Benedetta: Nova polêmica de Paul Verhoeven ganha primeiro trailer
O cineasta Paul Verhoeven, que nunca foi acusado de timidez, mergulha com tudo na “nunsploitation”, o subgênero trash dos filmes de freiras lésbicas e vítimas de sadismo, em seu mais recente filme. Selecionado para o Festival de Cannes deste ano, “Benedetta” ganhou pôster e seu primeiro trailer. A prévia avisa que a produção é baseada em história real. A trama se passa no final do século 15, enquanto a peste assola a Europa, e Benedetta Carlini ingressa no convento de Pescia, na região italiana da Toscana, como uma noviça que desde muito cedo parece fazer milagres. Seu impacto na vida da comunidade é imediato e chama atenção do Vaticano. Mas logo sua pureza é confrontada pela chegada de uma jovem tentadora ao convento, que decide seduzi-la. Com roteiro de David Birke, que volta a trabalhar com Verhoeven após a parceria em “Elle” (2016), o filme adapta o livro “Atos Impuros: A Vida de uma Freira Lésbica na Itália da Renascença”, da historiadora Judith C. Brown. A história, que mistura religião com erotismo e polêmica, se encaixa perfeitamente na filmografia do diretor holandês de “Louca Paixão” (1973), “Conquista Sangrenta” (1985), “Instinto Selvagem” (1992) e “Showgirls” (2005). “Benetta” também é a segunda produção de Verhoeven falada em francês, justamente após “Elle”, seu filme mais recente. O elenco inclui Virginie Efira (“Elle”), Daphné Patakia (“Versailles”), Charlotte Rampling (“45 Anos”), Lambert Wilson (“Homens e Deuses”) e Olivier Rabourdin (“Busca Implacável”). A estreia vai acontecer em 9 de julho na França, após a première no Festival de Cannes.
Tom Holland vai estrelar nova série da Apple TV+
A Apple TV+ está expandindo seu relacionamento com Tom Holland. Depois de estrelar o drama “Cherry” na plataforma de streaming, o novo Homem-Aranha da Marvel vai encabeçar o elenco de “The Crowded Room”, uma nova série criada por Akiva Goldsman (roteirista vencedor do Oscar por “Uma Mente Brilhante”). Com formato de antologia, a série irá explorar histórias verdadeiras e inspiradoras de pessoas que enfrentam doenças mentais. A 1ª temporada será baseada na biografia de Daniel Keyes, “The Minds of Billy Milligan”. Holland vai viver Billy Millilgan, que foi a primeira pessoa a ser absolvida de um crime por causa do Transtorno de Personalidades Múltiplas (atualmente chamado de Transtorno Dissociativo de Identidade). Além de estrelar, Holland será um dos produtores, por meio de sua empresa EMJAG Productions, junto com Goldsman, a produtora New Regency e o recém-lançado estúdio da Apple – que, assim como seus concorrentes, decidiu ter uma participação acionária em seu conteúdo original.
