Bacurau: Novo filme do diretor de Aquarius ganha trailer completo
A Vitrine Filmes divulgou o trailer de “Bacurau”, novo longa de Kleber Mendonça Filho (“Aquarius”), realizado em parceria com Juliano Dornelles (“O Ateliê da Rua do Brum”), que venceu o Prêmio do Júri no Festival de Cannes 2019. A prévia destaca o clima misterioso da história. Estrelado por Sonia Braga (também de “Aquarius”), Barbara Colen (idem), Karine Teles (“Benzinho”) e pelo alemão Udo Kier (do clássico “Suspiria”), entre outros, “Bacurau” retrata o drama de um povoado isolado no nordeste brasileiro que descobre que não consta mais no mapa. E se torna alvo de atentados. O filme fará sua première nacional na abertura do Festival de Gramado, em 16 de agosto, e chega aos cinemas brasileiros logo em seguida, em 29 de agosto.
Vídeo de Bacurau destaca premiação do filme brasileiro no Festival de Cannes
A Vitrine Filmes divulgou um vídeo de “Bacurau”, centrado na premiação do filme no Festival de Cannes. O novo longa de Kleber Mendonça Filho (“Aquarius”), realizado em parceria com Juliano Dornelles (“O Ateliê da Rua do Brum”), venceu o Prêmio do Júri do festival francês. A prévia traz o discurso de introdução aos vencedores do prêmio, proferido pelo documentarista americano Michael Moore (“Fahrenheit 11 de Setembro”), que fala que “a arte, em tempos sombrios, é o que ajuda a salvar a humanidade dos autocratas e dos idiotas”. Estrelado por Sonia Braga (também de “Aquarius”), Barbara Colen (idem), Karine Teles (“Benzinho”) e pelo alemão Udo Kier (do clássico “Suspiria”), entre outros, “Bacurau” retrata o drama de um povoado isolado no nordeste brasileiro que descobre que não consta mais no mapa. Nessa comunidade não reconhecida pelo poder público, figuras marginalizadas, como prostitutas e transgêneros, são aceitas e tratadas com naturalidade. O filme fará sua première nacional na abertura do Festival de Gramado, em 16 de agosto, e estreia nos cinemas brasileiros logo em seguida, em 29 de agosto.
Premiado em Cannes, Bacurau vai abrir o Festival de Gramado 2019
Vencedor do Prêmio do Júri no Festival de Cannes 2019, “Bacurau” vai abrir o 47º Festival de Cinema de Gramado. O novo filme do diretor Kleber Mendonça Filho (“Aquarius”), realizado em parceria com Juliano Dornelles (“O Ateliê da Rua do Brum”), fará sua première nacional com exibição fora de competição no tradicional festival gaúcho – assim como aconteceu com “Aquarius”, que abriu o festival em 2016. Estrelado por Sonia Braga (também de “Aquarius”), Barbara Colen (idem), Karine Teles (“Benzinho”) e pelo alemão Udo Kier (do clássico “Suspiria”), entre outros, “Bacurau” retrata o drama de um povoado isolado no nordeste brasileiro que descobre que não consta mais no mapa. Nessa comunidade não reconhecida pelo poder público, figuras marginalizadas, como prostitutas e transgêneros, são aceitas e tratadas com naturalidade. O Festival de Gramado 2019 vai ter início em 16 de agosto e se estenderá até o dia 24 do mesmo mês na serra gaúcha. Os filmes que integrarão a competição oficial ainda não foram anunciados.
