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    Para Minha Amada Morta: Aly Muritiba conta como se faz suspense com um filme autoral

    1 de abril de 2016 /

    “Para minha Amada Morta” estreou mundialmente no prestigiado Festival de San Sebastián (Espanha), foi premiado no Festival de Montreal (Canadá) e recebeu seis troféus no Festival de Brasília (incluindo Melhor Filme) antes de iniciar seu desafio comercial, com o lançamento nos cinemas nesta quinta-feira (31/3). O filme gira em torno de um homem que, após o desaparecimento da mulher, descobre um outro lado dela através de uma fita de VHS, e embarca numa jornada de aparente vingança. Nesta conversa exclusiva com o Pipoca Moderna, o diretor e roteirista Aly Muritiba analisou os temas centrais (a desconstrução do amor romântico idealizado, entre eles), os recursos estilísticos para contar a sua história e considerou “sorte” encontrar uma distribuidora para lançar no Brasil sua produção autoral. De resto, Muritiba já trabalha em novos projetos – uma adaptação literária da obra de Daniel Galera, “Barba Ensopada de Sangue”, outra do livro “Jesus Kid”, de Lourenço Muratelli, e “Ferrugem”, no qual é responsável por argumento, roteiro e direção. O filme traz uma espécie de duelo entre dois homens, onde a “amada morta” do título é uma espécie de peso “etéreo” que sufoca a vida dos protagonistas… Como é que surgiu a ideia para a história? Eu queria fazer um filme sobre projeção e idealização, sobre a criação da imagem que fazemos de alguém e que nos faz amar esta pessoa. No fim das contas, todo o argumento do filme parte deste ponto: quem é a pessoa que amamos? É possível conhecê-la ou apenas fazer uma ideia do que ela seja a partir de fragmentos de informações que, juntas, formam uma projeção, uma imagem que aprendemos a amar? A partir daí, criei esta trama sobre um sujeito que ama e idealiza profundamente uma mulher, cuja imagem é confrontada por um registro numa fita VHS. Em termos de abordagem, “Para minha Amada Morta” apresenta uma proposta de cinema de autor em função do ritmo, de alguns recursos típicos (fora de campo, fundo desfocado) e de intensidade, ao situar-se mais no diálogos que na ação. Ao mesmo tempo, roça o cinema de gênero com uma história de paixão, traição, investigação e vingança. Como pensou/geriu a combinação destes elementos? Pensando sob o ponto de vista do roteiro, “Para minha Amada Morta” parte de uma premissa bastante simples: o que uma pessoa faz ao descobrir algo que, de certo modo, contradiz tudo o que ele pensava sobre o maior amor de sua vida? A resposta a esta pergunta, óbvio, depende da natureza da descoberta. O que proponho, então, é fazer com que o espectador sinta primeiro o amor devotado por uma pessoa à outra. Então construo este outro a quem o amor é devotado baseando-me em reminiscências (a ausência da pessoa amada, que no meu filme está morta, é presentificada por objetos, roupas, fotos e vídeos) para assim fazer com que o espectador, sem que ele se dê conta, experimente a idealização da pessoa amada. E por ultimo proponho que o espectador descubra junto o personagem aquilo que é capaz de desconstruir a idealização e, portanto, o amor. Trocando em miúdos, eu faço com que o espectador esteja todo o tempo com o protagonista do filme, faço com que o espectador saiba tanto quanto o protagonista, sem, no entanto, saber qual será o próximo passo do protagonista. E esta manobra é muito característica do suspense: nunca saber qual o próximo passo, nunca conseguirmos nos antecipar aos eventos. Por outro lado, o meu protagonista, de posse da informação que deteriora a imagem que ele fazia de sua amada, parte numa espécie de investigação e reconstrução de fatos do passado, ações pertinentes ao thriller. No que diz respeito à direção, aí a questão foi mais no sentido de encontrar a melhor maneira de colocar no espaço este sujeito tão deslocado e perdido, que é o meu protagonista, e, ao mesmo tempo, trabalhar com a duração (ritmo da montagem) de modo a maximizar a sensação de suspensão. Enfim, estes elementos do cinema do gênero já estavam no roteiro, mas, para mim, fazer cinema de gênero apenas copiando os códigos não faz o menor sentido, não é excitante. Então, fui buscar no espectador que sou o tipo e filme que gostaria de ver, e me dei conta de que seria um filme em que eu fosse convidado a participar todo o tempo, criando, descobrindo, escrevinhando mesmo, sabe. E, para mim, isto passa pela longa duração dos planos, pelo quadro mais aberto permitindo a varredura, pelos silêncios e pelo extra-quadro. Daí o desafio tornou-se conjugar este roteiro tão marcadamente de gênero com um desejo de direção distinto. O filme também sugere questões complexas sobre o adultério, particularmente na perspetiva masculina. Um dos homens lida com a traição e com uma mulher que pode ser tanto vista como “liberal” quanto como “promíscua”; o outro tem uma mulher casta e submissa, que aceita o adultério da parte dele, mas que nunca receberia a mesma compreensão em contrapartida… Mas, no fim das contas, é um filme de amor. São homens que amaram de maneira muito distinta a mesma mulher, que foi capaz de amá-los profundamente ao mesmo tempo. O mesmo vale para a personagem da Raquel (Mayana Neiva), a esposa evangélica, onde o amor se realiza como perdão. Sabe, eu não costumo fazer julgamentos morais de meus personagens e acho que este é um péssimo caminho para que um roteirista enverede, mas se eu pudesse julgá-los agora, a posteriori, eu diria que a amada que dá nome ao filme é a personagem mais completa da trama, no sentido de que nasceu, amou e morreu. O ciclo dela foi completo, no sentido de termo, mas também de completude. Aos que ficaram é que sobrou o vazio, a falta, a saudade. Ou seja, ela era um baita ser humano, daqueles que amamos com todos os nossos músculos. Os “duelos” entre os dois atores principais rendem sequências memoráveis. Como foi a escolha deles, particularmente do Lourinelson Vladimir? O Lourinelson fez um filme pouco conhecido chamado “Curitiba Zero Grau” e foi ali que eu conheci seu trabalho. Ele é um baita ator, daqueles que dominam o palco e a plateia com poucos. Ao vê-lo atuar no cinema e depois nos palcos percebi que ele tinha a força de que eu precisava. No caso do Fernando Alves Pinto, bem, eu escrevi o papel para ele fazer. Não por acaso, o personagem carrega o nome do ator. O bacana é que o Nando tem uma ternura muito bela no olhar, no sorriso, que é o contrário do que tem o Louri, um sujeito mais bruto. São seres humanos muito sensíveis, mas de naturezas muito distintas. Um é ar, o outro é terra. E era exatamente desta combinação que eu precisava para construir estes embates. Os mercados mundiais de cinema ressentem-se de um monopólio na distribuição por poucas empresas que impõem um determinado tipo de cinema. Como é que vê a veiculação do filme no contexto da distribuição no Brasil? Distribuir filmes pequenos, autorais, é uma tarefa inglória, afinal o parque exibidor é formado por empresários, que até podem gostar de cinema, mas sua prioridade é o lucro, e, convenhamos, nossos filmes não dão lucro. Então encontrar pelo caminho uma empresa distribuidora como a Vitrine Filmes, que topa botar no mercado filmes como o meu, é como estar perdido no exterior com seu cartão de crédito bloqueado e encontrar um amigo. Como foi a passagem pelo Festival de San Sebastián? San Sebastian foi super importante para maturação do projeto. O “Para Minha Amada Morta” esteve lá em 2013, quando ainda era apenas um roteiro, no Foro de Coproducción, uma ação de mercado de cinema onde você discute seu projeto com profissionais da indústria, e voltou lá em 2014 para o Cine En Construccion, que é uma sessão onde se exibem filmes ainda em processo de finalização e se recebe feedbacks. Ter estado lá estas duas feitas foi ótimo para mim e para que o filme se tornasse o que se tornou, um filme maduro. Quando em 2015 eu fui, enfim, exibir o meu filme no Festival de San Sebastian, eu estava bem seguro do filme que levava, e a indústria já sabia o que esperar, o que é bom, pois assim as surpresas ficam reservadas ao público, que aliás, recebeu “Para Minha Amada Morta” de maneira muito calorosa. Veja Também a Crítica: PARA MINHA AMADA MORTA SUBVERTE AS REGRAS DO SUSPENSE

