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    Academia Brasileira premia sua “relevância” por meio de Bingo, vencedor do Grande Prêmio do Cinema Brasileiro

    19 de setembro de 2018 /

    A Academia Brasileira de Cinema (ABC) confirmou que se acha genial e muitíssimo relevante. A mesma entidade responsável pela escolha de “Bingo – O Rei das Manhãs” para representar o Brasil no Oscar 2018 escolheu o próprio filme como o Melhor do Ano, na premiação ouroboros auto-intitulada Grande Prêmio do Cinema Brasileiro. Pode ser mais óbvio? Pode. “Bingo” venceu 8 prêmios, mais que qualquer outro filme, para escancarar como a ABC considera o longa de Daniel Rezende melhor que todos os outros. O filme é bacaninha. Mas. Não disputou nenhum festival e suas maiores consagrações foram todas da ABC. Por outro lado, os acadêmicos do abecedário não reconheceram com um trofeuzinho sequer “Gabriel e a Montanha”, dirigido por Felipe Barbosa, que venceu o prêmio Revelação na Semana da Crítica em Cannes e o prêmio da Fundação Gan, e “Era o Hotel Cambridge”, de Eliane Caffé, vencedor dos prêmios do público no Festival de San Sebastián (Espanha), na Mostra de São Paulo e no Festival do Rio. Já “Como Nossos Pais”, de Laís Bodanzky, que venceu o Festival de Gramado 2017, ficou com apenas dois Oscaritos, ops, troféus Grande Otelo (o outro nome do Oscar brasileiro): Melhor Direção e Atriz (Maria Ribeiro). Pouco, considerando que era, disparado, o mais premiado e elogiado candidato da lista de indicados. Para se ter ideia dos critérios adotados, a ABC também premiu duas vezes o roteirista Mikael de Albuquerque, por Melhor Roteiro Original e Melhor Roteiro Adaptado. O adaptado foi “Real – O Plano por Trás da História”, um dos piores filmes do ano passado. Talvez esta seja a explicação para a ABC realizar sua premiação sempre tão tarde. É o segredo para que a cobertura do evento não seja retrucada com a lembrança dos filmes lançados nos cinemas há mais de um ano atrás. A verdade é que, ao contrário do Oscar-Oscar, o Oscarito-Grande Otelo privilegia lançamentos de maior apelo popular, que por isso ficam mais frescos na memória, com direito até aos que viram minissérie da Globo. Sinal desse critério é que o vencedor do Prêmio do Público foi exatamente o mesmo premiado pelos acadêmicos. Já os filmes de reconhecida repercussão artística, selecionados por curadorias de festivais internacionais, não parecem merecer a mesma reverência do abecedário. Tanto é que alguns dos longas de maior prestígio do ano passado nem sequer ganharam indicação ao tal Grande Otelo do Cinema Brasileiro, o prêmio Oscarito nacional. “Elon Não Acredita na Morte”, “Não Devore Meu Coração”, “Mulher do Pai”, “Antes o Tempo Não Acabava”, “Lamparina da Aurora”, “Corpo Elétrico”, “A Cidade Onde Envelheço”, “Pendular”, com passagens por festivais como Sundance, Berlim, Rotterdã, Cartagena e outros, não existiram segundo a seleção da ABC. Atente, ainda, que “A Cidade onde Envelheço” venceu, entre outros, o prêmio de Melhor Filme do Festival de Brasília 2016, “Mulher do Pai” o de Melhor Direção (Cristiane Oliveira) no Festival do Rio 2016, e “Eden”, mais um ignorado, consagrou Leandra Leal como Melhor Atriz no Festival do Rio 2012 e o de Gramado 2013. As datas são antigas? É que nem as premiações convenceram o circuito a lhes dar espaço nos cinemas, o que só aconteceu no ano passado. O legítimo Grande Prêmio do Cinema Brasileiro é da distribuidora Vitrine Filmes, que presta um serviço inestimável ao levar esse tipo de filme ignorado pela ABC a um circuito de resistência no Brasil. Até então uma brincadeira inofensiva de amiguinhos, que colocavam black tie para fingir que faziam um Oscar, a ABC cruzou limites de tolerância quando sua ilusão de grandeza ganhou legitimidade do Ministério da Cultura, que lhe repassou a função de selecionar o representante brasileiro ao Oscar-Oscar. Assim, neste ano, o escolhido foi o filme do amiguinho da turma, “O Grande Circo Místico”, de Cacá Diegues, numa reprise descabida da falta de critérios anteriormente vista em “Bingo – O Rei das Manhas”, passando por cima de obras consagradas em festivais. No ano que vem, já se sabe qual será o vencedor do Grande Prêmio de Fórmula 1 do Cinema Brasileiro. Veja abaixo o que os amiguinhos premiaram neste ano e que a Grande Imprensa Brasileira noticiou como feito muito importante. Longa-Metragem de Ficção: “Bingo – O Rei das Manhãs” Longa-Metragem Documentário: “Divinas Divas” Longa-Metragem Comédia: “Divórcio” Longa-Metragem Animação: “Historietas Assombradas – O Filme” Longa-Metragem Infantil: “Detetives do Prédio Azul” Direção: Laís Bodanzky (“Como Nossos Pais”) Atriz: Maria Ribeiro (“Como Nossos Pais”) Ator: Vladimir Brichta (“Bingo – O Rei das Manhãs” ) Atriz Coadjuvante: Sandra Corveloni (“A Glória e a Graça”) Ator Coadjuvante: Augusto Madeira (“Bingo – O Rei das Manhãs”) Direção de Fotografia: Gustavo Hadba (“A Glória e a Graça”) Roteiro Original: Mikael de Albuquerque e Lusa Silvestre (“A Glória e a Graça”) Roteiro Adaptado: Mikael de Albuquerque (“Real – O Plano por Trás da História”) Direção de Arte: Cássio Amarante (“Bingo – O Rei das Manhãs”) Figurino: Verônica Julian (“Bingo – O Rei das Manhãs”) Maquiagem: Anna Van Steen (“Bingo – O Rei das Manhãs”) Efeito Visuais: Ricardo Bardal (“Malasartes e o Duelo com a Morte”) Montagem Ficção: Márcio Hashimoto (“Bingo – O Rei das Manhãs”) Montagem Documentário: Natara Ney (“Divinas Divas”) Som: George Saldanha, François Wolf e Armando Torres Jr (“João, O Maestro”) Trilha Sonora Original: Plínio Profeta (“O Filme da Minha Vida”) Trilha Sonora: Mauro Lima, Fael Mondego e Fábio Mondego (“João, O Maestro”) Longa-Metragem Estrangeiro: “Uma Mulher Fantástica” Curta-Metragem de Animação: “Vênus-Filó, a Fadinha Lésbica” Curta-Metragem Documentário: “Ocupação do Hotel Cambridge” Melhor Curta-metragem Ficção: “A Passagem do Cometa” Voto Popular – Longa Brasileiro: “Bingo – O Rei das Manhãs” Voto Popular – Longa Estrangeiro: “La La Land” Voto Popular – Longa Documentário: “Cora Coralina”