Diretores de Bacurau comentam ironia de prêmios ao cinema nacional em Cannes e cortes no Brasil
Os diretores Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles falaram com a imprensa internacional, após seu filme “Bacurau” vencer o Prêmio do Júri do Festival de Cannes, ressaltando a importância da conquista para o momento atual do cinema brasileiro. Eles consideraram uma grande ironia o fato de produções brasileiras saírem premiadas de Cannes, no exato momento em que o governo decide cortar seu apoio ao cinema nacional. Embora tenha sido filmado antes da última eleição, “Bacurau” ressoa como uma obra de resistência ao governo conservador de Jair Bolsonaro, assim como o tema de “A Vida Secreta de Eurídice Gusmão”, de Karim Aïnouz, vencedor da mostra Um Certo Olhar (Un Certain Regard), principal seção paralela de Cannes. Como era inevitável, a dupla de diretores lamentou a atual política cultural do país, que se resume a cortes financeiros e desmontagem de programas de apoio. “Acho que este premio para ‘Bacurau’ é irônico: há um sentimento generalizado de que o cinema está sendo cortado por dentro”, , disse Mendonça na entrevista coletiva. “Temos uma construção, as coisas demoram, vimos essa construção com politicas públicas nos últimos 15 anos, mas que agora estão sendo cortadas”, completou o diretor. Seu colega na criação do longa, Juliano Dornelles, acrescentou: “É muito bom estar aqui, passar dez dias no festival, falar com pessoas ótimas, talentosas, perceber que o filme que desenvolvemos por quase dez anos ganhou essa enorme honra. Especialmente neste momento no Brasil, quando a cultura vem sendo ameaçada por esse homenzinho triste. Ontem tivemos a boa noticia, com Karim Aïnouz ganhando o Un Certain Regard. Vamos seguir fazendo filmes e enfrentar a realidade brasileira”. Um jornalista questionou e eles convidariam o presidente Bolsonaro para assistir ao longa, e Mendonça Filho considerou que essa era uma “ideia bonita”. “‘Bacurau’ é uma coprodução com a França, mas metade vem de dinheiro público brasileiro, usado com honestidade e muito trabalho. Bolsonaro tem todo direito de assistir ao filme. Pode até gostar.”
Sul-coreano Bong Joon-ho vence a Palma de Ouro no Festival de Cannes
O filme “Parasite”, do sul-coreano Bong Joon-ho, foi o vencedor da Palma de Ouro do Festival de Cannes 2019. Um dos favoritos da crítica, o longa é uma sátira de humor negro sobre a injustiça social e narra a história de uma família pobre, em um apartamento infestado por pragas, que forja um diploma para que um dos filhos arranje emprego. Ele vai trabalhar em uma luxuosa mansão, como professor particular de uma menina milionária, e passa a indicar seus parentes para trabalhos em outras funções na mansão – mesmo que, para isso, eles precisem prejudicar outras pessoas. O diretor mexicano Alejandro González Iñárritu, presidente do júri da mostra competitiva, afirmou que a premiação de “Parasite” foi unânime entre os votantes. A conquista representa uma reviravolta na trajetória do cineasta sul-coreano, que foi mal-recebido em sua passagem anterior pelo festival, simplesmente porque seu filme “Okja” (2017) era uma produção da Netflix. Desde então, o festival barrou produções de streaming em sua competição. Com a consagração de “Parasite”, feito sem participação do serviço de streaming, Cannes ressalta sua posição de que filmes da Netflix não são cinema – ou, ao menos, não são dignos de competir no festival. “Roma”, por exemplo, foi barrado na competição do ano passado – mas venceu o Festival de Veneza e três Oscars. O Grande Prêmio do Júri, considerado o 2º lugar da competição, foi para “Atlantique”, da franco-senegalesa Mati Diop. Drama sobre um casal de namorados do Senegal que se separa depois que o rapaz tenta a sorte em uma travessia a barco para a Europa, o filme foi o primeiro de uma diretora negra a competir pela Palma de Ouro. A cineasta é sobrinha de um dos diretores mais importantes do continente africano, Djibril Diop Mambéty (de “A Viagem da Hiena”, de 1973). O brasileiro “Bacurau”, de Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles, dividiu o Prêmio do Júri, equivalente