Estreias: “Yellowstone”, “Patrulha do Destino” e as melhores séries da semana
As estreias de séries da semana destacam produções de ação e aventura. Há viajantes do tempo, super-heróis, fantasia épica e animada, além de três superproduções com temática criminal, reforçadas por um documentário de true crime. Confira abaixo 10 séries que chegam ao streaming nesta semana. | YELLOWSTONE 5 | PARAMOUNT+ Uma das atrações mais vistas da TV paga americana chega na sua 5ª temporada com John Dutton (personagem de Kevin Costner) empossado como Governador de Montana, enquanto o caos acompanha sua ascensão política. Os novos episódios começaram a ser exibidos em 13 de novembro nos EUA, quando foram sintonizados por 12,1 milhões de espectadores, marcando a maior audiência de estreia de uma série em 2022 no país. Além de ser a primeira atração semanal estrelada por Kevin Costner, “Yellowstone” também foi a primeira produção televisiva criada pelo cineasta Taylor Sheridan, que foi indicado ao Oscar 2017 pelo roteiro de “A Qualquer Custo” (2016) e estreou como diretor com “Terra Selvagem” (2017), vencendo um prêmio no Festival de Cannes. Desde então, ele criou um universo derivado com dois spin-offs de “Yellowstone” e lançou mais duas séries diferentes de sucesso – “Tulsa King”, com Sylvester Stallone, e “Mayor of Kingstown”, com Jeremy Renner. Sheridan assina os roteiros, a produção e a direção de alguns episódios de “Yellowstone”, que aborda o mesmo universo de seus filmes premiados: o interior rural dos Estados Unidos, onde os homens ainda usam chapéus de cowboy, andam a cavalo (e helicóptero) e são rápidos no gatilho. Por sinal, o ator indígena Gil Birmingham, que trabalhou nos dois filmes citados de Sheridan, também está no elenco. Os demais atores confirmam a ambição cinematográfica da produção, com destaque para Wes Bentley (“Jogos Vorazes”), Kelly Reilly (série “Britannia”), Luke Grimes (“Cinquenta Tons de Liberdade”), Cole Hauser (“Transcendence: A Revolução”), Kelsey Asbille (“Terra Selvagem”), Dave Annable (série “Red Band Society”), Josh Lucas (“Mark Felt – O Homem que Derrubou a Casa Branca”), Ian Bohen (“Teen Wolf”) além de Danny Huston (“Mulher-Maravilha”) nas duas primeiras temporadas e Josh Holloway (das séries “Colony” e “Lost”) no 3º ano. | GANGS OF LONDON 2 | LIONSGATE+ A polêmica série britânica retorna para mais pancadarias e tiroteios com a marca de seu criador e diretor, Gareth Evans, o cineasta por trás do fenômeno indonésio “The Raid – Operação Invasão”, marco do cinema de ação do século 21. Concebidos como premissa para um videogame, os episódios acompanham a luta de várias gangues pelo controle do submundo de Londres, e o nível de violência é tão alto que causou furor no Reino Unido. A história começa com o assassinato de Finn Wallace, o chefão do crime mais poderoso de Londres nos últimos 20 anos, deixando um buraco na rede que ele comandava. Quando seu filho e herdeiro coloca os negócios de lado para dar prioridade à vingança, tentando descobrir quem orquestrou o crime, uma variedade multicultural de gangues armadas até os dentes se movimenta para tirar proveito do vácuo repentino no topo dos negócios ilícitos da metrópole. O que se segue é um banho de sangue. A produção é estrelada por Joe Cole, que ficou conhecido como John Shelby em “Peaky Blinders”. Sua presença na trama, inclusive, rendeu algumas comparações entre as duas produções. Ambas são centradas em gângsteres britânicos de diferentes culturas e etnias, embora “Peaky Blinders” seja uma série de época e “Gangs of London” se passe nos dias atuais. O elenco ainda destaca Michelle Fairley (“Game of Thrones”), David Bradley (também de “Game of Thrones”), Richard Harrington (“Hinterland”), Mark Lewis Jones (“Chernobyl”), Jing Lusi (“Podres de Ricos”), Narges Rashidi (“Sob a Sombra”), Emmett J Scanlan (“Krypton”), Lucian Msamati (“His Dark Materials”), Ray Panthaki (“Marcella”), Ian Beattie (outro de “Game of Thrones”) e Colm Meaney (“Hell on Wheels”) como o falecido Finn Wallace. Além do galês Gareth Evans, a produção também atraiu outros cineastas para trás de suas câmeras, como o inglês Corin Hardy (“A Freira”) e o francês Xavier Gens (“(A) Fronteira”), ambos especialistas em filmes de terror. Ou seja, todos são conhecidos por trabalhos sanguinários. | LA CASA DE PAPEL: COREIA 2 | NETFLIX A Parte 2 encontra os ladrões sitiados pela polícia, enquanto levam adiante seu grande assalto, que ganhou um verniz mais politizado nessa adaptação coreana. A trama se passa após uma imaginária unificação das Coreias, quando os antigos norte-coreanos reparam que continuam pobres, enquanto os milionários do Sul se tornaram mais ricos. O desejo de ajuste de contas move o novo Professor e seu grupo, que resolvem tomar posse da fortuna do país num plano ousado de assalto. Em vez das célebres máscaras de Salvador Dali da versão espanhola, os coreanos também adotam um disfarce diferente: Yangban, um dos 12 personagens tradicionais das máscaras usadas em celebrações de ruas pela população pobre coreana desde o século 12. O elenco destaca Yoo Ji-tae (“Oldboy”) como o Professor, Park Hae-soo (“Round 6”) como Berlim, Jeon Jong-seo (“Em Chamas”) como Tóquio, Lee Won-jong (“Hand: The Guest”) como Moscou, Kim Ji-hun (“The Flower of Evil”) como Denver, Jang Yoon-ju (“Three Sisters”) como Nairóbi, Lee Hyun-woo (“To the Beautiful You”) como Rio, Kim Ji-hoon (“Voice”) como Helsinki, Lee Kyu-ho (“#Alive”) como Oslo e a sumida Kim Yunjin (de “Lost”) como Woo Jin, a versão sul-coreana da inspetora Raquel. Para completar, os novos episódios ainda incluem nova personagem na trama, a ladra Seul, vivida por Lim Ji Yeon (do filme “Spiritwalker: Identidade Perdida”). Os roteiros são assinados por Ryu Yong-jae (“Invasão Zumbi 2: Península”) e a direção é de Kim Hong-sun (das séries “Black” e “Voice”). | HIS DARK MATERIALS 3 | HBO MAX A última temporada de “His Dark Materials” conclui a adaptação da trilogia literária do escritor Philip Pullman, conhecida no Brasil como “Fronteiras do Universo”. Repleta de efeitos visuais e clima épico, a trama adapta “A Luneta Âmbar” (2000), último livro da saga, que conduz a menina Lyra Belacqua por universos