Franquia “John Wick” ultrapassa US$ 1 bilhão em bilheterias
Após o sucesso estrondoso de “John Wick 4: Baba Yaga” (2023) entre o público e a crítica, a franquia da Liosgate conseguiu entrar para o pódio das sagas bilionárias do cinema mundial. Protagonizada por Keanu Reeves, “John Wick” se tornou uma referência para os filmes de ação e agora os quatro filmes da franquia acumulam um total de US$ 1.011.319.297 em bilheteria global. Entre os quatro, “John Wick 4: Baba Yaga” foi o que mais arrecadou, acumulando US$ 425,3 milhões até o momento. Logo atrás, “John Wick 3: Parabellum” (2019) aparece com US$ 326,7 milhões em bilheteria. O segundo capítulo da franquia, “John Wick: Um Novo Dia Para Matar”, alcançou US$ 171,54 milhões em vendas de ingressos, enquanto o longa original do personagem título, rendeu US$ 87,8 milhões ao redor do mundo em 2014. Lançado em março, “John Wick 4: Baba Yaga” continua em exibição ao redor do mundo. Portando, deve agregar ainda mais valor para a arrecadação total da franquia. O filme ainda vai ser lançado no Japão no segundo semestre deste ano. Por sinal, o país será crucial para o futuro da franquia. Segundo o produtor dos filmes, Basil Iwanyk, o diretor Chad Stahelski e Reeves tem encontro marcado quando estiverem no Japão para promover o longa. Os dois devem discutir ideias sobre uma possível continuação da história. “Se Keanu e Chad inventarem algo bacana, se eles seguirem um caminho orgânico que não pareça besteira, então haverá um ‘John Wick 5’”, revelou Iwanyk ao Deadline. No decorrer dos anos, a franquia conquistou uma base dedicada de fãs pelas sequências de ação intensas e narrativas envolventes de assassinos profissionais. Enquanto o desenvolvimento de uma nova sequência está em aberto, o universo da saga será explorado no derivado “Ballerina”, sobre uma assassina profissional que cruza o caminho de John Wick, e na série “The Continental”, sobre o passado do hotel que serve de ponto de encontro e refúgio para os personagens.
John Wick 3 terá retornos de Keanu Reeves, Laurence Fishburne, Common e Ruby Rose
A produção de “John Wick 3” começou a definir seu elenco e, segundo apurou o podcast The Hashtag Show, já definiu os retornos de alguns atores do filme anterior. Além de Keanu Reeves, que vive o personagem-título, estarão de volta Laurence Fishburne (Bowery King), Common (Cassion) e Ruby Rose (Ares). O filme também pretende introduzir novos personagens, e o principal antagonista será vivido por Hiroyuki Sanada, que já trabalhou com Keanu Reeves no filme “47 Ronis” (2013). A produção ainda procura uma mulher para viver a protagonista feminina. E há rumores de que esta personagem pode ganhar seu próprio spin-off. A direção estará novamente a cargo de Chad Stahelski, que comandou os filmes anteriores. As filmagens começarão em 1 de março em Nova York, com cenas adicionais previstas para a Espanha e a Rússia. A ideia é encerrar as filmagens antes que Stahelski e Reeves voltem suas atenções para a série baseada no universo de John Wick. Intitulada “The Continental”, a série vai se passar no hotel visto nos filmes e está sendo desenvolvida para o canal pago Starz. A estreia de “John Wick 3” está marcada para março de 2019 nos Estados Unidos.
