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    Cinema | Estreias incluem “O Protetor 3”, “Patrulha Canina 2” e “Rodeio Rock” com Lucas Lucco

    5 de outubro de 2023 /

    A programação de cinema destaca três lançamentos amplos nesta quinta (5/10). Denzel Washington volta em “O Protetor – Capítulo Final”, encerrando a trilogia de ação que conquistou o público, “Patrulha Canina: Um Filme Superpoderoso” traz uma nova aventura dos cães mais amados da televisão e “Rodeio Rock” oferece romance no cenário musical brasileiro. Confira abaixo mais detalhes das estreias, incluindo os lançamentos limitados.   O PROTETOR – CAPÍTULO FINAL   Denzel Washington (“Sete Homens e Um Destino”) volta ao papel de Robert McCall no terceiro e supostamente último filme da franquia, após “O Protetor” (2014) e “O Protetor 2” (2018), para distribuir mais justiça com as próprias mãos. Desta vez, McCall se encontra na pequena vila calabresa de Altomonte, na Itália. Enquanto se recupera de ferimentos, ele se integra à comunidade local e começa a vislumbrar uma vida mais tranquila. No entanto, quando a máfia local começa a atormentar os moradores, ele se vê compelido a agir, resultando em um último confronto com gângsteres armados. Pela primeira vez, porém, ele não está sozinho, contando com a ajuda da nova personagem Emma Collins, interpretada por Dakota Fanning, uma agente da CIA que se tornar uma aliada. Um detalhe interessante é que Washington e Fanning realizam um reencontro na produção. Os dois trabalharam juntos anteriormente em outro thriller, “Chamas da Vingança” (2004), quando a atriz tinha 10 anos. O “Capítulo Final” mantém a abordagem violenta e gráfica que caracteriza a franquia, com sequências de ação audaciosas e sangrentas, novamente dirigidas por Antoine Fuqua. Além do mesmo tom dos filmes anteriores, também mantém elementos familiares para quem acompanha a trilogia. Mas o que eleva a produção acima do padrão é mesmo a performance de Washington, que adiciona um peso dramático à trama, com o arco de redenção do protagonista, que tenta se redimir do que fez como assassino do governo dos EUA.   PATRULHA CANINA: UM FILME SUPERPODEROSO   Animação realizada em parceria com o canal infantil Nickelodeon, o filme é o segundo da franquia para os cinemas, seguindo o sucesso de “Patrulha Canina: O Filme”, lançado em 2021. Escrito e dirigido por Cal Brunker e Bob Barlen (“Patrulha Canina: O Filme”), conta uma aventura inédita dos cães aventureiros, agora como super-heróis. Após um meteoro mágico se chocar com Adventure City, os filhotes da Patrulha Canina ganham superpoderes. Para Skye, menor membro da equipe, seus novos poderes são um sonho que se tornou realidade. Por outro lado, as coisas tomam um rumo inesperado quando o arqui-inimigo dos filhotes, Humdinger, escapa da prisão e se une a Victoria Vance, uma cientista maluca obcecada por meteoros, para tentar roubar os poderes dos superpets. Com o destino de Adventure City em jogo, a Patrulha Canina terá que deter os vilões antes que seja tarde demais. O grandioso elenco de vozes originais conta com Kristen Bell (“The Good Place”), Kim Kardashian (“The Kardashians”), Serena Williams (“Glass Onion: Um Mistério Knives Out”), Christian Convery (“Sweet Tooth”), McKenna Grace (“Ghostbusters – Mais Além”), Lil Rel Howery (“Amizade de Férias”), James Marsden (“Desencantada”), Taraji P. Henson (“Empire – Fama e Poder”), Marsai Martin (“Black-Ish”) e Ron Pardo (“Patrulha Canina: O Filme”). Já a versão brasileira destaca as dublagens da vice-campeã do “BBB 23” Aline Wirley, seu marido Igor Rickli e o filho do casal, Antônio, de apenas 8 anos. Adaptação de uma série animada, os filmes da “Patrulha Canina” não aspiram a profundidade das produções da Disney, Pixar, DreamWorks e Illumination, mas custam uma fração dos lançamentos desses estúdios. A produção da Paramount teve um orçamento de apenas US$ 30 milhões e é parte de uma franquia que já rendeu US$ 14 bilhões em vendas globais no varejo desde 2014.   RODEIO ROCK   O musical romântico conta a história de dois artistas idênticos em aparência, mas completamente diferentes em personalidade: o cantor sertanejo mais famoso – e polêmico – do Brasil, e um roqueiro que, apesar de talentoso, não é reconhecido. Ambos os personagens são interpretados por Lucas Lucco. Hero, o roqueiro talentoso, tem aversão à música sertaneja, principalmente por ser extremamente parecido com o maior cantor brasileiro do gênero, Sandro Sanderlei. No entanto, Hero vê sua vida mudar quando tem a chance de substituir o sertanejo em sua turnê, após o artista entrar em coma. Desempregado e cheio de dívidas, Hero aceita a proposta de viajar pelo país fazendo os shows de Sandro Sanderlei. No entanto, durante a turnê, ele conhece Lulli (Carla Diaz, de “A Menina que Matou os Pais”), ex-namorada de Sandro, e acaba se apaixonando por ela. A partir daí, ele terá que escolher entre perder sua identidade e ganhar a fama e o sucesso que sempre buscou, ou ser fiel aos seus princípios e conquistar a mulher que ama. A produção, dirigida por Marcelo Antunez (“O Palestrante”), marca a estreia como roteirista do ator Felipe Folgosi – que fez “Chiquititas” como Carla, só que em outra geração.   NOSTALGIA   O drama italiano explora a complexa relação de um homem com sua cidade e seu passado. No longa, Felice Lasco, interpretado por Pierfrancesco Favino (“O Traidor”), retorna a sua cidade natal, Nápoles, após 40 anos vivendo no exterior. O motivo inicial da visita é o estado de saúde frágil de sua mãe idosa, Teresa, mas a cidade e as memórias que ela evoca começam a exercer uma atração irresistível sobre ele. O reencontro com sua mãe é emocionalmente carregado, mas o que realmente assombra Felice é um assassinato cometido décadas atrás por seu melhor amigo da época, Oreste Spasiano – agora conhecido como O Malommo e um temido chefe da máfia local. O filme de Mario Martone (“Leopardi: Um Jovem Fabuloso”) é o representante oficial da Itália na disputa por vaga no Oscar de Melhor Filme Internacional e é notável pela atuação sensível de Favino, que foi indicado ao European Film Award. A cinematografia de Paolo Carnera adiciona uma camada de autenticidade ao retrato de Nápoles, que muitas vezes se sente como um personagem à parte. Flashbacks formatados em Super 8 oferecem um contraste exuberante com as cenas mais pensativas ou sombrias do presente, reforçando a complexidade das escolhas e relações que moldam a vida de Felice.   OS FILHOS DOS OUTROS   O drama francês centra-se em Rachel, uma professora de 40 anos interpretada por Virginie Efira (“Benedetta”), que vive uma vida aparentemente plena em Paris, até que sua existência toma um novo rumo ao conhecer Ali, um designer de automóveis, interpretado por Roschdy Zem (“Notre-Dame – Catedral em Chamas”). A relação entre os dois se intensifica rapidamente, e Rachel se vê cada vez mais envolvida na vida da filha de Ali, Leïla. O filme explora a complexidade das escolhas modernas em torno da maternidade e dos relacionamentos, à medida que Rachel assume um papel de cuidadora, mas sempre à margem da relação entre Ali e a mãe de Leïla, Alice, interpretada por Chiara Mastroianni (“A Garota da Pulseira”). A trama segue Rachel durante aproximadamente um ano, abordando não apenas sua relação com Ali e Leïla, mas também sua vida profissional como professora e sua relação com a própria família. O filme também apresenta subtramas que incluem um aluno problemático e uma visita ao ginecologista, interpretado pelo cineasta documentarista Frederick Wiseman (“National Gallery”), que adicionam camadas à narrativa, mostrando as realidades muitas vezes contraditórias da vida adulta contemporânea. A diretora e roteirista Rebecca Zlotowski (“A Prima Sofia”) evita melodramas e soluções fáceis, optando por uma abordagem mais sutil e realista das complexidades emocionais e sociais enfrentadas pela protagonista. Virginie Efira, que já foi premiada com o César, venceu o troféu Lumiére de Melhor Atriz com este filme.   UMA FAMÍLIA EXTRAORDINÁRIA   Kiernan Shipka (“O Mundo Sombrio de Sabrina”) estrela o drama indie com uma jovem que cuida de seus pais com deficiência mental. A trama foi inspirada pela sobrinha e os tios do diretor estreante Matt Smukler, que vivem a mesma complexa dinâmica familiar. Na trama, Shipka vive Bea, que enfrenta desafios típicos da adolescência, enquanto cuida de seus pais neurodivergentes. É um enredo que dialoga com temas de amadurecimento rápido e lealdade familiar, tornando-se um ponto de reflexão sobre os múltiplos aspectos do crescimento. A pressão para Bea crescer vem de diversas frentes, incluindo um professor que a incentiva a focar em si mesma e um interesse amoroso que questiona seus motivos para cuidar de seus pais, levando Bea a ponderar suas próprias necessidades contra as de sua família. O elenco inclui Samantha Hyde (“Atypical”) e Dash Mihok (“Ray Donovan”) como os pais, além de Charlie Plummer (“Quem É Você, Alasca?”), Alexandra Daddario (“As Bruxas Mayfair”), Jean Smart (“Hacks”), Brad Garrett (“Everybody Loves Raymond”), Jacki Weaver (“Yellostone”), Reid Scott (“Veep”) e a menina Ryan Kiera Armstrong (“Chamas da Vingança”) como a versão infantil de Bea. “Uma Família Extraordinária” teve sua première mundial no Festival Internacional de Cinema de Toronto do ano passado e chegou aos cinemas americanos em março.   UM FILME DE CINEMA   Vencedor do Festival de Tiradentes com “Jovens Infelizes ou um Homem que Grita Não é um Urso que Dança” em 2016, Thiago B. Mendonça voltou ao evento dois anos depois com uma proposta incomum: explorar a arte do cinema através do olhar infantil. O filme, que passou em vários países do mundo antes de finalmente estrear comercialmente no Brasil, gira em torno de um cineasta, interpretado por Rodrigo Scarpelli (“Psi”), que serve como um alter ego do próprio Mendonça. O personagem enfrenta uma crise criativa e encontra uma saída quando sua filha mais velha decide fazer um filme como trabalho escolar. O projeto se torna uma oportunidade para o pai revisitar a história do cinema e redescobrir sua paixão pela sétima arte. A produção foi inspirada nas filhas do diretor, Bebel e Isa, que protagonizam o filme de forma espontânea e improvisada. A produção mistura elementos documentais e ficcionais, capturando tanto a realidade da família quanto a magia do cinema, e funciona também como uma ferramenta educativa, que busca inspirar a criatividade do público infantil e contribuir para a formação de um novo público para o cinema brasileiro.   LINHA DE FRENTE   O filme da dupla Felipe Menezes e Gustavo Gama Rodrigues foca o trabalho de patrulha das fronteiras brasileiras, mais de 16 mil quilômetros que dividem o Brasil de seus países vizinhos. O documentário acompanha fiscais e agentes policiais, que se veem em um fogo cruzado de organizações criminosas.   PLAUTO, UM SOPRO MUSICAL   Documentário sobre um dos maiores músicos gaúchos: Plauto Cruz, considerado por muitos o melhor flautista do Brasil.