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    Bingo – O Rei das Manhãs lidera indicações ao Grande Prêmio do Cinema Brasileiro 2018

    19 de julho de 2018 /

    A Academia Brasileira de Cinema (ABC) divulgou a lista dos indicados ao Grande Prêmio do Cinema Brasileiro 2018, nome pomposo para o troféu Grande Otelo (o “Oscarito” do cinema nacional). E “Bingo – O Rei das Manhãs”, de Daniel Rezende, lidera com folga a relação, ao somar 15 nomeações, cinco a mais que os filmes que aparecem logo abaixo, “A Glória e a Graça”, de Flávio Tambellini, e “Como Nossos Pais”, de Laís Bodanzky. “Bingo” foi o filme escolhido para representar o Brasil na disputa de uma vaga de Melhor Filme de Língua Estrangeira no Oscar 2018. Ele foi selecionado por uma comissão escolhida, justamente, pela ABC. Portanto, a surpresa seria se não tivesse esse destaque. A disputa deste ano reúne no total 36 longas e 20 curtas nacionais, além de 5 longas estrangeiros, que concorrem em 25 categorias. Uma das curiosidades desta edição é o aumento expressivo de filmes na categoria Melhor Longa-Metragem de Animação, que pela primeira vez atinge a quantidade de cinco indicados. O crescimento reflete a repercussão da indicação de “O Menino e o Mundo”, de Alê Abreu, ao Oscar em 2016, além da grande visibilidade internacional obtida por diversas premiações no tradicional Festival de Annecy, na França, que chegou a homenagear a produção brasileira em sua edição mais recente, realizada em junho. Além de premiar os melhores de 2017, a cerimônia também homenageará a atriz Fernanda Montenegro, que celebra 75 anos de carreira. “A Academia representa todas as gerações de cineastas, desde a turma do Cinema Novo até diretores jovens que vêm se destacando nos últimos anos. E os indicados para o prêmio refletem essa pluralidade em longas de ficção dos mais diversos gêneros, documentários, curtas-metragens e filmes de animação em geral”, diz em comunicado o presidente da Academia Brasileira de Cinema, Jorge Peregrino, eleito no mês passado. O cargo estava vago desde a morte de Roberto Farias, em maio. Assim como no Oscar, os vencedores do Grande Otelo (Oscarito) são escolhidos pelos sócios da Academia, mas algumas categorias são abertas à votação pública – Melhor Longa-Metragem de Ficção, Melhor Longa-Metragem de Documentário e Melhor Longa-Metragem Estrangeiro. Por fim, como já virou tradição (piada tradicional), a cerimônia que definirá os melhores de 2017 será realizada no final de 2018, quando a lembrança dos candidatos já tiver esvanecido, embaralhada com a de lançamentos recentes – o que também faz com que “La La Land”, premiado no Oscar retrasado, ainda esteja no páreo. O evento deste ano acontecerá no dia 18 de setembro, na Cidade das Artes, no Rio, com transmissão ao vivo pelo Canal Brasil. Confira abaixo a lista completa dos indicados. MELHOR FILME A Glória e a Graça Bingo – O Rei das Manhãs Como Nossos Pais Era o Hotel Cambridge Gabriel e a Montanha MELHOR DOCUMENTÁRIO Cora Coralina – Todas as Vidas Divinas Divas No Intenso Agora Pitanga Um Filme de Cinema MELHOR COMÉDIA Divórcio Fala Sério, Mãe! La Vingança Malasartes e o Duelo com a Morte Os Parças MELHOR ANIMAÇÃO As Aventuras do Pequeno Colombo