Franquia John Wick vai virar série
A franquia cinematográfica “John Wick”, estrelada por Keanu Reeves, vai virar série. O anúncio foi feito pelo canal pago americano Starz durante o evento de imprensa semestral da TCA (Television Critics Association). Reeves é um dos produtores do projeto, mas não deve aparecer na série, porque a trama será centrada num elemento da franquia e não no personagem John Wick. Os episódios vão acompanhar as idas e vindas dos hóspedes do Hotel Continental, um endereço “privê” que serve de refúgio para assassinos profissionais. Intitulada “The Continental”, a série está sendo desenvolvida por Chris Collins, roteirista de “The Wire” e “Sons of Anarchy”, com produção da equipe criativa do filme – que também inclui os diretores Chad Stahelski e David Leitch, o roteirista original Derek Kolstad e Reeves. “Esta série é verdadeiramente diferente de qualquer outra coisa na TV”, disse o CEO da Starz, Chris Albrecht, no painel da TCA. “‘The Continental’ promete incluir as estrondosas sequências de luta e os tiroteios intensamente coreografados entre assassinos profissionais e seus alvos que os fãs esperaram de ‘John Wick’, bem como apresentar alguns personagens novos e obscuros que habitam este mundo subterrâneo”. Stahelski dirigirá o piloto caso o roteiro seja aprovado pelo Starz, que tem a palavra final sobre a produção da série. Por enquanto, apenas o roteiro foi encomendado. Mas tem um detalhe que praticamente sela o negócio. Os filmes e a série têm produção do estúdio Lionsgate, que comprou o canal Starz em 2016, justamente com o objetivo de capitalizar suas franquias no desenvolvimento de séries televisivas. Além da série, Stahelski voltará a dirigir Reeves num terceiro filme, “John Wick: Chapter 3”, previsto para maio de 2019. E ainda há planos para um spin-off centrado numa assassina letal.
Logan registra melhor estreia de cinema no Brasil em 2017
“Logan” repetiu no Brasil o fenômeno de bilheteria americano, abrindo em 1º lugar com mais de 1,6 milhão de espectadores e faturamento de R$ 25 milhões. Apesar da classificação etária elevada (para maiores de 16 anos no país), a produção da Fox tornou-se a estreia mais bem-sucedida de 2017 até agora. Curiosamente, antes de “Logan”, a melhor estreia de 2017 no Brasil tinha sido outro filme proibido para menores de 16 anos, “Cinquenta Tons Mais Escuros”, que entrou em cartaz em 13 de fevereiro com 1,3 milhão de espectadores e R$ 22 milhões de faturamento nas bilheterias. Segundo dados da empresa de monitoramento ComScore, o total arrecadado por “Logan” é cinco vezes maior que o segundo colocado e ainda supera a soma total das bilheterias dos outros filmes em cartaz entre quinta e domingo (5/3) nos cinemas brasileiros. Em todo o mundo, o filme já rendeu US$ 237,8 milhões – US$ 85,3 milhões só nos EUA. “A Grande Muralha”, com Matt Damon, faturou pouco mais de 20% do que arrecadou “Logan”, ocupando o 2º lugar com público de “apenas” 279 mil pessoas e arrecadação de R$ 4,8 milhões. O ranking também destaca o crescimento do interesse em torno de “Moonlight”. O drama indie tinha aberto em 10º em seu lançamento no fim de semana anterior, mas, após vencer o Oscar 2017, pulou para o 4º lugar, mesmo contando com uma distribuição bastante limitada. Vale lembrar que, além de “Logan”, a semana passada teve o lançamento de “Um Limite Entre Nós”, que rendeu o Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante a Viola Davis. Único dos filmes americanos que disputavam a premiação da Academia a chegar ao Brasil após a exibição da cerimônia, “Um Limite Entre Nós” não entrou no Top 10, mostrando o equívoco da estratégia de sua distribuidora. BILHETERIAS: TOP 10 Brasil 1. Logan Fim de semana: R$ 25 milhões