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    Bilheteria | “Patrulha Canina” vence “Resistência” e “Jogos Mortais X” nos EUA

    1 de outubro de 2023 /

    A animação “Patrulha Canina: Um Filme Superpoderoso” foi o vencedor de uma fim de semana cheio de estreias nos cinemas dos EUA e Canadá, arrecadando US$ 23 milhões. O montante foi suficiente para superar outros três lançamentos de peso: o terror “Jogos Mortais X”, a sci-fi “Resistência” e a comédia “Dinheiro Fácil”. Com críticas favoráveis e forte aceitação do público, a sequência de “Patrulha Canina” quase dobrou a estreia de seu antecessor de 2021, que abriu com US$ 13 milhões. “É fantástico”, disse Chris Aronson, presidente de distribuição doméstica da Paramount. “É um testemunho da popularidade duradoura e crescente desta propriedade”. O novo filme também fez sua estreia internacional, arrecadando US$ 23,1 milhões no exterior e elevando seu total global para US$ 46,1 milhões. Adaptação de uma série animada, os filmes da “Patrulha Canina” não aspiram a profundidade das produções da Disney, Pixar, DreamWorks e Illumination, mas custam uma fração dos lançamentos desses estúdios. A produção da Paramount teve um orçamento de apenas US$ 30 milhões e é parte de uma franquia que já rendeu US$ 14 bilhões em vendas globais no varejo desde 2014. “Patrulha Canina: Um Filme Superpoderoso” estreia na quinta (5/10) no Brasil, com dublagem da família da vice-campeã do “BBB 23”, Aline Wirley.   Outros Concorrentes “Jogos Mortais X” ficou em 2º lugar com US$ 18 milhões, um início impressionante para a 10ª entrada de uma franquia de terror. O lançamento mais hypado da semana, “Resistência”, ficou em 3º lugar com US$ 14 milhões, muito abaixo das expectativas para o filme orçado em US$ 80 milhões. Mas desastre mesmo foi o desempenho de “Dinheiro Fácil”, que ficou em 7º lugar, com uma arrecadação decepcionante de US$ 3,5 milhões. A bilheteria ainda destacou “A Freira II” em 4º lugar. O terror da Warner Bros. adicionou mais US$ 4,6 milhões em seu quarto fim de semana de exibição, acumulando até agora US$ 76,7 milhões na bilheteria doméstica e US$ 231 milhões em todo o mundo. O Top 5 se completou com outra estreia: “The Blind”, uma cinebiografia religiosa, que arrecadou US$ 4,1 milhões em 1.715 telas pelo interior dos EUA.   Trailers Confira abaixo os trailers dos 5 filmes mais vistos nos EUA e Canadá no fim de semana.   1 | PATRULHA CANINA: UM FILME SUPERPODEROSO   2 | JOGOS MORTAIS X   3 | RESISTÊNCIA   4 | A FREIRA 2   5 | THE BLIND

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    Os 10 melhores lançamentos de streaming da semana

    29 de setembro de 2023 /

    Nesta semana, a programação de streaming destaca filmes de cineastas renomados e spin-offs de séries de sucesso. Entre os spin-offs, “Gen V” na Prime Video amplia o universo violento de “The Boys”, enquanto “Castlevania: Noturno” dá continuidade à saga de caçadores de vampiros na Netflix. Já na seleção de cinema em casa, os titulares são os diretores Wes Anderson, John Carney, Hirokazu Kore-eda e Ana Lily Amirpour. A lista de recomendações ainda oferece uma variedade de opções que vão de thrillers policiais sul-coreanos à tramas adolescentes brasileiras. Confira abaixo os 10 melhores títulos.   GEN V | AMAZON PRIME VIDEO   O aguardado spin-off da série “The Boys” mantém o clima violento da série original, com muito sangue, vísceras e palavrões. Mas com personagens mais jovens e um enredo de thriller. Na atração original, “V” é o nome da droga usada pela empresa Vought para dar superpoderes à população. O spin-off apresenta a Universidade Godolkin, uma faculdade exclusivamente de super-heróis, comandada pela Vought. No local, a nova geração V estuda como controlar seus poderes, enquanto disputa os melhores contratos de patrocínio como representantes da companhia, além de uma possível vaga no supergrupo Os Sete. Entretanto, o ano letivo não corre como o previsto. Os estudantes acabam descobrindo uma conspiração no campus e começam a se rebelar. Produzida por Seth Rogen e Evan Goldberg, responsáveis por “The Boys”, a série recebeu uma classificação “R-Rated” (para maiores de 17 anos) nos EUA. Inicialmente desenvolvida pelo roteirista Craig Rosenberg (“O Mistério das Duas Irmãs”), que abandonou o projeto durante a produção do piloto, alegando diferenças criativas, a atração acabou assinada por Michele Fazekas e Tara Butters, criadoras de “Reaper” e “Emergence”, que assumiram o posto de showrunners e fizeram várias mudanças no projeto – inclusive no elenco inicialmente cogitado. Com participação do brasileiro Marco Pigossi (“Cidade Invisível”), visto brevemente no trailer, o elenco destaca Jaz Sinclair e Chance Perdomo (ambos de “O Mundo Sombrio de Sabrina”), Lizze Broadway (“Here and Now”), Maddie Phillips (“Caçadoras de Recompensas”), London Thor (“Shameless”), Derek Luh (“Shining Vale”), Shelley Conn (“Bridgerton”), Patrick Schwarzenegger (o filho de Arnold), Sean Patrick Thomas (“A Tragédia de Macbeth”) e o estreante Asa Germann.   A INCRÍVEL HISTÓRIA DE HENRY SUGAR | NETFLIX   O novo filme de de Wes Anderson é uma adaptação do escritor Roald Dahl (“A Fantástica Fábrica de Chocolate”) realizada com o estilo visual marcante do cineasta, responsável por “O Grande Hotel Budapeste”, “A Crônica Francesa” e do recente “Asteroid City”. Ou seja, a produção é marcada por grandes simetrias, imagens centralizadas e cores pastéis. Mas acrescenta um detalhe que torna tudo ainda mais artificial que o costume: narração literária. Os personagens comentam falas e pensamentos, como se lessem um livro. Na trama, Henry Sugar estuda meditação e aprende a enxergar sem os olhos, conseguindo até “ver” cartas de baralho de adversários num jogo, o que lhe rende grande fortuna, mas também desgosto pelo dinheiro fácil. Após causar tumulto jogando dinheiro pela janela, ele é aconselhado a fazer filantropia, decidindo criar orfanatos bem equipados. Mas, ao mesmo tempo, torna-se alvo da máfia pela quantidade de dinheiro que ganhou em cassinos, precisando passar a se disfarçar para evitar atentados. Também como é típico dos filmes de Anderson, a adaptação do livro de 1977 é estrelada por um grande elenco, com destaque para Benedict Cumberbatch (“Doutor Estranho”) no papel-título, além de Ralph Fiennes (“O Grande Hotel Budapeste”), Dev Patel (“A Lenda do Cavaleiro Verde”), Ben Kingsley (“Shang-Chi e a Lenda dos Dez Anéis”), Rupert Friend (“Obi-Wan Kenobi”) e Richard Ayoade (“The IT Crowd”). “A Incrível História de Henry Sugar” é a segunda adaptação de uma obra de Dahl dirigida por Anderson, que em 2009 assinou a animação “O Fantástico Sr. Raposo”.   FLORA E FILHO – MÚSICA EM FAMÍLIA | APPLE TV+   O drama musical tem direção de John Carney, um dos maiores especialistas no gênero, responsável por “Apenas uma Vez” (2007), “Mesmo se Nada Der Certo” (2013) e “Sing Street” (2016). Desta vez, ele escalou ninguém menos que Eve Hewson (“Robin Hood: A Origem”), a filha do cantor Bono, do U2, como protagonista. Hewson vive a Flora do título, uma mãe solteira batalhadora da Irlanda, que tem problemas para se conectar com o filho rebelde adolescente (o estreante Orén Kinlan) e lidar com o ex-companheiro (Jack Reynor de “Periféricos”). Ao encontrar um velho violão, ela tenta formar uma conexão com o menino através da música, mas é desprezada. Como ele não se interessa pelo instrumento, ela mesma resolve ter aulas de violão por zoom com um músico decadente de Los Angeles, vivido por Joseph Gordon-Levitt (“Power”). E pouco a pouco a música começa a mudar a via de todos os envolvidos. Como é típico de John Carney, o filme é uma ode ao poder transformador da música, com toques de humor e sensibilidade. A combinação encantou o público do Festival de Sundance deste ano, onde o longa fez sua première sob aplausos calorosos e elogios rasgados da crítica, atingindo 93% de aprovação no Rotten Tomatoes.   MONA LISA AND THE BLOOD MOON | AMAZON PRIME VIDEO   A nova fantasia estilizada de Ana Lily Amirpour mergulha no universo sobrenatural e marginal de Nova Orleans. A trama segue Mona Lisa, interpretada por Jeon Jong-seo (“La Casa de Papel: Coreia”), uma paciente foragida de hospital psiquiátrico com habilidades telecinéticas. Após escapar da instituição, ela encontra Bonnie (Kate Hudson, de “Glass Onion: Um Mistério Knives Out”), uma dançarina de boate que a acolhe não apenas por caridade, mas também pelo potencial de Mona em resolver conflitos de rua. O elenco ainda conta com Craig Robinson (“A Ressaca”) como um policial determinado a capturar Mona e Evan Whitten (“Ahsoka”) no papel de Charlie, filho negligenciado de Bonnie, que se torna o amigo mais próximo da jovem. O filme é ambientado em uma Nova Orleans saturada de cores, capturando a energia vulgar da cidade através de lentes distorcidas e uma variedade de efeitos de iluminação. A narrativa é pontuada por momentos de humor e referências culturais, incluindo uma cena de perseguição particularmente lenta envolvendo Bonnie e o policial, ambos com dificuldades de locomoção. A estética visual do filme é contrastante com o trabalho anterior de Amirpour, “A Girl Walks Home Alone at Night”, que foi filmado em preto e branco e tinha um ritmo mais contemplativo. Premiada no Festival de Veneza, a fantasia oferece não apenas uma experiência visualmente rica, mas também aborda temas de alienação e busca por pertencimento, especialmente através da relação entre Mona e Charlie. Além disso, tem sido comparado a produções de super-heróis anti-convencionais como “Esquadrão Suicida” e “X-Men”, especialmente em sua abordagem de personagens marginalizados com habilidades especiais. Além de seus poderes telecinéticos, Mona Lisa também tem o poder de controlar as ações das pessoas, o que é explorado de forma tensa e às vezes humorística na trama.   BROKER – UMA NOVA CHANCE | VOD*   O novo filme do premiado cineasta japonês Hirokazu Kore-eda (“Assunto de Família”) é, curiosamente, falando em sul-coreano e estrelado por astros do país vizinho, como Song Kang-ho (“Parasita”), Gang Dong-won (“Invasão Zumbi 2”) e Doona Bae (“O Mar da Tranquilidade”). Como todos os filmes de Kore-eda, o tema é a família. Quando dois homens encontram um bebê abandonado e decidem procurar um lar para ele, a mãe aparece e desconfia que eles querem vender a criança. Ainda assim, ela acaba se juntando aos dois na missão de encontrar novos pais para a criança, sem saber que são observados por duas detetives de polícia, que investigam um esquema de intermediação de bebês. O filme venceu 10 prêmios internacionais, inclusive o troféu de Melhor Ator no Festival de Cannes passado, conquistado por Song Kang-ho.   O PIOR DO MAL | STAR+   A nova série policial sul-coreana é ambientada nos anos 1990 e foca na infiltração de investigadores disfarçados em uma grande organização criminosa, responsável pelo tráfico de drogas entre Coreia, China e Japão. Bastante conhecido por K-dramas românticos e thrillers de ação, Ji Chang-wook (“O Som da Magia”) interpreta Park Joon-mo, um policial dedicado que mergulha no perigoso mundo do crime organizado. Ele é acompanhado por Im Se-mi (“Empire”), que interpreta Yoo Eui-jung, a esposa do protagonista e também policial de narcóticos, e Wi Ha-joon (“Round 6”), que dá vida a Jung Gi-cheol, o enigmático líder da organização criminosa. O roteiro, assinado por Jang Min-suk, também explora vários coadjuvantes em arcos complexos, que mantêm o espectador envolvido do começo ao fim, enquanto alimenta uma atmosfera densa e sombria, que captura a essência do filmes de crime dos anos 1990.   CASTLEVANIA: NOTURNO | NETFLIX   A série animada derivada de “Castlevania” acompanha o personagem Richter Belmont, protagonista dos jogos “Symphony of Night” e “Blood of Rondo”, que enfrenta uma nova geração de vampiros com planos de dominação mundial. Richter é descendente de Trevor Belmont e Sypha Belnades, protagonistas da série original, e é acompanhado na nova aventura por Maria Renard, originalmente uma caçadora de vampiros que é apresentada nos jogos com apenas 12 anos – e eventualmente desenvolve um domínio poderoso sobre feitiços, espíritos animais e bestas celestiais. Os dois fazem parte do jogo “Castlevania: The Dracula X Chronicles” (remake de “Rondo of Blood”). “Noturno” também avança no tempo, deixando de lado a história medieval de Drácula para apresentar uma trama passada em 1792, durante a Revolução Francesa, o que permite aproveitar o pano de fundo histórico para desenvolver novas intrigas e vilões. Fundamental na História da programação original da Netflix, “Castlevania” foi lançada em julho de 2017 como a primeira série de estilo anime criada especificamente para o serviço de streaming. Bem recebida pela crítica, rapidamente desenvolveu fãs devotados, que estimularam a plataforma a investir em novas atrações no formato. Desta vez, contudo, a produção não conta com roteiros de Warren Ellis (“Red – Aposentados e Perigosos”), showrunner original de “Castlevania”. Depois de terminar a 4ª temporada, ele foi afastado da produção em meio a alegações de má conduta sexual. Sem mais envolvimento com a franquia, Ellis não fez parte do desenvolvimento do spin-off. Em seu lugar, a atração é comandada por Clive Bradley, principal escritor da série islandesa “Trapped”.   DESTINOS À DERIVA | NETFLIX   A atriz espanhola Anna Castillo (“Um Conto de Fadas Perfeito”) estrela esse thriller de sobrevivência como uma grávida perdida no mar. Na trama, ela se esconde em um contêiner para fugir de um país totalitário com o marido. Separada dele à força, ela precisa lutar pela sobrevivência quando uma violenta tempestade a atira ao mar dentro do container. Sozinha, trancada e à deriva no meio do oceano, ela dá a luz e precisa superar todos os limites para salvar sua vida e a filha, enquanto o container começa a encher de água. A direção é do espanhol Albert Pintó, que assinou o terror “O 3º Andar: Terror na Rua Malasaña” (2020), além de episódios de “La Casa de Papel” e “Sky Rojo”. TUDO IGUAL… SQN 2 DISNEY+   A produção nacional para o público adolescente acompanha Carol (Gabriella Saraivah, de “Juacas”), que aos 16 anos atravessa uma crise com várias mudanças em sua vida, incluindo o súbito segundo casamento de sua mãe, o novo irmão postiço, o primeiro namoro e testes em relação às amizades antigas que ela tanto estima. Se na 1ª temporada, ela e outros personagens tiveram que aprender a lidar com o perdão, a culpa e os arrependimentos para descobrirem que não são mais crianças, agora terão que lidar com os primeiros amores e os conflitos da vida adolescente. A Série é baseada no romance infanto-juvenil “Na Porta ao Lado”, de Luiza Trigo (autora de “Meus 15 Anos”), e conta com roteiros da própria escritora e de André Rodrigues (“Juacas”). O elenco ainda inclui Guilhermina Libanio (“Órfãos da Terra”), Duda Matte (“Ela Disse, Ele Disse”), Ana Jeckel (“Super Nova”), a cantora Clara Buarque, Kiko Pissolato (“O Doutrinador”), Miá Mello (“A Vida Secreta dos Casais”) e vários jovens estreantes.   CAMALEÕES | NETFLIX   O suspense traz Benicio Del Toro (“Sicario”) como detetive...

