Regina Duarte diz o que pensa de Bolsonaro: “Sempre admirei e continuo admirando”
Atriz relembra convite e passagem pelo governo, destaca insegurança ao assumir Secretaria de Cultura e comenta decisões tomadas durante a pandemia
Regina Duarte e Carolina Ferraz se reencontram após briga por apoio ao governo Bolsonaro
Atrizes se reúnem para entrevista na Record após desentendimento público em 2020 sobre uso de imagem
Acabou a mamata? Bolsonaristas destinam verba pública para filme de ex-integrantes do governo Bolsonaro
Eduardo Bolsonaro, Mário Frias e Marcos Pollon direcionaram R$ 860 mil por meio de emendas parlamentares para produção de documentário
Marcos Mion se arrepende e diz que não criticou governo Lula: “Fora de contexto”
O apresentador sofreu checagem de fatos e críticas ao atacar o apoio do governo aos esportes com dados não confiáveis
Mostra de São Paulo terá “Maestro”, novo filme de Bradley Cooper
A Mostra Internacional de Cinema de São Paulo revelou o pôster e os primeiros destaques de sua 47ª edição. Novos filmes O título mais esperado é “Maestro”, segundo longa dirigido por Bradley Cooper após estrear com “Nasce uma Estrela”. A obra é uma cinebiografia do compositor americano Leonard Bernstein, responsável pela trilha do musical “Amor, Sublime Amor”, e traz o próprio Cooper no papel-título, além de Carey Mulligan (“Bela Vingança”). Produção da Netflix, o filme teve première mundial no recente Festival de Veneza. Outro destaque é “Evil Does Not Exist”, do cineasta japonês Ryûsuke Hamaguchi, que venceu o Oscar de Melhor Filme Internacional com “Drive My Car”, no ano passado. Seu novo filme também já é premiado. Venceu o Grande Prêmio do Júri do Festival de Veneza. A trama se passa num vilarejo na periferia de Tóquio, que tem seus costumes ameaçados por planos de construção de luxo. A relação ainda inclui “About Dry Grasses”, do turco Nuri Bilge Ceylan, que rendeu a Merve Dizdar o prêmio de Melhor Atriz no Festival de Cannes, e “Afire”, do alemão Christian Petzold, vencedor do Grande Prêmio do Júri em Berlim, além de “La Chimera”, parceira da italiana Alice Rohrwacher com a brasileira Carol Duarte, e “Cerrar los Ojos”, do espanhol Víctor Erice. Filmes clássicos Já o pôster psicodélico da edição tem assinatura do cineasta italiano Michelangelo Antonioni (1912-2007), que será homenageado em uma retrospectiva com 23 títulos e leitura de um roteiro inédito na programação da Mostra deste ano. A ilustração do pôster foi feita pelo diretor de “Blow Up” nos anos 1960. Outros clássicos foram confirmados na programação, com a exibição de versões restauradas. Uma delas é “Le Retour à la Raison” (1923), primeiro trabalho do americano Man Ray, que será apresentado numa coletânea com outros três curtas-metragens do cineasta, com uma nova trilha sonora criada pela banda Sqürl, de Jim Jarmusch. “Amor Louco” (1969), do francês Jacques Rivette, “O Sangue” (1989) e “Vale Abraão” (1993), dirigidos, respectivamente, pelos portugueses Pedro Costa e Manoel de Oliveira, o brasileiro “Corisco & Dadá (1996)”, do diretor cearense Rosemberg Cariry, e “Underground: Mentiras de Guerra” (1995), do sérvio Emir Kusturica, completam a lista. Para completar as novidades, a Petrobras está de volta como patrocinadora, juntando-se ao Itaú após o governo Bolsonaro proibir a estatal de apoiar eventos culturais. A Mostra desta ano vai acontecer entre os dias 19 de outubro de 1º de novembro. Ver essa foto no Instagram Uma publicação compartilhada por @mostrasp Ver essa foto no Instagram Uma publicação compartilhada por @mostrasp Ver essa foto no Instagram Uma publicação compartilhada por @mostrasp
Delegado que barrou jóias de Bolsonaro é estrela de série da Discovery+
