“Mussum: O Filmis” ganha trailer com detalhes da história do eterno Trapalhão
A Globo Filmes divulgou o trailer de “Mussum: O Filmis”, que mostra Aílton Graça (“Galeria do Futuro”) como o sambista e comediante. A prévia mostra vários momentos importantes da vida de Antônio Carlos, desde o momento em que virou Mussum, batizado por Grande Otelo, até a origem de sua marca registrada, as palavras terminadas em “is”, por recomendação de Chico Anysio na “Escolinha do Professor Raimundo”, sem esquecer de sua entrada em “Os Trapalhões”. Grande vencedor do Festival de Gramado deste ano, o longa venceu seis troféus, incluindo Melhor Filme, Ator (Aílton Graça) e Ator Coadjuvante (Yuri Marça, que vive o Trapalhão na adolescência). A cinebiografia também traz Cacau Protásio (“Vai que Cola”) e Neuza Borges (ambas de “Juntos e Enrolados”) no papel de Dona Malvina, a mãe de Mussum, além de Vanderlei Bernardino (“Sintonia”) como Chico Anysio e Gero Camilo (“Manhãs de Setembro”) como Renato Aragão. O filme adapta o livro “Mussum Forévis: Samba, Mé e Trapalhões”, de Juliano Barreto. Quem assina o roteiro é Paulo Cursino, que escreveu as franquias “De Pernas pro Ar” (2010) e “Até que a Sorte nos Separe” (2012). Já a direção está a cargo do ator Silvio Guindane (“Segunda Chamada”), que estreia em longas-metragens. A estreia vai acontecer em 2 de novembro.
“Mussum, o Filmis” vence o Festival de Gramado
A cinebiografia “Mussum, o Filmis” foi o grande vencedor do Festival de Gramado de 2023, conquistando o Kikito de Melhor Filme na premiação da noite de sábado (19/8) na serra gaúcha. Emoção do elenco O filme que dramatiza a história de Antônio Carlos Bernardes Gomes, o Mussum de “Os Trapalhões”, também premiou Ailton Graça como Melhor Ator por retratar o humorista e fundador do grupo Originais do Samba. Ao receber o troféu, ele não conseguiu segurar as lágrimas. “Meu primeiro”, disse o ator, que nunca havia ganhado um prêmio em sua carreira. Ao todo, o primeiro longa-metragem dirigido pelo ator Silvio Guindane venceu seis troféus, inclusive de Melhores Atores Coadjuvantes para Yuri Marçal, intérprete de Carlinhos, a versão jovem de Mussum, e Neusa Borges. Marçal fez um discurso emocionado que levantou a platéia. “Realmente é muito difícil de falar, eu não esperava de forma alguma por isso, mas eu não pretendo ser nem um pouco modesto”, começou o ator. “Na [faculdade de] Teatro e TV, em 2013, assim que eu estava para me formar eu ouvi a frase de um diretor que falou assim: ‘Eu tenho muita gente aqui querendo se formar, muita gente querendo ser ator. Mas uma das pessoas que eu tenho certeza que nunca vai poder ser é você, Yuri”, relatou, emocionado. Afirmando que decidiu enfrentar o desafio, desabafou: “A mensagem do filme que mais me emocionou é uma que o Mussum fala no final […] onde ele conta sobre a mãe dele ter lutado a vida inteira para ele poder ter oportunidade. Então, quero agradecer neste momento à minha mãe, que eu sei que ela, mesmo sem estudo, batalhou muito para eu ter a oportunidade de fazer o que quiser, de eu poder ter o direito de escolha”, contou, ovacionado pela plateia. A lista de troféus recebidos pelo “Filmis”, que estreia em 2 de novembro nos cinemas, completa-se com o Kikito de Melhor Trilha Sonora para Max de Castro e o prêmio de Melhor Filme na votação do Júri Popular. Os demais prêmios Entre os outros filmes, apenas dois foram premiados. E o campeão de troféus foi o cineasta Petrus Cariry, que ficou com três Kikitos por “Mais Pesado É o Céu”: Melhor Direção, Melhor Fotografia e Melhor Montagem (prêmio que dividiu com Firmino Holanda). Para completar, o filme rendeu à atriz Ana Luiza Rios um Prêmio Especial do Júri. O Kikito de Melhor Atriz ficou com Vera Holtz por “Tia Virgínia”, de Fábio de Meira, que também recebeu os troféus de Melhor Roteiro (para Meira), Direção de Arte, Desenho de Som e do Júri da Critica. Nas premiações específicas para filmes gaúchos, “Hamlet”, de Zeca Brito, incluindo Filme, Direção e Ator (para Frederico Restori), enquanto “Anhangabaú”, de Lufe Bollini, levou o Kikito de Melhor Longa-metragem Documental. A edição do Festival de Cinema de Gramado foi marcada pela morte da atriz Léa Garcia na terça feira (25/8), que seria homenageada no evento aos 90 anos. A atriz receberia no dia seguinte à sua morte o troféu Oscarito pela sua contribuição ao cinema nacional. O prêmio acabou entregue a seu filho, Marcelo, juntando-se aos quatro Kikitos que a atriz recebeu em vida. Lista de vencedores Confira abaixo a lista de longas premiados no 51º Festival de Cinema de Gramado. Longas-metragens Brasileiros Melhor Filme: “Mussum, O Filmis”, de Silvio Guindane Melhor Direção: Petrus Cariry, por “Mais Pesado é o Céu” Melhor Ator: Aílton Graça, por “Mussum, O Filmis” Melhor Atriz: Vera Holtz, por “Tia Virgínia” Melhor Roteiro: Fábio Meira, por “Tia Virgínia” Melhor Fotografia: Petrus Cariry, por “Mais Pesado é o Céu” Melhor Montagem: Firmino Holanda e Petrus Cariry, por “Mais Pesado é o Céu” Melhor Trilha Musical: Max de Castro, por “Mussum, O Filmis” Melhor Direção de Arte: Ana Mara Abreu, por “Tia Virgínia” Melhor Atriz Coadjuvante: Neusa Borges, por “Mussum, O Filmis” Melhor Ator Coadjuvante: Yuri Marçal, “Mussum, O Filmis” Melhor Desenho de Som: Rubem Valdés, por “Tia Virgínia” Prêmio Especial do Júri: Ana Luiza Rios de “Mais Pesado é o Céu” Júri da Crítica: “Tia Vírginia”, de Fábio Meira Júri Popular: “Mussum, O Filmis”, de Silvio Guindane Longas-metragens Gaúchos Melhor Filme: “Hamlet”, de Zeca Brito Melhor Direção: Zeca Brito, por “Hamlet” Melhor Ator: Frederico Restori, por “Hamlet” Melhor Atriz: Carol Martins, por “O Acidente” Melhor Roteiro: Marcelo Ilha Bordin e Bruno Carboni, de “O Acidente” Melhor Fotografia: Bruno Polidoro, Joba Migliorin, Lívia Pasqual e Zeca Brito, por “Hamlet” Melhor Direção de Arte: Richard Tavares, de “O Acidente” Melhor Montagem: Jardel Machado Hermes, de “Hamlet” Melhor Desenho de Som: Kiko Ferraz, Ricardo Costa e Cristian Vaz, por “Céu Aberto” Melhor Trilha Musical: Rita Zart e Bruno Mad, por “Céu Aberto” Júri Popular: “Sobreviventes do Pampa”, de Rogério Rodrigues Longas-metragens Documentais Melhor Filme: “Anhangabaú”, de Lufe Bollini
