Kin: James Franco é traficante malvado no trailer e fotos da sci-fi Kin
A Lionsgate divulgou pôsteres, fotos e o primeiro trailer de “Kin”, que combina drama de família, gangsterismo, road movie, rito de passagem adolescente e sci-fi, e traz James Franco (“Artista do Desastre”) como traficante malvado. A trama gira em torno de um menino (Myles Truit, da minissérie “The New Edition Story”), que encontra uma arma futurista, capaz de grande destruição, e a usa para ajudar o irmão adotivo (Jack Reynor, de “Transformers: A Era da Extinção”), recém-saído da prisão, a se livrar de traficantes que lhe cobram uma dívida. Mas os donos da arma logo vem atrás da dupla, em trajes de astronautas do futuro/alienígenas. O elenco também inclui Dennis Quaid (“Quatro Vidas de um Cachorro”), Zoe Kravitz (“Mad Max: Estrada da Fúria”) e Carrie Coon (série “The Leftovers”). “Kin” é escrito e dirigido pelos irmãos gêmeos australianos Jonathan e Josh Baker, que estreiam no comando de um longa-metragem adaptando seu próprio curta-metragem “Bag Man” (2015) e com apoio do produtor Shawn Levy (da série “Stranger Things”). A estreia vai acontecer em 31 de agosto nos Estados Unidos.
Future World: Sci-fi trash dirigida e estrelada por James Franco ganha primeiro trailer
A Lionsgate divulgou o pôster e o trailer de “Future World”, sci-fi trash estrelada e dirigida por James Franco (“Artista do Desastre”). A prévia lembra as produções que tentavam copiar, sem orçamento, “Mad Max 2” nos anos 1980, com a diferença de que os efeitos práticos da era das videolocadoras agora são digitais, feitos por computadores baratos. A ação se desenvolve num pós-apocalipse deserto, dominado por gangues motorizadas, uma delas chefiada por Franco em padrão alucinado e outra com Milla Jovovich (“Resident Evil”) ainda mais intensa. A trama também inclui uma ciborgue invencível e loirinha, vivida por Suki Waterhouse (“Orgulho e Preconceito e Zumbis”), que os dois disputam, além de personagens interpretados por Lucy Liu (série “Elementary”), Margarita Levieva (série “Revenge”), Scott Haze (“Homens de Coragem”), Elisha Henig (série “Mr. Robot”), os rappers Method Man (série “The Deuce”) e Snoop Dogg (“A Escolha Perfeita 2”) e o novato Jeffrey Wahlberg, sobrinho de Mark Wahlberg (“Todo o Dinheiro do Mundo”). O filme foi dirigido por Franco em parceria com seu cinegrafista Bruce Thierry Cheung, responsável pela fotografia das produções indies do ator/diretor, e estreia em 25 de maio nos Estados Unidos.
Artista do Desastre presta homenagem fascinante ao “pior filme do mundo”
Quem já viu “The Room” não esquece. O filme de Tommy Wiseau é uma experiência como poucas, um mergulho num lago de ruindade tão profundo que a única opção de sobrevivência é encarar aquilo com humor. Considerado por muitos como o pior filme de todos os tempos, “The Room” foi aos poucos ganhando status de cult e agora volta aos holofotes com este delicioso “Artista do Desastre”, dirigido e estrelado por James Franco. “Artista do Desastre” retrata a gênese por trás da obra-prima da desgraça, contando o encontro de Wiseau (vivido pelo próprio Franco, absurdamente fascinante) e o jovem aspirante a ator Greg Sestero (Dave Franco), quando ambos tentaram a sorte e o sucesso em Los Angeles, ainda no início deste século. Assim como em “Ed Wood” (1994), de Tim Burton, o olhar de Franco sobre Wiseau e sua obra é de um certo carinho: um cara completamente sem noção, mas que acredita estar fazendo o melhor trabalho e que vai persistir até o fim para realizar a sua visão, custe o que custar – seja em termos financeiros como também de esgotamento físico e mental dos demais envolvidos. Baseado no livro de mesmo nome, o filme investe em estabelecer boa parte do que é exibido em “The Room” com um toque autobiográfico: é como se Wiseau usasse seu filme para fazer uma catarse, exorcizando seus demônios, suas inseguranças e suas neuras em relação a sua atuação, seus amigos e sua figura excêntrica. Ainda que não seja obrigatório, fica claro que ter visto “The Room” ajuda bastante na apreciação do filme, visto que há diversas piadas internas que somente os iniciados irão captar. De qualquer maneira, “Artista do Desastre” é um filme fascinante, uma comédia deslavada que fala sobre a indústria e seus aspectos mais cruéis com inteligência e que ainda oferece ao mundo a oportunidade de conhecer Tommy Wiseau, uma das figuras mais extravagantes a surgir no planeta Terra. Atenção para os créditos finais, em que são comparadas diversas cenas do original com as sequências refeitas por Franco, e na cena pós-créditos, em que o próprio Wiseau dá as caras.
