JK Rowling ataca Emma Watson e a chama de “ignorante” em nova polêmica
Autora de “Harry Potter” criticou a intérprete de Hermione após entrevista em que atriz afirmou que ainda a valoriza, apesar das divergências sobre questões de gênero
Warner Bros defende direito de JK Rowling ser transfóbica
Estúdio reafirma parceria com a autora na produção da nova série de "Harry Potter" para a HBO
Criadora de “Harry Potter” prefere ser presa a deixar de fazer comentários transfóbicos
J.K. Rowling, a renomada autora da série “Harry Potter”, voltou a defender seu posicionamento polêmico nas redes sociais, ao comentar uma possível legislação britânica que poderia criminalizar comentários transfóbicos. Questionada sobre a possibilidade de enfrentar prisão por suas opiniões, Rowling declarou que “aceitaria feliz” tal punição. “Aceitaria feliz em cumprir dois anos se a alternativa for o discurso forçado e a negação forçada da realidade e da importância do sexo”, expressou a escritora na plataforma X, anteriormente conhecida como Twitter. A posição de Rowling surge em resposta a uma matéria do Daily Mail que discutia a possibilidade de um governo liderado pelo Partido Trabalhista, no Reino Unido, criminalizar ataques à identidade de gênero. Críticos apontaram que tal legislação poderia resultar em sentenças de prisão para aqueles que se recusassem a usar os pronomes preferidos de uma pessoa transgênero. Ela continuou a discussão, mencionando que um processo judicial seria “mais divertido do que qualquer tapete vermelho”, antes de brincar com seus seguidores sobre suas supostas tarefas na prisão. “A lavanderia pode ser um problema. Tenho tendência a encolher coisas/torná-las rosadas acidentalmente. Suponho que isso não será um grande problema se forem principalmente roupas cirúrgicas e lençóis”, ironizou. Histórico de polêmicas Não é de hoje que J.K. Rowling se declara inimiga da comunidade trans. A autora vem acumulando críticas por seus comentários discriminatórios ao longo dos últimos anos. O primeiro embate significativo de Rowling com a comunidade trans ocorreu em 2020, quando criticou uma matéria que utilizava a expressão “pessoas que menstruam” ao invés de “mulheres”. A autora alegou que tal terminologia apagava a experiência de mulheres cisgênero, desconsiderando a inclusão de homens trans que também podem menstruar. Recentemente, Rowling também defendeu uma pesquisadora demitida após protestar contra mudanças de leis britânicas que passaram a reconhecer os direitos de pessoas transexuais, escrevendo no Twitter que “homens não podem se transformar em mulheres”, e manifestou apoio a um ativista anti-trans, que havia sido temporariamente banido de uma rede social por comentários ofensivos, celebrando sua reinstalação com um “bem-vindo de volta”. Sem dar pausa, no começo desta semana ela polemizou ao publicar uma foto de um muro pixado com a inscrição “Repita conosco: mulheres trans são mulheres”, ao que a autora retrucou com um simples e direto “Não”. Como sempre, as respostas não tardaram, com muitos seguidores expressando decepção e exaustão diante de sua postura. “Estamos cansados de você”, disparou um leitor. Por outro lado, com o avanço da extrema direita e ideais conservadores em todo o mundo, muitos também estão apoiando Rowling, que tem se transformado numa porta-voz dos mais extremistas. De fato, ela chega a se engajar em campanhas contra direitos de transexuais. Preconceito por escrito Não bastasse isso, o preconceito chegou às suas obras. No livro “Sangue Revolto” (Troubled Blood), do personagem Cormoran Strike, a escritora deu vazão a seus devaneios contra transexuais, criando um assassino em série que vestia roupas femininas para matar mulheres. Antes de lançar este livro, ela se declarou preocupada com a chance de transexuais abusarem sexualmente de mulheres cisgênero em banheiros. De acordo com a avaliação de Jake Kerridge, crítico do jornal britânico The Telegaph, o livro reforçava essa mensagem