Bruxarias Bugigangue no Espaço Historietas Assombradas – O Filme Lino MELHOR FILME INFANTIL D.P.A. – O Filme Um Tio Quase Perfeito MELHOR DIREÇÃO Daniel Rezende (Bingo – O Rei das Manhãs) Daniela Thomas (Vazante) Eliane Caffé (Era o Hotel Cambridge) Fellipe Barbosa (Gabriel e a Montanha) Laís Bodanzky (Como Nossos Pais) MELHOR ATRIZ Carolina Ferraz (A Glória e a Graça) Caroline Abras (Gabriel e a Montanha) Dira Paes (Redemoinho) Leandra Leal (Bingo – O Rei das Manhãs) Maria Ribeiro (Como Nossos Pais) Marjorie Estiano (Entre Irmãs) MELHOR ATOR Alexandre Nero (João, o Maestro) Irandhir Santos (Redemoinho) Jesuíta Barbosa (Malasartes e o Duelo com a Morte) João Pedro Zappa (Gabriel e a Montanha) Vladimir Brichta (Bingo – O Rei das Manhãs) MELHOR ATRIZ COADJUVANTE Ana Lucia Torre (Bingo – O Rei das Manhãs) Camilla Amado (Redemoinho) Clarisse Abujamra (Como Nossos Pais) Letícia Colin (Entre Irmãs) Sandra Corveloni (A Glória e a Graça) MELHOR ATOR COADJUVANTE Augusto Madeira (Bingo – O Rei das Manhãs) Cesar Mello (A Glória e a Graça) Cláudio Jaborandy (Entre Irmãs) Fabricio Boliveira (Vazante) Felipe Rocha (Como Nossos Pais) Jorge Mautner (Como Nossos Pais) Selton Mello (O Filme da Minha Vida) MELHOR ROTEIRO ORIGINAL Divinas Divas Vazante Era o Hotel Cambridge As Duas Irenes Como Nossos Pais Bingo – O Rei das Manhãs Joaquim A Glória e a Graça MELHOR ROTEIRO ADAPTADO D.P.A. – O Filme Entre Irmãs O Filme da Minha Vida Real – O Plano por Trás da História Redemoinho MELHOR FOTOGRAFIA Bingo – O Rei das Manhãs Soundtrack A Glória e a Graça Vazante O Filme da Minha Vida MELHOR DIREÇÃO DE ARTE Bingo – O Rei das Manhãs Entre Irmãs Era o Hotel Cambridge João, o Maestro O Filme da Minha Vida MELHOR FIGURINO Bingo – O Rei das Manhãs Como Nossos Pais Entre Irmãs O Filme da Minha Vida Vazante MELHOR MAQUIAGEM A Glória e a Graça Bingo – O Rei das Manhãs João, o Maestro Malasartes e o Duelo com a Morte O Filme da Minha Vida MELHORES EFEITOS VISUAIS Bingo – O Rei das Manhãs Joaquim Malasartes e o Duelo com a Morte O Rastro Soundtrack MELHOR MONTAGEM DE FICÇÃO A Glória e a Graça Bingo – O Rei das Manhãs Como Nossos Pais Era o Hotel Cambridge João, o Maestro MELHOR MONTAGEM DE DOCUMENTÁRIO Divinas Divas No Intenso Agora Pitanga Quem é Primavera das Neves Waiting for B MELHOR SOM A Glória e a Graça Bingo – O Rei das Manhãs Divinas Divas João, o Maestro Memória em Verde e Rosa O Filme da Minha Vida MELHOR TRILHA SONORA ORIGINAL A Glória e a Graça Bingo – O Rei das Manhãs Como Nossos Pais Gabriel e a Montanha O Filme da Minha Vida MELHOR TRILHA SONORA Beduino João, o Maestro Malasartes e o Duelo com a Morte Memória em Verde e Rosa Pitanga Um Filme de Cinema MELHOR FILME ESTRANGEIRO Blade Runner 2049 Dunkirk Eu, Daniel Blake La La Land – Cantando Estações Uma Mulher Fantástica MELHOR CURTA ANIMADO Animais O Violeiro Fantasma Peleja do Sertão Sob o Véu da Vida Oceânica Torre Vênus-Filó, a Fadinha Lésbica MELHOR CURTA DOCUMENTÁRIO Bambas Borá Candeias Em Busca da Terra Sem Males O Golpe em 50 Cortes ou a Corte em 50 Golpes O Quebra-Cabeça de Sara Ocupação do Hotel Cambridge MELHOR CURTA A Passagem do Cometa Chico De Tanto Olhar o Céu, Gastei Meus Olhos Nada Tentei The Beast Vaca Profana

