Festival do Rio recorre ao crowdfunding para não acabar
Sob ameaça de acabar por falta de patrocínios, o Festival do Rio decidiu recorrer ao crowdfunding. A organização do evento abriu nesta quinta-feira (19/9) uma campanha no site Benfeitoria para arrecadar quase R$ 1,2 milhão. O detalhe é que esta quantia cobre apenas parte dos R$ 4,5 milhões necessários para a mostra carioca acontecer. As negociações para suprir o resto estão sendo feitas com empresas e o governo do estado. O jornal O Globo revelou que, hoje, o Festival do Rio tem apenas R$ 500 mil garantidos. Na semana passada, os organizadores fizeram um “apelo público” no Facebook, acenando para a possibilidade de o evento ser cancelado diante da dificuldade de levantar recursos. O cancelamento se tornou uma possibilidade após o governo Bolsonaro ordenar o corte de financiamento ao “setor que alguns dizem ser de cultura”. Por determinação do inimigo declarado dos gastos em cultura no país, a Petrobras revelou que não renovaria o patrocínio de 13 eventos neste ano, o que incluía o Festival do Rio, mas também a Mostra de Cinema de São Paulo, o Festival de Brasília e o Anima Mundi, entre outros projetos. Dias depois, o governo encaminhou um novo modelo para aprovação de incentivos culturais no país, que estabeleceu o teto de R$ 1 milhão por projeto. Todos os festivais de cinema importantes do país foram atingidos duplamente pelas duas medidas, já que custam mais que isso por edição. Além disso, os recursos do FSA (Fundo Setorial do Audiovisual) foram congelados por portaria do governo – que a grande imprensa insiste em ignorar – , impossibilitando acesso aos programas de fomento e apoio cultural da Ancine. O primeiro evento de cinema a enfrentar problemas no governo Bolsonaro foi um dos menores e mais baratos do Brasil, o Anima Mundi. Correndo risco de acabar, o festival mudou sua configuração, diminuiu ainda mais e recorreu à vaquinha virtual para realizar sua edição deste ano. Graças a financiamento coletivo, o festival, que dá vaga na disputa do Oscar de Melhor Curta de Animação, conseguiu sobreviver mais um ano. É nesta pequena vitória que o Festival do Rio se inspira para tentar sair do papel. Mas só isso não adianta. O Festival do Rio não é, obviamente, o Anima Mundi, que buscou “apenas” RS$ 400 mil para se viabilizar. É – ou era – o maior festival de cinema do país. Mesmo em crise financeira, no ano passado, conseguiu exibir 200 títulos de 60 países em 20 locais da cidade, durante 11 dias — uma redução em relação aos 250 filmes da edição anterior. Deste total, 84 obras eram brasileiras (ou coproduções) – 64 longas e 20 curtas, entre ficções e documentários. Por conta disso, o evento é considerado a maior e mais relevante mostra do cinema nacional contemporâneo, que ao passar por suas telas ganha um cobertura intensa a mídia, que nenhum outro festival consegue replicar. Talvez o festival tenha que abrir mão de uma parte de sua programação, pois, se por um lado tem uma grande importância para o cinema nacional, apresenta-se como um festival internacional, com centenas de obras estrangeiras numa disputa direta por talento com a Mostra de São Paulo. Mas Ilda Santiago, diretora do Festival do Rio, revelou ao jornal O Globo que o desabafo público da semana passada rendeu o aparecimento de empresas interessadas em patrocinar o evento. Como os apoios ainda não foram fechados, ela não cita os nomes. “O prazo é apertado, temos que montar um festival em menos de dois meses. Se acontecer, certamente será uma edição menor, não vamos fingir que nada aconteceu. Mas seguimos trabalhando na programação e dialogando com os produtores dos filmes”, disse Ilda a O Globo. Segundo a coluna de Ancelmo Gois, o governador do Rio, Wilson Witzel, comprometeu-se a ajudar o festival. Veja abaixo o vídeo da campanha de financiamento coletivo.
Festival do Rio pode acabar. A culpa é de Bolsonaro
A organização do Festival do Rio publicou um comunicado desolador em sua página oficial do Facebook. No texto, revela que, “após 20 anos de existência e sucesso de realização para o audiovisual brasileiro e internacional”, o evento “passa por seu maior desafio em termos financeiros”. O desabafo se deve à dificuldade de viabilizar financeiramente o evento, que perdeu seu principal patrocinador, a Petrobras, por decisão do presidente Jair Bolsonaro. “Vivemos a possibilidade real de cancelamento do nosso evento, com todas as perdas que tal decisão acarretará para o cinema brasileiro, para todo o mercado audiovisual e ainda para cidade [do Rio] e o país”, diz o texto fúnebre. “Decidimos tornar pública e oficial esta realidade, pois dentro de poucos dias, chegará o momento de bater o martelo, caso não tenhamos os recursos necessários para a realização, ainda que em formato compacto, do Festival do Rio”. O comunicado avisa que se trata de “um apelo final”, com exclamação, para atrair interessados em salvar o evento. “Estamos buscando apoio junto a várias empresas e parceiros com interesse na viabilidade do Festival do Rio e que apostam também no Estado e na Cidade do Rio de Janeiro”, explicam os organizadores. Mas fechar apoios virou uma corrida contra o tempo, já que a data prevista para o festival é de 7 a 17 de novembro. A dificuldade para a realização de festivais de cinema no Brasil já tinham sido prevista pela Pipoca Moderna desde as primeiras iniciativas de Bolsonaro contra a cultura. Em abril, o governo Bolsonaro deu ordem para cortar o financiamento ao “setor que alguns dizem ser de cultura”. Por determinação do inimigo declarado dos gastos em cultura no país, a Petrobras revelou que não renovaria o patrocínio de 13 eventos neste ano, o que incluía o Festival do Rio, mas também a Mostra de Cinema de São Paulo, o Festival de Brasília e o Anima Mundi, entre outros projetos. Dias depois, o governo encaminhou um novo modelo para aprovação de incentivos culturais no país, que estabeleceu o teto de R$ 1 milhão por projeto. Todos os festivais de cinema importantes do país foram atingidos duplamente pelas duas medidas, já que custam mais que isso por edição. O primeiro a enfrentar problemas foi um dos menores e mais baratos eventos de cinema internacional do Brasil, o Anima Mundi. Correndo risco de acabar, o festival mudou sua configuração, diminuiu ainda mais e recorreu à vaquinha virtual para realizar sua edição deste ano. Graças a financiamento coletivo, o festival, que dá vaga na disputa do Oscar de Melhor Curta de Animação, conseguiu sobreviver mais um ano. O Festival do Rio, porém, não é um Anima Mundi. É – ou era – o maior festival de cinema do país. Mesmo em crise financeira, no