com a seguinte moral da história: “nunca confie em um homem de vestido”. Rowling assina essa coleção de livros de crimes com o pseudônimo de Robert Galbraith, mesmo nome de um psiquiatra norte-americano famoso por experimentar, na década de 1950, a terapia de conversão sexual. Repercussões A assumida postura transfóbica de Rowling busca se disfarçar de feminismo, mas criou atrito até com os atores Daniel Radcliffe, Emma Watson e Rupert Grint, que renegaram publicamente os argumentos da criadora de “Harry Potter”, colocando-se ao lado das pessoas transexuais. Daniel Radcliffe chegou a tuitar um pedido de desculpas em seu nome para a comunidade trans. Embora não tenha comentado as críticas dos intérpretes de “Harry Potter”, ela apagou um elogio a Stephen King nas redes sociais após escritor defender mulheres trans. Foi além: devolveu um prêmio humanitário que recebeu da fundação de Direitos Humanos batizada com o nome do falecido senador Robert F. Kennedy após Kerry Kennedy, filha do célebre político americano, manifestar sua “profunda decepção” com os comentário transfóbicos. A controvérsia em torno das declarações de Rowling acontece no momento em que a Warner Bros. tenta transformar a saga “Harry Potter” numa série.
Criadora de “Harry Potter” volta a fazer comentários transfóbicos
A escritora britânica J.K. Rowling, autora da saga “Harry Potter”, voltou a polemizar com comentários transfóbicos. Nesta terça-feira (17/10), Rowling manifestou-se de forma negativa sobre a identidade de gênero de mulheres trans através de uma publicação no X (antigo Twitter), gerando uma onda de reações adversas entre seus seguidores. A postagem em questão exibia uma foto de um muro com a inscrição “Repita conosco: mulheres trans são mulheres”, ao que a autora retrucou com um simples e direto “Não”. As respostas não tardaram, com muitos seguidores expressando descontentamento e exaustão diante de sua postura. “Estamos cansados de você”, disparou um leitor, enquanto outro afirmou: “É ridículo que isso tenha que ser questionado. Bem-vinda a 2023”. Por outro lado, com o avanço da extrema direita e ideais conservadores em todo o mundo, muitos também estão apoiando Rowling, que tem se transformado numa porta-voz dos mais extremistas. De fato, ela chega a se engajar em campanhas contra direitos de transexuais. Histórico de polêmicas Não é de hoje que J.K. Rowling virou inimiga da comunidade LGBTQIAPN+. A autora vem acumulando críticas por seus comentários discriminatórios ao longo dos últimos anos. O primeiro embate significativo de Rowling com a comunidade trans ocorreu em 2020, quando criticou uma matéria que utilizava a expressão “pessoas que menstruam” ao invés de “mulheres”. A autora alegou que tal terminologia apagava a experiência de mulheres cisgênero, desconsiderando a inclusão de homens trans que também podem menstruar. Recentemente, Rowling também defendeu uma pesquisadora demitida após protestar contra mudanças de leis britânicas que passaram a reconhecer os direitos de pessoas transexuais, escrevendo no Twitter que “homens não podem se transformar em mulheres”, e manifestou apoio a um ativista anti-trans, que havia sido temporariamente banido de uma rede social por comentários ofensivos, celebrando sua reinstalação com um “bem-vindo de volta”. Não bastasse isso, o preconceito chegou às suas obras. No livro “Sangue Revolto” (Troubled Blood), do personagem Cormoran Strike, a escritora deu vazão a seus devaneios contra transexuais, criando um assassino em série que vestia roupas femininas para matar mulheres. Antes de lançar este livro, ela se declarou preocupada com a chance de transexuais abusarem sexualmente de mulheres cisgênero em banheiros. De acordo com a avaliação de Jake Kerridge, crítico do jornal britânico The Telegaph, o livro reforçava essa mensagem com a seguinte moral da história: “nunca confie em um homem de vestido”. Rowling assina essa coleção de livros de crimes com o pseudônimo de Robert