paralelos, numa guerra celestial envolvendo ciência, bruxaria e ursos-polares. A versão televisiva é estrelada pela atriz Dafne Keen, a jovem revelação de “Logan”, no papel da protagonista Lyra, e o ótimo elenco também inclui Ruth Wilson (“The Affair”), Georgina Campbell (“Krypton”), Ruta Gedmintas (“The Stain”), Anne-Marie Duff (“As Sufragistas”), Andrew Scott (“Fleabag”) e Clarke Peters (“Três Anúncios para um Crime”), além de Amir Wilson (“O Jardim Secreto”) como Will Parry, jovem cujo destino começou a se entrelaçar com o de Lyra na 2ª temporada. Os próximos episódios também trazem de volta James McAvoy (“X-Men: Apocalipse”), que teve sua participação cortada devido à pandemia de coronavírus, após uma 2ª temporada menor que o previsto, e até Lin-Manuel Miranda (“O Retorno de Mary Poppins”), cujo personagem supostamente morreu em um tiroteio no segundo ano da série. | PATRULHA DO DESTINO 4 | HBO MAX A trama da 4ª temporada vai encontrar a equipe bizarra da DC numa nova viagem no tempo e diante de sua iminente dizimação, quando precisará decidir de uma vez por todas o que é mais importante: sua própria felicidade ou o destino do mundo. Tudo começa com uma nova aparição do místico Willoughby Kipling (Mark Sheppard), que anuncia a ameaça iminente de um vilão chamado Immortus. Nos quadrinhos, o General Immortus vive há séculos estudando as guerras e sua longevidade tem relação com a aparência rejuvenescida da Patrulha do Destino. Por sinal, sua introdução deve servir para explicar porque alguns dos heróis continuam com a mesma aparência há mais de meio século. Desenvolvida por Jeremy Carver (“The Exorcist”), a série é estrelada por April Bowlby (a Stacy de “Drop Dead Diva”) como Mulher-Elástica, Diane Guerrero (a Martiza de “Orange Is the New Black”) como Crazy Jane e Joivan Wade (Rigsy na série “Doctor Who”) como o Ciborgue, além de Brendan Fraser (da trilogia “A Múmia”) e Matt Bomer (de “White Collar” e “American Horror Story”) como dubladores e intérpretes das cenas de flashback dos personagens Homem-Robô e Homem Negativo, respectivamente. Introduzida no terceiro ano como a supervilã Madame Rouge, Michelle Gomez (“Doctor Who”) também segue no elenco, agora como uma versão regenerada de sua personagem. | INTERLIGADOS | STAR+ A minissérie é sul-coreana, mas quem assina sua direção é um cultuado diretor japonês: Takashi Miike, conhecido por filmes de ação extremamente violentos. A produção, que chama “Connect” no original, acompanha um jovem solitário que passa seu tempo postando vídeos musicais no YouTube, até ser sequestrado por um caçador de órgãos e ter um dos seus olhos removido. Após a experiência traumática, o jovem percebe que passou a compartilhar a visão de quem recebeu o seu olho: um serial killer. E a descoberta o impulsiona em direção ao perigo para ter o seu olho de volta. O personagem principal é vivido por Jung Hae-in, dos doramas “Uma Noite de Primavera” (2019) e “Enquanto Você Dormia” (2017), enquanto o serial killer é interpretado por Go Kyung-pyo, estrela de “Decisão de Partir” (2022), o novo filme de Park Chan-wook (“A Criada”). | FUTURE MAN | STAR+ A série de comédia estrelada por Josh Hutcherson (“Jogos Vorazes”) entre 2017 e 2020 chega com suas três temporadas completas, com referências de sci-fi dos anos 1980 e 91% de aprovação no Rotten Tomatoes. A trama gira em torno de Josh Futturman (Hutcherson), que é apenas um faxineiro durante o dia, mas de noite se transforma num gamer de nível mundial, com o destino do mundo em suas mãos. Josh tem um péssimo emprego como faxineiro num centro de pesquisas de disfunções sexuais, e a única coisa em que se destaca é o Cybergeddon, game ambientado em um futuro distópico em que seu personagem, Future Man, é o campeão do mundo. Até que ele consegue chegar ao último nível, quando descobre que o jogo na verdade era um vídeo de treinamento, e que ele foi selecionado para viajar no tempo e salvar o mundo – basicamente como no filme “O Último Guerreiro das Estrelas” (1984). Na 1ª temporada, ele é enviado ao passado para impedir que o responsável pelo fim do mundo possa dar início à catástrofe. Já no segundo ano tem o futuro com seu novo destino, referenciando a ordem de acontecimentos da franquia “De Volta ao Futuro”. Até finalmente “quebrar o tempo” no desfecho da trama. A atração foi concebida pela dupla Kyle Hunter e Ariel Schaffir, roteiristas da comédia “Sexo, Drogas e Jingle Bells” (2015), e a produção é de outra dupla, Seth Rogen e Evan Goldberg, criadores da série “Preacher” e, claro, também produtores de “Sexo, Drogas e Jingle Bells”. Além de produzir, Rogen e Goldberg dirigiram alguns episódios. E o segundo ano ainda destacou participação de Rogen como ator. | LITTLE AMERICA 2 | APPLE TV+ A série é uma antologia de histórias de imigrantes nos EUA, criada por Kumail Nanjiani (o Kingo de “Eternos”) e sua parceira Emily V. Gordon. Os dois foram indicados ao Oscar 2018 pelo roteiro de “Doentes de Amor”. Todas as histórias da atração são inspirados em relatos reais, e focam diferentes aspectos da vida engraçada, romântica, sincera, inspiradora e inesperada dos imigrantes que tentam realizar seu sonho americano. Além de assinar os roteiros, o casal Nanjiani e Gordon também produz o projeto junto de Alan Yang, co-criador de “Master of None”, e do produtor Lee Eisenberg, da série “SMILF”. Já o elenco dos novos episódios inclui Faysal Ahmed (“Capitão Phillips”), Mohammad Amiri (“Lutando pela Família”), Michael Chernus (“Severance”), Lee Jung-Eun (“Uma Advogada Extraordinária”), Alan S. Kim (“Minari”), Ki Hong Lee (“Maze Runner”), Phylicia Rashard (“The Cosby Show”), Stacy Rose (“Ballers”), Teresa Ruiz (“Narcos: Mexico”), James Saito (“Altered Carbon”), Sathya Sridharan (“Succession”) e a veterana June Squibb (“Nebraska”) | DRAGON AGE: ABSOLVIÇÃO | NETFLIX A adaptação animada do game da BioWare se passa no mundo místico de Tevinter, habitado por elfos, magos, cavaleiros, templários vermelhos, demônios e outras criaturas místicas. Os episódios acompanham um grupo de magos rebeldes e ladrões que se unem para roubar um artefato perigoso e derrotar uma força sinistra. Roteiros e produção são de Mairghread Scott,...
