Estreias de cinema digital incluem “Free Guy” e “Matrix”
A programação de estreias digitais tem blockbusters, produções para crianças e terrores bem adultos. Confira abaixo 10 filmes que se destacam dentre os lançamentos das plataformas de streaming e serviços de VOD (locação digital) e garantem o melhor cinema em casa do fim de semana. FREE GUY | STAR+ Comédia de ação com 80% de aprovação da crítica no Rotten Tomatoes, “Free Guy” é “O Show de Truman” da geração gamer, que explora ao máximo o carisma e o humor falastrão característicos de Ryan Reynolds (o “Deadpool”) no papel de um personagem de videogame. Na trama, ele vive um bancário comum chamado Guy (Cara, em inglês), que é um NPC (personagem não jogável) numa cena de assalto de game. Todo dia é igual em sua vida, até que uma jogadora (Jodie Comer, de “Killing Eve”) atropela sua existência e o torna autoconsciente. Ao perceber que sua existência é artificial e criada por um programador de games (Taika Waititi, de “Jojo Rabbit”), Guy resolve ajudar outros figurantes a enfrentar as ameaças do jogo, o que se torna um problema para a diversão dos jogadores. Cheio de easter eggs e participações especiais que só vendo para crer, o filme foi escrito por Matt Lieberman (dos novos longas animados de “A Família Addams” e “Scooby-Doo”) e marca o retorno do diretor Shawn Levy à direção, sete anos após o fracasso de seu último longa, “Uma Noite no Museu 3: O Segredo da Tumba”. Desde então, ele vinha se concentrando na atividade de produtor, inclusive da série “Stranger Things”. MATRIX RESURRECTION | HBO MAX, NOW, VIVO PLAY, VOD* Continuação que é mais nostálgica que inovadora, o revival de Lana Wachowski dividiu opiniões ao incorporar uma sátira metalinguística à trama e se apresentar como uma história de amor. Não são características que o público associa à franquia. Cheia de flashbacks e personagens antigos – alguns com rostos novos – , a sci-fi vai fundo mesmo na metalinguagem, reintroduzindo o personagem de Keanu Reeves como o programador de um game chamado ‘Matrix’. A ironia faz parte da nova vida de Thomas Anderson, projetada pelas máquinas, até ser libertado por rebeldes clandestinos que ouviram falar na antiga lenda de Neo. Descobrindo que décadas se passaram, a única coisa que lhe importa é salvar Trinity (Carrie-Anne Moss), ainda aprisionada na Matrix. MINAMATA | GLOBOPLAY Em seu último filme americano, Johnny Depp incorpora o premiado fotojornalista W. Eugene Smith (1918–1978) durante seu derradeiro e mais importante trabalho: a denúncia de uma doença terrível criada pelo envenenamento de mercúrio no meio-ambiente. O registro, feita em 1971 na pequena vila costeira de Minamata, no Japão, chamou atenção do mundo para os efeitos horríveis dos crimes ambientais. A doença de Minamata se originou pela negligência grosseira de uma fábrica química japonesa local. Durante décadas, a empresa despejou metais pesados na água, tornando o abastecimento tóxico. Como resultado, milhares de japoneses da região morreram ou tiveram sequelas ao consumir água e peixes contaminados. Deformidades e defeitos congênitos graves se tornaram uma ocorrência comum. A denúncia ajudou a trazer justiça e indenizações para a comunidade, mas W. Eugene Smith pagou um preço elevado, vindo a morrer pouco depois da consagração mundial de suas fotos por sequelas de uma surra que sofreu dos capangas da indústria criminosa. Toda esta história está contada no filme, que continua atual e relevante diante do crescimento do envenenamento por mercúrio no Brasil. O mesmo crime ambiental pode ser encontrado na expansão ilegal da mineração pelos rios da Amazônia, estimulada por inações do desgoverno, já tendo como consequência a alteração da cor das águas do rio Tapajós. TITANE | MUBI Vencedor da Palma de Ouro do Festival de Cannes 2021, o terror extremo de Julia Ducournau radicaliza o estilo repulsivo de “Raw”, longa de estreia da diretora, que deu muito o que falar ao ser lançado em 2016. A trama combina terror biológico (à moda dos primeiros filmes de David Cronenberg), filme de serial killer feminina, fetiche sexual por carros e é estrelado pelo veterano Vincent Lindon (“O Valor de um Homem”) e a estreante Agathe Rousselle. Repugnante e delirante, não é um filme fácil, muito menos feito para agradar todos os gostos. TODOS OS DEUSES DO CÉU | NOW Outro terror francês bizarro e premiado, o filme intenso acompanha um operário que cuida da irmã, gravemente incapacitada após os dois brincarem de roleta russa na infância. Com surtos psicóticos, ele passa os dias esperando discos voadores aparecerem para levá-lo embora com sua irmã para um mundo melhor. Repleto de imagens perturbadoras, o longa do cineasta Quarxx (“Marginal Tango”) impressiona visualmente como os primeiros filmes de Marc Caro e Jean-Pierre Jeunet (pense num “Delicatessen” mais radical), enquanto conta uma história terrível sobre trauma e as cicatrizes duradouras de culpa, recriminação e loucura. IN THE EARTH | NOW, VOD* Rodado durante o auge da pandemia pelo diretor Ben Wheatley (do remake de “Rebecca, a Mulher Inesquecível”), o terror britânico acompanha um cientista (Joel Fry, de “Cruella”) que, com o auxílio de uma guia, adentra uma floresta em busca de colegas que desapareceram na região. Mas o que parecia uma jornada de rotina se revela um pesadelo alucinógeno, praticamente uma “Bruxa de Blair” psicodélica. Exibido em janeiro de 2021 na programação do Festival de Sundance, o filme atingiu 79% de aprovação no Rotten Tomatoes. Mas não alcançou unanimidade entre o público, devido ao ritmo lento e a opacidade narrativa. A VIDA DEPOIS | HBO MAX O primeiro filme dirigido pela atriz Megan Park (“Será Quê?”) venceu o Festival SXSW