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    Cássia Kis e Rodrigo Santoro são homenageados no festival Cine PE

    3 de junho de 2018 /

    Cássia Kis e Rodrigo Santoro receberam homenagens pela carreira do Cine PE – Festival do Audiovisual. A atriz recebeu seu troféu na sexta (1/6) e permaneceu em Recife para entregar o prêmio ao ator no sábado. Para Santoro, a homenagem foi carregada de simbolismo e emoção. “Eu vim no avião fazendo uma reflexão sobre o porquê de eu estar aqui recebendo este prêmio. E eu queria agradecer, porque foi aqui no Cine PE, com ‘Bicho de Sete Cabeças’, em 2001, que a minha história começou”, disse ele, sem conter as lágrimas. O detalhe é que naquele filme de Laís Bodanzky, Cássia Kis interpretava sua mãe. O sucesso de “Bicho de Sete Cabeças” acabou catapultando a carreira cinematográfica do ator, que hoje passa mais tempo trabalhando nos Estados Unidos, onde participa da série “Westworld”, do que no Brasil. Sua próxima estreia será uma produção falada em espanhol e rodada em Cuba, intitulada “Un Traductor”, que atualmente circula no circuito dos festivais.

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    Tônia Carrero (1922 – 2018)

    4 de março de 2018 /

    Morreu Tônia Carrero, uma das maiores estrelas do cinema, do teatro e da TV brasileira. A atriz havia sido internada na sexta-feira, na Clínica São Vicente, na Gávea, para a realização de um procedimento cirúrgico simples, mas não resistiu, aos 95 anos de idade. Nascida Maria Antonietta de Farias Portocarrero, no Rio de Janeiro, ela já era esposa do artista plástico Carlos Arthur Thiré quando começou sua carreira com um pequeno papel no filme “Querida Susana” (1947), de Alberto Pieralisi. Entusiasmada com a experiência, resolveu se matricular num curso de atuação em Paris, com Jean Louis Barrault, e mudou os rumos de sua vida. Foi fazer teatro, onde conheceu o diretor italiano Adolfo Celi, seu segundo marido. E logo na estreia, em 1949, recebeu o prêmio de atriz revelação pela Associação de Críticos Cariocas. Em 1951, Tônia se mudou para São Paulo e se tornou estrela da Companhia Cinematográfica Vera Cruz, por onde atuou em clássicos do cinema nacional como “Apassionata” (1952), de Fernando de Barros, “Tico-Tico no Fubá” (1952), do marido Adolfo Celi, e “É Proibido Beijar” (1954), de Ugo Lombardi. Dois anos depois, passou a integrar o Teatro Brasileiro de Comédia (TBC), marcando época em montagens teatrais dirigidas por Zbigniew Ziembinski. De volta ao Rio, em 1956, a atriz formou sua própria companhia teatral com o marido e o amigo Paulo Autran, a Companhia Tônia-Celi-Autran (CTCA), que nos anos 1950 e 1960 revolucionou o teatro brasileiro com espetáculos como “Entre Quatro Paredes” (1956), de Jean-Paul Sartre, e “Seis Personagens à Procura de um Autor” (1960), de Luigi Pirandello, pelo qual recebeu o Prêmio Governador do Estado de São Paulo de melhor atriz. Após se separar de Celi, ela montou sua empresa individual em 1965, a Companhia Tônia Carrero, pela qual montou “A Dama do Maxim’s, de Georges Feydeau, ao lado do parceiro Paulo Autran, e “Navalha na Carne”, de Plínio Marcos, cuja protagonista, a miserável prostituta Neusa Suely, se torna um dos marcos mais importantes de sua carreira. O papel lhe rendeu dois prêmios: o Molière e o da Associação de Críticos Cariocas. Tônia ainda estrelou duas coproduções internacionais de cinema, “Sócio de Alcova” (1962) e “Copacabana Palace” (1962), que tinham em comum a violência crescente do Rio de Janeiro, tema que ainda a conduziu a “Tempo de Violência” (1969), antes de virar estrela da Globo. Ela estrelou na rede de televisão em “Pigmalião 70”, que adaptava a trama da peça “Pigmalião”, de George Bernard Shaw, para o ano de 1970. Na peça, um professor tentava transformar uma modesta vendedora de flores numa dama da sociedade. Já na novela, os papéis foram invertidos: era uma mulher rica (papel de Tônia) que se propunha a transformar a vida de um vendedor de frutas (Sérgio Cardoso). O sucesso da novela a estabeleceu como estrela da Globo, acumulando uma longa sequência de papéis, geralmente como mulher sofisticada, numa atração atrás da outra. Para se ter ideia, em apenas dois anos na emissora, ela estrelou cinco novelas, algumas quase simultaneamente. Após se afastar para respirar e desenvolver outros trabalhos, ela retornou em 1980 num dos seus personagens mais marcantes, a sofisticada Stella Fraga Simpson em “Água Viva” (1980), de Gilberto Braga. A parceria com Braga voltou a se repetir com outro papel chique de grande sucesso em “Louco Amor” (1983). No auge de sua popularidade, ela resolveu sacudir a imagem televisiva e interpretar um texto moderno no teatro. Virou estrela de “Quartett” (1986), de Heiner Müller, dirigida por Gerald Thomas, demonstrando a mesma vitalidade e ousadia de sua juventude aos 64 anos de idade. Aplaudida pela crítica, conquistou outro prêmio Molière de melhor atriz. Tônia seguiu alternando teatro, TV e cinema por mais duas décadas, mas sem a mesma quantidade exasperante de trabalhos, até a saúde a abandonar. Seus últimos papéis na Globo foram participações na novela “Senhora do Destino” (2004) e na série de comédia “Sob Nova Direção” (em 2005), e ela se despediu do cinema com “Chega de Saudade” (2007), de Laís Bodanzky. Diagnosticada com uma doença chamada de hidrocefalia oculta, ela não se comunicava mais e nem conseguia andar normalmente. Tônia vivia em seu apartamento no Leblon, cercada de familiares e sempre recebia visitas de amigos próximos. Além de mãe do ator Cecil Thiré, ela também era avó de outra geração de atores, Miguel Thiré, Luísa Thiré e Carlos Thiré.

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    Maria Ribeiro é agredida por segurança de bar na Espanha

    29 de outubro de 2017 /

    A atriz Maria Ribeiro sofreu uma agressão na Espanha, na noite de sábado (28/10), enquanto fazia uma transmissão ao vivo no Instagram. Ela teve o celular arrancado das mãos pelo segurança de um bar em Madri, após a cineasta Laís Bodanzky ter sido barrada no local por estar de tênis. Ambas brincavam com os integrantes da equipe de divulgação do longa “Como Nossos Pais” quando o funcionário avançou para impedir que gravassem com o celular na frente do local. Quando o segurança a atacou, Maria questionou: “O que é isso? Você está louco?”. A transmissão termina logo após a agressão. Nas palavras da atriz, o grupo “tirava sarro de uma atitude tão sem sentido”, já que Laís Bodanzky estava acostumada a andar de tênis em tapetes vermelhos. Depois da agressão, ela publicou um post falando sobre feminismo e encorajando as mulheres a denunciarem a violência e o machismo. “Como cada vez mais tenho certeza de que o feminismo é uma questão de sobrevivência. O segurança, com o dobro do meu tamanho, jamais teria feito o que fez — vir pra cima de mim e pegar meu celular — com um homem. Denunciem o machismo. Na polícia. Nas redes sociais. Denunciem quando for com a vizinha, com a mulher do lado, com a mulher do outro lado”, destacou Maria Ribeiro. Veja o vídeo da “live” da atriz abaixo.