Festival de Gramado inicia 51ª edição com várias novidades
Um dos mais tradicionais festivais de cinema no Brasil, o Festival de Gramado, inicia sua 51ª edição neste sábado (12/8), com uma programação repleta de atrações e novidades. Este ano, os organizadores do festival apostam em uma programação em diferentes formatos. A ausência de filmes estrangeiros, que faziam parte do line-up do festival desde 1992, marca uma seleção totalmente nacional, com reforço na seleção de documentários, que disputarão prêmios exclusivos. Além disso, pela primeira vez, haverá o lançamento de uma série: “Cangaço Novo”, que estreia na Amazon Prime Video no dia 19. Filme de abertura A abertura do evento traz a exibição fora de competição do documentário “Retratos Fantasmas”, dirigido por Kleber Mendonça Filho, que narra a história do centro da cidade do Recife, com foco nos cinemas de rua que marcaram o local ao longo do século 20. Além da celebração da cinefilia, também aborda questões políticas e culturais, como o constante assédio da especulação imobiliária nas grandes cidades brasileiras – tema que Mendonça abordou num de seus filmes mais conhecidos, “Aquarius”, estrelado por Sonia Braga em 2016. O documentário, que foi aplaudido de pé no Festival de Cannes e selecionado para o Festival de Toronto, será seguido pela exibição de curtas e do longa “Angela”, de Hugo Prata, na mostra competitiva. Cinebiografia de Ângela Diniz “Angela” é uma cinebiografia de Ângela Diniz, estrelada por Isis Valverde. A socialite mineira foi vítima de feminicídio em 1976, em um caso que chocou o Brasil. O crime cometido por Raul “Doca” Street tornou-se um divisor de águas no movimento feminista e no Direito brasileiros. Durante o julgamento do assassino, que deu quatro tiros no rosto da companheira, a defesa alegou “legítima defesa da honra” para tentar absolvê-lo do caso. Ele alegou ter matado “por amor”. O argumento gerou polêmica. Militantes feministas organizaram um movimento cujo slogan – “quem ama não mata” – tornou-se, anos mais tarde, o título de uma minissérie da Globo. Até o grande poeta Carlos Drummond de Andrade (1902-1987) se manifestou: “Aquela moça continua sendo assassinada todos os dias e de diferentes maneiras”, referindo-se à estratégia da defesa de culpabilizar Angela Diniz por seu próprio assassinato. A tese da “legítima defesa da honra” constava no Código Penal da época, mas mesmo assim Doca Street foi condenado a 15 anos de prisão. Na década seguinte, a nova Constituição, elaborada ao fim da ditadura, acabou com essa desculpa para o feminicídio, mas só agora, em agosto de 2023, o STF (Supremo Tribunal Federal) a tornou oficialmente inconstitucional. Outros títulos em destaque A lista de produções selecionadas também incluem outra cinebiografia: “Mussum — O Filmis”, dirigido por Sílvio Guindane, que traz Ailton Graça como o músico e comediante Mussum, um dos integrantes do grupo Os Originais do Samba e do humorístico “Os Trapalhões”. A mostra competitiva de ficção ainda traz “Uma Família Feliz”, thriller dirigido por José Eduardo Belmonte e estrelado por Grazi Massafera, “O Barulho da Noite”, drama do Tocantins sobre infância roubada, dirigido por Eva Pereira, “Mais Pesado É o Céu”, novo drama de Petrus Cariry, e “Tia Virgínia”, de Fabio Meira e estrelado por Vera Holtz. Homenagens femininas Em um feito inédito, a edição de 2023 do Festival de Gramado vai homenagear exclusivamente mulheres que contribuíram significativamente para o cinema brasileiro. A produtora Lucy Barreto receberá o Troféu Eduardo Abelin, a atriz Ingrid Guimarães será agraciada com o Troféu Cidade de Gramado, Laura Cardoso e Léa Garcia serão homenageadas com o Troféu Oscarito, e Alice Braga contemplada com o Troféu Kikito de Cristal. Lucy Barreto, mineira de Uberlândia, é uma das produtoras mais ativas do cinema brasileiro. Com uma carreira que remonta ao final dos anos 1960, Barreto é reconhecida por sua contribuição à indústria audiovisual nacional e internacional, tendo produzido importantes obras do cinema brasileiro como “Dona Flor e Seus Dois Maridos” (1976), “O Quatrilho” (1995), e “Flores Raras” (2013). Com uma carreira de mais de 35 anos e inúmeros sucessos no teatro e na televisão, Ingrid Guimarães foi responsável por uma revolução comerial no cinema nacional com a trilogia “De Pernas Pro Ar” (2010-2019), um dos maiores sucessos cinematográficos do século, além de ter participado do primeiro “Minhã Mãe É uma Peça” (2013) e de comédias como “Fala Sério, Mãe” (2017), que consolidaram seu nome entre os mais populares do cinema brasileiro. A veterana atriz Laura Cardoso, de 95 anos e mais de sete décadas dedicadas à atuação, é uma pioneira na televisão brasileira. Estreou em 1952 e coleciona prêmios até hoje. No cinema, participou de clássicos como “Corisco, O