com uma história intensa envolvendo trauma. O título faz referência a como a um atentado armado numa escola dos EUA afeta a vida de duas jovens sobreviventes, vividas por Jenna Ortega (“Pânico”) e Maddie Ziegler (“Amor, Sublime Amor”). A tragédia faz com que elas passem a dar mais valor a suas vidas e às pequenas coisas ao seu redor. CLIFFORD – O GIGANTE CÃO VERMELHO | NOW, VOD* Sucesso infantil, o longa conta a origem do cachorro criado pelo desenhista Norman Bridwell (1928–2014) e os problemas causados por seu tamanho descomunal. O humor ajuda a gerar empatia pela versão cinematográfica do bicho, que em seu primeiro teaser chegou a ser rejeitado pelos fãs das ilustrações originais. A adaptação foi escrita por David Ronn e Jay Scherick, que já tinham levado os Smurfs ao mundo live-action em dois longas-metragens (em 2011 e 2013), e a direção é de Walt Becker, que também teve experiência anterior com bichos de CGI, no filme “Alvin e os Esquilos: Na Estrada” (2015). A ERA DO GELO: AS AVENTURAS DE BUCK | DISNEY+ O sexto longa animado – ou primeiro spin-off – da franquia “A Era do Gelo” é o primeiro com lançamento exclusivo em streaming. A trama acompanha os irmãos gambás pré-históricos Crash e Eddie numa volta ao mundo selvagem dos dinossauros, quando eles decidem viver uma nova aventura com a doninha caolha Buck. Os demais personagens também aparecem, em pequenas participações. Mas a principal diferença da nova produção é o visual com menos detalhes – e acabamento inferior – em relação às anteriores. Vale lembrar que a Disney se desfez do estúdio Blue Sky, que faturou mais de US$ 5 bilhões com o lançamento de 13 filmes de sucesso – incluindo as franquias “A Era do Gelo”, “Rio” e “O Touro Ferdinando”, que recebeu indicação ao Oscar, todos com direção do brasileiro Carlos Saldanha – , após comprar o conglomerado 21th Century Fox. Com direção de John C. Donkin, que trabalhou como produtor nos filmes anteriores, o desenho destaca a participação de Simon Pegg (das franquias “Missão: Impossível” e “Star Trek”) como a voz original de Buck. OS BEATLES E A ÍNDIA | HBO MAX A redescoberta de preciosidades dos Beatles continua. Após a série da Apple sobre as gravações de “Let It Be” entre 1969 e 1970, a HBO Max explora a imersão de três anos da banda britânica na cultura indiana. Dirigido pelo escritor e jornalista indiano Ajoy Bose, o documentário resgata a passagem dos Beatles pela cidade de Rishikesh, na Índia, o relacionamento com o guru Maharishi Mahesh Yogi e a influência da música indiana em seus discos, especialmente pela incorporação da cítara no arsenal de instrumentos de George Harrison. A produção retrata a descoberta da cítara por Harrison, enquanto os Beatles filmavam a comédia “Help!”, e o uso do instrumento na canção “Norwegian Wood”, de John Lennon, em 1965, além da decisão radical do quarteto de abandonar suas vidas de celebridades no Ocidente para se refugiar num remoto local do Himalaia e explorar sua espiritualidade, o que rendeu uma explosão criativa – cerca de 50 músicas foram compostas durante o retiro. Para completar, a produção ainda aborda o impacto do grupo sobre a juventude indiana, com influência na moda e na música do país durante os anos 1960. * Os lançamentos em VOD (video on demand) podem ser alugados individualmente nas plataformas Apple TV, Google Play, Looke, Microsoft Store e YouTube, entre outras, sem necessidade de assinatura mensal.
Os Melhores Filmes de 2021
O ano em que três gerações de Homem-Aranha se encontraram, que Daniel Craig se despediu do papel de James Bond e que não olhar para cima virou sinônimo de bolsonarismo foi muito rico para o cinema. Mas também foi o ano em que o streaming multiplicou as opções de telas. Se escolher os melhores sempre é uma tarefa difícil, por invariavelmente deixar favoritos de fora, a seleção se tornou ainda mais complexa no ano em que “filmes” também deixaram, definitivamente, de significar cinema. Para diminuir as inevitáveis omissões, os melhores de 2021 foram divididos num Top 20 internacional, incluindo títulos de cinema e streaming, e um Top 10 nacional. Além disso, as duas listas são acompanhadas por uma seleção extra, dedicada aos principais títulos de cada gênero cinematográfico, que serve para hierarquizar e dar uma mapeada geral no entretenimento em clima de retrospectiva. As listas também funcionam como dicas, com a identificação das plataformas onde o leitor pode assistir cada título já disponibilizado em streaming ou VOD – lembrando que alguns ainda estão em cartaz nos cinemas ou aguardam lançamento digital. Top 20 internacional A lista internacional inclui vários filmes premiados, desde o vencedor do Oscar “Nomadland”, lançado em abril aos cinemas brasileiros, até o drama bósnio “Quo Vadis, Aida?”, eleito o melhor do ano pela Academia Europeia de Cinema – e só disponibilizado em VOD no Brasil. Também há títulos que ajudaram a definir o ano pela capacidade de gerar discussões, como a sátira negacionista “Não Olhe para Cima” e o fenômeno “Homem-Aranha: Sem Volta para Casa”, filme mais visto de 2021, que bateu recordes de público ao consagrar a fórmula de sucesso/construção de universo da Marvel. Veja abaixo os títulos que entraram na seleção, organizados em ordem alfabética. A FILHA PERDIDA | Netflix A MÃO DE DEUS | Netflix A NOITE DO FOGO | Cinema AMOR SUBLIME AMOR | Cinema ANNETTE | MUBI ATAQUE DOS CÃES | Netflix AZOR | Cinema BELA VINGANÇA | Telecine CAROS CAMARADAS | Telecine CHIVA BABY | MUBI CRUELLA | Disney+ DRUK – MAIS UMA RODADA | Telecine HOMEM-ARANHA: SEM VOLTA PARA CASA | Cinema MEU PAI | Paramount+ NÃO OLHE PARA CIMA | Netflix NO RITMO DO CORAÇÃO | VOD* NOMADLAND | Telecine O ESQUADRÃO SUICIDA | HBO