James Franco é apagado de capa de revista e retoque deixa atrizes com três mãos e três pernas
A capa da edição especial da revista americana Vanity Fair dedicada às estrelas do momento de Hollywood precisou passar por um “retoque”, após as acusações de assédio contra James Franco. O ator, que tinha participado das sessões de foto – além de ter dado entrevistas para a publicação – foi apagado da capa com a ajuda do Photoshop. “Tomamos a decisão de não incluir Franco na capa da ‘Edição Hollywood’ quando soubemos das acusações que existiam contra ele”, disse uma fonte da revista ao site The Hollywood Reporter. Como a capa foi resultado de uma montagem de diversas sessões de fotografia, em que os astros foram fotografados separadamente e em pequenos grupos, e posteriormente combinados por meio de edição das imagens digitais, a remoção de Franco aconteceu com pinceladas digitais. Mas isso criou outro problema. Vários leitores apontaram que Reese Witherspoon ficou com uma terceira perna e Oprah Winfrey, que parece colocá-la em seu colo, ficou com três mãos em algumas fotos da sessão. Reese brincou com a ideia nas redes sociais. “Bem … acho que todo mundo sabe agora … eu tenho 3 pernas. Espero que você ainda possa me aceitar por quem eu sou. E eu não acredito que recebi colinho de Oprah. Se você tiver a oportunidade, eu recomendo”. Oprah respondeu: “Eu aceito sua terceira perna. Desde que você aceite minha terceira mão”. Além das duas citadas, a capa da revista traz ainda Nicole Kidman, Tom Hanks, Michael B. Jordan, Zendaya, Jessica Chastain Claire Foy, Michael Shannon, Harrison Ford e Gal Gadot. O trabalho é assinado pela renomada fotógrafa Annie Leibovitz, que não deve ter culpa pela mutação causada pelo Photoshop politicamente radioativo.
Maze Runner chega em mais de mil cinemas contra estreias do Oscar 2018
Lançado em mais de mil telas, “Maze Runner – A Cura Mortal” é a estreia mais ampla desta quinta (25/1). E também uma das mais fracas. As opções são três filmes indicados ao Oscar 2018 e três estreias infantis. Clique em seus títulos para ver os trailers de cada lançamento da semana. O terceiro e último filme da franquia “Maze Runner” conclui a trama iniciada com “Maze Runner: Correr ou Morrer” em 2014, quando adaptações de distopias juvenis eram a última moda em Hollywood. Desde então, a franquia “Divergente” foi abandonada sem final e outras tentativas de emplacar sagas, como “A 5ª Onda”, fracassaram. Os produtores de “Maze Runner”, ao menos, não dividiram o último livro da trilogia em dois longas – como aconteceu com “Jogos Vorazes” e o fatídico “Divergente”. Se o lançamento parece chegar de forma tardia, é porque a produção ficou interrompida por um ano, após um grave acidente sofrido pelo protagonista durante as filmagens. O acidente de Dylan O’Brien aconteceu em 18 de março de 2016, quando filmava uma cena preso no teto de um carro em movimento. Ele acabou arremessado para o alto e atingido por outro automóvel, quebrando vários ossos, foi levado às pressas para um hospital e ficou vários dias internado. Mas o ator já está bem, tanto que veio ao Brasil participar da Comic Con Experience. A conclusão da história é o grande atrativo para os fãs. Mas quem já tinha se decepcionado com o segundo filme não deve contar com uma possibilidade de redenção. O terceiro é o pior lançamento da franquia, com apenas 45% de aprovação no site Rotten Tomatoes. Como nos anteriores, a direção é de Wes Ball e o elenco inclui todos os sobreviventes de “Maze Runner: Prova de Fogo” (2015), entre eles Kaya Scodelario, Thomas Brodie-Sangster, Ki Hong Lee, Rosa Salazar, Giancarlo Esposito e Patricia Clarkson. A comédia “Artista do Desastre” teve menos indicações do que o esperado no Oscar 2018. Isto porque, após vencer o Globo de Ouro 2018 e o Critics Choice, o ator James Franco enfrentou denúncias de assédio sexual, que barraram seu nome no prêmio da Academia. Mas a produção concorre com o que tem de melhor: o roteiro da dupla Scott Neustadter e Michael H. Weber (ambos de “A Culpa É das Estrelas”). A história é real e o filme recria os bastidores daquele que é conhecido como o “Cidadão Kane dos filmes ruins”, cultuado por ser ruim de morrer de rir: “The Room”, escrito, dirigido, produzido e estrelado pelo megalomaníaco Tommy Wiseau em 2005. Na trama, Franco vive Wiseau, o pior ator e diretor do mundo, incapaz de decorar um diálogo simples ou falar de forma inteligível, e que mesmo assim resolveu criar uma “obra-prima”. Franco quase repete a mesma façanha, acumulando as