Atriz de “Big Little Lies” será Janis Joplin no cinema
Atriz também assume a produção da cinebiografia, que será filmada em Los Angeles
Cynthia Erivo vai estrelar remake do musical “A Rosa”
A atriz e cantora Cynthia Erivo, que viveu Aretha Franklin na 3ª temporada da série “Genius”, está à frente de um remake do musical “A Rosa”, que projetou Bette Midler nos anos 1970. Ela vai produzir e estrelar uma nova versão do filme de 1979 para o estúdio Searchlight Pictures. Em sua versão original, “A Rosa” girava em torno de uma roqueira autodestrutiva, que lutava contra as pressões da carreira e exigências das pessoas à sua volta. A inspiração da história de Michael Cimino (“O Franco Atirador”), dirigida por Mark Rydell (“Num Lago Dourado”) e considerada por muitos a obra definitiva sobre o vício e a fama, era a vida da cantora Janis Joplin. Segundo Erivo, a nova versão vai “colocar uma lente contemporânea sobre o alto preço da fama”. A ideia de atualizar a história, somada à presença da estrela, praticamente aponta uma adaptação em ritmo de R&B, no lugar do pastiche de rock da obra original O projeto será a primeira produção da empresa recém-lançada de Erivo, batizada de Edith’s Daugher. Mas apesar do acordo de desenvolvimento já estar firmado com o Searchlight, a produção ainda não tem roteirista nem diretor determinado. Veja abaixo o trailer do filme original.
D.A. Pennebaker (1925 – 2019)
O cineasta D.A. Pennebaker, único documentarista premiado com um Oscar honorário pelas realizações da carreira, morreu na noite de quinta (1/8) de causas naturais, aos 94 anos. Maior mestre dos documentários musicais, ele ficou famoso ao registrar a turnê britânica de Bob Dylan de 1965, que registrou a difícil transformação do cantor folk em roqueiro, e foi indicado ao Oscar por sua cobertura da campanha presidencial de Bill Clinton em 1992. Donn Alan Pennebaker nasceu em 15 de julho de 1925 no subúrbio de Evanston, Illinois. “Penny” formou-se em engenharia mecânica na universidade de Yale, mas nunca seguiu a profissão. Em vez disso, tornou-se documentarista em 1953, ao filmar seu primeiro curta, “Daybreak Express”, que mostrava os trens sujos e abarrotados de Nova York como um retrato encantador, ao som da música de Duke Ellington que lhe servia de título. Foi o primeiro de seus muitos trabalhos em que a música tomou o primeiro plano. “A natureza do filme é musical”, ele disse uma vez, explicando sua preferência. Em 1959, Pennebaker juntou-se a Robert Leacock, Albert Maysles, Terry Filgate e Robert Drew na Drew Associates, produtora que lançou a célebre série documental “Living Camera”. Um dos trabalhos do diretor na série, “Mooney vs. Fowle”, sobre um jogo do campeonato colegial do futebol americano, venceu o prêmio principal no Festival de Cinema de Londres de 1962. Pennebaker e Robert Leacock também foram responsáveis, no início da década de 1960, por desenvolver os primeiros sistemas de câmera capazes de captar de forma sincronizada gravação de imagem e som, no formato de 16mm. A partir dessa inovação, que diminuiu o tamanho das equipes necessárias para registrar filmes documentais, os dois decidiram se juntar numa empresa própria, Leacock Pennebaker Inc. Um curta da companhia, sobre o vocalista de jazz David Lambert, chamou atenção internacional e levou o empresário de Dylan, Albert Grossman, a se aproximar de Pennebaker para filmar a turnê do músico na Inglaterra no ano seguinte. O resultado da filmagem foi o célebre “Don’t Look Back” (1965), um dos melhores documentários musicais de todos os tempos. “Penny” captou a essência de Dylan em sua turnê mais mítica, enfrentando as vaias dos fãs ao tentar se redefinir como cantor de rock, acompanhado por banda e tocando guitarra elétrica. Uma blasfêmia para quem surgiu na cena folk. Uma epifania para a história do rock. Sobre a reação de Dylan ao documentário, Pennebaker disse à revista Time em 2007: “Ele viu o filme pela primeira vez num projetor muito ruim e me disse: ‘Quando tivermos uma projeção melhor eu vou escrever todas as coisas que vamos ter que mudar’. Claro, isso me deixou um pouco triste. Na