Max QUO VADIS, AIDA | Telecine UNDINE | Cinema Top 10 nacional A lista nacional é essencialmente dramática, com temas políticos, sociais e sexuais. A temática sugere uma reação da arte contra o governo que desde a posse age ostensivamente para destruir a indústria cultural brasileira – via cortes de patrocínio, estrangulamento de incentivos, vetos, ameaças e descaso incendiário. As demissões, fechamentos e perdas de espaços culturais resultantes desta política alimentam os números negativos da economia, que retrocederam o país à era da inflação de dois dígitos. Não por acaso, o filme de maior bilheteria de 2021, “Marighella”, foi também o que enfrentou mais dificuldades para estrear, empacado na burocracia da Ancine, e o que sofreu as principais críticas de funcionários do governo. Mas “Marighella” não é o único a trazer questionamentos que incomodam os poderosos atuais. Do racismo estrutural enfrentado em “Cabeça de Nêgo” ao desmatamento criminoso denunciado por “A Última Floresta”, o cinema brasileiro foi um ato de resistência em 2021, contra todas as dificuldades criadas pelo pior presidente da História. 7 PRISIONEIROS | Netflix A NUVEM ROSA | Telecine A ÚLTIMA FLORESTA | Netflix CABEÇA DE NÊGO | Globoplay DESERTO PARTICULAR | Cinema MARIGHELLA | Globoplay O SILÊNCIO DA CHUVA | Globoplay MEU NOME É BAGDÁ | Cinema PIEDADE | Cinema RAIA 4 | Telecine Melhores por Gênero Alguns filmes que se destacaram em seus gêneros não entraram nas listas anteriores. Outros apareceram duplamente. Veja abaixo a relação dos títulos que foram melhores que seus concorrentes em seus respectivos nichos. Melhor Drama QUO VADIS, AIDA | Telecine Melhor Comédia NÃO OLHE PARA CIMA | Netflix Melhor Terrir UM LOBO ENTRE NÓS | Amazon Prime Video Melhor Terror SANTA MAUD | VOD* Melhor Suspense BELA VINGANÇA | Telecine Melhor Sci-Fi DUNA | HBO Max Melhor Filme de Super-Herói HOMEM-ARANHA: SEM VOLTA PARA CASA | Cinema Melhor Thriller de Ação 007 – SEM TEMPO PARA MORRER | VOD* Melhor Fantasia Infantil CRUELLA | Disney+ Melhor Animação A FAMÍLIA MITCHELL E A REVOLTA DAS MÁQUINAS | Netflix Melhor Teen NO RITMO DO CORAÇÃO | VOD* Melhor Romance MEMÓRIAS DE UM AMOR | VOD* Melhor Musical AMOR SUBLIME AMOR | Cinema Melhor Documentário & Filme Queer PEQUENA GAROTA | VOD* Filme Mais Estiloso NOITE PASSADA NO SOHO | Cinema * Os lançamentos em VOD podem ser encontrados nas plataformas Apple TV, Google Play, Looke, Microsoft Store, NOW, Vivo Play e YouTube, entre outras.
“Shang-Chi” vira filme mais bem-sucedido da pandemia na América do Norte
Líder das bilheterias pelo quarto fim de semana consecutivo, “Shang-Chi e a Lenda dos Dez Anéis” faturou mais US$ 13,3 milhões para atingir um total de US$ 196,5 milhões nos EUA e Canadá. A quantia transformou a produção da Marvel/Disney no filme mais bem-sucedido da pandemia no mercado norte-americano. O montante superou com folga a arrecadação de “Viúva Negra”, que liderava o ranking com US$ 183,4 milhões. Mas o filme de Scarlett Johansson continua na frente na soma mundial. “Shang-Chi” tem US$ 166,9 milhões no exterior, totalizando US$ 363,4 milhões em todo o mundo, contra US$ 378 milhões globais de “Viúva Negra”, que foi lançada simultaneamente na Disney+. O bloqueio do lançamento na China, que vetou a produção devido à opiniões do astro Simu Liu sobre o país, impediu o filme do herói antigamente conhecido como Mestre do Kung Fu de atingir maior faturamento internacional. Apesar do sucesso norte-americano, o longa nem de longe ameaça o domínio global de “Velozes & Furiosos 9”, maior blockbuster de 2021, com US$ 716,5 milhões de ingressos vendidos ao redor do mundo. Mas “Shang-Chi” demonstra ter fôlego para acrescentar ainda muitos milhões em sua conta. Neste fim de semana, sua bilheteria foi quase o dobro da obtida pelo segundo filme melhor colocado, o musical da Universal “Querido Evan Hansen”, que rendeu US$ 7,5 milhões. Principal estreia de sexta passada (24/9), a adaptação da Broadway amargou rejeição da crítica, atingindo apenas 33% de aprovação no Rotten Tomatoes. O fracasso acontece num ano que experimenta excesso de lançamentos musicais, tanto nos cinemas quanto em streaming. Culpa de “La La Land”. A realidade das bilheterias tem demonstrado que o desempenho do filme de 2016 foi pontual e não um retorno à era de ouro dos musicais de Hollywood. Lançado poucos meses após o desastre de “Cats”, “Em um Bairro de Nova York”, adaptação da peça de Lin-Manuel Miranda, também chegou durante a pandemia e se saiu um pouco melhor, com um faturamento inicial de US$ 11,5 milhões, mas atingiu apenas US$ 29,8 milhões no mercado interno – ainda que com uma diferença: estreou simultaneamente na HBO Max. O desastre de “Querido Evan Hansen” deixa claro que aquilo que funciona no palco não tem garantia nas telas. A produção da Universal tentou repetir o fenômeno da montagem de 2016, premiada com seis troféus Tony (o Oscar do teatro), ao escalar o mesmo ator, Ben Platt, no papel principal. Só que, agora com 27 anos, ele foi ridicularizado por tentar passar por estudante do Ensino Médio na versão cinematográfica. O pódio das bilheterias norte-americanas se completa com “Free Guy – Assumindo o Controle”. A comédia fantasiosa estrelada por Ryan Reynolds faturou US$ 4,1 milhões em seu sétimo fim de semana, atingindo um total doméstico de US$ 114,1 milhões. Globalmente, o filme está com US$ 317,4 milhões graças à diferença feita pelo lançamento chinês, que responde por US$ 94 milhões da conta. O terror “A Lenda de Candyman” e o drama “Cry Macho – O Caminho para a Redenção”, estrelado e dirigido por Clint Eastwood, fecham o Top 5 com US$ 2,5 milhões e US$ 2,1 milhões de arrecadação no fim de semana, respectivamente.