Total: R$ 25 milhões 2. A Grande Muralha Fim de semana: R$ 4,8 milhões Total: R$ 21,2 milhões 3. Cinquenta Tons Mais Escuros Fim de semana: R$ 3,5 milhões Total: R$ 60,6 milhões 4. Moonlight Fim de semana: R$ 1,5 milhão Total: R$ R$ 2,9 milhões 5. Lego Batman – O Filme Fim de semana: R$ 1,3 milhão Total: R$ 18,3 milhões 6. Internet – O Filme Fim de semana: R$ 1 milhão Total: R$ 4,1 milhões 7. Monster Trucks Fim de semana: R$ 873 mil Total: R$ 3,8 milhões 8. La La Land Fim de semana: R$ 724 mil Total: R$ 23,1 milhões 9. Aliados Fim de semana: R$ 573 mil Total: R$ 6,3 milhões 10. John Wick – Um Novo Dia Para Matar Fim de semana: R$ R$ 546 mil Total: R$ R$ 7,4 milhão
Estreia do vencedor do Oscar 2017 tem bilheteria fraca no Brasil
O filme “Moonlight”, que venceu o Oscar 2017, estreou com uma bilheteria fraca no Brasil no último fim de semana. Segundo a empresa ComScore, o drama premiado levou 62,4 mil pessoas às salas de cinemas no país e registrou uma renda de R$ 1,1 milhão, o que equivale ao 10º no ranking dos filmes mais assistidos. O resultado não deveria causar espanto. Mesmo na disputa do Oscar, o filme foi lançado em apenas 59 salas, numa avaliação pessimista da distribuidora, após sua performance nos EUA. Com US$ 22 milhões antes do Oscar, “Moonlight” era o filme menos assistido entre os candidatos à premiação da Academia. Mesmo assim, seu desempenho foi muito melhor que o do brasileiro “Aquarius”, lançado em meio a muita mídia espontânea e campanha para representar o país no mesmo Oscar. “Aquarius” abriu em mais salas, 89 ao todo, e em seu primeiro fim de semana foi assistido por 54 mil pessoas, vendendo R$ 880 mil em ingressos. Na época, muitos veículos sem costume de cobrir cinema publicaram que se tratava de um sucesso estrondoso. Mas, assim como “Moonlight”, o filme de Kleber Mendonça Filho estreou apenas em 10º lugar. Nada como colocar as coisas em suas devidas perspectivas. No outro extremo do ranking, o filme mais assistido do fim de semana também foi uma estreia, “A Grande Muralha”, confirmando uma tendência cada vez mais óbvia. No Brasil, o filme com maior distribuição tem sempre a maior bilheteria. O filme chinês estrelado por Matt Damon teve o lançamento mais amplo da última quinta (23/2), em 828 salas, das quais 561 em 3D (68% do total), além de todo o circuito IMAX (12 salas). Acabou sendo visto por 861,7 mil pessoas e arrecadou R$ 14,6 milhões. Confira abaixo as maiores bilheterias do fim de semana. BILHETERIAS: TOP 10 Brasil 1. A Grande Muralha Fim de semana: R$ 14,6 milhões Total: R$ 14,6 milhões 2. Cinquenta Tons Mais Escuros Fim de semana: R$ 7,7 milhões Total: 56 milhões 3. Lego Batman – O Filme Fim de semana: R$ 3,4 milhões Total: R$ 16,3 milhões 4. Internet – O Filme Fim de semana: R$ 2,6 milhões Total: R$ R$ 2,6 milhões 5. Monster Trucks Fim de semana: R$ 2.4 milhão Total: R$ 2.4 milhões 6. John Wick – Um Novo Dia Para Matar Fim de semana: R$ 2,4 milhão Total: R$ 6,6 milhões 7. Aliados Fim de semana: R$ 2 milhões Total: R$ 5,5 milhões 8. La La Land Fim de semana: R$ 1,4 milhões Total: R$ 22,1 milhões 9. Lion Fim de semana: R$ R$ 1,1 milhão Total: R$ 2,4 milhões 10. Moonlight Fim de semana: R$ R$ 1,1 milhão Total: R$ R$ 1,1 milhão
Cinquenta Tons Mais Escuros lidera bilheterias do Brasil pela segunda semana
