Bill Cosby é acusado de drogar e estuprar ex-modelo da Playboy
O veterano comediante americano Bill Cosby recebeu na quinta-feira (1/6) novas acusações de agressão sexual. Desta vez, ele foi acusado de drogar e estuprar uma ex-modelo da Playboy. O caso teria acontecido em 1969. O processo foi movido por Victoria Valentino, de 80 anos, que se valeu de uma nova lei do estado americano da Califórnia. A legislação permite que as vítimas de agressão sexual acionem à Justiça mesmo que os crimes tenham ocorrido há muito tempo. Victoria afirma ter sido abordada por Cosby em um café, quando ela estava chorando pelo afogamento de seu filho de 6 anos. A modelo acrescentou que ele a convidou para ir a um tratamento de Spa com uma amiga, local onde Cosby teria dado comprimidos às garotas durante um jantar, sob alegação de que as pílulas as fariam “se sentirem melhor”. No processo, Victoria relatou que Cosby decidiu levá-las para casa, quando ela desmaiou no caminho. Após recuperar a consciência, a modelo viu o humorista estuprando sua amiga e depois foi forçada a ter relações sexuais. Ela destacou que não conseguiu resistir por conta dos efeitos da droga. O porta-voz do ator, Andrew Wyatt, negou as alegações de Victoria Valentino e disse que o processo foi aberto “sem qualquer prova ou fato”. Em comunicado, ele também condenou as leis de “janela retrospectiva” e frisou que “são uma violação absoluta de todos os direitos constitucionais americanos”. Desde 2014, Bill Cosby recebe acusações de agressão sexual, assédio sexual e estupro de mais de 60 mulheres. Há menores de idade entre as vítimas. O humorista foi uma das primeiras celebridades a enfrentar consequências legais por conta do movimento #MeToo, que denunciou vários abusos na indústria do entretenimento dos EUA. Ele chegou a ser preso entre setembro de 2018 e junho de 2021, condenado por agressões sexuais com sentença de 3 a 10 anos de prisão, por drogar e agredir sexualmente Andrea Constand, ex-funcionária da universidade onde ele estudou, em 2004. Entretanto, foi liberado da prisão após a condenação no caso de Andrea ter sido anulada. Mas, no início deste ano, o comediante voltou a ser considerado culpado por um júri da Califórnia em um caso de abuso sexual de uma adolescente, em 1975. A denúncia também envolveu estupro após fornecimento de entorpecente. Ao todo, mais de 60 mulheres acusaram Bill Cosby de abusos sexuais ocorridos entre 1960 e 2000.
Ator de “That ’70s Show” é considerado culpado e pode pegar 30 anos de prisão por estupro
O ator Danny Masterson, conhecido como o ranzinza Steven Hyde na sitcom “That ’70s Show”, foi considerado culpado na maioria das três acusações de estupro apresentadas contra ele num tribunal de Los Angeles. Após o veredito, a juíza Charlaine Olemdo considerou risco em fuga e fez o ator ser algemado e levado sob custódia nesta quarta-feira (31/5). Este foi o segundo julgamento do caso, após o primeiro ser anulado por falta de unanimidade sobre o veredito. Desta vez, porém, Danny Masterson foi considerado culpado de “estupro forçado” de duas das vítimas identificadas como Jane Does, Jen B e NT. No entanto, após mais de uma semana de deliberações, o júri permaneceu em impasse sobre a terceira acusação, envolvendo Jane Doe #3, também conhecida como Christina B. A próxima audiência sobre moções do caso foi marcada para 4 de agosto, mas ainda não foi marcada uma audiência de sentença. Se pegar pena máxima, Masterson enfrentará até 30 anos de prisão pelas duas acusações de que foi considerado culpado. Masterson ficou sentado sem expressão enquanto os vereditos eram lidos. Segundo informações do Deadline, sua esposa, Bijou Phillips, chorou no tribunal, enquanto familiares e membros da equipe jurídica também ficaram visivelmente abalados. Após a prisão de Masterson, seus ente queridos permaneceram no tribunal em estado de choque. As acusações de agressão sexual se tornaram públicas em 2017. Na época, Masterson se declarou inocente e afirmou que as relações foram consensuais. Apesar disso, a Netflix demitiu o ator da série “The Ranch”, que ele estrelava ao lado do ator Ashton Kutcher – que também foi seu colega de elenco em “That ’70s Show”. Danny Masterson ainda foi o único ator do núcleo central de “That ’70s Show” que não foi convidado a repetir seu papel na continuação “That ’90s Show”, lançada em janeiro na Netflix. Naquele mês, Ashton Kutcher se pronunciou sobre as acusações do ex-colega em entrevista à revista americana Esquire em janeiro deste ano. “Sinto muito por qualquer um que se sinta violado de alguma forma”, disse Kutcher, que é conhecido por participar de iniciativas contra abuso infantil e tráfico sexual. Além do Masterson, a Igreja da Cientologia também desempenhou um papel importante no julgamento. As três acusadoras são ex-cientologistas que afirmam ter sido ameaçadas de excomunhão se fossem à polícia para denunciar seus estupros contra o ator, membro destacado da seita. Em 2004, uma das acusadoras escreveu uma carta ao chefe de justiça internacional da igreja pedindo permissão para denunciar Masterson. Ela disse ter sido encaminhada para um “curso” sobre “pessoas repressivas”, instruída a não usar a palavra “estupro” e a omitir referências a Masterson, sendo ameaçada com uma arma. Esta acusadora acabou concordando em fechar um acordo de confidencialidade de US$ 400 mil, o que a impediu de falar sobre o estupro. Mas foi abordada pela polícia em 2016 e acabou abrindo um processo civil contra o ator, em busca de indenização. Este processo corre em paralelo às queixas criminais.