“Shang-Chi” segue no topo das bilheterias com US$ 320 milhões mundiais
“Shang-Chi e a Lenda dos Dez Anéis” manteve a liderança das bilheterias dos EUA e Canadá pelo terceiro fim de semana seguido. Ainda exibido em 4 mil cinemas, o filme da Marvel/Disney arrecadou US$ 21,7 milhões nos últimos três dias, elevando seus rendimentos a US$ 176,9 milhões no mercado doméstico. Com isso, “Shang-Chi” se tornou o segundo lançamento de maior bilheteria do ano na América do Norte, atrás apenas da “Viúva Negra”. Mas, ao contrário do filme estrelado por Scarlett Johansson, o longa com Simu Liu teve lançamento exclusivo nos cinemas e deve ultrapassar a bilheteria total de US$ 183 milhões de “Viúva Negra” até o próximo fim de semana. No mundo inteiro, a produção do herói antigamente conhecido como Mestre do Kung Fu arrecadou US$ 320,6 milhões até o momento (mais US$ 20,3 milhões vieram do exterior neste fim de semana), apesar de não ter sido lançado na China, maior mercado cinematográfico do mundo, por censura política. Outro lançamento da Disney ocupa o 2º lugar. “Free Guy – Assumindo o Controle” continua a mostrar fôlego em seu sexto final de semana, caindo apenas 7% em relação à semana passada. A comédia de ação estrelada por Ryan Reynolds faturou mais US$ 5,2 milhões para tingir o total doméstico de US$ 108,5 milhões. Melhor que isso, o filme se tornou um fenômeno na China. Graças aos US$ 85,6 milhões vindos do mercado chinês, está prestes a cruzar os US$ 300 milhões mundiais. A principal estreia da semana, “Cry Macho”, do diretor Clint Eastwood, ficou em 3º lugar nos EUA, faturando US$ 4,5 milhões de 3,9 mil cinemas. O neo-western dividiu a crítica, com 52% de aprovação e se tornou o terceiro lançamento consecutivo da Warner a fracassar nas bilheterias domésticas, após “Maligno” e “Caminhos da Memória”. Todos estes títulos têm em comum o fato de terem sido lançados simultaneamente na HBO Max nos EUA. E o mesmo vai acontecer com o esperado “Duna”, que já começou a ser exibido (exclusivamente nos cinemas) em alguns países neste fim de semana. O lançamento internacional de “Duna” chegou ao todo, em 24 mercados, onde o filme assumiu o 1º lugar e rendeu US$ 36,8 milhões, um desempenho acima das expectativas para a superprodução dirigida por Denis Villeneuve. As melhores performances foram na Rússia (US$ 7,6 milhões), França (US$ 7,5 milhões) e Alemanha (US$ 4,9 milhões). A estreia da sci-fi no Brasil vai acontecer apenas em 21 de outubro, um dia antes do lançamento nos EUA.
“Shang-Chi” ultrapassa US$ 250 milhões mundiais
“Shang-Chi e a Lenda dos Dez Anéis” manteve-se imbatível no topo das bilheterias dos EUA e Canadá em seu segundo fim de semana em cartaz. Exibido em 4,3 mil cinemas, o filme da Marvel/Disney arrecadou surpreendentes US$ 35,8 milhões nos últimos três dias, elevando seus rendimentos a US$ 145,6 milhões no mercado doméstico. O desempenho representa o maior segundo fim de semana de todo o período da pandemia, superando os US$ 25,8 milhões de “Viúva Negra”. A diferença de resultados dá razão à Scarlett Johansson em sua disputa contra a Disney. A atriz argumenta que o lançamento simultâneo em streaming prejudicou as bilheterias de seu longa, e a queda de arrecadação foi realmente dramática após a estreia. Já “Shang-Chi”, que é exclusivo dos cinemas, manteve uma arrecadação forte. O filme também se manteve em 1º lugar em vários países do mundo, incluindo o Brasil, Austrália, França, Alemanha, Coréia, Itália, México, Rússia, Espanha e Reino Unido. O sucesso do novo herói da Marvel é tão impressionante que precisou só de 10 dias, em plena pandemia, para cruzar os US$ 250 milhões mundiais. O montante internacional está em US$ 112 milhões, o que rende um total exato de US$ 257,6 milhões em todo o mundo. E isto sem o mercado chinês, que não deve receber “Shang-Chi” por censura política. Os números reforçam a decisão da Disney de encerrar sua experiência com o Premier Access, seu PVOD na Disney+, e voltar a realizar lançamentos apenas no cinema, ainda que com uma janela bem menor de exclusividade – 45 dias, em vez dos 90 de antes da pandemia. A Disney, por sinal, também ocupa o 2º lugar nas bilheterias norte-americanas. “Free Guy – Assumindo o Controle” continua a mostrar fôlego, ultrapassando a marca de US$ 100 milhões de faturamento doméstico neste domingo (12/9), com um cume de US$ 101,8 milhões até o momento. No mundo inteiro, o valor está em US$ 276,5 milhões graças ao lançamento na China, que já rendeu US$ 76,3 milhões até o momento. A principal estreia da semana, o terror “Maligno” da Warner, abriu apenas em 3º lugar, com US$ 5,57 milhões em 3,5 mil telas nos EUA. Disponibilizado também na HBO Max, o filme não teve o desempenho esperado, especialmente diante das críticas positivas que costumam impulsionar bilheterias de terror – teve 74% de aprovação no Rotten Tomatoes. Somando as arrecadações internacionais, chegou a US$ 15,1 milhões em todo o mundo. O Top 5 ainda inclui outro terror, “A Lenda de Candyman”, com US$ 4,8 milhões em seu terceiro fim de semana para um total doméstico de US$ 48 milhões, e outra produção da Disney, “Jungle Cruise”, que fez US$ 2,4 milhões para um total doméstico de US$ 109,9 milhões após sete semanas nos cinemas.