Diabo Loiro” (1968), “Tiradentes, O Mártir da Independência” (1977) e “Terra Estrangeira” (1995). Seu trabalho mais recente é a comédia “De Perto Ela Não é Normal” (2020). Também com vasta experiência, Léa Garcia está com 90 anos e soma mais de 100 produções no cinema, teatro e televisão. Peça fundamental na quebra da barreira dos personagens até então destinados a atrizes negras, ela se destacou em novelas como “Selva de Pedra” (1972), “Escrava Isaura” (1976), “Xica da Silva” (1996) e “O Clone” (2001). Além disso, já foi premiada no próprio Festival de Gramado com “Filhas do Vento” (2004) e os curtas “Hoje tem Ragu” (2008) e “Acalanto” (2013). Mais jovem da lista, aos 40 anos Alice Braga é mais vista em Hollywood que no Brasil. Sobrinha da famosa Sonia Braga, ela estourou com “Cidade de Deus” (2002) e, desde então, já participou de 40 produções, atuando ao lado de nomes como Will Smith, Anthony Hopkins, Margot Robbie, Ben Affleck e Matt Damon. Mas nem por isso abandonou a terra natal, encontrando tempo para filmar obras como “Entre Idas e Vindas” (2016) e “Eduardo e Mônica” (2020). O Festival de Gramado acontece até o próximo dia 19, quando serão entregues os troféus Kikitos.
Isis Valverde troca novelas por filmes e séries
A atriz Isis Valverde, conhecida por seus papéis marcantes em novelas da Globo, anunciou que vai fazer uma pausa em sua carreira nas telenovelas para se dedicar a outros projetos. A artista, que se desvinculou oficialmente da emissora em 2022, compartilhou seus planos futuros em uma sessão de perguntas e respostas com seus fãs no Instagram. “Vou deixar vocês apreciarem uma outra versão de Isis, em séries e filmes”, declarou a atriz. Projetos futuros Isis terminou em dezembro de gravar um filme sobre a socialite Ângela Diniz. Ela vive a protagonista em “Ângela”, que tem direção de Hugo Prata (“Elis”) e première prevista para o Festival de Gramado deste ano. A atriz, que hoje se divide entre o Brasil e os EUA, também mencionou que tem dois projetos de séries em seu horizonte. Entretanto, ela optou por não revelar mais informações sobre essas obras, planejadas para o próximo ano. Com isso, ela deu a entender que, por enquanto, seu plano é focar em séries e filmes, sem voltar às novelas tão cedo – se voltar.
Festival de Gramado homenageará cinco mulheres importantes do cinema brasileiro
Em um feito inédito, a edição de 2023 do Festival de Gramado vai homenagear exclusivamente mulheres que contribuíram significativamente para o cinema brasileiro. A produtora Lucy Barreto receberá o Troféu Eduardo Abelin, a atriz Ingrid Guimarães será agraciada com o Troféu Cidade de Gramado, Laura Cardoso e Léa Garcia serão homenageadas com o Troféu Oscarito, e Alice Braga contemplada com o Troféu Kikito de Cristal. A presidente da Gramadotur, Rosa Helena Volk, enalteceu o protagonismo feminino no setor. “Pela primeira vez na nossa história estamos entregando todas as nossas honrarias a mulheres. Assim, refletimos sobre as diversas gerações de mulheres que construíram e constroem o cinema no Brasil”, afirmou Volk. Lucy Barreto, mineira de Uberlândia, é uma das produtoras mais ativas do cinema brasileiro. Com uma carreira que remonta ao final dos anos 1960, Barreto é reconhecida por sua contribuição à indústria audiovisual nacional e internacional, tendo produzido importantes obras do cinema brasileiro como “Dona Flor e Seus Dois Maridos” (1976), “O Quatrilho” (1995), e “Flores Raras” (2013). Por sua vez, a atriz Ingrid Guimarães tornou-se uma das atrizes mais populares do Brasil. Natural de Goiânia, ela acumula uma carreira de mais de 35 anos, com inúmeros sucessos no teatro, na televisão e no cinema. Ingrid foi responsável por uma revolução no cinema nacional, com a trilogia “De Pernas Pro Ar” (2010-2019), um dos maiores sucessos cinematográficos do século, além de ter participado do primeiro “Minhã Mãe É uma Peça” (2013) e de comédias como “Fala Sério, Mãe” (2017), que consolidaram seu nome entre os mais populares do cinema brasileiro. A veterana atriz Laura Cardoso, de 95 anos e mais de sete décadas dedicadas à atuação, é uma pioneira na televisão brasileira. Estreou em 1952 e coleciona prêmios até hoje. No cinema, participou de clássicos como “Corisco, O Diabo Loiro” (1968), “Tiradentes, O Mártir da Independência” (1977) e “Terra Estrangeira” (1995). Seu trabalho mais recente é a comédia “De Perto Ela Não é Normal” (2020). Também com vasta experiência, Léa Garcia está com 90 anos e soma mais de 100 produções no cinema, teatro e televisão. Peça fundamental na quebra da barreira dos personagens até então destinados a atrizes negras, ela se destacou em novelas como “Selva de Pedra” (1972), “Escrava Isaura” (1976), “Xica da Silva” (1996) e “O Clone” (2001). Além disso, já foi premiada no próprio Festival de Gramado com “Filhas do Vento” (2004) e os curtas “Hoje tem Ragu” (2008) e “Acalanto” (2013). Mais jovem da lista, aos 40 anos Alice Braga é mais vista em Hollywood que no Brasil. Sobrinha da famosa Sonia Braga, ela estourou com “Cidade de Deus” (2002) e, desde então, já participou de 40 produções, atuando ao lado de nomes como Will Smith, Anthony Hopkins, Margot Robbie, Ben Affleck e Matt Damon. Mas nem por isso abandonou a terra natal, encontrando tempo para filmar obras como “Entre Idas e Vindas” (2016) e “Eduardo e Mônica” (2020). As homenageadas receberão suas honrarias durante a 51ª edição do Festival de Cinema de Gramado, em uma celebração à contribuição feminina à indústria do cinema.