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    Sci-fi “Resistência” e terror “Jogos Mortais X” chegam ao cinema

    28 de setembro de 2023 /

    A programação de cinema desta quinta (28/9) está vitaminada com vários destaques. A lista inclui “Resistência”, uma ficção científica que mergulha em questões éticas e filosóficas; “Jogos Mortais X”, que retorna às origens da franquia de terror; “A Filha do Rei do Pântano”, um suspense psicológico que explora segredos familiares; “Pérola”, uma comédia nacional sobre uma mãe que é uma peça; e “Ruim pra Cachorro”, comédia para adultos que subverte as expectativas tradicionais de filmes sobre animais. E ainda há mais sete títulos em circuito limitado. A grande quantidade e variedade de títulos visa atrair grande público para a celebração promocional da Semana de Cinema, em que as principais redes exibidoras terão ingressos a R$ 12 para todos os filmes em cartaz. Confira a seguir os detalhes de cada lançamento.   RESISTÊNCIA   A nova sci-fi de Gareth Edwards, diretor de “Godzilla” (2014) e “Rogue One: Uma História Star Wars” (2016) chega precedida por grande hype. A produção é um thriller de ação passado num futuro distópico, marcado pela guerra entre a humanidade e a inteligência artificial (IA). Com efeitos visuais de ponta, o longa se passa após um atentado que fez os EUA banirem todas as IA e acompanha o agente militar Joshua, interpretado por John David Washington (“Tenet”), em uma missão de invasão na Nova Ásia, região onde as IAs são aceitas, para caçar e matar o Criador, o arquiteto elusivo de uma IA avançada que desenvolveu uma arma misteriosa com o poder de encerrar as guerras e a própria humanidade. Mas, durante a missão, ele acaba descobrindo que a arma de destruição mundial que ele recebeu instruções para eliminar é, na verdade, uma IA com forma de criança. E logo muda de lado, enfrentando desafios arriscados para proteger a jovem androide daqueles que querem destruí-la. A obra tem sido elogiada por sua abordagem ambiciosa num gênero frequentemente dominado por sequências e remakes. A narrativa não explora apenas a guerra entre humanos e IA, mas também mergulha em questões éticas e filosóficas, o que tem lhe rendido comparações a obras icônicas de ficção científica. De fato, a trama lembra vários outros filmes, evocando desde produções sobre a Guerra do Vietnã (como “Apocalypse Now”) até sci-fis sobre IAs (“IA”) e androides (“Blade Runner”). O roteiro original foi escrito por Edwards e Chris Weitz (também de “Rogue One”) e o elenco ainda conta com Gemma Chan (“Eternos”), Ken Watanabe (“A Origem”), Sturgill Simpson (“Dog: A Aventura de Uma Vida”), Allison Janney (vencedora do Oscar por “Eu, Tonya”) e a atriz mirim estreante Madeleine Yuna Voyles.   JOGOS MORTAIS X   O décimo filme da franquia de terror inaugurada em 2004 marca o retorno de John Kramer/Jigsaw, interpretado por Tobin Bell, o infame serial killer dos primeiros lançamentos, que morreu em “Jogos Mortais III”, de 2006. Embora várias continuações sugerissem que ele teria escapado da morte, o vilão continua morto. Seu retorno ao cinema se deve a “Jogos Mortais X” ser uma espécie de prólogo, passado entre o primeiro e o segundo filmes. Na trama, um doente e desesperado John viaja para o México em busca de um procedimento médico experimental e arriscado, na esperança de uma cura milagrosa para seu câncer terminal. No entanto, ele descobre que toda a operação é uma fraude destinada a enganar os mais vulneráveis. Enfurecido, o famoso serial killer retorna ao seu trabalho, virando o jogo contra os golpistas de sua maneira característica, através de armadilhas engenhosas, violentas e perturbadoras, com o objetivo de fazer os criminosos se torturarem para evitar a morte. Além de Tobin Bell, a atriz Shawnee Smith, que interpreta Amanda Young, a sucessora de Jigsaw, também retorna na produção, que completa seu elenco com Synnøve Macody Lund (“Ragnarok”), Steven Brand (“Vikings: Valhalla”), Michael Beach (“Dahmer: Um Canibal Americano”), Renata Vaca (“Pisando Fundo”), Paulette Hernandez (“A Vingança das Juanas”), Octavio Hinojosa (“Por la Máscara”) e Joshua Okamoto (“Control Z”). A direção é de Kevin Greutert, que também volta à franquia após editar os cinco primeiros longas e dirigir “Jogos Mortais 6” (2009) e “Jogos Mortais: O Final” (2010).   A FILHA DO REI DO PÂNTANO   O suspense estrelado por Daisy Ridley (“Star Wars: A Ascensão Skywalker”) chega ao Brasil uma semana antes de seu lançamento nos EUA. Na trama, ela vive uma mulher que mantém um segredo terrível sobre seu passado. Helena, a protagonista, tem uma vida aparentemente comum, morando numa cabana com a filha pequena e o namorado. Entretanto, sem que ninguém saiba, ela esconde uma origem sombria e perigosa: seu pai é o infame Rei do Pântano, um assassino que sequestrou sua mãe e as manteve cativas por anos no mato, onde Helena nasceu. Quando ele foge da prisão, Helena sabe que será caçada e, para proteger sua família, precisará usar tudo o que aprendeu com o assassino, buscando forças para enfrentar o homem que a ensinou sobre sobrevivência no mato. O filme é uma adaptação do romance psicológico de mesmo nome de Karen Dionne, com roteiro de Mark L. Smith (“O Regresso”) e direção de Neil Burger (“Divergente”), e o elenco ainda destaca Ben Mendelsohn (“Invasão Secreta”) como o pai foragido e Garrett Hedlund (“Na Estrada”) como o namorado de Ridley.   PÉROLA   Segundo longa dirigido por Murilo Benício (após “O Beijo no Asfalto), a comédia adapta um texto clássico do teatro brasileiro, escrito por Mauro Rasi, que conta a história da matriarca do título pelo ponto de vista do seu filho Mauro, logo após saber da morte da mãe. Ao voltar para sua casa de infância, ele revive momentos da família, principalmente as manias da sua mãe, suas ilusões, senso de humor e desejo de querer controlar todas as coisas, lembrando-a com um carinho particular, que apenas o distanciamento e o tempo permitem. A história segue em torno do relacionamento complexo entre mãe e filho, com conflitos, conversas na cozinha e sonhos traduzidos na construção de uma piscina no quintal. Drica Moraes (“Os Outros”) vive Pérola e Leonardo Fernandes (“Deserto Azul”) é Mauro, o filho que ela não conseguiu controlar nos loucos anos 1970. Exibido no Festival do Rio, o filme foi aplaudido de pé pelo público.   RUIM PRA CACHORRO   Embora filmes de cachorros falantes sejam uma tradição no cinema infantil, “Ruim para Cachorro” é uma comédia para adultos, permeada por humor escatológico e diálogos repletos de palavrões, distanciando-se do tom usualmente sentimental que se associa à produções caninas. Isto tende a causar uma desconexão entre a expectativa do público e o conteúdo real do filme, o que ajuda a explicar seu fracasso de bilheteria nos EUA. Além disso, os cachorros dublados por comediantes como Will Ferrell (“Barbie”) e Jaime Foxx (“Clonaram Tyrone!”) não impressionaram a crítica, apesar dos elogios a seus treinadores, que conseguiram fazê-los atuar de forma convincente. O filme de Josh Greenbaum (“Duas Tias Loucas de Férias”) segue Reggie, um border terrier de 2 anos (com a voz original de Ferrell) que é abandonado por seu dono Doug (Will Forte, de “Nebraska”) em uma cidade distante de sua casa. Ao ser deixado sozinho, Reggie se junta a Bug, um Boston terrier (dublado por Jamie Foxx), e outros cães de rua, incluindo Hunter, um Grande Dinamarquês ansioso (voz de Randall Park, de “WandaVision”) e Maggie, uma pastora australiana inteligente (dublada por Isla Fisher, de “Truque de Mestre”). Juntos, eles embarcam em uma jornada para se vingar de Doug e ajudar Reggie a morder os genitais de seu ex-dono. O grupo de cães enfrenta diversas situações ao longo de sua jornada, desde festas com pizza e cerveja até um encontro com uma águia predatória. A trama também explora a relação entre Reggie e Bug, que se tornam amigos improváveis e aprendem lições valiosas um com o outro. Apesar de seu humor grosseiro, o longa oferece momentos de observação canina perspicaz que adicionam profundidade à história.   DAVID CONTRA OS BANCOS   A comédia britânica é baseado na história real de Dave Fishwick (Rory Kinnear, de “Men: Faces do Medo”), um empresário da classe trabalhadora em Burnley, Inglaterra, que decide criar um banco comunitário ético com o objetivo de doar todos os lucros para instituições de caridade locais. O enredo se desenvolve em torno dos desafios legais enfrentados pelo protagonista para estabelecer seu banco, uma vez que grandes instituições financeiras, que dominam o mercado local há 150 anos, estão dispostas a “lutar sujo” para impedir que ele abale o status quo. Com isso, a trama se torna uma história de Davi (ou Dave) contra Golias. Com direção de Chris Foggin (assistente de Madonna em “W.E.: O Romance do Século”), a obra faz parte de uma tradição de filmes “feel-good” britânicos que abordam questões de classe e regionalismo, e visam servir de inspiração para o público. Além de Rory Kinnear, o elenco destaca Joel Fry (“Cruella”) como um advogado cético, que inicialmente vê o caso de Dave como uma batalha impossível, mas que gradualmente se torna um aliado crucial para tirar o banco do papel, e Phoebe Dynevor (“Bridgerton”) numa subtrama romântica com o advogado.   TERRA DE DEUS   O belíssimo filme do islandês Hlynur Pálmason explora a jornada de um jovem sacerdote luterano dinamarquês (interpretado por Elliott Crosset Hove), que é enviado à Islândia para estabelecer uma igreja. A trama se passa no final do século 19 e aborda temas como fé, colonialismo e a tensão entre a natureza e a civilização. O jovem padre enfrenta desafios tanto físicos quanto espirituais em sua missão, desde a travessia de paisagens inóspitas até o confronto com suas próprias dúvidas e a resistência da população local. Sua relação com seu guia (Ingvar Sigurdsson, de “O Homem do Norte”) serve como um microcosmo das tensões culturais e espirituais que o padre encontra em meio à beleza austera e ameaçadora da Islândia. Fotógrafo amador, o padre também registra as paisagens em imagens, que o filme, por sua vez, exibe aos espectadores numa tela com cortes laterais para evocar o formato de fotografias. Lançado no Festival de Cannes e vencedor de 14 prêmios internacionais, o longa tem 92% de aprovação no Rotten Tomatoes e é o candidato da Islândia à vaga na categoria de Melhor Filme Internacional no Oscar 2024.   A CASA DOS PRAZERES   Adaptação do livro erótico de Emma Becker, o filme dirigido por Anissa Bonnefont (“Wonder Boy”) acompanha a vida de Emma (Ana Girardot, de “Les Revenants”), uma escritora que se infiltra em uma casa de prostituição em Berlim para encontrar material para seu próximo livro. A narrativa não busca emitir juízos sobre a prostituição, mas sim oferecer um olhar objetivo e desapegado sobre o tema, focando na jornada pessoal da protagonista e suas interações com outras mulheres no bordel. Entretanto, acaba transformando as cenas de sexo num sumário de fetiches, abrindo mão de explorar a complexidade emocional e psicológica da personagem principal. Ana Girardot recebeu os maiores elogios por sua atuação, descrita como uma das mais corajosas do cinema francês recente, e o elenco ainda destaca Rossy de Palma (“Mães Paralelas”) e Aure Atika (“The Night Manager”).   NOSSO LAR   O filme “Nosso Lar” estreou originalmente em 2 de abril de 2010, data que marcou os 100 anos de nascimento de Chico Xavier. O relançamento comemora os 80 anos do livro do mesmo nome, escrito em 1943 por Chico Xavier enquanto psicografava o médico André Luiz. O livro acompanha a chegada do médico falecido ao além, onde encontra um “plano espiritual” com vários prédios e moradores. A obra foi considerada polêmica na época, por ser a primeira a abordar a mediunidade de forma aberta. Ele inspirou, por exemplo, a novelista Ivani Ribeiro na criação da novela “A Viagem”. Adaptado pelo diretor Wagner de Assis, que era roteirista de filmes da Xuxa e depois desse sucesso se especializou em produções espíritas, o longa chamou atenção por sua equipe hollywoodiana, incluindo seus efeitos chamativos, da mesma equipe que trabalhou em “Watchmen”, a fotografia de Ueli Steiger (“Godzilla” e “O Dia Depois de Amanhã”) e a trilha comandada pelo compositor Philip Glass. Trata-se, enfim, de uma...