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    Como Nossos Pais é um filme cheio de amor e ousadia

    16 de setembro de 2017 /

    Embora Laís Bodanzky tenha vários trabalhos em seu currículo, longas-metragens de ficção são apenas quatro. E “Como Nossos Pais”, grande vencedor do Festival de Gramado deste ano, talvez seja o seu trabalho mais bem acabado e também mais ousado, ao dar conta de temas tão em voga como a questão da busca de libertação da mulher da herança patriarcal, que, apesar da independência financeira trazida por sua chegada ao mercado de trabalho, não evitou o acúmulo de afazeres – uma jornada dupla, fora e dentro de casa. Assim, o sonho de fazer uma peça de teatro, por exemplo, acaba ficando em segundo plano por causa de tanta coisa para resolver. Eis um dos motivos de os homens terem alcançado mais espaço nas artes. A personagem Rosa, vivida por Maria Ribeiro (“Tropa de Elite”), é uma personificação dessa mulher brasileira de classe média alta. Mãe de duas crianças pequenas, sendo que uma delas já quer ter um pouco mais de independência, mesmo sendo tão nova, e suspeitando que o marido Dado (Paulo Vilhena, de “O Amor no Divã”) a está traindo com outra, Rosa vive uma crise ainda mais intensa quando uma revelação lhe chega como uma bomba: a mãe (Clarisse Abujamra, de “Getúlio”), durante almoço em família, resolve lhe contar que ela é fruto de uma aventura amorosa, que não é filha de seu pai (vivido com muita simpatia pelo cantor Jorge Mautner). Embora bastante importante, a cena da revelação é uma das mais frágeis do filme. Parece dita de maneira tão fria que chega a destoar da dramaturgia adotada ao longo do filme na maior parte de sua metragem. O contraste é relevado na medida em que a narrativa e os personagens, todos interessantes e cativantes, envolvem o público no ponto de vista de Rosa. É por meio dela que conhecemos os demais personagens e nos afeiçoamos a eles. E também suspeitamos de Dado e encaramos com interesse uma aventura que ela se permite ter com um amigo com quem nutre atração física. Mas o mais importante talvez seja, mais uma vez, a relação com a mãe, que está com uma doença terminal e passa a se despedir da vida com a paz e a confiança de ter feito tudo o que gostaria de ter feito. Nota-se, portanto, que “Como Nossos Pais” tenta abraçar muitas coisas ao mesmo tempo. Os problemas de Rosa deverão fazer parte de seu amadurecimento para torná-la mais forte. Se, por um lado, o encadeamento de problemas (e de aventuras e de situações amargas e divertidas) torna o filme muitíssimo agradável de ver, a sua montagem dinâmica mostra-o como uma obra mais horizontal do que vertical, no sentido de que há pouca coisa a se buscar quando aprofundadas as cenas. Há espaço para muito debate, a partir dos diversos temas expostos e muito bem-vindos, mas o fato de os personagens já problematizarem suas situações em seus próprios diálogos acaba por diminuir o aprofundamento. Ainda assim, o resultado é agradável graças ao roteiro feito por Laís e seu marido Luiz Bolognesi, que também foi responsável pelo roteiro do ótimo “Bingo – O Rei das Manhãs”, de Daniel Rezende. E tão cheio de amor que é difícil não gostar, difícil não nutrir simpatia e até empatia pela personagem de Maria Ribeiro. Que, aliás, parece estar interpretando a si mesma, de tão natural que ficou seu papel. Como ela é o centro do filme, isso é um ponto bem positivo.

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    Como Nossos Pais é o grande vencedor do Festival de Gramado 2017

