Netflix cancela “Kaos” após uma temporada
Série trazia Jeff Goldblum como o deus grego Zeus, soltando catástrofes contra a humanidade
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Jeff Goldblum é um deus vingativo no trailer de “Kaos”
Zeus tenta se impor nos dias atuais, mas encontra resistência na nova série do criador de "The End of the F***ing World"
Jeff Goldblum surge como o deus Zeus no trailer de “Kaos”
Deus grego tenta se impor nos dias atuais, mas encontra resistência na série do criador de "The End of the F***ing World"
Trailer | Netflix apresenta Jeff Goldblum como o deus Zeus
Deus grego tenta se impor nos dias atuais, na primeira prévia da série do criador de "The End of the F***ing World"
Paolo Taviani, mestre do cinema italiano, morre aos 92 anos
Diretor era conhecido pela parceria com o irmão Vittorio em clássicos premiados como "Pai Patrão", "A Noite de São Lourenço" e "Kaos"
Jeff Goldblum será Zeus em nova série da Netflix
Houve mudanças no Olimpo. O ator Jeff Goldblum (“Jurassic World: Domínio”) substituiu Hugh Grant (“The Undoing”) no papel principal de “Kaos”, série em desenvolvimento na Netflix, que vai abordar a mitologia grega. Grant teve que deixar a produção por conflitos de agenda. Em tom de comédia sombria, a atração pretende mostrar um Zeus instável e entediado, que percebe o passar do tempo quando um dia acorda e descobre uma ruga em sua testa. Convencido que seu fim está próximo, ele começa a ver tramoias e sinais em toda parte, tornando-se cada vez menos confiável, paranoico e perigoso. Goldblum vai viver Zeus na produção e o elenco também traz Janet McTeer (“Ozark”) como sua esposa Hera, David Thewlis (“Fargo”) como seu irmão Hades e Nabhaan Rizwan (“Station Eleven”) como seu filho rebelde Dionísio. O elenco ainda destaca Cliff Curtis (“Fear Of The Walking Dead”) como Poseidon, embora na trama esteja mais preocupado com seu novo iate do que em ser o deus dos mares. Só que enquanto os deuses entram em crise, os mortais começam a perceber que eles não atendem mais às suas necessidades e se organizam para enfrentá-los – entre eles, personagens vividos por Aurora Perrineau (“Westworld”), Killian Scott (“Dublin Murders”), Misia Butler (“Kiss Me First”) e Leila Farzad (“I Hate Suzie”). Criada por Charlie Covell (“The End Of The F*** World”), a série terá oito episódios com produção da Sister (produtora britânica de “Chernobyl”) e direção de Georgi Banks-Davies (“I Hate Suzie”) e Runyararo Mapfumo (“Sex Education”). “Estou muito animado para fazer ‘Kaos’, não poderia pensar num elenco mais dinâmico e num grupo de pessoas mais dispostas a tornar real tudo o que estou escrevendo. Georgi e Runyararo são diretores visionários e tem ótimo senso de humor. Estou encantado por trabalhar com eles”, disse Covell, em comunicado sobre o projeto. As gravações começam no fim deste ano.
Hugh Grant será Zeus em nova série da Netflix
O ator Hugh Grant (“The Undoing”) vai estrelar “Kaos”, série em desenvolvimento na Netflix, que vai abordar a mitologia grega. Em tom de comédia sombria, a atração pretende mostrar um Zeus instável e entediado, que percebe o passar do tempo quando um dia acorda e descobre uma ruga em sua testa. Convencido que seu fim está próximo, ele começa a ver tramoias e sinais em toda parte, tornando-se cada vez menos confiável, paranoico e perigoso. Grant vive Zeus e o elenco também traz Janet McTeer (“Ozark”) como sua esposa Hera, David Thewlis (“Fargo”) como seu irmão Hades e Nabhaan Rizwan (“Station Eleven”) como seu filho rebelde Dionísio. O elenco ainda destaca Cliff Curtis (“Fear Of The Walking Dead”) como Poseidon, embora na trama esteja mais preocupado com seu novo iate do que em ser o deus dos mares. Só que enquanto os deuses entram em crise, os mortais começam a perceber que eles não atendem mais às suas necessidades e se organizam para enfrentá-los – entre eles, personagens vividos por Aurora Perrineau (“Westworld”), Killian Scott (“Dublin Murders”), Misia Butler (“Kiss Me First”) e Leila Farzad (“I Hate Suzie”). Criada por Charlie Covell (“The End Of The F*** World”), a série terá oito episódios com produção da Sister (produtora britânica de “Chernobyl”) e direção de Georgi Banks-Davies (“I Hate Suzie”) e Runyararo Mapfumo (“Sex Education”). “Estou muito animado para fazer ‘Kaos’, não poderia pensar num elenco mais dinâmico e num grupo de pessoas mais dispostas a tornar real tudo o que estou escrevendo. Georgi e Runyararo são diretores visionários e tem ótimo senso de humor. Estou encantado por trabalhar com eles”, disse Covell, em comunicado sobre o projeto. As gravações começam no fim deste ano.
