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  • Filme

    Charles Shyer, diretor de “O Pai da Noiva”, morre aos 83 anos

    28 de dezembro de 2024 /

    Cineasta foi um dos maiores nomes das comédias de Hollywood entre as décadas de 1980 e 1990

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  • Série

    Última temporada de “Riverdale” vai começar nos anos 1950. Veja a abertura

    19 de dezembro de 2022 /

    O criador e showrunner de “Riverdale”, Roberto Aguirre-Sacasa, revelou em seu Instagram a primeira cena oficial da 7ª e última temporada da série. E a prévia, com direito a jukebox e rock’n’roll, mostra que a despedida de Archie e companhia terá cenas passadas nos anos 1950. Na narração, Jughead Jones (Cole Sprouse) informa que o ano é 1955, combinando com a fase de sucesso da música ouvida na trilha, “Rock Around the Clock”, de Bill Hailey & His Comets. Mas o mais interessante no vídeo é que ele referencia em diversos detalhes a abertura da série clássica “Happy Days” (1974–1984), passada no período anunciado. Lançada em 2017, “Riverdale” reintroduziu o universo dos quadrinhos da Archie Comics na TV. Além da turma do próprio Archie, a série apresentou Josie e as Gatinhas e originou o spin-off “Katy Keene”, além de encorajar Roberto Aguirre-Sacasa a relançar Sabrina, a aprendiz de feiticeira, como uma série de terror adolescente na Netflix, em “O Mundo Sombrio de Sabrina”. Todas essas séries, porém, foram canceladas e “Riverdale” se despede junto da programação original do canal CW nos EUA. Após sua venda, o canal está passando por uma reformulação completa, visando trocar seu perfil característico de produções juvenis por atrações com apelo genérico. Ver essa foto no Instagram Uma publicação compartilhada por Roberto Aguirre-Sacasa (@writerras)

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  • Etc,  Série

    David Lander (1947 – 2020)

    5 de dezembro de 2020 /

    O ator David Lander, mais conhecido como Squiggy na sitcom “Laverne & Shirley”, morreu na noite de sexta-feira (4/12) no Cedars-Sinai Medical Center em Los Angeles, aos 73 anos. Lander morreu de complicações relacionadas à esclerose múltipla, após uma luta de 37 anos contra a doença. Após revelar seu diagnóstico em 1999, ele vinha trabalhado em estreita colaboração com a National Multiple Sclerosis Society, falando sobre sua experiência em conferências da organização. O ator trabalhou nas oito temporadas de “Laverne & Shirley” (1976–1983), spin-off extremamente bem-sucedido de “Happy Days”, ao lado de Michael McKean, de quem era amigo de longa data, desde que estudaram juntos na Carnegie Mellon University. Os dois também iniciaram suas carreiras cinematográficas juntos, contracenando na comédia de guerra “1941” (1979), de Steven Spielberg, e em “Carros Usados” (1980), grande sucesso estrelado por Kurt Russell. Lander e McKean também dublaram uma série animada, “Oswald” (2001-2003), na qual interpretaram os pinguins Henry e Louie, respectivamente. Em 1979, Lander e McKean chegaram até a gravar um disco como a banda Lenny and the Squigtones, que incluía Christopher Guest na guitarra. Na ocasião, Guest foi creditado como Nigel Tufnel, um apelido que posteriormente ele reutilizou na banda fictícia Spinal Tap. Ao longo da carreira, Lander apareceu em várias séries clássicas, incluindo “The Bob Newhart Show”, “Barney Miller”, “Happy Days”, “Star Trek: A Nova Geração”, “Twin Peaks” e “The Drew Carey Show”, e desempenhou papéis pequenos, mas memoráveis, em filmes como “O Homem do Sapato Vermelho” (1985), “Uma Equipe Muito Especial” (1992), “Todo Mundo em Pânico” (2000) e “Diga que Não é Verdade” (2001). Lander também trabalhou bastante como dublador, tanto em filmes, como “Uma Cilada para Roger Rabbit” (1988) e “Tom e Jerry: O Filme” (1992), quando em séries variadas, de “Batman: A Série Animada” até “Bob Esponja”.