Estreias: As 10 melhores séries que chegam ao streaming
A volta de séries bastante esperadas se destaca na programação das plataformas digitais. Mas também chamam atenção as novas produções que mostram o lado sombrio do futebol, às vésperas da Copa do Mundo do Catar. Confira abaixo as 10 séries de maior impacto na programação de streaming da semana. | MANIFEST 4 | NETFLIX A primeira parte do final de “Manifest” começa finalmente a responder os mistérios relacionados aos passageiros do voo 828. A série acompanha os passageiros de um avião, que após ficar cinco anos desaparecido, aterrissa em seu destino como se nada tivesse acontecido. Os passageiros estão exatamente como eram, sem que o tempo tivesse avançado para eles, o que chama atenção do governo, da mídia e afeta as famílias que os consideravam mortos. Para completar, os viajantes ainda precisam lidar com um efeito colateral inesperado de seu desaparecimento: passam a ouvir “chamados” para fazer determinadas coisas. Segundo os produtores, entre eles o célebre cineasta Robert Zemeckis (“De Volta para o Futuro”), a trama foi inspirada pelo desaparecimento misterioso do voo 370 da Malaysia Airlines, mas a premissa também sugere influência de “Lost” e “The 4400”. A Netflix salvou a série do cancelamento na TV aberta e encomendou 20 capítulos inéditos para finalizar a trama, dos quais metade chegam nesta sexta (4/11). E todo o elenco original está de volta para o desfecho, com destaque para Josh Dallas (o Príncipe Encantado de “Once Upon a Time”), Melissa Roxburgh (série “Valor”), Parveen Kaur (série “Beyond”), Luna Blaise (série “Fresh Off the Boat”), J.R. Ramirez (série “Jessica Jones”), Matt Long (“Helix”), Daryl Edwards (“Demolidor”) e Holly Taylor (“The Americans”). Já Athena Karkanis (série “Zoo”) e o menino Jack Messina (“Maravilhosa Sra. Maisel”), integrantes das três temporadas originais, não vão voltar devido aos fatos vistos no final do último capítulo exibido. | WHITE LOTUS 2 | HBO MAX Originalmente concebida como minissérie, a atração volta para uma nova temporada após vencer o Emmy e se tornar um grande sucesso. Os novos episódios apresentam um novo grupo de hóspedes numa unidade diferente da rede fictícia de hotéis The White Lotus. Desta vez, a trama vai acompanhar turistas americanos de férias na Itália. Apesar das mudanças, o elenco vai trazer de volta Jennifer Coolidge, que também venceu o Emmy no papel de Tanya McQuoid. Ela agora estará em férias na Sicília, onde vai encontrar os novos personagens vividos por Aubrey Plaza (“Legion”), Michael Imperioli (“Família Soprano”), F. Murray Abraham (“Homeland”), Tom Hollander (“Missão: Impossível – Nação Secreta”), Theo James (“A Mulher do Viajante no Tempo”), Haley Lu Richardson (“A Cinco Passos de Você”), Will Sharpe (“Giri/Haji”), Adam DiMarco (“A Ordem”), Meghann Fahy (“The Bold Type”) e Leo Woodall (“Cherry – Inocência Perdida”), entre outros. A produção continua a cargo do criador Mike White (“Escola do Rock”), que somou às vitórias da série mais dois Emmys – de Melhor Roteiro e Direção. | LIGAÇÕES PERIGOSAS | LIONSGATE+ A série baseada no clássico literário de Choderlos de Laclos é um prólogo que explora o começo do relacionamento doentio entre a Marquesa de Merteuil e o Visconde de Valmont, que se conheceram como jovens amantes apaixonados em Paris às vésperas da Revolução Francesa. A trama explora a decadência da nobreza na Paris pré-revolucionária, mostrando as habilidades de sedução e manipulação do casal em sua escalada social. A obra original já teve diversas adaptações, sendo a mais bem-sucedida o filme dirigido por Stephen Frears em 1988, estrelado por Glenn Close, John Malkovich e Michelle Pfeiffer, que venceu três Oscars. Também houve versões contemporâneas, como “Segundas Intenções” (1999), com Sarah Michelle Gellar, Ryan Phillippe e Reese Whitherspoon, e até uma versão brasileira, exibida como minissérie na Rede Globo. A produção atual foi desenvolvida por Harriet Warner (criadora de “Tell Me Your Secrets”) e destaca no elenco Alice Englert (“Dezesseis Luas”) e Nicholas Denton (“Glitch”) como os notórios amantes, além de Lesley Manville (“Trama Fantasma”) e Carice Van Houten (“Game of Thrones”) como nobres envolvidas na ascensão da futura marquesa. | JOGO DA CORRUPÇÃO | AMAZON PRIME VIDEO “Jogo da Corrupção” é, na verdade, a 2ª temporada de “El Presidente”, criada pelo roteirista argentino Armando Bó, que venceu o Oscar pelo filme “Birdman” (2014). Em sua 1ª temporada, a série abordou o começo do escândalo conhecido como “FIFA Gate”, expondo falcatruas da Federação Argentina e de dirigentes chilenos de futebol. Já os novos episódios focarão nos desdobramentos da corrução futebolística no Brasil, por meio da ascensão de João Havelange ao comando da FIFA. A produção destaca o ator português Albano Jerónimo (“The One”) e os brasileiros Maria Fernanda Cândido (“O Traidor”) e Eduardo Moscovis (“Boa Dia, Verônica”) em papéis centrais. Jerónimo vive Havelange, Maria Fernanda interpreta sua esposa, Anna Maria Havelange, e Moscovis é o bicheiro Castor de Andrade, que inspirou o recente documentário “Doutor Castor”, lançado em fevereiro pela Globoplay. Além deles, Leo Cidade (“Cinderela Pop”) e Polliana Aleixo (“Em Família”) vivem o casal Havelange na juventude e o colombiano Andrés Parra retoma seu papel da 1ª temporada como o ex-dirigente de futebol chileno Sergio Jadue, pivô do “FIFA Gate”, que volta transformado em narrador e elemento cômico dos novos episódios. | GOL CONTRA | NETFLIX O título da série colombiana se refere ao gol contra de Ándres Escobar, que eliminou a seleção da Colômbia na Copa do Mundo de 1994. Mas também é uma metáfora para o relacionamento perigoso entre futebol e narcotráfico na época de Pablo Escobar. A série acompanha a carreira de Ándres Escobar de 1987 a 1994, período em que foi considerado um dos maiores zagueiros colombianos. Ele fazia parte de uma geração de ouro da Colômbia, formada também pelo folclórico goleiro Higuita, Asprilla, Rincón e Valderrama, e foi campeão da Copa Libertadores por seu time, o Atlético