Galbraith, mesmo nome de um psiquiatra norte-americano famoso por experimentar, na década de 1950, a terapia de conversão sexual. Repercussões A assumida postura transfóbica de Rowling busca se disfarçar de feminismo, mas criou atrito até com os atores Daniel Radcliffe, Emma Watson e Rupert Grint, que renegaram publicamente os argumentos da criadora de “Harry Potter”, colocando-se ao lado das pessoas transexuais. Daniel Radcliffe chegou a tuitar um pedido de desculpas em seu nome para a comunidade trans. Embora não tenha comentado as críticas dos intérpretes de “Harry Potter”, ela apagou um elogio a Stephen King nas redes sociais após escritor defender mulheres trans. Foi além: devolveu um prêmio humanitário que recebeu da fundação de Direitos Humanos batizada com o nome do falecido senador Robert F. Kennedy após Kerry Kennedy, filha do célebre político americano, manifestar sua “profunda decepção” com os comentário transfóbicos. A controvérsia em torno das declarações de Rowling acontece no momento em que a Warner Bros. tenta transformar a saga “Harry Potter” numa série. No. pic.twitter.com/YhoHfKdeat — J.K. Rowling (@jk_rowling) October 17, 2023
Daniel Radcliffe participa de projeto no YouTube contra transfobia
Enquanto a autora de “Harry Potter”, JK Rowling continua a fazer comentários transfóbicos, Daniel Radcliffe resolveu manifestar seu apoio à comunidade. O astro está trabalhando como moderador em um série do YouTube focada em discussões envolvendo jovens transgêneros e não-binários, numa iniciativa do ONG Trevor Project, de Prevenção ao Suicídio LGBTQIAP+. Intitulado “Sharing Space”, o primeiro episódio da série foi lançado nessa sexta-feira (31/3) para marcar o Dia da Visibilidade Trans. “Ouvimos tantas pessoas falarem sobre jovens trans e ouvimos falar deles com frequência nas notícias, mas raramente ouvimos esses jovens”, disse Radcliffe em um comunicado. “Foi um privilégio absoluto conhecer e ouvir esse incrível grupo”, afirmou o ator. No primeiro episódio, Radcliffe aparece ouvindo os jovens trans e não-binários discutirem suas vivências. “Se você vai falar sobre crianças trans, é melhor ouvir as crianças trans”, observou. Radcliffe, que apoia o Trevor Project desde 2009, chegou a responder em 2020 aos comentários que Rowling fez no Twitter sobre mulheres transgênero. “As mulheres transexuais são mulheres”, disse ele. “Qualquer declaração em contrário apaga a identidade e a dignidade das pessoas transgênero e vai contra todos os conselhos dados por associações profissionais de saúde que têm muito mais experiência neste assunto”, ele se manifestou em comunicado. “Para todas as pessoas que agora sentem que sua experiência com os livros [de Harry Potter] foi manchada ou diminuída, lamento profundamente a dor que esses comentários lhes causaram”, acrescentou. “Eu realmente espero que você não perca totalmente o que foi valioso nessas histórias para você”. Mais recentemente, Rowling retuitou uma postagem que apresentava uma bandeira do orgulho gay com as cores que representavam a comunidade transgênero apagadas – além listras pretas e marrons, representando pessoas negras. “Tire suas merd*s da nossa bandeira”, dizia a legenda apoiada pela escritora. Ela também se manifestou no podcast “The Witch Trials of JK Rowling”, produzido por empresa de mídia ultraconservadora, em que criticou o movimento pelos direitos dos transgêneros. “Acredito, absolutamente, que há algo perigoso nesse movimento e que deve ser contestado”, disse ela no podcast, brandindo um argumento da extrema direita de que mulheres transgênero representam uma ameaça para as mulheres cisgênero nos banheiros – um mito de longa data que foi armado contra os direitos trans. Ela disse no podcast não se importar se seu ativismo anti-trans manchar seu legado aos olhos de alguns. Se a escritora não se importa em manchar seu legado, o intérprete de Harry Potter no cinema vai no caminho oposto. Veja abaixo o primeiro episódio de “Sharing Space”.