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    A Frente Fria que a Chuva Traz: Volta de Neville D’Almeida ao cinema ganha trailer provocante

    29 de março de 2016 /

    A Downtown Filmes deu um tempo em suas comédias bobonas para divulgar o trailer de um drama inquietante, “A Frente Fria que a Chuva Traz”, que marca a volta do diretor Neville D’Almeida, quase duas décadas após seu último longa, “Navalha na Carne” (1997). A prévia repleta de palavrões, sexo, drogas e provocações demonstra que o cineasta de 75 anos continua um mestre na arte de incomodar. O filme é baseado na peça homônima de Mario Bortolotto, que, por sinal, interpreta um dos personagens. A trama acompanha um grupo de jovens ricos que prepara uma festa orgiástica na laje de uma favela carioca, e serve de analogia para o despudoramento de uma juventude que diz se identificar com a classe baixa apenas para cafetiná-la. Ou seja, um trabalho sob medida para o diretor de “A Dama do Lotação” (1980), “Os Sete Gatinhos” (1980) e “Rio Babilônia” (1982). O elenco destaca jovens estrelas de novelas, como Chay Suede (novela “Babilônia”), Bruna Linzmeyer (novela “A Regra do Jogo”) e Juliane Araújo (novela “Lado a Lado”), além de trazer o veterano Flavio Bauraqui (“Quase Dois Irmãos”) e revelar Natalia Lima Verde. Também chama atenção o impacto do colorido fotográfico da cinegrafista Kika Cunha, em seu segundo trabalho como Diretora de Fotografia, após acumular experiência internacional como assistente de câmera – trabalhou, entre outros, com o inglês Mike Newell em “O Amor nos Tempos do Cólera” (2007). Exibido fora de competição no Festival do Rio, “A Frente Fria que a Chuva Traz” tem estreia comercial marcada para 28 de abril.

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    Novo filme de Woody Allen vai abrir o Festival de Cannes de 2016