O delegado adjunto da Alfândega Mario de Marco Rodrigues de Sousa, que ficou conhecido por ter barrado as joias vindas da Arábia Saudita que estavam na posse de um dos integrantes da comitiva do governo Bolsonaro, é estrela do reality show “Aeroporto – Área Restrita”, da Discovery+. O programa acompanha o trabalho da Polícia e da Receita Federal no Aeroporto Internacional de Guarulhos e ganhou recentemente repercussão na internet, após o streamer Casemiro começar a reagir aos episódios da produção. Com isso, os internautas reconheceram o nome do delegado que surgiu nas reportagens sobre o caso envolvendo suspeita de contrabando e tentativas do governo Bolsonaro de reaver as joias, avaliadas em R$ 16,5 milhões. Nos reacts, Cazé chama o delegado de Félix, da novela “Amor à Vida”, porque Rodrigues de Sousa supostamente se parece com o ator Mateus Solano. Durante o caso, o delegado não aceitou carteiraço do ex-ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, e não cedeu às pressões para liberar as joias milionárias, que entraram no Brasil escondidas e sem declaração na Alfândega, como um contrabando. Bento Albuquerque ainda tentou justificar que seria um presente do governo da Arábia Saudita para Michelle Bolsonaro. Mas isso não mudou o fato da necessidade de pagamento de taxa de importação e multa por tentar enganar a Alfândega. Segundo o delegado, as joias foram apreendidas com um cidadão brasileiro que não possuía nenhum tipo de documento que confirmasse que as peças foram um presente ao governo brasileiro. O governo Bolsonaro teria tentado recuperar as joias oito vezes, sem conseguir, duas delas envolvendo intervenção direta de Jair Bolsonaro. Diante do escândalo, Bolsonaro ainda cometeu ato falho, dizendo que o presente tinha sido acertado nos Emirados Árabes e não na Arábia Saudita. O que abriu uma nova linha de investigação, considerando a possibilidade de propina pela venda da Refinaria Landulpho Alves (Rlam) para Mubadala Capital, fundo soberano de Abu Dhabi, nos Emirados Árabes. A venda foi efetuada em novembro de 2021 por US$ 1,8 bilhão, cerca de metade da avaliação de seu valor pelo Instituto de Estudos Estratégico de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (Ineep) – entre US$ 3 bilhões e US$ 4 bilhões. O reality show “Aeroporto – Área Restrita” possui quatro temporadas, todas disponíveis no streaming da Discovery+. Veja abaixo uma cena da série com participação de Rodrigues de Sousa.
Ancine acaba com censura de Bolsonaro a conteúdos LGBTQIAP+
A Ancine acabou com a censura ideológica do governo Bolsonaro. Na semana passada, numa reunião em que participaram o presidente da Ancine, Alex Braga, a secretária de Audiovisual, Joelma Gonçalves, e a diretora de conteúdo da EBC, Antonia Pellegrino, foram destravadas amarras que impediam a agência de emitir certificados de conclusão de 76 projetos audiovisuais, uma parte de temática LGBTQIAP+, no valor de R$ 67,4 milhões. São documentários, obras de ficção e animações produzidos em todas as regiões do Brasil. Bolsonaro tentou impedir a produção dos projetos numa das lives mais problemáticas de todo seu governo. Ele anunciou antecipadamente sua interferência no concurso público, afirmando que “abortaria” aquelas produções. “Fomos garimpar na Ancine filmes que estavam prontos para captar recurso no mercado”, disse Bolsonaro no primeiro ano de seu governo, passando a citar títulos e temas que considerava absurdos. “Um aqui se chama ‘Transversais”, disse, demonstrando horror ao citar que seu tema era transexualidade. “Conseguimos abortar essa missão aqui”, acrescentou. “Outro filme aqui, ‘Sexo Reverso'”, seguiu, dizendo que o filme abordava sexo grupal e oral com índios, concluindo é “um dinheiro jogado fora”. “Não tem cabimento fazer um filme com esse enredo, né?” Outro nome que ele achou ofensivo foi o de “Afronte”, de Marcus Azevedo e Bruno Victor, um docudrama sobre a realidade vivida por negros e homossexuais do Distrito Federal. “Mais um filme aí que foi para o saco”, decretou. Ele também atacou o projeto de “Religare Queer”, sobre uma “ex-freira lésbica”, que descreveu como um filme com “dez episódios”. “Confesso que não entendi por que gastar dinheiro público com um filme desses”, insistiu, sobre a série. “O que vai agregar?”, afirmou, considerando produções com temática LGBTQIAP+ “impróprias”. “Não estou perseguindo ninguém, cada um