“Cinquenta Tons Mais Escuros” se manteve na liderança da bilheteria nacional pela segunda semana, com arrecadação de R$ 10,8 milhões. O público brasileiro aparentemente gostou do franco favorito ao Framboesa de Ouro 2018 de pior filme, com apenas 9% de aprovação da crítica no site Rotten Tomatoes. Desde que estreou no país, o filme baseado no livro homônimo de E.L. James, já levou mais de 2,8 milhões de pessoas às salas de cinema, segundo dados da consultoria ComScore. A produção faturou mais que o dobro do segundo colocado, “Lego Batman”, com R$ 3,9 milhões. Lançado no fim de semana, o elogiado filme de ação “John Wick – Um Novo Dia Para Matar” fez R$ 3,1 milhões e completou o Top 3. Já o romance entre Brad Pitt e Marion Cottilard, “Aliados”, estreou na modesta 4ª posição com arrecadação de R$ 2,5 milhões. “O Chamado 3” caiu para a 5ª colocação com R$ 1,9 milhão, enquanto “Minha Mãe é uma Peça 2” fez mais R$ 1,1 milhão. Duas estreias aparecem em seguida no ranking semanal. O lançamento do indicado ao Oscar de Melhor Filme, “Lion – Uma Jornada Para Casa”, rendeu R$ 953 mil, mas foi distribuído em apenas 100 salas. Já o terror “A Cura” repetiu no Brasil seu enorme fiasco norte-americano. Um dos lançamentos mais amplos da semana, faturou apenas R$ 778 mil na 8ª colocação. Fecham o Top 10 dois indicados ao Oscar, “La La Land”, em 9º lugar com R$ 644 mil, e “Estrelas Além do Tempo”, com R$ 593 mil. BILHETERIAS: TOP 10 Brasil 1. Cinquenta Tons Mais Escuros Fim de semana: R$ 10,8 milhões Total: R$ 43,4 milhões 2. Lego Batman – O Filme Fim de semana: R$ 3,9 milhões Total: 11,8 milhões 3. John Wick – Um Novo Dia Para Matar Fim de semana: R$ 3,1 milhões Total: R$ 3,1 milhões 4. Aliados Fim de semana: R$ 2,5 milhões Total: R$ R$ 2,5 milhões 5. O Chamado 3 Fim de semana: R$ 1,9 milhão Total: R$ 18,9 milhões 6. Minha Mãe É uma Peça 2 Fim de semana: R$ 1,1 milhão Total: R$ 121,4 milhões 7. Lion Fim de semana: R$ 953,4 mil Total: R$ 953,4 mil 8. A Cura/a> Fim de semana: R$ 778,9 mil Total: R$ 778,9 mil 9. La La Land Fim de semana: R$ 644,3 mil Total: R$ 20,5 milhões 10. Estrelas Além do Tempo Fim de semana: R$ 593 mil Total: R$ 5,1 milhões
Lego Batman escala A Grande Muralha e dá tchauzinho para A Cura nas bilheterias dos EUA
As estreias da semana não conseguiram superar os sucessos de “Lego Batman – O Filme” e “Cinquenta Tons Mais Escuros” na América do Norte. Os dois filmes mantiveram-se nas mesmas posições pelo segundo fim de semana consecutivo. A animação de “Batman” provou-se um grande sucesso doméstico, beirando os US$ 100 milhões em 10 dias de exibição, enquanto a continuação de “Cinquenta Tons de Cinza” demonstra maior apelo internacional, abrindo US$ 100 milhões de vantagem sobre o rival na soma das bilheterias de todos os países. Curiosamente, enquanto a animação alcançou 91% de aprovação no site Rotten Tomatoes, o romance erótico teve resultado inverso, com 91% de críticas negativas, e já dispara como favorito ao troféu Framboesa de Ouro 2018, como pior filme, direção, roteiro, ator, atriz e casal do ano. Em 3º lugar, “A Grande Muralha” estreou nos EUA com sucesso consolidado na China, responsável por mais de US$ 200 milhões de sua arrecadação mundial. Estrelado pelo americano Matt Damon, o filme é a principal tentativa do cinema chinês de emplacar um blockbuster internacional. Quem comanda a produção é um mestre, Zhang Yimou, que além de filmes fantásticos de artes marciais e dramas de época marcantes, comandou o espetáculo de abertura das Olimpíadas de Pequim. Repleto de monstros, acrobacias e muitos efeitos visuais, o filme é um espetáculo sensorial, mas a narrativa deixou a desejar, segundo a crítica americana, rendendo apenas 36% de aprovação no Rotten Tomatoes. Cotações similares de mediocridade acompanharam as demais estreias da semana, que incluem o desastre cômico “Te Pego na Saída” em 5º lugar e o terror “A Cura”, numa implosão completa em 10º lugar. Este bis da parceria entre o diretor Gore Verbinski e o roteirista Justin Haythe repete o resultado trágico do filme anterior da dupla, “O Cavaleiro Solitário” (2013), e coloca em cheque o futuro de ambos na indústria cinematográfica