    29 de março de 2016 /

    O novo filme de Woody Allen (“Blue Jasmine”), “Café Society”, irá abrir o Festival de Cannes deste ano, informaram os organizadores nesta terça-feira (29/3). Será a terceira vez que uma obra do cineasta americano abrirá o evento, após “Dirigindo no Escuro” em 2002 e “Meia-Noite em Paris” em 2011. Estrelado por Jesse Eisenberg (“Batman vs. Superman: A Origem da Justiça”) e Kristen Stewart (“Acima das Nuvens”), “Café Society” será exibido fora da competição no dia 11 de maio. O filme também será o 14º que Allen exibe em Cannes sem concorrer a nenhum prêmio. A condição é uma exigência do diretor, que não gosta de competir com outros cineastas. Ele também não prestigia premiações em que seja incluído, como o Oscar, por exemplo, que já venceu quatro vezes. Com a confirmação de sua exibição na abertura, “Café Society” teve sua sinopse divulgada. Segundo o comunicado oficial, o filme acompanha um jovem que chega a Hollywood nos anos 1930 com a esperança de trabalhar na indústria cinematográfica, se apaixona e se envolve na agitada atmosfera social da época, definida pela expressão ‘café society’. Além do filme de Woody Allen, já estavam anteriormente confirmados os novos longa-metragens de Sean Penn (“Na Natureza Selvagem”), Jodie Foster (“Um Novo Despertar”) e Jeff Nichols (“Amor Bandido”), entre os que farão sua estreia mundial na Croisette. Sean Penn lança “The Last Face”, filme com Charlize Theron (“Mad Max: Estrada da Fúria”) e Javier Bardem (“007 – Operação Skyfall”) sobre voluntários de trabalho humanitário que se apaixonam numa Libéria devastada pela guerra. O drama mostra trabalhadores humanitários que se apaixonam em um Libéria devastada pela guerra. Jodie Foster reúne George Clooney e Julia Roberts no thriller midiático “O Jogo do Dinheiro”, em que um apresentador de programa sobre dicas de investimento vira refém ao vivo na televisão. E, por fim, Jeff Nichols, que no mês passado lançou a sci-fi “Midnight Special” no Festival de Berlim, revela “Loving”, um drama de época sobre racismo, em que Joel Edgerton (“O Presente”) e Ruth Negga (série “Agents of SHIELD”) vivem um casal interracial na Virgínia, em 1958. O 69º Festival de Cannes irá acontecer entre 11 e 22 de maio, e o diretor George Miller, da franquia “Mad Max”, irá presidir o júri da competição.

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    Festival É Tudo Verdade 2016 terá 22 estreias mundiais

    26 de março de 2016 /

    A organização do festival É Tudo Verdade anunciou a programação de sua 21ª edição. Serão, ao todo, 85 títulos, dentre os quais 22 são estreias mundiais. Os filmes serão exibidos entre 7 e 17 de abril em São Paulo e no Rio de Janeiro, com entrada gratuita. O primeiro documentário a vencer o Festival de Berlim, “Fogo no Mar” (“Fuocoammare”, no original), de Gianfranco Rosi, vai abrir o festival em São Paulo, no dia 7 de abril. O filme aborda o impacto da onda de refugiados sobre o cotidiano da pequena ilha mediterrânea de Lampedusa, visto pelos olhos do pré-adolescente Samuele. O cineasta italiano já havia vencido o Festival em Veneza em 2013 com outro documentário, “Sacro GRA”. Já a abertura carioca do É Tudo Verdade acontece um dia depois, em 8 abril, com a exibição de outro filme: a estreia mundial de “As Incríveis Artimanhas da Nuvem Cigana”, de Paola Ribeiro e Cláudio Lobato. O longa resgata o movimento de “poesia marginal” do coletivo de poetas Nuvem Cigada, da Zona Sul do Rio nos anos 1970, em plena ditadura militar. Por meio de livros mimeografados e encontros híbridos, entre “happenings” e saraus, batizados de “Artimanhas”, uma nova geração lançou-se na literatura nacional: Bernardo Vilhena, Chacal, Charles, Ronaldo Santos, além do próprio diretor Cláudio Lobato, entre outros. Após as sessões de abertura para convidados, os dois filmes serão exibidos em projeções abertas ao público dentro da programação do festival, que fará ainda uma retrospectiva da obra do diretor Carlos Nader. Haverá também uma mostra especial com documentários sobre Olimpíadas e sessões dedicadas aos cineastas Chantal Akerman, Ruy Guerra, Claude Lanzmann e Haskell Wexler. Em nota, o fundador e diretor do festival, Amir Labaki, afirmou ser “um privilégio apresentarmos uma safra tão excepcional, tanto da produção brasileira, quanto internacional, com a marca muito expressiva de 22 estreias mundiais”. “Foi um processo de seleção particularmente difícil, devido à alta qualidade e ao recorde de inscrições, superando 1,7 mil títulos dos cinco continentes”, completou. Confira, abaixo, a lista dos filmes selecionados para o festival. FESTIVAL É TUDO VERDADE 2016 Competição brasileira: longas ou médias-metragens “Cacaso na corda bamba”, de José Joaquim Salles e Ph Souza Cícero Dias, o compadre de Picasso”, de Vladimir Carvalho “Galeria F”, de Emília Silveira “Imagens do Estado Novo 1937-45”, de Eduardo Escorel “Jonas e o circo sem lona”, de Paula Gomes “Manter a linha da cordilheira sem o desmaio da planície”, de Walter Carvalho “O futebol”, de Sergio Oksman Competição internacional: longas ou médias-metragens “327 cadernos”, de Andrés Di Tella (Argentina/Chile) “Anos claros, de Frédéric Guillaume (Bélgica) “Catástrofe”, de Alina Rudnitskaya (Rússia) “Chicago boys”, de Carola Fuentes e Rafael Valdeavellano (Chile) “Gigante”, de Zhao Liang (França) “Kate interpreta Christine”, de Robert Greene (EUA) “No limbo”, de Antoine Viviani (França) “Nuts!”, de Penny Lane (EUA) “Paciente”, de Jorge Caballero Ramos (Colômbia) “Sob o sol”, de Vitaly Mansky (Rússia/Letônia/Alemanha/República Checa/Coreia do Norte) “Tudo começou pelo fim”, de Luis Ospina (Colômbia) “Um caso de família”, de Tom Fassaert (Holanda/Bélgica/Dinamarca) Competição brasileira: curtas-metragens “A culpa é da foto”, de Eraldo Peres, André Dusek e Joédson Alves “Abissal”, de Arthur Leite “Aqueles anos em dezembro”, de Felipe Arrojo Poroger “Buscando Helena”, de Roberto Berliner e Ana Amélia Macedo “Fora de quadro”, de Txai Ferraz “O oco da fala”, de Miriam Chnaiderman “Praça de guerra”, de Edi Junior “Sem título # 3 : E para que poetas em tempo de pobreza?”, de Carlos Adriano “Vida como rizoma”, de Lisi Kieling Competição internacional: curtas metragens “A visita”, de Pippo Delbono (França) “Caracóis”, de Grzegorz Szczepaniak (Polônia) “Carmen”, de Mariano Samengo (Argentina) “Cosmopolitanismo”, de Erik Gandini (Suécia) “Eu tenho uma arma”, de Ahmad Shawar (Palestina) “Fatima”, de Nina Khada (Alemanha) “Munique 72 e além”, de Stephen Crisman (EUA) “O atirador de elite de Kobani”, de Reber Dosky (Holanda) Programas especiais “Cidadão rebelde”, de Pamela Yates (EUA) “Claude Lanzmann: Espectros do Shoah”, de Adam Benzine (Canadá/Reino Unido/EUA) “Não pertenço a lugar algum – O cinema de Chantal Akerman”, de Marianne Lambert (Bélgica) “O homem que matou John Wayne”, de Diogo Oliveira e Bruno Laet (Brasil) O estado das coisas “Atentados: As faces do terror”, de Stéphane Bentura (França) “Danado de bom”, de Deby Brennand (Brasil) “Faraóis do Egito Moderno (Mubarak/Nasser/Sadat)”, de Jihan El Tahri (França) “Lampião da esquina”, de Lívia Perez (Brasil) “O deserto do deserto”, de Samir Abujamra e Tito Gonzalez Garcia (Brasil) “Overgames”, de Lutz Dammbeck (Alemanha) “Vida ativa – O espírito de Hannah Arendt, de Ada Ushpiz (Israel/Canadá) Foco latino-americano “Allende meu avô Allende”, de Marcia Tambutti Allende (Chile/México) “Favio, a estética da ternura”, de Luis Rodríguez e Andrés Rodríguez (Venezuela) “Gabo: A criação de Gabriel García Márquez”, de Justin Webster (Espanha/Colômbia) “Toponímia”, de Jonathan Perel (Argentina) Retrospectiva brasileira – Carlos Nader “A paixão de JL” “Carlos Nader” “Chelpa Ferro” “Concepção” “Eduardo Coutinho, 7 de outubro” “Homem comum” “O beijoqueiro: Portrait of a serial kisser” “O fim da viagem” “Pan-cinema permanente” “Preto e branco” “Tela” “Trovoada” Mostra especial: Cinema Olympia “Anéis do mundo”, de Sergey Miroshnichenko (Rússia) “Espírito em movimento”, de Sofia Geveyler,Yulia Byvsheva e Sofia Kucher (Rússia) “Olympia 52”, de Chris Marker (Finlândia/França) “Os campeões de Hitler”, de Jean-Christophe Rosé (França) “Um novo olhar sobre Olympia 52”, de Julien Faraut (França) É tudo verdade no Itaú Cultural “Mataram meu irmão”, de Cristiano Burlan (Brasil) “O longo amanhecer – Cinebiografia de Celso Furtado”, de José Mariani (Brasil) “Rocha que voa”, de Eryk Rocha (Brasil) É tudo verdade no Circuito de Cinema: Cine Olido – Documentários olímpicos brasileiros “As incríveis histórias de um navio fantasma”, de André Bomfim “Bete do peso”, de Kiko Mollica “João do voo – A história de uma medalha roubada”, de Sergio Miranda e Pedro Simão “Maria Lenk, a essência do espírito olímpico”, de Iberê Carvalho “Meninas”, de Carla Gallo “México 1968 – A última Olimpíada livre”, de Ugo Giorgetti “Ouro, suor e lágrimas”, de Helena Sroulevich “Se essa vila não fosse minha”, de Felipe Pena “Reinado Conrad – A origem do iatismo vencedor”, de Murilo Salles É tudo verdade no Circuito SPCine de cinema: CEUS Butantã, Jaçaná, Meninos e Quinta do Sol “Cidade cinza”, de Marcelo Mesquita e Guilherme Valiengo (Brasil) “Premê – Quase lindo”, de Alexandre Sorriso e Danilo Moraes (Brasil)