funções de estrela, diretor e produtor. O elenco ainda inclui seu irmão Dave Franco (“Vizinhos”), Seth Rogen (“A Entrevista”), Zac Efron (“Vizinhos”), Alison Brie (“O Durão”), Josh Hutcherson (franquia “Jogos Vorazes”), Kate Upton (“Mulheres ao Ataque”), Zoey Deutch (“Tinha que Ser Ele?”), Jacki Weaver (“O Lado Bom da Vida”), Sharon Stone (série “Agent X”), Christopher Mintz-Plasse (“Vizinhos”), além de Lizzy Caplan (“A Entrevista”), Adam Scott (série “Parks and Recreation”) e Bryan Cranston (série “Breaking Bad”), que interpretam a si mesmos. “The Post – A Guerra Secreta” é o filme que rendeu a 21ª indicação ao Oscar para a atriz Meryl Streep. O longa também concorre a Melhor Filme do ano, mas Steven Spielberg ficou fora da lista de Melhor Direção. O drama também é baseado em fatos reais e narra a revelação do escândalo dos “Papéis do Pentágono”, documentos ultra-secretos de 14 mil páginas do governo dos Estados Unidos sobre o envolvimento americano na Guerra Vietnã. O título original é uma referência ao jornal The Washington Post e a trama gira em torno do dilema sofrido pela dona do jornal, pressionada por seu editor a desafiar o governo federal sobre o direito de publicar os documentos secretos em 1971. Ela poderia ser acusada de traição e perder o Washington Post na justiça. Tom Hanks (“O Resgate do Soldado Ryan”), em seu quinto trabalho com Spielberg, vive o editor do jornal, Ben Bradlee, enquanto Streep, que trabalhou anteriormente com o cineasta em “A.I. – Inteligência Artificial” (2001), tem o papel da proprietária Kay Graham. Curiosamente, é a primeira vez que os dois atores, gigantes de Hollywood, atuam juntos num filme. Indicado ao Oscar de Melhor Documentário, “Visages, Villages” oferece um contraponto lúdico às produções engajadas que preencheram a categoria neste ano. A obra junta a cineasta veterana da nouvelle vague Agnès Varda (“As Duas Faces da Felecidade”) e o fotógrafo JR numa viagem pelo interior da França, fazendo artes pelo caminho. Foi premiada em inúmeros festivais de prestígio, como Cannes e Toronto, além de ter sido votada em 1º lugar nas listas de final de ano dos críticos de Los Angeles e Nova York. Também foi exibida na Mostra de São Paulo, onde venceu o prêmio do público. “Sem Fôlego” é o primeiro longa infantil de Todd Haynes (“Carol”), que adapta o livro homônimo de Brian Selznick (autor de “A Invenção de Hugo Cabret”) sobre duas crianças surdas, Ben e Rose, cujas histórias são separadas por 50 anos. Rose foge de casa em 1927, rumo a Nova York para conhecer Lillian Mayhew, estrela de cinema que idolatra. Jack também escapa para Nova York, mas em 1977, em busca de seu pai. A edição distingue a diferença de suas épocas aos ilustrar as cenas com imagens em preto e branco para o começo do século 20 e cores para a década de 1970. Até que as vidas de ambos se cruzam de maneira inesperada. O próprio Selznick assina o roteiro da adaptação, que destaca em seu elenco Julianne Moore (“Jogos Vorazes: A Esperança”), Michelle Williams (“Manchester à Beira-Mar”) e as crianças Oakes Fegley (“Meu Amigo, o Dragão”) e Millicent Simmonds (estreante). Exibido no Festival de Cannes, o longa foi bastante elogiado, mas não deixou a crítica “sem fôlego” – teve 70% de aprovação, 25% a menos que a média dos indicados ao Oscar. “Peixonauta – O Filme” traz aos cinemas a série infantil brasileira, exibida no Discovery Kids, na TV Cultura, SBT, TV Brasil e até Netflix. A atração já foi exportada para mais de 90 países e em seu novo filme visita São Paulo. Na trama, o agente secreto Peixonauta sai pela primeira vez do Parque das Árvores Felizes para resolver um grande mistério: o desaparecimento de todos os habitantes. A história lida com questões do meio ambiente, como o lixo e a contaminação dos mananciais de água. A direção é de Celia Catunda, Kiko Mistrorigo e Rodrigo Eba. Os dois primeiros também foram responsáveis por “Peixonauta: Agente Secreto da O.S.T.R.A.”, primeiro longa animado da franquia, lançado em 2012. Para completar, a trilha do filme foi musicada por Paulo Tatit (Palavra Cantada), Zezinho Mutarelli e a banda Titãs. Último da lista, “Encolhi a Professora” tem a distinção de ser o pior lançamento da semana. A produção alemã, que chega dublada em português, reflete uma especialidade do diretor Sven Unterwaldt: as paródias com mash-ups de tramas conhecidas. Neste caso, a premissa de “Querida, Encolhi as Crianças” (1989) no contexto da escola mágica da franquia “Harry Potter”. “Detetives do Prédio Azul” se sai melhor, com menos orçamento.