Armie Hammer não enfrentará acusações de agressão sexual por falta de evidências
O escritório da promotoria de Los Angeles desistiu de levar adiante as acusações de agressão sexual contra Armie Hammer (“Me Chame Pelo Seu Nome”). Após uma longa investigação realizada pelo Departamento de Polícia de Los Angeles (LAPD), o escritório explicou por comunicado que não foi possível comprovar as alegações de estupro feitas contra o ator. Com o pronunciamento, o escritório ressaltou que os casos de agressão sexual são analisados rigorosamente. “Neste caso, os promotores conduziram uma revisão extremamente completa, mas determinaram que, neste momento, não há provas suficientes para acusar o Sr. Hammer de um crime”, esclareceram. Os promotores destacaram a complexidade do relacionamento entre ele e a acusadora como uma das justificativas para o arquivamento. A acusadora, identificada como Effie, procurou a polícia em fevereiro de 2021, alegando ter sido vítima de abusos físicos durante um relacionamento intermitente que durou quatro anos. Effie também afirmou ter sido violentamente estuprada por Hammer em 2017. No entanto, o ator negou todas as acusações feitas contra ele. Encorajadas pelas acusações de Effie, várias outras mulheres decidiram se pronunciar como vítimas dos comportamentos abusivos de Hammer. As acusações incluíam referências a canibalismo e fetiches BDSM (sigla para Bondage, Disciplina, Dominação, Submissão, Sadismo e Masoquismo). Com as declarações, foram compartilhadas imagens de conversas sinistras do ator com as mulheres que o acusaram. Em meio à polêmica, Hammer foi dispensado de sua agência, a reconhecida WME, e foi afastado das produções em que estava envolvido. Na época, ele estava envolvido nas filmagens do longa “Morte do Nilo” (2022). Devido aos altos custos para uma refilmagem, a Disney decidiu não cortá-lo do filme, mas ele não participou da divulgação e a produção foi seu último projeto desde então. Hammer deu sua primeira entrevista sobre a polêmica em fevereiro passado, após mais de um ano em silêncio. Durante a conversa com o boletim Air Mail, ele afirmou que todas as suas relações sexuais tiveram consentimento. O ator também revelou ter pensado em suicídio diante do escândalo. Negando qualquer envolvimento em atividades criminosas, ele criticou a cultura do cancelamento que o fez ser dispensado de vários projetos e encerrou sua carreira – até o momento. Em 2022, o Discovery+ lançou o documentário “House of Hammer” (Casa de Hammer, em tradução livre). Dividida em três partes, a série mergulhou nas acusações contra o ator e explorou o histórico escandaloso de sua família. No Brasil, a produção também está disponível na HBO Max.