Robbie Coltrane, o Hagrid de “Harry Potter”, morre aos 72 anos
O ator Robbie Coltrane, conhecido pelas novas gerações por interpretar o personagem Hagrid na franquia “Harry Potter”, morreu nesta sexta (14/10), aos 72 anos. Além do seu papel na franquia baseada nos livros de JK Rowling, Coltrane também fez participações em dois filmes de James Bond e no terror “Do Inferno” (2001), estrelado por Johnny Depp. Robbie Coltrane era o nome artístico de Anthony Robert McMillan, nascido em 30 de março de 1950, em Glasgow, na Escócia. Filho de um médico e uma professora, ele se formou na escola de arte de Glasgow, e continuou a estudar arte na Moray House College of Education, em Edimburgo. Sua estreia nas telas aconteceu em 1979, quando participou de um episódio do teleatro “Play for Today”. No ano seguinte, apareceu pela primeira vez no cinema com figurante da sci-fi dramática “A Morte ao Vivo”, clássico visionário de Bertrand Tavernier. Seguiram-se várias outras participações pequenas em filmes de sucesso ou cultuados, como “Flash Gordon” (1980), “Krull” (1983), “Férias Frustradas II” (1985) e “Henrique V” (1989), além de vários programas humorísticos, como “A Kick Up the Eighties” (1984), “Alfresco” (1984) e “Tutti Frutti” (1987). Mas foi só nos anos 1990 que ele conseguiu virar protagonista. Isto aconteceu na série “Cracker”, seu primeiro grande papel, onde Coltrane deu vida ao Dr Edward “Fitz” Fitzgerald, um psicólogo criminal antissocial e desagradável, mas com um dom único para resolver crimes. O papel rendeu a Coltrane o prêmio BAFTA. “Cracker” durou três temporadas, exibidas entre 1993 e 1995 no canal britânico ITV, e depois disso o ator foi direto enfrentar James Bond. Em 1995, Coltrane interpretou Valentin Zukovsky em “007 Contra GoldenEye” (1995), que marcou a estreia de Pierce Brosnan no papel do espião britânico. O personagem fez tanto sucesso que se tornou um dos poucos vilões a aparecer em mais de um filme de Bond, voltando em “007 – O Mundo Não é o Bastante” (1999). Sua carreira tomou outro rumo com a chegada do novo século. Em 2001, ele teve papel de destaque em “Do Inferno”, adaptação de uma famosa história em quadrinhos de Alan Moore sobre os assassinatos de Jack, o Estripador. E, claro, estrelou o filme que definiria sua carreira: “Harry Potter e a Pedra Filosofal”. Em “Harry Potter”, Coltrane interpretou Hagrid, um meio-gigante que trabalha como guarda-caça da Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts e que foi um dos principais aliados do personagem-título na sua batalha contra Voldemort. Com sua inocência e seu jeito desengonçado, Hagrid conquistou uma geração inteira de fãs. Ele apareceu em todos os oito filmes da franquia, além de ter emprestado a voz para o personagem em alguns curtas-metragens. Embora a franquia “Harry Potter” lhe tenha mantido ocupado, Coltrane ainda encontrou tempo para participar de filmes como “Van Helsing – O Caçador de Monstros” (2004), no qual interpretou o monstro Mr. Hyde, “Alex Rider Contra o Tempo” (2006), no papel de Primeiro-Ministro, e na adaptação do clássico “Grandes Esperanças” (2012) em que dividiu a tela com alguns dos seus colegas de “Harry Potter”, como Ralph Fiennes e Helena Bonham Carter. Seus últimos créditos foram nas séries “National Treasure” (2016) e “Urban Myths” (2020), na qual interpretou o cineasta Orson Welles (diretor de “Cidadão Kane”). Robbie Coltrane já estava doente há dois anos, mas ele ainda participou do reencontro de “Harry Potter”, produzido pelo serviço de streaming HBO Max. Sua fala, ao final do especial, foi premonitória. “O legado dos filmes é que a geração dos meus filhos vai mostrá-los para os seus filhos. Então você poderá estar assistindo aos filmes daqui a 50 anos, facilmente”, disse ele. “Eu não vou estar por aqui, infelizmente. Mas Hagrid vai estar, sim”, completou. Daniel Radcliffe homenageou o colega ao lembrá-lo como “uma das pessoas mais engraçadas que conheci”. “Ele costumava nos manter rindo o tempo inteiro quando éramos crianças no set”, disse o intérprete de Harry Potter num comunicado. “Tenho lembranças especialmente boas dele mantendo nosso ânimo em ‘Prisioneiro de Azkaban’, quando ficamos todos escondidos de uma chuva torrencial por horas na cabana de Hagrid e ele contava histórias e piadas para manter o moral alto. Eu me sinto incrivelmente sortudo por ter conhecido e trabalhado com ele e muito triste por ele ter falecido. Ele era um ator incrível e um homem adorável”.