Acusadoras de James Franco vão à TV dizer que ele “não é um monstro”
Considerado favorito a figurar entre os indicados ao Oscar 2018, James Franco acabou fora da lista após ser acusado de assédio sexual nas redes sociais e numa reportagem do jornal Los Angeles Times, realizada após sua vitória como Melhor Ator de Comédia no Globo de Ouro 2018. Agora, duas das acusadoras foram à TV dizer que o assédio do ator “não é um monstro”. As atrizes Sarah Tither-Kaplan e Violet Paley participaram do programa “Good Morning America”, na terça-feira (23/1), e, apesar de admitirem que o ator “criou ambientes abusivos”, garantiram que “ele com certeza não é um Harvey Weinstein”, o produtor de Hollywood acusado por dezenas de mulheres de assédio e estupro. “Ele não é um monstro sem sentimentos que não tem senso da realidade”, disse Tither-Kaplan, bastante nervosa. Ela explicou como o ator acrescentava cenas de nudez e sexo nos projetos que dirigia e dispensava atrizes que reclamassem. “Ele criou ambientes abusivos em suas gravações para mulheres que ainda não são famosas”, comentou, fazendo uma ressalva: “Mas eu acho que James é talentoso e uma pessoa valiosa”. “É uma pirâmide, e no topo está estupro e violência sexual enquanto na base há outros abusos de poder, que, enquanto continuam a acontecer, constroem uma cultura que permite os mais abomináveis exemplos de violência sexual, misoginia e discriminação”, completou. Sarah ainda completou que James Franco “não é uma pessoa imperdoável”, e gostaria de ver o ator “usar seus poderes para dar oportunidade reais e valiosas às mulheres, e realmente ajudar em suas carreiras”. Já Violet Paley está esperando um pedido de desculpas e acrescentou que está “arrependida” de continuar uma relação sexual consensual com Franco após o ator ter sido violento com ela em um encontro.
James Franco é barrado e substituto de Kevin Spacey indicado no Oscar do #Metoo
As indicações de melhores atores, onde geralmente há menos surpresas, foi onde o Oscar 2018 mostrou maior ousadia. Mesmo que a entrega dos prêmios insista em repetir os nomes que venceram o SAG Awards, como tem sido regra, a lista tem elementos suficientes de intriga, superação e afirmação social para render um bom entretenimento de cinema. De imediato, chama atenção a ausência de James Franco, premiado no Globo de Ouro e no Critics Choice por “Artista do Desastre”. As acusações de assédio contra Franco, que surgiram após suas recentes vitórias, podem ter pesado em sua exclusão, mesmo sendo considerado favorito ao prêmio. No ano passado, denúncias não fizeram diferença. O ator Casey Affleck venceu o Oscar 2017 por “Manchete à Beira-Mar”, apesar de acusações de assédio sexual de duas mulheres com quem trabalhou. Na ocasião, a atriz Brie Larson, que entregou a estatueta, fez questão de não aplaudi-lo. “Eu acredito que o que eu fiz no palco falou por si mesmo”, ela afirmou em entrevista para a revista Vanity Fair, enquanto divulgava “Kong: A Ilha da Caveira”. Mas os protestos se intensificaram muito desde então. Após as primeiras acusações contra Harvey Weinstein chegarem na imprensa nova-iorquina em outubro, a lista de escândalos em Hollywood ganhou proporções epidêmicas, gerando a hashtag #Metoo, em que atrizes e até alguns atores revelaram casos em que sofreram assédios no ambiente de trabalho. Vários astros e produtores poderosos foram demitidos em consequência da proliferação das denúncias. E a própria Academia fez algo até recentemente impensável: expulsou Harvey Weinstein. Weinstein foi um dos fundadores da Miramax, empresa que dominou a premiação do Oscar nos anos 1990 e acabou absorvida pela Disney. Mais recentemente, ele comandava a empresa que leva seu nome, The Weinstein Company, e, ao todo, suas produções tiveram 303 indicações ao Oscar e renderam 75 estatuetas. Para dar dimensão de sua importância, um levantamento da revista Newsweek observou que o nome de Harvey Weinstein é o segundo mais citado nos discursos de agradecimento dos vencedores do Oscar em todos os tempos, atrás apenas de Steven Spielberg – e na frente de Deus, por exemplo. E ele foi expulso da Academia sem cerimônia e sem direito de poder, nunca mais, participar da premiação. Quem também caiu em desgraça foi Kevin Spacey, vencedor de dois Oscar – Melhor Ator Coadjuvante por “Os Suspeitos” (1995) e Melhor Ator por “Beleza Americana” (2000). Seu escândalo de abuso sexual estourou após as filmagens de “Todo o Dinheiro do Mundo”, e a reação do diretor Ridley Scott, ao ver o trabalho sob risco de jamais ser lançado por conta da repercussão negativa, foi correr para retirar o ator de