noite seguinte, nos reunimos novamente e ele se sentou na frente da tela com um caderno amarelo. No final do filme, ele me entregou o bloco em branco. ‘É isso aí que temos mudar’.” A abertura do filme, que mostrava Bob Dylan segurando diversos cartazes com a letra de “Subterranean Homesick Blues”, alternando os textos de forma sincronizada com a música, acabou “viralizando” antes dessa expressão significar o que representa hoje. Exibida de forma separada na TV, virou o primeiro Lyric Video de todos os tempos. Com o impacto desse filme na cena cultural da época, Pennebaker foi registrar outro marco da história do rock, o Festival de Monterey, de 1967. Lançado no ano seguinte como “Monterey Pop” (1968), o filme contou com performances que catapultaram para o estrelato ninguém menos que Janis Joplin e Jimi Hendrix. Mas, por incrível que pareça, nenhuma distribuidora se interessou em adquirir “Monterey Pop” para lançá-lo nos cinemas. Pennebaker acabou fechando com um cine pornô de Manhattan para a estreia. E o filme ficou um ano inteiro em cartaz naquele cinema, com as sessões sempre lotadas. O diretor especializou-se em documentários de rock, filmando shows de John Lennon, Little Richards, Jerry Lee Lewis, Chuck Berry e David Bowie, entre outros. Seu documentário sobre a turnê de “Ziggy Stardust and the Spiders from Mars” (1973) é um dos melhores registros da fase glam da carreira de Bowie. Outro de seus trabalhos marcantes foi “Original Cast Album: Company” (1970), que documentou a exaustiva sessão de 18 horas e meia de gravação da trilha sonora do musical da Broadway que estabeleceu o recorde de 14 prêmios Tony, composta por Stephen Sondheim. A exibição causou tumulto no Festival de Nova York, com filas que precisaram ser organizadas pela polícia e agendamento apressado de segunda sessão, tamanha a procura. Infelizmente, devido a questões legais, o filme não encontrou distribuição até 1992, quando a RCA Victor o lançou em vídeo. Em meados dos anos 1970, Pennebaker firmou outra parceria importante com a colega cineasta Chris Hegedus, com quem trabalhou por mais de três décadas. E com quem se casou em 1982. Os dois realizaram um dos documentários musicais mais famosos dos anos 1980, “Depeche Mode: 101” (1989), sobre o show que encerrou a fase mais criativa da banda inglesa – anunciado na época como despedida do Depeche Mode. Mas mudaram totalmente de tema em seu filme mais celebrado da década seguinte. Para “The War Room” (1993), indicado ao Oscar de Melhor Documentário, Pennebaker e Hegedus focaram a campanha presidencial de Bill Clinton em 1992. Como os cineastas não tinham acesso ao próprio Clinton, as filmagens se concentraram nas estratégias políticas orquestradas pelo gerente de campanha James Carville e pelo diretor de comunicações George Stephanopoulos. O sucesso do filme transformou os dois em estrelas. Carville teve aparições em vários filmes e programas de TV e foi o conselheiro político de Hillary Clinton durante sua campanha presidencial de 2008, e Stephanopoulos virou comentarista de política na TV americana. A popularidade desse documentário gerou uma continuação, “The Return of the War Room” (2008), que reuniu os participantes originais para refletir sobre a paisagem da política americana e campanhas políticas da época. Pennebaker recebeu seu Oscar honorário em 2012, na primeira e até hoje única vez que a Academia reconheceu a carreira de um documentarista. E dedicou-o à sua esposa e parceira. Depois disso, ainda fez mais um filme ao lado dela, “Unlocking the Cage” (2016), sobre direitos animais. Do primeiro curta ao último longa, todos os seus filmes mantiveram a mesma característica, uma marca de Pennebaker que influenciou a carreira de muitos documentaristas: a ausência completa de narração e entrevistador. Ele dizia que seus filmes não eram didáticos e preferia ser comparado ao dramaturgo Henrik Ibsen do que a um repórter. “Este é o meu segredo: minha vontade de virar Ibsen. Existem coisas acontecendo o tempo todo com as pessoas. Você não precisa dramatizar nada ou roteirizá-las [para filmar um documentário]”.
