EUA sofrem ataque nuclear no trailer tenso de “Casa de Dinamite”
Novo filme da diretora de "Guerra ao Terror" mostra corrida contra o tempo após lançamento de míssil intercontinental
Robert Redford, lenda de Hollywood e fundador do Festival de Sundance, morre aos 89 anos
Astro foi ícone do cinema americano, estrela de filmes clássicos, cineasta premiado com o Oscar, produtor de filmes brasileiros e pai do novo cinema independente
Diretora de “Guerra ao Terror” mostra ataque nuclear no trailer de “A Casa da Dinamite”
Kathryn Bigelow dirige Rebecca Ferguson em suspense político sobre míssil nuclear a caminho de Chicago
Após cinco anos sem filmar, diretora de “Guerra ao Terror” retorna na Netflix
O primeiro filme da cineasta vencedora do Oscar Kathryn Bigelow desde “Detroit em Rebelião” (de 2017) será uma produção da Netflix. Ela vai dirigir a adaptação de “Aurora”, livro ainda inédito de David Koepp. O próprio autor, que é um conhecido roteirista de blockbusters (“Jurassic Park”, “Missão: Impossível” e “Homem-Aranha”), vai escrever a adaptação. “Aurora” se passa durante uma crise global de energia, após uma tempestade solar intensa deixar quase todo o planeta no escuro. A trama se foca em uma mãe solteira e seu filho adolescente, residentes em Illinois. Ela precisa de tornar uma “destemida protetora” em seu bairro suburbano, enquanto seu irmão distante – um CEO do Vale do Silício – planeja se isolar de todo o caos em um bunker do outro lado do país. Segundo romance de Koepp, “Aurora” será lançado em 7 de junho nas livrarias dos EUA. Além de marcar sua estreia no streaming, a produção também representa uma volta de Bigelow às tramas de fantasia e ação que caracterizaram o começo de sua carreira, época de filmes cultuados como o terror “Quando Chega a Escuridão” (2017), o thriller “Caçadores de Emoção” (1991) e a sci-fi “Estranhos Prazeres” (1995). Desde que se tornou a primeira mulher a vencer o Oscar de Melhor Direção em 2010, com “Guerra ao Terror”, ela só fez mais dois filmes, ambos dramáticos: “A Hora Mais Escura” (2012) e “Detroit em Rebelião” (2017), que foi lançado há cinco anos. Ainda não há previsão de lançamento para “Aurora”.
BBC elege os 100 melhores filmes dirigidos por mulheres
A rede BBC publicou uma lista com os 100 melhores filmes dirigidos por mulheres em todos os tempos, resultante de uma votação com 368 especialistas em cinema de 84 países – críticos, jornalistas, programadores de festivais e acadêmicos. A votação elegeu “O Piano” (1993), da neozelandesa Jane Campion, em 1º lugar, citado por quase 10% dos críticos. Segundo a crítica Hannah Woodhead, a produção é bastante sensível e tem personagens femininas difíceis e reais. Para ela, o longa é “uma fábula penetrante que fala do desejo universal de amar e ser amado”. “O Piano” venceu três Oscars, todos conquistados por mulheres – a atriz Holly Hunter, a atriz coadjuvante Anna Paquin (então com 11 anos) e a cineasta Jane Campion, pelo Roteiro Original. Além disso, conquistou a Palma de Ouro no Festival de Cannes. Já a diretora de maior presença foi Agnès Varda, que morreu em março deste ano. Ela teve seis filmes entre os 100 melhores, inclusive o 2º colocado, o clássico “Cléo das 5 às 7” (1962). Outras cineastas bastante citadas foram Kathryn Bigelow (5 filmes), Claire Denis, Lynne Ramsay e Sofia Coppola (4 filmes cada). A lista nasceu em consequência do debate sobre relações anteriores, que ganhou maior relevância a partir da seleção compilada no ano passado, com os 100 melhores filmes em língua não inglesa. Chamou atenção que, dentre os filmes eleitos, apenas quatro eram dirigidos por mulheres. Mas essa escassez de diretoras já vinha se repetindo em outras listas anuais da BBC: no ranking de 100 maiores comédias, de 2017, igualmente só havia quatro mulheres. Da compilação dos 100 melhores filmes do século 21, feita em 2016, apareceram 12 – e nenhuma delas ficou entre as 20 primeiras posições. E na primeira pesquisa