Carlos Alberto Prates Correia, diretor de “Cabaré Mineiro”, morre aos 82 anos
O diretor Carlos Alberto Prates Correia, renomado cineasta e um dos principais nomes do cinema mineiro das últimas décadas, faleceu na madrugada de domingo (28/5) no Rio de Janeiro, vítima de uma parada cardíaca aos 82 anos. Entre seus trabalhos mais bem sucedidos, estão os filmes “Cabaré Mineiro” (1980), vencedor do Festival de Gramado, e “Noites do Sertão”(1984), que rendeu vários prêmios à atriz Débora Bloch. O cineasta deu início a carreira como crítico de cinema no extinto jornal Diário de Minas, antes de se tornar assistente de direção no longa “O Padre e a Moça” (1965), de Joaquim Pedro de Andrade, que marcou a estreia do ator Paulo José no cinema. Na década de 1960, um período de efervescência cultural no Brasil, o cineasta fundou o Centro Mineiro de Cinema Experimental (Cemice) em Belo Horizonte, reunindo um grupo de amigos apaixonados pela arte cinematográfica. Com o Cemice, Correia produziu “O Milagre de Lourdes” (1965), filme sobre um padre corrupto em conflito com seus fiéis, que se refugiava nos bordéis da Rua Guaicurus, local icônico da cidade. Em 1966, Correa partiu para o Rio de Janeiro, epicentro da produção cinematográfica na época, onde dirigiu o episódio “Guilherme”, da antologia “Os Marginais” (1966), de Moisés Kendler, também com Paulo José. Em seguida, ele trabalhou novamente com o ator no clássico “Macunaíma” (1969), dirigido por Joaquim Pedro de Andrade, como assistente de direção. Após as experiências em projetos renomados, Correia assumiu a direção de seu primeiro longa “Crioulo Doido” (1970). Ambientado em Sabará, o filme narrava a história de Florisberto, um alfaiate humilde que busca ascender socialmente e acaba envolvendo-se em negócios ilícitos, como agiotagem e jogo do bicho. Neste período, ele ainda atuou como produtor nos filmes “Os Inconfidentes” (1972) e “Guerra Conjugal” (1974), ambos do colega Joaquim Pedro de Andrade, e “Vai Trabalhar, Vagabundo” (1973), de Hugo Carvana. Além disso, colaborou com o cineasta Cacá Diegues nos longas “Quando o Carnaval Chegar” (1972) e “Joana Francesa” (1975). Só clássicos absolutos. Por conta desse trabalho, Correio levou seis anos para dirigir seu segundo longa. Lançado em 1976, “Perdida” retratava o dilema de uma mulher indecisa entre o subemprego e a prostituição. Em seguida, vieram os aclamados “Cabaret Mineiro” (1980) e “Noites do Sertão” (1984). Estrelado por Nelson Dantas, “Cabaret Mineiro” acompanha as aventuras de um sertanejo pelo interior de Minas Gerais, explorando elementos culturais da região, como a culinária, as danças tradicionais e a literatura de Guimarães Rosa. O filme recebeu diversos prêmios no Festival de Gramado de 1981, incluindo Melhor Filme, Melhor Direção, Melhor Fotografia, Melhor Ator (Nelson Dantas), Melhor Trilha Sonora (Tavinho Moura) e Melhor Atriz Coadjuvante (Tânia Alves). Naquele mesmo ano, o cineasta decidiu fazer a adaptação da cinematográfica da novela “Buriti”, escrita por Guimarães Rosa. O resultado foi “Noites do Sertão”, que consagrou Débora Bloch com prêmios nos festivais de Gramado, Brasília e até em Cartagena, na Colômbia. Em seguida, Correia dirigiu “Minas-Texas” (1989), que retratava a relação tumultuada entre uma jovem romântica e um peão. Andrea Beltrão venceu o prêmio de Melhor Atriz no Festival de Brasília pelo papel principal do filme, que compõe com “Cabaré Mineiro” e “Noites do Sertão” a trilogia sertaneja do diretor. Entretanto, a carreira do diretor sofreu com a extinção da Embrafilme no ano de 1990, por decisão do governo Collor, que o deixou longe das telas por 18 longos anos. Foi apenas em 2007 que o cineasta retornou para se despedir com seu último longa, “Castelar e Nelson Dantas no País dos Generais”, também vencedor do Festival de Gramado. Depois disso, nunca mais voltou às telas, vivendo uma vida reclusa no Rio de Janeiro. Prates Correia deixa a mulher Margarida e o filho João.