Warner se manifesta em apoio a J.K. Rowling após ameaça de morte
A Warner Bros. Discovery saiu em defesa da escritora J.K. Rowling, após a criadora de Harry Potter e dos filmes de “Animais Fantásticos” receber ameaça de morte de um extremista islâmico no Twitter. A ameaça foi feita no sábado (13/8) em resposta a um post de Rowling expressando seu horror ao ataque violento sofrido um dia antes por Salman Rushdie. Um usuário identificado como Meer Asif Aziz, que em sua biografia no Twitter se descreve como um “estudante, ativista social, ativista político e pesquisador”, publicou para a escritora: “Não se preocupe, você é a próxima”. Após o comentário, Rowling pediu publicamente para que os responsáveis pelo Twitter tomassem alguma atitude com relação à ameaça. “Twitter, alguma chance de apoio?”, escreveu a autora, informando que estava indo à polícia. Em comunicado oficial, a Warner Bros. Discovery condenou às ameaças e defendeu a liberdade de expressão. No texto, o estúdio também deseja pronta recuperação a Salman Rushdie. “A Warner Bros. Discovery condena veementemente as ameaças feitas contra J.K. Rowling. Estamos com ela e todos os autores, contadores de histórias e criadores que corajosamente expressam sua criatividade e opiniões. A WBD acredita na liberdade de expressão, no discurso pacífico e no apoio àqueles que oferecem seus pontos de vista na arena pública”, diz o texto. “Nossos pensamentos estão com Sir Salman Rushdie e sua família após o ato de violência sem sentido em Nova York. A empresa condena veementemente qualquer forma de ameaça, violência ou intimidação quando opiniões, crenças e pensamentos possam diferir”, completa o comunicado. Rowling agradeceu o apoio de todos que saíram em sua defesa, mas muitos também apontaram que ela própria é uma extremista por conta de postagens agressivas, publicadas de forma insistente nas redes sociais, contra direitos de transexuais.