cena – com o filme pronto! Christopher Plummer foi chamado às pressas para refilmar as cenas de Spacey na pós-produção. A solução dispendiosa envolveu não apenas mais um salário, mas também refilmagens extensas. E Scott só conseguiu o aval da Sony ao prometer que entregaria a nova versão do filme, sem Spacey, no prazo da estreia oficial: 22 de dezembro nos Estados Unidos. Mesmo assim, o filme acabou adiado para 25 de dezembro, ainda a tempo de ser considerado pelo Oscar. E, de fato, “Todo o Dinheiro do Mundo” acabou conseguindo indicação. No singular. Para Plummer, o substituto de última hora – que antes chegou a ser nomeado ao Globo de Ouro. A grande ironia é que o ator veterano tinha sido a escolha original do diretor para o papel, mas a Sony pressionou por Spacey, um astro mais “atual”. A questão que se coloca agora é em que pé fica o favoritismo de Gary Oldman, que está faturando tudo – Globo de Ouro, Critics Choice e SAG – , mas teve acusações de agressões físicas contra a ex-mulher trazidas à tona no começo desta largada para a consagração. Vale observar que, embora seja tão ou mais repugnante que assédio, a violência doméstica não faz parte da pauta de reivindicações atuais do movimento #Metoo, apesar de pelo menos um caso ter rendido polêmica recente nas redes sociais – Johnny Depp vs Amber Heard – e um diretor – Mel Gibson – ter caído em ostracismo após denúncias da ex-namorada. Sinal dos tempos é que há até uma campanha online para impedir a participação de Casey Affleck na cerimônia deste ano. Ele teria presença garantida graças a uma tradição antiga da Academia, na qual o vencedor da categoria de Melhor Ator apresenta o prêmio de Melhor Atriz do ano seguinte. Quase 20 mil pessoas assinaram o abaixo-assinado no site Change.org para que ele não seja convidado para apresentar o Oscar. Sem Franco e com Oldman sob risco, o jovem Timothée Chalamet pode realizar a maior subversão de expectativas da história do Oscar. Ele teve o bom gosto de participar de dois dos melhores filmes do ano, “Lady Bird”, vencedor do Globo de Ouro de Melhor Comédia, e “Me Chame pelo seu Nome”, vencedor do Gotham Awards, e é por este último que disputa o troféu da Academia. Alguns poderão reclamar, mas não haveria injustiça na consagração do jovem ator de 22 anos. Ele já foi premiado como Revelação do Ano pelo Gotham Awards, além de vencer como Melhor Ator em diversos festivais e listas de associações de críticos dos Estados Unidos. Também disputou o prêmio do Sindicato dos Atores e concorre ao Spirit Awards, o “Oscar indie”. O fato de interpretar um jovem que desperta para a homo-afetividade serve como um cutucão final contra a cultura machista até recentemente dominante em Hollywood. A lista com os Melhores Atores ainda traz outra demografia importante. Dos cinco indicados, dois são negros: Daniel Kaluuya, (“Corra!”) e Denzel Washington (“Roman J. Israel, Esq.”). Há também duas atrizes negras disputando a categoria de Coadjuvantes: Mary J. Blige (“Mudbound: Lágrimas Sobre o Mississippi”) e Octavia Spencer (“A Forma da Água”). São menos indicados que o ano passado – quando a lista trouxe sete atores negros – mas, ainda assim, um contraste com a situação de dois anos atrás, quando nenhum negro foi indicado em nenhuma categoria. Esta representatividade é reflexo de outra luta de empoderamento: por maior inclusão racial. Mas embute uma curiosa discussão de bastidores de Hollywood, trazida à tona num desabafo espontâneo de Samuel L. Jackson, que reclamou da quantidade de atores britânicos em papéis de negros americanos. Daniel Kaluuya respondeu à altura, afirmando que ingleses também tinham experiência própria para viver vítimas de racismo. Entretanto, é relevante apontar que o escravo americano de “12 Anos de Escravidão”, o líder do movimento dos direitos civis americanos, Martin Luther King, em “Selma”, e o policial negro em meio ao conflito de “Detroit em Rebelião” foram interpretados por atores britânicos. O Oscar 2018 evita alongar esta polêmica ao incluir também Denzel Washington, o mais premiado ator negro dos Estados Unidos, vencedor de duas estatuetas da Academia – Melhor Ator Coadjuvante por “Tempos de Glória” (1989) e Melhor Ator por “Dia de Treinamento” (2001). Sua inclusão da disputa por “Roman J. Israel, Esq.” foi antecedida por nomeações ao Globo de Ouro e SAG, mas seu desempenho vinha sendo subestimado, porque o filme não teve críticas positivas. A cerimônia de entrega de prêmios acontece no dia 4 de março, com apresentação de Jimmy Kimmel e transmissão no Brasil pelos canais Globo e TNT. Confira aqui a lista completa dos indicados.