Margarita Lozano (1931-2022)
A atriz Margarita Lozano, que atuou em vários clássicos do cinema europeu, morreu na madrugada desta segunda-feira (7/2) em Lorca, na Espanha, aos 91 anos. Nascida no então protetorado espanhol de Marrocos, Lozano mudou-se para Madri com 19 anos, visando se tornar atriz, e um ano depois iniciou a carreira cinematográfica, no começo da década de 1950. Focada em melodramas e aventuras descartáveis, sua filmografia começou a mudar de rumo a partir do clássico “Veridiana” (1961), de Luis Buñuel, em que desempenhou um papel coadjuvante, como criada, após uma década de atuação. Ela também coadjuvou em “Noite de Verão” (1963), de Jorge Grau, e “Paixão Proibida” (1963), de Francisco Rovira Beleta, que disputou o Oscar de Melhor Filme em Língua Estrangeira. A projeção desses filmes lhe abriu as portas do mercado italiano, que na época representava a indústria cinematográfica mais bem-sucedida da Europa. Sergio Leone a escalou em seu primeiro western spaghetti, o icônico “Por Um Punhado de Dólares” (1964), estrelado por Clint Eastwood. E ela acabou virando estrela frequente de filmes italianos, desde produções comerciais como o thriller “Resgate de uma Vida” (1968) com Franco Nero e a inglesa Charlotte Rampling, até dramas premiadíssimos, como “Diário de uma Garota Esquizofrênica” (1968), de Nelo Risi. Entre os filmes dessa fase, destaca-se o controvertido “Pocilga” (1969), de Pier Paulo Pasolini. Lozano sumiu das telas nos anos seguintes, voltando apenas na década de 1980 em nova leva de clássicos. Seu retorno se deu em nada menos que “A Noite de São Lourenço” (1982), dos irmãos Taviani, premiado no Festival de Cannes e vencedor de seis troféus David di Donatello (o Oscar Italiano), incluindo Melhor Filme. A parceria com Paolo e Vittorio Taviani ainda se estendeu para “Kaos” (1984), “Bom Dia Babilônia” (1987) e “Noites Com Sol” (1990). Também atuou no cultuado “A Missa Acabou” (1985), de Nanni Moretti, premiado no Festival de Berlim, e filmou em francês duas das melhores obras de Claude Berri, “Jean de Florette” (1986) e “A Vingança de Manon” (1986). No mesmo ano intenso, ainda integrou o sucesso “Aldo Moro – Herói e Vítima da Democracia”, de Giuseppe Ferrara, e o drama espanhol “A Metade do Céu”, de Manuel Gutiérrez Aragón, vencedor do Festival de San Sebastián, que lhe rendeu prêmios de Melhor Atriz Coadjuvante. Apesar de diminuir o ritmo a partir da década de 1990, fez mais seis longas, despedindo-se das telas em 2006 com “Meu Caso com o Imperador”, de Paolo Virzi. Em junho passado, ela foi homenageada pelo governo espanhol, recebendo do Conselho de Ministros a Medalha de Ouro das Belas Artes, como reconhecimento pelas realizações profissionais.
Netflix encomenda série sobre deuses gregos da criadora de The End of The F***ing World
A Netflix encomendou a produção de “Kaos”, uma série sobre a mitologia grega criada pela atriz e roteirista inglesa Charlie Covell, que desenvolveu a atração de comédia “The End of The F***ing World”. “Kaos” também será uma comédia. A descrição oficial explica que o programa será uma releitura sombria, cômica e contemporânea da mitologia grega, explorando temas de política de gênero, poder e vida no mundo dos mortos. A série recebeu encomenda de 10 episódios e deve começar, a seguir, a definir seu elenco e equipe técnica.