da BBC sobre os 100 maiores filmes americanos de todos os tempos, só dois tinham mulheres à sua frente – e ainda assim em codireção. Apesar da nova lista destacar apenas filmes de cineastas femininas, metade dos críticos que votaram foram homens. Cada eleitor listou seus 10 filmes favoritos dirigidos por mulheres, gerando mais de 700 citações diferentes. Portanto, a lista apresenta os 100 que melhor pontuaram, abrangendo desde o cinema mudo, caso de “Sapatos” (1916), até lançamentos deste ano, como “The Souvenir” e “Retrato de Uma Jovem em Chamas”. Infelizmente, não há nenhum filme brasileiro na lista, apesar de alguns dos melhores longas recentes do país terem sido dirigidos por mulheres – como “Que Horas Ela Volta?” (2015), de Anna Muylaert, “Como Nossos Pais” (2017), de Laís Bodanzky, sem esquecer de “Cidade de Deus” (2002), codirigido por Kátia Lund, e clássicos como “Mar de Rosas” (1978), de Ana Carolina, e “A Hora da Estrela” (1985), de Suzana Amaral. Eis a lista, segundo a opinião dos críticos consultados pela BBC: 100 – Minhas Mães e Meu Pai (Lisa Cholodenko, 2010) 99 – The Souvenir (Joanna Hogg, 2019) 98 – Um Lugar Qualquer (Sofia Coppola, 2010) 97 – Örökbefogadás (Márta Mészáros, 1975) 96 – Os Encontros de Anna (Chantal Akerman, 1977) 95 – Ritual in Transfigured Time (Maya Deren, 1946) 94 – Notícias de Casa (Chantal Akerman, 1977) 93 – Marcas da Vida (Andrea Arnold, 2006) 92 – Raw (Julia Ducournau, 2016) 91 – Minha Terra África (Claire Denis, 2009) 90 – Fast Times at Ridgemont High (Amy Heckerling, 1982) 89 – As Praias de Agnès (Agnès Varda, 2008) 88 – Os Silêncios do Palácio (Moufida Tlatli, 1994) 87 – 35 Doses de Rum (Claire Denis, 2008) 86 – O Sonho de Wadjda (Haifaa Al-Mansour, 2012) 85 – Uma Canta, a Outra Não (Agnès Varda, 1977) 84 – Retrato de Jason (Shirley Clarke, 1967) 83 – Sintonia de Amor (Nora Ephron, 1993) 82 – At Land (Maya Deren, 1944) 81 – Garota Sombria Caminha pela Noite (Ana Lily Amirpour, 2014) 80 – Quero Ser Grande (Penny Marshall, 1988) 79 – Sapatos (Lois Weber, 1916) 78 – A Maçã (Samira Makhmalbaf, 1988) 77 – Tomboy (Céline Sciamma, 2011) 76 – Garotas (Céline Sciamma, 2014) 75 – O Atalho (Kelly Reichardt, 2010) 74 – Chocolate (Claire Denis, 1988) 73 – Corpo e Alma (Ildikó Enyedi, 2017) 72 – Europa Europa (Agnieszka Holland, 1980) 71 – A Concha e o Clérigo (Germaine Dulac, 1928) 70 – Encantadora de Baleias (Niki Caro, 2002) 69 – The Connection (Shirley Clarke, 1961) 68 – Eve’s Bayou (Kasi Lemmons, 1997) 67 – Os Anos de Chumbo (Margarethe von Trotta, 1981) 66 – O Lixo e o Sonho (Lynne Ramsay, 1999) 65 – Sem Rastros (Debra Granik, 2018) 64 – Domando o Destino (Chloe Zhao, 2017) 63 – Maria Antonieta (Sofia Coppola, 2006) 62 – Estranhos Prazeres (Kathryn Bigelow, 1995) 61 – India Song (Marguerite Duras, 1975) 60 – Uma Equipe Muito Especial (Penny Marshall, 1992) 59 – O Longo Adeus (Kira Muratova, 1971) 58 – Procura-se Susan Desesperadamente (Susam Seidelman, 1985) 57 – O Babadook (Jennifer Kent, 2014) 56 – A 13ª Emenda (Ava DuVernay, 2016) 55 – Monster – Desejo Assassino (Patty Jenkins, 2003) 54 – Brilho de Uma Paixão (Jane Campion, 2009) 53 – La mujer sin cabeza (Lucrecia Martel, 2008) 52 – Lazzaro Felice (Alice Rohrwacher, 2018) 51 – Harlan County: Tragédia Americana (Barbara Kopple, 1976) 50 – O Mundo é o Culpado (Ida Lupino, 1950) 49 – Salaam Bombay! (Mira Nair, 1988) 48 – Síndrome Astênica (Kira Muratova, 1989) 47 – Um Anjo em Minha Mesa (Jane Campion, 1990) 46 – Quando Chega a Escuridão (Kathryn Bigelow, 1987) 45 – Triunfo da Vontade (Leni Riefenstahl, 1935) 44 – Docinho da América (Andrea Arnold, 2016) 43 – As Virgens Suicidas (Sofia Coppola, 1999) 42 – As Aventuras do Príncipe Achmed (Lotte Reiniger, 1926) 41 – Cafarnaum (Nadine Labaki, 2018) 40 – Meninos Não Choram (Kimberly Peirce, 1999) 39 – Retrato de Uma Jovem em Chamas (Céline Sciamma, 2019) 38 – Paris is Burning (Jennie Livingston, 1990) 37 – Olympia (Leni Riefenstahl, 1938) 36 – Wendy e Lucy (Kelly Reichardt, 2008) 35 – Matrix (Lana e Lilly Wachowski, 1999) 34 – O Romance de Morvern Callar (Lynne Ramsay, 2002) 33 – Você Nunca Esteve Realmente Aqui (Lynne Ramsay, 2017) 32 – O Porteiro da Noite (Liliana Cavani, 1974) 31 – Os Catadores e Eu (Agnès Varda, 2000) 30 – Zama (Lucrecia Martel, 2017) 29 – Um Casamento à Indiana (Mira Nair, 2001) 28 – As Duas Faces da Felicidade (Agnès Varda, 1965) 27 – Selma: Uma Luta pela Igualdade (Ava DuVernay, 2014) 26 – Histórias que Contamos (Sarah Polley, 2012) 25 – The House is Black (Forough Farrokhzad, 1963) 24 – Lady Bird (Greta Gerwig, 2017) 23 – O Mundo Odeia-me (Ida Lupino, 1953) 22 – Precisamos Falar Sobre Kevin (Lynne Ramsay, 2011) 21 – Inverno da Alma (Debra Granik, 2010) 20 – Clueless (Amy Heckerling, 1995) 19 – Orlando (Sally Potter, 1992) 18 – Psicopata Americano (Mary Harron, 2000) 17 – Pasqualino Sete Belezas (Lina Wertmüller, 1975) 16 – Wanda (Barbara Loden, 1970) 15 – La Cienaga (Lucrecia Martel, 2001) 14 – O Pântano (Lucrecia Martel, 2001) 13 – Caçadores de Emoção (Kathryn Bigelow, 1991) 12 – Os Renegados (Agnès Varda, 1985) 11 – A Hora Mais Escura (Kathryn Bigelow, 2012) 10 – Filhas do Pó (Julie Dash, 1991) 9 – Aquário (Andrea Arnold, 2009) 8 – Toni Erdmann (Maren Ade, 2016) 7 – Guerra ao Terror (Kathryn Bigelow, 2008) 6 – As Pequenas Margaridas (V?ra Chytilová, 1966) 5 – Encontros e Desencontro (Sofia Coppola, 2003) 4 – Bom Trabalho (Claire Denis, 1999) 3 – Jeanne Dielman (Chantal Akerman, 1975) 2 – Cléo das 5 às 7 (Agnès Varda, 1962) 1 – O Piano (Jane Campion, 1993)
Operação Fronteira enfrenta clichês de ação dos anos 1980 com elenco atual de peso
Kathryn Bigelow, a única mulher da História do Oscar a ganhar a estatueta de Melhor Direção, por “Guerra ao Terror”, considerou dirigir “Operação Fronteira”. Ela desistiu e ficou com créditos de produtora executiva. Mas com isso a história original, desenvolvida por seu roteirista de confiança, Mark Boal, com quem trabalhou em “Guerra ao Terror” (2008), “A Hora Mais Escura” (2012) e “Detroit em Rebelião” (2017), acabou reescrita pelo diretor J.C. Chandor. O resultado deixa o espectador imaginando o quanto esse filme tinha potencial para ir mais longe, sob comando de Bigelow. É sobre cinco amigos, ex-soldados das Forças Especiais (Oscar Isaac, Ben Affleck, Charlie Hunnam, Garrett Hedlund e Pedro Pascal), que decidem voltar a se juntar para uma última missão: roubar uma fortuna de um chefão das drogas na América do Sul – supostamente na tríplice fronteira entre Paraguai, Argentina e Brasil, embora as filmagens tenham acontecido na Colômbia. A premissa evoca “Três Reis” (1999), o melhor filme de David O. Russell. Mas, estranhamente, o que se materializa no primeiro ato é o tipo de filme de ação que era estrelado por machões nos anos 1980, algo próximo à narrativa saudosista de “Os Mercenários” (2010). As semelhanças são mais de tom – trilha sonora roqueira, diálogos ruins e curtos, repletos de frases de efeito e narizes empinados – do que em relação à execução das cenas de ação, que são muito bem orquestradas e lembram a pegada visceral de Kathryn Bigelow (sem câmera balançante, graças a Deus). A partir da segunda metade, dominada por um mix de tensão, ganância e um senso de moral capaz de enlouquecer mais os protagonistas que seus perseguidores, as guitarras rasgadas e barulhentas dão um descanso na trilha. E os atores finalmente demonstram porque tem nomes de peso, inclusive Ben Affleck. Mas a diferença entre as duas partes é tão gritante que a impressão é que as cabeças pensantes por trás do projeto jamais chegaram a um equilíbrio criativo. E nome mais fraco do trio, J.C. Chandor, ficou com a maior responsabilidade. Infelizmente, o diretor de “Margin Call”, “Até o Fim” e “O Ano Mais Violento” costuma fazer filmes que parecem quase bons. Nunca são bons completamente. Ao contrário de Kathryn Bigelow, que poderia tornar “Operação Fronteira” numa contraparte de “Guerra ao Terror”.