americana. Haythe tem atualmente um novo roteiro ambicioso em produção, “Red Sparrow”, thriller de espionagem que será estrelado por Jennifer Lawrence. Já Verbinski está com a agenda em branco. BILHETERIAS: TOP 10 América do Norte 1. Batman Lego – O Filme Fim de semana: US$ 34,2 milhões Total EUA: US$ 98,7 milhões Total Mundo: US$ 170,7 milhões 2. Cinquenta Tons Mais Escuros Fim de semana: US$ 20,9 milhões Total EUA: US$ US$ 89,6 milhões Total Mundo: US$ 276,8 milhões 3. A Grande Muralha Fim de semana: US$ 18 milhões Total EUA: US$ 18 milhões Total Mundo: US$ 262,6 milhões 4. John Wick – Um Novo Dia para Matar Fim de semana: US$ 16,5 milhões Total EUA: US$ 58,6 milhões Total Mundo: US$ 90,4 milhões 5. Te Pego na Saída Fim de semana: US$ 12 milhões Total EUA: US$ 12 milhões Total Mundo: US$ 12 milhões 6. Estrelas Além do Tempo Fim de semana: US$ 7,1 milhões Total EUA: US$ 142,5 milhões Total Mundo: US$ 163,8 milhões 7. Fragmentado Fim de semana: US$ 7 milhões Total EUA: US$ 123,6 milhões Total Mundo: US$ 193,1 milhões 8. Quatro Vidas de um Cachorro Fim de semana: US$ 5,5 milhões Total EUA: US$ 50,6 milhões Total Mundo: US$ 64,5 milhões 9. La La Land – Cantando Estações Fim de semana: US$ 4,5 milhões Total EUA: US$ 133,5 milhões Total Mundo: US$ 339,6 milhões 10. A Cura Fim de semana: US$ 4,2 milhões Total EUA: US$ 4,2 milhões Total Mundo: US$ 8,7 milhões
John Wick tem estreia matadora em semana repleta de filmes do Oscar 2017
Os lançamentos da semana se dividem claramente entre filmes de shopping center e filmes de Oscar. Mesmo assim, a estreia mais ampla também conquistou excelente avaliação crítica. Com 90% de aprovação no site Rotten Tomatoes, “John Wick – Um Novo Dia para Matar” mostra que é possível fazer cinema de ação de qualidade. Com ritmo desenfreado e muita violência, o filme traz Keanu Reeves de volta ao papel do matador profissional John Wick, que ele desempenhou em “De Volta ao Jogo” (2014). O sucesso inesperado daquele longa animou a distribuidora a dobrar o circuito na continuação. A estreia acontece em 358 salas, contra 230 do primeiro filme. A diferença de qualidade para o segundo maior lançamento é abissal. Estrelado por Brad Pitt e Marion Cottilard, o romance de espionagem “Aliados” consegue ser mais brega que “Cinquenta Tons Mais Escuros”, mas a crítica americana foi bondosa, com 61% de aprovação. Fracasso nos EUA, onde já saiu de cartaz, o longa faturou US$ 40 milhões no mercado doméstico, menos da metade de seu orçamento de US$ 85 milhões. A terceira e última estreia comercial é “A Cura”, que marca a volta de Gore Verbinski ao terror, 15 anos após “O Chamado” (2002). E todo seu capricho visual não esconde que se trata de uma trama pouco original, já vista várias vezes antes. Com 41% de aprovação, a história do spa do qual ninguém consegue sair é tão medíocre quanto a parceria anterior do diretor com o roteirista Justin Haythe, “O Cavaleiro Solitário” (2013). A maior estreia do Oscar 2017 é “Lion – Uma Jornada para Casa”, que chega em 100 salas. O filme traz Dev Patel, estrela de “Quem Quer ser um Milionário?” (2008), como um jovem adotado por uma família australiana, após se perder da família biológica na Índia. Anos depois, ele busca pistas para reencontrar sua mãe. Ao todo, o longa recebeu seis indicações, incluindo para os troféus de Melhor Ator Coadjuvante e Atriz Coadjuvante (Patel e Nicole Kidman). Há ainda mais quatro estreias de indicados ao prêmio máximo do cinema. Entretanto, elas chegam em circuito ridículo, eufemisticamente chamado de “circuito de arte”. Para se ter ideia, o maior lançamento, depois de “Lion”, ocupa 13 salas. Ironicamente, é uma animação com potencial para alcançar o grande público, a produção suíça “Minha Vida de