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    “Mercenários 4” tem pior estreia da franquia e perde para “A Freira 2” nos EUA

    24 de setembro de 2023 /

    “Mercenários 4” teve uma estreia decepcionante na América do Norte. A produção da Lionsgate arrecadou US$ 8,3 milhões entre sexta e domingo (24/9), marcando o pior desempenho de abertura da franquia liderada por Sylvester Stallone e Jason Statham. Com isso, foi superado por “A Freira 2”, que continua dominando as bilheterias de setembro. O filme de ação foi exibido em 3,4 mil cinemas e tinha uma estimativa de arrecadação na faixa de US$ 15 milhões para o fim de semana. O lançamento custou US$ 100 milhões para ser produzido e é o primeiro filme da franquia após quase uma década, seguindo “Mercenários 3” de 2014, que arrecadou US$ 15,8 milhões em seu fim de semana de estreia e acumulou um total de US$ 214 milhões mundiais. À frente de “Mercenários 4”, “A Freira 2” adicionou US$ 8,4 milhões em seu terceiro fim de semana em cartaz, elevando seu total doméstico para quase US$ 70 milhões e mais de US$ 200 milhões mundiais.   O resto do Top 5 A bilheteria foi marcada por outros desempenhos fracos, como “A Noite das Bruxas” (US$ 6,3 milhões) e “O Protetor – Capítulo Final” (US$ 4,7 milhões). Em todo o mundo, os dois filmes estão com US$ 71,5 milhões e US$ 148,6 milhões, respectivamente. O Top 5 se completa com o fenômeno “Barbie”, que faturou mais US$ 3,2 milhões. A produção da Warner Bros. já soma US$ 630,4 milhões na América do Norte e US$ 1,4 bilhão mundial. O fim de semana registrou uma das piores vendas de ingressos do ano, com um total de US$ 51,7 milhões, o mais baixo até agora em 2023.   Trailers Confira abaixo os trailers dos 5 filmes mais vistos nos EUA e Canadá no fim de semana.   1 | A FREIRA 2   2 | OS MERCENÁRIOS 4   3 | A NOITE DAS BRUXAS   4 | O PROTETOR: CAPÍTULO FINAL   5 | BARBIE

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    As 10 melhores estreias de streaming da semana

    22 de setembro de 2023 /

    A seleção abaixo reúne seis séries e quatro filmes que se destacaram entre as estreias de streaming desta semana. A temporada final de “Sex Education” na Netflix e a surpreendente sci-fi “Ninguém Vai Te Salvar” na Star+ são os principais títulos da programação, que ainda tem série derivada da franquia “John Wick”, animação baseada em curta premiado no Oscar e a volta de “American Horror Story”. Confira abaixo as dicas para assistir em casa.   SEX EDUCATION 4 | NETFLIX   Muita coisa aconteceu desde que Otis (Asa Butterfield), então um adolescente virgem, percebeu que todos os anos embaraçosos em que viveu com sua mãe, uma terapeuta sexual, podiam ajudá-lo a se tornar popular e ainda ganhar dinheiro em sua escola do interior do Reino Unido. Coagido por Maeve (Emma Mackey), a bad girl do colégio, e apoiado por seu melhor amigo e gay assumido Eric (Ncuti Gatwa), ele virou uma lenda por sua consultoria sexual para adolescentes inexperientes. Mas a liberalidade sexual dos estudantes logo se provou demais para os professores puritanos, e a diferença de sensibilidades culminou num escândalo comunitário no final da temporada passada. Agora, depois da façanha de fecharem seu próprio colégio, os alunos da escola Moordale começam a 4ª e última temporada se surpreendendo com a faculdade. A faculdade de Cavendish é um choque cultural para todos os alunos que pensavam que eram progressistas. A nova escola está em outro nível. Há aula de ioga diária no jardim comunitário, uma forte vibe de sustentabilidade e um grupo de crianças que são populares por serem… gentis. Viv (Chinenye Ezeudu) está totalmente chocada com a abordagem não competitiva liderada por estudantes da escola, enquanto Jackson (Kedar Williams-Stirling) ainda está lutando para superar Cal (Dua Saleh). Aimee (Aimee Lou Wood) tenta algo novo fazendo um curso de arte avançado e Adam (Connor Swindells) discute se a educação regular é para ele. Para completar, a Dra. Milburn (Gillian Anderson) enfrenta uma nova rotina com o nascimento de seu novo filho, e Otis e Maeve tentam um relacionamento à distância, após ela seguir para uma universidade americana. Enfim, tudo parece diferente, exceto a jaqueta de Otis, que é a mesma desde o começo da série. Mas apenas parece. A verdade é que, ao longo de suas quatro temporadas, “Sex Education” nunca mudou: segue espirituosa, calorosa, inclusiva, generosa em espírito e simpática até nas fraquezas e falhas de seus personagens, mantendo o mesmo equilíbrio de alegria e melancolia que a transformou em uma das melhores séries sobre amadurecimento.   NINGUÉM VAI TE SALVAR | STAR+   O thriller de invasão alienígena traz Kaitlyn Dever (“Last Man Standing”) como uma jovem talentosa e criativa que se vê alienada de sua comunidade e acaba enfrentando sozinha visitantes extraterrestres em uma noite perturbadora. Na trama, ela encontra conforto em sua casa de infância até ser surpreendida por ruídos estranhos e intrusos decididamente não humanos. Perseguida dentro de casa e nas ruas, ela tenta fugir dos seres extraterrestres que ameaçam o futuro da humanidade, mas também a forçam a encarar seu passado. Pode parecer que a trama é conhecida, evocativa de “Sinais” (2002) e “Um Lugar Silencioso” (2018), por exemplo, só que não é. As reviravoltas levam o suspense de uma invasão em casa no campo para direções inesperadas. Direção e roteiro são de Brian Duffield, que chamou atenção com os roteiros de “A Babá” (2017) e “Amor e Monstros” (2020), e a direção de “Espontânea” (2020). Trata-se de mais um acerto do cineasta, que parece ter tendência para criar filmes cult.   AMERICAN HORROR STORY: DELICATE | STAR+   A Star+ disponibilizou de surpresa nesta sexta-feira (20/9) o primeiro episódio da 12ª temporada da série antológica de Ryan Murphy, sem nenhum aviso ou menção. Baseada no romance “Delicate Condition” de Danielle Valentine, a trama gira em torno de uma atriz, interpretada por Emma Roberts, dividida entre a carreira e o desejo de se tornar mãe. Porém, o seu sonho se torna um pesadelo quando a gravidez coincide com visões e paranoia, sendo convencida de que uma força sinistra está atuando ao seu redor. Descrita como uma “atualização feminista de ‘O Bebê de Rosemary'”, a história aborda temas de gravidez, maternidade, autonomia corporal das mulheres e o conceito do controle masculino sobre os corpos femininos. Além de Emma Roberts (“Amor com Data Marcada”), que retorna à franquia após um hiato de quatro anos, o elenco destaca Kim Kardashian (“Oito Mulheres e um Segredo”) e Cara Delevingne (“Esquadrão Suicida”), ambas novatas na série, e também inclui Zachary Quinto (“Star Trek”), Michaela Jaé Rodriguez (“Pose”), Matt Czuchry (“O Residente”), Annabelle Dexter-Jones (“Succession”), Odessa A’zion (“Aquele que Habita em Mim”) e Debra Monk (“A Idade Dourada”).   O CONTINENTAL: DO MUNDO DE JOHN WICK | AMAZON PRIME VIDEO   a minissérie baseada nos filmes de “John Wick” é um prólogo passado nos anos 1970 com muita ação, tiros, kung fu, soul music e black power, evocando os filmes da época. A atração de três capítulos narra a origem do hotel que serve de ponto de encontro e refúgio para os personagens da franquia, acompanhando a chegada do jovem Winston Scott (visto na trilogia cinematográfica com interpretação de Ian McShane) ao famoso Continental. A versão jovem de Winston é vivida por Colin Woodell (“The Flight Attendant”), que, para ajudar o irmão em dificuldades, irá confrontar ninguém menos que Mel Gibson (“Pai em Dose Dupla 2”), intérprete de um personagem chamado Cormac, um chefão do submundo e atual gerente do hotel. Os dois vão disputar o controle do local, com Winston reunindo uma gangue diversificada para tomar de assalto a fortaleza do rival. Os demais atores da produção incluem Katie McGrath (“Supergirl”), Ayomide Adegun (“Jogos Vorazes – A Cantiga dos Pássaros e das Serpente”), Peter Greene (“Luta Pela Liberdade”), Hubert Point-Du Jour (“The Good Lord Bird”), Jessica Allain (“A Lavanderia”), Mishel Prada (“Vida”), Nhung Kate (“The Housemaid”) e Ben Robson (“Animal Kingdom”), entre outros. “O Continental” tem roteiro de Greg Coolidge (“Policial em Apuros”) e Kirk Ward (“Wayne”), que compartilham a produção com o roteirista e o diretor dos filmes de “John Wick”, Derek Kolstad e Chad Stahelski. Já a direção dos episódios está a cargo do cineasta Albert Hughes (“O Livro de Eli”).   SONG OF THE BANDITS | NETFLIX   O faroeste com espadas sul-coreano se passa nos anos 1920, período em que o Japão começou a colonizar Joseon (Coreia) após assumir o controle do país, e acompanha diversos personagens que, por diversos motivos, se encontram na nação sem lei de Gando. Assassinos, ladrões, migrantes e o Exército da Independência enfrentam confrontos intensos com as forças japonesas, até virarem um grupo de sobreviventes astutos. Os “foras da lei”, dotados de habilidades que adquiriram nas sombras da criminalidade, tomam uma decisão audaciosa: eles se unem para lutar contra o domínio estrangeiro e proteger aqueles que amam, independentemente das consequências, tornando-se heróis improváveis da resistência. Com muitas cenas de ação, violência e uma visão emocional, a série explora a resiliência do povo coreano durante um dos períodos mais sombrios de sua história. O roteiro é de Han Jung-hoon (“My Fellow Citizens”) e o elenco destaca Kim Nam-gil (“Memórias de um Assassino”), a cantora Seohyun (do grupo Girls’ Generation), Yoo Jae-myung (“Stranger”), Andrew Lee (“Em Busca de Vingança”), Min Kim (“Black Knight”), Kim Seol-jin (“Vincenzo”) e outros.   CASSANDRO | AMAZON PRIME VIDEO   Baseado em fatos reais, o filme traz o astro mexicano Gael Garcia Bernal (“Tempo”) como o lutador mexicano Saúl Armendáriz, o primeiro homem assumidamente gay a se tornar campeão de Lucha Libre. Armendáriz se tornou um ícone da comunidade LGBTQIAPN+ latina ao romper com padrões machistas e heteronormativos do esporte durante as décadas de 1980 e 1990, ao se impor nos ringues como Cassandro, um lutador exótico que desafiou preconceitos. O filme teve première mundial durante o Festival de Sundance, no começo do ano. Na ocasião, arrancou elogios rasgados da crítica, que lhe renderam 97% de aprovação no Rotten Tomatoes. Mas os comentários positivos acabaram ofuscados por uma cena de beijo entre Bernal e o cantor porto-riquenho Bad Bunny (“Trem-Bala”), que viralizou ao ser gravada durante a projeção. O elenco coadjuvante ainda inclui Roberta Colindrez (“Uma Equipe Muito Especial”) e Raúl Castillo (“Army of the Dead”). Já a direção é de Roger Ross Williams, que venceu um Oscar pelo curta documental “Music By Prudence” (2010).   PEQUENOS ESPIÕES: APOCALIPSE | NETFLIX   O reboot da franquia do cineasta Robert Rodriguez repete a premissa do filme original. Desta vez, Gina Rodriguez (“Jane, a Virgem”) e Zachary Levi (“Shazam!”) vivem espiões transformados em reféns, necessitados de resgatados pelos filhos pequenos, que até então nem desconfiavam do trabalho dos pais. Como novidade, o filme inclui uma ameaça de videogame, que precisa ser enfrentada num ambiente de jogo virtual. Roteiro, direção e produção estão novamente a cargo de Rodriguez, que lançou o filme original em 2001, seguido por “Pequenos Espiões 2: A Ilha dos Sonhos Perdidos” no ano seguinte e “Pequenos Espiões 3: Game Over” em 2003. Ele ainda retomou a saga com “Pequenos Espiões 4” em 2011, mostrando as crianças originais já crescidas. Desta vez, porém, a trama é um reboot completo, que abandona o elenco original formado por Antonio Banderas e Carla Gugino como os pais, além de Alexa PenaVega e Daryl Sabara como as crianças. Os quatro atores apareceram ao longo de toda a franquia até então. O novo elenco traz Connor Esterson (“Chad”) e Everly Carganilla (“Depois da Festa”) como os jovens agentes e ainda conta com D.J. Cotrona (“Shazam!”), Billy Magnussen (“A Noite do Jogo”) e Fabiola Andújar (“Walker”) no elenco. Embora as piadas sejam voltadas para o público infantil, o filme tem uma mensagem para adultos, sobre a importância de aceitar o entretenimento favorito das crianças (no caso, videogames) na dinâmica da vida familiar.   PERDIDA | DISNEY+   Depois de passar pelo cinema, a adaptação do livro de Carina Rissi agora se junta a outras fábulas encantadas nas plataformas da Disney. A produção é um fantasia romântica com viagem no tempo ao estilo de “Outlander”, que mostra Giovanna Grigio (“Rebelde”) indo parar no começo do século 19, onde se apaixona por um cavalheiro da época. Na trama, Sofia (Giovanna Grigio) é uma jovem moderna apaixonada por obras antigas, como os clássicos de Jane Austen. Ao tentar convencer uma editora a investir no nicho, ela acaba se frustrando com o pedido negado. Mas logo em seguida é transportada para um mundo semelhante ao dos livros que tanto gosta, ambientados no século 19. Completamente perdida, Sofia conta com a ajuda do galante Ian Clarke (Bruno Montaleone, de “Verdades Secretas”) para resolver o mistério por trás de sua chegada naquele lugar. Produzido pela Filmland Internacional em parceria com a Star Original Productions, o longa marcou a estreia na direção de Katherine Chediak Putnam e Dean Law (do curta “Inferno”). O roteiro é de Karol Bueno (“TupiniQueens”) e Luiza Shelling Tubaldini (“A Princesa da Yakuza”), e o elenco ainda conta com Nathália Falcão (“Desalma”), Bia Arantes (“Órfãos da Terra”), Sérgio Malheiros (“Um Natal Cheio de Graça”), Hélio de la Peña (“Conversa Piada”) e Luciana Paes (“Galeria Futuro”).   COMPRO LIKES | STAR+   A nova série nacional de comédia gira em torno do universo dos influenciadores e a obsessão por seguidores e likes nas redes sociais. Criada por André Moraes (“Não Se Aceitam Devoluções”) e André Brandt (“Domingão com Huck”), acompanha a luta de Wagner Sampayo (Fábio Lago, de “Cidade Invisível”), um ator fracassado que deseja alcançar o estrelato, mas paga as contas trabalhando como vendedor de papel e animando asilos e festinhas infantis. Rejeitado em todos os testes de elenco, ele cria um plano para ficar famoso e recorre ao excêntrico guru Johnny Silva (Lúcio Mauro Filho, de “A Grande Família”) para aprender como virar celebridade digital. A partir do conselho do professor e com ajuda daa amiga Sarah (Ana Carolina Machado, de “Não Se Aceitam Devoluções”), ele cria uma vida baseada em mentiras nas redes sociais, invade um conhecido reality show, inventa um romance com uma...