Detroit em Rebelião denuncia tensão racial histórica dos Estados Unidos
Quem assistiu a “Guerra ao Terror” (2008) e a “A Hora Mais Escura” (2012) sabe bem o que esperar da diretora Kathryn Bigelow. Ela faz filmes políticos muito fortes, de denúncia, sem aliviar na forma de relatar os acontecimentos. Ela se interessa pela história norte-americana recente e parece ter muita urgência em fazer o público refletir sobre algumas questões pendentes. “Detroit em Rebelião”, seu atual trabalho, debruças-se sobre a tensão racial que tomou conta da cidade de Detroit, a mais populosa do estado de Michigan, em 1967. Ela procura mostrar que o barril de pólvora que se incendeia nesses momentos retrata uma guerra sem fim que os Estados Unidos não conseguem encarar e resolver. Pelo contrário, ciclicamente, a situação se agrava. O filme toma posição clara e expressa de apoio à causa negra, durante todo o tempo, de forma firme e corajosa. Sem dar margem a nenhuma dúvida. O que, talvez, até prejudique a reflexão que ela pretende. Porque ela dá o prato pronto, incontestável. A abordagem dos fatos relatados no filme – que culminaram na maior rebelião civil dos Estados Unidos, com um saldo de 43 mortos, mais de 340 feridos e 7 mil prédios queimados – é tão marcante e incisiva que se torna quase insuportável. As cenas de confrontos de rua são agitadas, tensas como a câmera que as capta. O tratamento que uma polícia quase inteiramente branca dá à população negra de uma região conflagrada é de exasperar os ânimos de qualquer humanista ou cidadão de convicções democráticas. Para acentuar o absurdo do tratamento policial e o desrespeito às pessoas, o filme se estende durante muito tempo, para mostrar o que acontece, passo a passo, repetidamente. É revoltante, inaceitável. Já sabíamos disso, tínhamos entendido. Mas viver emocionalmente cada momento nos obriga a entrar na pele da população negra, tão estupidamente discriminada. E que o ótimo elenco negro (John Boyega, Anthony Mackie e outros), que sofre diante de nós, reforça enormemente, assim como os atores brancos (Will Poulter, Jack Reynor, etc) em seus desempenhos agressivos. Os julgamentos que ocorrem depois apenas reafirmam a desigualdade e a ausência de equilíbrio de uma justiça também branca. Nesse ponto, a situação toma ares civilizados, mas nada muda, de fato. As instituições estão aí para garantir a desigualdade e o preconceito. Essa é a América, guardiã da democracia e da liberdade, que tanto se apregoa? Alguma coisa apodreceu nos intestinos dessa nação tão poderosa. E não é de hoje, como nos mostra Kathryn Bigelow em seu forte filme-denúncia.
Programação dos cinemas privilegia estreias para o Dia das Crianças
Uma dezena de filmes chega aos cinemas no feriadão, mas os shoppings privilegiam os lançamentos infantis para o Dia das Crianças, além de um terror, lembrando ainda que sexta-feira é dia 13. Como é praxe, o circuito limitado fica com as melhores opções. Clique nos títulos em destaque abaixo para ver todos os trailers da programação. A animação da DreamWorks “As Aventuras do Capitão Cueca – O Filme” e o besteirol brasileiro “Como se Tornar o Pior Aluno da Escola” dividem a maioria das salas e tem até coincidência temática. Ambos acompanham dois moleques que aprontam na escola. No desenho, os meninos hipnotizam o diretor do colégio, fazendo-o acreditar que é um super-herói, com resultados divertidos. Adaptação dos livros infantis do escritor americano Dav Pilkey, o filme tem 87% de aprovação no site Rotten Tomatoes. Já na trama da comédia brasileira, baseada em livro de Danilo Gentili, o próprio autor convence os protagonistas mirins de que não é preciso estudar para se dar bem – e que a vida adulta é só diversão! Essa mensagem “politicamente” incorreta é acompanhada por piadinhas infantis, mas contadas com escatologia e vocabulário impróprio para menores de 14 anos. Destacam-se as participações do cantor Moacyr Franco e do mexicano Carlos Villagrán (o Quico do seriado “Chaves”). O terror “A Morte Te Dá Parabéns” é uma variação do tema do looping temporal, adaptando a premissa de “Feitiço do Tempo” (1993) e “No Limite do Amanhã” (2014) a um contexto de slasher. Numa situação típica do gênero, um serial killer mascarado ataca a protagonista numa república feminina. Mas, após morrer, ela acorda para reviver novamente o mesmo dia, que por acaso é o seu aniversário. E isso acontece sucessivas vezes, até ela se convencer que, para sobreviver, precisará descobrir a identidade do assassino. O filme também estreia neste fim de semana nos Estados Unidos e tem 64% de aprovação no Rotten Tomatoes. A direção é de Christopher Landon (da franquia “Atividade Paranormal” e do terrir “Como Sobreviver a Um Ataque Zumbi”) e foi escrito em parceria com Scott Lobdell, autor de inúmeros quadrinhos dos X-Men e derivados, como “Geração X” e o crossover da “Era de Apocalipse”. Ainda há dois lançamentos para o público infantil no circuito limitado. A animação francesa “Garoto Fantasma” é dos mesmos diretores de “Um Gato em Paris” (2010) e traz um belíssimo visual estilizado, ao estilo dos quadrinhos europeus da chamada “linha branca” (desenhos limpos influenciados por “Tintim”). A história também é típica do gênero, girando em torno de um menino que usa projeção astral para ajudar um detetive numa cadeira de rodas a prender um perigoso criminoso. 