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  • Filme

    Thomas L. Miller (1940 – 2020)

    8 de abril de 2020 /

    O produtor de TV Thomas L. Miller, responsável por sitcoms icônicos como “Happy Days”, “Três É Demais” (Full House), “Mork & Mindy”, “Laverne & Shirley”, “Step by Step” e o atual “Fuller House”, morreu no domingo (5/4) em Salisbury, Connecticut, de complicações resultantes de doenças cardíacas. Ele tinha 79 anos. Em sua carreira de seis décadas, Miller esteve por atrás de algumas das séries de comédias mais populares da TV americana. Apesar disso, elas não eram as favoritas da crítica, nem ganharam Emmys. Mas isso nunca o incomodou. “Nosso prêmio é que 30 milhões de pessoas estão assistindo”, disse o produtor, em uma entrevista de 1990 ao jornal Los Angeles Times. “Para mim, o objetivo é entreter. O fato dessas séries não ganharem prêmios não significa nada para mim se continuarmos agradando a tantas pessoas”. No Twitter, as estrelas de “Happy Days”, Ron Howard e Henry Winkler, prestaram homenagem a Miller. Howard o chamou de “gentil, inteligente e espirituoso” e alguém que acreditou desde cedo na sua capacidade de um dia virar diretor de cinema, enquanto Winkler escreveu que o produtor “me deu, junto com seus parceiros, minha vida em Hollywood”. Miller começou sua carreira em Hollywood trabalhando para seu ídolo, Billy Wilder. O cineasta contratou Miller como treinador de diálogos, e ele logo progrediu para diretor assistente, sem créditos, em clássicos como “Quanto Mais Quente Melhor” (1959), “Se Meu Apartamento Falasse” (1960), “Cupido Não Tem Bandeira” (1961), “Irma la Douce” (1963) e “Beija-me, Idiota” (1964). Ele disse que aprendeu muito com Wilder, e o diretor vencedor do Oscar continuou a ser sua grande influência criativa no resto de sua carreira. Os dois permaneceram amigos até a morte de Wilder em 2002. Após a experiência em Hollywood, Miller passou para a televisão, como assistente de William Self na 20th Century Fox, onde criou sua primeira série. Os dois compartilharam a paternidade da comédia “Nanny e o Professor”, em 1970. Ele então se mudou para a Paramount, virando vice-presidente de desenvolvimento para supervisionar a programação da divisão televisiva do estúdio. Neste período, Miller desenvolveu programas como “The Odd Couple” e “Love, American Style”, além de quase 20 telefilmes. Mas preferiu abandonar a carreira promissora como executivo de TV para se estabelecer como produtor, criando sua primeira empresa de produção com o parceiro Edward K. Milkis. Para a ABC, a Miller-Milkis Productions desenvolveu, junto com o futuro cineasta Garry Marshall, as comédias “Happy Days”, “Laverne & Shirley”, “Mork e Mindy” e “Joanie Loves Chachi”, entre várias outras, além do filme “Golpe Sujo” (1978), com Goldie Hawn e Chevy Chase, na Paramount. Em 1979, Miller se juntou a seu parceiro de vida Robert L. Boyett, com que formou a Miller/Boyett Productions. O casal co-criou a série de comédia “Bosom Buddies” e “Angie” e, em meados dos anos 1980, garantiu um acordo com a Lorimar Television para produzir seriados para toda a família, incluindo “Full House” e “Perfect Strangers”. Eles também produziram o blockbuster musical de Burt Reynolds e Dolly Parton, “A Melhor Casa Suspeita do Texas” (1982), para a Universal. Em 1996, Miller e Boyett uniram-se ao produtor Michael Warren para criar uma nova companhia, a Miller/Boyett/Warren Productions, que produziu “Family Matters”, “Step by Step” e “Dose Dupla”. Esta última, estrelada pelas gêmeas de “Full House”, Mary-Kate e Ashley Olsen, também foi a derradeira série original criada pelo produtor, em 1998. A partir daí, Miller se mudou para Nova York e começou a trabalhar na produção de peças de teatro com Boyett. Ele ganhou um Tony Award de Melhor Peça de 2011 por “Cavalo de Guerra” e foi nomeado na mesma categoria em 2019 por “Tootsie”. Depois de quase duas décadas afastados, Miller e seu parceiro Boyett voltaram ao universo das séries como produtores de “Fuller House”, continuação de “Três É Demais” na Netflix. A atração durou cinco temporadas e vai se encerrar neste ano. Em um comunicado, a WBTV, que produzia “Fuller House”, disse que Miller “nasceu para entreter, impregnado de paixão e amor irreprimíveis por trazer alegria aos outros através do trabalho de sua vida. E que conjunto de talentos ele possuía! Ele foi ao mesmo tempo um executivo atencioso e de bom gosto, um escritor extremamente talentoso e um produtor de grande êxito, cujas muitas séries de sucesso viverão muitos anos na memória coletiva dos fãs de todo o mundo. Todos no Warner Bros. Television Group e na família ‘Fuller House’ sentirão muito a sua falta”.