Pureza: Dira Paes denuncia trabalho escravo em trailer de filme importante
A Downtown Filmes divulgou o pôster e o trailer de “Pureza”, drama em que Dira Paes vive uma mãe desesperada em busca do filho desaparecido e se transforma em testemunha da prática do trabalho escravo no interior do Brasil. Na trama, Pureza (Dira) segue os passos do filho, “contratado” para trabalhar como boia fria, e vira cozinheira de uma fazenda onde jagunços impõem com terror e violência a escravidão de trabalhadores braçais, enganados com a promessa de emprego e transformados em prisioneiros. Ela escapa e tenta denunciar a tortura e até assassinatos que presenciou, mas o esquema é forte e desdenha de sua acusação “sem provas”, enquanto o abuso segue sendo feito em propriedades de pessoas poderosas. Só que Pureza também é muito forte e empoderada. A trama é baseada na história real de uma mãe, Dona Pureza Lopes Loyola, que se tornou símbolo da luta contra o trabalho escravo no Brasil e ganhou o Prêmio Antiescravidão, oferecido pela organização não-governamental britânica Anti-Slavery International. O diretor e roteirista Renato Barbieri já tinha assinado um documentário sobre o tema, “Servidão” (2019). Filmado no Pará e em Brasília em 2018, “Pureza” foi exibido no Festival do Rio de 2019 e rendeu o troféu de Melhor Atriz para Dira Paes no Festival Inffinito, antigo Brazilian Film Festival de Miami. A expectativa é que o lançamento aconteça nos cinemas em dezembro. Ver essa foto no Instagram Cartaz oficial de "Pureza", filme inspirado na história real de uma mãe que luta para livrar seu filho do trabalho escravo. ⠀ Dira Paes interpreta Dona Pureza, que luta contra um sistema forte e perverso, protagonizando este longa-metragem emocionante, sucesso de festivais e premiado internacionalmente. ⠀ ….. #PraCegoVer #PraTodosVerem Na imagem vemos o cartaz oficial do filme Pureza. Podemos ver a protagonista em primeiro plano com expressão de indignação nos olhos, enquanto ao fundo, homens trabalham na lavoura embaixo de sol escaldante. Na parte inferior do cartaz, há casas sob um solo de terra e algumas árvores complementam a composição. Fim da descrição. ⠀ #audiovisual #oscar2021 #purezaofilme #dtfilmes Uma publicação compartilhada por DOWNTOWN FILMES (@dtfilmes) em 10 de Nov, 2020 às 9:04 PST
Baby: Última temporada da série italiana ganha trailer legendado
A Netflix divulgou o pôster e o trailer legendado da 3ª e última temporada da série italiana “Baby”. A prévia mostra as protagonistas Chiara (Benedetta Porcaroli) e Ludovica (Alice Pagani), tendo que arcar com as consequências de suas ações. Os primeiros episódios renderam polêmica na Itália, por retratarem sexo de menores. Mas a trama é supostamente “baseada em uma história real”. Na verdade, um escândalo que ocupou muitas páginas da imprensa do país, conhecido como o caso de Baby Squillo. Em 2013, foi revelado que o ex-policial Mauro Floriani, marido de Alessandra Mussolini, a neta do ex-ditador fascista Benito Mussoloni, comandava um esquema de prostituição com garotas entre 14 e 16 anos. Contratadas para entreter clientes importantes durante festas, elas ganhavam milhares de euros para comprar roupas de grifes famosas e celulares de última geração. A série acompanha duas garotas em situações como as do escândalo real, alternando seu cotidiano entre os dias na escola e as noites nas baladas. Até que suas atividades deixam de ser um segredo. Dirigida pelos cineastas Andrea De Sica (I Figli della Notte”) e Letizia Lamartire (“Saremo Giovani e Bellissimi”), a 3ª temporada terá mais 6 episódios e chega ao streaming em 16 de setembro.
Viola Davis será guerreira amazona no novo filme da diretora de The Old Guard
A diretora Gina Prince-Bythewood já definiu seu próximo projeto após lançar a adaptação de quadrinhos “The Old Guard” na Netflix com críticas positivas (82% de aprovação no Rotten Tomatoes). Ela vai dirigir Viola Davis no drama de ação “The Woman King” para o estúdio TriStar, da Sony. Inspirado em fatos reais, o filme vai contar a história de Nanisca (Davis), uma guerreira africana do século 18. Nanisca era general de uma unidade militar feminina, cujas guerreiras chegaram a ser chamadas de Amazonas pelos colonizadores. Durante dois séculos, elas defenderam o Reino de Daomé, uma das nações africanas mais poderosas da era moderna, contra os colonizadores franceses e as tribos vizinhas que tentavam invadir o país, escravizar seu povo e destruir tudo o que representavam. As Agojie de Daomé são a inspiração das guerreiras Dora Milaje, vistas nos quadrinhos e filmes do “Pantera Negra”. Outra curiosidade de Daomé é o que o país foi o primeiro a reconhecer a independência do Brasil, em 1822, enviando representantes diplomáticos à corte imperial de Dom Pedro I. Infelizmente, o reino africano acabou conquistado pelos franceses no começo dos anos 1900, passando meio século como colônia, antes de retomar sua independência e virar a atual República de Benim. “The Woman King” vai se concentrar na relação de Nanisca e sua filha Nawi, que também foi uma guerreira amazona. A atriz Lupita Nyong’o (de “Pantera Negra”) negocia o papel de Nawi. Ainda não há previsão para as filmagens ou data de estreia da produção.