SAG Awards: Gary Oldman e Frances McDormand vencem o prêmio do Sindicato dos Atores
O Sindicado dos Atores dos Estados Unidos (SAG, na sigla em inglês) premiou, em cerimônia realizada na noite de domingo (21/1) em Los Angeles, Gary Oldman e Frances McDemond como os Melhores Atores do ano, respectivamente por “O Destino de uma Nação” e “Três Anúncios para um Crime”. Eles eram favoritos ao prêmio, após faturarem previamente o Globo de Ouro e o Critics Choice. A cerimônia foi marcada pelo tema dos assédios sexuais em Hollywood, com direito a homenagem às atrizes e atores que romperam o silêncio com as primeiras denúncias contra Harvey Weinstein. Para marcar o tom, o evento foi apresentado apenas por mulheres. Mesmo assim, o ator James Franco, alvo de acusações mais recentes, foi aplaudido ao ter seu nome anunciado como concorrente, por “Artista do Desastre”. No balanço geral, “Três Anúncios para um Crime” foi o filme mais premiado da noite, faturando também os troféus de Melhor Ator Coadjuvante, para Sam Rockwell, e de Melhor Elenco de cinema. O troféu de Melhor Atriz Coadjuvante ficou com Allison Janney, por “Eu, Tonya”. Os vencedores do Sindicato largam como favoritos ao Oscar 2018. Para dar a dimensão da forte confluência entre as duas premiações, nesta década quase todos os atores que venceram o SAG conquistaram também o Oscar. As exceções ficaram por conta de dois atores negros: Viola Davis, premiada em 2012 por “Histórias Cruzadas”, perdeu o Oscar para Meryl Streep por “A Dama de Ferro”, e Denzel Washington, vencedor no ano passado por “Um Limite Entre Nós”, viu o Oscar ir para Casey Affleck, por “Manchester à Beira-Mar”. A diferença é maior entre os coadjuvantes, mesmo assim a margem de divergência permanece pequena. O SAG Awards também premiou as melhores interpretações televisivas, consagrando os elencos de “Veep” entre as comédias – inclusive a atriz Julia Louis-Dreyfus, que atualmente enfrenta um câncer – , “Big Little Lies” entre as séries limitadas, e “This Is Us” entre os dramas. A surpresa ficou por conta da vitória de Claire Foy, como Melhor Atriz por “The Crown”, sobre a favorita Elisabeth Moss, de “The Handmaid’s Tale”. A série mais premiada do ano acabou esnobada pelo Sindicato. O canal pago TNT exibe a cerimônia completa na noite desta segunda (22/1). Confira abaixo a lista dos atores premiados. VENCEDORES DO SAG AWARDS 2018 CINEMA Melhor Ator Gary Oldman, “O Destino de uma Nação” Melhor Atriz Frances McDormand, “Três Anúncios Para Um Crime” Melhor Ator Coadjuvante Sam Rockwell, “Três Anúncios Para Um Crime” Melhor Atriz Coadjuvante Allison Janney, “Eu, Tonya” Melhor Elenco “Três Anúncios Para Um Crime” Melhor Performance de Dublês “Mulher Maravilha” TELEVISÃO Melhor Ator em Série Dramática Sterling K. Brown, “This Is Us” Melhor Atriz em Série Dramática Claire Foy, “The Crown” Melhor Ator em Série de Comédia William H. Macy, “Shameless” Melhor Atriz em Série de Comédia Julia Louis-Dreyfus, “Veep” Melhor Ator em Telefilme ou Série Limitada Alexander Skarsgard, “Big Little Lies” Melhor Atriz em Telefilme ou Série Limitada Nicole Kidman, “Big Little Lies” Melhor Elenco em Série Dramática “This Is Us” Melhor Elenco em Série de Comédia “Veep” Melhor Performance de Dublês em Série “Game of Thrones”
James Franco pretende ir ao SAG Awards, premiação do Sindicato dos Atores
Depois de faltar ao Critics Choice, para evitar o mal-estar de ter virado alvo de denúncias de abuso sexual, o ator James Franco decidiu que irá comparecer ao SAG Awards, a premiação do Sindicado de Atores, que acontece neste domingo (21/1) nos Estados Unidos. Um representante do ator confirmou ao canal de notícias CNN que ele será um dos quase 2 mil convidados da cerimônia. Franco concorre ao SAG Award de Melhor Ator por “Artista do Desastre”, na premiação deste ano. Ele já venceu como Melhor Ator de Comédia no Globo de Ouro e no Critics Choice e uma terceira vitória consecutiva abriria caminho para seu primeiro Oscar. Entretanto, ao conquistar o Globo de Ouro, ele exibiu um broxe da iniciativa Time’s Up, de apoio à vítimas de assédio, o que irritou algumas pessoas e motivou denúncias de abuso do ator nas redes sociais. As manifestações levaram o jornal Los Angeles Times a repercutir as acusações, numa reportagem em que mais mulheres compartilharam experiências de assédio do ator. Franco negou todas as alegações de assédio e disse que “as coisas que ouvi falar, que estão no Twitter, não estão corretas”. Apesar disso, ele afirmou, em entrevista ao programa “Late Show”, ser a favor de que essas denúncias sejam feitas. “Apoio completamente as pessoas a exporem isso e terem a possibilidade de ter voz, afinal, elas não tiveram por tanto tempo. Eu não quero calá-las. Acho que é algo bom e eu apoio”. O SAG Awards 2018 terá uma anfitriã pela primeira vez em sua história, a atriz Kristen Bell (da série “The Good Place”). Além disso, todas as categorias da premiação serão apresentadas por mulheres. O evento será transmitido no Brasil pelo canal pago TNT com um dia de atraso, na noite de segunda-feira (22/1). “Artista do Desastre”, por sua vez, estreia nos cinemas brasileiros na quinta (25/1).