Nacional. Dez dias após fazer o gol contra que deu a vitória aos Estados Unidos no Mundial, encerrando o sonho da Colômbia conquistar sua primeira Copa, ele foi assassinado com um tiro disparado à queima-roupa por um traficante. Desenvolvida pela dupla Pablo Gonzalez e C.S. Prince (que também criaram “O Maior Assalto” na Netflix), a produção é estrelada por Juan Pablo Urrego (“MalaYerba”) como o zagueiro azarado. | GARCÍA! | HBO MAX A primeira produção original espanhola da HBO Max adapta os quadrinhos homônimos de Santiago García e Luis Bustos, que satirizam o Capitão América. A trama se passa numa versão distópica da Espanha atual, dividida e à beira do caos político, onde uma repórter investigativa (Veki Velilla, de “Yrreal”) descobre uma conspiração de décadas: a existência de um superagente criado em um laboratório na década de 1950 pelos serviços secretos fascistas do general Franco e preservado criogenicamente. Depois de 60 anos congelado em sono profundo, García (Francisco Ortiz, de “El Cid”), o supersoldado com incrível força física e programado para obedecer ordens sem questionar, é acordado pela repórter e se vê desorientado e confuso em uma Espanha que mudou tanto que ele não consegue mais reconhecer. A série foi desenvolvida por Sara Antuña (“Atrapada”) e Carlos de Pando (“O Ministério do Tempo”) e conta com direção do cineasta Eugenio Mira (“Toque de Mestre”). | YOUNG ROYALS 2 | NETFLIX A série gay adolescente acompanha a história do jovem príncipe sueco Wilhelm (Edvin Ryding), que vai estudar em um internato da alta sociedade após se meter em confusões que prejudicaram a imagem da realeza. Ao chegar à escola de elite, ele é apresentado a Simon (Omar Rudberg), um dos integrantes do coral do colégio, e logo amizade entre os dois ganha profundidade romântica, mas diversas barreiras impedem que eles fiquem juntos. A 2ª temporada se passa em meio à difícil e dolorida separação do casal, após Wilhelm se tornar o próximo na linha de sucessão ao trono e ser forçado a escolher o dever sobre o amor. Mas o vazamento de um vídeo de sexo e rejeição ao conservadorismo acaba fazendo com que os dois tentem encontrar uma forma de permanecerem juntos. | REBOOT | STAR+ A nova comédia de Steve Levitan, o criador de “Modern Family” (2009-2020), satiriza a crescente inclinação da indústria televisiva para reviver programas de sucesso do passado. A trama gira em torno do revival de uma sitcom dos anos 2000, acompanhando a reunião do elenco e os bastidores da produção. Sem se ver desde o fim do programa, o reencontro dos atores gera momentos constrangedores. Mas a maior ênfase fica por conta do choque cultural entre a equipe de novos roteiristas, contratados para atualizar a série, e o criador da atração, refletindo as mudanças sociais e culturais dos últimos 20 anos. O elenco destaca Keegan-Michael Key (“Schmigadoon!”), Johnny Knoxville (“Jackass Para Sempre”) e Judy Greer (“Homem-Formiga”) como as antigas estrelas da sitcom, Calum Worthy (“The Act”) como um ex-ator mirim, Paul Reiser (“Stranger Things”) como o criador do programa, Rachel Bloom (“Crazy Ex-Girlfriend”) como a nova roteirista visionária e Krista Marie Yu (“Last Man Standing”) como vice-presidente de Comédia da Hulu (plataforma que exibe a série nos EUA). | THE MOSQUITO COAST 2 | APPLE TV+ A 2ª temporada adere melhor ao filme homônimo, ao acompanhar a família dos protagonistas na floresta da Guatemala, mas dividida entre abraçar o plano do pai idealista, que quer viver num paraíso tropical, ou escapar do perceptível inferno. A história é baseada no romance de Paul Theroux, publicado em 1981, mas sua 1ª temporada resultou muito diferente da adaptação cinematográfica de 1986, que foi estrelada por Harrison Ford. No filme, a motivação para o protagonista conduzir sua família para as florestas da América Latina era a desilusão com os Estados Unidos e o desejo de criar uma utopia. Já na série, ele está literalmente em fuga dos EUA, situação que alimenta tensão, suspense e problemas na dinâmica familiar. E esta não é a única mudança. O filho mais velho virou uma garota. Apesar disso, o ator principal, Justin Theroux (“The Leftovers”), é sobrinho do escritor do livro. O resto do elenco destaca Melissa George (“30 Dias de Noite”) como sua esposa e os jovens Gabriel Bateman (“Brinquedo Assassino”) e Logan Polish (“Sonhando Alto”) como seus filhos. A adaptação está a cargo do produtor-roteirista Neil Cross (criador da série “Luther”) em parceria com Tom Bissell (“Artista do Desastre”). Eles coproduzem a atração com o cineasta Rupert Wyatt (“Planeta dos Macacos: A Origem”), que assinou a direção dos dois primeiros episódios. O que, por sinal, resultou num visual extremamente cinematográfico. | FLORDELIS: QUESTIONA OU ADORA | GLOBOPLAY A série documental de true crime conta a história da ex-deputada Flordelis, acusada de mandar matar seu marido, o pastor Anderson do Carmo, assassinado a tiros na porta de casa, em Niterói, em junho de 2019. Em seis capítulos, a produção parte do crime que desestabilizou a família de 55 filhos adotivos do casal, para contar a trajetória da mulher pobre da favela do Jacarezinho, no Rio, que virou liderança evangélica aliada ao presidente Jair Bolsonaro. O título “Questiona ou Adora” é inspirado num dos sermões da pastora — que tinha sua própria Igreja, o Ministério Flordelis, com cinco filiais — e no título de um de seus CDs como cantora gospel. A proliferação de seus filhos adotivos também é explorada pela produção, que mostra como ela era considerada altruísta por abrigar dezenas de crianças. Só que vários filhos e uma neta também são acusados de envolvimento no assassinato do marido de Flordelis. Outro detalhe bizarro é que, antes de virar marido, Anderson foi um dos filhos de criação de Flordelis e também seu genro, já que namorou um das filhas biológicas da pastora. Cheia de reviravoltas e surpresas, a história é contada pela equipe de jornalismo da Globo, numa produção que chega ao streaming na véspera do julgamento do crime – marcado para começar na segunda-feira (7/11) em Niterói, Rio de Janeiro.