Estreia de “Shang-Chi” só perde pra “Viúva Negra” nos EUA
“Shang-Chi e a Lenda dos Dez Anéis” está comemorando a segunda maior estreia do ano nos EUA e Canadá, atrás apenas de outra produção da Marvel, “Viúva Negra”. Faturou US$ 71,4 milhões em 4,3 mil salas, enquanto o filme de Scarlett Johansson fez US$ 80,3 milhões. Mas a diferença entre as duas produções é maior. “Viúva Negra” foi distribuída simultaneamente nos cinemas e na Disney+ – e a atriz abriu processo contra o estúdio por causa disso – , somando ainda mais US$ 60 milhões em valores digitais. Já o primeiro longa com protagonistas asiáticos do MCU (Universo Cinematográfico da Marvel) foi “um teste” para verificar como o mercado reagiria a um lançamento da Marvel exclusivo do circuito cinematográfico em meio a mais uma onda da pandemia. Além de dar à Disney uma comparação para levar aos tribunais contra Johansson, o desempenho se mostrou bastante positivo para o mês de setembro, que geralmente recebe poucos blockbusters e por isso costuma ser dominado por filmes de terror. Não por acaso, apenas dois outros títulos tiveram estreia melhor nesse mês que o longa estrelado pelo pouco conhecido Simu Liu, “It – A Coisa” (2017) e sua continuação de 2019. Como na segunda-feira (6/9) é feriado do Dia do Trabalho nos EUA, “Shang-Chi e a Lenda dos Dez Anéis” também deve estabelecer um recorde em sua estreia. A expectativa é que ele chegue a US$ 83,5 milhões no período de quatro dias, mais que o dobro da marca de melhor fim de semana do Dia do Trabalho anterior, que pertencia ao remake de “Halloween” com US$ 30,6 milhões ao longo de quatro dias em 2007. “Ao quebrar os recordes de bilheteria do Dia do Trabalho com uma história de origem nova para muitos fãs, ‘Shang-Chi’ deu uma declaração enfática: as pessoas realmente querem voltar ao cinema”, disse Rich Gelfond, CEO da Imax, em um comunicado. “É claro que uma ótima produção somada a um lançamento cinematográfico exclusivo segue sendo uma fórmula vencedora de bilheteria, e este filme inovador lançou com sucesso uma nova e excitante jornada cinematográfica para a Marvel e um grande sucesso de bilheteria para a indústria”, completou. O interesse do público no filme foi estimulado por críticas positivas, que chegaram a 92% de aprovação no Rotten Tomatoes, e comentários ruidosos nas redes sociais a respeito das cenas pós-créditos, com participações especiais que colocam Shang-Chi à frente dos próximos acontecimentos do MCU. E o sucesso não foi restrito à América do Norte. O lançamento internacional também impulsionou o primeiro super-herói asiático da Marvel ao 1º lugar de vários países, especialmente no Reino Unido, onde seus US$ 7,7 milhões representaram a maior bilheteria de estreia de toda a pandemia na região. Outros mercados em que a abertura foi notável incluem Coreia do Sul (com US$ 6,5 milhões), França (US$ 4,3 milhões), Rússia (US$ 3,2 milhões) e Japão (US$ 2,8 milhões). Ao todo, “Shang-Chi e a Lenda dos Dez Anéis” faturou US$ 127,6 milhões em todo o mundo, marca que também ficou abaixo dos US$ 149 milhões de arrecadação global de “Viúva Negra” em seu primeiro fim de semana nos cinemas. O resto das bilheterias manteve-se bem distante desses valores. Ao perder a liderança, o terror “A Lenda de Candyman” fez US$ 10,44 milhões, seguido por “Free Guy – Assumindo o Controle” com US$ 8,7 milhões, “Patrulha Canina – O Filme” com US$ 4 milhões e “Jungle Cruise” com US$ 3,9 milhões. E vale reparar que neste bolo há mais duas produções da Disney.