ao 3º lugar, com “Les Misérables”, do francês Ladj Ly. Mais detalhes sobre a conquista da produção brasileira podem ser lidos aqui. Já “Les Misérables” também se destacou na competição por ter um diretor negro. O drama aborda criminalidade de menores e repressão violenta, a partir do ponto de vista de um policial novato. Nenhum dos três filmes que receberam os prêmios do júri tiveram a mesma receptividade de “Parasite”. Se não pertenciam à grande faixa de mediocridade da seleção do festival, tampouco estavam entre os favoritos da crítica a receber algum reconhecimento na competição. Dentre eles, “Bacurau” foi o que se saiu melhor na média apurada pelo site Rotten Tomatoes, com 88% de aprovação, seguido por “Atlantique”, com 87%, e “Les Misérables”, com 75%. Em termos de comparação, “Parasite” teve 96%. O prêmio de Melhor Direção ficou com os veteranos irmãos belgas Jean-Pierre e Luc Dardenne por “Le Jeune Ahmed” (o jovem Ahmed), sobre um jovem muçulmano que é seduzido pela radicalização islâmica. Por coincidência, o longa belga também teve pouca repercussão crítica. De fato, foi considerado um dos mais fracos de toda a competição, com apenas 54% de aprovação no Rotten Tomatoes. Neste caso, o prestígio dos Dardenne, que já venceram duas Palmas de Ouro – por “Rosetta”, em 1999, e por “A Criança”, em 2005 – , pode ter influenciado a decisão do júri. Outro veterano, o espanhol Antonio Banderas, venceu o prêmio de Melhor Ator por “Dor e Glória”, de Pedro Almodóvar. No filme, ele vive o alterego de Almodóvar, um cineasta deprimido que revisita trechos da própria vida, reencontrando antigos amores e relembrando a forte relação com sua mãe. A inglesa Emily Beecham (a Viúva da série “Into the Badlands”) ficou com o prêmio de Melhor Atriz por “Little Joe”, da austríaca Jessica Hausner. No longa, ela interpreta uma cientista que cria uma flor capaz de trazer felicidade às pessoas. Mas ao perceber que seu experimento pode ser perigoso, passa a questionar sua própria criação. “Dor e Glória” e “Little Joe” também não eram favoritos da crítica, com 88% e 71%, respectivamente. Para não dizer que a premiação foi uma decepção completa, o prêmio de Melhor Roteiro ficou com um dos filmes mais celebrados do festival: “Portrait de la Jeune Fille en Feu” (retrato da garota em fogo), da francesa Céline Sciamma, que também venceu a Palma Queer, de Melhor Filme LGBTQIA+ de Cannes. A trama se passa no século 18 e mostra como uma pintora, contratada por uma aristocrata para retratar sua filha, apaixona-se pelo seu “tema”. A produção francesa também apaixonou a crítica internacional e atingiu 100% de aprovação no Rotten Tomatoes. Já o filme vencedor do Prêmio da Crítica – e que também tem 100% no RT – , “It Must Be Heaven”, do palestino Elia Suleiman, recebeu uma… Menção Especial. Entre os demais filmes que saíram sem reconhecimento, encontram-se “Era uma Vez em Hollywood”, de Quentin Tarantino, “O Traidor”, de Marco Bellocchio, e “Sorry We Missed You”, de Ken Loach. Por sinal, o filme de Tarantino chegou a receber 95% de aprovação no Rotten Tomatoes – mais que “Parasite”. O balanço inevitável da premiação leva a concluir que o Festival de Cannes 2019 foi mesmo fraquíssimo. Tivessem sido premiados os favoritos da crítica, o evento teria outro peso, ao apontar caminhos. Mas a verdade é que a seleção foi terrível, com muitos filmes medíocres, como o dos irmãos Dardenne, e até um título que conseguiu a façanha de sair do festival com 0% de aprovação, “Mektoub, My Love: Intermezzo”, de Abdellatif Kechiche – cineasta que já venceu a Palma de Ouro por “Azul É a Cor Mais Quente” (2013). O Festival de Cannes 2019 apostou no passado, com a inclusão de diversos diretores consagrados, mas pode ter prejudicado seu futuro ao subestimar obras mais contundentes de uma nova geração, representada por Suleiman e Sciamma. Claro que “Parasite” foi uma escolha esperta, mas as opções politicamente corretas e de prestígio de museu acabam pesando contra a relevância do festival. Em 2018, a mostra de Cannes já tinha ficado na sombra da seleção do Festival de Veneza. Este ano, corre risco de ser ultrapassada com folga.