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  • Etc,  Filme,  Série

    Penny Marshall (1943 – 2018)

    18 de dezembro de 2018 /

    A atriz e cineasta Penny Marshall, que ficou conhecida pela série clássica “Laverne & Shirley” e por ter dirigido comédias de sucesso como “Quero Ser Grande” e “Uma Equipe Muito Especial”, morreu aos 75 anos de idade por complicações de diabetes, após ter sobrevivido ao câncer de cérebro e pulmão em 2009. Seu nome completo era Carole Penny Marshall, em homenagem à atriz Carole Lombard. Ela nasceu em 15 de outubro de 1943 no Bronx, em Nova York, e era a irmã mais nova do cineasta Garry Marshall (1934–2016). Penny já era divorciada quando resolveu viajar para Los Angeles em busca de ajuda do irmão, na época roteirista de séries, para tentar a carreira de atriz. Quando sua mãe descobriu, pediu que ela mudasse de nome para não envergonhar a família. Garry não deixou. No final dos anos 1960, Penny começou a aparecer em comerciais, um deles ao lado da deslumbrante Farrah Fawcett (“As Panteras”), interpretando sua colega de quarto normal. Seu irmão conseguiu incluí-la como figurante na comédia “Lua de Mel com Papai” (1968) e no romance “Sede de Pecar” (1970), primeiros longas que ele escreveu. E, a partir daí, a jovem emendou participações em séries. Ela chegou a fazer teste para viver a esposa de Rob Reiner na série “Tudo em Família”, mas não conseguiu o papel. Ironicamente, acabou aprovada na vida real, casando-se com o ator logo depois. Os dois ficaram casados até 1979 – por coincidência, mesmo ano em que “Tudo em Família” acabou. Novamente com ajuda do irmão, Penny conseguiu seu primeiro papel fixo na série “The Odd Couple”, adaptação do filme “Um Estranho Casal” (1968) desenvolvida por Garry. Ela viveu a secretária volúvel de Oscar (Jack Klugman), Myrna Turner, entre a 2ª e a 5ª temporadas da atração. Quando a série acabou em 1975, Penny foi convidada pelo irmão a participar de um episódio da 3ª temporada de “Happy Days”, fenômeno de audiência que o roteirista tinha criado no ano anterior. Era para ser uma simples aparição. Virou uma carreira. A atriz foi escalada como Laverne DeFazio, que vai a um encontro duplo com Fonzie (Henry Winkley) e Richie (Ron Howard), acompanhada por sua amiga Shirley Feeney (Cindy Williams). Intitulado “A Date with Fonzie”, o episódio acabou registrando uma das maiores audiências da série e rendeu elogios rasgados para a dupla feminina, que roubou a cena dos atores principais. A repercussão positiva rendeu mais participações. E o inesperado: um spin-off focado em Laverne e Shirley. A série “Laverne & Shirley” foi a primeira sobre mulheres trabalhadoras normais. Elas não eram mães de família nem tinham carreiras glamourosas. Eram operárias, que engarrafavam cervejas e dividiam um apartamento de subsolo para pagar as contas. A atração superou a sintonia de “Happy Days”, tornando-se a série de maior audiência da TV americana entre 1977 e 1979. Ao todo, durou oito temporadas até 1983, além de ter rendido seus próprios derivados – os desenhos animados “Laverne & Shirley in the Army” e “Mork & Mindy/Laverne & Shirley/Fonz Hour”. O sucesso também permitiu a Penny negociar nova função na atração, fazendo sua estreia como diretora. Ela comandou quatro episódios, e quando a série acabou resolveu testar essa nova habilidade nos cinemas. Sua estreia como cineasta aconteceu com a comédia “Salve-me Quem Puder” (1986), estrelada por Whoopy Goldberg. Mas foi o filme seguinte, “Quero Ser Grande” (1988), em que uma criança virava Tom Hanks, que a fez ser levada a sério como diretora. “Quero Ser Grande” virou um das comédias mais bem-sucedidas dos anos 1980 e o primeiro filme dirigido por uma mulher a arrecadar mais de US$ 100 milhões nos Estados Unidos. Seu terceiro trabalho como cineasta, o drama “Tempo de Despertar” (1990), estrelado por Robin Williams e Robert DeNiro, foi o segundo longa dirigido por uma mulher a receber indicação ao Oscar de Melhor Filme. Ela voltou a trabalhar com Tom Hanks em “Uma Equipe Muito Especial” (1992), uma das primeiras comédias feministas de sucesso, sobre a formação da liga feminina de beisebol nos EUA. No elenco, estavam Geena Davis, Madonna e Rosie O’Donnell. A grande bilheteria inspirou a criação de uma série, que entretanto durou só uma temporada no ano seguinte. Apesar desse começo avassalador, ela só dirigiu mais três longas na carreira, “Um Novo Homem” (1994), com Danny DeVito, “Um Anjo em Minha Vida” (1996), com Whitney Houston, e “Os Garotos da Minha Vida” (2001), com Drew Barrymore. Depois disso, dirigiu produções televisivas, dublou animações e fez participações em séries. Seu papel favorito acabou sendo o dela mesma, uma diretora de cinema chamada Penny Marshall, que encarnou em episódios de “Bones” e “Entourage” e nos filmes “O Nome do Jogo” (1995) e “Noite de Ano Novo” (2011), este último dirigido por seu irmão. Seu último trabalho foi uma participação especial no remake de “The Odd Couple” em 2016, numa homenagem à primeira personagem marcante de sua carreira.