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    Drama islandês premiado, Desajustados é muito melhor que seu título nacional

    26 de março de 2016 /

    Fúsi (Gunnar Jónsson) é um homem grande, obeso, na faixa dos 40 anos de idade, ingênuo, de interesses e comportamentos ainda infantis. Ao conviver com uma menina vizinha, suas atitudes se equiparam às dela. É virgem, vive com a mãe, tem bom coração, sofre bullying de colegas no trabalho como despachador de malas no aeroporto, mas os perdoa com facilidade. Ele é o personagem central de “Desajustados”, filme islandês que foi o vencedor do Festival de Tribeca do ano passado, cujo título original é “Fúsi”, o nome do protagonista. O longa revela sua rotina sempre repetitiva, do restaurante, das músicas pedidas no rádio e do seu interesse por reconstruir com soldadinhos, tanques e outras peças, batalhas da 2ª Guerra Mundial, ao lado de seu único amigo. Que Fúsi possa ser considerado um desajustado, por seus comportamentos, para os padrões sociais esperados para alguém como ele e com sua idade, parece óbvio. Mas o título brasileiro não deixa de ser um julgamento, um rótulo que rejeita a figura. Por que a rejeição a uma doce criatura como essa? Por ser um loser, na visão capitalista difundida pelos Estados Unidos? Por entendê-lo como um doente mental? Ou o quê? Acontece que o título está no plural, o que engloba também a personagem Alma (Ilmur Kristjánsdóttir), uma mulher ativa e vibrante, que ama flores e trabalhava numa floricultura. Mas perde seu emprego e o que lhe resta é aceitar um trabalho como lixeira. Ela entra na vida de Fúsi por acaso, ele se dedica a ela e a ajuda numa crise de depressão. Chamá-la também de desajustada só agrega julgamento aos que ficam desempregados e aos que sofrem de depressão. Sem que uma coisa precise levar à outra. Não faz sentido. É muito infeliz o título brasileiro desse belo filme islandês. Na realidade, o filme é terno como seu protagonista e cheio de vida, como a mulher que se envolve com ele, capaz de valorizar o respeito humano e de entender a mente ingênua dos que passam pela vida sem acesso maior aos bens culturais, sem ambições, sem conseguir vencer uma timidez atávica. Ou, quem sabe, sem conseguir entender esse mundo onde vieram parar. Basta esquecer o título do filme para perceber que estamos diante de figuras humanas frágeis, que se debatem num dia-a-dia frustrante e pouco acolhedor. Não como derrotadas, mas como sobreviventes. Isso também é uma batalha, às vezes tão dura quanto as da guerra que Fúsi reconstrói. O ator protagonista, Gunnar Jónsson, recentemente visto em “A Ovelha Negra” (2015), está ótimo, perfeito para o papel. Foi premiado nos festivais de Marrakech e de Tribeca em 2015. Merecidamente. Ilmur Kristjánsdóttir, que faz Alma, também está muito bem. O contraste da dupla, em todos os sentidos, é cativante. O frio e a neve que fazem parte da história, como é inevitável acontecer em filmes da Islândia, servem para acrescentar um clima cinzento e triste à narrativa. Mas é apenas um elemento acessório e nem tão explorado assim pelo diretor Dagur Kári (que já dirigiu, nos EUA, “O Bom Coração”). Os ambientes internos, um tanto escuros, dizem mais dos sentimentos e limites de vida dos personagens do que qualquer outra coisa. Porém, é um filme que também tem muito carinho e muitas flores. Portanto, é também cheio de esperança.