Filme sobre violência na Amazônia, “Noites Alienígenas” vence Festival de Gramado
O Festival de Cinema de Gramado consagrou “Noites Alienígenas” como vencedor de sua 50ª edição, em cerimônia que aconteceu na noite de sábado (20/8) na serra gaúcha. O longa de Sérgio de Carvalho venceu seis Kikitos, incluindo Melhor Filme e três troféus de atuação, divididos entre Gabriel Knoxx (Melhor Ator), Chico Diaz (Melhor Ator Coadjuvante) e Joana Gatis (Melhor Atriz Coadjuvante), além de uma Menção Honrosa para Adanilo Reis. Premiado também pela crítica, a coleção de Kikitos foi um grande reconhecimento à primeira produção do Acre exibida no festival, em seus 50 anos de existência. Com tema bastante atual e relevante, o filme aborda o impacto da chegada das facções criminosas do sudeste do Brasil na Amazônia, ameaçando a vida local. Já o troféus de Melhor Direção e Atriz ficaram com “A Mãe” e sua intérprete, Marcélia Cartaxo. O drama de Cristiano Burlan acompanha uma mãe solo da periferia de São Paulo que, ao voltar para casa à noite e não encontrar seu filho adolescente, inicia uma busca que ameaça a tranquilidade dos traficantes locais. O Prêmio do Público ficou com “Marte Um”, que além disso venceu um Prêmio Especial do Júri e os Kikitos de Melhor Roteiro e Trilha Sonora. O filme de Gabriel Martins acompanha uma família de periferia que tenta viver seus sonhos num país que acaba de eleger como presidente um homem que representa o contrário de tudo que eles são. O júri do festival ainda reconheceu a qualidade técnica de Tinnitus, de Rui Poças, premiado nas categorias de Fotografia, Montagem e Direção de Arte. A produção narra a história de uma atleta de Saltos Ornamentais que sofre uma crise de tinnitus (zumbido no ouvido) e cai do trampolim. Afastada do esporte, ela troca os saltos por uma pacata vida num aquário, onde trabalha fantasiada de sereia. Os quatro filmes não deram espaço para “A Porta ao Lado”, de Julia Rezende, “O Clube dos Anjos”, de Angelo Defanti, e “O Pastor e o Guerrilheiro”, de José Eduardo Belmonte, que saíram do evento apenas com o certificado de participação. A 50ª edição do evento também inovou com sua primeira competição entre documentários, que premiou “Um Par para Chamar de Meu”, de Kelly Cristina Spinelli. O filme discute temas como solidão e sexualidade na terceira idade, ao mostrar mulheres que pagam para ter um par e continuar dançando em bailes e festas. Uma dessas mulheres é a mãe da diretora. Na competição estrangeira, o destaque foi “9”, coprodução do Uruguai e Argentina dirigida pela dupla Martín Barrenechea e Nicolás Branca. O 9 do título se refere à numeração da camisa de um jogador de futebol de sucesso, que sofre assédio da mídia e a pressão de seu entorno, e procura escapar do inferno em que sua vida se transformou. Venceu os Kikitos de Melhor Longa e Ator Estrangeiro (Enzo Vogrincic). Considerado um grande sucesso, a volta do festival ao seu formato presencial fez a ocupação dos hotéis de Gramado chegar a 90%, conforme o sindicato do setor. Mais de 300 mil pessoas passaram pela cidade durante o evento, de acordo com autoridades. Além das sessões de cinema, o evento foi marcado por homenagens ao diretor Joel Zito Araújo, vencedor do Festival de Gramado de 2004 com “Filhas do Vento”, que recebeu o Troféu Eduardo Abelin, à atriz gaúcha Araci Esteves, vencedora do Festival de Brasília de 1997 por “Anahy de las Misiones”, agraciada com o Troféu Cidade de Gramado, e ao astro Marcos Palmeira, atualmente no ar na novela “Pantanal”. Ele recebeu o Troféu Oscarito por sua carreira, após ter conquistado dois Kikitos no festival gaúcho por seus desempenhos em “Barrela: Escola de Crimes” (1990) e “Dedé Mamata” (1988). Confira abaixo um vídeo do Canal Brasil sobre o grande vencedor e a lista dos premiados do Festival de Cinema de Gramado de 2022. LONGAS BRASILEIROS Melhor Longa (Júri do Festival): “Noites Alienígenas”, de Sérgio de Carvalho Melhor Longa (Júri da Crítica): “Noites Alienígenas”, de Sérgio de Carvalho Melhor Direção: Cristiano Burlan, “A Mãe” Melhor Longa (Júri Popular): “Marte Um”, de Gabriel Martins Melhor Ator: Gabriel Knoxx, “Noites Alienígenas” Melhor Atriz: Marcélia Cartaxo, “A Mãe” Menção Honrosa: Adanilo Reis, “Noites Alienígenas” Prêmio Especial: “Marte Um”, de Gabriel Martins Melhor Ator Coadjuvante: Chico Diaz, “Noites Alienígenas” Melhor Atriz Coadjuvante: Joana Gatis, “Noites Alienígenas” Melhor Fotografia: Rui Poças, “Tinnitus” Melhor Roteiro: Gabriel Martins, “Marte Um” Melhor Montagem: Eduardo Serrano, “Tinnitus” Melhor Direção de Arte: Carol Ozzi, “Tinnitus” Melhor Trilha Musical: Daniel Simitan, “Marte Um” Melhor Desenho de Som: Ricardo Zollmer, “A Mãe” Melhor Documentário: “Um Par para Chamar de Meu”, de Kelly Cristina Spinelli Menção Honrosa para Documentário: “Elton Medeiros: O Sol Nascerá” LONGAS ESTRANGEIROS Melhor Longa (Júri do Festival): “9”, de Martín