Amy Adams e o diretor Jean-Marc Vallée desistem de fazer cinebiografia de Janis Joplin
A notícia de que Michelle Williams (“Manchete à Beira-Mar”) estava negociando viver Janis Joplin no cinema indicava que o projeto tinha sofrido uma mudança de rumo. Agora, em entrevista ao site Collider, o diretor Jean-Marc Vallée (“Clube de Compra Dallas”) confirmou que nem ele nem a atriz Amy Adams (“A Chegada”) farão mais a cinebiografia. Vallé tinha sido contratado em 2014, mas ele acabou seguindo o rumo de Lee Daniels (criador da série “Empire”) e até do brasileiro Fernando Meirelles (“Ensaio Sobre a Cegueira”), que anteriormente estiveram ligados à produção. O projeto se arrasta à décadas. Para se ter ideia, Brittany Murphy, que faleceu em 2009, era a primeira escolha para o papel. “Estava trabalhando com Amy Adams no projeto da Janis que, por fim, não faremos e ela me convidou para sua nova aventura, uma série de TV”, disse o canadense, que dirigirá a atriz a seguir na série “Objetos Cortantes”, da HBO. Intitulado “Janis Joplin: Get It While You Can”, o filme mostraria um intenso dia na vida da cantora e Amy planejava cantar todas as canções do filme. Seu retorno à cantoria ficará agora para “Desencantada”, sequência de “Encantada” (2007) prevista para o ano que vem. A propósito, o filme de Janis que tenta contar com Michelle Williams terá outro contexto – baseia-se no livro “Love, Janis”, escrito pela irmã da cantora, que reuniu cartas escritas por ela para a família, enquanto caía na estrada para se apresentar em festivais como Woodstock e enchia a cara para lidar com a pressão da fama. Janis Joplin morreu após uma overdose de heroína, ao terminar de gravar seu quarto álbum em 1970. O disco “Pearl” foi lançado postumamente e se tornou um dos maiores sucessos de sua carreira, rendendo músicas clássicas como “Me and Bobby McGee”, “Get It While You Can”, “Move Over” e “Cry Baby”.
Michelle Williams negocia virar Janis Joplin em cinebiografia
A atriz Michelle Williams entrou em negociações para estrelar a cinebiografia da cantora Janis Joplin. Segundo o site da revista Variety, o projeto finalmente vai sair do papel com roteiro e direção de Sean Durkin, do elogiado thriller indie “Martha Marcy May Marlene” (2011). Williams tem dez anos a mais que Janis tinha quando morreu. Caso a negociação seja bem sucedida, será a segunda cinebiografia de personalidade icônica na carreira da atriz, que já viveu Marilyn Monroe em “Sete Dias com Marilyn” (2011). Intitulado “Janis”, o projeto conta com o apoio da família da cantora. O roteiro foi escrito por Andrew Renzi (de “The Benefactor”, longa com Richard Gere inédito no Brasil) e Clara Brennan (série “Hollyoaks”), e se baseia no livro “Love, Janis”, escrito pela irmã da cantora, que reuniu cartas escritas por ela para a família, enquanto caía na estrada para se apresentar em festivais como Woodstock e enchia a cara para lidar com a pressão da fama. Janis Joplin morreu após uma overdose de heroína, quando se preparava para lançar seu quarto álbum em 1970. “Pearl”, disco que deixou quase pronto, foi lançado postumamente e se tornou um dos maiores sucessos de sua carreira, rendendo músicas clássicas como “Me and Bobby McGee”, “Get It While You Can”, “Move Over” e “Cry Baby”. Há anos Hollywood tenta filmar a vida da cantora, e um projeto intitulado “Get It While You Can”, que seria estrelado pela atriz Amy Adams (“Batman vs. Superman”, arrasta-se já tem uma década. Para se ter ideia, Brittany Murphy, que faleceu em 2009, era a primeira escolha para o papel.