Leonardo DiCaprio vai produzir filme baseado no documentário Virunga
O documentário “Virunga”, sobre o trabalho de um grupo de voluntários que tenta salvar os últimos gorilas do Congo da extinção, em meio à guerra civil, será dramatizada num filme da Netflix. A adaptação será produzida pelo astro Leonardo DiCaprio, produtor do documentário original, e dirigida por Barry Jenkins, do filme vencedor do Oscar “Moonlight”. Distribuído mundialmente pela Netflix, “Virunga” disputou o Oscar de Melhor Documentário e atingiu uma rara unanimidade positiva entre a crítica, com 100% de aprovação no site Rotten Tomatoes. Por enquanto, não há qualquer informação sobre elenco ou previsão de estreia da dramatização da história real. Veja o trailer do documentário abaixo.
Warner libera filme Luta por Justiça para o público aprender sobre racismo estrutural
A Warner resolveu disponibilizar de graça nos EUA a versão digital de “Luta por Justiça”, filme de 2019 que aborda o preconceito racial do sistema de justiça do país. O objetivo é oferecer uma fonte de referência sobre o racismo estrutural americano, que tem gerado situações como o assassinato de George Floyd e motivado os protestos antirracistas dos últimos dias. No longa, Michael B. Jordan (“Pantera Negra”) interpreta o advogado Bryan Stevenson que assume o caso de um homem negro (Jamie Foxx, de “O Espetacular Homem-Aranha 2”) condenado à morte por assassinato, apesar das evidências comprovarem sua inocência. Enquanto luta pela vida de seu cliente, ele enfrenta todo tipo de obstáculo racista e manobras legais do sistema para levar o inocente à morte, apenas por ser negro. A trama é baseada em fatos reais e tem direção do cineasta Destin Daniel Cretton (“O Castelo de Vidro”), que vai dirigir “Shang-Chi and the Legend of the Ten Rings” para a Marvel. O anúncio da liberação de “Luta por Justiça” foi feito nesta terça (2/6), no Twitter oficial do filme. “Acreditamos no poder da história. Nosso filme ‘Luta por Justiça’, baseado no trabalho da vida do advogado de direitos civis Bryan Stevenson, é um recurso que podemos humildemente oferecer a quem estiver interessado em aprender mais sobre o racismo sistêmico que atormenta nossa sociedade. Durante o mês de junho, o filme estará disponível gratuitamente em plataformas digitais de VOD nos EUA”, diz o texto. “Para participar ativamente da mudança que nosso país está buscando tão desesperadamente, encorajamos vocês a aprender mais sobre o nosso passado e as inúmeras injustiças que nos levaram aonde estamos hoje. Obrigado aos artistas, equipe e advogados que ajudaram a fazer esse filme acontecer. Assista com sua família, amigos e aliados”, completa. Não há informação sobre a extensão dessa iniciativa a outros países. No Brasil, “Luta por Justiça” ainda está sendo oferecido para locação digital por R$ 14,90 nos sites de VOD. Veja abaixo o trailer legendado do filme.