87% no Rotten Tomatoes. Por sua vez, “A Menina Índigo” é o “X-Men espírita nacional”. Cheio de situações clichês e personagens estereotipados, tem pais divorciados que só discutem, jornalistas sensacionalistas malvados, professores incapazes e uma criança mutante/espírita/superdotada, que demonstra enorme talento para as artes plásticas, jogando tinta por todo o lado feito um Jackson Pollock do ensino fundamental – além de curar pessoas doentes com seu toque!! Ela é uma das “Crianças Índigos”, uma geração dotada de inteligência e espiritualidade superior, “um novo tipo de evolução humana”, igual aos X-Men da Marvel ou à protagonista mirim da série “Believe” (2014). Só que de verdade. Assim como era “de verdade” a trama passada no plano espiritual de “Nosso Lar” (2010), longa do mesmo diretor, Wagner de Assis. Terceiro longa brasileiro da semana, “Entre Irmãs” se sai melhor, mas também abusa dos clichês. Drama de época passado nos anos 1930, acompanha Luzia (Nanda Costa, de “Gonzaga: De Pai pra Filho”), a irmã aventureira, e Emília (Marjorie Estiano, da série “Sob Pressão”), a romântica, que acabam tendo destinos muito diferentes. Uma se decepciona ao realizar o sonho de se casar e morar na capital, enquanto a outra se junta a bandoleiros e vira cangaceira. Baseada em best-seller, com narrativa episódica e longa duração, a produção parece minissérie da Globo. A direção é de Breno Silveira, do filme/minissérie da Globo “Gonzaga: De Pai para Filho” (2012). Os destaques do circuito limitado são duas produções americanas independentes, “Logan Lucky – Roubo em Família” e “Detroit em Rebelião”, muito bem-avaliadas no Rotten Tomatoes, que marcam as voltas dos diretores Steven Soderbergh (“Onze Homens e um Segredo”) e Kathryn Bigelow (“A Hora Mais Escura”) ao cinema, meia década após seus últimos filmes. Com notáveis 93% de aprovação, a comédia “Logan Lucky” gira em torno de dois irmãos caipiras que planejam um roubo ambicioso, mas, como são incrivelmente estúpidos, procuram ajuda de um especialista para realizar o golpe. O fato do “ajudante” estar preso é apenas um detalhe de como o plano é pouco esperto. Channing Tatum (“Magic Mike”) e Adam Driver (“Star Wars: O Despertar da Força”) são os irmãos e Daniel Craig (o “007”) vive o presidiário, com os cabelos descoloridos e uma musculatura impressionante. “Detroit em Rebelião” tem 83% de críticas positivas e marca a terceira parceria de Bigelow com o roteirista Mark Boal, após “Guerra ao Terror” (2008) e “A Hora Mais Escura” (2012). Baseado em fatos reais, o longa retrata a devastadora revolta popular que tomou conta de Detroit ao longo de cinco dias em 1967, quando uma operação policial mal-planejada matou três jovens negros, precipitando uma rebelião civil, que cresceu para uma batalha campal com um saldo de 43 mortos, mais de 340 feridos e 7 mil prédios queimados. O elenco inclui John Boyega (“Star Wars: O Despertar da Força”), Will Poulter (“O Regresso”), Jack Reynor (“Transformers: A Era da Extinção”) e Anthony Mackie (“Capitão América: Guerra Civil”). Completam a programação dois dramas premiados, que por coincidência se baseiam em fatos reais, passam-se na mesma época e exploram o mesmo tema: inocentes injustiçados e oprimidos pela suspeita de serem comunistas nos anos 1980. “El Amparo” chega aos cinemas praticamente um ano após vencer a Mostra de São Paulo. Estreia do diretor venezuelano Rober Calzadilla, acompanha dois sobreviventes de um massacre cometido pelo exército, que confundiu pescadores com guerrilheiros na fronteira entre a Colombia e a Venezuela. Presos e forçados a confessar seus crimes, os suspeitos geram comoção em sua comunidade e ganham a solidariedade dos vizinhos, que refutam a história oficial. A obra também foi premiada nos festivais de Biarritz, Havana e Marselha. Por fim, o sul-coreano “O Advogado” conquistou vários prêmios da indústria asiática, mas é uma produção de quatro anos atrás e chapa-branca. O filme e o personagem-título, que começa obcecado em fazer dinheiro, mudam de registro bruscamente quando surge o caso de um jovem espancado pela polícia e preso sem mandato, ao ser considerado, com seus colegas estudantes, simpatizante da Coreia do Norte. Indignado, o advogado contábil Roh Moo-hyun vira militante dos direitos humanos e assume tom exaltado, além de fervor patriótico, ao defender o caso no tribunal. A repercussão lançou sua carreira política. Considerado um grande exemplo de moral e justiça, o verdadeiro Roh Moo-hyun foi eleito presidente da Coreia do Sul em 2003. Mas, ao encerrar o mandato, foi implicado num grande escândalo de corrupção, envolvendo (o equivalente a) seus ministros, parentes e construtoras… Ao contrário de outros, ele não afirmou que era o homem mais honesto da história deste… do seu país. Assumiu o erro, se disse envergonhado, pediu para os seguidores deixarem de idolatrá-lo e morreu após se jogar de um precipício em 2009. Em sua nota de suicídio, ele pediu desculpas por fazer “muitas pessoas sofrerem”. A reviravolta foi que, exatamente como outros, ele saiu da vida para entrar na história, transformando-se em mártir de uma perseguição política injusta. O filme-exaltação faz parte do reboot da narrativa oficial, que visa redimir sua biografia.