    28 de agosto de 2017 /

    “Como Nossos Pais”, de Laís Bodanzky, foi o grande vencedor do Festival de Gramado 2017. Além do Kikito de Melhor Filme, a produção levou também os troféus de Direção, Atriz (Maria Ribeiro), Ator (Paulo Vilhena), Atriz Coadjuvante (Clarisse Abujamra) e Montagem (Rodrigo Menecucci). “Eu quero dividir com todas as mulheres do cinema brasileiro esse Kikito que vou guardar para sempre com muito carinho”, discursou Bodanzky ao receber a estatueta, citando uma pesquisa da Agência Nacional de Cinema (Ancine) que aponta que as mulheres ocupam apenas 15% dos cargos de direção e roteiro no cinema brasileiro. “Eu tenho muito orgulho de estar aqui, como cineasta e como mulher. Eu queria destacar que essa pesquisa da Ancine mostra ainda que não há mulheres negras nessas posições. Elas não estão no espaço do discurso. Acho que essa é a nossa nova fronteira que a gente vai descobrir, e vai se alimentar de histórias incríveis que elas vão contar”, incentivou. “Como Nossos Pais” é o quarto longa de ficção de Bodanzky – depois dos também premiados “Bicho de Sete Cabeças” (2000), “Chega de Saudade” (2007) e “As Melhores Coisas do Mundo” (2010). O filme retrata uma mulher de classe média nos seus 40 anos que precisa lidar com as pressões de ser mãe, dona de casa e profissional, e também foi exibido no Festival de Berlim, onde recebeu críticas elogiosas dos sites The Hollywood Reporter, Screen e Variety. Com distribuição já garantida em 10 países, o longa estreia no Brasil na quinta (31/8). Outro destaque da premiação, “As Duas Irenes” conquistou o Kikito de Melhor Roteiro (Fábio Meira), Melhor Ator Coadjuvante (Marco Ricca) e o prêmio da crítica. Por sinal, a obra que marca a estreia de Fabio Meira (co-roteirista de “De Menor”) na direção também foi exibida no Festival de Berlim e já tinha sido premiada como Melhor Filme de Estreia e Melhor Direção de Fotografia no Festival de Guadalajara, no México. O filme gira em torno de duas meio-irmãs chamadas Irene, após uma jovem descobrir outra filha de seu pai, batizada com um nome igual ao seu. “O Matador”, primeiro filme nacional produzido pela Netflix, levou dois troféus técnicos do júri: Melhor Fotografia (Fabrício Tadeu) e Trilha Sonora (Ed Côrtes). E o gaúcho “Bio”, de Carlos Gerbase, levou os prêmios do Público e Especial do Júri. Entre as produções latinas da competição internacional, o vencedor foi “Sinfonia para Ana”, de Virna Molina e Ernesto Ardito, sobre o início da repressão na ditadura argentina. Além do prêmio de Melhor Filme, também faturou o de Fotografia (Fernando Molina). Outro destaque argentino foi “Pinamar”, que conquistou três Kikitos com sua delicada narrativa sobre dois irmãos em luto. Venceu os Kikitos de Melhor Direção (Federico Godfrid), Ator (dividido entre Juan Grandinetti e Agustín Pardella) e o prêmio da crítica. VENCEDORES DO FESTIVAL DE GRAMADO 2017 LONGAS-METRAGENS BRASILEIROS Melhor Filme: “Como Nossos Pais”, de Laís Bodanzky Melhor Direção: Laís Bodanzky, por “Como Nossos Pais” Melhor Atriz: Maria Ribeiro, por “Como Nossos Pais” Melhor Ator: Paulo Vilhena, por “Como Nossos Pais” Melhor Atriz Coadjuvante: Clarisse Abujamra, por “Como Nossos Pais” Melhor Ator Coadjuvante: Marco Ricca, por “As Duas Irenes” Melhor Roteiro: Fábio Meira, por “As Duas Irenes” Melhor Fotografia: Fabrício Tadeu, por “O Matador” Melhor Montagem: Rodrigo Menecucci, por “Como Nossos Pais” Melhor Trilha Musical: Ed Côrtes, por “O Matador” Melhor Direção de Arte: Fernanda Carlucci, por “As Duas Irenes” Melhor Desenho de Som: Augusto Stern e Fernando Efron, por “Bio” Melhor Filme – Júri Popular: “Bio”, de Carlos Gerbase Melhor Filme – Júri da Crítica: “As Duas Irenes”, de Fabio Meira Prêmio Especial do Júri: Carlos Gerbase, pela direção dos 39 atores e atrizes em “Bio” Prêmio Especial do Júri – Troféu Cidade de Gramado: Paulo Betti e Eliane Giardini, pela contribuição à arte dramática no teatro, televisão e cinema brasileiros LONGAS-METRAGENS ESTRANGEIROS Melhor Filme: “Sinfonia Para Ana”, de Virna Molina e Ernesto Ardito Melhor Direção: Federico Godfrid, por “Pinamar” Melhor Atriz: Katerina D’Onofrio, por “La Ultima Tarde” Melhor Ator: Juan Grandinetti e Agustín Pardella, por “Pinamar” Melhor Roteiro: Joel Calero, por “La Ultima Tarde” Melhor Fotografia: Fernando Molina, por “Sinfonia Para Ana” Melhor Filme – Júri Popular: “Mirando al Cielo”, de Guzman García Melhor Filme – Júri da Crítica: “Pinamar”, de Federico Godfrid Prêmio Especial do Júri: “Los Niños”, de Maite Alberdi CURTAS-METRAGENS BRASILEIROS Melhor Filme: “A Gis”, de Thiago Carvalhaes Melhor Direção: Calí dos Anjos, por “Tailor” Melhor Atriz: Sofia Brandão, por “O Espírito do Bosque” Melhor Ator: Nando Cunha, por “Telentrega” Melhor Roteiro: Carolina Markowicz, por “Postergados” Melhor Fotografia: Pedro Rocha, por “Telentrega” Melhor Montagem: Beatriz Pomar, por “A Gis” Melhor Trilha Musical: Dênio de Paula, por “O Violeiro Fantasma” Melhor Direção de Arte: Wesley Rodrigues, por “O Violeiro Fantasma” Melhor Desenho de Som: Fernando Henna e Daniel Turini, por “Caminho dos Gigantes” Melhor Filme – Júri Popular: “A Gis”, de Thiago Carvalhaes Melhor Filme – Júri da Crítica: “O Quebra-Cabeça de Sara”, de Allan Ribeiro Prêmio Canada 150 de Jovens Cineastas: Calí dos Anjos (“Tailor”) Prêmio Canal Brasil de Curtas: “O Quebra-Cabeça de Sara”, de Allan Ribeiro Prêmio Especial do Júri: “Cabelo Bom”, de Swahili Vidal e Claudia Alves

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    Primeiro filme brasileiro da Netflix vai concorrer no Festival de Gramado