Filme brasileiro Bacurau vence o Prêmio do Júri do Festival de Cannes
“Bacurau”, o representante brasileiro na disputa da Palma de Ouro em Cannes, venceu o Prêmio do Júri, equivalente ao 3º lugar da mostra competitiva. O Prêmio do Júri presidido pelo cineasta mexicano Alejandro G. Iñárritu (“O Regresso”) ainda foi compartilhado com o filme francês “Les Misérables”, de Ladj Ly. Com direção de Kleber Mendonça Filho (“Aquarius”) e Juliano Dornelles (“O Ateliê da Rua do Brum”), “Bacurau” mistura gêneros como terror, ficção científica e western. Os diretores descrevem a obra como um filme de aventura ambientado no Brasil “daqui a alguns anos”. A trama se passa em um pequeno povoado do sertão cuja tranquilidade é ameaçada após a morte, aos 94 anos, de Dona Carmelita, mulher forte e querida por quase todos. Dias depois, os moradores de Bacurau percebem que a comunidade não consta mais nos mapas. Os celulares param de funcionar, deixando os moradores isolados. Os assassinos têm carta branca para liquidar todo mundo, mas a comunidade se organiza para resistir. Ao contrário dos filmes premiados nas mostras paralelas, entre eles o brasileiro “A Vida Invisível de Eurídice Gusmão”, “Bacurau” não foi unanimidade entre a crítica, atingindo 88% na média do Rotten Tomatoes. Admirado pela fotografia, interpretações e ambição, também recebeu comentários negativos por conta desta mesma ambição, com reclamações sobre problemas de roteiro. Estrelado por Sonia Braga (também de “Aquarius”), Barbara Colen (idem), Karine Teles (“Benzinho”) e pelo alemão Udo Kier (do clássico “Suspiria”), entre outros, “Bacurau” ainda não tem previsão de estreia comercial.
Bacurau divide a crítica internacional após première no Festival de Cannes
“Bacurau”, o representante brasileiro na disputa da Palma de Ouro em Cannes, dividiu as críticas da imprensa internacional. O filme de Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles foi admirado pela fotografia, interpretações e ambição, mas também recebeu comentários negativos por esta mesma ambição, com alertas sobre problemas de roteiro. Veja abaixo o que disseram as principais publicações que cobrem o festival francês, onde o filme teve sua première mundial na noite de quarta (15/5). “Apesar de ser lindo visualmente e admirável em ambição, esse neo-faroeste nunca satisfaz como um todo”, resumiu a revista The Hollywood Reporter. “Apesar da violência gráfica em sua segunda parte, o terceiro longa-metragem de Mendonça Filho tem um tom mais leve do que seus trabalhos anteriores, combinando comédia ensolarada de cidade pequena com um enredo de fábula e uma pitada de realismo mágico. É uma mistura impressionantemente rica, mas talvez um pouco rica demais, mostrando-se exagerada e mal-arrematada”. “Uma versão abrasileirada de ‘Zaroff, o Caçador de Vidas’, baseado em alusões à cultura e política locais, ‘Bacurau’ é um daqueles raros filmes que seriam melhor se fossem mais burros ou menos ambiciosos”, comentou a revista Variety, que publicou uma das críticas mais negativas sobre a produção. O texto também afirma que são tantas citações que “notas de rodapé seriam mais importantes que legendas” para o público estrangeiro. “Fala sobre comunidades e exploração, até