lee Smith (“Dunkirk”) 2º lugar: Tatiana S. Riegel (“I, Tonya”) Melhor Design de Produção: Dennis Gassner (“Blade Runner 2049”) 2º lugar: Paul D. Austerberry (“A Forma da Água”) Melhor Trilha Sonora: Jonny Greenwood (“A Trama Fantasma”) 2º lugar: Alexandre Desplat (“A Forma da Água”) Melhor Fotografia: Dan Laustsen (“A Forma da Água”) 2º lugar: Roger Deakins (“Blade Runner 2049”) Melhor Filme/Video Experimental: “Purge This Land” Prêmio pela Carreira: Max von Sydow