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    Filme brasileiro O Roubo da Taça é premiado no Festival SXSW

    22 de março de 2016 /

    Um dos principais festivais de cinema independente dos EUA, o South by Southwest, mais conhecido pela sigla SXSW, premiou o suspense brasileiro “O Roubo da Taça”, de Caito Ortiz (“Estação Liberdade”) como Melhor Filme da seção Visions, dedicada a cineastas considerados audaciosos pelo risco envolvido nos projetos. A seção não tem júri e a premiação é definida pelo público, que geralmente costuma premiar filmes falados em inglês. Exibido como “Dolores and Jules” no festival, o filme dramatiza o roubo histórico da Taça Jules Rimet, entregue à seleção de futebol brasileira, tricampeão do mundo na Copa de 1970, mostrando como um corretor de seguros endividado conseguiu, com a ajuda de amigos, roubar a estatueta de ouro dos cofres da CBF. Estrelado por Taís Araújo (série “Mister Brau”) e Milhem Cortaz (“O Lobo Atrás da Porta”), e roteirizado por Lusa Silvestre (“Mundo Cão”), “O Roubo da Taça” tem estreia prevista nos cinemas brasileiros para o mês de agosto. Na mostra competitiva principal, o grande vencedor foi “The Arbalest”, escrito e dirigido por Adam Pinney (roteirista de “A Is for Alex”), em que o inventor do brinquedo mais popular do mundo lida com sua obsessão pela mulher que o odeia. Confira abaixo a lista completa dos premiados. Vencedores do Festival SXSW 2016 Prêmios do Júri Melhor Filme The Arbalest, de Adam Pinney Melhor Ator Andre Royo, de Hunter Gatherer Melhor Atriz Lily Rabe, de Miss Stevens Melhor Documentário Tower, de Keith Maitland Prêmios do Público Melhor Filme Transpecos, de Greg Kwedar Melhor Documentário Tower, de Keith Maitland Seção Headliners Demolition, e Jean-Marc Vallée Seção Narrative Spotlight From Nowhere, de Matthew Newton Seção Documentary Spotlight Mr. Gaga, de Tomer Heymann Seção Visions O Roubo da Taça (Jules and Dolores), de Caito Ortiz Seção Midnighters I Am a Hero, de Shinsuke Sato Seção Episodic (Séries) Vice Principals, de Jody Hill, David Gordon Green, Danny McBride Seção 24 Beats Per Second Honky Tonk Heaven: Legend of the Broken, de Brenda Greene Mitchell, Sam Wainwright Douglas Seção SXGlobal Ghostland, de Simon Stadler Seção Festival Favorites Gleason, de Clay Tweel

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    Cena de O Desprezo, clássico de Jean-Luc Godard, ilustra o cartaz do Festival de Cannes

    21 de março de 2016 /

    Os organizadores do Festival de Cannes divulgaram o cartaz oficial de sua 69ª edição, que acontece entre os dias 11 e 22 de maio. A imagem que vai representar o festival saiu do filme “O Desprezo” (1963), do mestre da nouvelle vague Jean-Luc Godard e mostra o ator Michel Piccoli subindo uma longa escada no meio do Mediterrâneo. O festival também anunciou que Piccoli (“Habemus Papam”) vai abrir o tapete vermelho desta edição. “É uma escolha simbólica, uma vez que este filme sobre a realização de um filme – considerado por muitos como um dos melhores de todos os tempos em CinemaScope – teve um impacto tão considerável sobre a história do cinema e da cinefilia”. O longa também marcou o encontro da nouvelle vague com Brigitte Bardot (“E Deus Criou a Mulher”). Na trama, Piccoli é um roteirista contratado para escrever uma versão cinematográfica de “A Odisséia”, Bardot é sua esposa entediada, Jack Palance (“Os Brutos Também Amam”) vive o produtor e ninguém menos que o genial Fritz Lang (“Metrópolis”) interpretava o diretor do filme dentro do filme.