Ator de “Sandy & Junior” foi estuprado por macaco em gravações
Wagner Santisteban contou ao podcast “Vênus” que foi estuprado por um chipanzé durante das gravações de “Sandy & Junior”, seriado juvenil exibido no final da década de 1990. Na época do ataque, o artista interpretava Basílio da Guia, um personagem “nerdola” que era zoado por colegas do colégio fictício CEMA. “[Eu era] o nerd zoado. Hoje não existiria esse meu personagem em lugar nenhum. Eu era o bullying, a definição de bullying”, comentou ele. Santisteban então recordou os traumas causados pelo episódio “A Macaca Tá Certa”, exibido na 1ª temporada da série. “Teve um episódio em que uma macaca fugia do circo e ia parar no colégio. Ele [Basílio] olhava para o lado e a macaca estava do lado dele. Passou o episódio inteiro, eu correndo e a macaca correndo atrás de mim”, relatou. Em seguida, o artista detalhou a cena e descreveu o animal: “Era um chimpanzé, um macaco gigante. A macaca chegou com um treinador que tinha cicatrizes. Ela não tinha nenhum dente, ficava na corrente e estava cio. Isso mudou tudo”, afirmou. “Ela só corria atrás de mim para pegar a minha perna e ‘xinxar’ a minha perna. Eu tinha que deixar. […] Fui gravar a cena do armário. Eu estava de costas, e ela me viu pela primeira vez parado. Eu virei, ela começou a me socar a cara. Eu fui tentando sair.” Wagner Santisteban acrescentou que a situação saiu fora do controle por conta da força do animal. “Era um bicho gigante, um macaco muito forte. Começou a arrancar a minha roupa, arrancar tufos de cabelo, me girar. Ela me deixou pelado. Fui literalmente estuprado pela chimpanzé. No final, ela arrancou a minha bota, e eu saí em pânico disso”, contou. “Fui para o hospital, era menor de idade. Tinha 16 anos. Todos ficaram preocupados, eu fiquei um tempo sem trabalhar. Isso foi em Campinas. Cheguei no hospital e as pessoas não sabiam o que fazer. Fiquei bem traumatizado”, concluiu o artista.
Vítima de estupro encontra Polanksi após 46 anos
A escritora Samantha Geimer, que foi vítima de estupro por parte do diretor Roman Polanski quando tinha apenas 13 anos, em 1977, compartilhou uma foto ao lado do cineasta em suas redes sociais. O encontro ocorreu 46 anos após o crime que ainda impede o cineasta de retornar aos Estados Unidos. O registro fotográfico foi feito pelo marido de Samantha, David Geimer, durante um encontro em Paris com Polanski e sua esposa, a atriz Emmanuelle Seigner. A própria Emmanuelle compartilhou a publicação em suas redes sociais. O encontro aconteceu no início de março deste ano, quando Samantha concedeu uma entrevista à Emmanuelle. A entrevista foi publicada pela revista Le Point e trouxe a vítima defendendo seu agressor. Samantha afirmou que o que aconteceu com Polanski nunca foi um grande problema para ela. Ela não tinha conhecimento de que o estupro era ilegal e que alguém poderia ser preso por isso. Apesar do crime que sofreu, ela afirmou estar bem e ter continuado bem após todos esses anos. Samantha ressaltou que o fato de terem feito do caso algo de grande proporção pesa terrivelmente sobre ela. Ter que repetir constantemente que o estupro não foi uma grande coisa é um fardo horrível para a vítima. No entanto, ela afirmou que o encontro com Polanski foi bom e que ela estava feliz em revê-lo após tantos anos. Polanski foi preso em 1977 por ter relações sexuais ilegais com a então menor. Ele aceitou um acordo judicial, cumpriu 42 dias de prisão e, quando o juiz do caso ameaçou voltar atrás no combinado, fugiu dos Estados Unidos para se abrigar na França, seu país natal, evitando a prisão. Desde então, ele é considerado foragido da Justiça dos EUA. Embora seja protegido na França por conta de sua cidadania, ele poderia, em tese, ser preso e extraditado se fosse a outro país. A Justiça dos EUA já tentou isso duas vezes. Ao viajar à Suíça para um festival em 2009, Polanski foi detido e colocado em prisão domiciliar numa propriedade que possui no país. No entanto, o tribunal suíço acabou rejeitando o pedido de extradição e libertou o diretor. Em 2014, houve nova tentativa na Polônia, país da família do cineasta, e o resultado foi o mesmo: o tribunal considerou que a pena já havia sido cumprida. Sobre as tentativas de extradição, Geimer disse que a iniciativa foi “injusta e contrária à justiça”, além de reforçar que Polanski já cumpriu sua sentença. “Da minha parte, ninguém queria que fosse preso, mas ele foi e foi o suficiente. Ele pagou sua dívida com a sociedade. É isso, fim da história. Ele fez tudo o que lhe foi pedido até que a situação ficou fora de controle e ele não teve outra escolha a não ser fugir”, disse na entrevista à Le Point. Com o surgimento do movimento #MeToo nas redes sociais, o caso de Polanski voltou a ser comentado e novas mulheres se apresentaram como supostas vítimas de abusos do diretor nos anos 1970. Em meio a essa controvérsia, Polanski ganhou o Grande Prêmio do Júri no Festival de Cinema de Veneza em 2019 e o César (o Oscar francês) de Melhor Roteiro Adaptado em 2020, por “O Oficial e o Espião”, o que causou repúdio entre influenciadores e imprensa, e “esfriou” a relação entre o diretor e a indústria cinematográfica francesa. Atualmente, Polanski trabalha em um novo filme, “The Palace”, que aguarda lançamento, mas nenhum financiador, produtor ou estúdio francês quis fazer parte da obra, que acabou recebendo apoio da RAI Cinema da Itália. Além disso, o filme não foi incluído na programação do Festival de Cannes deste ano. Ver essa foto no Instagram Uma publicação compartilhada por Emmanuelle Seigner (@emmanuelleseigner)