Revelação de Projeto Flórida é repórter mirim no trailer da série Home Before Dark
A Apple divulgou três fotos e o primeiro trailer de “Home Before Dark”, série inspirada na história real de Hilde Lysiak, que, obcecada em virar repórter, desvendou um crime sozinha aos 11 anos de idade. A personagem é vivida por Brooklynn Prince, a jovem revelação de “Projeto Flórida” (2017). Na trama, a família de Hilde se muda de Nova York para uma pequena cidade à beira de um lago, e, quando chega lá, descobre um mistério que todos na cidade evitam comentar: o desparecimento do menino que era o melhor amigo de seu pai na infância. Querendo ser jornalismo como seu pai, ela resolve investigar o caso por conta própria. Na vida real, Hilde conseguiu novas pistas e trouxe à tona os implicados no assassinato, denunciando-os num jornal local que ela própria criou, o Orange Street News (conheça o site oficial). As habilidades de investigação da repórter-mirim chamaram atenção da mídia nacional e internacional. Mas a história também atraiu muitos comentários negativos, que tentaram minimizar o feito. Hilde rebateu o pouco caso ao tornar sua reportagem viral. Hoje, ela lidera uma iniciativa para capacitar a próxima geração de influenciadores, ativistas e líderes dos Estados Unidos. A série foi criada pelas produtoras-roteiristas Dana Fox (do filme “Como Ser Solteira”) e Dara Resnik (da série “Castle”), e também destaca em seu elenco Jim Sturgess (“Tempestade: Planeta em Fúria”) como o pai da protagonista, além de Abby Miller (“The Sinner”), Joelle Carter (“Justified”) e Louis Herthum (“Westworld”). Com 10 episódios, a série estreia em 3 de abril na plataforma Apple TV+ e já está renovada para sua 2ª temporada.
Diretores do documentário Free Solo filmarão drama sobre os meninos da caverna da Tailândia
O casal de cineastas Jimmy Chin e Elizabeth Chai Vasarhelyi, vencedores do Oscar de Melhor Documentário por “Free Solo” (2018), vão comandar seu primeiro filme de ficção. Eles foram contratados pela Universal para comandar a dramatização da história real de resgate dos meninos da caverna submersa da Tailândia, que causou comoção mundial há dois anos. A história do time de futebol de meninos, que passou 17 dias preso numa caverna submersa, teve uma repercussão mundial similar ao desastre dos mineiros do Chile, que ficaram soterrados durante 69 dias. Este desastre também virou filme, “Os 33”, estrelado por Antonio Banderas e Rodrigo Santoro em 2015. Os direitos de adaptação do drama tailandês chegou a ser disputado por seis produtoras diferentes. Mas este é o principal projeto internacional, que se diferencia dos demais por ter diretores de descendência asiática – embora nascidos nos EUA, Chin e Vasarhelyi têm famílias chinesas. O roteiro está a cargo de Wes Tooke, que escreveu “Midway – Batalha em Alto-Mar” (2019). Vale lembrar que Jon M. Chu também pretendia filmar essa história, mas o sucesso de seu filme mais recente, “Podres de Ricos” (2018), acabou se sobrepondo. Ele agora está envolvido com duas continuações daquele filme, além de trabalhar na pós-produção do musical “Em um Bairro de Nova York”, que estreia em junho.
Luta por Justiça: Drama jurídico com Michael B. Jordan e Jamie Foxx ganha trailer legendado
A Warner divulgou um novo trailer legendado de “Luta por Justiça” (Just Mercy), drama jurídico que reúne estrelas da Marvel. A prévia emocionante traz Michael B. Jordan (“Pantera Negra”) e lutando para tirar Jamie Foxx (“O Espetacular Homem-Aranha 2”) da prisão, com a ajuda de Brie Larson (“Capitã Marvel”). O longa adapta o livro de memórias de Bryan Stevenson, um jovem advogado que luta por igualdade judicial em um sistema legal racista, e que se envolveu num caso de grande repercussão no final dos anos 1980. Jordan interpreta Stevenson e Foxx dá vida a Walter McMillian, homem falsamente acusado e condenado por assassinado, que passou seis anos no corredor da morte por um crime que não cometeu. O papel de Brie Larson é Eva Ansley, jovem assistente de Stevenson, que passa a ser ameaçada de morte ao se juntar ao advogado em sua cruzada para rever casos de prisioneiros negros condenados pelo sistema judiciário racista do sul dos Estados Unidos. Além de protagonizar o longa, Jordan é coprodutor de “Luta por Justiça”. O filme tem direção do cineasta indie Destin Daniel Cretton (“O Castelo de Vidro”), que também entrou recentemente na Marvel. Ele vai dirigir “Shang-Chi and the Legend of the Ten Rings”. “Luta por Justiça” teve première mundial no Festival de Toronto, onde arrancou elogios da crítica – e atingiu 85% de aprovação no Rotten Tomatoes. A estreia comercial vai acontecer em 25 de dezembro nos Estados Unidos, de olho no Oscar. Mas o filme chegará apenas um mês depois, em 23 de janeiro, nos cinemas brasileiros.