Criadora de “Harry Potter” é ameaçada por extremista islâmico: “Você é a próxima”
Um dia depois do atentado contra o escritor Salman Rushdie por um extremista, a criadora de “Harry Potter”, JK Rowling, recebeu uma ameaça pública de morte de outro apoiador do Irã no Twitter. A ameaça foi feita em resposta a um post de Rowling expressando seu horror ao ataque violento sofrido por Rushdie. Um usuário identificado como Meer Asif Aziz, que em sua biografia no Twitter se descreve como um “estudante, ativista social, ativista político e pesquisador”, publicou para a escritora: “Não se preocupe, você é a próxima”. Rowling pediu publicamente ao Twitter para intervir, perguntando ao perfil TwitterSupport: “Alguma chance de algum apoio?”. Mas a ameaça de Aziz permaneceu no ar. Ele também descreveu Hadi Matar, o homem preso pelo ataque contra Rushdie, como um “combatente xiita revolucionário”. Diante da falta de iniciativa do Twitter, Rowling contatou a polícia. Ela também agradeceu as mensagens de apoio de seus seguidores: “A todos que enviaram mensagens de apoio: obrigado. A polícia está envolvida (e já esteve envolvida em outras ameaças)”. Na sexta (12/3), Salman Rushdie foi esfaqueado cerca 15 vezes em uma conferência no estado de Nova York, onde falaria sobre liberdade de expressão. O agente de Rushdie revelou durante a noite que o autor corre o risco de perder o uso de um olho, sofreu danos nos nervos do braço e no fígado. Um dos maiores escritores de sua geração e conhecido por suas posições libertárias, Rushdie é perseguido por autoridades iranianas por blasfêmia desde a publicação de “Os Versos Satânicos” em 1988, romance de fantasia considerado ofensivo a Maomé e à fé islâmica. À época do lançamento do livro, o aiatolá Khomeini, então líder do Irã, decretou uma fatwa (um edito religioso) contra o escritor, sentenciando-o à morte. Com a fatwa, seria obrigação dos muçulmanos matá-lo ao vê-lo em público. Além disso, uma recompensa de mais de US$ 3 milhões foi oferecida para quem lhe tirasse a vida. Por conta disso, Rushdie passou cerca de dez anos sob proteção policial e vivendo na clandestinidade. Mas, com o tempo, passou a relaxar seu temor de morte, chegando a participar de filmes, séries e até de clipes – como “The Ground Beneath Her Feet”, da banda U2. Mais recentemente, ele foi tema e convidado da série “Curb Your Enthusiasm”, que ao longo de sua 9ª temporada, exibida em 2017, satirizou a fatwa contra o escritor. .@TwitterSupport any chance of some support? pic.twitter.com/AoeCzmTKaU — J.K. Rowling (@jk_rowling) August 13, 2022
“Animais Fantásticos 3” estreia com US$ 58 milhões em todo o mundo
“Animais Fantásticos: Os Segredos de Dumbledore” estreou no mercado internacional com US$ 58 milhões em seu primeiro fim de semana de exibição em 22 países. A produção da Warner Bros., que chega na quinta-feira (14/4) ao Brasil, um dia antes do lançamento nos EUA, teve seu faturamento inaugural puxado pelo mercado chinês, onde rendeu US$ 10 milhões. O valor representa um declínio notável em relação aos antecessores da franquia na China, mas contabiliza o fechamento de metade do parque exibidor do país devido a uma nova onda de covid-19. Em comparação, “Animais Fantásticos e Onde Habitam” de 2016 começou com US$ 40 milhões e “Os Crimes de Grindelwald” estreou com US$ 36 milhões na China. As demais bilheterias de destaque incluem a Alemanha com US$ 9,4 milhões, o Japão com US$ 8,6 milhões, o Reino Unido com US$ 8 milhões e a Austrália com US$ 3,9 milhões. O filme anterior, “Animais Fantásticos: Os Crimes de Grindelwald”, arrecadou US$ 191 milhões em sua estreia internacional de 2018. Dirigido pelo veterano de “Harry Potter” David Yates, “Os Segredos de Dumbledore” tem um orçamento de US$ 200 milhões e precisa fazer ao menos o que o filme anterior rendeu para se pagar. Apesar da popularidade em torno de “Harry Potter”, a saga de “Animais Fantásticos”, escrita pela criadora do bruxinho, JK Rowling, como prólogo de seu universo mágico, não foi capaz de recapturar a mesma magia nas bilheterias. “Animais Fantásticos e Onde Habitam” foi um sucesso comercial, gerando mais de US$ 800 milhões nas bilheterias globais. No entanto, a continuação caiu para US$ 654 milhões em todo o mundo, a menor venda de ingressos para um filme baseado em criações de Rowling. Embora US$ 650 milhões não seja pouco, o investimento em novas continuações pode ser reconsiderado se “Os Segredos de Dumbledore” ficar abaixo disso. Para complicar, as críticas à produção não foram as mais positivas – soma atualmente 59% de aprovação no portal Rotten Tomatoes com 90 resenhas avaliadas. Uma das críticas mais incisivas foi publicada pelo site The Daily Beast, que foi taxativo ao declarar que “essa exploração superficial de propriedade intelectual é um lembrete de que todas as coisas boas chegam ao fim”.