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    Filme de Claudinho e Buchecha e “Mercenários 4” chegam aos cinemas

    21 de setembro de 2023 /

    Os principais lançamentos de cinema desta quinta (21/9) se dividem entre ação truculenta de filmes B americanos e projetos musicais brasileiros. Os principais destaques são “Nosso Sonho”, cinebiografia de Claudinho e Buchecha, e o documentário “Elis e Tom, Só Tinha que Ser com Você”, sobre um dos maiores discos da MPB dos anos 1970. Já as opções de pancadaria são “Os Mercenários 4”, filme mais fraco e quase um spin-off da franquia, e o polêmico “O Som do Silêncio”, sobre um herói da extrema direita dos EUA levando justiça à bela na América do Sul, antes de ser acusado de abuso sexual por sete mulheres. Confira todas as estreias da semana.   NOSSO SONHO   O filme biográfico narra a história de Claudinho e Buchecha, interpretados pelos atores Lucas Penteado (“BBB 21”) e Juan Paiva (“Um Lugar ao Sol”). A produção conta como uma amizade de infância se tornou icônica, apresentando os desafios pessoais de Claudinho (Penteado) e Buchecha (Paiva), dos bastidores da fama às dificuldades enfrentadas rumo ao sucesso, antes do final trágico da dupla, com a morte de Claudinho num acidente de trânsito em 2001. A história é contada sob visão de Buchecha, que insistiu para que Claudinho aceitasse formar uma dupla. O destino dos artistas começa a ser traçado quando sua primeira música toca numa rádio local e eles assinam contrato nos anos 1990. A história dirigida por Eduardo Albergaria (“Happy Hour”) ainda é marcada por hits que marcaram época, como “Só Love”, “Coisa de Cinema” e a homônima “Nosso Sonho”, que embalam a trama. O elenco também conta com Tatiana Tiburcio (“Terra e Paixão”), Nando Cunha (“Os Suburbanos”), Clara Moneke (“Vai na Fé”), Antônio Pitanga (“Amor Perfeito”) e Isabela Garcia (“Anos Dourados”) entre outros. Há algumas imprecisões anacrônicas na reconstituição dos anos 1990 e simplificações narrativas, mas “Bohemian Rhapsody” cometeu os mesmos pecados. “Nosso Sonho” ainda compartilha os mesmos acertos do filme sobre Freddie Mercury, ao enfatizar a emoção de seus personagens, que de forma catártica também emociona o público.   OS MERCENÁRIOS 4   A sequência da franquia “Mercenários” chega quase 10 anos depois da última produção e vem mais violenta e sangrenta que as anteriores, o que lhe rendeu uma classificação R-Rated (para maiores) nos EUA. Desta vez, é Jason Statham (“Velozes e Furiosos 10”) quem tem mais destaque que os colegas famosos, com Sylvester Stallone (“Rambo: Até o Fim”) em claro papel de coadjuvante. Criador da franquia, ele aparece como responsável por reunir a equipe para mais uma aventura explosiva, juntando personagens veteranos e novos rostos, como se lançasse um spin-off. Quem também retorna são Dolph Lundgren (“Creed 2”) e Randy Couture (“Roubo Entre Ladrões”), que se juntam a novos mercenários interpretados pelo rapper 50 Cent (“Rota de Fuga 3”), Megan Fox (“Meia-Noite no Switchgrass”) e Tony Jaa (“Monster Hunter”). O elenco ainda conta com Andy Garcia (“O Pai da Noiva”), Iko Uwais (“22 Milhas”), Jacob Scipio (“Bad Boys 3”) e Levy Tran (“MacGyver”). Na trama, a equipe enfrenta uma ameaça que pode desencadear uma possível 3ª Guerra Mundial: terroristas que tomaram posse de mísseis nucleares. A direção é de Scott Waugh (“Need For Speed”), que troca a camaradagem bem-humorada dos personagens dos primeiros filmes por uma seriedade de thriller de ação feito para o mercado de vídeo dos anos 1990.   SOM DA LIBERDADE   O thriller sobre tráfico de crianças na América do Sul se tornou um fenômeno de bilheteria nos Estados Unidos, arrecadando mais de US$ 180 milhões. Dirigido pelo mexicano Alejandro Monteverde, é protagonizado por Jim Caviezel (o Jesus de Mel Gibson), que interpreta Tim Ballard, um ativista anti-tráfico real e devoto mórmon. A trama é vagamente baseada nas experiências de Ballard na América do Sul, embora o próprio ativista tenha admitido que a produção toma liberdades com a verdade. Mesmo sendo lançado sem o apoio de grandes estúdios, o longa conseguiu grande sucesso, em parte devido ao seu alinhamento com visões de mundo propagadas por teorias da conspiração como QAnon – o principal delírio da extrema direita dos EUA. A trama se concentra na busca implacável de Ballard para reunir uma família separada pelo tráfico de pessoas. Inicialmente, ele resgata um menino chamado Miguel na fronteira entre os EUA e o México e, posteriormente, descobre que a irmã de Miguel ainda está desaparecida. Isso o leva a Cartagena, onde ele planeja uma operação ousada para resgatar a menina. O filme inclui uma cena de epílogo com imagens em preto e branco da operação real de Ballard, embora essa cena seja seguida por uma controversa cena de créditos intermediários que tem sido criticada por seu caráter manipulativo. Como cinema propriamente dito, “Som da Liberdade” não passa de um thriller convencional, cheio de clichês de americanos sobre a América do Sul, mas sua abordagem sensacionalista extrapola as telas para ressoar questões de guerra cultural. Não por acaso, a produção recebeu apoio substancial de grupos religiosos e de direita, incluindo uma exibição organizada por Donald Trump, aumentando ainda mais sua conexão com extremistas.   IL BOEMO   A indicação da República Tcheca ao Oscar 2023 para disputar a categoria de Melhor Filme Internacional é uma cinebiografia do compositor tcheco Josef Mysliveček, apelidado de “Il Boemo”. Escrito e dirigido por Petr Vaclav, o longa é majoritariamente falado em italiano. A trama inicialmente apresenta Mysliveček em seus últimos momentos de vida, sofrendo de sífilis, para depois retroceder e explorar sua ascensão como compositor celebrado na Itália do século 18. O ator e músico tcheco Vojtěch Dyk oferece uma performance marcante como o protagonista, cujo talento é explorado em diversas cenas musicais. O filme não apenas aborda a trajetória profissional de Mysliveček, mas também sua vida pessoal, incluindo seus relacionamentos amorosos com mulheres influentes e abastadas da época. Além disso, a obra faz um contraponto interessante ao apresentar personagens femininas fortes que oferecem oportunidades ao jovem compositor. A narrativa também inclui um encontro memorável com Wolfgang Amadeus Mozart, que expressa sua admiração pelo compositor tcheco antes de elaborar uma de suas composições de forma espetacular. A atenção ao detalhe musical é refletida na trilha sonora, que conta com a participação de solistas renomados, como a soprano Simona Šaturová, que dubla a personagem Cristina Gabrieli, interpretada por Barbara Ronchi. “Il Boemo” se destaca por sua fidelidade histórica e riqueza de detalhes, tanto visuais quanto musicais. Embora o filme tenha momentos que abordam questões feministas contemporâneas e outros que mergulham em um território mais cômico, ele mantém um tom geral mais sóbrio e comprometido com a precisão histórica. A obra foi bem recebida em sua première no Festival de San Sebastian e é uma forte candidata na corrida pelo Oscar, atraindo principalmente um público amante da música clássica.   REFLEXÃO   O drama ucraniano explora o impacto da violência casual na vida cotidiana. Ambientado no contexto da guerra na região de Donbas em 2014, a trama segue Serhiy, um cirurgião que se encontra em uma missão na linha de frente quando é capturado e forçado a inspecionar cadáveres para sinais de vida, antes de ser confrontado com dilemas morais e éticos relacionados à guerra e à violência. A narrativa se desenrola principalmente em planos fixos longos, capturando momentos de tortura e interrogatório de Serhiy, bem como sua subsequente adaptação à vida civil. O filme é notável por sua abordagem estilística e é uma espécie de continuação de “Atlantis” (2019), o premiado filme anterior do diretor Valentyn Vasyanovych. Concebido tanto como um grito de protesto pela Ucrânia quanto uma declaração contida de que ainda existe esperança frente à invasão russa, atingiu 95% de aprovação no site americano Rotten Tomatoes.   OS PELUDOS – GUARDIÕES DO LAR   A animação russa segue as aventuras de Christine, de 13 anos, que faz amizade com o jovem brincalhão Finnick – um dos seres peludos e geralmente invisíveis que habitam todas as casas. Pode ser novidade para muita gente, mas segundo o filme essas criaturas estão em toda parte, convivendo de forma invisível com os humanos. Só que Finnick faz de tudo para que nenhuma família se estabeleça da sua, para ficar confortável sozinho. Entretanto, quando a família de Christine se muda, suas táticas parecem não surgir efeito. Entretanto, Finnick não é a única “assombração” da cidade, e quando eventos estranhos começam a acontecer, a dupla percebe que precisa se unir como detetives para resolver os misteriosos acontecimentos. Aviso: a animação computadorizada do filme é bem inferior às produções hollywoodianas.   A REVOLTA DOS MALÊS   O filme dirigido por Belisário Franca (“O Presidente Improvável”) e Jeferson De (“Doutor Gama”) já foi disponibilizado como minissérie na Sesc TV. A produção aborda a revolta histórica de escravos muçulmanos na Bahia em 1835 e foca na personagem Guilhermina, interpretada por Shirley Cruz, uma escrava que busca comprar sua liberdade e a de sua filha Teresa (Jamilly Mariano). Quando seu senhor, o fazendeiro Souza Velho (Roberto Pirillo) nega a alforria, Guilhermina se envolve com Licutan (André Ramiro), um líder religioso que tem papel fundamental na Revolta dos Malês. A abordagem minimalista é praticamente teatral, sem grandes cenários ou mesmo cenas externas, concentrando-se no elenco para contar a história, mas se destaca por sua capacidade de equilibrar entretenimento e didatismo, iluminando um episódio histórico importante enquanto mantém sua relevância no contexto atual.   ELIS & TOM, SÓ TINHA DE SER COM VOCÊ   O documentário narra a gravação histórica do disco da parceria entre a cantora Elis Regina com o compositor Antônio Carlos Jobim, “Elis & Tom”, em 1974. Dirigido por Roberto de Oliveira (empresário de Elis na época) e Jom Tob Azulay, traz à tona várias imagens inéditas dos ensaios, conversas e atmosfera dos bastidores da gravação do álbum. O material, guardado por anos, ressurge para contar os segredos do disco, que resultou em canções inesquecíveis, mas também muito drama de bastidores, como o fato de os dois artistas não se gostarem, impasses que quase fizeram Elis abandonar o projeto e o momento em que perceberam que tinham criado uma obra-prima com “Águas de Março” e começaram a se entusiasmar pelas gravações.   CARLOS – THE SANTANA JOURNEY GLOBAL PREMIERE   Entrevistas com o cantor e guitarrista Carlos Santana e sua família, juntamente com imagens de arquivo nunca antes vistas – incluindo gravações de vídeos caseiros feitas pelo próprio Santana, filmagens de shows e momentos de bastidores.