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    Festival de Cannes exibirá novos filmes de Woody Allen, Sean Penn, Jody Foster e Jeff Nichols

    19 de março de 2016 /

    O Festival de Cannes 2016 começou a ter suas primeiras atrações divulgadas, com destaque para filmes de cineastas americanos. Os novos longa-metragens de Sean Penn (“Na Natureza Selvagem”), Woody Allen (“Blue Jasmine”), Jodie Foster (“Um Novo Despertar”) e Jeff Nichols (“Amor Bandido”) terão sua estreia mundial na Croisette. Com a seleção, também foi revelado o título no novo filme de Woody Allen, que será estrelado por Kristen Stewart e Jesse Eisenberg (dupla de “American Ultra”). A produção vai se chamar “Cafe Society” e será o segundo lançamento consecutivo do diretor em Cannes, após “O Homem Irracional”, no ano passado. Sean Penn, por sua vez, lança “The Last Face”, filme com Charlize Theron (“Mad Max: Estrada da Fúria”) e Javier Bardem (“007 – Operação Skyfall”) sobre voluntários de trabalho humanitário que se apaixonam numa Libéria devastada pela guerra. O drama mostra trabalhadores humanitários que se apaixonam em um Libéria devastada pela guerra. Jodie Foster reúne George Clooney e Julia Roberts no thriller midiático “O Jogo do Dinheiro”, em que um apresentador de programa sobre dicas de investimento vira refém ao vivo na televisão. Por fim, Jeff Nichols, que no mês passado lançou a sci-fi “Midnight Special” no Festival de Berlim, revela “Loving”, um drama de época sobre racismo, em que Joel Edgerton (“O Presente”) e Ruth Negga (série “Agents of SHIELD”) vivem um casal interracial na Virgínia, em 1958. Enquanto o filme de Allen será exibido fora de competição, uma exigência do diretor para participar de qualquer festival, os demais podem ser incluídos na disputa pela Palma de Ouro, que terá seu vencedor determinado por um juri presidido pelo cineasta George Miller (“Mad Max: Estrada da Fúria”). O Festival de Cannes será realizado este ano entre os dias 11 e 22 de maio.

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    José Carlos Avellar (1936 – 2016)

    18 de março de 2016 /

    Morreu o crítico e curador José Carlos Avellar, que comandou a RioFilme e era responsável pela programação dos cinemas do Instituto Moreira Salles. Ele faleceu na manhã desta sexta-feira (18/3), no Rio de Janeiro, aos 79 anos, por complicações decorrentes da quimioterapia. Avellar estava internado no Hospital São Lucas, em Copacabana, onde tratava um linfoma. Nascido no Rio de Janeiro em 1936, Avellar foi um importante pensador do cinema brasileiro. Formado em jornalismo, trabalhou durante duas décadas no Jornal do Brasil, onde se estabeleceu como um dos críticos de cinema mais importantes do país. Ele também fez filmes. Nos anos 1960 e 1970 dirigiu três curtas, além de ter exercido a função de diretor de fotografia, produtor e editor em outros filmes, como os documentários “Ião” (1976), de Geraldo Sarno, e “Triste Trópico” (1974), de Arthur Omar. Seu principal legado aconteceu entre 1995 e 2000, quando foi diretor da RioFilme, responsável pelo lançamento de dezenas de longas no período, que ficou conhecido como Retomada do cinema brasileiro. Também participou de júris oficiais e de crítica de festivais internacionais como Veneza e Cannes, e foi, por muitos anos, o representante brasileiro da crítica no Festival de Berlim. Avellar lançou seis livros de ensaios sobre cinema, entre eles “O Chão da Palavra: Cinema e Literatura no Brasil” (2007), no qual analisa clássicos nacionais adaptados de livros, e “O Cinema Dilacerado” (1986). Em dezembro de 2006, foi condecorado pelo governo francês com a láurea de Chevalier des Arts et Lettres. Desde 2008, Avellar era responsável pela programação dos cinemas do Instituto Moreira Salles, que se despediu do curador com uma nota que reverencia sua capacidade. “Avellar era capaz de rememorar cenas específicas, descrevendo em detalhes um singelo plano, de um filme assistido décadas atrás. Seus artigos e ensaios exibiam um vasto conhecimento da produção mundial e da história do cinema”, diz o comunicado.

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    Do que Vem Antes é verdadeiro milagre no circuito comercial

    17 de março de 2016 /

    Se o circuito mostrou coragem para exibir “Norte, O Fim da História” (2013), com sua força e duração de quatro horas, o que dizer de “Do que Vem Antes” (2014), novo trabalho do genial cineasta filipino Lav Diaz, que dura gloriosas cinco horas e meia. Difícil ignorar esse aspecto dos trabalhos do diretor, pela dificuldade de encaixar seus filmes na programação habitual de um cinema. Não é à toa que eles acabam restritos a poucas praças do país. O que é uma pena, pois isso faz com que muitos interessados deixem de ter a experiência extraordinária de assistir seus longas na tela grande. E eles só podem ser definidos assim mesmo: extraordinários. De forma diferente do diálogo com o cinema ocidental ensaiado em “Norte, O Fim da História”, o novo trabalho, vencedor do Festival de Locarno e da Mostra de São Paulo, é ainda mais desafiador, já que está bastante conectado com a história política das Filipinas. A trama se passa no início da década de 1970, quando o ditador Ferdinand Marcos estava no poder – seu governo durou de 1965 a 1986 – , e mostra o país sofrendo com o terror, refletido no que acontece com os moradores de um pequeno vilarejo litorâneo. É lá que uma mulher faz oferendas a uma deusa do mar, acreditando que ela possa lhe ajudar com a filha com deficiência mental. Mas, como o país é pobre, as oferendas são roubadas por outros personagens. Além do mais, o padre não gosta nada desse tipo de crença alternativa, muito menos do que é mostrado no início do filme, uma espécie de ritual pagão. Como Diaz opta pelos tempos longos, a história vai sendo construída aos poucos, mas há sim uma narrativa relativamente clássica por trás desse formato, realizado com mais respiro – embora essa “respiro” passe longe de ser encarado como alívio para o espectador, já que tudo é muito sofrido na vida dos personagens. Há uma cena excepcionalmente impactante, que é o choro dolorido de uma mãe diante da morte de uma criança. Seu realismo chega a provocar catarse, assim como o caso do homem que é acusado de matar as vacas do patrão, e por isso acaba por perder o seu emprego. Depois de mais de três horas de projeção, finalmente entra em cena o exército e a imposição da Lei Marcial, que torna aquele ambiente ainda mais hostil, até chegar ao ponto em que o vilarejo se torna uma cidade fantasma. Trata-se de um aspecto fantástico do filme que, até por ter uma fotografia em preto e branco, parece imprimir sempre a ilusão de um registro documental, ainda que vez ou outra entre no território do melodrama. Nesse filme sobre crenças, mentiras, maldade, mistério, abuso sexual e crueldade, o mais celebrado cineasta filipino da atualidade mostra o quanto seus trabalhos possuem uma força descomunal, a ponto de suas mais de cinco horas parecerem pouco, tamanha imersão que causam. Ver “Do que Vem Antes” nos cinemas é uma oportunidade tão rara, que os responsáveis por sua distribuição (a Supo Mungam Films) merecem ser santificados. Afinal, já realizam milagres comprovados, com a chegada da obra aos cinemas.