Annabelle 2 estreia em 1º lugar nas bilheterias da América do Norte
“Annabelle 2: A Criação do Mal” assustou a concorrência ao abrir em 1º lugar nas bilheterias no fim de semana, afastando um pouco as nuvens de um versão bastante sombrio para a indústria cinematográfica. O terror, que estreia na próxima quinta (17/8) no Brasil, conjurou US$ 35 milhões em 3,5 mil salas, superando o desempenho de alguns supostos blockbusters da temporada – “A Torre Negra”, “Valerian e a Cidade dos Mil Planetas” e “A Múmia”. A estreia agradou a crítica, com 69% de aprovação, ao contar a origem da personagem do título – um alívio diante dos 29% do primeiro “Annabelle” em 2014. Mas o verão está tão fraco que a volta da boneca do mal vendeu menos ingressos que o lançamento dos outros filmes de seu “universo” cinematográfico – “Invocação do Mal”, que introduziu a boneca, fez US$ 41,9 milhões em sua estreia em 2013, “Invocação do Mal 2” abriu com US$ 40,4 milhões e “Annabelle” começou com US$ 37,1 milhões. “Nós teríamos ficado felizes em atingir US$ 30 milhões, considerando o mercado lento”, disse Jeff Goldstein, presidente da distribuição doméstica de Warner, comemorando o faturamento do filme no site The Hollywood Reporter. O estúdio tem realmente o que comemorar, pois também mantém o 2º lugar com o inesperado desempenho de “Dunkirk”. O filme de guerra de Christopher Nolan permaneceu uma força formidável em seu quarto final de semana em cartaz, somando mais US$ 11,4 milhões para ultrapassar a marca de US$ 150 milhões na América do Norte – uma façanha rara para uma produção sobre a 2ª Guerra Mundial, não vista desde que Steven Spielberg comandou “O Resgate do Soldado Ryan” (US$ 216 milhões no total). No mundo todo, “Dunkirk” já soma US$ 363,7 milhões. Outra estreia da semana, a animação “O Que Será de Nozes 2” abriu em 3º lugar, com US$ 8,9 milhões em 4 mil salas. Um desempenho pífio pela ampla distribuição e que representa menos da metade dos US$ 19,4 milhões obtidos pelo primeiro filme, em 2014. A continuação estreia no Brasil em 14 de setembro. Mas sombria mesmo é a arrecadação de “A Torre Negra”, que desabou do 1º para o 4º lugar após uma semana, com US$ 7,9 milhões. Em dez dias, a superprodução da Sony atingiu um total doméstico de US$ 34,3 milhões. Sim, menos que a abertura de “Annabelle 2”. Em todo o mundo, a soma não passa de US$ 53,6 milhões. Com isso, não há como a Sony investir numa continuação ou série de TV, conforme especulado. O Top 10 ainda registra a estreia do drama “O Castelo de Vidro”, estrelado por Brie Larson, que volta a trabalhar com o diretor Justin Cretton após “Temporário 12” (2013), o filme que a tornou atriz premiada. A produção da Lionsgate abriu apenas em 9º lugar, com US$ 4,8 milhões e uma distribuição em 1,4 mil salas. Vale destacar ainda as quedas de “Detroit”, o novo drama de Kathryn Bigelow (“Guerra ao Terror”), e a sci-fi “Valerian e a Cidade dos Mil Planetas”, de Luc Besson (“O Quinto Elemento”), que não conseguiram completar um mês no Top 10. Entre as estreias limitadas, o melhor resultado ficou com a comédia indie “Ingrid Goes West”, estrelada por Aubrey Plaza e Elizabeth Olson, que fez US$ 141,2 mil em somente três salas, registrando uma média por tela de US$ 47 mil, a melhor da semana. Com 86% de aprovação crítica, “Ingrid Goes West” superou até os outros dois lançamentos indies do circuito, que inclusive abriram em mais salas: “Bom Comportamento” (Good Time, US$ 137,6 mil em quatro salas) e “The Only Living Boy in New York” (US$ 57,6 milhões em 15 salas). Mas enquanto “Bom Comportamento”, com Robert Pattinson, encantou a crítica (92% de aprovação), “The Only Living Boy in New York”, que marca a volta do diretor Marc Webb às produções modestas após “O Espetacular Homem-Aranha 2”, foi execrado (29%). Confira abaixo o Top 10 completo com os trailers das produções. Clique nos títulos dos filmes para assistir às prévias de cada um. BILHETERIAS: TOP 10 América do Norte 1. Annabelle 2: A Criação do Mal Fim de semana: US$ 35 milhões Total EUA: US$ 35 milhões Total Mundo: US$ 71,7 milhões 2. Dunkirk Fim de semana: US$ 11,4 milhões Total EUA: US$ 153,7 milhões Total