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    “A Freira 2” mantém liderança nos cinemas brasileiros

    18 de setembro de 2023 /

    Assim como aconteceu nos Estados Unidos, a estreia de “A Noite das Bruxas” não superou “A Freira 2” no Brasil. O terror manteve a liderança nos cinemas brasileiros pela segunda semana ao arrecadar R$ 8,87 milhões e ser visto por 431 mil pessoas entre quinta e domingo (17/9), de acordo com o Comscore. Enquanto isso, o novo mistério do Inspetor Poirot, vivido por Kenneth Branagh, teve renda de R$ 2,49 milhões e 108 mil espectadores. O desempenho de “A Noite das Bruxas” foi melhor que o filme anterior da franquia de mistério, “Morte no Nilo”, que levou 100 mil pessoas aos cinemas em fevereiro de 2022 e faturou R$ 2,28 milhões. Entretanto, a época ainda era de receio com a pandemia. Antes da pandemia, “Assassinato no Expresso do Oriente”, lançado em novembro de 2017, levou 270 mil pessoas aos cinemas e faturou R$ 4,8 milhões. O resto do Top 5 O super-herói “Besouro Azul”, que conta com atuação de Bruna Marquezine, ficou em 3º lugar com receita de R$ 2,15 milhões e 103 mil ingressos vendidos. Em 4º lugar, “As Tartarugas Ninja: Caos Mutante” levou mais 72,97 mil pessoas e faturou R$ 1,15 milhões. Para completar, “After – Para Sempre” estreou em 5º lugar, com R$ 882 mil em bilheteria e 44 mil espectadores. A longa duração dessa franquia romântica, com 0% de aprovação no Rotten Tomatoes, é um mistério que nem Hercule Poirot seria capaz de explicar. Ao todo, os cinemas contabilizaram R$ 18,81 milhões em bilheteria e público de 892 mil no fim de semana.

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    “A Freira 2” e “Noite das Bruxas” têm disputa acirrada nas bilheterias dos EUA

    17 de setembro de 2023 /

    Em uma disputa acirrada, “A Freira 2” e “Noite das Bruxas” chegaram a um empate técnico nas bilheterias dos Estados Unidos e Canadá neste fim de semana. As estimativas de domingo (17/9) da New Line/Warner Bros. colocam “A Freira 2” ligeiramente à frente com US$ 14,7 milhões, enquanto a 20th Century Studios/Disney estima que “Noite das Bruxas” arrecadou US$ 14,5 milhões. A diferença de apenas US$ 200 mil significa que a posição de cada filme pode mudar na conferência dos números finais prevista para segunda-feira (18/9). Além de vencer a bilheteria dos EUA até o VAR, “A Freira 2” continua a fazer sucesso em todo o mundo, liderando as bilheterias internacionais. Em sua segunda semana em cartaz, o terror arrecadou US$ 30,1 milhões em 72 mercados, elevando seu total internacional para US$ 102,3 milhões e US$ 158,8 milhões globalmente. Os cinco principais mercados para “A Freira 2” são México (US$ 14,9 milhões), Indonésia (US$ 7,6 milhões), Brasil (US$ 7,2 milhões), Itália (US$ 5,5 milhões) e Reino Unido (US$ 4,9 milhões). Já “Noite das Bruxas”, por sua vez, estreou com US$ 22,7 milhões de 51 mercados estrangeiros, para tingir US$ 37,2 milhões mundiais. O suspense de época teve desempenho particularmente forte nos principais mercados europeus, com posições de liderança no Reino Unido, Espanha e Itália. A equipe de marketing da Disney optou por destacar os elementos de terror de “Noite das Bruxas”, em vez de focar apenas nos temas de mistério de assassinato, como nos filmes anteriores do personagem Poirot vivido por Kenneth Brannagh – “Assassinato no Expresso do Oriente” (2017) e “Morte no Nilo” (2022) – , apostando da preferência do público pelo gênero. Com isso, “Noite das Bruxas” teve um início alinhado às expectativas, mas ironicamente enfrentou maior dificuldade de atrair o público mais velho, tradicionalmente o alvo da franquia.   O resto do Top 5 Logo em seguida no ranking, “O Protetor: Capítulo Final” arrecadou US$ 7,1 milhões em seu terceiro fim de semana, elevando seu total doméstico para US$ 73,6 milhões e o global para US$ 132,4 milhões. Em 4º lugar, “Casamento Grego 3” fez US$ 4,7 milhões, atingindo US$ 18,5 milhões e US$ 23,8 milhões mundiais, num desempenho pífio após duas semanas. Não se pode esquecer que o primeiro filme da franquia é a maior bilheteria do cinema independente em todos os tempos. Barbenheimer continua a impressionar Fechando o Top 5, “Barbie” se mantém forte com US$ 3,4 milhões em sua nona semana, elevando seu total global para a marca impressionante de US$ 1,41 bilhão. A produção da Warner Bros. já é atualmente a 14ª maior bilheteria de todos os tempos, tendo ultrapassado neste fim de semana “Vingadores: A Era de Ultron” (2015). Ainda no Top 10, “Oppenheimer”, do diretor Christopher Nolan, também atingiu uma marca importante. O drama biográfico superou os US$ 900 milhões, chegando ao total de US$ 912,7 milhões em receita global neste domingo. Com isso, tornou-se a cinebiografia de maior bilheteria de todos os tempos, superando “Bohemian Rhapsody”. “Oppenheimer” também é o terceiro título de maior bilheteria do ano e o terceiro mais rentável da carreira de Nolan. No Reino Unido, a produção superou “Dunkirk” como o maior sucesso do cineasta no país. Na China, teve uma retenção impressionante, com um aumento de bilheteria de 170% em seu terceiro fim de semana. Os cinco principais mercados para “Oppenheimer” até o momento são o Reino Unido (US$ 73 milhões), China (US$ 54 milhões), Alemanha (US$ 48 milhões), França (US$ 41,6 milhões) e Itália (US$ 26,8 milhões).   Trailers Confira abaixo os trailers dos 5 filmes mais vistos nos EUA e Canadá no fim de semana.   1 | A FREIRA 2   2 | A NOITE DAS BRUXAS   3 | O PROTETOR: CAPÍTULO FINAL   4 | CASAMENTO GREGO 3   5 | BARBIE

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    “Barbie”, “Elementos” e as melhores estreias do streaming da semana