faça o que bem entender do seu corpo para ser feliz, agora, gastar dinheiro público para fazer esse tipo de filme [na verdade, série]…” E arrematou: “Se a Ancine não tivesse, na sua cabeça toda, mandato, já tinha degolado todo mundo”. A ameaça foi completada por um gesto que representa o assassinato por meio de degola. Só que a tentativa de censura por “filtros” na liberação de incentivos é que acabou “abortada”. Com a aprovação da Lei Aldir Blanc pelo Congresso, passando por cima da “missão” de Bolsonaro, “Transversais” conseguiu verba para virar um filme — o primeiro longa-metragem do diretor Émerson Maranhão — e pôde ser rodado no início de 2021. A obra foi lançado em grandes festivais de cinema, como a Mostra de São Paulo, Mix Brasil e Cine Ceará. A live deu início a uma crise política. O então ministro da Cidadania, Osmar Terra, publicou uma portaria suspendendo os editais, o que resultou no pedido de demissão do primeiro secretário de Cultura do antigo governo, Henrique Pires, declarando que não compactuaria com censura. Os projetos estavam entre os finalistas da linha de “diversidade de gênero” da EBC, que visava selecionar séries para a programação da TV pública em canais como a TV Brasil. Os vencedores seriam financiados diretamente por meio do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA) e não por autorização para captar incentivos. O FSA é formado pela taxa conhecida como Condecine, que incide sobre empresas de cinema, vídeo e telefonia. O edital foi lançado durante o governo Temer com regras claras, que foram cumpridas pelas produções inscritas. Com a suspensão do edital por motivação ideológica, os projetos citados pelo presidente na live não foram os únicos prejudicados. Isso porque o edital ainda previa o financiamento de cerca de outras 70 iniciativas divididas em 12 categorias. Além do tema da “diversidade de gênero”, o edital também contemplou séries nas categorias de “sociedade e meio ambiente”, “profissão”, “animação infantil” e “qualidade de vida”, entre outras. A partir de agora, a EBC poderá exibir esses conteúdos.
Leonardo DiCaprio promete arrecadar US$ 100 milhões para o Fundo Amazônia
A ministra do Meio Ambiente Marina Silva anunciou nesta terça (17/1), durante o Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça, que a fundação do ator Leonardo DiCaprio empenhou-se em arrecadar US$ 100 milhões para o Fundo Amazônia, voltado ao financiamento de ações para preservação da floresta. Criado em 2009 para recompensar o Brasil por resultados positivos na redução de emissões de gases responsáveis pelo efeito estufa, o fundo foi paralisado em junho de 2019 pelo governo Bolsonaro, depois que o Ministério do Meio Ambiente Ricardo Salles extinguiu o Comitê Orientador do Fundo Amazônia (Cofa), sem usar doações que somam R$ 3,4 bilhões, feitas pela Noruega e Alemanha. A mobilização da Fundação Leonardo DiCaprio, voltada para a preservação do meio ambiente e de seus habitantes, vem em resposta à retomada do Fundo, que foi reativado numa das primeiras iniciativas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, durante a cerimônia de posse de seu terceiro mandato em 1 de janeiro. A ironia do anúncio de Marina Silva é que DiCaprio chegou a ser acusado levianamente pela família Bolsonaro de ser responsável pela destruição da Amazônia. O deputado Eduardo Bolsonaro publicou no Twitter em 2019 que o vencedor do Oscar doou US$ 300 mil “para a ONG que tocou fogo na Amazônia”. Passou vergonha, porque foi desmentido publicamente. “Apesar de merecerem apoio, nós não financiamos essas organizações”, disse DiCaprio, em comunicado enviado à imprensa internacional e publicado no Instagram, em que também elogiou as ONGs de preservação da floresta atacadas por bolsonaristas com outras fake news. Na ocasião, o ator enalteceu “o povo brasileiro que trabalha para salvar sua herança cultural e natural” e afirmou que “o futuro destes ecossistemas insubstituíveis está em jogo”. Desde aquela época, ele dizia ter “orgulho de estar ao lado dos grupos que os protegem.”