Criadora de “Harry Potter” rebate comparação feita por Putin
A escritora britânica J.K. Rowling rebateu o comentário de Vladimir Putin sobre a “cultura do cancelamento”. O líder russo tinha usado a criadora de “Harry Potter” como exemplo negativo da Cultura do Cancelamento do Ocidente. Segundo ele, a Europa e os EUA estariam tentando cancelar toda a cultura da Rússia como fizeram com a escritora, “cancelada” por suas manifestações transfóbicas. No Twitter, Rowling afirmou que “as críticas à cultura ocidental do cancelamento possivelmente não são mais bem feitas por aqueles que atualmente massacram civis pelo crime de resistência, ou que prendem e envenenam seus críticos”. Em sua publicação, a escritora também postou o link para um artigo sobre o ativista Alexei Navalny, líder da oposição a Putin, que foi envenenado na Rússia. Critiques of Western cancel culture are possibly not best made by those currently slaughtering civilians for the crime of resistance, or who jail and poison their critics. #IStandWithUkraine https://t.co/aNItgc5aiW — J.K. Rowling (@jk_rowling) March 25, 2022
Batalha legal entre Johnny Depp e Amber Heard envolve Hollywood
A batalha de processos travada entre Johnny Depp e sua ex-esposa Amber Heard virou um tapete vermelho de Hollywood. Iniciado por um processo de US$ 50 milhões aberto por Johnny Depp contra Amber Heard em março de 2019, devido a um artigo sobre violência doméstica escrito pela atriz no jornal Washington Post, a briga acabou rendendo um contra-ataque de Heard, que deu entrada em outro processo de US$ 100 milhões contra Depp. Ambos alegam que um difama o outro. A disputa terá uma tentativa de conciliação em 24 de março, mas já tem data para ir a julgamento em 11 de abril. Os dois querem levar o caso ao tribunal e ambos apresentaram uma lista enorme de testemunhas. Entre outros, Depp listou o ator James Franco (“Artista do Desastre”) e o magnata Elon Musk, dono da Space X, para testemunharem sobre seus supostos casos com sua ex-esposa, além do ator Paul Bettany (“WandaVision”) por ter acompanhado as brigas como seu amigo. Tendo dado um depoimento contundente no caso de difamação perdido por Depp no Reino Unido há quase dois anos, a atriz Ellen Barkin (“Animal Kingdom”) está na lista de testemunhas de Heard neste julgamento, assim como o ex-advogado demitido (e processado) por Depp, Jacob Bloom, e representantes dos estúdios Disney e Warner Bros. A relação de evidências que serão trazidas à corte inclui vários e-mails privados de Heard com o astro de “Aquaman”, Jason Momoa, e o diretor daquele filme, James Wan, além de correspondência da atriz com o diretor de “Liga da Justiça”, Zack Synder. Por outro lado, e-mails entre Depp e a criadora da franquia “Animais Fantásticos”, JK Rowling, bem como mensagens para o músico Jack White, também estão incluídos. Há ainda horas de imagens de câmeras de segurança, além de várias fotografias de Heard aparentemente machucada, de destruição causada por Depp surtado e de drogas supostamente pertencentes aos ator. O resultado deste embate deve ser uma exposição da intimidade do ex-casal ainda maior – e mais grotesca – que a revelada no julgamento de 2020, movido por Depp no Reino Unido contra o jornal The Sun por publicar um artigo que o chamava de “espancador de esposa”. Depp perdeu esse processo. Em seu veredito, o juiz inglês considerou que as afirmações do jornal eram “substancialmente verdadeiras” porque “a grande maioria das supostas agressões foi comprovada”. Além de perder a causa, Johnny Depp foi ordenado a pagar cerca de 628 mil libras (aproximadamente R$ 4,3 milhões) ao The Sun para cobrir as despesas jurídicas do jornal com o processo.