    11 de julho de 2017 /

    O Festival de Gramado vai repetir no Brasil a polêmica que marcou o Festival de Cannes deste ano. O primeiro filme nacional produzido pela Netflix para exibição em streaming entrou na seleção do evento. “O Matador”, de Marcelo Galvão, está entre os sete filmes da competição do evento, que acontece de 17 e 26 de agosto. Há dois meses, duas produções da Netflix (“Okja” e “The Meyerowitz Stories”) foram selecionadas para a competição principal de Cannes, provocando a ira dos exibidores franceses e o descontentamento de alguns profissionais da indústria. A repercussão foi tanta que provocou mudanças nas regras da mostra francesa: a partir do ano que vem, somente filmes que forem estrear nos cinemas poderão concorrer à Palma de Ouro. Será curioso ver que repercussão o caso de “O Matador” terá no Brasil, já que os exibidores nacionais não são conhecidos por privilegiarem dramas brasileiros na ocupação de suas telas. O pioneiro filme de Marcelo Galvão será lançado na Netflix no final do ano e não tem previsão de estreia nos cinemas. Faroeste caboclo ambientado no sertão pernambucano nas décadas de 1910 e 1940, “O Matador” conta a história de Cabeleira (Diogo Morgado), que foi abandonado ainda bebê e criado por um cangaceiro local chamado Sete Orelhas (Deto Montenegro). Quando Sete Orelhas desaparece, ele vai a sua procura e acaba encontrando uma cidade sem lei, governada pelo tirânico Monsieur Blanchard (Etienne Chicot), um francês que domina o mercado de pedras preciosas e anteriormente empregava Sete Orelhas como seu matador. O filme foi escrito e dirigido por Marcelo Galvão, que costuma ser premiado em Gramado: “Colegas” venceu Melhor Filme em 2012 e “A Despedida” lhe rendeu o Kikito de Melhor Diretor em 2014. Os outros seis longas que vão disputar Kikitos são “A Fera na Selva”, segundo longa dirigido pelo ator Paulo Betti (após “Cafundó”, em 2005), desta vez em parceria com a também atriz Eliane Giardini e o veterano cinematógrafo Lauro Escorel (“A Suprema Felicidade”); “As Duas Irenes”, primeiro longa do paulista Fábio Meira; “Bio”, do cineasta gaúcho Carlos Gerbase (“Menos que Nada”); “Como Nossos Pais”, de Laís Bodanzky (“As Melhores Coisas do Mundo”); “Não Devore Meu Coração!”, de Felipe Bragança (“A Alegria”); e “Pela Janela”, primeiro longa de Caroline Leone (editora de “Vermelho Russo”) numa coprodução com a Argentina. Todos os filmes terão sua première nacional em Gramado, mas “As Duas Irenes”, “Como Nossos Pais” e “Não Devore Meu Coração!” já foram exibidos no Festival de Berlim 2017 e em outros eventos internacionais. “As Duas Irenes”, inclusive, foi premiado como Melhor Filme de Estreia e Melhor Direção de Fotografia no Festival de Guadalajara, no México, enquanto “Como Nossos Pais” venceu o Festival de Cinema Brasileiro de Paris. Trata-se de uma ótima seleção, mas, como tem sido regra nos festivais brasileiros, bastante enxuta. Apesar do prestígio que acompanha Gramado, são enormes as chances de todos os filmes saírem premiados, já que há apenas sete obras em competição – o que diminui a importância do prêmio. Nisto, Gramado se mostra bem diferente de Cannes, que reúne mais de 20 longas na disputa pela Palma de Ouro – o que realmente dá outra representatividade ao troféu. Para não ir tão longe, o último Festival do Rio juntou 14 longas, entre obras de ficção e documentários, em sua mostra competitiva principal – e mais seis, um Festival de Brasília inteiro, numa mostra paralela de filmes autorais.

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    Como Nossos Pais, de Laís Bodanzky, fecha distribuição em 10 países

    22 de fevereiro de 2017 /

    O novo filme de Laís Bodanzky, “Como Nossos Pais”, não foi premiado, mas aproveitou bem sua passagem pelo Festival de Berlim. Segundo o site Filme B, o drama estrelado por Maria Ribeiro (“Tropa de Elite”) foi adquirido por distribuidores de dez países, garantindo sua estreia na França, Espanha, Grécia, Turquia, Suíça, Polônia, Bélgica, Luxemburgo, Holanda e Tailândia. A distribuição internacional está a cargo da produtora francesa Wild Bunch, a mesma empresa que cuidou da carreira internacional de “Que Horas Ela Volta?”, de Anna Muylaert. No Brasil, a distribuição é da Imovision, que ainda não marcou a data de estreia. A produção é da Gullane. O filme retrata uma mulher de classe média nos seus 40 anos que precisa lidar com as pressões de ser mãe, dona de casa e profissional, e recebeu críticas elogiosas dos sites The Hollywood Reporter, Screen e Variety. Este último também publicou uma entrevista com a diretora e a atriz. “Como Nossos Pais” é o quarto longa de ficção de Laís Bodanzky – depois dos premiados “Bicho de Sete Cabeças” (2000), “Chega de Saudade” (2007) e “As Melhores Coisas do Mundo” (2010). O roteiro é de Luiz Bolognesi, marido e parceiro habitual da cineasta, além de diretor da animação “Uma História de Amor e Fúria (2013), que venceu o Festival de Annecy, na França.

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    Cineastas brasileiros no Festival de Berlim se manifestam contra mudanças na política do audiovisual

    15 de fevereiro de 2017 /

    Os cineastas brasileiros presentes no Festival de Berlim aproveitaram uma recepção promovida pela Embaixada do Brasil na Alemanha para divulgar uma carta conjunta, manifestando-se contra mudanças na política do audiovisual. Sem usar a palavra “golpe”, que parece ter caído em desuso, o texto parte de uma acusação contra o governo de Michel Temer, que teria atingido “duramente” direitos, para traçar um cenário de fim de mundo, em que o audiovisual brasileiro “corre o risco de acabar”. Entretanto, logo no parágrafo seguinte, o mesmo texto celebra o fato de o audiovisual brasileiro (nunca antes na história deste país) ter sido tão forte. A manifestação marca terreno, visando impedir mudanças na política nacional para o setor do audiovisual, especialmente na área de fomento – dinheiro público para a produção de filmes. Quem assina embaixo são os diretores Daniela Thomas, Laís Bodanzky, Julia Murat, Cristiane Oliveira e Felipe Bragança, todos com filmes em Berlim. Confira o texto na íntegra: “Estamos vivendo uma grave crise democrática no Brasil. Em quase um ano desse governo, os direitos de educação, saúde e trabalhistas foram duramente atingidos. Junto com todos os outros setores, o audiovisual brasileiro, especialmente o autoral, corre o risco de acabar. Nos últimos anos, a Ancine tem direcionado suas diretrizes, conservando com atenção os muitos Brasis. Ampliou o alcance dos mecanismos de fomentos, que hoje atingem segmentos e formatos dos mais diversos, entre eles o cinema autoral, aqui representado. O resultado é visível. O ano de 2017 começou com a expressiva presença de filmes brasileiros nos três dos principais festivais internacionais, totalizando 27 participações em Sundance, Roterdã e aqui em Berlim. Não chegamos a esse patamar histórico sem política pública. Tudo o que se alcançou até aqui é fruto de um grande esforço do conjunto de agentes envolvidos entre Ancine, produtores, realizadores, distribuidores, exibidores, programadores, artistas, lideranças, poder público, entre outros. Acima de tudo, queremos garantir que qualquer mudança ou aperfeiçoamento nas políticas do audiovisual brasileiro sejam amplamente debatidos com o conjunto do setor e com toda a sociedade. Assim, pedimos às instituições, produtores e realizadores de todo o mundo que apoiem a luta e a manutenção de todos os tipos de audiovisual no Brasil. Defendemos aqui a continuidade e o incremento dessa política pública.”