James Franco escreveu livro em que se gabava de seduzir muitas mulheres
O ator James Franco, acusado de assédio sexual nesta semana por ex-alunas de sua escola de atuação, descreveu com riqueza de detalhes no livro “Actors Anonymous”, de 2013, como seduzia jovens. A revista Variety lembrou da publicação infame, que foi destruída pela crítica, pela forma como o ator se gabava de suas conquistas sexuais. “Eu tinha uma rotina em que eu podia ver uma pessoa diferente a cada noite”, escreveu Franco. No livro, ele afirma que suas frequentes viagens permitiam que ele conhecesse mulheres de todas as partes do mundo, e aproveitava encontros com fãs para seduzir garotas. “Uma das minhas abordagens favoritas era pedir às garotas que tirassem uma foto comigo e depois me mandasse por e-mail uma cópia. Desta forma, eu poderia dar os meus contatos rapidamente na frente de uma multidão de fãs e mais tarde poder vê-las”, contou. Um desses casos ocorreu em Toronto onde ele estava para divulgar o filme “127 Horas”, do qual foi indicado ao Oscar. Franco conta que uma menina de “boa aparência” pediu uma foto com ele. Mais tarde, ela enviou a imagem por e-mail. Mas era tarde demais porque Franco já estava dormindo com uma garota de Princeton que “se ofereceu no festival”. “Nos meses seguintes, ela me enviou muitas fotos de seu corpo, especialmente do ponto G. Então, quando ela finalmente chegou no meu apartamento no Lower East Side, eu estava pronto e ela estava pronta. Ela não só me permitiu fazer tudo o que eu queria com ela, como também me deixou filmá-la com meu celular”. O ator também afirma no livro gostar de ser celebridade, dizendo que isso o ajuda a ter muito sexo. “Eu tinha muito sexo. Muito”, escreveu. “A maioria dos atores tem isso e capitaliza em cima de sua celebridade. É engraçado, muitos caras que se tornaram atores eram tímidos ou nerds ou sensíveis quando eram jovens. Então, quando eles se tornam famosos, realmente compensam aqueles anos em que foram rejeitados”.
Cinco atrizes acusam James Franco de abuso sexual
A vitória de James Franco como Melhor Ator de Comédia por “Artista do Desastre”, no Globo de Ouro 2018, deixou muita gente indignada. Após as denúncias de abusos ventiladas no Twitter, cinco mulheres acusaram o ator de assédio sexual numa reportagem do jornal Los Angeles Times publicada nesta quinta-feira (11/1). Quatro das acusadoras cursaram a escola de atuação Franco’s Studio 4, fundada em 2014 pelo artista, enquanto a quinta disse ao jornal que considerava Franco um “mentor”. Sarah Tither-Kaplan, que havia denunciado Franco no Twitter, explicou ao jornal que foi escalada para atuar no filme “The Long Home” como prostituta e depois foi chamada para fazer uma cena “bônus” onde representaria uma orgia com Franco simulando sexo oral em diversas mulheres. A atriz disse que Franco removeu o tapa-sexo que cobria sua vagina e continuou a simular o sexo oral sem proteção. Em outro momento, as atrizes foram instruídas a fazer topless e a dançar ao redor de Franco, em uma cena que não estava originalmente no roteiro. “Eu percebi rapidamente que, OK, você não diz ‘não’ para este cara”, afirmou Tither-Kaplan. Katie Ryan, que também estudou na Studio 4, disse que Franco dava a entender que todas teriam chance em algum filme se elas estivessem dispostas a encenar atos sexuais ou fazerem topless. Ela disse ainda que Franco sempre enviava e-mails em massa sobre audições para papeis de prostitutas. Outras duas mulheres, Hilary Dusome e Natalie Chmiel, também reclamaram do comportamento do ator quando ele dava aulas de atuação no Playhouse West, antes de fundar a Studio 4. Elas disseram que, em uma ocasião, Franco pediu que as meninas tirassem as blusas, porém nenhuma delas aceitou. Segundo Chmiel, o ator ficou visivelmente nervoso com a negativa. As denúncias surgiram após James Franco ir ao Globo de Ouro com o broche do movimento “Times Up”, criado para ajudar vítimas de assédio sexual em Hollywood. A primeira pessoa a