Mundo: US$ 363,7 milhões 3. O Que Será de Nozes 2 Fim de semana: US$ 8,9 milhões Total EUA: US$ 8,9 milhões Total Mundo: US$ 8,9 milhões 4. A Torre Negra Fim de semana: US$ 7,8 milhões Total EUA: US$ 34,3 milhões Total Mundo: US$ 53,6 milhões 5. Emoji – O Filme Fim de semana: US$ 6,6 milhões Total EUA: US$ 63,5 milhões Total Mundo: US$ 97,1 milhões 6. Girls Trip Fim de semana: US$ 6,2 milhões Total EUA: US$ 97,1 milhões Total Mundo: US$ 105,5 milhões 7. Homem-Aranha: De Volta para Casa Fim de semana: US$ 6,1 milhões Total EUA: US$ 306,4 milhões Total Mundo: US$ 702 milhões 8. O Sequestro Fim de semana: US$ 5,2 milhões Total EUA: US$ 19,3 milhões Total Mundo: US$ 19,3 milhões 9. O Castelo de Vidro Fim de semana: US$ 4,8 milhões Total EUA: US$ 4,8 milhões Total Mundo: US$ 4,8 milhões 10. Atômica Fim de semana: US$ 4,5 milhões Total EUA: US$ 42,8 milhões Total Mundo: US$ 61,7 milhões
A Torre Negra vira pior líder de bilheterias de 2017 na América do Norte
As previsões pessimistas foram confirmadas pela estreia sombria de “A Torre Negra”. O filme abriu em 1º lugar na América do Norte, mas será difícil a Sony investir numa continuação. Isto porque a arrecadação de US$ 19,5 milhões, abaixo das expectativas, foi o pior desempenho de um líder de bilheterias em todo o ano de 2017. “A Torre Negra” transformou em inverno o final da alta temporada (verão) cinematográfica norte-americana. E tampouco empolgou o resto do mundo, somando em todos os territórios US$ 27,5 milhões. Mas não deveria ser surpresa para os investidores. Esta é a performance que costuma ser associada a adaptações do escritor Stephen King. Pela quantidade de filmes que seus livros geram, pode-se acreditar que ele é autor de blockbusters, mas a maior abertura de um longa inspirado por King foi “1408”, que estreou com US$ 20,6 milhões em 2007. O filme da Sony custou, supostamente, US$ 60 milhões de produção, divididos com a coprodutora MRC (Media Right Capital). Mas os gastos de marketing não foram revelados. Havia planos para o desenvolvimento de uma franquia com novos filmes e séries. Entretanto, tudo isso deve ter sido enterrado pela implosão nos cofres do estúdio. A pá de cal foi fornecida pela crítica, num registro de somente 18% de aprovação no site Rotten Tomatoes. Executivos da Universal e Warner, que chegaram a cogitar produzir o projeto megalômano, podem respirar aliviados por terem desviado desta catástrofe. O lançamento no Brasil vai acontecer em 24 de agosto. Foi por pouco, mas “Dunkirk” caiu para 2º lugar após duas semanas no topo. O filme de guerra da Warner rendeu US$ 17,6 milhões nos últimos três dias nos Estados Unidos e no Canadá, chegando a um total de US$ 133,5 milhões no mercado doméstico. De forma impressionante, já superou até a arrecadação de “Planeta dos Macacos: A Guerra”, que tem uma semana a mais de exibição e contou com uma campanha de marketing grandiosa. “Dunkirk” também ultrapassou a sci-fi da Fox no mercado mundial, ao comemorar a marca de US$ 300 milhões no mundo inteiro. “Emoji – O Filme” e “Girls Trip” ficaram com o 3º e 4º lugares, respectivamente, em condições opostas. Enquanto a animação marca outro ponto negativo para a Sony – e que negativo, com só 7% de aprovação – , “Girls Trip” é um fenômeno da Universal. Produzido por US$ 19 milhões, rendeu até agora US$ 89,4 milhões no mercado doméstico. O Top 5 se completa com mais uma estreia. O suspense “O Sequestro” (Kidnap), estrelado por Halle Berry, fez US$ 10,2 milhões. E já está no lucro, pelo simples fato de ter chegado aos cinemas. A falência da produtora Relativity deixou vários filmes no limbo, como “Fallen”, que foi lançado no Brasil e ninguém sabe se um dia aparecerá nos Estados Unidos. Por sinal, “O Sequestro” estreia em 7 de setembro no Brasil. As decepções ainda continuaram com a ampliação do circuito de “Detroit”. Lançado em 20 salas na semana passada, o drama indie de época e denúncia social da premiada diretora Kathryn Bigelow (“Guerra ao Terror”) chegou a 3 mil salas na sexta (4/8) sem lotar nenhuma. Apareceu em 8º lugar, com US$ 7,2 milhões e uma média de público 60% menor que a de “A Torre Negra”. “Detroit” estreia