Janis – Little Girl Blue prefere as desgraças da vida à música de Janis Joplin
Perturba bastante no documentário “Janis – Little Girl Blue” o modo como a diretora Amy Berg expõe de maneira tão enfática a dor e a solidão de Janis Joplin. Muitas vezes, usando apenas as letras de suas canções, simples, mas que sempre falavam da falta de alguém ou de relacionamentos em geral. Inclusive, há uma cena em que Janis fala, antes de começar a cantar “Cry baby”, sobre o caso do sujeito que ela conheceu no Brasil e que resolveu ir embora porque não aguentava vê-la envolvida com heroína. O fato de ela dizer, pra todo mundo ouvir, é tocante, mas ao mesmo tempo incômodo. As entrevistas que ela dava à imprensa também não ofereciam muita coisa. Demonstravam mais sua insegurança e os repórteres sabiam disso e tocavam na ferida. Assim como iam buscar sua pior fase de escola e faculdade, quando ela sofria bullying por ser diferente e estar fora dos padrões de beleza vigentes naquela cidadezinha do Texas que ela preferiu deixar pra trás, em busca da alegria de ser uma grande cantora em São Francisco e além. E isso ela conseguiu em bem pouco tempo, quando integrou a Big Brother Holding Company. Ela acabou ficando maior do que a banda e logo se lançou em carreira solo. A relação com as drogas passa um certo ar de déjà vu, repetindo o périplo de outros documentários recentes e superiores sobre outras cantoras fantásticas: “Amy”, de Asif Kapadia, e “Cássia Eller”, de Paulo Henrique Fontenelle. Comparado a estas duas obras, o filme sobre Janis fica até pequeno, tanto porque sua história de vida não é tão bem explorada, quanto pelas imagens de arquivo não serem suficientemente ricas. Ao menos, as cartas de Janis, narradas por Cat Power, vez ou outra, funcionam como um elemento pessoal bem-vindo. Ao enfatizar o lado mais pessoal de Janis, acaba faltando espaço para o documentário explorar a força de sua música. As únicas que merecem espaço no documentário – e merecidamente, por serem lindas – são “Summertime”, que tem aquele solo de guitarra maravilhoso e uma interpretação fantástica de Janis, numa reinvenção genial do clássico de George Gershwin, e “Me and Bobby McGee”, composição de Kris Kristofferson e Fred Forster, já da última fase da cantora, quando ela conheceu um produtor que soube ensiná-la a trabalhar melhor o vocal, rendendo uma canção menos gritada e mais sutil. No mais, não há como não ficar comovido com o caso do telegrama ao final do filme, que mostra mais uma dessas histórias de amor prestes a bater à sua porta, mas que a falta de paciência faz se perder. No caso dela, então, é de se lamentar mesmo. Morrer é fácil. Viver é que é difícil.
Estreias: A Era do Gelo – O Big Bang derrete em mais de mil cinemas
“A Era do Gelo – O Big Bang” é o blockbuster da semana. Trata-se de mais uma continuação animada, como “Procurando Dory”. A diferença é que já é o quinto episódio da franquia, que a esta altura já está parecendo uma série e faria mais sentido na TV. O filme leva a 1.159 salas mais um desastre natural que Manny e seus amigos terão que sobreviver, sendo 619 em 3D e 12 salas IMAX. A história não só parece, como é repetitiva, resultando em algumas das piores críticas de uma animação em 2016 – só 8% de aprovação no Rotten Tomatoes. A versão brasileira ainda destaca dublagem de certo Youtuber, o que pode ser considerado incentivo ou o prego final, dependendo do ponto de vista. Como ainda há muitos blockbusters em cartaz, os demais lançamentos ficaram restritos a um circuito bem menor. O maior deles é “Florence – Quem é essa Mulher?”, estrelado por Meryl Streep, que leva a 90 salas um déja vu. Vítima do cronograma de estreias nacionais, o filme chega aos cinemas apenas duas semanas após o francês “Marguerite” contar basicamente a mesma história, com outra personagem real. Tanto Florence quanto Marguerite foram socialites ricas que, paparicadas pelos