ano passado, conseguiu exibir 200 títulos de 60 países em 20 locais da cidade, durante 11 dias — uma redução em relação aos 250 filmes da edição anterior. Deste total, 84 obras eram brasileiras (ou coproduções) – 64 longas e 20 curtas, entre ficções e documentários. Por conta disso, o evento é considerado a maior e mais relevante mostra do cinema nacional contemporâneo, que ao passar por suas telas ganha um cobertura intensa a mídia, que nenhum outro festival consegue replicar. Caso seja cancelado, a perda será enorme. Vítima de um governo que despreza a cultura tanto quando gays e o meio-ambiente, cuja política visa apenas destruição e repressão, com sérios impactos econômicos e sociais, resultando não só em perda cultural, mas também em aumento de desemprego e danos na imagem internacional do Brasil – cada vez mais pária no mundo civilizado. O fim dos festivais de cinema, porém, são apenas a ponta do iceberg do projeto cultural do governo do PSL. Na verdade, o projeto anti-cultural começou com a extinção do Ministério da Cultura e ainda contempla a exclusão de representantes do mercado e da sociedade civil do CSN (Conselho Superior de Cinema), a mudança do CSC para a pasta da Casa Civil, o fim de apoio da Apex (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos) para o programa Cinema do Brasil, voltado à exportação de filmes brasileiros, o corte ao apoio à exibição de filmes brasileiros em festivais internacionais e à campanha do filme indicado para representar o Brasil no Oscar, etc. Bolsonaro também não assinou o decreto da Cota de Tela, que estipula um determinado número de dias obrigatórios para que os cinemas exibam filmes brasileiros, que deveria ter sido publicado em janeiro, não escolheu os nomes do Comitê Gestor do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA), que decide como alocar os recursos arrecadados pelas taxas do mercado, e não nomeou nomes que preencheriam vagas abertas na diretoria da Ancine. Aproveitando-se de seu próprio imobilismo, ainda suspendeu edital de financiamento que afeta diretamente a cadeia audiovisual em todo o país, com a justificativa de que não fez o que deveria, isto é, recompor os membros do Comitê Gestor do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA), responsável por direcionar as verbas arrecadadas com o Condecine (Contribuição para o Desenvolvimento da Indústria Cinematográfica Nacional, taxa cobrada da indústria de cinema, TV e telefonia), para poder liberar o financiamento. Por conta disso, toda a verba do FSA está congelada por tempo indeterminado. Além disso, seu governo apresentou um projeto que prevê um corte de 43% do orçamento do FSA em 2020. E o ministro encarregado de acabar com o que resta, Osmar Terra, anunciou planos de encerrar a política de cotas e não financiar mais o cinema de arte feito no país – os filmes brasileiros que ganham festivais. Bolsonaro está determinado a entrar para a História como o presidente responsável por acabar com o cinema e a produção cultural brasileira. O Festival do Rio – após 20 anos de existência e sucesso de realização para o audiovisual brasileiro e internacional -… Publicado por Festival do Rio l Rio de Janeiro Int'l Film Festival em Quinta-feira, 12 de setembro de 2019
Tinta Bruta explora liberdade e sexualidade no anonimato virtual
“Tinta Bruta” nos apresenta o personagem Pedro (Schico Menegat), um jovem solitário, que parece incapaz de conviver com as pessoas, expressar-se naturalmente junto a elas. Ao mesmo tempo, há um mistério na sua história: um processo criminal a que ele está respondendo. Pedro parece depender de sua irmã, com quem mora, e que é muito amiga e próxima, mas ela se muda para longe e, com isso, só lhe resta mesmo a solidão. E ficar em casa. Ele quase nunca sai de casa. Na contemporaneidade, porém, como sabemos, a nossa casa é a nossa fortaleza e a tecnologia nos faz interagir virtualmente com o mundo. Pedro, então, se transforma no Garoto Néon em transmissões eróticas, via internet, em que consegue ganhar algum dinheiro. Ele veste seu corpo de tintas que, no escuro, com a iluminação, dá um belo efeito visual. Ele virá a conhecer Léo (Bruno Fernandes) porque descobre que ele o está imitando e criando uma concorrência na internet. É por aí que algo vai mudar na vida de Pedro. O interessante no filme de Felipe Matzembacher e Márcio Reolon é justamente o contraste entre a persona pública e a pessoa real. No mundo virtual, cada um pode criar sua personalidade, sua história, inventar personagens, shows, expressões, aparentemente preservado do mundo exterior. Interagindo por meio de câmeras, que se podem desconectar a qualquer momento, no anonimato. Sem riscos, portanto. Será mesmo? Bem, a vida não se resume ao mundo virtual, por mais atraente e fantasioso que ele possa ser. Nada pode substituir efetivamente o contato físico, o afeto, que são transformadores. Interagir é estabelecer vínculos, é dar colorido à vida, é correr riscos, é humanizar-se. Não tem nada a ver com os compartilhamentos, comentários e interações via internet. Que, no entanto, serviram para nos mostrar que a evolução do ser humano não se deu como se poderia esperar. No anonimato, real ou aparente, as pessoas mostram sua grossura, intolerância, idiotice. Fica-se surpreso ao constatar que tantas pessoas se expressem assim. O espaço da internet também permite, como no caso de Pedro, o Garoto Néon, a expressão de uma sexualidade reprimida, sufocada e, ao mesmo tempo, atraente para muitos seguidores na web. E até fonte de trabalho e ganho num empreendedorismo individualizado, de baixo custo. Vender o próprio corpo não é exatamente uma novidade, mas é possível encontrar uma forma original de fazê-lo, enquanto imagem, como Pedro. Qual o limite para tudo isso ainda não sabemos. Assim como as consequências a longo prazo. O que já podemos constatar é bastante preocupante, mas inconclusivo. A questão do confronto entre a chamada vida real e a virtual traz elementos importantes para reflexão. Temos muito a pensar, conhecer, entender sobre isso. Personagens como Pedro e também Léo, de “Tinta Bruta’, são relevantes para o momento em que vivemos. Eles trazem a diversidade sexual, a temática LGBT+ a esse contexto. Mas o assunto é mais amplo e abrange todas as expressões da sexualidade, da intimidade, dos sentimentos tornados públicos. O filme “Tinta Bruta” foi exibido no Festival de Berlim e premiado no Festival do Rio como Melhor Filme, Roteiro, Ator e Ator Coadjuvante. De fato, os atores merecem mesmo esse destaque, o roteiro é muito bom (em que pese o sumiço da personagem da irmã) e a realização, de qualidade.