denunciar o ator foi a atriz Violet Paley, ainda durante a premiação do Globo de Ouro. “Que fofo esse pin do #TimesUp, James Franco”, ela escreveu no Twitter, acrescentando: “Você se lembra de quando empurrou a minha cabeça para perto do seu pênis exposto no carro? E aquela outra vez em que você falou para uma amiga minha ir até o seu hotel quando ela tinha 17 anos? Isso depois de você já ter sido pego fazendo aquilo com outra menina de 17 anos?” Ao jornal, Violet Paley deu mais detalhes. “Eu estava conversando com ele quando, de repente, seu pênis estava para fora. Eu fiquei realmente nervosa e disse: ‘Podemos fazer isso depois?’. Ele estava abaixando a minha cabeça e eu não queria que ele me odiasse, então eu fiz isso”. A atriz Ally Sheedy, estrela do clássico adolescente “Clube dos Cinco” (1985), também publicou tuítes sobre supostos abusos de Franco, mas os apagou e não quis comentar mais sobre o assunto. “James Franco acaba de ganhar. Por favor, nunca me perguntem por que eu deixei a indústria de cinema/TV”, ela escreveu, durante a exibição do Globo de Ouro na TV. “Ok, espera. Tchau. Christian Slater e James numa mesa no Globo de Ouro. #MeToo. Por que um homem está apresentando [a cerimônia]? Por o James Franco foi autorizado a entrar? Já falei demais. Boa noite, amo vocês”. O advogado do artista contestou as acusações e lembrou os comentários feitos por Franco em entrevista a Stephen Colbert após a premiação. Na ocasião, ele abordou os tuítes. “Eu não tenho ideia do que fiz à Ally Sheedy. Eu não tive nada além de um ótimo tempo com ela. Tenho total respeito e não sei porque ela ficou chateada. Mas ela apagou o tuíte e não posso falar por ela”. Sobre as demais, o ator disse que “assume a responsabilidade pelos seus atos” e que está sempre disposto a se corrigir quando comete erros. Mas ressaltou: “As coisas que ouvi falar, que estão no Twitter, não estão corretas”.
James Franco diz que acusações de assédio contra ele “não estão corretas”, mas apoia sua divulgação
O ator americano James Franco falou pela primeira vez sobre as acusações de assédio sexual que apareceram no Twitter, após sua vitória no Globo de Ouro 2018. Em entrevista ao programa “Late Show”, na noite de terça-feira (9/1), Franco disse que não havia lido as postagens, mas tinha ouvido falar sobre as denúncias. Ele negou que tenha cometido alguma conduta sexual inapropriada. James Franco comentou diretamente uma mensagem postada por Ally Sheedy (do clássico “Clube dos Cinco”), que foi apagada. A atriz, com quem ele trabalhou numa peça em 2014, havia postado “James Franco venceu. Por favor nunca me perguntem por que eu deixei a indústria cinematográfica e televisiva”. Ela ainda complementou. “Ok, espera. Tchau. Christian Slater e James numa mesa no Globo de Ouro. #MeToo. Por que um homem está apresentando [a cerimônia]? Por o James Franco foi autorizado a entrar? Já falei demais. Boa noite, amo vocês”. “Eu não tenho ideia do que fiz à Ally Sheedy. Eu não tive nada além de um ótimo tempo com ela. Tenho total respeito e não sei porque ela ficou chateada. Mas ela apagou o tuíte e não posso falar por ela”. Sobre as demais, o ator disse que “assume a responsabilidade pelos seus atos” e que está sempre disposto a se corrigir quando comete erros. Mas ressaltou: “As coisas que ouvi falar, que estão no Twitter, não estão corretas”. Mesmo assim, o ator afirmou ser a favor de que essas denúncias sejam feitas. “Apoio completamente as pessoas a exporem isso e terem a possibilidade de ter voz, afinal, elas não tiveram por tanto tempo. Eu não quero calá-las. Acho que é algo bom e eu apoio”. Ele completa: “Se eu fiz algo errado, eu vou consertar. Eu tenho que fazer isso. Eu não sei o que mais poderia fazer. Em relação à questão maior sobre como fazer isso, eu não tenho respostas. Acho que o ponto central disto é que nós devemos ouvir. Estou aqui para ouvir e mudar minha perspectiva onde ela estiver errada. Estou completamente disposto e quero fazer isso”.