Ex-Menudo Roy Rosselló diz ter sido estuprado por empresário do grupo
Ex-integrante da boyband porto-riquenha Menudo, Roy Rosselló, revelou que foi abusado sexualmente por Jose Menendez, empresário do grupo. A declaração ocorreu em entrevista para a série documental “Menendez + Menudo: Boys Betrayed” (Menendez + Menudo: Meninos Traídos, em tradução livre). A produção estreia em 2 de maio nos Estados Unidos pelo serviço de streaming Peacock e ganhou seu primeiro trailer nesta terça (18/4). Ainda não há previsão de data para chegar no Brasil. No trailer divulgado, Rosselló afirma que é hora de o mundo saber a verdade. “Eu sei o que ele fez comigo em sua casa”, diz, referindo-se a Menendez. Uma reportagem do programa Today sobre a série revelou que o cantor descreveu uma visita à casa de Menendez em Nova Jersey quando ele tinha 14 anos. Na ocasião, Menendez teria drogado e estuprado Rosselló. A prévia sugere que a declaração do cantor pode mudar a visão do público em relação aos filhos do empresário, que assassinaram os pais em 1989. Os irmãos Lyle e Erik, filhos de Jose Menendez, mataram o empresário e a mãe deles, Mary Louise, em um caso que teve grande repercussão. Em suas defesas, eles declararam que os assassinatos foram motivados por uma vida inteira de abuso sexual por parte de seu pai. Após um julgamento anulado e um impasse do júri, os dois tiveram um novo julgamento e foram condenados em 1996 à prisão perpétua sem liberdade condicional. Os irmão cumprem as penas em prisões na Califórnia e já foram tema de outros programas que abordaram o crime, como “Law & Order True Crime: The Menendez Murders” e “Menendez: Blood Brothers”, que não estão disponíveis no Brasil.
Vítima de estupro de Polanski defende diretor em entrevista à esposa dele
Vítima de estupro cometido por Roman Polanski quando tinha 13 anos, nos anos 1970, Samantha Geimer defendeu o diretor em uma entrevista conduzida pela atriz Emmanuelle Seigner, esposa de Polanski, para a revista francesa Le Point. Esta não é a primeira vez que Geimer fala em favor do cineasta. Em 2017, ela defendeu Polanksi na Justiça dos EUA e ´pediu para o caso ser arquivado. Um ano depois, disse ao site IndieWire que seu encontro com o diretor foi “estupro”, mas que ele já havia pago por suas ações com dias de prisão e décadas de exílio. Para Seigner, Geimer relatou que “o que aconteceu com Polanski nunca foi um grande problema para mim”. Ela disse ainda: “Eu nem sabia que era ilegal, que alguém poderia ser preso por isso. Eu estava bem, ainda estou bem. O fato de termos feito disso algo grande pesa terrivelmente sobre mim. Ter que repetir constantemente que não era grande coisa, é um fardo terrível.” Polanski foi preso em 1977 por ter relações sexuais ilegais com a então menor. Ele aceitou um acordo judicial, cumpriu 42 dias de prisão e, quando o juiz do caso ameaçou voltar atrás no combinado, fugiu dos Estados Unidos para se abrigar na França, seu país natal, evitando a prisão. Desde então, ele é considerado foragido da Justiça dos EUA. Embora seja protegido na França por conta de sua cidadania, ele poderia, em tese, ser preso e extraditado se fosse a outro país. A Justiça dos EUA já tentou isso duas vezes. Ao viajar à Suíça para um festival em 2009, Polanski foi detido e colocado em prisão domiciliar numa propriedade que possui no país. No entanto, o tribunal suíço acabou rejeitando o pedido de extradição e libertou o diretor. Em 2014, houve nova tentativa na Polônia, país da família do cineasta, e o resultado foi o mesmo: o tribunal considerou que a pena já havia sido cumprida. Sobre as tentativas de extradição, Geimer diz que a iniciativa foi “injusta e contrária à justiça”, além de reforçar que Polanski já cumpriu sua sentença. “Da minha parte, ninguém queria que fosse preso, mas ele foi e foi o suficiente. Ele pagou sua dívida com a sociedade. É isso, fim da história. Ele fez tudo o que lhe foi pedido até que a situação ficou fora de controle e ele não teve outra escolha a não ser fugir”, disse à Le Point. Com o surgimento do movimento #MeToo nas redes sociais, o caso de Polanski voltou a ser comentado e novas mulheres se apresentaram como supostas vítimas de abusos do diretor nos anos 1970. Em meio a essa controvérsia, Polanski ganhou o Grande Prêmio do Júri no Festival de Cinema de Veneza em 2019 e o César (o Oscar francês) de Melhor Roteiro Adaptado em 2020, por “O Oficial e o Espião”, o que causou repúdio entre influenciadores e imprensa, e “esfriou” a relação entre o diretor e a indústria cinematográfica francesa. Atualmente, Polanski trabalha em um novo filme, “The Palace”, que aguarda lançamento, mas nenhum financiador, produtor ou estúdio francês quis fazer parte da obra, que acabou recebendo apoio da RAI Cinema da Itália. Além disso, o filme não foi incluído na programação do Festival de Cannes deste ano.