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    Erin Moran (1960 – 2017)

    23 de abril de 2017 /

    Morreu a atriz americana Erin Moran, que ficou conhecida pelo papel de Joanie na série clássica “Happy Days”. Ela foi encontrada morta, aos 56 anos, em um parque de trailers na pequena cidade de Corydon, em Indiana. Uma autopsia vai ser realizada para estabelecer as causas da morte. Sumida nos últimos anos, Erin foi uma atriz-mirim bem-sucedida. Após aparecer em comerciais, chamou a atenção de Hollywood, estreando no cinema na comédia “Lua de Mel com Papai” (1968) com apenas oito anos de idade. No mesmo ano, foi contratada para integrar o elenco de sua primeira série, “Daktari”, na qual apareceu em 15 episódios entre 1968 e 1969. Sua filmografia inclui até o clássico “A Noite em que o Sol Brilhou” (1970), de Melvin Van Peebles, comédia fantástica sobre a transformação de um racista num homem negro, na qual interpretou a filha do protagonista. A atriz ainda era pré-adolescente quando entrou para “Happy Days”. Tinha 14 anos em 1974, quando foi escalada para viver a irmã mais nova de Ron Howard (ele mesmo, o futuro diretor de “O Código Da Vinci”). A atração foi um fenômeno de audiência e pioneira do boom de nostalgia que tomou conta da TV. Até então, não existiam séries de comédia de época. “Happy Days” mudou tudo ao se passar nos anos 1950, resgatando músicas, hábitos e a cultura juvenil dos anos de ouro do rock’n’roll, com direito até a um rebelde sem causa de jaqueta de couro, o icônico Fonzie, vivido por Henry Winkler. Os anos 1950 duraram mais em “Happy Days” do que na vida real. Quando a série saiu do ar, em 1984, Erin já tinha 24 anos. Os produtores até tentaram estender o apelo da trama com um spin-off centrado na personagem da jovem, acompanhando sua vida de casada com Cachi (Scott Baio), primo de Fonzie. Mas a série “Joanie Loves Chachi” não emplacou, cancelada em sua 1ª temporada. Erin não conseguiu nenhum outro papel de destaque, vivendo de participações ocasionais em outras séries. Ela ainda foi lembrada no clipe de “Buddy Holly” (1994) da banda Weezer, que recriava um episódio de “Happy Days”, e em “Dickie Roberts – O Pestinha Cresceu” (2003), comédia sobre um ex-ator mirim complexado de 30 e poucos anos, em que interpretou a si mesma. Mas a falta de trabalho a deixou cheia de problemas financeiros, a ponto de acabar sua vida morando num trailer. “Que notícia triste, triste. Descansa em paz Erin. Sempre vou lembrar de você em nossa série tornando as cenas melhores, recebendo risadas e iluminando as telas de TV”, escreveu Ron Howard, seu irmão televisivo, no Twitter.