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    Vencedor do Festival de Berlim vai abrir É Tudo Verdade em São Paulo

    16 de março de 2016 /

    Primeiro documentário a vencer o Festival de Berlim, “Fogo no Mar” (“Fuocoammare”, no original), de Gianfranco Rosi, vai abrir o Festival É Tudo Verdade, em São Paulo, dia 7 de abril. O longa de Rosi aborda o impacto da onda de refugiados sobre o cotidiano da pequena ilha mediterrânea de Lampedusa, visto pelos olhos do pré-adolescente Samuele. O cineasta italiano já havia vencido o Festival em Veneza, em 2013, com outro documentário, “Sacro GRA”. A edição carioca do É Tudo Verdade começa um dia depois, em 8 abril, com a exibição de outro filme: a estreia mundial de “As Incríveis Artimanhas da Nuvem Cigana”, de Paola Ribeiro e Cláudio Lobato. O longa resgata o movimento de “poesia marginal” do coletivo de poetas Nuvem Cigada, da Zona Sul do Rio nos anos 1970, em plena ditadura militar. Por meio de livros mimeografados e encontros híbridos, entre “happenings” e saraus, batizados de “Artimanhas”, uma nova geração lançou-se na literatura nacional: Bernardo Vilhena, Chacal, Charles, Ronaldo Santos, além do próprio diretor Cláudio Lobato, entre outros. “O festival deste ano não poderia ter aberturas mais cativantes, ainda que em estilos e por razões muitos distintos”, observou o fundador e diretor do É Tudo Verdade, Amir Labaki, em comunicado. “”Fogo no Mar’ trata com incrível delicadeza e notável talento narrativo a crise humanitária dos refugiados na Europa. É uma enorme honra apresentá-lo em pré-estreia na abertura paulista e agradecemos profundamente a Gianfranco Rosi e a JeanThomas Bernardini da Imovision por este privilégio”. Já ‘As As Incríveis Artimanhas da Nuvem Cigana` é uma festa”, prossegue Labaki. “Paola Vieira e Claudio Lobato fizeram um filme colagem, divertido e amoroso, em extraordinária harmonia com o espírito daquele coletivo que marcou época na poesia marginal dos anos 1970. O festival é imensamente grato a eles por confiá-lo a nosso público da abertura carioca”. Após as sessões de abertura para convidados, os dois filmes serão exibidos em projeções abertas ao público dentro da programação do festival, que vai até o dia 17 de abril em São Paulo e Rio. Criado em 1996 pelo crítico Amir Labaki, o festival chega a sua 21ª edição já devidamente consagrado como o principal evento dedicado a documentários do Brasil – e há quem diga até de toda a América Latina.

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    Carol é eleito melhor filme LGBT de todos os tempos em festival londrino