10 séries novas pra maratonar no fim de semana
Com “Dahmer: O Canibal Americano” ainda escalando a lista das séries mais vistas, a Netflix lançou outra produção tensa de Ryan Murphy, igualmente baseada em fatos reais e no estilo pouco sutil que caracterizam as obras do produtor. E, desta vez, os críticos gostaram mais. Há outro bom suspense na seleção, mas a variedade de opções inclui até romance e a história imperdível da criação do Spotify. Confira abaixo 10 sugestões para maratonar no fim de semana. | BEM-VINDOS À VIZINHANÇA | NETFLIX O novo suspense de Ryan Murphy (“Dahmer: O Canibal Americano”) é inspirado na famosa casa “Watcher” em Nova Jersey. Um casal comprou o imóvel colonial holandês de 1905 por quase US$ 1,4 milhão em 2014, mas foram forçados a abandonar sua nova casa por causa de cartas arrepiantes de alguém que se autodenominava “O Vigia” e que afirmava ter “vigiado” a casa por décadas. “Eu sou o Vigia. Traga-me seu sangue jovem”, dizia uma das notas. A produção marca a volta de Naomi Watts (“Goodnight Mommy”) à Netflix após a experiência frustrada de “Gypsy” – cancelada com apenas uma temporada em 2017 – e seu segundo trabalho consecutivo com Bobby Cannavale (“Mr. Robot”) – os dois acabaram de filmar “This Is the Night” do diretor James DeMonaco (o criador da franquia “Uma Noite de Crime”). Segundo a sinopse oficial, Dean (Cannavale) e Nora Brannock (Watts) acabaram de comprar a casa dos seus sonhos no idílico subúrbio de Westfield, em Nova Jersey. Mas logo depois de gastarem todas as suas economias para fechar o negócio, eles percebem que o bairro não é nada acolhedor. Há uma mulher mais velha e excêntrica chamada Pearl (Mia Farrow, de “O Ex-Namorado da Minha Mulher”) e seu irmão Jasper (Terry Kinney, de “Billions”) que se infiltram na casa dos Brannock e se escondem no elevador. Há também Karen (Coolidge), a corretora de imóveis e uma velha conhecida de Nora, que os faz sentir como se não pertencessem àquele lugar. Além disso, o bairro ainda conta com os vizinhos intrometidos Mitch (Richard Kind, de “tick, tick… BOOM!”) e Mo (Margo Martindale, de “The Americans”), que não respeitam os limites da propriedade. Mas a vida do casal principal só vira mesmo um inferno quando as cartas sinistras começam a chegar, aterrorizando os Brannocks ao ponto de ruptura, à medida que os segredos sinistros do bairro se espalham. | SOM NA FAIXA | NETFLIX A indústria digital e seus “killer apps” têm rendido várias minisséries reveladoras, mas nenhuma tão focada quanto esta produção sueca, que oferece um relato acurado de como uma pequena empresa de Estocolmo revolucionou a indústria musical com a ideia de lançar uma plataforma (não pirata) de música por assinatura. Trata-se da história do Spotify. Com roteiro de Christian Spurrier (“Silent Witness”) e direção de Per-Olav Sørensen (“Royalteen”), a trama poderia se centrar apenas em Daniel Ek (Edvin Endre, de “Fartblinda”), que, frustrado por não ser considerado bom o suficiente para trabalhar no Google, acabou criando o Spotify. Em vez disso, divide seu protagonismo com outros profissionais que, de uma forma ou outra, imaginaram a resposta às preces das gravadoras durante a crise sem precedentes que ameaçou acabar com a indústria fonográfica no começo do século 21. Brilhante. | ANGELYNE – POR TRÁS DO ÍCONE DE HOLLYWOOD | GLOBOPLAY Outra minissérie baseada em fatos mais estranhos que a ficção, “Angelyne” homenageia a primeira pessoa que se tornou uma celebridade sem ter nada a mostrar, além de sua vontade de ser famosa. A verdadeira Angelyne ganhou a mídia com um plano ousado nos anos 1980, décadas antes das redes sociais e dos reality shows, ao espalhar outdoors em Los Angeles com sua figura curvilínea. A curiosidade em torno de sua presença nos pôsteres gigantes fez com que ela fosse entrevistada por vários programas de TV, o que lhe rendeu a fama tão desejada. Produzida por Sam Esmail (“Mr. Robot”) e estrelada por sua esposa Emmy Rossum (“Shameless”), a série escrita por Nancy Oliver (roteirista-produtora de “True Blood”) e também traz Martin Freeman (“Pantera Negra”), Alex Karpovsky (“Girls”), Hamish Linklater (“Missa da Meia-Noite”), Charlie Rowe (“Rocketman”), Lukas Gage (“Euphoria”), Michael Angarano (“Minx”), Molly Ephraim (“Perry Mason”) e David Krumholtz (“The Deuce”). | DAS BOOT 3 | LIONSGATE+ Aclamada pela crítica, a série é inspirada no filme “O Barco: Inferno no Mar” (1981) e acompanha a tripulação de um submarino alemão durante a 2ª Guerra Mundial. A 3ª temporada apresenta um capitão britânico que decide agir com crueldade no enfrentamento com os submarinos, após receber a notícia da morte de seu filho em batalha, uma fortuna em ouro contrabandeado, a entrada em cena da marinha japonesa e o ressurgimento do antigo capitão do “barco” em Lisboa, com um plano para encerrar a guerra. Elogiada e com 85% de aprovação no Rotten Tomatoes, a série é considerada tão boa quanto o filme original, além de ampliar a história que virou cult e consagrou o recentemente falecido diretor Wolfgang Petersen nos anos 1980. Os 10 novos episódios foram dirigidos por Dennis Gansel (do cultuado filme “A Onda”) e Hans Steinbichler (“O Diário de Anne Frank”), e a série encontra-se renovada para a 4ª temporada. | SANDITON 2 | GLOBOPLAY A minissérie de época virou série e garantiu mais temporadas graças à aclamação pública, mas a atriz Rose Williams (de “Reign/Reinado”) perdeu seu par romântico. O ator Theo James (“Divergente”) não retorna, devido a problemas de agenda. Assim, quando Charlotte Heywood (Williams) decide passar um novo verão no pitoresco resort costeiro de Sanditon, ela encontra novos galãs, graças à instalação de uma guarnição militar na região. A produção é baseada no último romance não finalizado de Jane Austen (1775—1817), mais famosa escritora romântica de todos os tempos, autora de “Orgulho e Preconceito” e “Emma”, entre outros clássicos, que escreveu os 11 primeiros capítulos meses antes de sua morte em 1817, mas não concluiu a trama. A adaptação foi desenvolvida por Andrew Davies, responsável pela versão da BBC de “Guerra e Paz”. Mas seu final abrupto, como o romance inacabado, dividiu opiniões em 2019, originando uma campanha de fãs por uma 2ª temporada, que acabou não sendo realizada da forma como os defensores do casal original gostariam. Os roteiros dos novos capítulos foram escritor por Justin Young (“Death in Paradise”), que teve que imaginar como continuar a história para além do que foi escrito por Austen. E não apenas para uma 2ª temporada. A série já se encontra renovada para seu terceiro ano de produção. | AS BORBOLETAS NEGRAS | NETFLIX O suspense francês dos cineastas Bruno Merle (“O Príncipe Esquecido”) e Olivier