Modelo processa Disney por estupro sofrido em 2001
A modelo e ativista Sara Ziff entrou com uma ação no tribunal civil de Nova York nesta quinta-feira (6/4) alegando que foi estuprada quando adolescente por Fabrizio Lombardo, um ex-executivo da Miramax descrito como o “capanga” de Harvey Weinstein. Além de Lombardo, Ziff também está processando a Miramax e a Disney, alegando que as empresas estavam cientes de que Lombardo e Weinstein usavam seus cargos e influência para atrair mulheres. O processo foi aberto sob a Lei de Sobreviventes Adultos de Nova York, que suspendeu temporariamente a prescrição de violência sexual para vítimas de crimes antigos. “Hoje dei um passo importante para buscar responsabilidade e, finalmente, avançar para a cura. O que aconteceu comigo aos 19 anos foi um momento catalisador para o trabalho da minha vida”, disse Ziff em um comunicado sobre o processo. De acordo com seu processo, Ziff era uma modelo de 19 anos e aspirante a atriz quando conheceu Lombardo em 2001. Seu agente recomendou que ela comparecesse a uma exibição do filme “Falcão Negro em Perigo (2001), em Nova York, com Lombardo, que na época era executivo da Miramax. Na exibição, Lombardo prometeu apresentá-la a Harvey Weinstein, que poderia ajudá-la na carreira de atriz. Segundo o processo, quando chegaram ao hotel, Lombardo a conduziu até a suíte da cobertura. Lá, ela começou a duvidar da situação e, logo em seguida, Lombardo começou a fazer “avanços indesejados” esfregando sua coxa na modelo, enquanto Ziff afastava suas mãos. “Desesperada para impedir que o Sr. Lombardo a tocasse, mas com medo de perder oportunidades profissionais, a Sra. Ziff deixou claro que tinha namorado e não estava interessada nele”, afirma o processo. Revoltado com a rejeição da modelo, Lombardo teria forçado Ziff a deitar na cama e a estuprou enquanto ela gritava que não queria ter relações sexuais com ele. Quando terminou, Lombardo ainda teria dito que “era fantástico que uma garota tão nova achasse um homem da idade dele atraente”. Semanas após o estupro, Lombardo teria convidado Ziff para três reuniões diferentes. Uma delas, inclusive, com Harvey Weinstein e o fotógrafo Patrick Demarchelier. Segundo os laudos do processo, Ziff compareceu às reuniões porque tinha medo que o Sr. Lombardo usasse suas poderosas conexões na indústria para destruir sua carreira, que ainda estava começo. “Lombardo nunca teria sido capaz de estuprar a Sra. Ziff se não fosse por sua posição na Miramax e na Disney”, afirma o processo. A Disney, que era dona da Miramax no período, não respondeu aos pedidos de comentários. Harvey Weinstein também é apontado como réu no processo, assim como os atuais proprietários da Miramax. “Sara Ziff não está acusando Harvey Weinstein de estupro nem alega que houve qualquer má conduta sexual dirigida a ela pelo Sr. Weinstein. Suas alegações de estupro são dirigidas a Fabrizio Lombardo”, disse Imran H. Ansari, advogado de Weinstein. “Sr. Weinstein nega firmemente que tenha qualquer responsabilidade pela suposta conduta de outro”. Na época da suposta agressão de Ziff, Lombardo era amigo próximo de Weinstein e chefe da Miramax na Itália. Weinstein, inclusive, foi padrinho de casamento de Lombardo em 2003. Em 2017, a atriz Asia Argento (“Triplo X”) e as modelos Samantha Panagrosso e Zoë Brock alegaram que Lombardo “arrumava” mulheres para Weinstein, atraindo-as para reuniões privadas com o produtor, que as violou. Argento disse à Variety que, durante o Festival de Cannes de 1997, Lombardo a enganou para que ela fosse ao quarto de Weinstein no Hôtel du Cap-Eden-Roc, onde ela acabou sendo estuprada. A modelo australiana Zoë Brock também afirmou que Lombardo a enganou para ir ao quarto de hotel particular de Weinstein no mesmo festival, onde o magnata do cinema se despiu e a perseguiu pelo quarto. “Acredito que ele era um capanga do Weinstein e responsável por lhe ajudar a conseguir mulheres”, escreveu a modelo em suas redes sociais. Em 2017, o diretor de cinema britânico Nigel Cole (“De Repente é Amor”) tuitou sobre um encontro com Lombardo em um almoço no Festival de Cannes de 2003: “Perguntei a ele o que ele fazia por Harvey e ele respondeu que era o seu cafetão”. Na época das primeiras acusações, Lombardo negou veementemente de que agia como um capanga de Weinstein. Sara Ziff, por sua vez, tem sido uma forte militante na luta pela equidade de gênero no mundo da moda. Em 2012, ela fundou a Model Alliance, um grupo de defesa de melhores condições de trabalho para modelos e trabalhadores da indústria. Disney, Lombardo e Miramax ainda não se pronunciaram sobre as acusações.