Aumenta a queda de público nos cinemas do Brasil
O público dos cinemas brasileiros continua caindo, após o mercado sugerir uma recuperação. O passar das semanas demonstrou que os picos eram exceção e ligados ao lançamento de três blockbusters apenas: “Velozes e Furiosos 9”, “Viúva Negra” e “O Esquadrão Suicida”. Ao todo, 491,6 mil espectadores foram aos cinemas e gastaram R$ 9,1 milhões na compra de ingressos no último fim de semana passado, segundo dados da consultoria Comscore. Os números representam a terceira queda consecutiva. Em comparação com o fim de semana passado, quando 517,7 mil pessoas foram aos cinemas, a queda foi de 5%. Números semelhantes de público e bilheteria foram registrados no mês de junho. Vale lembrar que o recorde de público da pandemia aconteceu no fim de semana de estreia de “Viúva Negra”, quando 1 milhão de ingressos foram vendidos. Desde então, as vendas desabaram mais de 50%. “Free Guy – Assumindo o Controle”, novo filme de Ryan Reynolds, foi o título mais visto pela segunda semana consecutiva. O longa levou 100 mil pessoas aos cinemas e gerou R$ 1,9 milhão em ingressos vendidos. Já veterano no ranking, “O Esquadrão Suicida” foi o segundo filme com maior público no período, com 93,2 mil espectadores e R$ 1,7 milhão em bilheteria. “A Lenda de Candyman”, por sua vez, não conseguiu repetir no Brasil o sucesso que teve nos Estados Unidos, onde abriu em 1º lugar. A estreia do terror não passou do 5º lugar, com R$ 849 mil de bilheteria. Antes dele, aparecem ainda o lançamento “O Infiltrado”, filme de ação com Jason Statham, que fez R$ 1,5 milhão, e a animação “O Poderoso Chefinho 2”, com R$ 1,2 milhão arrecadados. Veja abaixo o Top 10 das bilheterias brasileiras, segundo a Comscore. #Top10 #filmes #bilheteria #cinema FinalSem 26-9/8:1. Free Guy 2. Esquadrão Suicida3. Inflitrado 4. Poderoso Chefinho 25. A Lenda de Candyman6. Pedro Coelho 27. Velozes e Furiosos 98. O Homem das Trevas 29. Space Jam10. Caminhos da Memória — Comscore Movies BRA (@cSMoviesBrazil) August 30, 2021
“A Lenda de Candyman” lidera bilheterias dos EUA
O terror “A Lenda de Candyman” abriu em 1º lugar nas bilheterias dos EUA e Canadá, com US$ 22,37 milhões em 3.569 cinemas, superando as expectativas do mercado, que não apostava num desempenho tão bom para um filme proibido para menores – com classificação “R” nos EUA, para maiores de 17 anos. Dirigido por Nia DaCosta, que atualmente filma a continuação de “Capitã Marvel”, a produção é uma espécie de sequência espiritual do terror homônimo de 1992, lançado no Brasil com um título ligeiramente diferente, “O Mistério de Candyman”, e recebeu críticas bastante elogiosas, atingindo 85% de aprovação no Rotten Tomatoes. Mas o público internacional não teve a mesma reação. Apesar de ter sido lançado em 51 países diferentes, sua receita no exterior não passou de US$ 5,2 milhões para atingir um total mundial de US$ 27,6 milhões. Com um orçamento de US$ 25 milhões, o longa precisa triplicar sua arrecadação para ser considerado um lançamento cinematográfico lucrativo. O sucesso do terror derrubou “Fee Guy – Assumindo o Controle” para o 2º lugar em seu terceiro fim de semana em cartaz. A comédia fantasiosa estrelada por Ryan Reynolds arrecadou US$ 12,7 milhões nos últimos três dias, caindo apenas 31% em relação à semana passada. Ao todo, a produção da Disney/20th Century Studios já vendeu US$ 78 milhões em ingressos na América do Norte e, com seu lançamento na China, chegou a mais de US$ 100 milhões no exterior, revelando-se um dos raros blockbusters da pandemia. Somando todas as receitas, o longa faturou US$ 180 milhões. Em 3º lugar ficou a animação infantil “Patrulha Canina – O Filme” em seu segundo fim de semana, com US$ 6,6 milhões. Contando seus 10 dias de exibição, a adaptação da série animada do Nickelodeon fez US$ 24 milhões, apesar de também estar disponível para os assinantes da Paramount+. A estreia no Brasil está marcada para 9 de setembro. “Jungle Cruise” atingiu uma marca importante no 4º lugar, ao render mais US$ 5 milhões e ultrapassar os US$ 100 milhões nas bilheterias domésticas. Em todo o mundo, o valor está em US$ 187 milhões após um mês em cartaz. O Top 5 da América do Norte fecha com “O Homem nas Trevas 2”, que fez US$ 2,8 milhões e atingiu uma bilheteria doméstica de US$ 24,5 milhões. O faturamento mundial está em US$ 35,3 milhões em três semanas.