Abbou (“Estranhos em Casa”) acompanha um escritor contratado para escrever as memórias de um humilde aposentado. Mas o que começa como o relato de uma história de amor dos anos 1970 vira a confissão de um serial killer, com direito a inspiração no estilo sangrento do “giallo”, os filmes de psicopata do cinema italiano. O elenco destaca Niels Arestrup (“O Profeta”), Nicolas Duvauchelle (“Polissia”), Alyzée Costes (“Os Pequenos Crimes de Agatha Christie”) e Alice Belaïdi (“Se Eu Fosse um Homem”). | BIG SHOT 2 | DISNEY+ O drama esportivo que leva John Stamos (“Fuller House”) de volta à “high school” traz o ator como um famoso treinador de basquete, que, por causa do comportamento temperamental, é demitido de seu emprego cobiçado e acaba virando professor de educação física numa escola particular para meninas – onde estuda sua filha (Sophia Mitri Schloss, de “The Kicks”). Sua chegada colide com a dinâmica das meninas, mas não demora e o mau humor cede lugar à compreensão, ajudando as garotas a formar um time altamente competitivo. A grande novidade da 2ª temporada é a mudança de status da escola, que deixa de ser exclusivamente feminina para abrir suas portas para garotos, o que cria uma série de novos problemas para o treinador e sua equipe. Criada por David E. Kelley (“Big Little Lies”) e Dean Lorey (“Harley Quinn”), a série ainda conta com Jessalyn Gilsig (“Glee”), Yvette Nicole Brown (“Community”), Monique A. Green (“I Am the Night”), Tiana Le (“No Good Nick”), Sophia Mitri Schloss (“The Kicks”) e a estreante Tish Custodio. | ANOMALIA | NETFLIX A comédia sci-fi sul-coreana acompanha uma jovem que acredita que seu namorado foi abduzido por alienígenas. Ela se junta a uma entusiasta da ufologia para investigar o desaparecimento misterioso dele e acaba se deparando com uma reviravolta atrás da outra. Enquanto a história da amizade das duas protagonistas, que eram amigas de infância, é explicada em flashbacks, a trama do presente investe na dúvida, se os homenzinhos verdes são alucinação ou se a verdade está lá fora. Criada por Jin Han-sae (“Extracurricular”), a produção é estrelada por Jeon Yeo-bin (“Vicenzo”) e a cantora Im Jin-Ah (do grupo de K-pop Orange Caramel). | SHANTARAM | APPLE TV+ A série estrelada por Charlie Hunnam (“Sons of Anarchy”) era para ser um filme estrelado e produzido por Johnny Depp, mas essa encarnação nunca saiu do papel. Mas talvez a duração de um filme tornasse a adaptação do best-seller de Gregory David Roberts mais ágil. A trama complexa, cheia de reviravoltas e que demora a ganhar ritmo é sobre a jornada de um homem chamado Lin, que ao fugir de uma prisão australiana se reinventa como médico nas favelas de Bombaim, na Índia, nos anos 1980. Ele acaba se envolvendo com um chefe da máfia local (Alexander Siddig, de “Gotham”) e, eventualmente, usa suas habilidades de tráfico de armas e falsificação para lutar contra as tropas russas invasoras no Afeganistão. Paralelamente, ele se apaixona por uma mulher enigmática e intrigante chamada Karla (Antonia Desplat, de “Carta ao Rei”) e deve escolher entre liberdade ou amor e as complicações que vêm com essa escolha. A produção ambiciosa tem roteiro de Eric Warren Singer (“Trapaça!”), direção do cineasta Justin Kurzel (“Assassin’s Creed”) e ainda conta com o produtor-roteirista Steve Lightfoot (“O Justiceiro”) como showrunner. | O MENINO MALUQUINHO | NETFLIX A adaptação do personagem de Ziraldo é a segunda série brasileira de animação da Netflix – que há quatro anos lançou “Super Drags” para um público mais velho. “O Menino Maluquinho” foi originalmente um livro infantil de mesmo nome publicado em 1980, que se tornou um fenômeno de vendas e inspirou o lançamento de histórias em quadrinhos do personagem, publicadas pelas editoras Abril e Globo de 1989 até 2007. As histórias giram em torno de uma criança alegre e sapeca – ou, como descreve o primeiro parágrafo do livro original, “um menino que tinha o olho maior que a barriga, fogo no rabo e vento nos pés”. Cheio de imaginação, o personagem adora aprontar e viver aventuras com os amigos, e diferencia-se por usar um panelão na cabeça, como se fosse um capacete ou chapéu. Antes da série da Netflix, “O Menino Maluquinho” já tinha ganhado duas adaptações live-action para o cinema. A adaptação ficou a cargo de Carina Schulze e Arnaldo Branco (ambos de “Juacas”), com direção de Beto Gomez (“Oswaldo”) e Michele Massagli (“Clube da Anittinha”).
Lionsgate+ renova “Señorita 89” para 2ª temporada
A Lionsgate+ renovou a série “Señorita 89” para sua 2ª temporada. Lançada em fevereiro, a série foi a mais vista da plataforma (então chamada Starzplay) no México, com a audiência aumentando mais de 243% entre o episódio de estreia e o final, de acordo com informações do próprio serviço. “Depois da incrível recepção da 1ª temporada, tanto no México quanto no resto do mundo, foi uma alegria imensa receber a confirmação de que haveria uma segunda temporada”, disse Lucia Puenzo, showrunner e escritora da série. “Na 2ª temporada, nossas protagonistas entenderam que nada se consegue pedindo perdão ou permissão. Estão prontas para incendiar todos os limites, fronteiras, privilégios… e quebrar de uma vez por todas os estereótipos que dizem que só princesas têm direito de existir.” Concebido pela premiada cineasta argentina Lucía Puenzo (“O Médico Alemão”) e produzido pelo premiado cineasta chileno Pablo Larraín (“Spencer”), o drama de época gira em torno do mais importante concurso de beleza do México nos anos 1980. A trama acompanha a recepção de 32 misses na propriedade privada da mentora do evento, onde passam por um treinamento árduo de três meses até chegarem ao concurso de Miss México. Mas por baixo das aparências, das roupas e da maquiagem, existe um mundo sombrio e, no final, as competidoras precisarão se apoiar umas às outras para conseguir sobreviver à competição. Os novos episódios vão se passar no começo dos anos 1990, quando as duas principais redes de TV do México se encontram em uma guerra para impor a próxima campeão. Enquanto a senhorita Yucatan (Natasha Dupeyrón) tenta manter a coroa, sem o conhecimento da maioria, uma nova miss vem agitar as coisas e mudar as regras do jogo. Além do elenco original, a 2ª temporada adicionou as atrizes Dolores Heredia (“Diablero) e Yoshira Escárrega (“Toda La Sangre”) como criminosas. Enquanto a primeira é considerada a mama dos cartéis, a segunda é chamada de La Santa, porque os que testemunharam ela arrancar os olhos de uma vítima dizem que o morto ainda podia ver. A produção dos novos episódios começará na próxima segunda-feira (17/10) na Cidade do México e ainda não há previsão para sua exibição. Veja abaixo o trailer da temporada inaugural.