Assassinato de pianista da bossa nova será tema de animação internacional dos diretores de Chico & Rita
A nova animação da dupla espanhola Fernando Trueba e Javier Mariscal, indicados ao Oscar de 2012 por “Chico & Rita”, vai contar uma história brasileira que mistura personagens reais, ditadura e bossa nova. Intitulada, em inglês, “They Shot The Piano Player”, a produção foi definida, em comunicado da produtora britânica Film Constellation, como “uma história comemorativa de origem” da bossa nova, que “captura um tempo fugaz repleto de liberdade criativa em um momento decisivo na história da América Latina nas décadas de 1960 e 1970, pouco antes de o continente ser tomado por regimes totalitários”. O personagem principal é um jornalista musical de Nova York, que investiga o desaparecimento do talentoso pianista brasileiro Tenório Jr. No dia 18 de março de 1976, quando acompanhava os artistas Toquinho e Vinícius de Moraes em show na Argentina, Tenório desapareceu misteriosamente em Buenos Aires, depois de deixar no hotel um bilhete dizendo que ia “comer um sanduíche e comprar um remédio. Volto logo.”. Nunca mais voltou. Segundo testemunhas, Tenório Jr. teria sido sequestrado pelo serviço secreto da Marinha da Argentina e torturado durante nove dias. Após ter ficado claro que o pianista não tinha envolvimento em atividades políticas, foi morto com um tiro na cabeça. O ator Jeff Goldblum (de “Jurassic Park” e “Independence Day”) foi escalado como dublador do jornalista que apura essa história. A animação também prestará homenagens a João Gilberto (1931-2019), Caetano Veloso, Gilberto Gil, Vinicius de Moraes (1913-1980) e Paulo Moura (1932-2010). “They Shot The Piano Player” ainda não tem previsão de estreia.
Apple TV+ estreia com preço baixo, pouco conteúdo e críticas negativas
O serviço de streaming de vídeo Apple TV+ estreou nesta sexta-feira (1/11) em todo o mundo. A ideia é competir com a Netflix e os vindouros serviços Disney+ (Disney Plus), HBO Max e Peacock, já anunciados. A prática, porém, é outra. Gigante no mercado de tecnologia, a Apple começa como uma anã no segmento de streaming. Sem catálogo de séries e filmes antigos, a plataforma oferece apenas programação original, mas o material é escasso. Tanto que chega com um preço muito mais baixo que seus rivais. No Brasil, custa R$ 9,9 mensais. Além do preço, o alcance é outro diferencial do serviço, disponibilizado em mais de 100 países já no lançamento. Entretanto, o principal atrativo deveria ser o conteúdo. A Apple TV+ estreou com episódios de quatro séries adultas, o programa de variedades “Oprah’s Book Club”, um documentário sobre a natureza e três séries infantis. Atrações adicionais serão acrescentadas todos os meses, mas o crescimento deve ser lento. Tanto que vai seguir uma estratégia de disponibilização de episódios semanais – em contraste com as maratonas de temporadas da Netflix – , para ter tempo de produzir conteúdo. O problema não se resume à pequena quantidade de opções. Ele é amplificado pela qualidade das produções, porque a maioria das séries foi destruída pela crítica. Uma das piores recepções coube àquela que deveria ser a joia da programação, “The Morning Show”, série dramática que traz Jennifer Aniston em seu primeiro papel em série desde “Friends”, ao lado de Reese Witherspoon (“Little Big Lies”) e Steve Carell (“The Office”). “Chamativa, mas frívola”, resumiu a avaliação do Rotten Tomatoes, junto de uma aprovação de 60% da crítica em geral e apenas 40% dos críticos top (dos principais veículos da imprensa americana e inglesa). Ainda mais destrutiva foi a avaliação de “See”, sci-fi épica estrelada por Jason Momoa (“Aquaman”), que aparenta custar tanto quanto “Game of Thrones” e obteve apenas 42% de aprovação geral e míseros 30% entre os tops do Rotten Tomatoes. A produção