Festival do Rio enfrenta sua pior crise e quase não aconteceu em 2018
O 20º Festival do Rio, que começa nesta quinta-feira (1/11) com a exibição de “Viúvas”, de Steve McQueen (“12 Anos de Escravidão”), quase não aconteceu. Ele estava previsto originalmente para o início de outubro, precisou ser adiado e, em entrevista ao jornal O Globo, a diretora do evento Ilda Santiago admitiu que chegou a considerar seu cancelamento. “Houve momentos em tive vontade de jogar a toalha. Teve gente que sugeriu fazer um festival com poucos filmes ou só com uma mostra, mas isso não é o nosso perfil”, ela revelou. Ficou claro que a parte internacional do evento estava desvalorizada pela seleção absurda da Mostra de São Paulo, que reuniu os vencedores dos festivais de Cannes, Veneza, Berlim e até Locarno, além de filmes de grande repercussão do ano, fazendo seu line-up mais impressionante dos últimos tempos. Mesmo assim, o festival carioca projetará cerca de 200 títulos de 60 países durante 11 dias — uma redução em relação aos 250 filmes da edição anterior e ainda maior em comparação aos 300 que costumavam ser a média do evento. Também há menos convidados internacionais. Graças ao apoio de consulados e produtores, ainda há a presença de nomes de destaque, como o cineasta francês Olivier Assayas, que vem apresentar “Vidas Duplas”, seu novo longa estrelado por Juliette Binoche. Além disso, mostras especiais foram canceladas. Passagens e hospedagens para equipes dos filmes, limitadas. O motivo é político. O atual prefeito do Rio não prioriza a cultura diante do estado de calamidade da cidade, causada pela corrupção e má administração generalizadas. Nem parece que o Rio foi palco de Copa do Mundo e Olimpíadas há pouco, jorrando fortunas para esses eventos. A edição passada foi a primeira sem o apoio da Prefeitura, o que já tinha causado cortes. Este ano, a situação se agravou devido às eleições, que afetou a participação de patrocinadores estatais. O fato é que o Festival do Rio, há algum tempo, é mais valorizado por sua seleção nacional que por sua vitrine internacional. O evento sempre pareceu ser dois festivais em um. O maior de todos festivais do cinema brasileiro, que perde foco por ter holofotes divididos com estrangeiros ao seu redor. O reconhecimento disso é que a Première Brasil, seção que é o “verdadeiro” Festival do Rio para os artistas nacionais, continua do mesmo tamanho. E com o encolhimento das mostras paralelas, já representa quase metade de todo o evento, com a exibição de 84 obras brasileiras (ou coproduções) – 64 longas e 20 curtas, entre ficções e documentários. Mesmo assim, o festival abriu mão de uma antiga exigência, permitindo a participação de filmes exibidos em outros eventos. Isso impediu que obras confirmadas na Mostra de São Paulo fossem excluídas automaticamente devido ao adiamento do Rio, e acabou abrindo espaço para trabalhos que passaram por outros festivais, como Brasília e Gramado. Em competição, “Domingo”, de Clara Linhart e Fellipe Barbosa, “Tinta Bruta”, de Marcio Reolon e Filipe Matzembacher (prêmio Teddy em Berlim), e “A Sombra do Pai”, de Gabriela Amaral Almeida, já foram projetados em Brasília ou na Mostra de São Paulo. E o filme de encerramento, “O Grande Circo Místico”, de Cacá Diegues, abriu Gramado. A programação também inclui projeção de quatro clássicos nacionais em versão restaurada: “Central do Brasil” (1998), de Walter Salles; “Pixote: a lei do mais fraco” (1981), de Hector Babenco; e “Rio 40 graus” (1955) e “Rio Zona Norte” (1957), ambos de Nelson Pereira dos Santos. Alguns passaram antes na Mostra de São Paulo. A exclusividade também deixou de existir para a exibição de obras estrangeiras. Sem isso, o Festival do Rio perderia seus destaques internacionais, “Não me Toque”, da romena Adina Pintilie, vencedor do Urso de Ouro em Berlim, “Assunto de Família”, de Hirokazu Koreeda, vencedor da Palma de Ouro em Cannes, “Infiltrado na Klan”, de Spike Lee, Grande Prêmio do Júri em Cannes, e outros, exibidos na Mostra de São Paulo. Esta seleção também ajuda a explicar o adiamento do Festival do Rio. Vale lembrar que, desde 2011, a Mostra de São Paulo exige ter première nacional de todos os filmes estrangeiros que exibe. Por conta disso, longas projetados no Festival do Rio não entravam na programação paulista, o que gerava um vice-versa. Com a troca de datas, o festival carioca pôde compartilhar vários títulos da Mostra. Que, convenhamos, continuam inéditos para a população do Rio. Sem falar que essa picuinha de cariocas versus paulistas é mais antiga que o ideário conservador que venceu as últimas eleições.
Festival do Rio 2018 adia sua realização para depois da Mostra de São Paulo
O Festival do Rio deste ano, que aconteceria entre 4 e 14 de outubro, foi adiado em cerca de um mês, e será agora realizado de 1º a 11 de novembro. Os produtores que inscreveram filmes na mostra Première Brasil foram avisados da mudança por meio de um e-mail enviado pela organização do festival. Segundo a mensagem, “a decisão foi tomada pensando na qualidade do evento, sua melhor estruturação e realização”. Por enquanto a direção do festival não forneceu mais detalhes. Mas é interessante observar que as novas datas causam uma inversão no calendário cinéfilo, deixando o Festival do Rio para depois de seu principal rival nacional, a Mostra de São Paulo. Anteriormente, a Mostra de São Paulo divulgou sua realização no período de 18 a 31 de outubro. Os dois eventos costumam disputar a exclusividade de exibição dos principais lançamentos do circuito dos festivais internacionais, bem como exibições de destaques do cinema brasileiro. Como o Festival do Rio exige que os inscritos na competição da seção Première Brasil sejam inéditos, isto pode representar guerra entre organizadores, levando produtores nacionais a optarem por um ou outro festival e não mais por ambos, como o calendário anterior permitia. No ano passado, por exemplo, o filme vencedor do Festival do Rio, “As Boas Maneiras”, entrou na programação da Mostra. O contrário também pode acontecer, levando o Festival do Rio a abrir mão da exigência de exclusividade. A conferir.
Tony Ramos lembra um passado fabuloso no trailer de Quase Memória
A Pandora Filmes divulgou fotos, pôster e trailer de “Quase Memória”, estrelado e narrado por Tony Ramos, que volta a protagonizar um filme após o ótimo trabalho em “Getúlio” (2014). Mas o retorno mais importante é o do diretor Ruy Guerra, que foi expoente do Cinema Novo e não filmava desde “O Veneno da Madrugada” (2005). A prévia alterna elementos teatrais com uma abordagem quase surrealista na adaptação do livro de memórias de Carlos Heitor Cony (falecido em janeiro), evocando neste quesito os recentes filmes memorialistas do chileno Alejandro Jodorowsky – que é contemporâneo de Guerra. Na trama, Tony Ramos vive o velho Carlos, que relembra seu pai Ernesto (vivido por João Miguel), e sua narrativa se torna uma história fabulosa pela distorção causada pelo fato de os eventos terem sido testemunhados por ele quando era criança. Para complicar, ele ainda está perdendo a memória. O elenco da produção inclui Mariana Ximenes (“Uma Loucura de Mulher”), Antonio Pedro (“A Casa da Mãe Joana”), Charles Fricks, Julio Adrião e Flavio Bauraqui (todos os três de “Nise – O Coração da Loucura”). Comprovando a dificuldade enfrentada pelos filmes brasileiros para chegar aos cinemas, “Quase Memória” foi premiado no Festival do Rio… em 2015! A estreia finalmente vai acontecer em 19 de abril.