As 10 melhores séries de setembro
Com cada vez mais séries lançadas todas as semanas nos diversos serviços de streaming em operação no Brasil, nem os campeões das maratonas de sofá conseguem acompanhar o ritmo do mercado. A seleção abaixo é um lembrete para reforçar produções que merecem mais atenção entre a enxurrada de títulos recentes. Um detalhe interessante na seleção é a quantidade de séries épicas e grandiosas foram lançadas em setembro, com muitos efeitos visuais e/ou reconstituições apuradas de época – sejam passadas numa galáxia muito distante ou no Império Romano. Confira abaixo o Top 10 com os trailers de cada destaque. | STAR WARS: ANDOR | DISNEY+ A mais madura e melhor das séries “Star Wars” registra um clima intenso de suspense de espionagem, mais até do que de aventura espacial, e o mérito é do roteiro envolvente de Tony Gilroy, que escreveu “Rogue One”, filme que introduziu o personagem Cassian Andor, e também assinou a franquia de Jason Bourne. A trama é um prólogo que resgata três personagens de “Rogue One” (2016), que também foi o melhor filme de “Star Wars” desde a trilogia original. Além do personagem-título, vivido por Diego Luna, há a líder da resistência Mon Mothma, interpretada por Genevive O’Reilly, e o rebelde Saw Gerrera, vivido por Forest Whitaker. Juntos, eles representam a semente da rebelião contra o Império, após o colapso da República no filme “Star Wars: A Vingança dos Sith” (2005). O início da formação da Aliança Rebelde tem direção de Toby Haynes, que assinou o episódio “USS Callister”, de “Black Mirror”, vencedor do Emmy em 2018. E o elenco também inclui Adria Arjona (“Esquadrão 6”), Stellan Skarsgard (vencedor do Globo de Ouro por “Chernobyl”), Kyle Soller (da série “Poldark”), Denise Gough (“Colette”) e Alex Lawther (“The End of the F***ing World”). | O SENHOR DOS ANÉIS: OS ANÉIS DO PODER | AMAZON PRIME VIDEO A série mais cara da história da televisão, que teria custado mais de US$ 750 milhões – fala-se em US$ 1 bilhão – para ser produzida, é um espetáculo visual deslumbrante, que combina locações de tirar o fôlego na Nova Zelândia com efeitos de computação impressionantes para materializar uma fantasia tão envolvente quanto os filmes de Peter Jackson. A trama inédita, concebida pela dupla Patrick McKay e J.D. Payne (de “Star Trek: Discovery”), acompanha um grupo de personagens, novos e familiares, que precisam se unir para confrontar o ressurgimento do mal na Terra Média. Liderando os personagens está a jovem Galadriel (Morfydd Clark), que ao pressentir o perigo inicia uma jornada que apresenta a forja dos Anéis de Poder, o surgimento de Sauron e a aliança entre homens e elfos. Os dois primeiros episódios, dirigidos por J.A. Bayona (“Jurassic World: Reino Ameaçado”), mapeiam os diferentes povoados, incluindo vilas de anões e pés-peludos, para explicar quem são os novos personagens e suas motivações. Cada núcleo tem seus próprios dramas, conflitos e aventuras, que precisam entrar em rota de convergência. São pelo menos 20 personagens, interpretados por nomes como Peter Mullan (“Westworld”), Benjamin Walker (“Abraham Lincoln: Caçador de Vampiros”), Cynthia Addai-Robinson (“Spartacus”), Maxim Baldry (“Years and Years”), Markella Kavenagh (“Picnic at Hanging Rock”), Trystan Gravelle (“A Descoberta das Bruxas”), Augustus Prew (“The Morning Show”), Charles Edwards (“The Crown”), Lenny Henry (“The Witcher”), Simon Merrells (“Spartacus”) e Joseph Mawle (“Game of Thrones”), entre outros. Com uma narrativa de fôlego, materializada com o que existe de mais avançado em efeitos, e uma equipe técnica de dar inveja em muito blockbuster, o resultado é uma fotografia, figurino e cenografia para vencer tudo no Emmy 2023. É realmente o maior épico já feito para a telinha. Mas não veja na telinha. Veja na maior Smart TV possível. | THE OLD MAN | STAR+ A primeira série da carreira de Jeff Bridges, vencedor do Oscar por “Coração Louco” (2009), é baseada no livro homônimo de Thomas Perry e traz Bridges como o velho do título, um ex-agente da CIA chamado Dan Chase, aposentado e em reclusão há décadas, que precisa desenferrujar suas habilidades quando um assassino de aluguel aparece para perturbar sua paz. Obrigado a encarar seu passado e seus erros, ele sai de seu esconderijo para ajustar contas contra aqueles que sabem o que ele fez e que tentam matá-lo. Elogiadíssima, a série estreou com 96% de aprovação da crítica nos EUA, na média do Rotten Tomatoes. A equipe fantástica da produção inclui o diretor Jon Watts (“Homem-Aranha: Sem Volta para Casa”), os roteiristas Robert Levine e Jonathan E. Steinberg (cocriadores da ótima série de piratas “Black Sails”), e um elenco formado por feras como Bridges, John Lithgow (vencedor do Emmy por “The Crown” e “Dexter”), Amy Brenneman (indicada ao Emmy por “Judging Amy”), Faran Tahir (“Homem de Ferro”) e Alia Shawkat (“Search Party”). Vale lembrar que, antes das gravações, o ator enfrentou um tratamento contra o câncer e durante a produção ainda ficou mal ao pegar covid-19. Mas isso não o impediu de gravar seu trabalho com mais cenas de ação, repleto de tiroteios, colisões de carros e violência ao estilo dos thrillers tradicionais de Liam Neeson. | THE HANDMAID’S TALE 5 | PARAMOUNT+ Baseada no livro homônimo de Margaret Atwood, lançado no Brasil como “O Conto da Aia”, a série mostra um futuro distópico, onde a extrema direita assume o poder e cria um governo, Gilead, que usa a Bíblia como base para retirar todos os direitos das mulheres e executar homossexuais. Mas June (Elisabeth Moss), uma mulher aprisionada e usada como “aia” por um dos líderes do governo para se reproduzir, inicia uma rebelião que ameaça a estabilidade do patriarcado. A 5ª temporada da série premiada explora o acirramento da rivalidade entre June e Serena (Yvonne Strahovski) após o assassinato do Comandante Waterford (Joseph Fiennes). Enquanto a viúva aproveita a tragédia para reunir seguidores em pleno Canadá, a ex-aia faz planos para voltar a Gilead como parte de uma guerrilha, visando derrubar de vez o governo extremista. Só que ela também se torna alvo da vingança dos fundamentalistas. A série foi recentemente renovada para sua 6ª temporada, que também será a última. | COBRA KAI 5 | NETFLIX A 5ª temporada mostra Terry Silver (Thomas Ian Griffith) expandindo o império Cobra Kai para tornar seu estilo impiedoso de artes marciais ainda mais dominante. A trama também traz de volta o vilão Mike Barnes (Sean Kanan), visto em “Karatê Kid III”. E mesmo diante do inimigo comum, os ex-rivais Daniel LaRusso (Ralph Macchio) e Johnny Lawrence (William Zabka) não conseguem sequer fazer seus alunos se entenderem. Alimentada pela nostalgia da década de 1980, “Cobra Kai” foi criada por Josh Heald, Jon Hurwitz e Hayden Schlossberg (os dois últimos de “American Pie: o Reencontro”) e segue os personagens clássicos de “Karatê Kid” mais de 30 anos após os eventos da franquia original. Além dos citados, a lista de personagens clássicos inclui ainda Lucille (Randee Heller) e Chozen (Yuji Okumoto), do primeiro e do segundo filme. | THE SERPENT QUEEN | LIONSGATE+ A nova minissérie de Rainhas históricas da Lionsgate+ (ex-Starzplay) traz Samantha Morton, que reinou entre os mortos-vivos como Alpha na série “The Walking Dead”, no papel de Catarina de Médici, uma