Barrenechea e Nicolás Branca Melhor Longa (Júri da Crítica): “9”, de Martín Barrenechea e Nicolás Branca Melhor Direção: Néstor Mazzini, “Cuando Oscurece” Melhor Longa (Júri Popular): “La Pampa”, de Dorian Fernández Moris Prêmio Especial: Direção de Arte de Jeff Calmet, “La Pampa” Melhor Ator: Enzo Vogrincic, “9” Melhor Atriz: Anajosé Aldrete, “El Camino Del Sol” Melhor Fotografia: Sergio Armstrong, “Inmersión” Melhor Roteiro: Agustin Toscano, Moisés Sepúlveda e Nicolás Postiglione, “Inmersión” LONGAS GAÚCHOS Melhor Direção: Bruno Gularte Barreto, “5 Casas” Menção Honrosa: Clemente Viscaíno, Por “Despedida”, e Filme “Campo Grande É o Céu” Melhor Longa (Júri Popular): “5 Casas”, de Bruno Gularte Barreto Melhor Ator: Hugo Noguera, “Casa Vazia” Melhor Atriz: Anaís Grala Wegner, “Despedida” Melhor Fotografia: Ivo Lopes Araújo, “Casa Vazia” Melhor Roteiro: Giovani Borba, “Casa Vazia” Melhor Montagem: Vicente Moreno, “5 Casas” Melhor Direção de Arte: Gabriela Burk, “Despedida” Melhor Trilha Musical: Renan Franzen, “Casa Vazia” Melhor Desenho de Som: Marcos Lopes e Tiago Bello, “Casa Vazia” CURTAS BRASILEIROS Melhor Curta (Júri do Festival): “Fantasma Neon”, de Leonardo Martinelli Melhor Curta (Júri da Crítica): “Fantasma Neon”, de Leonardo Martinelli Melhor Direção: Leonardo Martinelli, “Fantasma Neon” Melhor Curta (Júri Popular): “Elemento Tinta”, de Luiz Maudonnet e Iuri Sales Prêmio Canal Brasil: “Fantasma Neon”, de Leonardo Martinelli Menção Honrosa: “Imã de Geladeira”, de Carolen Meneses e Sidjonathas Araújo Prêmio Especial: “Serrão”, de Marcelo Lin Melhor Ator: Dennis Pinheiro, “Fantasma Neon” Melhor Atriz: Jéssica Ellen, “Último Domingo” Melhor Fotografia: Fernando Macedo, “Último Domingo” Melhor Roteiro: Fernando Domingos, “O Pato” Melhor Montagem: Danilo Arenas e Luiz Maudonnet, “O Elemento Tinta” Melhor Direção de Arte: Joana Claude, “Último Domingo” Melhor Trilha Musical: ‘Nhanderekoa Ka´Aguy Porã’, de Coral Araí Ovy e Conjunto Musical La Digna Rabia, “Um Tempo Pra Mim” Melhor Desenho de Som: Alexandre Rogoski, “O Fim da Imagem”
Festival de Gramado começa celebração de 50 anos
O Festival de Gramado, um dos eventos de cinema mais tradicionais do país, começa nessa sexta-feira (12/8) sua 50ª edição, que exibirá, de forma simbólica, 50 filmes entre longas e curtas. Depois de dois anos sem eventos presenciais, o cinquentenário coincide com o retorno ao formato tradicional, que permitirá o festejado desfile de astros e estrelas no tapete vermelho. Na disputa do Kikito de Melhor Longa-Metragem nacional estão títulos de diretores consagrados, que farão sua première nacional na serra gaúcha. Entre eles, destaca-se o novo filme de Cristiano Burlan (diretor de “Antes do Fim”), “A Mãe”, sobre uma mãe solo (Marcélia Cartaxo) que vive na periferia de São Paulo, volta para casa à noite e não encontra seu filho adolescente. Ela inicia uma busca pelo seu filho, ameaçando assim a tranquilidade dos traficantes locais. A seleção também traz “A Porta ao Lado”, novo trabalho de Julia Rezende (de “Depois a Louca Sou Eu”). O filme narra a história de um casal que começa a questionar o próprio relacionamento depois que conhecem vizinhos que vivem um relacionamento aberto. O cineasta Gabriel Martins (“O Nó do Diabo”) apresenta, com seu filme “Marte Um”, a história de uma família que mora na periferia e tenta viver seus sonhos num país que acaba de eleger como presidente um homem que representa o contrário de tudo que eles são. Outro filme que se relaciona com a realidade política atual é “O Pastor e o Guerrilheiro”, de José Eduardo Belmonte (“Alemão”). A trama acompanha a filha ilegítima de um coronel que comete suicídio. Enquanto conhece mais sobre o homem que não a reconheceu como filha, ela descobre que ele foi um torturador durante a ditadura militar no Brasil. “O Pastor e o Guerrilheiro” pode garantir o segundo prêmio para Belmonte, que já foi premiado em Gramado pelo curta “Tepê” (2000). Do extremo do país, vem o filme acreano “Noites Alienígenas”, do diretor Sérgio de Carvalho (“Empate”). Obra de realismo mágico, o filme aborda o impacto da chegada das facções criminosas do sudeste do Brasil na Amazônia. O novo trabalho de Gregório Graziosi (“Obra”), intitulado “Tinnitus”, narra a história de uma atleta de Saltos Ornamentais que sofre uma crise de tinnitus (zumbido no ouvido) e cai do trampolim. Afastada do esporte, ela troca os saltos por uma pacata vida num aquário, onde trabalha fantasiada de sereia. O único novato da lista é o carioca Angelo Defanti, que escreveu a minissérie de true crime “O Caso Evandro” e agora estreia na direção de ficção com “O Clube dos Anjos”, combinação de culinária e suspense baseada no best-seller dos anos 1990 de Luis Fernando Verissimo. Entre os longas-metragens internacionais, destacam-se “El Camino de Sol”, dirigido por Claudia Sainte-Luce (“La caja vacía”), sobre uma mãe que inicia