respingar tudo com sangue e músicas de ficção científica, a tal ponto que te desafia a lembrar de quais foram as questões em primeiro lugar. É perturbador e bagunçado, um sonho febril sobre um tempo perturbado no Brasil. E, ocasionalmente, diverte também”, tentou descrever o site The Wrap. “‘Bacurau’ é um trauma alucinógeno, com um toque de Alejandro Jodorowsky ou de ‘Pelos Caminhos do Inferno’, de Ted Kotcheff. Também é um faroeste vingativo que lembra Clint Eastwood em ‘Por um Punhado de Dólares’. É um filme estranho, executado com claridade e força brutais”, listou o jornal inglês The Guardian. “‘Bacurau’ tem problemas. É estranho, por exemplo, que Barbara Colen, a ótima atriz que interpretou Sonia Braga jovem em ‘Aquarius’, volte para casa para o funeral da avó e depois seja deixada de lado na história. Mas a combinação de sátira e selvageria é bastante feroz e intrigantemente única”, considerou o jornal inglês The Telegraph. “Um apelo à resistência num formato de faroeste que é difícil de acreditar ter sido formulado antes da última eleição presidencial no Brasil. E se o refinamento dramático de Bacurau nem sempre se eleva ao nível sagaz de sua intenção política, seu vigor e alegria selvagem carregam a narrativa”, descreveu o jornal francês Le Monde. “Em alguns aspectos, ‘Bacurau’ parece ser uma lógica continuação dos outros trabalhos críticos e autorais de Kleber Mendonça Filho. Ao mesmo tempo que é mais forte e inescrutável que os anteriores, ele se aprofunda em terror, quando seus fantasmas se tornam literais e seus heróis pegam em armas. Estrela de ‘Aquarius’, Sonia Braga surge sensacional mais uma vez”, elogiou o site Indiewire, que publicou a crítica mais positiva, descrevendo o filme como “maravilhoso e demente”.
Volta de Kleber Mendonça Filho a Cannes acontece sem novos protestos
Três anos depois de mobilizar fotógrafos no tapete vermelho de Cannes, com protestos na première de “Aquarius” contra o impeachment de Dilma Rousseff, então chamado de “golpe”, o cineasta Kleber Mendonça Filho voltou ao festival francês sem se manifestar contra o governo, em contraste com as passeatas que aconteceram no mesmo dia no Brasil. Desta vez, o cineasta pernambucano não fez nenhum tipo de manifestação política, passando com sua equipe pelo tapete sem maior alarde. Havia expectativa de que Mendonça Filho e o co-diretor do longa Juliano Dornelles, além do elenco, esboçassem algum protesto contra os cortes na educação e cultura promovido pelo governo de Jair Bolsonaro. O próprio Mendonça é alvo de um processo da Secretaria Especial da Cultura, que cobra mais de 2 milhões por divergências na prestação de contas de seu primeiro filme, “O Som ao Redor” (2012), algo que o diretor chegou a caracterizar como perseguição política. Em uma carta aberta publicada nas redes sociais no ano passado, ele afirmou estar sofrendo “uma punição inédita no Cinema Brasileiro” pela cobrança. Mas neste ano o cineasta disse, em entrevista para a imprensa internacional, que “o protesto agora é o filme”. Estrelado por Sonia Braga, Karine Telles e o alemão Udo Kier, entre outros, “Bacurau” se passa em uma cidadezinha do sertão do Nordeste que, de uma hora para outra, desaparece do mapa.