Abaixo-assinado junta 25 mil contra Mario Frias na Cultura de São Paulo
A perspectiva de o bolsonarismo se instalar em São Paulo com a vitória de Tarcísio de Freitas no governo estadual mobilizou diversos artistas e trabalhadores do segmento cultural a protestar contra a possibilidade de Mario Frias assumir a Secretaria de Cultura. “Não queremos o Mario Frias na cultura de São Paulo”, diz o título do abaixo-assinado criado na tarde de quinta-feira (17/11), que em poucas horas juntou cerca de 25 mil assinaturas na plataforma change.org ( https://www.change.org/p/não-queremos-o-mario-frias-na-cultura-de-são-paulo). O ex-ator e ex-secretário especial da Cultura do governo Bolsonaro tem sido cotado para assumir uma das secretarias de Cultura mais importantes do país, nas mãos do governador eleito Tarcísio de Freitas. “Os trabalhadores da Cultura dizem não ao nome de Mario Frias para comandar a Secretaria de Cultura no Estado de São Paulo!”, explicita o texto do manifesto. “Isso seria uma desgraça para a Cultura Paulista. Mario Frias não é respeitado na área cultural e trará para o estado a política de destruição do setor implementada por Jair Bolsonaro. Mario Frias não pode assumir este importante cargo no Estado de São Paulo!”, completa o abaixo-assinado. Responsável pela destruição de políticas culturais, mutilação da Lei Rouanet e por fazer campanha declarada contra subsídios para artistas, como a Lei Paulo Gustavo e a Lei Aldir Blanc, a passagem de Frias pelo governo Bolsonaro também foi marcada por bate-bocas e viagens mal explicadas para os EUA com custos bancados pelos contribuintes. Além disso, ele fez uma live para insinuar que o ator Paulo Gustavo não morreu de Covid e disse no Twitter que o historiador pernambucano Jones Manoel, um homem negro com cabelo em estilo black power, tinha que tomar “um bom banho”.
STF derruba medida de Bolsonaro contra leis Paulo Gustavo e Aldir Blanc 2
O STF (Supremo Tribunal Federal) formou maioria nesta terça-feira (8/11) para manter a suspensão de medida provisória editada por Jair Bolsonaro, que permitia o adiamento de pagamentos referentes às leis Paulo Gustavo e Aldir Blanc 2 ao setor cultural. No sábado (5/11), a ministra Cármen Lúcia considerou a medida de Bolsonaro inconstitucional e a levou para análise dos demais ministros em plenário virtual. A ação contra a medida provisória foi levada ao STF pela Rede Sustentabilidade, que questionou o poder de Bolsonaro para atrasar pagamentos aprovados pelo Congresso. Bolsonaro foi contra dar dinheiro para a Cultura desde sempre. Após tentar impedir a aprovação das leis, ele vetou suas aprovações. Mas o Congresso deliberou novamente e derrubou o veto presidencial, cabendo a Bolsonaro cumprir e promulgar. Só que, em vez disso, ele criou uma medida provisória para jogar a despesa para o futuro – em 2023 e 2024, respectivamente – , visando ter mais dinheiro no caixa para as emendas do relator, também conhecidas como orçamento secreto, durante o período eleitoral. Cármen Lúcia afirmou que a decisão do Planalto é inconstitucional, pois, na avaliação da ministra, a medida provisória serviu, na prática, como um veto às leis — em especial porque foram propostas para mitigar os efeitos da pandemia de covid-19 sobre o setor cultural e de eventos. As duas leis são homenagens a artistas brasileiros que morreram em consequência da contaminação por covid-19. Um dos maiores compositores do país, Aldir Blanc faleceu em maio de 2020 aos 73 anos, enquanto o ator, roteirista e produtor Paulo Gustavo morreu em 4 de maio de 2021, aos 42 anos. A Lei Aldir Blanc 2 prevê repasses anuais de R$ 3 bilhões da União para estados e municípios durante um período de cinco anos, começando em 2023. Ela é inspirada na lei aprovada pelo Congresso em 2020 que garantiu recursos para o setor durante a pandemia, momento em que os espaços culturais fecharam completamente. Já a Lei Paulo Gustavo tem caráter emergencial e destina R$ 3,86 bilhões para estados e municípios, dos quais R$ 2,79 bilhões seriam voltados à área audiovisual, setor que consagrou Paulo Gustavo. As duas leis contaram com apoio, desde sua concepção, de secretários estaduais e municipais de cultura, além de artistas, que colaboraram com o Congresso desde a elaboração dos projetos. Elas se tornaram necessárias após o governo criar dificuldades nunca vistas no setor, numa política de desmonte que passou, inclusive, por uma reformulação da Lei Rouanet, visando explicitamente aumentar as dificuldades para o acesso às verbas, com filtros (potencialmente ideológicos) e novas restrições em plena pandemia. Com a decisão do STF, os valores da Lei Paulo Gustavo voltam a ter obrigação de serem pagos ainda meste ano e os da Aldir Blanc 2 no ano que vem.