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    Garry Marshall (1934 – 2016)

    20 de julho de 2016 /

    Morreu Gary Marshall, diretor de “Uma Linda Mulher” (1990) e “O Diário da Princesa” (2001), após complicações decorrentes de uma pneumonia nesta terça-feira (19/7). Ele tinha 81 anos e, além de dirigir os filmes que tornaram Julia Roberts e Anne Hathaway famosas, ficou conhecido por ter criado séries clássicas como “The Odd Couple”, “Happy Days”, “Laverne & Shirley” e “Mork & Mindy”, pelas quais recebeu cinco indicações ao Emmy e entrou para o Hall da Fama da Academia da Televisão em 1997. Marshall nasceu no Bronx, em Nova York, e se formou em jornalismo na Universidade de Northwestern. Chegou a trabalhar no jornal New York Daily News, mas decidiu se dedicar à carreira de roteirista na década de 1960. Ele obteve sucesso imediato em Hollywood como roteirista de sitcoms de comediantes famosos, como “The Lucy Show”, “The Dick Van Dyke Show” e “The Joey Bishop Show”, conseguindo lançar sua primeira série própria em 1966, “Hey, Landlord”, sobre uma dupla que dividia um apartamento em Nova York. Por volta desta época, ainda tentou atuar no cinema, interpretando um dos oponentes anônimos de James Bond no clássico “007 Contra Goldfinger” (1964) e figurantes hippies em “Maryjane” (1968) e “Busca Alucinada” (1968). Mas acabou priorizando o que sabia fazer melhor ao emplacar seu primeiro roteiro cinematográfico, “Lua de Mel com Papai” (1968), a primeira comédia romântica de uma carreira especializada no gênero. Mesmo assim, o reconhecimento começou mesmo pela TV, a partir de 1970, quando decidiu adaptar a peça de Neil Simon “Um Estranho Casal”, que tinha sido levada aos cinemas dois anos antes. A versão televisiva de “The Odd Couple” se tornou um dos maiores sucessos da década, durando cinco temporadas – e foi recentemente revivida num remake do ano passado, renovado para sua 3ª temporada. Seguiram-se outros fenômenos de audiência. Nenhum maior que “Happy Days”, a série estrelada pelo futuro diretor Ron Howard (“O Código Da Vinci”) e o futuro produtor Henry Winkler (série “MacGyver”). Acompanhando uma turma de adolescentes dos anos 1950, a produção foi responsável por lançar a era das séries de nostalgia em 1974, além de popularizar o icônico personagem Fonzie (Winkler) e inúmeras gírias. Até a expressão “pular o tubarão”, que nos EUA virou sinônimo de série que inicia sua decadência, veio de uma cena de sua produção, quando Fonzie, literalmente, saltou sobre um tubarão. “Happy Days” durou 11 temporadas até 1984, batendo recordes de audiência enquanto retratava, ao longo de uma década, a evolução dos gostos da juventude americana, de Elvis aos Beatles. Fez tanto sucesso que rendeu dois spin-offs igualmente memoráveis. “Laverne & Shirley”, por sinal, praticamente repetiu o sucesso da série original, acompanhando, ao longo de oito temporadas (entre 1976 e 1983), duas amigas solteiras em meio às mudanças sociais dos anos 1950 e 1960. Laverne era vivida por sua irmã, Penny Marshall, que também virou uma cineasta bem-sucedida (de clássicos como “Quero Ser Grande” e “Tempo de Despertar”). O terceiro spin-off foi a sitcom sci-fi “Mork & Mindy” (1978 – 1982), que lançou o comediante Robin Williams no papel de um alienígena com a missão de estudar a humanidade, após seu personagem aparecer num dos episódios mais populares de “Happy Days”. Para estabelecer a conexão entre as duas séries, Mork voltou novamente num crossover, além de ter quase namorado Laverne. A série original teve sobrevida maior que seus derivados, mas, após o cancelamento consecutivo das três atrações, Marshall não se interessou mais pela televisão, voltando suas energias para o cinema. Ele estreou como cineasta na comédia sexual “Médicos Loucos e Apaixonados” (1982), mas logo mudou de tom para se estabelecer como diretor de filmes românticos, que agradavam em cheio ao público feminino da época do VHS, entre