    15 de março de 2016 /

    O drama de época “Carol” (2015) foi eleito o melhor filme LGBT de todos os tempos por críticos e artistas, durante as comemorações do 30º aniversário do Festival de Cinema Gay e Lésbico de Londres, também conhecido como BFI Flare. O filme dirigido por Todd Haynes se passa nos anos 1950 e acompanha o relacionamento lésbico entre uma mulher casada, vivida por Cate Blanchett, que não duvida de sua sexualidade, e uma jovem inexperiente que descobre a sua, interpretada por Rooney Mara. Adaptado de um romance de Patricia Highsmith, publicado em 1952 sob pseudônimo, após ser rejeitado pela editora dos livros de suspense da escritora, “Carol” rendeu o prêmio de Melhor Atriz para Rooney Mara no Festival de Cannes do ano passado, mas perdeu todos os seis Oscars a que foi indicado. Também não emplacou no BAFTA, Globo de Ouro e prêmios dos sindicatos, vencendo apenas o troféu de Melhor Direção de Fotografia no Independent Spirit Awards, entre as seis categorias que disputou. “Carol” é seguido por “Weekend” (2011), de Andrew Haigh, e “Felizes Juntos” (1997), de Kar Wai Wong, respectivamente em 2º e 3º lugares. Já o longa mais premiado de todos, o clássico “O Segredo de Brokeback Mountain” (2005), dirigido por Ang Lee, ficou em 4º na lista, que cita ao todo 30 filmes. Outras produções populares citadas no TOP 10 foram “Minha Adorável Lavanderia” (1985), de Stephen Frears, em 7º, “Tudo Sobre Minha Mãe” (1999), de Pedro Almodóvar, em 8º, e “Garotos de Programa” (1991), de Gus Van Sant, na 10ª posição. Os sucessos mais recentes surgem logo em seguida, com o francês “Azul É a Cor Mais Quente” (2013) empatado com “Tangerine” (2015) em 11º lugar. Há ainda dois outros franceses recentes, o explícito “Um Estranho no Lago” (2013), em 22º, e o sensível “Tomboy” (2011), em 27º, além do drama indie americano “Pariah” (2011). O cinema europeu tem ainda maior destaque entre os clássicos, com o curta “Canção de Amor” (1950), do francês Jean Genet, seguido por “As Lágrimas Amargas de Petra von Kant” (1972), do alemão Rainer Werner Fassbinder, o suspense “Meu Passado me Condena” (1961), do inglês Basil Dearden, “Je, Tu, Il, Elle” (1974), da belga Chantal Akerman, e as obras-primas italianas “Teorema” (1968), de Pier Paolo Pasolini, e “Morte em Veneza” (1971), de Luchino Visconti. Mas também há citações aos americanos “Domingo Maldito” (1971), de John Schlesinger, e “Um Dia de Cão” (1971), de Syney Lumet – curiosamente preferidos sobre o excelente “Infâmia” (1961), de William Wyler. O filme mais antigo presente na lista é o drama alemão “Senhoritas de Uniforme”, de 1931, em 14º lugar, sobre um internato de adolescentes. Baseado numa peça de Christa Winsloe, a história já teve, desde então, diversas versões, incluindo uma produção estrelada por Romi Schneider em 1958, que também deu o que falar em sua época. Top 10: Os melhores filmes LGBT de todos os tempos 1 Carol (2015), de Todd Hayes 2 Weekend (2011), de Andrew Haigh 3 Felizes Juntos (1997), de Wong Kar-wai 4 O Segredo de Brokeback Mountain (2005), de Ang Lee 5 Paris Is Burning (1990), de Jennie Livingston 6 Mal dos Trópicos (2004), de Apichatpong Weerasethakul 7 Minha Adorável Lavanderia (1985), de Stephen Frears 8 Tudo Sobre Minha Mãe (1999), de Pedro Almodóvar 9 Canção de Amor (1950), de Jean Genet 10 Garotos de Programa (1991), de Gus Van Sant

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    Cinebiografia de Pelé terá première mundial no Festival de Tribeca, em Nova York

    9 de março de 2016 /

    Não foram só as obras de mobilidade da Copa de 2014 que ainda não saíram do papel. O longa-metragem “Pelé: O Nascimento de uma Lenda” tampouco foi lançado. Mas ao menos o filme, concebido para chegar aos cinemas junto da Copa do Brasil, já tem data de “inauguração” agendada. Ele será apresentado pela primeira vez ao público mundial durante o Festival de Tribeca, em Nova York, nos Estados Unidos. O filme é escrito e dirigido pelos irmãos Michael e Jeff Zimbalist (ambos do documentário “The Two Escobars”) e tem no elenco nomes como Rodrigo Santoro (“300”), Seu Jorge (“Tropa de Elite 2″), Vincent D’Onofrio (“Jurassic World”), Diego Boneta (“Rock of Ages”) e Colm Meaney (série “Hell on Wheels”). Na pele do vencedor de três Copas do Mundo estão os estreantes Leonardo Carvalho e Kevin de Paula, vivendo as versões criança e adolescente de Pelé. A trama narra a ascensão de Pelé, das favelas de São Paulo até se tornar o herói do povo brasileiro, quando, aos 17 anos de idade, levou o Brasil a sua primeira conquista de uma Copa do Mundo de Futebol, em 1958. O filme pretende se concentrar nesse período e não na fase adulta do tricampeão. Além do “Pelé” ficcional, o festival nova-iorquino também contará com o Pelé real, que, após a première, participará de um debate com o público. O melhor jogador de futebol do mundo é muito querido em Nova York, onde se tornou um grande astro nos anos 1970, com o uniforme do time New York Cosmos. Pelé, por sinal, não será o único pop star do festival, que também contará com Elvis Presley. O cantor, claro, não participará do evento – apesar dos avistamentos de seu fantasma, ele não costuma se comunicar com os vivos. Mas será representado por seu intérprete, Michael Shannon (“O Homem de Aço”), no filme “Elvis & Nixon”. O papel do político corrupto mais famoso dos EUA, por sua vez, é vivido pelo intérprete do político mais corrupto da ficção americana, Kevin Spacey (o Presidente Underwood da série “House of Cards”). O filme sobre o encontro real entre o rei do rock e o presidente dos EUA também terá sua première mundial em Tribeca. A programação do festival também inclui “A Hologram for the King”, protagonizado por Tom Hawks, que conta a vida de um homem de negócios e sua tentativa de vender produtos de última tecnologia na Arábia Saudita. Entre os demais longas-metragens confirmados, estão “All We Had”, dirigido pela atriz Katie Holmes, “The Devil and the Deep Blue Sea”, protagonizado por Jason Sudeikis, “Custody”, com Viola Davis, e a comédia “The Family Fang”, de Jason Bateman, que conta no elenco com a atriz Nicole Kidman. Além destes, também foram divulgados os longas das mostras competitivas e da seção Viewpoints, dedicada a vozes originais. Dentre os filmes selecionados nesta seção, estão o brasileiro “Califórnia”, de Marina Person, a animação adulta “Nerdland”, dublada por Paul Rudd (“Homem-Formiga”), a distopia “High-Rise”, com Tom Hiddleston (“Thor”), e a sci-fi juvenil “Equals”, com Kristen Stewart (“Acima das Nuvens”) e Nicholas Hoult (“X-Men: Dias de um Futuro Esquecido”). Saiba mais aqui. O Festival de Cinema de Tribeca vai acontecer entre os dias 13 e 24 de abril, e será aberto com a exibição do documentário “The First Monday in May”, sobre o Museu Metropolitano de Nova York.

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