Vittorio Taviani (1929 – 2018)
Morreu o cineasta italiano Vittorio Taviani, que foi responsável por inúmeros clássicos, codirigidos com seu irmão Paolo. O cineasta, que estava doente há bastante tempo, morreu em Roma aos 88 anos. “A morte de Vittorio Taviani é uma terrível perda para o cinema e a cultura italianos”, lamentou o presidente Sergio Mattarella na sua mensagem de condolências, louvando as “inesquecíveis obras-primas” que ele assinou com o irmão. Nascido em 20 de setembro de 1929 em San Miniato, na Toscana, Vittorio era dois anos mais velho que Paolo, com quem formou uma das mais famosas parcerias entre irmãos do cinema. Juntos, fizeram mais de 20 longas-metragens, colecionando vitórias em festivais internacionais de prestígio, de Cannes a Berlim. Filhos de um advogado antifascista, os irmãos interessaram-se, desde o início de suas carreiras, por tratar de questões sociais. Inspirados pelo mestre do neo-realismo Roberto Rosselini, de quem foram assistentes no documentário “Rivalità” (1953), mas também pelo humanismo de Vittorio De Sica, seus filmes se caracterizaram por um lirismo singelo, capaz de combinar realidades duras e poesia. Por conta disso, os Taviani tinham predileção por filmar clássicos literários, incluindo obras do autor italiano Luigi Pirandello (“Kaos” e “Tu Ridi”), do russo Leon Tolstói (“Ressurreição” e “Noites com Sol”) e Johann Wolfgang von Goethe (“As Afinidades Eletivas”). Ambos estudaram Direito na Universidade de Pisa, mas o amor pelo cinema levou-os a abandonar os estudos para assinar uma série de documentários com temas sociais para a televisão. A estreia na ficção se deu com “Un Uomo da Bruciare”, em 1962, sobre a vida de Salvatore Carnevale (vivido na tela por Gian Maria Volontè), jornalista e ativista político, que foi assassinado na Sicília em 1955. A obra venceu o Prêmio da Crítica no Festival de Veneza, abrindo uma filmografia impressionante. Os primeiros filmes tiveram sempre por base os problemas sociais, como no caso de “San Michele Aveva un Gallo” (1972), que ganhou o Interfilm no Festival de Berlim, ou “Allosanfàn” (1974), interpretado por Marcello Mastroianni e Lea Massari. Não demoraram a estourar, o que aconteceu com “Pai Patrão” (1977), baseado no romance biográfico de Gavino Ledda, que descreve a vida difícil de um menino criado por um pai tirano no interior da Sardenha. A obra venceu a Palma de Ouro do Festival de Cannes, dando visibilidade internacional ao trabalho dos irmãos. Mas este foi apenas o começo de sua jornada. Em 1982, eles lançaram outra obra impressionante, “A Noite de São Lourenço”, passado numa cidadezinha dinamitada pelos nazistas no final da 2ª Guerra Mundial, e iluminado apenas por velas, fogueiras ou pelo luar. Venceu o Grande Prêmio do Júri de Cannes. O filme seguinte, “Kaos” (1984), foi uma antologia de histórias de Pirandello, realizada com uma beleza de tirar o fôlego. A fase de criatividade febril dos anos 1980 ainda inclui “Bom dia Babilônia” (1987), uma obra pela qual sempre serão lembrados, já que celebra a fraternidade em torno do cinema. O longa conta a saga dos irmãos italianos Nicola e Andrea Bonnano, que migram para a América no início do Século 20 e se tornam requisitadíssimos como cenógrafos de filmes da então nascente indústria de cinema de Hollywood. Após “Noites com Sol” (1990) e “Aconteceu na Primavera” (1993) veio um período em que seus trabalhos perderam a repercussão de outrora e deixaram de ganhar lançamento estrangeiro, ainda que alimentassem as premiações nacionais – continuaram a ser indicados ao David di Donatello, o Oscar italiano. Foi apenas um longo hiato, pois em 2012 voltaram a impactar com “César Deve Morrer”, um docudrama estrelado por assassinos e mafiosos em uma prisão italiana de alta segurança, que interpretam a tragédia “Júlio César”, de William Shakespeare, para as câmeras. A obra recebeu o Urso de Ouro no Festival de Berlim. Três anos depois, fizeram seu último filme juntos, “Maravilhoso Boccaccio” (2015), uma adaptação de “Decameron” do escritor renascentista Giovanni Boccaccio. Vittorio se adoentou em seguida, desfazendo a longa parceria com o irmão Paolo, que no ano passado dirigiu seu primeiro filme solo, “Una Questione Privata” (2017). Mesmo assim, o roteiro foi dividido entre os dois. O impacto da morte de Vittorio Taviani traz tristeza aos cinéfilos de todo o mundo. “Ontem Milos Forman, hoje Vittorio Taviani”, lamentou o presidente do Festival de Veneza, Alberto Barbara. “Nós lhe devemos muito por nossa formação cinematográfica… e sempre os lembraremos com gratidão.”