Abobrinha”. Outro candidato ao Oscar de Melhor Animação, a produção franco belga “A Tartaruga Vermelha”, impressiona por ocupar apenas quatro salas – uma em São Paulo, uma no Rio, uma em Brasília e uma em Porto Alegre. Indicado ao Oscar de Melhor Documentário, “Eu Não Sou Seu Negro”, sobre a história do racismo nos EUA, estreia em seis capitais, e a comédia sueca “Um Homem Chamado Ove”, que disputa o Oscar de Melhor Filme em Língua Estrangeira, tem lançamento em nove salas. Completa o circuito o drama tcheco “Eu, Olga Hepnarová”, que abriu no ano passado a mostra Panorama do Festival de Berlim, venceu vários prêmios internacionais e foi exibido na Mostra de São Paulo. Estará disponível em quatro salas entre São Paulo, Rio e Salvador. Clique nos títulos dos filmes para assistir aos trailers das estreias da semana.
Lego Batman supera bilheteria de Cinquenta Tons Mais Escuros na América do Norte
Após três semanas consecutivas de liderança do terror “Fragmentado”, as bilheterias da América do Norte (EUA e Canadá) finalmente tiveram um fim de semana bastante disputado, com a estreia de três filmes no Top 3 das maiores arrecadações. “Lego Batman” foi quem abriu vantagem, conquistando o 1º lugar com US$ 55,6 milhões, US$ 9 milhões à frente de “Cinquenta Tons Mais Escuros”, que fez US$ 46,8 milhões. “John Wick – Um Novo Dia para Matar” fechou o Top 3 com US$ 30 milhões. Todos podem ser considerados bem-sucedidos. Mas apenas dois tiveram aprovação da crítica norte-americana. “Lego Batman” e “John Wick” tiveram, respectivamente, 91% e 90% de aprovação no site Rotten Tomatoes, que compila a nota dos críticos dos EUA e Canadá. Já a continuação de “Cinquenta Tons de Cinza” (2015) foi humilhada com 9%. Isto mesmo, 10% da nota dos outros dois. “Cinquenta Tons Mais Escuros” também teve a pior nota do público, registrando B+ no CinemaScore, assim mesmo uma avaliação generosa comparada com a crítica. “Lego Batman” e “John Wick” empataram com uma nota A-. Com uma arrecadação 45% menor que o do longa original – “Cinquenta Tons de Cinza” fez US$ 85 milhões em seus primeiros três dias nos EUA – , o filme pseudo erótico/romântico não virou o blockbuster doméstico que a Universal imaginou ao encomendar uma trilogia. Mas o público internacional pagou para ver. E pagou caro. O longa rendeu US$ 100 milhões no exterior, fazendo sua receita chegar a US$ 146,8 milhões em todo o mundo. Apesar de ficar em 3º, o desempenho mais impressionante foi o de “John Wick”. Ele foi lançado em mil cinemas a menos que os outros dois, e ainda assim fez mais que “Resident Evil 6” já arrecadou em três semanas. Vale lembrar que o primeiro filme, “De Volta ao Jogo” (2014), faturou ao todo US$ 43 milhões nos EUA, quantia que a continuação deve bater em duas semanas. Dos três, apenas “John Wick” ainda não estreou no Brasil. O lançamento nacional vai acontecer na próxima quinta (16/2). Outras marcas do Top 10: “Fragmentado”, que caiu para 4º lugar, cruzou os US$ 100 milhões no mercado doméstico, enquanto “La La Land”, em 8º nos EUA, está a um passo de atingir US$ 300 milhões no mundo inteiro – o que será feito histórico para um musical. Fora do Top 10, “Resident Evil 6” chegou a US$ 25 milhões em três semanas, num desempenho digno de “Anjos da Noite: Guerras de Sangue”, que saiu de cartaz nos EUA com US$ 30 milhões. BILHETERIAS: TOP 10 América do Norte 1. Batman Lego – O Filme Fim de semana: US$ 55,6 milhões Total EUA: US$ 55,6 milhões Total Mundo: US$ 92,6 milhões 2. Cinquenta Tons Mais Escuros Fim de semana: US$ 46,7 milhões Total EUA: US$ US$ 46,7 milhões Total Mundo: US$ 146,8 milhões 3. John Wick – Um Novo Dia para Matar Fim de semana: US$ 30 milhões Total EUA: US$ 30 milhões Total Mundo: US$ 40,6 milhões 4.