caríssima chegou a ser chamada de “comédia não intencional” pelo jornal britânico Telegraph. “For All Mankind” se saiu melhor. O drama de “história alternativa” em que a União Soviética chegou primeiro à lua foi considerado lento e até tedioso, mas sua materialização de um passado diferente pero no mucho (ainda é machista) rendeu comparações a “Mad Men” e esperanças na capacidade do produtor Ronald D. Moore (“Battlestar Galactica”) para chegar logo ao cerne da trama, que avança em largos saltos temporais. Com o voto de confiança, atingiu 75% entre todos os críticos e 61% na elite. A comédia “de época” “Dickson” teve maior apoio da crítica em geral, com 76% de aprovação, mas os tops se entusiasmaram bem menos, com 57%. A série que traz Hailee Steinfeld (“Quase 18”) como uma versão adolescente punk gótica da poeta Emily Dickinson, em meio a vários anacronismos, foi a que ganhou mais elogios entusiasmados, mas também comparações pouco lisonjeiras às produções teen da rede The CW. Essa programação pode criar alguma curiosidade no público, mas, por enquanto, não demonstra potencial para virar tópicos de discussões como as primeiras séries da Netflix, “House of Cards” e “Orange Is the New Black”. A tarefa de gerar assinantes é nova na carreira de Jamie Erlicht e Zack Van Amburg, ex-presidentes da Sony Pictures Television, que assumiram o comando do projeto de desenvolvimento de séries da Apple. A dupla foi responsável pelo lançamento de diversos sucessos como copresidentes da divisão de produção televisiva da Sony. Entre as atrações que eles produziram estão “Breaking Bad”, “Better Call Saul”, “The Blacklist”, “Community”, “Hannibal”, “The Goldbergs” e “The Crown”. Com a necessidade de produzir conteúdo para manter a plataforma funcionando, eles já autorizaram as produções das segundas temporadas das séries que estrearam nesta sexta. Mas essa renovação instantânea foi uma exceção, já que há bastante material sendo produzido para preencher a Apple TV+, com a missão de tornar o serviço mais atraente nos próximos meses. Entre as próximas atrações da Apple, atualmente em produção, destacam-se “Amazing Stories”, revival da série de antologia sci-fi criada por Steven Spielberg em 1985; “Servant”, um terror psicológico desenvolvido pelo cineasta M. Night Shyamalan (“Vidro”); “Foundation”, baseada na trilogia “Fundação”, do escritor Isaac Asimov (1942-1993), uma das obras mais famosas da ficção científica; “Home Before Dark”, drama de mistério baseado na vida real de uma jornalista mirim (vivida por Brooklynn Prince, a estrelinha de “Projeto Flórida”), que, obcecada em virar repórter, desvendou um crime sozinha aos 11 anos de idade; “Time Bandits”, adaptação da sci-fi “Os Bandidos do Tempo” (1981), desenvolvida pelo diretor Taika Waititi (“Thor: Ragnarok”); “Life Undercover”, thriller de espionagem estrelado por Brie Larson (a “Capitã Marvel”), baseada nas experiências reais de uma ex-agente da CIA; “Truth to Be Told”, em que Octavia Spencer (“A Forma da Água”) vive uma jornalista de podcast criminal; “Mythic Quest”, comédia sobre videogames, criada por Rob McElhenney e Charlie Day (criadores e estrelas de “It’s Always Sunny in Philadelphia”); séries ainda sem títulos dos cineastas Damien Chazelle (“La La Land”) e Justin Lin (“Velozes e Furiosos 6”), etc. A plataforma também vai começar a disponibilizar filmes, como “Hala”, sobre uma jovem muçulmana, produzido pela atriz Jada Pinkett Smith (“Gotham”), que teve sua première no Festival de Sundance, o próximo longa de Sofia Coppola (“Maria Antonieta”) e títulos exclusivos do estúdio indie A24 (de “Hereditário” e “Moonlight”). Há muito mais conteúdo em desenvolvimento. Mas a pressão por um lançamento rápido, antes da Disney+ (Disney Plus) (que chega em duas semanas), não ajudou a passar a melhor primeira impressão.