eles “Flamingo Kid” (1984), com Matt Dillon, “Nada em Comum” (1986), com Tom Hanks, e “Um Salto Para a Felicidade” (1987), com o casal Kurt Russell e Goldie Hawn. Até se consagrar com “Uma Linda Mulher” (1990), uma versão contemporânea da fábula de “Cinderela” encenada por uma prostituta e seu cliente milionário. O sucesso foi tanto que transformou sua estrela, Julia Roberts, na principal atriz americana dos anos 1990, com direito a indicação ao Oscar pelo papel. Assumindo a preferência pelo gênero, Marshall só dirigiu comédias românticas pelo resto de sua filmografia. Nenhuma outra, porém, repetiu o mesmo sucesso de “Uma Linda Mulher”. Na verdade, poucas se destacaram, como “Frankie & Johnny” (1991), que despertou interesse por representar o reencontro de Al Pacino e Michelle Pfeifer após “Scarface” (1983). Por conta disso, Marshall logo orquestrou um reencontro com Julia Roberts, além de Richard Gere, o galã de seu clássico. Em “Noiva em Fuga” (1999), Julia representou o oposta da Cinderela, uma mulher que não queria subir no altar com o príncipe encantado. Mas, como típica comédia romântica, não haveria final feliz sem o “viveram felizes para sempre”, contra qualquer possibilidade feminista. “Noiva em Fuga” lhe devolveu prestígio. E “O Diário da Princesa” (2001) lhe conquistou uma nova geração de fãs. Levando para as telas o romance juvenil de Meg Cabot, Marshall consagrou-se em nova história de Cinderela, comprovando-se um mestre das fantasias arquetípicas femininas. De quebra, lançou Anne Hathaway em seu primeiro papel cinematográfico, como uma adolescente comum dos EUA que descobria ser herdeira de um trono europeu. A história teve sequência, “O Diário da Princesa 2: Casamento Real” (2004), em que a adolescente do título tem que fazer o que se espera de toda Cinderela: casar-se com o príncipe encantado. O sucesso das duas fábulas contrastou com o fracasso das comédias que se seguiram, “Um Presente para Helen” (2004), em que Marshall dirigiu Kate Hudson (filha de Kurt Russell e Goldie Hawn), e “Ela é a Poderosa” (2007), com Jane Fonda e Lindsay Lohan. O que o levou ao velho truque de convidar Julia Roberts a estrelar seu próximo filme. Melhor ainda, Anne Hathaway também. E, já que dois é bom, uma multidão de outros famosos não poderia ser demais. Marshall e a roteirista Katherine Fugate resolveram criar uma mini-antologia de “love stories” em torno da data mais romântica de todas, o Dia dos Namorados, reunindo um verdadeiro “quem é quem” das comédias românticas americanas, incluindo Bradley Cooper, Jennifer Garner, Ashton Kutcher, Patrick Dempsey, Jamie Foxx, Shirley MacLaine, Hector Helizondo, Jessica Alba e até a cantora Taylor Swift. O filme foi batizado no Brasil como “Idas e Vindas do Amor” (2010) e inaugurou uma trilogia de comédias de feriados comemorativos, seguido pelos similares “Noite de Ano Novo” (2011) e “O Maior Amor do Mundo” (2016), este passado no Dia das Mães. Mas nem a volta de Julia Roberts impediu o esgotamento do filão, com o último lançamento implodindo nas bilheterias. O cineasta ainda estava planejando um terceiro filme dos “Diários da Princesa” para 2017 com o elenco original, que Anne Hathaway dizia estar ansiosa por estrelar. Sua morte comoveu a comunidade artística de Hollywood. O ator Henry Winkler, que trabalhou com Marshall em “Happy Days”, usou seu perfil no Twitter para prestar sua homenagem ao diretor. “Obrigado por minha vida profissional. Obrigado por sua lealdade, amizade e generosidade”, escreveu. “Ele foi um patrão de classe e um mentor cuja criatividade e liderança significaram tudo para mim”, acrescentou Ron Howard. “Garry foi uma dessas raras pessoas verdadeiramente importantes que se pode encontrar numa vida, se você for abençoado”, disse Richard Gere. “Ele lançou e nutriu mais carreiras do que a quantidade de sapatos que possuía. Como fará falta”, exaltou Tom Hanks.

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