    15 de setembro de 2023 /

    O maior blockbuster do ano é o principal lançamento da semana em streaming. Além de “Barbie”, a animação “Elementos”, também sucesso nos cinemas, e a comédia de terror político “O Conde”, recém-premiada no Festival de Veneza, são os longas de maior destaque, enquanto o revival de “Justified”, a nova temporada de “The Morning Show” e a minissérie “Turismo Selvagem” estão entre as dicas de séries. Com cinco filmes e cinco séries, o Top 10 com as melhores estreias pode ser conferido abaixo.   BARBIE | VOD*   A maior bilheteria de cinema do ano chega às locadoras digitais. A comédia inspirada e inesperada de Greta Gerwig (“Adoráveis Mulheres”) reinventa a icônica boneca como uma figura filosófica que enfrenta uma crise existencial no mundo idealizado e rosa das bonecas perfeitas. Margot Robbie (“O Esquadrão Suicida”) tem o papel da Barbie Estereotipada que, após uma festa na casa de praia, começa a questionar a perfeição de sua existência, embarcando numa jornada de autodescoberta. No mundo de Barbie, tudo é pré-definido para funcionar perfeitamente: as Barbies ocupam todos os possíveis cargos de trabalho, de juízas do Supremo Tribunal a cientistas, enquanto os Kens, incluindo o Ken Estereotipado interpretado por Ryan Gosling (“La La Land”), existem apenas para servir às suas contrapartes femininas. Quando a Barbie principal percebe que algo está errado – seu café da manhã queima, o leite está vencido, e seus pés arqueados se tornam chatos – ela busca a ajuda da Barbie Estranha, interpretada por Kate McKinnon (“Caça-Fantasmas”), que a manda ao mundo real em busca da garota que possui sua versão da boneca. Ao chegar lá na companhia de Ken (Ryan Gosling), Barbie enfrenta a realidade de uma sociedade ainda desequilibrada em relação aos direitos e papéis de gênero. A obra aborda de forma bem humorada e ao mesmo tempo séria questões de feminismo e patriarcado. Gerwig e seu Ken da vida real, o co-roteirista e marido Noah Baumbach, criam uma narrativa que diverte enquanto provoca reflexão. Reforçado por um elenco estelar – Will Ferrell (“Pai em Dose Dupla”), Helen Mirren (“A Rainha”), Simu Liu (“Shang-Chi e a Lenda dos Dez Anéis”), Alexandra Shipp (“X-Men: Fênix Negra”), Kingsley Ben-Adir (“Invasão Secreta”), Emma Mackey (“Sex Education”), Michael Cera (“Scott Pilgrim Contra o Mundo”), Issa Rae (“Insecure”), Ncuti Gatwa (“Sex Education”) e até a cantora Dua Lipa – , o filme questiona identidade, estruturas sociais e coragem para abraçar a mudança, provando que histórias importantes e inspiradoras podem surgir das franquias mais improváveis.   ELEMENTOS | DISNEY+   A nova animação da Pixar se passa numa cidade onde os elementos do fogo, água, terra e ar vivem juntos em harmonia. Apesar disso, a família de Ember sempre ensinou à jovem que os elementos não se misturam. Mas um encontro fortuito faz com que a garota quente embarque numa jornada de descobertas com um jovem aguado, buscando entender até que ponto água e fogo podem se aproximar. O cineasta Peter Sohn (“O Bom Dinossauro”) diz ter buscado inspiração na sua infância como filho de imigrante coreano em Nova York, quando conviveu com muitas pessoas de culturas diferentes. Com a técnica de animação e o visual apurado que são marcas do estúdio, a produção se diferencia das demais animações da Pixar por ser uma história romântica.   O CONDE | NETFLIX   Após dois dramas biográficos em inglês (“Jackie” e “Spencer”) e uma minissérie baseada na obra do escritor Stephen King (“Lisey’s Story”), Pablo Larraín volta ao Chile para filmar o monstro mais conhecido do país: o general Augusto Pinochet. Interpretado por Jaime Vadell (“O Clube”), o ditador tem sua desumanidade extrapolada ao ser retratado como um vampiro de 250 anos. Ao longo dos anos, ele deixou sua marca em diversos períodos sangrentos do mundo, até se estabelecer no Chile, onde comanda uma ditadura brutal e vive em isolamento em uma mansão decadente com sua esposa Lucía (Gloria Münchmeyer, de “42 Dias de Escuridão”) e seu antigo braço-direito Fyodor (Alfredo Castro, de “Vermelho Sol”). A trama adquire complexidade com a chegada de Carmencita, interpretada por Paula Luchsinger (“La Jauría”), uma freira contadora com múltiplas agendas, que ajuda Pinochet a lavar seu dinheiro ilegal. O enredo cruza diferentes relações e motivações, colocando em cena os filhos de Pinochet, que anseiam pela herança paterna, e outras personagens que oscilam entre desejar a imortalidade vampírica e buscar uma forma de encerrar a longa existência de Pinochet. O filme explora temas como poder, corrupção e legado, ao mesmo tempo em que mistura elementos de sátira e drama. Filmado em preto e branco para intensificar sua atmosfera gótica, a obra se destaca por uma virada no terceiro ato, que solidifica a tese sobre a persistência do mal e do fascismo. Muito elogiado pela crítica internacional, “El Conde” venceu o prêmio de Melhor Roteiro no recém-encerrado Festival de Veneza.   EHRENGARD: A NINFA DO LAGO | NETFLIX   A comédia romântica dinamarquesa de época se passa no reino fictício de Babenhausen, onde Cazotte, um autonomeado especialista em amor, é contratado pela ardilosa Grã-Duquesa para transformar o Príncipe num sedutor e garantir um herdeiro. Enquanto buscam uma Princesa adequada, Cazotte ensina ao tímido e introvertido Príncipe herdeiro a arte da sedução. No entanto, o plano dá errado quando um herdeiro é concebido fora do casamento. O escândalo faz a família real se refugiar no castelo, onde o próprio Cazotte se vê apaixonado por Ehrengard, a dama de honra, e começa a perceber que não é especialista em amor coisa nenhuma. Adaptação do livro de Karen Blixen, o filme tem direção do veterano cineasta Bille August, duas vezes vencedor da Palma de Ouro no Festival de Cannes, por “Pelle, o Conquistador” (1988) e “As Melhores Intenções” (1992). O elenco destaca Sidse Babett Knudsen (“Borgen”) como a Grã-Duquesa, Mikkel Boe Følsgaard (“O Amante da Rainha”) como Cazotte, Emil Aron Dorph (Erna i Krig”) como o Príncipe e a estreante Alice Bier Zanden como Ehrengard. Para completar, a produção conta com cenografia e figurinos de ninguém menos que a Rainha da Dinamarca, Margrethe II (ou Margarida II, no Brasil), que tem um histórico de envolvimento com várias formas de expressão artística desde os anos 1970, incluindo cenografia em produções dinamarquesas.   BLUE JEAN | VOD*   Este elogiadíssimo drama britânico retrata a vida de uma professora lésbica chamada Jean (interpretada por Rosy McEwen, de “O Alienista”) na Inglaterra dos anos 1980, durante o auge do conservadorismo do governo Thatcher. A trama é ambientada em Newcastle, no nordeste industrial da Inglaterra, onde Jean vive uma vida dupla, escondendo sua sexualidade de seus colegas de trabalho e de sua família por medo das consequências. No entanto, ela tem uma família escolhida, composta por outras mulheres queer, incluindo sua namorada, que é abertamente gay e destemida em relação à sua sexualidade. Quando uma nova estudante entra na aula de educação física de Jean e aparece no bar lésbico que ela frequenta com suas amigas, a protagonista se vê forçada a confrontar sua vida dupla e enfrentar a possibilidade de ser exposta em uma sociedade cada vez mais homofóbica. Importante situar que a trama se passa na época da Cláusula 28 (Clause 28), designação legislativa para leis que proibiam a “promoção da homossexualidade” na Grã-Bretanha. Introduzida por Margaret Thatcher, vigorou de 1988 a 2000 na Escócia e até 2003 na Inglaterra e no País de Gales. Com seu impacto devastador, a Seção 28 causou o fechamento de muitas organizações LGBT+ e limitou a expressão da homossexualidade na educação e em outros espaços públicos, contribuindo para a falta de visibilidade e representatividade, e a perseguição e discriminação contínua contra indivíduos LGBTQIAPN+ no Reino Unido. Longa de estreia da diretora Georgia Oakley, “Blue Jean” venceu quatro prêmios no British Independent Film Awards (BIFA) e tem 95% de aprovação da crítica no Rotten Tomatoes. Considerado um filme importantíssimo, serve de lembrete do que acontece quando conservadores assumem o poder – e que vem se repetindo com novas legislações e ameaças anti-LGBT+ atuais.   JUSTIFIED: CIDADE PRIMITIVA | STAR+   O revival da série “Justified”, vencedora de dois Emmys e finalizada há oito anos, coloca o protagonista Rayland Givens num cenário novo. Em vez dos confins do Kentucky, o delegado cowboy interpretado por Timothy Olyphant ressurge em meio às ruas lotadas de Detroit. Além disso, é acompanhado por uma filha crescida, que é assediada pelo assassino que busca prender. A minissérie é uma adaptação do romance “City Primeval: High Noon in Detroit”, do escritor Elmore Leonard (1925–2013). Outra história de Leonard, “Fire in the Hole”, serviu como fonte para “Justified”, que durou seis temporadas, entre 2010 e 2015. Mas vale notar que a presença de Raylan Givens é uma grande licença criativa em relação à trama original de Leonard, que foi publicado em 1980 – cerca de 13 anos antes da criação literária do protagonista de “Justified”. O livro “City Primeval” gira em torno de Raymond Cruz, um detetive de homicídios de Detroit, que tenta prender o assassino de um juiz, apelidado de Oklahoma Wildman. Mas a produção televisiva trocou o protagonista, resgatando o delegado federal do Kentucky. No contexto da franquia televisiva, a atração reflete o desfecho da série original. Tendo deixado o interior de Kentucky oito anos atrás, Raylan agora vive em Miami, um anacronismo ambulante que equilibra sua vida como delegado federal e pai de uma menina de 14 anos. Seu cabelo está mais grisalho e seu chapéu está mais sujo, mas isso não parece tê-lo deixado menos rápido no gatilho. Até que um encontro casual em uma estrada desolada da Flórida acaba levando-o para Detroit, onde cruza o caminho de Clement Mansell, também conhecido como Oklahoma Wildman, um criminoso violento e sociopata que já escorregou pelos dedos da polícia de Detroit antes. O papel do vilão é desempenhado por Boyd Holbrook (“Logan”). A adaptação está a cargo de Michael Dinner e Dave Andron, que trabalharam em “Justified”, com produção de Graham Yost, criador da série original. Dinner também dirige episódios.   TURISMO SELVAGEM | AMAZON PRIME VIDEO   A minissérie britânica é focada no casal Liv (Jenna Coleman, de “Doctor Who”) e Will (Oliver Jackson-Cohen, de “A Maldição da Residência Hill”), que parecem levar uma vida perfeita até a infidelidade de Will vir à tona. Enquanto Will faz planos para uma viagem de férias de reconciliação, Liv só pensa em vingança, transformando a trip pelos EUA em uma jornada repleta de reviravoltas e emoções, onde acidentes acontecem o tempo todo e assassinato é praticamente uma das atrações da estrada. O elenco também inclui nomes como Ashley Benson (“Pretty Little Liars”), Eric Balfour (“24 Horas”), Talia Balsam (“Mad Men”) e Jonathan Keltz (“Reign”). Adaptação do best-seller de B.E. Jones, a produção é escrita por Marnie Dickens (“O Golpe do Amor”) e dirigida pela premiada cineasta So Yong Kim (“Lovesong”). De quebra, ainda conta com “Look What You Made Me Do (Taylor’s Version)”, de Taylor Swift, em sua trilha sonora.   A OUTRA GAROTA NEGRA | STAR+   Híbrido de comédia e suspense, a série explora o racismo sistêmico em ambientes de trabalho predominantemente brancos. A trama gira em torno de Nella (Sinclair Daniel, de “Sobrenatural: A Porta Vermelha”), a única funcionária negra da editora Wagner, até a chegada de Hazel (Ashleigh Murray, de “Riverdale”). A nova contratada faz Nella acreditar que a empresa está finalmente cumprindo sua promessa de diversidade, no entendo o relacionamento entre as duas toma um rumo complexo e sinistro quando Nella começa a receber mensagens ameaçadoras, sugerindo que ela deixe seu emprego – porque só pode haver uma funcionária negra por vez. Desenvolvida pela atriz Rashida Jones (“Silo”), a série é uma adaptação do best-seller homônimo de Zakiya Dalila Harris e usa sátira e horror para examinar questões raciais, como as tensões internas que surgem entre minorias no ambiente profissional, chegando até a incorporar elementos sobrenaturais. O elenco também destaca Eric McCormack (“Will & Grace”) como Richard Wagner, o chefe da editora, além de Brittany Adebumola (“4400”) e Hunter Parrish (“Weeds”).   THE MORNING SHOW 3 | APPLE TV+   A série estrelada e...