Elenco de Matrix se reencontra na première de John Wick: Um Novo Dia para Matar
O tapete vermelho da première de “John Wick: Um Novo Dia para Matar” marcou um reencontro entre os astros de “Matrix”, 13 anos após o fim da trilogia. Além de Keanu Reeves, que estrela a franquia de ação, e Laurence Fishburne, que fez uma participação especial no longa, a atriz Carrie-Anne Moss apareceu para conferir os amigos, propiciando uma reunião entre os intérpretes de Neo, Morpheus e Trinity. A continuação de “De Volta ao Jogo” (2014) vai mostrar Keanu Reeves de volta ao papel do assassino profissional John Wick. O roteiro é novamente escrito por Derek Kolstad e a direção está outra vez a cargo do ex-dublê Chad Stahleski, que dirigiu o primeiro em parceria com David Leitch – a dupla acabou se dividindo diante das inúmeras ofertas recebidas após sua impressionante estreia. E o lançamento está marcado para 9 de fevereiro no Brasil, um dia antes do lançamento nos EUA.
Editorial: Traduções dos títulos de filmes no Brasil atingem níveis mais baixos da História
A atual fase de tradução de títulos de filmes internacionais no Brasil está tão ruim que já tem gente com saudades dos anos 1980, quanto todo filme de terror iniciava com “A Hora do” e a maioria dos suspenses era “Selvagem”. O público já se rebelou na internet contra “Piratas do Caribe: A Vingança de Salazar”, título que o quinto filme da franquia estrelada por Johnny Depp ganhará com exclusividade no Brasil – o original é “Pirates of the Caribbean: Dead Men Tell No Tales”. Mas não fica nisso. Três décadas após os gênios da tradução nacional diferenciarem dois filmes da franquia “Evil Dead” com títulos diferentes – “A Hora do Demônio” (1981) e “Uma Noite Alucinante” (1987), fazendo com o terceiro longa fosse batizado como “Uma Noite Alucinante 3”! – , a esperteza, a ginga e a malemolência brasileira voltou a se manifestar em novas nomeações “criativas” dentro da mesma franquia. Após “Uma Noite de Terror” (2013) e “Uma Noite de Terror: Anarquia” (2014), o terceiro filme da franquia “Purge” (nome original) chegou nos cinemas brasileiros no fim de semana passado como “12 Horas Para Sobreviver: O Ano da Eleição”. E quem foi ao cinema achando que veria um filme original deveria pedir o dinheiro de volta, diante de tantas e constantes referências e participações de personagens do lançamentos anteriores. Não contentes, os brasileiros mais inteligentes que o resto da população decidiram também diferenciar “De Volta ao Jogo” (2014) de sua continuação, que será lançada no Brasil como “John Wick: Um Novo Dia Para Matar”. Impressionante? Se a força de uma franquia está na valorização da marca, que supostamente gera acúmulo de público, o que ganha um distribuidor nacional ao querer lançar um filme de franquia como produto individual? Promoção? Aumento? Bônus de Natal? E que tal títulos de filmes que não fazem parte de franquias? Quem acertar como “The Bye Bye Man” vai se chamar no Brasil tem grandes chances de acertar a sequência certa da mega-sena. O título original tem quatro palavras e nenhuma delas aparece na “tradução” nacional, “Nunca Diga seu Nome”. E aí vem os “gringos” da MPA-AL, divisão latino-americana da MPA (Associação do Cinema dos EUA), dizer que o maior problema do cinema no Brasil é a pirataria… Faz sentido. Afinal, este é o país em que “Truth” (verdade) vira “Conspiração e Poder”.