Ex de Jojo Todynho revela caso de cantora com Gabriel Monteiro e pode ser preso
A briga entre Lucas Souza e Jojo Todynho segue firme nesta sexta (10/2). Depois de soltar o verbo em seus stories, para revelar que a cantora do hit “Que Tiro Foi Esse?” lhe teria traído com o polêmico Gabriel Monteiro, ex-vereador da cidade do Rio de Janeiro preso em meio a acusações de assédio sexual e estupro, ele foi espalhar fofocas no “Fofocalizando”, do canal SBT. Ao ser questionado se tinha provas da traição de Jojô, o militar disse que não, mas que tinha a sua verdade. “Nosso casamento acabou decorrente de outras coisas. Foram erros, imaturidade, muitas vezes não soube conduzir a situação da melhor maneira. Eu não sou uma pessoa calma, quando estou em momento de nervosismo falo algo que pode machucar a pessoa. Tenho meus defeito assim como ela.” “Eu quero dar a minha versão da minha história e virar essa página, poder seguir a minha vida. Eu não vou contra o que eu sou”, explicou ele. “Tratava ela como rainha e em determinados momentos ela foi abusiva comigo sim”. A própria Jojo assistiu a entrevista, transmitindo tudo numa live, que atingiu o pico de 170 mil pessoas,. Enquanto acompanha o programa, ela repetiu várias vezes que o que Lucas falava era mentira. “Estou me sentindo num filme de Hollywood, a própria Queen Latifah”. Jojo Todynho lembrou que existe uma medida protetiva, lavrada no dia 15 de dezembro e válida por 90 dias, que impede o ex-militar de proferir mentiras com seu nome. Sandro Figueredo, advogado de Gabriel Monteiro, também divulgou um posicionamento sobre as recentes declarações de Lucas Souza, afirmando que a cantora não traiu o marido com o ex-vereador. “As declarações são injuriosas e difamatórias, segundo Sandro. “Sua respeitosa postura de mulher casada jamais permitiu atitudes que a desrespeitassem, não tendo nunca ocorrido um relacionamento íntimo entre Jojo e Gabriel, menos ainda com algum de seus assessores”, diz o comunicado. Lucas ainda deu entrevista à rádio Metropolitana FM, em que disse saber que pode ser processado pela cantora por fazer acusações sem provas e ser preso por estar descumprindo a medida protetiva em vigor que o proíbe de falar da ex-esposa. “Não tenho medo [de ser processado e preso], porque foi tudo o que eu vivi. Eu estou comprando uma guerra que eu tenho certeza que vou sair perdendo”, afirmou.