uma busca frenética para recuperar seu filho sequestrado, “O Último Animal”, co-produção brasileira e portuguesa dirigida por Leonel Vieira, cujo primeiro filme, “A Sombra dos Abutres” (1998), foi premiado em Gramado, e “Cuando Oscurece”, filme argentino/uruguaio dirigido por Néstor Mazzini (“Deixe a Noite Pagar por Isso”), sobre uma menina que pensa estar de férias com o pai, mas na verdade foi sequestrada por ele. Cum uma mostra separada de documentários, Gramado ainda vai exibir “Ademã – A Vida e as Notas de Ibrahim Sued”, novo trabalho do documentarista Paulo Henrique Fontenelle, diretor dos elogiados “Loki: Arnaldo Baptista” (2008), “Dossiê Jango” (2013) e “Cássia Eller” (2014). Fontenelle assina a direção desse novo filme ao lado de Isabel Sued Perrin. Além das sessões de cinema, estão marcadas homenagens ao diretor Joel Zito Araújo, vencedor do Festival de Gramado de 2004 com “Filhas do Vento”, que receberá o Troféu Eduardo Abelin, e à atriz gaúcha Araci Esteves, vencedora do Festival de Brasília de 1997 por “Anahy de las Misiones”, agraciada com o Troféu Cidade de Gramado. O Festival de Gramado vai até 20 de agosto, quando serão conhecidos os trabalhos premiados. Confira abaixo a lista completa dos filmes selecionados. Longas-metragens brasileiros “A Mãe”, de Cristiano Burlan “A Porta ao Lado”, de Julia Rezende “Marte Um”, de Gabriel Martins “Noites Alienígenas”, de Sérgio de Carvalho “O Clube dos Anjos”, de Angelo Defanti “O Pastor e o Guerrilheiro”, de José Eduardo Belmonte “Tinnitus”, de Gregório Graziosi Longas-metragens estrangeiros “9” (Uruguai/Argentina), de Martín Barrenechea e Nicolás Branca “Cuando Oscurece” (Argentina/Uruguai), de Néstor Mazzini “El Camino de Sol” (México), de Claudia Sainte-Luce “Inmersión” (Chile), de Nicolas Postiglione “La Boda de Rosa” (Espanha/França), de Iciar Bollain “La Pampa” (Peru/Chile/Espanha), de Dorian Fernández Moris “O Último Animal” (Portugal/Brasil), de Leonel Vieira Longas-metragens gaúchos “Casa Vazia”, de Giovani Borba “Campo Grande é o Céu”, de Bruna Giuliatti, Jhonatan Gomes e Sérgio Guidoux “Despedida”, de Luciana Mazeto e Vinícius Lope “Don Never Raised – Cachorro Inédito”, de Bruno de Oliveira “5 Casas”, de Bruno Gularte Barreto Documentários “Um Lugar para Chamar de Meu”, de Kelly Cristina Spinelli “Ademã – A Vida e as Notas de Ibrahim Sued”, de Isabel Sued Perrin e Paulo Henrique Fontenelle “Elton Medeiros – O Sol Nascerá”, de Pedro Murad “Eu Nativo”, de Ulisses Rocha “O Destino Está na Origem”, de Pedro de Castro Guimarães Curtas-metragens brasileiros “Benzedeira”, de Pedro Olaia e San Marcelo “Deus Não Deixa”, de Marçal Vianna “Fantasma Neon”, de Leonardo Martinelli “Imã de Geladeira”, de Carolen Meneses e Sidjonathas Araújo “Mas Eu Não Sou Alguém”, de Gabriel Duarte e Daniel Eduardo “O Elemento Tinta”, de Luiz Maudonnet e Iuri Salles “O Fim da Imagem”, de Gil Baroni “O Pato”, de Antônio Galdino “Serrão”, de Marcelo Lin “Socorro”, de Susanna Lira “Último Domingo”, de Joana Claude e Renan Barbosa Brandão “Um Tempo pra Mim”, de Paola Mallmann “Solitude”, de Tami Martins e Aron Miranda “Tekoha”, de Carlos Adriano Curtas-metragens gaúchos “A Diferença entre Mongóis e Mongoloide”, de Jonatas Rubert “Apenas para Registro”, de Valentina Ritter Hickmann “Drapo A”, de Alix Georges e Henrique Lahude “Fagulha”, de Jéssica Menzel e Jp Siliprandi “Johann e os Imãs de Geladeira”, de Giordano Gio “O Abraço”, de Gabriel Motta “Madrugada”, de Leonardo da Rosa e Gianluca Cozza “Mby’a Nhendu”, de Gerson Karaí Gomes “Mora”, de Sissi Betina Venturin “Nação Preta do Sul – O curta”, de Nando Ramoz e Gabriela Barenho “Nós que Fazemos Girar”, de Lucas Furtado “Olho por Mim”, de Marcos Contreras “Perfection”, de Guilherme G. Pacheco “Possa Poder”, de Victor Di Marco e Márcio Picoli “Sinal de Alerta Lory F”, de Fredericco Restori “Sintomático”, de Marina Pessato “Tudo Parece em Constante Movimento”, de Cristine de Bem e Canto
Paulo Miklos é escritor surtado no trailer de “Jesus Kid”
A Olhar Distribuição divulgou um novo trailer de “Jesus Kid”, filme escrito e dirigido por Aly Muritiba (premiado no Festival de Veneza por “Deserto Particular”). Baseado no romance homônimo de Lourenço Mutarelli (“O Cheiro do Ralo”), o filme registra o surto de um escritor de westerns de bolso, confinado num hotel e pressionado a criar rapidamente um roteiro cinematográfico sobre sua carreira frustrada. O filme traz Paulo Miklos (“Manhãs de Setembro”) na pele do protagonista, que, em crise de ansiedade, desenvolve paranoia aguda e passa a ver o personagem do filme, o Jesus Kid vivido por Sergio Marone (“Os Dez Mandamentos”), além de vilões por toda a parte. “Jesus Kid” teve sua première virtual no Festival de Gramado do ano passado, quando venceu os troféus de Melhor Direção, Roteiro e Ator Coadjuvante (Leandro Daniel, de “Sentença”). A estreia está marcada para 9 de junho nos cinemas.