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    A Noite das Bruxas: Novo mistério de Agatha Christie é principal estreia de cinema

    13 de setembro de 2023 /

    O novo filme de mistério “A Noite das Bruxas” volta a trazer o detetive Hercule Poirot, vivido por Kenneth Brannagh, de volta aos cinemas. Com distribuição modesta em 600 salas, ele é lançamento mais amplo desta quinta (14/9) e terá a companhia da comédia brasileira “Tire 5 Cartas”, entre os principais lançamentos da semana, que também incluem o média metragem de Pedro Almodóver “Estranha Forma de Vida”, o relançamento comemorativo do cult sul-coreano “Old Boy”, o suspense intenso “Sem Ar”, a animação brasileira “A Ilha dos Ilus” e outros títulos. Confira detalhes e trailers abaixo.   A NOITE DAS BRUXAS   O terceiro filme recente de mistérios de Agatha Christie, dirigido e estrelado por Kenneth Brannagh como o detetive Hercule Poirot, adapta um dos últimos e menos conhecidos livros da escritora britânica, em contraste com as produções anteriores, “Assassinato no Expresso Oriente” (2017) e “Morte no Nilo” (2022), baseadas em obras populares. Isso permite ao roteirista Michael Green tomar muitas liberdades com a história, que encontra Poirot já aposentado em Veneza, onde é persuadido por sua amiga Ariadne Oliver (interpretada por Tina Fey, de “30 Rock”) a participar de uma sessão espírita. O objetivo é descobrir se a médium Joyce (Michelle Yeoh, vencedora do Oscar por “Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo”) é uma farsante. O evento ocorre no palazzo onde uma mulher chamada Alicia morreu sob circunstâncias misteriosas. Durante a sessão, um dos convidados morre, instigando Poirot a iniciar uma investigação para identificar o assassino entre os presentes. O filme conta com um elenco internacional, que inclui Kelly Reilly (“Yellowstone”) como Rowena Drake, Jamie Dornan e Jude Hill (ambos do premiado filme “Belfast” de Branagh), e se destaca por seu design de produção e atmosfera gótica. Diferentemente das outras obras, esta pende para o fantástico, incluindo elementos sobrenaturais, aproximando-se do terror, embora preserve a essência de um mistério de Poirot.   TIRE 5 CARTAS   O novo filme de Diego Freitas (“Depois do Universo”) é uma comédia de trambiqueiros com acenos sobrenaturais. A trama se concentra em Fátima, interpretada por Lilia Cabral (“Divã”), uma taróloga que engana seus clientes com a cumplicidade de seu marido Lindoval (Stepan Nercessian, de “Os Parças”), ex-cover de Sidney Magal. A reviravolta ocorre quando um anel valioso e roubado entra em cena. Fátima decide ficar com o anel e foge para São Luís do Maranhão, sua terra natal, desencadeando uma série de eventos. O filme se destaca por ser a maior produção cinematográfica inteiramente rodada em São Luís e não deixou de incluir talentos locais, como Áurea Maranhão e César Boaes. Além disso, o elenco conta com participações especiais dos cantores Alcione e Sidney Magal, e influenciadores digitais como Thaynara OG e Mathy Lemos.   ESTRANHA FORMA DE VIDA   O mini western queer de 31 minutos de Pedro Almodóvar se desenrola em torno dos personagens Jake e Silva, vividos por Ethan Hawke (“Cavaleiro da Lua”) e Pedro Pascal (“The Last of Us”). Ambos foram um casal secreto 25 anos atrás e agora têm ocupações conflitantes: Jake se tornou o xerife da cidade desértica de Bitter Creek, enquanto Silva reaparece em sua vida com objetivos inicialmente misteriosos. Silva busca reacender um antigo romance, mas Jake enfrenta um dilema moral ligado às suas responsabilidades como xerife. O filme examina temas de amor, responsabilidade e conflito interno. A produção abrange não apenas as tensões românticas, mas também dilemas éticos, já que ambos os personagens se encontram ligados a uma busca por um jovem fora da lei. Esta complexa teia de eventos leva a uma prova de lealdade entre Jake e Silva. A trama, mesmo que breve, apresenta um rico pano de fundo visual, com um design de produção patrocinado pela grife francesa Saint Laurent. A obra foi descrita por Almodóvar como sua resposta ao icônico filme “O Segredo de Brokeback Mountain”, e chama atenção por suas escolhas visuais audaciosas, humor e personagens multifacetados, que proporcionam uma nova abordagem ao gênero western, brincando com suas convenções enquanto as homenageia.   OLD BOY   O clássico de Park Chan-wook volta aos cinemas em comemoração aos 20 anos de seu lançamento. Divisor de águas, “Old Boy” chamou atenção mundial para o cinema sul-coreano ao vencer o Grande Prêmio do Júri do Festival de Cannes. E se hoje é aclamado, na época da estreia dividiu opiniões por sua violência e reviravolta chocante. A produção é um thriller psicológico que narra a história de Oh Daesu (Choi Min-sik). Após uma noite de bebedeira, Daesu desaparece e acaba confinado em uma sala por 15 anos, sem saber o motivo ou o responsável por seu cárcere. A televisão se torna seu único contato com o mundo externo, e durante esse período ele descobre que se tornou suspeito de assassinato. Mas a prisão é apenas o começo da história, que deslancha quando Daesu é libertado, também sem motivo aparente, e busca se vingar. Ele tenta desvendar a identidade de seu captor e entender as razões por trás de seu encarceramento privado. O filme é conhecido por sua estrutura cuidadosamente elaborada e pela intensidade emocional, que não se limita apenas à violência física, mas se estende às complexidades dos personagens e suas motivações. O enredo se desenrola de forma a questionar não apenas “quem” é o responsável pelo encarceramento de Daesu, mas também “por que” ele foi aprisionado, tornando-se um estudo aprofundado da condição humana. O roteiro também introduz outros personagens importantes, como uma chef de sushi interpretada por Gang Hye-jung, que se torna uma aliada significativa para Daesu – e que choca o público ao ter seu papel na trama desvendado. Ao longo dos anos, a obra-prima de Park Chan-wook tem sido estudada em detalhes, rendendo diversas críticas e análises. Os elementos de vingança e fatalidade presentes na história costumam ser comparados a peças de vingança de Shakespeare, enquanto a violência foi alinhada ao cinema de Quentin Tarantino. Mas o filme não se destaca só por sua narrativa, mas também por sua realização técnica, incluindo uma cena de luta em que Daesu usa um martelo num corredor que se tornou icônica. Embora violento, “Old Boy” é muito mais pesado em seus aspectos psicológicos, que o tornam uma sessão de cinema realmente desconfortável.   SEM AR   Na linha dos thrillers de sobrevivência com garotas no fundo do mar, o longa de Maximilian Erlenwein (“Stereo”) é mais “Além das Profundezas” (2020) que “Medo Profundo” (2017). A produção alemã é, na verdade, um remake do filme norueguês, que troca a gélida paisagem nórdica por uma praia ensolarada na ilha de Malta. A trama acompanha duas irmãs, May (Louisa Krause) e Drew (Sophie Lowe), em uma situação desesperadora, quando um mergulho totalmente equipado termina com May presa por uma rocha no fundo do mar. A narrativa ganha urgência com a contagem regressiva do suprimento limitado de oxigênio das irmãs. A relação já tensa entre as duas é extrapolada pela necessidade iminente de sobrevivência, especialmente quando Drew tem que tomar decisões cruciais para salvar May num local sem suprimento ou outros habitantes que possam ajudá-la. O filme se destaca principalmente pela sua fotografia subaquática e pelas atuações de Krause e Lowe, que conseguem transmitir a tensão e o desespero da situação de forma convincente. Enquanto May é apresentada como a mais experiente e calma, Drew se revela uma personagem igualmente competente e engenhosa em situações críticas. A narrativa evita clichês comuns em filmes de suspense e sobrevivência, optando por um desenvolvimento mais realista dos eventos.   A ÚLTIMA RAINHA   Ambientado na Argélia do século 16, o épico histórico explora a aliança frágil entre o Rei Salim Toumi (Tahar Zaoui) e o pirata Aruj (Dali Benssalah) para derrotar os ocupantes espanhóis. Quando o rei é assassinado, o reino entra em caos. A Rainha Zaphira, interpretada por Adila Bendimerad, que também co-escreveu, co-dirigiu e co-produziu o filme, emerge como uma figura de resistência. A obra é a estreia na direção de longas de Damien Ounouri e Bendimerad, e teve trajetória em festivais, incluindo Veneza, onde encontrou receptividade, especialmente entre o público da diáspora argelina. A trama mergulha na história de Zaphira, inicialmente uma mulher politicamente ingênua que se transforma após a morte do rei. O enredo engloba a tensão sexual e a possível traição envolvendo Aruj, destacando principalmente cenas eletrizantes de diálogo entre Benssalah e Bendimerad. O filme também foi notado pelo seu vestuário opulento e sequências de ação ambiciosas, embora tenha como pontos negativos o excesso de didatismo para apresentar o pano de fundo histórico para o público internacional.   A ILHA DOS ILUS   O primeiro longa animado de Goiás a estrear no cinema acompanha Pocó, que está pronto para nascer e viver sua vida de cachorro. Porém, é enviado para uma família errada, o que o obriga a voltar para a Ilha dos Ilús, local mítico onde todos os animais “vivem” antes de nascerem. Inconformado, Pocó quer conhecer sua verdadeira família, mesmo que, para isso, precise descobrir a todo custo uma passagem secreta, que somente Rinco, o lider do clã dos animais rejeitados, sabe encontrar. Sua melhor amiga Oli o ajuda nessa jornada, só que ela é uma espiã da Gakra, uma réptil maligna que pretende invadir a ilha e abalar todo o reino animal. Voltado para crianças de 5 a 12 anos, o filme de Paulo G C Miranda venceu a categoria de Melhor Longa de Animação no Festival Infantil de Moscou (Rússia).   PESSOAS HUMANAS   Este suspense B panamenho-brasileiro de 2018 acompanha James, um imigrante colombiano que integra uma organização criminosa nos Estados Unidos, mas precisa voltar à sua terra natal, Medelín, com um único objetivo: conseguir um fígado e contrabandeá-lo de volta para os Estados Unidos. Nessa viagem, ele encontra outros criminosos, incluindo um brasileiro chamado João, e revive memórias de seu próprio passado violento. O papel de João é vivido por um brasileiro de verdade, o ator Roberto Birindelli (de “Dom”), mas o protagonista colombiano é interpretado pelo venezuelano Luis Fernandez, mais conhecido por novelas locais.   AFTER: PARA SEMPRE   O casal Tessa (Josephine Langford) e Hardin (Hero Fiennes Tiffin) vai tentar nova reconciliação, após quatro vexames de bilheteria e crítica. Com menos cenas quentes, o quinto filme pelo menos justifica porque a franquia se chama “After”. Uma dica: Hardin escreve um livro. Mas a dura verdade é que o romance do casal demonstrou não ter futuro desde o primeiro filme. Com míseros 17% de aprovação no site Rotten Tomatoes, o “After” inicial refletiu sua origem como fanfic ao materializar todos os clichês do gênero, com uma protagonista romântica recatada que encontra um rebelde bonitão e “perde a cabeça”. Mas o clima quentinho de “Cinquenta Tons de Cinza” sem perversões e para adolescentes empolgou muitas meninas. Assim, veio a continuação, “After: Depois da Verdade”, considerada ainda pior com apenas 14% de aprovação. E com faturamento de apenas US$ 2 milhões nas bilheterias dos EUA em 2020 – antes da pandemia! Finalmente, “After – Depois do Desencontro” (2021) conseguiu realizar a façanha que todos esperavam: atingiu 0% com a crítica, mantendo a bilheteria pingada de US$ 2 milhões no mercado doméstico. O desempenho crítico não piorou com “After: Depois da Promessa”, porque 0% é o limite, mas a bilheteria caiu para US$ 1 milhão no ano passado. Que expectativa se pode ter agora em relação ao quinto título? A direção destes últimos é de Castille Landon, que tem planos de fazer pelo menos mais dois longas. Seríssimo.   MIRANTE   O mirante é a janela de um apartamento em Porto Alegre em que o diretor Rodrigo John registra as mudanças do Brasil durante o impeachment da presidente Dilma Rousseff. Nas janelas no centro da cidade, o lado de fora e o de dentro se sobrepõem.

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    Trailer nacional de “Duna: Parte 2” mostra conclusão épica da sci-fi

    13 de setembro de 2023 /

    A Warner Bros. divulgou uma nova versão nacional do trailer de “Duna: Parte 2”, cheia de vingança, profecias e clima épico. Dirigido por Denis Villenueve, o filme é uma das produções de ficção-científica mais aguardadas do ano. Baseado no best-seller “Duna”, de Frank Herbert, o longa é a continuação da adaptação cinematográfica lançada em 2021, trazendo de volta Timothée Chalamet e Zendaya nos papéis de Paul Atreides e Chani, respectivamente. Em “Duna”, Paul Atreides (Timothée Chalamet) se aventurou em Arrakis, o planeta mais cobiçado e arenoso do universo. Após sua família sofrer um golpe, ele fugiu em meio ao conflito e se aliou aos habitantes locais, descobrindo o segredo da preciosa especiaria do planeta e sua ligação com vermes gigantes. O drama foi indicado a 10 estatuetas do Oscar e ganhou 6. Na “Parte 2”, Atreides se une a Chani e aos Fremen para se vingar daqueles que destruíram a sua família. O trailer mostra Paul montando nas costas de um enorme verme da areia nos desertos de Arrakis e assumindo sua parte numa antiga profecia para liderar os novos aliados em sua vingança contra os responsáveis pela morte de seu pai. Entre as novidades, são apresentados Austin Butler (“Elvis”) careca como Feyd-Rautha Harkonnen, o sobrinho de Baron Harkonnen (Stellan Skarsgard), e Florence Pugh (“Viúva Negra”) como a princesa Irulen, filha do Imperador Shaddam IV (Christopher Walken). As novas cenas ainda destacam a guerra iminente, com Paul, agora com olhos azuis causados pelo consumo da droga mística dos Fremen, liderando um enorme exército. A continuação também conta com os retornos de Rebecca Ferguson, Josh Brolin, Dave Bautista, Charlotte Rampling e Javier Bardem, além da adição de Léa Seydoux (“Crimes do Futuro) “Duna: Parte 2” tem estreia prevista para março de 2024 no Brasil.

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