Bacurau: Filme de Kleber Mendonça Filho que disputará a Palma de Ouro ganha primeiro trailer
A Vitrine Filmes divulgou o primeiro trailer de “Bacurau”, novo filme de Kleber Mendonça Filho (“Aquarius”), realizado em parceria com Juliano Dornelles (“O Ateliê da Rua do Brum”), que terá première mundial no Festival de Cannes. A prévia começa explicando o título, mas não esclarece nada da trama. Estrelado por Sonia Braga (também de “Aquarius”), Barbara Colen (idem), Karine Teles (“Benzinho”) e pelo alemão Udo Kier (do clássico “Suspiria”), entre outros, “Bacurau” mistura gêneros como terror, ficção científica e western. Os diretores e roteiristas descrevem a obra como um filme de aventura ambientado no Brasil “daqui a alguns anos”. A trama se passa em um pequeno povoado do sertão cuja tranquilidade é ameaçada após a morte, aos 94 anos, de Dona Carmelita, mulher forte e querida por quase todos. Dias depois, os moradores de Bacurau percebem que a comunidade não consta mais nos mapas. “Bacurau” também ganhou um pôster internacional, acompanhando sua disputa da Palma de Ouro. Vale lembrar que, da última vez em que esteve no festival francês, em 2016, Kleber Mendonça Filho realizou com a equipe de “Aquarius” uma manifestação de protesto contra o processo de impeachment da então presidente Dilma Rousseff. Este ano, ele não terá respaldo do presidente da Ancine, que desistiu de ir ao evento. O Festival de Cannes acontece entre os dias 14 e 25 de maio e a exibição de “Bacurau” está marcada para quarta-feira (15/5). Ainda não há previsão para a estreia comercial, mas existe expectativa de um lançamento na primavera brasileira.
Quatro produções brasileiras são selecionadas para o Festival de Cannes 2019
O Festival de Cannes anunciou a seleção de filmes para sua edição de 2019. E quatro obras brasileiras figuram entre os escolhidos, duas delas competindo pela Palma de Ouro, principal premiação, e outras duas na mostra paralela Um Certo Olhar. O diretor pernambucano Kleber Mendonça Filho, que já tinha exibido seu filme “Aquarius”, em 2016, concorre novamente com seu novo longa, “Bacurau”, em codireção com Juliano Dornelles. O filme foi descrito como uma mescla de gêneros como faroeste e ficção científica em pleno sertão nordestino. “O Traidor”, dirigido pelo italiano Marco Bellocchio, narra a história de Tommaso Buscetta, mafioso italiano que alcaguetou seus antigos companheiros da Cosa Nostra e se refugiou no Brasil. O longa, que traz no elenco os atores Maria Fernanda Cândido e Luciano Quirino, foi rodado parcialmente no Rio de Janeiro e é uma coprodução nacional, graças à participação da produtora brasileira Gullane. Já os filmes que serão exibidos na mostra Um Certo Olhar são “A Vida Invisível de Eurídice Gusmão”, de Karim Ainouz, e “Port Authority”, de Danielle Lessovitz. O 72º Festival Anual de Cinema de Cannes será realizado entre 14 a 25 de maio na Riviera Francesa.
Novo filme de Kleber Mendonça Filho ganha primeiro cartaz
O novo filme de Kleber Mendonça Filho, diretor de “Aquarius”, ganhou seu primeiro pôster, voltado para o mercado internacional. Trata-se de “Bacurau”, codirigido por Juliano Dornelles, que está aproveitando o Festival de Cannes para fechar distribuição em vários países. Mendonça Filho está no Festival também na condição de presidente do júri da mostra paralela Semana da Crítica. Apesar do cartaz, “Bacurau” ainda não começou a ser filmado. A equipe da produção realiza testes de elenco com atores de vários estados, e o início das filmagens está programado para o segundo semestre de 2017. A trama é descrita como um thriller de ficção científica e mostrará um cineasta no interior do Nordeste, que se depara com situações misteriosas durante a filmagem de um documentário. De acordo com uma postagem do produtor do filme, o francês Saïd Ben Saïd, há influências dos longas “O Confronto Final” (1981), de Walter Hill, e “Amargo Pesadelo” (1972), de John Boorman, ambos centrados em confrontos violentos entre viajantes e caipiras no interior dos Estados Unidos.