Filha de Dudu Nobre se manifesta após estupro: “Estou melhorando”
Lily Nobre, filha de Dudu Nobre e Adriana Bombom, usou o stories de seu Instagram para se manifestar após a violência sexual da qual foi vítima no início do mês. No último dia 7, a influencer registrou queixa por estupro de vulnerável na 42ª Delegacia de Polícia do Rio de Janeiro. Lily Nobre teria sido estuprada por um grupo de pessoas enquanto estava em uma festa na Zona Oeste do Rio. Ela havia acabado de comemorar o aniversário de sua mãe e resolveu estender a noite em uma casa na comunidade da Beira Rio, onde o episódio o aconteceu. “Acho que a maioria já sabe o que aconteceu comigo. Foi uma situação horrível. Estou melhor, estou melhorando. Já comecei o meu tratamento psicológico. É muito importante ter uma pessoa acompanhando e ajudando a gente a desabafar cada vez mais. Não quero que a minha vida pare por essa situação. Vou tentar voltar aos pouquinhos”, escreveu a jovem. Ela também comentou porque se afastou das redes sociais. “Eu me afastei esse tempo, porque achei necessário ficar um pouco distante do Instagram e das redes sociais. Não queria cair em armadilhas mentais e fazer besteiras. Queria ficar um pouco com a minha família e com as pessoas que estão me dando todo apoio e suporte possíveis no meu dia a dia.” Mesmo assim, disse que viu as mensagens de apoio, e foi isso que a fez retomar a comunicação nas redes. “Estou passando para agradecer todo mundo que me mandou mensagem de carinho e preocupação. Me senti muito acolhida”, comentou. Ela completou as postagens agradecendo ao público pelo carinho e avisando que “tudo está sendo resolvido”.
Diretor de “Crash – No Limite” é condenado a pagar US$ 10 milhões à vítima de estupro
O cineasta Paul Haggis (“Crash – No Limite”) foi condenado a pagar US$ 2,5 milhões em danos punitivos adicionais à Haleigh Breest, uma profissional de relações públicas que o acusou de abuso sexual. A condenação se soma ao valor de US$ 7,5 milhões concedidos na última quinta (10/11), quando foi originalmente condenado por estupro. Ao todo, o diretor precisará pagar US$ 10 milhões à vítima. Após a sentença, Haggis disse não ter dinheiro para cumprir a sentença e prometeu apelar da decisão do tribunal. “Hoje o júri soube o que os advogados da oposição sabem há anos, que eu gastei todo o dinheiro que tenho à minha disposição”, disse ele do lado de fora do tribunal. “Destruí meu plano de previdência. Eu vivi de empréstimos para pagar este caso em uma crença muito ingênua na justiça. Bem, agora vamos ver o que o tribunal de apelações dirá. Porque nós absolutamente apelaremos. Não posso viver com mentiras como esta. Vou morrer limpando meu nome.” Sua advogada, Priya Chuadhry, completou afirmando que “durante este julgamento, não tivemos permissão para dizer ao júri que o Sr. Haggis está basicamente sem um tostão, e agora o mundo sabe. E estamos ansiosos para limpar o nome dele”. A vítima, Haleigh Breest, não fez comentários fora do tribunal, mas posteriormente seus advogados divulgaram uma declaração. “Após a decisão de sexta-feira de responsabilizar o Sr. Haggis por suas ações, temos o prazer de ver o júri continuar a reconhecer os danos causados à nossa cliente, concedendo-lhe danos punitivos”, disseram os advogados. “A decisão deles envia uma mensagem poderosa de que o comportamento repreensível de Haggis não será tolerado de forma alguma. Estamos orgulhosos de nossa cliente, Haleigh Breest, pela coragem que ela demonstrou ao apresentar este caso e compartilhar publicamente a verdade do que aconteceu com ela. Esperamos que a decisão do júri aqui estabeleça um precedente sobre como outros casos do movimento #MeToo serão decididos daqui para frente.” O julgamento tratou de uma agressão sexual cometida no início de 2013, quando Breest trabalhava assessorando estreias de filmes. Depois de uma festa após a exibição de um filme, Haggis lhe ofereceu uma carona para casa e a convidou para seu apartamento em Nova York para tomar uma bebida. Uma vez dentro do apartamento, Haggis a submeteu a avanços indesejados e, por fim, a obrigou a fazer sexo oral e a estuprou, apesar das súplicas dela pedindo para ele parar. Em sua defesa, Haggis disse que Breest era paqueradora e, embora às vezes seus desejos parecessem “conflitantes”, ela iniciou os beijos e o sexo oral de maneira consensual. Ele disse que não conseguia se lembrar se eles tiveram relações sexuais. Os jurados ficaram do lado de Breest, que disse que sofreu consequências psicológicas e profissionais após seu encontro com Haggis. “Achei que ia pegar carona para casa. Eu concordei em tomar uma bebida. O que aconteceu nunca deveria ter acontecido. Não tinha nada a ver comigo, e tudo a ver com ele e suas ações”, disse ela aos