no Brasil em 7 de setembro. BILHETERIAS: TOP 10 América do Norte 1. A Torre Negra Fim de semana: US$ 19,5 milhões Total EUA: US$ 19,5 milhões Total Mundo: US$ 27,5 milhões 2. Dunkirk Fim de semana: US$ 17,6 milhões Total EUA: US$ 133,5 milhões Total Mundo: US$ 314,1 milhões 3. Emoji – O Filme Fim de semana: US$ 12,3 milhões Total EUA: US$ 49,4 milhões Total Mundo: US$ 62,1 milhões 4. Girls Trip Fim de semana: US$ 11,4 milhões Total EUA: US$ 85,4 milhões Total Mundo: US$ 90,8 milhões 5. O Sequestro Fim de semana: US$ 10,2 milhões Total EUA: US$ 10,2 milhões Total Mundo: US$ 10,2 milhões 6. Homem-Aranha: De Volta para Casa Fim de semana: US$ 8,8 milhões Total EUA: US$ 294,9 milhões Total Mundo: US$ 670,9 milhões 7. Atômica Fim de semana: US$ 8,2 milhões Total EUA: US$ 34,1 milhões Total Mundo: US$ 45,8 milhões 8. Detroit Fim de semana: US$ 7,2 milhões Total EUA: US$ 7,7 milhões Total Mundo: US$ 7,7 milhões 9. Planeta dos Macacos: A Guerra Fim de semana: US$ 6 milhões Total EUA: US$ 130,2 milhões Total Mundo: US$ 278 milhões 10. Meu Malvado Favorito 3 Fim de semana: US$ 5,2 milhões Total EUA: US$ 240,7 milhões Total Mundo: US$ 879,4 milhões
Warner pretende fazer campanha para Mulher-Maravilha ser indicado ao Oscar
A Warner Bros. pretende investir numa campanha para conseguir indicações ao Oscar para “Mulher-Maravilha”. Segundo a revista Variety, o objetivo é emplacar vagas nas disputas de Melhor Filme e Melhor Direção para a cineasta Patty Jenkins. O estúdio é o único que já conseguiu incluir um filme de super-herói na categoria de Melhor Filme de ano. Isto aconteceu com “Batman – O Cavaleiro das Trevas”, dirigido por Christopher Nolan, que ainda rendeu o Oscar de Melhor Ator Coadjuvante para Heath Ledger em 2009. A renovação da Academia, realizada de forma voraz no último par de anos, é a aposta da companhia, que inclusive faturou muitos prêmios inesperados com um blockbuster há dois anos: “Mad Max: Estrada da Fúria”. A Warner acredita que o filme tem chances por existir uma expectativa de maior abertura para mulheres cineastas em 2018, já que a questão racial foi superada neste ano com a vitória de “Moonlight”. Até hoje, apenas uma mulher venceu o Oscar de Melhor Direção: Kathryn Bigelow em 2010, por “Guerra ao Terror”. O problema desta aposta é que o Oscar 2018 deve ser um dos mais disputados dos últimos anos, já que filmes com condições de receber indicações estão chegando aos cinemas com muito mais antecedência que no passado. Casos, por sinal, das novas obras de Nolan e Bigelow, respectivamente “Dunkirk” e “Detroit”.
Novo trailer de Detroit tem tensão hipnótica e elogios rasgados da crítica
A Annapurna divulgou um novo pôster e o terceiro trailer de “Detroit”, drama de época dirigido por Kathryn Bigelow, única mulher a vencer o Oscar de Melhor Direção. A prévia é poderosa, acompanhada por elogios rasgados da crítica e um clima de tensão hipnótica, com sugestão de violência, racismo e acobertamento. Com 39 críticas computadas até o momento, a obra tem impressionantes 100% de aprovação no site Rotten Tomatoes. 10º filme de Bigelow e o terceiro de sua bem-sucedida parceria com o roteirista Mark Boal, após “Guerra ao Terror” (2008) e “A Hora Mais Escura” (2012), o longa retrata a devastadora revolta popular que tomou conta de Detroit ao longo de cinco dias em 1967, quando uma operação policial e militar sem planejamento matou três jovens negros, precipitando uma rebelião civil, que cresceu para uma batalha campal com um saldo impressionante de 43 mortos, mais de 340 feridos e 7 mil prédios queimados. O elenco inclui John Boyega (“Star Wars: O Despertar da Força”), Will Poulter (“O Regresso”), Jack Reynor (“Transformers: A Era da Extinção”), Anthony Mackie (“Capitão América: Guerra Civil”), Kaitlyn Dever (série “Justified”), John Krasinski (“13 Horas: Os Soldados Secretos de Benghazi”), Hannah Murray (série “Game of Thrones”), Tyler James Williams (série “The Walking Dead”) e Ben O’Toole (“Promessas de Guerra”). A estreia está marcada para 4 de agosto nos EUA, poucos dias após a comemoração do 50º aniversário dos tumultos, e um mês depois, em 7 de setembro, no Brasil.