amigos, convenceram-se que eram grandes cantoras de ópera, sem sequer soarem afinadas. Detalhe: ambos os filmes são ótimos, com qualidades próprias. A programação, por sinal, está bastante feminina. Outro longa intitulado com nome de mulher é “Julieta”, de Pedro Almodóvar (“A Pele que Habito”). Selecionado no último Festival de Cannes, leva a 55 telas uma adaptação livre de contos da escritora canadense Alice Munro, vencedora do Nobel de literatura, acompanhando a personagem-título por várias décadas e duas atrizes diferentes. Ainda que mais dramático que o costume, o filme repete o tema da mãe com problemas emocionais e carrega as cores que tanto marcam a filmografia do espanhol. “Janis – Little Girl Blue” é um documentário sobre a cantora Janis Joplin, da premiada documentarista Amy Berg (“West of Memphis”), narrado por outra cantora, Cat Power, através de cartas escritas pela própria Janis ao longo dos anos. Sensível, talvez seja a obra mais reveladora sobre a roqueira que amava o blues, mas também o sexo, as drogas e o álcool, e nesse sentido não deixa de ter eco no impactante “Amy”. Em 39 salas. O único lançamento nacional da semana também é um documentário, “Menino 23”, de Belisário Franca (“Amazônia Eterna”), sobre um projeto criminoso de eugenia conduzido por admiradores do nazismo no Brasil, nos anos 1930. O testemunho dos únicos sobreviventes é um escândalo que os livros de história não contam. Muito bem conduzido, com ritmo de investigação, o trabalho de Franca contextualiza o horror racista que chegou a fazer até parte da Constituição brasileira da época. Impressionante e obrigatório, o filme não teve seu circuito divulgado. A programação se completa com o drama “Um Belo Verão”, que ocupa duas salas em São Paulo. Infelizmente para poucos, o longa de Catherine Corsini (“Partir”) foi um dos destaques do cinema francês do ano passado, premiado em festivais e indicado ao César. Passado nos anos 1970, acompanha o romance entre uma professora feminista e uma jovem que esconde seu lesbianismo da família, até que têm sua ligação testada quando se mudam para o interior, numa época de preconceitos irredutíveis.
Vida do produtor de shows de rock Bill Graham vai virar filme
A vida do lendário produtor de shows de rock Bill Graham vai virar filme. Sua biografia “Bill Graham Apresenta: Minha Dentro e Fora do Rock” foi adquirida pelo diretor-produtor Shawn Levy (da franquia “Uma Noite no Museu”) para o estúdio 20th Century Fox. Nascido Wulf Wolodia Gajonca, em uma família judia na Alemanha pré-nazista, ele foi colocado em um orfanato para escapar do Holocausto e acabou seguindo para os Estados Unidos – suas quatro irmãs e a mãe morreram em Auschwitz. O sobrenome Graham foi escolhido ao acaso usando uma lista telefônica. Não foi a única guerra a que ele sobreviveu. Graham foi convocado para lutar pelo exército americano na Guerra da Coreia, voltando condecorado para San Francisco no começo dos anos 1960, onde acompanhou o surgimento da psicodelia e começou a produzir shows e espetáculos, administrando a famosa casa de espetáculos Fillmore e, posteriormente, Fillmore East, em Nova York. Graham produziu shows de ícones do rock como Grateful Dead, Jefferson Airplane, Big Brother and the Holding Company (com a cantora Janis Joplin), The Doors, Jimi Hendrix Experience, The Byrds, The Who, Cream e Led Zeppelin. Ele ainda chegou a fundar o próprio selo, o Fillmore Records, e, durante os anos 1980, foi um dos produtores do Human Rights Now!, série de shows beneficentes para arrecadar fundos para a Anistia Internacional. Quando estava voltando de um show de Huey Lewis and the News, em 1991, o helicóptero em que stava com a namorada se chocou contra uma torre de alta tensão. Na ocasião, ele já estava trabalhando em sua biografia junto com Robert Greenfield, escritor e jornalista da revista Rolling Stone, que foi publicada postumamente.