“Free Guy” lidera bilheterias em meio à queda de público nos cinemas do Brasil
“Free Guy – Assumindo o Controle” foi o filme mais visto do fim de semana no país, mas público dos cinemas brasileiros caiu 26% em relação à semana passada. O novo filme de Ryan Reynolds levou 141 mil pessoas aos cinemas e arrecadou R$ 2,7 milhões, tirando a liderança de “O Esquadrão Suicida”. Mas a diferença foi pequena. A adaptação de quadrinhos teve 137,9 mil espectadores e rendeu R$ 2,5 milhões em ingresso vendidos. Ao todo, o circuito cinematográfico recebeu 517,7 mil pessoas e faturou R$ 9,7 milhões em bilheteria entre quinta e domingo, segundo dados da consultoria Comscore. No mesmo período da semana passada, 702 mil pessoas foram aos cinemas. Com isso, o mercado reverte aos números de junho. Entre os dias 10 e 13 daquele mês, foram registrados 558,7 mil espectadores nos cinemas e R$ 10,2 milhões em bilheteria. Veja abaixo a lista da Comscore com as 10 maiores bilheterias do país no último fim de semana. #Top10 #filmes #bilheteria #cinema 19 -22/81. Free Guy – Assumindo o Controle2. Esquadrão Suicida3. Poderoso Chefinho 24. Homem das Trevas 25. Velozes e Furiosos 96. Caminhos da Memória7. Space Jam8. Um Lugar Silencioso 29. Jungle Cruise10. Tempo — Comscore Movies BRA (@cSMoviesBrazil) August 23, 2021
“Free Guy” mantém controle das bilheterias dos EUA
“Free Guy: Assumindo o Controle”, comédia fantasiosa em que Ryan Reynolds vive um personagem de videogame, manteve a liderança das bilheterias pelo segundo fim de semana consecutivo nos EUA e Canadá, com uma arrecadação de US$ 18,8 milhões. O filme sofreu uma queda de apenas 38% de arrecadação desde a estreia na semana passada no mercado norte-americano. Foi o menor declínio da era da pandemia, causado em parte por ser um lançamento exclusivo dos cinemas, mas também pelas críticas positivas (82% de aprovação no Rotten Tomatoes) e recomendações boca a boca do público (nota A no CinemaScore). O fenômeno, por sinal, é global. A bilheteria de “Free Guy” caiu ainda menos no resto do planeta, apenas 26%, para permanecer como o filme mais visto em vários países. Ao todo, a produção que a Disney herdou da antiga 20th Century Fox faturou US$ 58,8 milhões em 10 dias na América do Norte e quase o mesmo valor no exterior, chegando a US$ 112 milhões ao redor do mundo. A Disney se entusiasmou com o resultado e já encomendou uma sequência da produção. O 2º lugar das bilheterias dos EUA ficou com uma estreia, a animação “Patrulha Canina: O Filme”, baseada na série da Nickelodeon, que teve um desempenho melhor que o esperado com US$ 13 milhões, apesar do lançamento simultâneo na plataforma Paramount+. Boa parte da arrecadação vem do Canadá, país original da produção. O Top 5 teve ainda “Jungle Cruise” (US$ 6,2M), “O Homem nas Trevas 2” (US$ 5M) e “Respect: A História de Aretha Franklin (US$ 3,8M). Graças ao fraquíssimo desempenho em sua segunda semana nos EUA, a cinebiografia de Aretha Franklin, que deveria estrear em 9 de setembro por aqui, desapareceu do calendário de lançamentos nacionais e deve chegar diretamente em streaming no Brasil. O detalhe é que houve mais cinco estreias neste fim de semana nos cinemas norte-americanos. E todas tiveram desempenho pior que “Respect”. Na verdade, abaixo de “O Esquadrão Suicida”, que ficou em 6º lugar com US$ 3,4 milhões. Com lançamento amplo, o thriller de ação “The Protégé”, estrelado por Michael Keaton, Samuel L. Jackson e Maggie Q, fez US$ 2,93 milhões em 7º lugar, o terror “A Casa Sombria”, protagonizado por Rebecca Hall, ficou perto disso com US$ 2,8 milhões em 8º lugar, e a sci-fi “Caminhos da Memória”, com Hugh Jackman, naufragou com US$ 2 milhões em 9º lugar. Dos três, apenas “Caminhos da Memória” teve lançamento simultâneo em streaming – na HBO Max. O filme também chegou ao Brasil neste fim de semana. Destruída pela crítica (37% no Rotten Tomatoes), a estreia da roteirista Lisa Joy (cocriadora de “Westworld”) na direção teve pouquíssima divulgação da Warner, que preferiu economizar no marketing após gastar US$ 100 milhões em produção, já prevendo o prejuízo. “The Protégé” foi considerável passável pela crítica (62%), mas só tem previsão de estreia no Brasil em novembro. Já “A Casa Sombria” agradou a crítica (85%) e chega em 30 de setembro nos cinemas brasileiros. A produção que fecha o Top 10 é “Viúva Negra”, que ao somar mais US$ 1,1 milhão nos últimos três dias atingiu o total de US$ 180 milhões nas bilheterias dos EUA e Canadá, superando “Velozes e Furiosos 9” (US$ 172M) como o maior sucesso cinematográfico da pandemia na América do Norte. Em todo o mundo, porém, o filme de Vin Diesel ainda está muito na frente, devendo chegar a US$ 700 milhões nos próximos dias, contra US$ 369 milhões da produção da Disney/Marvel. Para completar, também chegaram às telas norte-americanas o drama “Flag Day”, dirigido e estrelado por Sean Penn, e o terror “Demonic”, Neill Blomkamp. Ambos tiveram lançamentos limitados e fizeram apenas US$ 40 mil e US$ 38 mil, em 22º e 24º lugares, respectivamente.