Filme africano de diretor brasileiro vence Festival de Cartago e vai buscar vaga no Oscar
A 28ª edição do Festival de Cartago, um dos mais importantes eventos do cinema africano e árabe, premiou no sábado (11/11) em Túnis, na Tunísia, o filme “Comboio de Sal e Açúcar”, dirigido pelo brasileiro Licínio Azevedo. Coprodução de cinco países, inclusive Brasil, o filme é na verdade de 2016 e já tinha rendido a Azevedo o prêmio de Melhor Direção no Festival de Cairo, no Egito, no ano passado. Além disso, entrou para a história do cinema ao se tornar o primeiro longa selecionado por Moçambique para tentar uma vaga no Oscar de Melhor Filme de Língua Estrangeira. Licínio Azevedo mora em Moçambique desde 1975 e é um dos fundadores da empresa moçambicana de produção de cinema Ébano Multimédia, principal produtora do filme – e de vários outros longas-metragens e documentários premiados em todo o mundo. “Comboio de Sal e Açúcar” é seu quinto longa de ficção. Entre os anteriores, estão “Desobediência” (2003), premiado no Festival de Biarritz, e “Virgem Margarida” (2012), premiado em Amiens. Descrito como um “western africano”, o filme que venceu o troféu Tanit de Ouro mostra a perigosa viagem de um grupo, a bordo de um trem que tenta trocar sal por açúcar, atravessando zonas rebeldes de Moçambique em 1989, durante a guerra civil que varreu o país africano. Veja abaixo o trailer, repleto de cenas de ação, cuja narrativa envolvente destaca a divisão entre militares e civis no trem (comboio) que batiza a produção. “Comboio de Sal e Açúcar” chegou a ser exibido no Festival do Rio, mas, apesar de falado em português, não tem previsão de lançamento comercial no Brasil.
A Forma da Água abre o desfile de prestígio do Festival do Rio
O Festival do Rio 2017 começa nesta quinta-feira (5/10) com a exibição de “A Forma da Água”, de Guillermo Del Toro, que há menos de um mês venceu o Leão de Ouro no Festival de Veneza. Segundo a diretora artista do evento carioca, Ilda Santiago, o filme de abertura é sempre uma escolha delicada porque, de alguma forma, “serve sempre de termômetro para o que o público vai ver” ao longo da programação do festival. E o que se pode ver são muitos filmes premiados e de prestígio, mas também muitos títulos que entrarão na programação comercial dos cinemas em pouco tempo, como o próprio “A Forma da Água”, que estreia em três meses no Brasil. A mostra Panorama do Cinema Mundial, principal do evento, conta com obras de diretores renomados, mas segue a mesma linha. Entre os destaques, estão “Pequena Grande Vida”, de Alexander Payne, e “Me Chame Pelo Seu Nome”, de Luca Guadagnino, que estreiam em janeiro, e até “Detroit em Rebelião”, de Kathryn Bigelow, cujo lançamento comercial está agendado para a semana que vem. Até a seção Expectativas, voltada a revelações, inclui longas com estreias próximas, como “Terra Selvagem”, de Taylor Sheridan, e “Patti Cake$”, de Geremy Jasper, ambos com lançamentos em novembro. É preciso garimpar bastante para encontrar títulos que dificilmente chegarão ao país. Mas é possível, uma vez que o evento exibirá 250 filmes de mais de 60 países, espalhados por 15 mostras diferentes. Há, por exemplo, “Eu Não Sou uma Feiticeira”, de Rungano Nyoni, “Anjos Vestem Branco”, de Vivian Qu, “Lobisomem”, de Ashley McKenzie, e muitos outros que deram o que falar nos festivais internacionais. Difícil resistir a nomes de cineastas famosos, como Roman Polanski, Stephen Frears, Michel Hazanavicius, John Cameron Mitchell, Hong Sang-soo, Fatih Akin, André Téchiné, Joachim Trier, Agnieszka Holland, Bruno Dumont e Sergei Loznitsa, mas seus filmes têm mercado garantido no país, graças à proliferação de distribuidoras independentes voltadas ao nicho do “cinema de arte”, ainda que seu alcance seja restrito ao Rio e São Paulo. Mas quem aguenta esperar meses para ver “Em Pedaços”, de Fatih Akin, sobre terrorismo, premiado no Festival de Cannes, ou “120 Batimentos por Minuto”, de Robin Campillo, candidato francês à vaga no Oscar 2018 de Melhor Filme de Lingua Estrangeira, quando ambos já estarão disponíveis na mostra carioca? Entretanto, pode ser mais instigante embarcar numa retrospectiva do cinema “pink” (erótico) japonês, na seção Midnight Movies, ou conhecer a tecnologia ainda experimental da Mostra VR, que explora filmes em realidade virtual. Afinal, entre as ofertas cinematográficas, estas são realmente oportunidades únicas. Mais significativa ainda é a mostra Première Brasil, que há alguns anos se revela um festival à parte, chegando a ofuscar as atrações internacionais. Além de contar com a presença de diretor e elenco de todos os filmes, o que gera mais volume de mídia, grande parte dos títulos nacionais enfrentarão tanta dificuldade para chegar aos cinemas brasileiros quanto obras russas ou iranianas, por incrível que pareça – que o diga “A Hora e a Vez de Augusto Matraga”, vencedor de 2011, que só foi exibido comercialmente em 2015. A quantidade de filmes nacionais selecionados é recorde em eventos de cinema no país: 75. Mas só os 22 longas da Première Brasil já demonstram como o Festival do Rio virou a principal plataforma de lançamentos do mercado. Nenhum outro festival de cinema nacional chega perto de sua capacidade. Um documentário foi escolhido para abrir a seção: “Em Nome da América”, de Fernando Weller, que investiga a chegada de jovens americanos ao Nordeste do Brasil nos anos 1960 e 1970 como voluntários da agência governamental Corpos da Paz, com vistas a evitar o surgimento de uma nova Cuba. A lista ainda inclui o terror “As Boas Maneiras”, de Juliana Rojas e Marco Dutra, já premiado no Festival de Locarno, na Suiça, entre novas obras de outros cineasta interessantes. Importante acrescentar que, ao contrário de festivais como Cannes, Berlim e Veneza, criticados pelo pouco espaço dado às cineastas femininas, a maioria dos filmes de ficção selecionados na Première Brasil é dirigido ou codirigido por mulheres. Apesar de oferecer tantas possibilidades, o festival está mais compacto, com apenas 11 dias de duração. Neste ano, acontecerá entre 5 e 15 de outubro. Com menos tempo, os cinéfilos sofrerão com ainda mais dilemas na hora de selecionar o que ver – e o que deixarão de ver.