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    Novo filme de Laís Bodansky entra no Festival de Berlim, que terá recorde de brasileiros

    25 de janeiro de 2017 /

    O Festival de Berlim anunciou a inclusão de mais dois filmes brasileiros em sua programação. A nova leva, revelada nesta quarta-feira (25/1), acrescenta o longa “Como Nossos Pais”, de Laís Bodanzky, e o curta “Vênus – Filó, a Fadinha Lésbica”, de Sávio Leite. Os dois filmes se juntam a uma seleção recorde de filmes brasileiros no festival alemão, um dos mais importantes do mundo. Ao todo, oito longa-metragens farão parte do evento, incluindo o documentário “No Intenso Agora”, de João Moreira Salles, e as ficções “Vazante”, de Daniela Thomas, “Pendular”, de Júlia Murat, “Mulher do Pai”, de Cristiane Oliveira, “As Duas Irenes”, de Fábio Meira, “Rifle”, de Davi Pretto, e “Joaquim”, cinebiografia de Tiradentes dirigida pelo cineasta Marcelo Gomes, que participará da mostra competitiva. O filme de Laís Bodanzky (“As Melhores Coisas do Mundo”) entrou na mostra Panorama. “Como Nossos Pais” tem Maria Ribeiro (“Tropa de Elite”) como protagonista e conta a história de uma mulher em conflito diante da criação dos filhos, os objetivos profissionais e a relação conturbada com a mãe. Em comunicado, a diretora comemorou a oportunidade de exibir seu filme para o público internacional. “A estreia mundial é sempre muito importante para um filme, porque define o rumo que ele pode tomar. Ter a oportunidade de exibir ‘Como Nossos Pais’ em um festival da linha A como o de Berlim é realmente uma grande conquista”, afirmou Laís, que também comemorou o recorde de filmes brasileiros no festival. “Fico muito feliz de fazer parte desse momento.” Já o curta de Sávio Leite é uma animação inspirada num poema de Hilda Hilst, que leva o mesmo nome, sobre uma fada que “vestia-se como rapaz para enganar mocinhas”. O Festival de Berlim 2017 vai acontecer entre os dias 9 e 19 de fevereiro na capital alemã.

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    Cauã Reymond viverá Dom Pedro I em superprodução de cinema

    11 de dezembro de 2016 /

    O ator Cauã Reymond (“Alemão”) foi escalado para viver Dom Pedro I, o príncipe português que virou imperador do Brasil, ao proclamar a independência do país em 7 de setembro de 1822. Segundo o site Filme B, o projeto será uma superprodução tocada por quatro produtoras diferentes e com direção de Laís Bodanzky (“As Melhores Coisas do Mundo”). “Será um filme intimista, com o ponto de vista muito amarrado em Dom Pedro, e não nos eventos históricos – um pouco como na série ‘Downton Abbey’. Vamos nos aprofundar no lado pessoal, a boemia e o porquê desse vício no sexo – ele deixou muitos filhos bastardos no país. É uma figura muito rica, que tem um lado meio abolicionista, gostava dos escravos. Também era marceneiro, gostava muito de trabalhar com as mãos”, disse Bianca Villar, da produtora Biônica, ao site. Apesar desse conceito intimista, o filme está sendo apresentado com título de comédia: “Pedro, o Filme”. São “O Filme”, por exemplo, “Crô: O Filme” (2013), “Minha Mãe é uma Peça: O Filme” (2013), “Meu Passado Me Condena: O Filme” (2013), “Carrossel: O Filme” (2015), “Vai que Cola: O Filme” (2015), “Apaixonados: O Filme” (2016), etc. O roteiro deste novo “O Filme” é de Laís Bodanzky, seu marido e parceiro Luiz Bolognesi (“Uma História de Amor e a Fúria”) e do escritor Chico Mattoso. Com orçamento estimado em R$ 11 milhões, a produção tem 40% das filmagens previstas para acontecerem em Portugal. Atualmente, a equipe está na fase de busca das locações.

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    Como Nossos Pais: Maria Ribeiro vai estrelar novo filme de Laís Bodanzky

    26 de janeiro de 2016 /

    A atriz Maria Ribeiro (“Tropa de Elite”) vai viver sua primeira protagonista no cinema. Em “Como Nossos Pais”, filme de Laís Bodanzky, ela será Rosa, uma mulher batalhadora, casada e mãe de duas meninas pequenas, que tem que se desdobrar para dar conta de seu cotidiano. Em entrevista ao jornal O Globo, a atriz definiu o longa como sendo “ao estilo dos argentinos”, falando de família e relacionamento. “É um drama cômico com substância, isso está faltando no nosso cinema”. E aproveitou para elogiar a diretora. “Acho que ninguém fala do cotidiano com tanta profundidade como a Laís. Ela olha para essa mulher contemporânea, que quer ter filho e trabalhar, amar e ser livre, tudo ao mesmo tempo”, diz. “Como Nossos Pais” será o quarto longa-metragem dirigido por Laís Bodanzky. Seu trabalho anterior, “As Melhores Coisas do Mundo”, foi lançado em 2010, quando se destacou como um dos melhores filmes sobre adolescentes dos últimos anos, rompendo com os clichês das produções influenciadas por “Malhação”. O novo filme ainda não tem previsão de estreia.

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