Congresso derruba vetos de Bolsonaro contra incentivos à Cultura
O Congresso Nacional derrubou os vetos de Jair Bolsonaro às leis de incentivo à Cultura, criadas pelo legislativo para ajudar o setor a superar os efeitos da pandemia. As leis Aldir Blanc 2 e Lei Paulo Gustavo foram aprovadas em votação no plenário nesta terça-feira (5/7), após adiamentos e sob pressão da classe artística. As duas leis são homenagens a artistas brasileiros que morreram em consequência da contaminação por covid-19. Um dos maiores compositores do país, Aldir Blanc faleceu em maio de 2020 aos 73 anos, enquanto o ator, roteirista e produtor Paulo Gustavo morreu em 4 de maio de 2021, aos 42 anos. A Lei Aldir Blanc 2 prevê repasses anuais de R$ 3 bilhões da União para estados e municípios durante um período de cinco anos, começando em 2023. Ela é inspirada na lei aprovada pelo Congresso em 2020 que garantiu recursos para o setor durante a pandemia, momento em que os espaços culturais fecharam completamente. Já a Lei Paulo Gustavo tem caráter emergencial e destina R$ 3,86 bilhões para estados e municípios, dos quais R$ 2,79 bilhões seriam voltados à área audiovisual, setor que consagrou Paulo Gustavo. As duas leis contaram com apoio, desde sua concepção, de secretários estaduais e municipais de cultura, além de artistas, que colaboraram com o Congresso desde a elaboração dos projetos. Elas se tornaram necessárias após o governo criar dificuldades nunca vistas no setor, numa política de desmonte que passou, inclusive, por uma reformulação da Lei Rouanet, visando explicitamente aumentar as dificuldades para o acesso às verbas, com filtros (potencialmente ideológicos) e novas restrições em plena pandemia. Desde segunda (4/7), atores, secretários de Cultura, produtores e outros agentes do setor mobilizaram uma agenda de debates e manifestações em Brasília para pressionar os parlamentares a derrubarem os vetos. Entre os artistas que estão na capital incluem-se Amir Haddad, Johnny Massaro, Vera Fischer, Babu Santana e Letícia Spiller. “Estamos aqui pelo reconhecimento de que, sem o compromisso político com direito à cultura e à arte, o nosso povo está em risco”, disse Vera Fischer, em evento da Comissão de Cultura, enquanto colegas puxavam a hashtag “DerrubaVetosdaCultura” para pedir a derrubada dos vetos — caso das cantoras Marina Lima e Daniela Mercury. Além das celebridades, servidores de diversos estados trouxeram relatos emocionados de artistas de pequeno porte que puderam colocar comida na mesa com a aprovação da primeira rodada da Lei Aldir Blanc. “Tornar perene a experiência federativa da Lei Aldir Blanc pode levar a cultura brasileira a patamares nunca antes sonhados”, afirmou Fabrício Noronha, secretário de Cultura do Espírito Santo e presidente do Fórum Nacional de Secretários Estaduais de Cultura, sobre a Lei Aldir Blanc 2. “Está pavimentado um futuro na força da nossa diversidade e resistência e tudo isso no momento mais tenebroso e violento na condução da pasta no governo federal”, acrescentou.
Mark Ruffalo faz campanha para jovens brasileiros tirarem título de eleitor
O ator Mark Ruffalo, intérprete do Hulk nos filmes do MCU (Universo Cinematográfico da Marvel), retomou sua campanha nas redes sociais para que os jovens brasileiros tirem seus títulos de eleitor para ficarem aptos a votar para presidente em outubro. “Olá, amigos do Brasil! Se você tem 16 ou 17 anos, certifique-se de fazer seu registro para votar antes do prazo de 4 de maio. O que acontece no Brasil afeta todos nós. Seu voto é seu poder. Use seu poder!”, ele escreveu no Twitter nesta terça-feira (26/4). Na postagem, Ruffalo ainda acrescentou a hashtag “tira o título hoje” e citou a campanha “Olha o Barulhinho”, que traz informações sobre a solicitação do documento e a importância das eleições. Não é a primeira vez que o ator se manifesta sobre o assunto. Em março, ele foi mais claro em seu pedido, convocando os fãs brasileiros mais jovens a tirem o título para “derrotar Bolsonaro”. Hey friends in Brazil! If you're 16 or 17, make sure to register to vote before the May 4th deadline. What happens in Brazil matters to all of us. Your vote is your power. Use your power! https://t.co/Cl57pzWi0f #tiraotitulohoje — Mark Ruffalo (@MarkRuffalo) April 26, 2022