A Forma da Água, de Guilhermo Del Toro, vai abrir o Festival do Rio 2017
O Festival do Rio anunciou que “A Forma da Água” (The Shape of Water), de Guillermo del Toro, foi selecionado como filme de abertura. Vencedor do Leão de Ouro no Festival de Veneza, “A Forma da Água” é uma fantasia romântica passada nos anos 1960, que aborda o relacionamento entre uma faxineira muda (Sally Hawkins) e um monstro aquático, trancado num laboratório secreto. O filme será exibido no primeiro dia do festival, que vai de 5 a 15 de outubro, e só terá lançamento comercial no Brasil em janeiro de 2018. “A Forma da Água” se junta a outros filmes exibidos nos festivais internacionais, que foram selecionados para a mostra carioca, como “Pequena Grande Vida”, de Alexander Payne, que abriu o Festival de Veneza, “Me Chame Pelo Seu Nome”, de Luca Guadagnino, premiado no Festival de Toronto, “120 Batimentos por Minuto”, de Robin Campillo, exibido no Festival de Cannes e candidato francês ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro, além dos novos longas de Roman Polanski, Kathryn Bigelow, Stephen Frears, Michel Hazanavicius, John Cameron Mitchell, Hong Sang-soo, Fatih Akin, André Téchiné, Joachim Trier, Agnieszka Holland, Bruno Dumont e Sergei Loznitsa, entre outros. Entre as mostras temáticas, Clássicos do Queer Britânico celebra os 50 anos da descriminalização da homossexualidade no Reino Unido, com cópias restauradas de “Orlando – A Mulher Imortal” (1992), de Sally Potter, “Eduardo II” (1991), de Derek Jarman, e “Minha Adorável Lavanderia” (1985), de Stephen Frears. Há ainda a mostra Foco Itália, com produções recentes do país, que passaram por Cannes e Veneza, a Expectativas, voltada a revelações, a Midnight Movies, que este ano destaca o erotismo clássico japonês, e a Mostra VR, que explora filmes em realidade virtual. A seleção nacional, por sua vez, terá número recorde de produções: 75, entre longas e curtas. A mostra competitiva contará com 33 filmes, com destaque para “As Boas Maneiras”, de Juliana Rojas e Marco Dutra, já premiado no Festival de Locarno, na Suiça, assim como novas obras de outros cineasta interessantes. Vale destacar que, ao contrário de festivais como Cannes, Berlim e Veneza, criticados pelo pouco espaço dado às cineastas femininas, a maioria dos filmes de ficção selecionados na Première Brasil é dirigido ou codirigido por mulheres. Veja aqui a lista completa dos filmes da mostra internacional e aqui os filmes nacionais do Festival do Rio.
Festival do Rio divulga sua programação internacional
O Festival do Rio 2017 divulgou a lista de produções internacionais que vão integrar sua edição deste ano. Além dos lançamentos da Première Brasil, o festival exibirá 250 filmes de mais de 60 países, distribuídos em 15 mostras. A mostra Panorama do Cinema Mundial, principal do evento, conta com filmes de diretores renomados. Entre os destaques, estão “Pequena Grande Vida”, de Alexander Payne, que abriu o Festival de Veneza, “Me Chame Pelo Seu Nome”, de Luca Guadagnino, premiado no Festival de Toronto, “120 Batimentos por Minuto”, de Robin Campillo, exibido no Festival de Cannes e candidato francês ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro, além dos novos longas de Roman Polanski, Kathryn Bigelow, Stephen Frears, Michel Hazanavicius, John Cameron Mitchell, Hong Sang-soo, Fatih Akin, André Téchiné, Joachim Trier, Agnieszka Holland, Bruno Dumont e Sergei Loznitsa, entre outros. A seção Expectativas, voltada a revelações, ainda inclui o segundo filme dirigido por Taylor Sheridan, “Terra Selvagem”, roteirista indicado ao Oscar 2017 por “A Qualquer Custo”, a revelação de Sundance “Patti Cake$”, de Geremy Jasper, “Eu Não Sou uma Feiticeira”, de Rungano Nyoni, “Anjos Vestem Branco”, de Vivian Qu, “Lobisomem”, de Ashley McKenzie, e muitos outros que deram o que falar nos festivais internacionais. Entre as mostras temáticas, Clássicos do Queer Britânico celebra os 50 anos da descriminalização da homossexualidade no Reino Unido, com cópias restauradas de “Orlando – A Mulher Imortal” (1992), de Sally Potter, “Eduardo II” (1991), de Derek Jarman, e “Minha Adorável Lavanderia” (1985), de Stephen Frears. Há ainda a mostra Foco Itália, com produções recentes do país, que passaram por Cannes e Veneza, a Midnight Movies, que este ano destaca o erotismo clássico japonês, e a Mostra VR, que explora filmes em realidade virtual. O Festival do Rio acontece entre os dias 5 e 15 de outubro. Confira a lista completa de mostras e filmes internacionais abaixo. PANORAMA DO CINEMA MUNDIAL Pequena Grande Vida (Downsizing), de Alexander Payne Me Chame Pelo Seu Nome (Call Me by Your Name), de Luca Guadagnino Victoria e Abdul – O Confidente da Rainha (Victoria and Abdul), de Stephen Frears The Disaster Artist, de James Franco 120 Batimentos por Minuto (120 battements par minute), de Robin Campillo Detroit em Rebelião (Detroit), de Kathryn Bigelow Top of the Lake: China Girl, de Jane Campion e Ariel Kleiman O Diabo e o Padre Amorth (The Devil and Father Amorth), de William Friedkin O Formidável (Le Redoutable), de Michel Hazanavicius Roubo em Família (Logan Lucky), de Steven Soderbergh Based on a True Story (D’après une histoire vraie), de Roman Polanski A Câmera de Claire (Keul-le-eo-ui ka-me-la), de Hong Sang-soo The Florida Project, de Sean Baker Thelma, de Joachim Trier Uma Criatura Gentil (Krotkaya), de Sergei Loznitsa Bom Comportamento (Good Time), de Josh Safdie e Ben Safdie Em Pedaços (Aus dem Nichts), de Fatih Akin Jeannette: A Infância de Joana D’Arc (Jeannette l’enfance de Jeanne d’Arc), de Bruno Dumont A Guerra dos Sexos (Battle of the Sexes), de Jonathan Dayton e Valerie Faris Uma Casa à Beira Mar (La Villa), de Robert Guédiguian Depois Daquela Montanha (The Mountain Between Us), de Hany Abu-Assad As Entrevistas de Putin (The Putin Interviews), de Oliver Stone Golden Exits, de Alex Ross Perry How to Talk to Girls at Parties, de John Cameron Mitchell Marjorie Prime, de Michael Almereyda Ex Libris: Biblioteca Pública de Nova York (Ex Libris : New York Public Library), de Frederick Wiseman Titicut follies, de Frederick Wiseman Senhora Fang (Fang Xiu Ying), de Wang Bing O Estado das Coisas (Brad’s Status), de Mike White The Brawler (Mukkabaaz), de Anurag Kashyap 12 Dias (12 jours), de Raymond Depardon Frost, de Sharunas Bartas O Venerável