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Netflix oficializa minissérie baseada em “Vidas Amargas” com Florence Pugh
Produção é comandada por Zoe Kazan, neta do diretor do filme original de 1955, que lançou a carreira de James Dean
Clássico “Vidas Amargas” vai virar minissérie com Florence Pugh
A atriz Florence Pugh (“Viúva Negra”) vai estrelar uma nova minissérie baseada no livro “A Leste do Éden” (East of Eden) do romancista John Steinbeck, em desenvolvimento na Netflix. A produção contará com Zoe Kazan (“Doentes de Amor”) como roteirista e produtora executiva. Zoe Kazan é neta do famoso cineasta Elia Kazan, que dirigiu a primeira adaptação da obra para o cinema, lançada em 1955 e responsável por lançar a carreira de James Dean. O filme é conhecido no Brasil pelo título “Vidas Amargas”. Florence Pugh interpretará Cathy Ames, descrita como “um verdadeiro monstro, sem sensibilidade e sem consciência”. Na trama, a personagem é mãe dos protagonistas, irmãos destinados a repetir a trajetória de Caim e Abel. A idade da atriz sugere uma abordagem com ênfase na primeira parte da história, centrada no relacionamento entre Adam (nome nada sutil) e Cathy (uma Eva que reflete a visão bíblica da mulher pecaminosa – que cedeu à tentação e fez a humanidade ser expulsa do Éden). No filme de 1955, a personagem apareceu apenas brevemente como uma mulher idosa (interpretada por Jo Van Fleet), porque a produção clássica centrava sua trama na segunda parte do livro e nos filhos crescidos, interpretados por James Dean (Carl, o Caim) e Richard Davalos (Aron, o Abel). Mas a história completa de Adam e Cathy já foi contada na TV, numa minissérie de duas partes em 1981. A primeira parte destacava Jane Seymour no papel da mulher pecaminosa. Ainda não há informações sobre data de estreia ou previsão para o início das gravações. Veja abaixo o trailer do filme clássico.
James Dean vai estrelar novo filme por meio de computação gráfica
O ator James Dean, que morreu em 1955 em um acidente de carro, após apenas três longas (todos clássicos), vai estrelar seu quarto filme. Por meio de imagens geradas por computador, ele voltará às telas em “Finding Jack”, um filme sobre a guerra do Vietnã. Dirigido por Anton Ernst e Tati Golykh, que só fizeram curta-metragens, o projeto é uma produção independente da Magic City Films, recém-lançada pelos próprios cineastas, após obterem da família do ator os direitos de usar sua imagem. Uma empresa do Canadá e outra da África do Sul vão trabalhar em conjunto para criar o que a dupla descreve como “uma versão realista de James Dean”. A produção não será uma animação, mas a performance de Dean será construída por efeitos visuais, usando cenas de seus filmes reais e fotografias como base. Ao final, ele será dublado por outro ator. O “James Dean” digital interpretará um personagem chamado Rogan, considerado um coadjuvante da trama, que é baseada num romance de Gareth Crocker sobre o abandono de mais de 10 mil cães militares no final da Guerra do Vietnã. “Buscamos o personagem perfeito para interpretar o papel de Rogan, que possui algumas características extremamente complexas, e após meses de pesquisa, decidimos por James Dean”, disse o diretor Anton Ernst, em comunicado. “Nos sentimos muito honrados por sua família nos apoiar e tomar todas as precauções para garantir que seu legado como uma das estrelas de cinema mais épicas até hoje seja mantido intacto. A família vê isso como seu quarto filme, um filme que ele nunca conseguiu fazer. Não vamos decepcionar seus fãs.” A pré-produção de “Finding Jack” vai começar em 17 de novembro, com a meta de um lançamento mundial para 11 de novembro de 2020 (Dia dos Veteranos de Guerra nos EUA). Ernst acrescentou: “Nossos parceiros na África do Sul estão muito entusiasmados com isso, pois essa tecnologia também seria empregada para recriar ícones históricos como Nelson Mandela para contar histórias importantes sobre o patrimônio cultural”.