das mulheres mais influentes – e cruéis – que já usou uma coroa. Casando-se ainda adolescente na corte francesa do século 16, ela logo perde a inocência e, com sua inteligência e determinação, domina o esporte sangrento que é a monarquia melhor do que ninguém, governando a França por 50 anos. “The Serpent Queen” foi desenvolvida pelo roteirista Justin Haythe (“Operação Red Sparrow”), tem direção de Stacie Passon (“Os Segredos do Castelo”) e conta com produção do cineasta Francis Lawrence (da franquia “Jogos Vorazes”). | DOMINA | HBO MAX Quem gosta de épicos históricos precisa acompanhar a série britânica, gravada na Itália, sobre Livia Drusilla, a primeira Imperatriz de Roma. E o bom da produção original da Sky chegar pela HBO Max é que ela pode ser encarada como sequência dos eventos da premiada série “Roma” (2005–2007), da HBO. Criada e escrita por Simon Burke (“Fortitude”) e dirigida pela cineasta australiana Claire McCarthy (“Ophelia”), a história segue o percurso de Livia, dos tempos de jovem ingênua que vê o seu mundo desmoronar após o assassinato de Júlio César, até seu segundo casamento com o sobrinho de César, Caio Otávio – que vai à guerra contra Marco Antônio para inaugurar o Império Romano – , impulsionada por um desejo profundo de vingar a família e assegurar o poder para seus filhos. O elenco central destaca a polonesa Kasia Smutniak (“Devils”) como Livia e o inglês Matthew McNulty (“The Terror”) como Caio, mais conhecido como o futuro imperador Otávio Augusto. O elenco também inclui Liam Cunningham (“Game Of Thrones”), Isabella Rossellini (“Joy: O Nome do Sucesso”), Christine Bottomley (“The End of the F***ing World”), Colette Tchantcho (“The Witcher”), Ben Batt (“Capitão América: O Primeiro Vingador”), Enzo Cilenti (“Free Fire”) e Claire Forlani (“A Cinco Passos de Você”). Detalhe: já está renovada para a 2ª temporada. | DAHMER: UM CANIBAL AMERICANO | NETFLIX A minissérie sobre os crimes do serial killer canibal Jeffrey Dahmer é uma espécie de reprise temática de “The Assassination of Gianni Versace – American Horror Story”. Ambas são produzidas por Ryan Murphy (também de “American Horror Story”), têm a mesma estrutura narrativa e moral da história. Na atração exibida em 2018, um serial killer foi capaz de matar o dono da grife Versace por causa da homofobia da polícia, que não se dedicou a capturar o assassino que “só” matava gays. Na nova produção, o racismo é o componente primordial para a impunidade do Dahmer durar décadas. Baseada na história real do psicopata, a série mostra como Dahmer, um dos mais famosos serial killers dos EUA, conseguiu assassinar e esquartejar 17 homens e garotos entre 1978 e 1991 sem ser pego, muitas vezes, inclusive, contando com a ajuda da política e do sistema de Justiça dos EUA por conta de seu privilégio branco. Bem apessoado, sempre recebia pedidos de desculpas quando policiais eram chamados por sua vizinha negra, que suspeitava dos crimes. O elenco destaca Evan Peters (“American Horror Story”) como Dahmer e Niecy Nash (“Claws”) como a vizinha, além de Penelope Ann Miller (“American Crime”), Shaun J. Brown (“Future Man”), Colin Ford (“Daybreak”) e o veterano Richard Jenkins (“A Forma da Água”). | PISTOL | STAR+ A minissérie sobre a banda Sex Pistols tem direção de Danny Boyle (“Trainspotting”) e faz uma recriação detalhista da época do nascimento do punk rock. Mas divide opiniões por ser baseada em “Lonely Boy: Tales From a Sex Pistol”, livro de Steve Jones, que acaba dando mais destaque para o guitarrista que o incendiário empresário Malcolm McLaren e o vocalista Johnny Rotten (John Lydon), verdadeiros mentores da banda. A trama destaca a trupe punk original, que fazia ponto na butique Sex, de Vivienne Westwood (então namorada de McClaren), e recria shows históricos e lendas conhecidas, como a substituição do baixista Glen Matlock por Sid Vicious, que não sabia tocar seu instrumento. O roteiro é assinado por Craig Pearce (“Moulin Rouge!”) e Frank Cottrell Boyce (responsável por outra obra deste período: o filme “A Festa Nunca Termina”), e o elenco inclui Toby Wallace (“The Society”) como Jones, Anson Boon (“Predadores Assassinos”) como Rotten, o estreante Jacob Slater como Paul Cook, Fabien Frankel (“The Serpent”) como Matlock, Louis Partridge (“Enola Holmes”) como Vicious, Thomas Brodie-Sangster (“Maze Runner”) como McLaren e Maisie Williams (“Game of Thrones”) no papel da ícone punk Jordan, uma atriz e modelo ligada a Westwood, que acompanhou o surgimento da banda em Londres e se tornou um símbolo da cultura punk pelo seu estilo. A produção chegou a ser ameaçada por um processo de John Lydon, o ex-Johnny Rotten, mas os demais integrantes da banda o derrotaram na Justiça para permitir que as gravações dos Sex Pistols fossem ouvidas na série. | ROTA 66 – A POLÍCIA QUE MATA | GLOBOPLAY A trama de “true crime”...
Plataforma de streaming Starzplay vira Lionsgate+
O estúdio Lionsgate, dono do canal pago Starz e da plataforma Starzplay, anunciou nesta quarta (28/9) que seu serviço de streaming mudou de nome. A Starzplay passa a partir de agora a se chamar Lionsgate+, refletindo a tendência de Hollywood de batizar seus streamings com o nome do estúdio seguido pelo símbolo de “plus”. É o que acontece, por exemplo, com a Disney+. A ironia é que a Lionsgate chegou a travar uma briga jurídica com a Disney no Brasil para impedir que a empresa batizasse seu segundo serviço de Star+, alegando semelhança de nomes. Chegou a vencer na Justiça, travando a campanha de lançamento da Star+, o que forçou a Disney a fechar um acordo extrajudicial em agosto do ano passado, no valor de R$ 50 milhões, para estrear a plataforma no país. Agora, R$ 50 milhões mais rica, a Starzplay simplesmente decidiu mudar de nome. A iniciativa, porém, é mundial. Além do Brasil, a plataforma vai virar Lionsgate+ em 34 países da América Latina, Europa e Ásia. “Operar internacionalmente sob o Lionsgate+ traz uma identidade distinta e diferenciada em um mercado internacional cada vez mais concorrido e se baseia no valor da marca no nome Lionsgate, que nossa extensa pesquisa provou ser forte em todo o mundo. Mesmo com a separação da Starz e do negócio de estúdios da Lionsgate, a marca Lionsgate continuará sendo valiosa para o sucesso contínuo de nossa plataforma internacional”, disse Jeffrey Hirsch, presidente e CEO da Starz, em comunicado à imprensa. A menção à separação da Starz se deve à intenção da Lionsgate de vender o canal pago americano e até o próprio estúdio, mas separadamente. Por isso, o ato de rebatizar a plataforma sugere que o estúdio pretende manter o streaming, caso venda o canal. Por outro lado, isto também dificulta a venda do Starz e deixa indefinido, para possíveis interessados na aquisição, se a plataforma está atrelada ao estúdio ou ao canal, porque nos EUA a Starzplay não mudou de nome. O agora Lionsgate+ internacional tem diversas séries originais exclusivas, como a franquia “Power”, “The Great”, “The Girl From Plainville”, “Gangs of London” e “The Serpent Queen”, entre muitas outras. A assinatura do streaming custa R$ 14,90 por mês no Brasil e também pode ser adquirida em combos de TV por assinatura ou de outras plataformas de streaming, como o Prime Video, Globoplay e Star+. Confira abaixo o vídeo que anuncia a mudança de nome.