W. (Le vénérable W.), de Barbet Schroeder Manifesto, de Julian Rosefeldt Anos Dourados (Nos années folles), de André Téchiné Borg vs McEnroe, de Janus Metz Corpo e Alma (Testről és lélekről), de Ildikó Enyedi Discreet, de Travis Matthews Dalida, de Lisa Azuelos A Festa (The Party), de Sally Potter Rastros (Pokot), de Agnieszka Holland Centauro (Centaur), de Aktan Arym Kubat Política, Manual de Instruções (Política, manual de instrucciones), de Fernando León de Aranoa Tschick, de Fatih Akin Barbara, de Mathieu Amalric Direções (Posoki), de Stephan Komandarev Thirst Street, de Nathan Silver Tom of Finland, de Dome Karukoski Lola Pater, de Nadir Moknèche Sua Pele tão Macia (Ta peau si lisse), de Denis Côté Maudie, de Aisling Walsh O Que Te Faz Mais Forte (Stronger), de David Gordon Green Pássaros Estão Cantando em Kigali (Ptaki spiewaja w Kigali), de Joanna Kos-Krauze e Krzysztof Krauze Seguindo o Vento (Prendre le large), de Gaël Morel Doentes de Amor (The Big Sick), de Michael Showalter Berenice Procura, de Allan Fiterman A Última Chance, de Paulo Thiago A Comédia Divina, de Toni Venturi Karingana – Licença Para Contar, de Monica Monteiro Yoga Arquitetura da Paz (On Yoga the Architecture of Peace), de Heitor Dhalia EXPECTATIVA Patti Cake$, de Geremy Jasper A Fábrica de Nada (A fábrica de nada), de Pedro Pinho Eu Não Sou uma Feiticeira (I Am Not a Witch), de Rungano Nyoni God’s Own Country, de Francis Lee Menashe, de Joshua Z. Weinstein Terra Selvagem (Wind River), de Taylor Sheridan They, de Anahíta Ghazvinizadeh Verão Danado, de Pedro Cabeleira Anjos Vestem Branco (Angels Wear White), de Vivian Qu Brigsby Bear, de Dave McCary Chateau (La Vie de Château), de Modi Barry e Cédric Ido Milla, de Valérie Massadian Muitos Filhos, um Macaco e um Castelo (Muchos hijos, un mono y un castillo), de Gustavo Salmerón Novitiate, de Maggie Betts Dina, de Antonio Santini e Dan Sickles Ensiriados (Insyriated), de Philippe Van Leeuw Hema Hema: Cante para Mim Enquanto Eu Espero (Hema Hema: padainuok man, kol laukiu), de Khyentse Norbu Lobisomem (Werewolf), de Ashley McKenzie O Céu de Tóquio à Noite É Sempre do mais Denso Tom de Azul (Yozora ha itsu demo saikou mitsudo no aoiro da), de Yuya Ishii A Natureza do Tempo (En attendant les hirondelles), de Karim Moussaoui Ar Sagrado (Hawa Moqaddas), de Shady Srour Autocrítica de um Cão Burguês (Selbstkritik eines bürgerlichen Hundes), de Julian Radlmaier Barrage, de Laura Schroeder A Aliança (Zin’naariya!), de Rahmatou Keïta Bombástica: A História de Hedy Lamarr (Bombshell: The Hedy Lamarr Story), de Alexandra Dean Cinquenta Primaveras (Aurore), de Blandine Lenoir Conversa Fiada (Ri Chang Dui Hua), de Hui-chen Huang Crown Heights, de Matt Ruskin Luz no Fim do Túnel (Light Thereafter), de Konstantin Bojanov Ocidental (Occidental), de Neïl Beloufa Pop Aye, de Kirsten Tan Sexy Durga, Sanal Kumar Sasidharan Um Segredo em Paris (Drôles d’oiseaux), de Élise Girard Verão 1993 (Estiu 1993), de Carla Simón Todas as Razões para Esquecer, Pedro Coutinho PREMIÈRE LATINA A Liberdade do Diabo (La libertad del diablo), de Everardo González A Vendedora de Fósforos (La vendedora de fósforos), de Alejo Moguillansky Adeus Entusiasmo (Adiós entusiasmo), de Vladimir Durán Alanis, de Anahí Berneri As Ondas (Las olas), de Adrián Biniez Atrás Há Relâmpagos (Atrás hay relámpagos), de Julio Hernández Cordón Batalhas Íntimas (Batallas Íntimas), de Lucía Gaja Casa Roshell, de Camila José Donoso Exercícios de Memória (Ejercicios de memoria), de Paz Encina Invisível (Invisible), de Pablo Giorgelli Los Territorios, de Iván Granovsky Mamãe Saiu de Férias (Mamá se fue de viaje), de Ariel Winograd Más Influências (Mala junta), de Claudia Huaiquimilla Matar Jesus (Matar a Jesús), de Laura Mora Medéia (Medea), de Alexandra Latishev Salazar Ninguém Está Olhando (Nadie Nos Mira), de Julia Solomonoff No Deserto (Al Desierto), de Ulises Rosell O Futuro Adiante (El futuro que viene), de Constanza Novick Santa & Andres, de Carlos Lechuga Vida em Família (Vida de Familia), de Alicia Scherson e Cristian Jimenez O Gato de Havana, de Dacio Malta Severina, de Felipe Hirsch Vergel, de Kris Niklison MIDNIGHT MOVIES Brawl in Cell Block 99, de S. Craig Zahler Cadáveres Bronzeados (Laissez bronzer les cadavres), de Hélène Cattet e Bruno Forzani The Billainess (Ak-nyeo), de Jung Byoung-Gil Doce Virginia (Sweet Virginia), de Jamie M. Dagg Fuga! (Jailbreak), de Jimmy Henderson Lake Bodom, de Taneli Mustonen Prevenge, de Alice Lowe As Misândricas, de Bruce LaBruce Meu Colégio Inteiro Afundando no Mar (My Entire High School Sinking Into the Sea), de Dash Shaw Sal, de Diego Freitas MIDNIGHT MÚSICA Grace Jones: Bloodlight and Bami, de Sophie Fiennes Long Strange Trip: A Biagem do Grateful Dead (Long Strange Trip), de Amir Bar-Lev Tangerine Dream: A Revolução do Som (Revolution of Sound. Tangerine Dream), de Margarete Kreuzer Ao Vivo na França (Alive in France), de Abel Ferrara Serguei, O Último Psicodélico, de Ching Lee e Zahy Tata Pur’gte MIDNIGHT MOVIES APRESENTA – PORNOCHANCHADA À JAPONESA Crepúsculo dos Felinos (Mesunekotachi), de Kazuya Shiraishi Mulher Molhada ao Vento (Kaze ni nureta onna), de Akihiko Shiota Antipornô (Anchiporuno), de Sion Sono Amantes São Molhados (Koibito-tachi wa nureta), de Tatsumi Kumashiro Noite dos Felinos (Mesunekotachi no yoru), de Noboru Tanaka O Voyeur do Telhado (Edogawa Ranpo ryôki-kan: Yaneura no sanposha), de Noboru Tanaka Uma Mulher Chamada Sada Abe (Jitsuroku Abe Sada), de Noboru Tanaka Tripas de Anjo: sala vermelha (Tenshi no harawata: Akai kyôshitsu), de Chûsei Sone FOCO ITÁLIA A Ciambra, de Jonas Carpignano Hannah, de Andrea Pallaoro Piazza Vittorio, de Abel Ferrara Uma Família (Una Famiglia), de Sebastiano Riso Depois da Guerra (Dopo la Guerra), de Annarita Zambrano La Vita in Comune, de Edoardo Winspeare Livrai-me (Liberami), de Federica Di Giacomo Histórias de Amor que Não Pertencem a este Mundo (Amori che non sanno stare al mondo), de Francesca Comencini Tudo o que Você Quer (Tutto quello che vuoi), de Francesco Bruni MEIO AMBIENTE Earth: One Amazing Day, de Peter Webber, Richard Dale e Lixin Fan Jane, de Brett Morgen Bosque de Névoa (Bosque de niebla), de Mónica Álvarez Franco Furusato, de Thorsten Trimpop Obrigado pela Chuva (Thank You for the Rain), de Julia Dahr Sociedade do Almoço Grátis (Free Lunch Society), de