Estreias: Tarzan é o rei dos cinemas neste fim de semana
Tarzan volta às selvas com grande orçamento e inúmeros efeitos visuais, no maior lançamento desta quinta (21/7) no Brasil. Acompanhado pelo ator Alexander Skarsgård (série “True Blood”), que veio ao país para entrevistas e première, “A Lenda de Tarzan” chega em 840 salas, incluindo 555 telas 3D e todo o circuito IMAX (12 salas). Com direção de David Yates, responsável pelos quatro últimos filmes de “Harry Potter”, o longa custou uma fortuna (US$ 180 milhões), mas teve apenas desempenho modesto nos EUA (levou 18 dias para superar os US$ 100 milhões). A crítica americana não gostou (36% de aprovação no site Rotten Tomatoes), mas o público aprovou (A- no CinemaScore). A Warner agora torce pelo sucesso internacional. A segunda maior estreia é uma comédia nacional. Apesar de ter Ingrid Guimarães (“De Pernas pro Ar”) no elenco, “Entre Idas e Vindas” não é um besteirol ululante. Trata-se de um romance com final e elenco de novela, sobre como Fabio Assunção (novela “Totalmente Demais”) e seu filho vão parar num motor home cheio de mulheres. A direção de José Eduardo Belmonte transmite mais seriedade ao projeto, que visivelmente possui baixo orçamento, mas, por outro lado, os cinéfilos talvez preferissem um trabalho menos ligeiro do grande cineasta brasiliense. Estreia em 283 salas. A melhor comédia da semana, na verdade, é americana: “Dois Caras Legais“, do cineasta Shane Black (“Homem de Ferro 3”). Passada nos anos 1970, com figurino, música e recriação até do espírito dos filmes da época, traz Russel Crowe (“Noé”) e Ryan Gosling (“A Grande Aposta”) como detetives investigando o sequestro de uma jovem em plena era das discotecas. Hilário, o filme tem 91% de aprovação no Rotten Tomatoes, feito raríssimo para comédias. Ocupa 215 salas. Em contraste, o principal lançamento da semana é restrito a 46 salas – sendo 12 CEUs, do circuito SPCine na capital paulista. Trata-se do novo drama de Anna Muylaert, diretora do aclamado “Que Horas Ela Volta?” (2015). Com tema diferente, mas núcleo similar, de mãe, filho e deslocamento da representação do lar, “Mãe Só Há Uma” parte de uma história real para contar a história de um adolescente que descobre ter sido roubado na maternidade e que, após tratar a ladra como mãe por toda a vida, precisa se readequar à família biológica. Para complicar, ele também atravessa crise de identidade sexual. O filme destaca o estreante Naomi Nero (sobrinho de Alexandre Nero) como protagonista, uma grata revelação com futuro brilhante, além de Daniela Nefussi (“É Proibido Fumar”) em dois papéis, como as mães (de criação e biológica) do menino, num artifício que visa destacar a confusão criada na cabeça do rapaz. Filmaço para poucos. O circuito limitado também recebe o drama francês “Chocolate” em 55 salas, mostrando Omar Sy (“Intocáveis”) como o primeiro palhaço negro de circo da França, no século 19. Em 32 salas, “Life – Um Retrato de James Dean”, traz Robert Pattinson (“Mapa para as Estrelas”) como o fotógrafo que ajudou a criar a aura de mito que acompanhou a curta carreira do astro de “Juventude Transviada” (1955). Por fim, a comédia espanhola “Um Dia Perfeito” mostra seu humor negro em quatro salas, com Benício Del Toro (“Sicario”) liderando um grupo de agentes humanitários em meio a uma zona de conflito armado.
Life: Dane DeHaan é James Dean em novo trailer de cinebiografia
A Cinedigm divulgou um novo trailer da cinebiografia do ator James Dean, “Life”, dirigida por Anton Corbijn (“O Homem Mais Procurado”). A prévia registra as tentativas do fotógrafo Dennis Stock (vivido por Robert Pattinson, da saga “Crepúsculo”) para registrar as imagens mais célebres de Dean (interpretado por Dane DeHaan, de “O Espetacular Homem-Aranha 2”). Boa parte da trama transcorre em ritmo de road-movie, passado em 1955, ano em que Stock percorreu os EUA com a missão de fotografar o ator para a revista Life. O elenco também conta com Ben Kingsley (“Homem de Ferro 3”) e Alessandra Mastronardi (“Para Roma, com Amor”). “Life” teve première mundial no Festival de Berlim, estreia em 4 de dezembro nos EUA, mas ainda não tem previsão de lançamento no Brasil.