Trailer de “A Suspeita” traz Gloria Pires como policial
A Imagem Filmes divulgou o pôster e o trailer de “A Suspeita”, que traz a atriz Gloria Pires como uma policial. A personagem da atriz planeja sua aposentadoria, após começar a manifestar sintomas de Alzheimer. Mas durante a investigação que seria seu último caso, descobre um esquema do qual vira suspeita. Entre os desdobramentos das investigações e os lapsos de memória, ela percebe que terá que lutar por sua vida. Gloria Pires foi premiada como Melhor Atriz no último Festival de Gramado pelo desempenho. “A Suspeita” é a estreia no cinema do diretor Pedro Peregrino (da novela “Órfãos da Terra”) e tem estreia marcada em 14 de abril.
“Carro Rei” vence o Festival de Gramado
O Festival de Gramado anunciou durante a noite de sábado (21/8) os vencedores de sua 49ª edição, que foi realizada de forma híbrida, com a exibição de filmes pelo Canal Brasil e pela internet. O prêmio principal, o Kikito de Melhor Filme, foi para “Carro Rei”, de Renata Pinheiro. A fantasia em que carros manifestam consciência também foi contemplada com as estatuetas de Melhor Trilha Musical (DJ Dolores), Melhor Direção de Arte (Karen Araujo) e Melhor Desenho de Som (Guile Martins), além de um Prêmio Especial do Júri para Matheus Nachtergaele. Já os troféus de Melhor Direção e Roteiro ficaram com Aly Muritiba por “Jesus Kid”. O longa sobre um roteirista de westerns (Paulo Miklos) que surta num hotel rendeu ao cineasta os mesmos Kikitos que ele tinha conquistado com seu filme anterior, “Ferrugem”, no festival de 2018. Um terceiro prêmio do filme foi para Leandro Daniel Colombo, Melhor Ator Coadjuvante. Glória Pires foi premiada como Melhor Atriz por “A Suspeita”, Nando Cunha recebeu o Kikito de Melhor Ator por “O Novelo” e Bianca Byington ficou com o troféu de Atriz Coadjuvante por “Homem Onça”. Entre as produções sul-americanas, o vencedor foi “La Teoría De Los Vidrios Rotos”, uma coprodução entre Brasil, Uruguai e Argentina dirigida por Diego Fernández Pujol. Confira os teasers dos dois filmes mais premiados e logo abaixo a lista completa da premiação de longas-metragens. LONGAS BRASILEIROS Melhor Filme “Carro Rei”, de Renata Pinheiro Melhor Direção Aly Muritiba, por “Jesus Kid” Melhor Ator Nando Cunha, em “O Novelo” Melhor Atriz Glória Pires, em “A Suspeita” Melhor Atriz Coadjuvante Bianca Byington, por “Homem Onça” Melhor Ator Coadjuvante Leandro Daniel Colombo, por “Jesus Kid” Melhor Roteiro Aly Muritiba, por “Jesus Kid” Melhor Fotografia Bruno Polidoro, por “A Primeira Morte de Joana” Melhor Edição Tula Anagnostopoulos, por “A Primeira Morte de Joana” Melhor Trilha Dj Dolores, por “Carro Rei” Melhor Direção de Arte Karen Araújo, por “Carro Rei” Melhor Desenho de Som Guile Martins, por “Carro Rei” Melhor Filme – Votação Popular “O Novelo”, de Claudia Pinheiro Melhor Filme – Votação da Crítica “A Primeira Morte de Joana”, de Cristiane Oliveira Melhor Filme Gaúcho “Cavalo de Santo”, de Carlos Eduardo Caramez e Mirian Fichtner Prêmio Especial do Júri Matheus Nachtergaele LONGAS ESTRANGEIROS Melhor Filme “La Teoría De Los Vidrios Rotos”, de Diego Fernández Pujol Melhor Filme – Votação Popular “La Teoría De Los Vidrios Rotos”, de Diego Fernández Pujol Melhor Filme – Votação da Crítica “Planta Permanente”, Ezequiel Radusky Prêmio Especial do Júri “Planta Permanente”, Ezequiel Radusky
Paulo Miklos é roteirista de western brasileiro no trailer de “Jesus Kid”
A Olhar Distribuição divulgou o pôster e o trailer de “Jesus Kid”, novo filme escrito e dirigido por Aly Muritiba (do filme “Ferrugem” e da série “O Caso Evandro”). Baseado no romance homônimo de Lourenço Mutarelli (“O Cheiro do Ralo”), o filme registra a relutância de um escritor de westerns de bolso, confinado num hotel e pressionado para criar rapidamente um roteiro cinematográfico sobre sua carreira frustrada. O filme traz Paulo Miklos (“Manhãs de Setembro”) na pele do protagonista, que, em crise de ansiedade, desenvolve paranoia aguda e passa a ver o personagem do filme, o Jesus Kid vivido por Sergio Marone (“Os Dez Mandamentos”). “Jesus Kid” faz parte da programação virtual do Festival de Gramado e poderá ser assistido às 21h30 desta quinta-feira (19/8) no Canal Brasil. Ainda não há previsão para seu lançamento comercial.