Christian Tod ITINERÁRIOS ÚNICOS Kim Dotcom: Agarrado na web (Kim Dotcom: Caught in the Web), de Annie Goldson Beuys, de Andres Veiel Roberto Bolaño: A batalha futura Chile (Roberto Bolaño: La batalla futura Chile), de Ricardo House Paula Rego, histórias e segredos (Paula Rego, Secrets and Stories), de Nick Willing Cicciolina – Madrinha do escândalo (La Cicciolina. Göttliche Skandalnudel), de Alessandro Melazzini Queercore: How to Punk a Revolution, de Yony Leyser Marcelo Gomes – Anatomia de um Dançarino (Anatomy of a Male Ballet Dancer), de David Barba e James Pellerito João de Deus – O Silêncio É uma Prece, de Candé Salles Tudo É Projeto, de Joana Mendes da Rocha e Patricia Rubano Maria – Não Esqueça que eu Venho dos Trópicos, de Francisco C. Martins Geografia da Arte, de Guto Barra e Tatiana Issa FRONTEIRAS Avisem que Estamos Chegando: A História dos Colégios e Universidades Negras (Tell Them We are Rising: The Story of Black Colleges and Universities), de Stanley Nelson Contos da Birmânia (Burma Storybook), de Petr Lom Crânios do Meu Povo (Skulls of My People), de Vincent Moloi Desculpe, Me Afoguei (Sorry I Drowned), de Hussein Nakhal e David Habchy Encriptado (Black Code), de Nick de Pencier Estado de Exceção (State of Exception), de Jason O’Hara Investigando o Paraíso (Tahqiq fel djenna), de Merzak Allouache Mamãe Coronel (Maman Colonelle), de Dieudo Hamadi Terra-Mãe (Motherland), de Ramona S. Diaz Últimos Homens em Aleppo (Last Men in Aleppo), de Firas Fayyad Limpam com Fogo, de César Vieira, Conrado Ferrato e Rafael Crespo Livres, de Patrick Granja FÉLIX APRESENTA: CLÁSSICOS DO QUEER BRITÂNICO Orlando – A Mulher Imortal (Orlando), de Sally Potter Eduardo II, de Derek Jarman Minha Adorável Lavanderia (My Beautiful Laundrette), de Stephen Frears VR – REALIDADE VIRTUAL Altération, de Jérôme Blanquet Sergeant James, de Alexandre Perez I, Philip, de Pierre Zandrowicz Notes on Blindness: Into Darkness, de James Spinney e Peter Middleton I Am Rohingya, de Zahra Rasool Oil In Our Creeks, de Zahra Rasool Angest, de Black River Studios MOSTRA GERAÇÃO Altas Expectativas, de Pedro Antonio Paes e Alvaro Campos Encolhi a Professora (Hilfe, ich hab meine Lehrerin geschrumpft), de Sven Unterwaldt Jr. Historietas Assombradas – O Filme, de Victor-Hugo Borges Que Língua Você Fala?, de Elisa Bracher Sobre Rodas, de Mauro D’Addio Yonlu, de Hique Montanari Cabelo Bom,...
Festival do Rio 2017 exibirá número recorde de filmes brasileiros
O Festival do Rio divulgou nesta terça-feira (5/9) a lista dos filmes selecionados para a Première Brasil, a seção competitiva de cinema brasileiro do evento, que vai exibir, em sua 19ª edição, 33 produções inéditas. Serão 22 longas e 11 curtas brasileiros, além de seis filmes fora de competição. O público escolhe o melhor filme nas categorias ficção, documentário e curta, através do voto popular, enquanto um júri oficial elege as demais categorias. O vencedor da Première Brasil leva R$ 200 mil, enquanto o Melhor Filme da mostra Novos Rumos, também competitiva, ganha R$ 100 mil. São valores acima da média das premiações do cinema brasileiro, o que ajuda a explicar porque o evento carioca, originalmente concebido como festival internacional, se tornou o maior festival do cinema brasileiro em quantidade de filmes. São tantas inscrições de produções de qualidade que, neste ano, o evento também espalhou produções nacionais pelas demais seções de sua programação. Assim, serão exibidas ao todo 75 produções brasileiras, sendo 59 longas e 16 curtas. “Nos últimos anos, a Première Brasil ampliou sua grade, abrindo espaço para as mostras Novos Rumos e Retratos. Este ano, a qualidade dos filmes e a diversidade de temas abordados nos levou a selecionar filmes brasileiros para outras mostras do Festival do Rio, como Panorama, Midnight, Itinerários Únicos, Fronteiras, Première Latina, Expectativa 2017, Geração’, explicou Ilda Santiago, diretora executiva do Festival, em comunicado. A quantidade de obras nacionais é recorde em eventos de cinema no país. Mas só os 22 longas da Première Brasil já estabelece como o Festival do Rio virou a principal plataforma de lançamentos do mercado. Ao mesmo tempo, o festival está mais compacto, com apenas 11 dias de duração. Neste ano, acontecerá entre 5 a 15 de outubro. A lista das obras em competição incluem “Boas Maneiras”, de Juliana Rojas e Marco Dutra, já premiado no Festival de Locarno, na Suiça, assim como novas obras de outros cineasta interessantes. Vale destacar que, ao contrário de festivais como Cannes, Berlim e Veneza, criticados pelo pouco espaço dado às cineastas femininas, a maioria dos filmes de ficção selecionados na Première Brasil é dirigido ou codirigido por mulheres. Filmes Brasileiros do Festival do Rio 2017 Competição: Ficção “Açúcar”, de Renata Pinheiro e Sérgio Oliveira “Alguma Coisa Assim”, de Esmir Filho e Mariana Bastos “Animal Cordial”, de Gabriela Amaral Almeida “Aos Teus Olhos”, de Carolina Jabor “Boas Maneiras”, de Juliana Rojas e Marco Dutra “Como É Cruel Viver Assim”, de Júlia Rezende “O Nome da Morte”, de Henrique Goldman “Praça Paris”, de Lúcia Murat “Unicórnio”, de Eduardo Nunes Competição: Documentário “Cartas para um Ladrão de Livros”, de Carlos Juliano Barros e Caio Cavechini “Dedo na Ferida”, de Silvio Tendler “Em Nome da América”, de Fernando Weller “Iran”, de Walter Carvalho “Pastor Cláudio”, de Beth Formaggini “Piripkura”, de Mariana Oliva, Renata Terra e Bruno Jorge “SLAM: Voz de Levante”, de Tatiana Lohmann e Roberta Estrela D’Alva Competição: Curtas “Adeus à Carne”, de Júlia Anquier “Alcibíades”, de Breno Nina “O Bagre de Bolas”, de Luiz Botosso e Thiago Veiga “Borá”, de Angelo Defanti “Maria”, de Lucas Pena “Namoro à Distância”, de Carolina Markowicz “Vaca Profana”, de René Guerra Competição: Novos Rumos “A Pparte do Mundo que me Pertence”, de Marcos Pimentel “Amores de Chumbo”, de Tuca Siqueira “Até o Próximo Domingo”, de Evaldo Mocarzel “Copa 181”, de Dannon Lacerda “O Muro”, de Lula Buarque “Vende-se Esta Moto”, de Marcus Faustini Competição: Curtas Novos Rumos “Atrito”, de Diego Lima “Capitão Brasil”, de Felipe Arrojo Poroger “Sandra Chamando”, de João Cândido Zacharias “Tailor”, e Calí dos Anjos Fora de Competição: Ficção “Entre Irmãs”, de Breno Silveira “Gabriel e a Montanha”, de Fellipe Barbosa “Legalize Já!”, de Johnny Araújo e