Apple renova seis séries antes da estreia de sua plataforma de streaming
A Apple anunciou a renovação de seis séries que farão parte de sua nova plataforma de streaming, Apple TV+. Quatro das atrações renovadas serão lançadas junto com a inauguração do serviço, dia 1º de novembro. As quatro séries que chegam na primeira leva e já tem retorno confirmado são a sci-fi de realidade alternativa “For All Mankind”, estrelada por Joel Kinnaman (“Esquadrão Suicida”), a sci-fi pós-apocalíptica “See”, com Jason Momoa (“Aquaman”), a comédia de época “Dickinson”, protagonizada por Hailee Steinfeld (“Bumblebee”), e a dramédia “The Morning Show”, que junta Jennifer Aniston (“Friends”), Reese Witherspoon (“Big Little Lies”) e Steve Carell (“The Office”). Produzida por por Ronald D. Moore, criador do reboot de “Battlestar Galactica” e da série “Outlander”, “For All Mankind” imagina o que aconteceria se a União Soviética tivesse chegado primeiro à Lua e a corrida espacial avançasse para novos campos de disputa nos anos 1970. Concebida por Steven Knight (criador de “Peaky Blinders”) e dirigida pelo cineasta Francis Lawrence (“Jogos Vorazes: Em Chamas”), “See” é um épico futurista, que se passa após a humanidade perder a capacidade de enxergar, encontrando novas formas de interagir, construir, caçar e sobreviver, apenas para ter esse status quo ameaçado pelo nascimento de um par de gêmeos com olhos perfeitos. Criada por Alena Smith (roteirista-produtora de “The Affair”), “Dickinson” imagina com anacronismos propositais a vida da poeta Emily Dickinson, explorando as restrições da sociedade, gênero e família na perspectiva da escritora iniciante que não se encaixa em seu próprio tempo. “The Morning Show” é uma criação de Kerry Ehrin (“Bates Motel”) e gira em torno de um telejornal matutino, que após a demissão de um de seus apresentadores busca um substituto, dando origem a uma nova rivalidade na produção. Será a primeira série de Jennifer Aniston desde o fim de “Friends”, em 2004, e volta de Steve Carell ao gênero, após sair de “The Office” em 2011. Além de estrelar como a substituta, Reese Witherspoon produz a atração. As outras duas séries renovadas foram os dramas “Little America” e “Home Before Dark”, que ainda não têm previsão de estreia. Desenvolvida pelo casal de roteiristas Kumail Nanjiani e Emily V. Gordon (indicados ao Oscar 2018 por “Doentes de Amor”), “Little America” aborda a vida de imigrantes nos Estados Unidos, apresentando histórias diferentes a cada episódio, no formato de antologia. E “Home Before Dark”, criada por Dana Fox (do filme “Como Ser Solteira”) e Dara Resnik (da série “Castle”), é um drama de mistério baseado na vida real da jornalista mirim Hilde Lysiak, que, obcecada em virar repórter, desvendou um crime sozinha aos 11 anos de idade. Brooklynn Prince (a estrelinha de “Projeto Flórida”) interpreta a jovem protagonista, cuja perseguição obstinada pela verdade a leva a desenterrar um caso criminal que todos na sua cidadezinha, incluindo seu próprio pai (Jim Sturgess, de “Tempestade: Planeta em Fúria”), tentaram enterrar.