“Free Guy” chega a 80% dos cinemas brasileiros
A comédia fantasiosa “Free Guy: Assumindo o Controle”, em que Ryan Reynolds (o “Deadpool”) vive um personagem de videogame, chega a 80% do total de cinemas brasileiros abertos nesta quinta (19/8), quatro dias após estrear no topo das bilheterias do fim de semana nos EUA e garantir sua continuação pela Disney. Com 83% de aprovação no Rotten Tomatoes, o filme também agradou a crítica norte-americana. Cheio de easter eggs e até participações especiais que só vendo para crer, “Free Guy” é “O Show de Truman” da geração gamer, que explora ao máximo o carisma e o humor falastrão característicos de Reynolds. Na trama, ele vive um bancário comum chamado Guy (Cara, em inglês), que é um NPC (personagem não jogável) numa cena de assalto de videogame. Todo dia é igual em sua vida, até que uma jogadora (Jodie Comer, de “Killing Eve”) atropela sua existência e ele se torna autoconsciente. Ao perceber que sua existência é artificial e criada por um programador de games (Taika Waititi, de “Jojo Rabbit”), Guy resolve ajudar outros figurantes a enfrentar as ameaças do jogo, o que se torna um problema para a diversão dos jogadores. O filme foi escrito por Matt Lieberman (dos novos longas animados de “A Família Addams” e “Scooby-Doo”) e marca o retorno do diretor Shawn Levy à direção, sete anos após o fracasso de seu último longa, “Uma Noite no Museu 3: O Segredo da Tumba”. Desde então, ele vinha se concentrando na atividade de produtor, inclusive da série “Stranger Things”. Em circuito menor, outro lançamento aposta em efeitos visuais, mas com resultado bem diferente. Sci-fi noir estrelada por Hugh Jackman (“Logan”), que chega ao Brasil com título de novela brega, “Caminhos da Memória” (Reminiscence, em inglês) marca a estreia de Lisa Joy, cocriadora de “Westworld”, como cineasta. Ela assina o roteiro e a direção da trama futurista, que se passa após o derretimento polar inundar cidades, quebrar economias e transformar a nostalgia numa mercadoria cobiçada e impulsionada pela tecnologia de ponta. Jackman vive um detetive particular que explora essa tecnologia para extrair memórias de seus clientes. Vivendo nos extremos da afundada costa de Miami, sua vida sofre uma reviravolta quando ele aceita uma cliente (Rebecca Ferguson, de “Missão: Impossível – Efeito Fallout”) que desaparece misteriosamente e se torna uma perigosa obsessão. A Warner quase não divulgou o filme, que estreou de forma envergonhada, com resenhas embargadas até quarta-feira (18/8). E o motivo ficou claro quando as críticas começaram a ser publicadas. Considerado uma junção medíocre de ideias recicladas, o filme ficou com apenas 47% de aprovação no Rotten Tomatoes. Com distribuição ainda mais limitada, a comédia polonesa “Nunca mais Nevará” volta a levar a cineasta Malgorzata Szumowska (do terror “O Rebanho”) a explorar a temática do questionamento espiritual, desta vez centrada na influência de um misterioso massagista russo que se torna guru de uma comunidade privilegiada da Polônia. Submissão do país ao Oscar de Melhor Filme Inernacional, o longa também marcou a promoção do cinematografista Michal Englert (que trabalhou com Szumowska em vários filmes) a co-diretor. Completa a programação um melodrama de cachorro da China e dois filmes brasileiros sobre pais e filhos adolescentes – um documentário em que uma mãe registra a transição de gênero do filho e um drama (coprodução argentina) sobre um pai (Leonardo Sbaraglia) que sufoca uma filha. Veja abaixo todas as estreias de cinema da semana. Free Guy – Assumindo o Controle | EUA | Aventura Caminhos da Memória | EUA | Sci-Fi Nunca mais Nevará | Polônia | Comédia Eternos Companheiros | China | Drama Limiar | Brasil | Documentário Coração Errante | Argentina, Brasil | Drama
“Free Guy” assume o controle das bilheterias nos EUA
“Free Guy: Assumindo o Controle”, comédia fantasiosa em que Ryan Reynolds vive um personagem de videogame, liderou as bilheterias em sua estreia nos EUA e Canadá, com uma arrecadação de US$ 26 milhões em 4.165 cinemas entre sexta e este domingo (15/8). Como o orçamento da produção está na casa dos US$ 100 milhões, o valor passa longe de ser ideal, mas se alinha às bilheterias recentes da pandemia. É basicamente o mesmo que fez “O Esquadrão Suicida” e um pouco mais do que faturou “Cruella” em seus três primeiros dias. O detalhe é que, ao contrário destes dois, a comédia de Reynolds foi um lançamento exclusivo dos cinemas, sem concorrência do streaming. No mercado internacional, “Free Guy” trouxe mais US$ 22,5 milhões de 41 países. O Brasil não foi um deles, já que o lançamento nacional ficou para a próxima quinta (19/8). Somando tudo, a produção que a Disney herdou da antiga 20th Century Fox faturou US$ 51 milhões mundiais em seus primeiros dias de exibição. O resultado agradou ao estúdio, que já decidiu encomendar uma sequência da produção. Público e crítica também aplaudiram. O filme teve 82% de aprovação no Rotten Tomatoes e tirou nota “A” no CinemaScore, pesquisa feita com plateias na saída dos cinemas. Outra estreia da semana, o suspense “O Homem das Trevas 2”, ficou num distante 2º lugar nas bilheterias norte-americanas, com US$ 10,6 milhões arrecadados de 3.005 salas. Não é um desastre, porque seu orçamento foi de US$ 15 milhões, mas representa uma grande queda em relação ao filme antecessor, que abriu com US$ 26,4 milhões em 2016. A expectativa não é das melhores para a próximo fim de semana, porque a Sony escondeu o filme da crítica e muitas pessoas foram aos cinemas antes que as avaliações negativas se tornassem conhecidas. Considerado medíocre, ficou com 52% de aprovação no Rotten Tomatoes. Em seu terceiro fim de semana, “Jungle Cruise” assegurou o 3º lugar com US$ 8,9 milhões, elevando seu total a US$ 88 milhões no mercado doméstico. O 4º lugar ficou com a estreia de “Respect – A História de Aretha Franklin”, com US$ 8,8 milhões. A cinebiografia estrelada por Jennifer Hudson como a Rainha do Soul não galvanizou a crítica, atingindo 64% de aprovação no Rotten Tomatoes, e pode ter dificuldades para se pagar devido ao custo de US$ 55 milhões. O lançamento no Brasil está marcado para 9 de setembro. “O Esquadrão Suicida” fechou o Top 5 com US$ 7,7 milhões, representando uma queda brutal de 72% em relação à sua estreia no fim de semana passado. Com isso, a adaptação dos quadrinhos da DC Comics soma US$ 42,3 milhões no mercado doméstico. Em compensação, manteve-se entre os mais vistos ao redor do mundo – no Brasil, a queda teria sido de apenas 28% – fazendo US$ 17 milhões no exterior para trazer seus rendimentos ao total de US$ 117 milhões mundiais.