Gustavo Bonafé “Motorrad”, de Vicente Amorim “Zama”, de Lucrecia Martel “BIO”, de Carlos Gerbase Fora de Competição: Documentários “Eu, Pecador”, de Nelson Hoineff “Os 8 Magnificos”, de Domingos de Oliveira “Todos os Paulos do Mundo”, de Gustavo Ribeiro e Rodrigo de Oliveira “Torquato Neto – Todas as Horas do Fim”, de Eduardo Ades e Marcus Fernando Fora de Competição: Curta “O Quebra-cabeça de Sara”, de Allan Ribeiro Retratos “A Vida Extra-Ordinária de Tarso de Castro”, de Leo Garcia e Zeca Brito “Callado”, de Emília Silveira “Clara Estrela”, de Susanna Lira e Rodrigo Alzuguir “Desarquivando Alice Gonzaga”, de Betse de Paula “Fevereiros”, de Marcio Debellian “Henfil”, de Angela Zoé “O Cravo e a Rosa”, de Jorge Farjalla “Querido Embaixador”, de Luiz Fernando Goulart Première Latina “Invisible”, de Pablo Giorgelli (Brasil-Argentina) “Los Territórios”, de Iván Granovsky (Argentina-Brasil-Palestina) “Nadie nos Mire”, de Julia Solomonoff (Argentina-Brasil-Colombia) “O Gato de Havana”, de Dácio Malta “Severina”, de Felipe Hirsch Panorama do Cinema Mundial “A Comédia Divina”, de Toni Venturi “A Última Chance”, de Paulo Thiago “Berenice Procura”, de Allan Fiterman “On Yoga the Architecture of Peace”, de Heitor Dhalia Expectativa “Todas As Razões Para Esquecer”, de Pedro Coutinho Fronteiras “Limpam com Fogo”, de César Vieira, Conrado Ferato e Rafael Crespo “Livres”, de Patrick Granja Mostra Geração “Que Língua Você Fala?”, de Elisa Bracher “Sobre Rodas”, de Mauro D’Addio “Yonlu”, de Henrique Montanari Mostra Geração: Curtas “Caminho dos Gigantes”, de Alois Di Leo “Cabelo Bom”, de Swahili Vidal “Em Busca da Terra sem Males”, de Anna Azevedo Itinerários Únicos “Maria – Não Esqueça que Eu Venho dos Trópicos”, de Francisco C. Martins “O Silêncio É uma Prece”, de Candé Salles “Tudo É Projeto”, de Joana Mendes da Rocha e Patricia Rubano Midnight “Serguei, O Último Psicodélico”, de Ching Lee Midnight: Curta “Sal”, de Diego Freitas
Carros 3 marca época de férias escolares e estreias infantis nos cinemas
A programação de cinema entrou em ritmo de férias escolares. A animação “Carros 3” é o maior lançamento da semana, que ainda conta com pré-estreia ampla do nacional “DPA – O Filme”“, versão de cinema da série “Detetives do Prédio Azul”. O primeiro só não é o lançamento mais infantil da Disney-Pixar, porque “Carros 2” saiu antes. Mas mesmo sem a complexidade de “Divertida Mente”, embute uma mensagem de valorização da autoestima e empoderamento feminino, graças a uma nova personagem coadjuvante, que compensa possíveis engarrafamentos no pedágio das bilheterias. “DPA – O Filme” só estreia oficialmente na semana que vem, mas já ocupa mais telas que os demais filmes da semana. Historinha para o público da série do canal Gloob e das reprises de “Os Feiticeiros de Waverly Place” no canal Disney, o filme mostra bruxos bonzinhos, crianças com lupas, varinhas que soltam raios e outras mágicas. Na trama, após uma festa de bruxos adultos (mas censura livre), o prédio azul aparece com múltiplas rachaduras e os detetives mirins do Gloob decidem desvendar o mistério. A direção é de André Pellenz (“Minha Mãe É uma Peça – O Filme”) e o elenco é repleto de atores da Globo. O maior destaque do circuito limitado é outra estreia nacional, “Fala Comigo”, de Felipe Sholl. Vencedor do último Festival do Rio – além de Melhor Filme, também rendeu o prêmio de Melhor Atriz para Karine Teles – , conta a história de Diogo (Tom Karabachian), um adolescente de 17 anos que desenvolve o fetiche de se masturbar enquanto telefona para as pacientes da mãe terapeuta (Denise Fraga). Uma dessas pacientes é Angela, de 43 anos, com quem Diogo passa a se relacionar. Foi o papel que deu a Karine Teles o troféu Redentor. Apesar de ser um trabalho de diretor estreante, Sholl não é exatamente um novato. Ele já exibiu curta no Festival de Berlim e tem uma filmografia interessante como roteirista. Seu roteiro de “Hoje” (2011) venceu o troféu Candango no Festival de Brasília. Também escreveu o filme que, para a Pipoca Moderna, foi o melhor lançamento brasileiro de 2015, “Casa Grande”, além de “Histórias que Só Existem Quando Lembradas” (2011) e “Trinta” (2014). Os cinemas de perfil cineclubista ainda recebem quatro lançamentos europeus, um drama argentino e dois documentários. Três longas são franceses e tiveram première no Festival Varilux. “Julho Agosto” é o mais convencional, uma comédia sobre família, em que duas irmãs adolescentes passam as férias com os pais divorciados, em meses alternados, e descobrem que a vida continua. “Tour de France” também foca o lugar-comum, com mais um papel de velho racista, reacionário e impertinente que Gerard Depardieu faz o público achar adorável. E “A Vida de uma Mulher” leva às tela uma nova adaptação do primeiro romance de Guy de Maupassant. O diretor Stéphane Brizé busca rever o papel submisso da protagonista, presa num casamento sem amor no século 18, ecoando o fato de que contextos mudam conforme as épocas. Venceu o prêmio da crítica no Festival de Veneza. O português “Cartas da Guerra” é o lançamento limitado que chama mais atenção. Não só pela fotografia em preto e branco belíssima, mas porque chega legendado, mostrando como o cinema luso soa estranho no Brasil, que fala o mesmo idioma. A questão ganha ainda mais proporção por o filme de Ivo Ferreira se passar em Angola, país que buscava sua própria identidade durante um período que os brasileiros deveriam conhecer melhor: os últimos anos da colonização portuguesa na África. A produção ganhou diversos prêmios em Portugal. “O Futuro Perfeito” lida de outra forma com a questão do idioma e do conflito cultural, ao acompanhar a vida de uma jovem imigrante chinesa, recém-chegada na Argentina. A dificuldade com a língua estrangeira é traduzida por diálogos de espanhol primário, que aproximam a história de uma fábula infantil. Por fim, os dois documentários são “A Luta de Steve”, sobre um astro do futebol americano que começa a sofrer os efeitos da paralisia e resolve filmar um diário para seu filho, perdendo os movimentos na medida em que o menino aprende a andar, e “Gatos”, sobre gatos de rua de Istambul, que viram “personagens” com nomes e aventuras próprias – quase como uma ficção da Disney. Clique nos títulos em destaque dos filmes para assistir aos trailers de todas as estreias da semana.