jurados. Outras quatro mulheres também testemunharam que sofreram avanços forçados e indesejados – e, em um caso, estupro – de Haggis em diferentes ocasiões, desde 1996. Nenhuma das quatro entrou com uma ação legal como Breest. “Seu comportamento me mostrou que ele era alguém que nunca iria parar”, testemunhou uma mulher, dizendo que Haggis tentou beijá-la diversas vezes contra sua vontade e até a seguiu para dentro de um táxi e ao seu apartamento em Toronto em 2015. Os advogados do diretor tentaram atacar a credibilidade das acusadoras. Haggis negou todas as acusações e disse aos jurados que as acusações o deixaram abalado. “Estou com medo porque não sei por que essas mulheres – ou por que alguém – mentiriam sobre coisas assim”, disse ele. E sua defesa apresentou aos jurados várias outras mulheres – incluindo sua ex-esposa, a atriz Deborah Rennard – que disseram que Haggis as respeitavam quando elas rejeitavam suas propostas românticas ou sexuais. Durante as três semanas de depoimentos, o julgamento examinou mensagens de texto que Breest enviou a amigos sobre o que aconteceu com Haggis, além de e-mails trocados entre eles antes e depois da noite em questão, e apontou algumas diferenças entre os testemunhos diante do júri e o que registraram os primeiros documentos do tribunal. Além disso, os jurados ouviram extensos testemunhos sobre a Igreja da Cientologia, a religião fundada pelo autor de ficção científica e fantasia L. Ron Hubbard na década de 1950. Haggis foi um adepto da religião por décadas antes de renunciar publicamente e denunciar a Cientologia em 2009. Por meio do testemunho de Haggis e outros ex-membros da Cientologia, sua defesa argumentou que a igreja pretendia desacreditá-lo e poderia ter algo a ver com o processo. Nenhuma testemunha disse que sabia que as acusadoras de Haggis ou os advogados de Breest tinham quaisquer ligações com a Cientologia, e a própria defesa de Haggis reconheceu que Breest não estava envolvida com a religião. Ainda assim, a advogada de Haggis, Priya Chaudhry, procurou persuadir os jurados de que há “pegadas, embora talvez não as impressões digitais, do envolvimento da Cientologia aqui”. Os advogados de Breest chamaram essa linha de defesa de “uma teoria da conspiração vergonhosa e sem respaldo”. O veredicto saiu em meio a outros casos de abuso sexual envolvendo a indústria do entretenimento. Recentemente, outro júri decidiu que Kevin Spacey não abusou sexualmente do ator e então adolescente Anthony Rapp em 1986. Enquanto isso, o ator Danny Masterson e o ex-produtor Harvey Weinstein estão sendo julgados, separadamente, por acusações criminais de estupro em Los Angeles. Ambos negam as acusações, e Weinstein também está apelando de uma condenação em Nova York. Todos os quatro casos foram gerados pelo movimento #MeToo, que revelou os comportamentos abusivos de pessoas poderosas de Hollywood. Breest, em particular, disse que decidiu processar Haggis porque as manifestações públicas que ele fez contra Weinstein a enfureceram: “Esse homem me estuprou e estava se apresentando como um defensor das mulheres para o mundo”, lembrou ela. Além de ter vencido o Oscar de Melhor Filme por “Crash – No Limite” (2004), Haggis também foi responsável pelos roteiros de “Menina de Ouro” (2004), pelo qual foi indicado ao Oscar, “A Conquista da Honra” (2006) e “007: Cassino Royale” (2006), entre muitos outros. Ele também dirigiu os filmes “No Vale das Sombras” (2007), “72 Horas” (2010) e “Terceira Pessoa” (2013) e a minissérie “Show Me a Hero” (2015).
Diretor de “Crash”, vencedor do Oscar, é condenado por estupro
O cineasta Paul Haggis (“Crash – No Limite”) foi condenado nessa quinta (10/11) a pagar pelo menos US$ 7,5 milhões a uma mulher que o acusou de estupro. O júri também decidiu que Haggis precisará pagar por danos punitivos adicionais, mas o valor será decidido em nova audiência pelo juiz do caso. A vítima de Haggis foi Haleigh Breest, uma profissional de relações públicas que o conheceu enquanto trabalhava em estreias de filmes no início de 2010. Depois de uma festa após a exibição de um filme, em janeiro de 2013, Haggis lhe ofereceu uma carona para casa e a convidou para seu apartamento em Nova York para tomar uma bebida. Uma vez dentro do apartamento, Haggis a submeteu a avanços indesejados e, por fim, a obrigou a fazer sexo oral e a estuprou, apesar das súplicas dela pedindo para ele parar. Em sua defesa, Haggis disse que Breest era paqueradora e, embora às vezes seus desejos parecessem “conflitantes”, ela iniciou os beijos e o sexo oral de maneira consensual. Ele disse que não conseguia se lembrar se eles tiveram relações sexuais. Os jurados ficaram do lado de Breest, que disse que sofreu consequências psicológicas e profissionais após seu encontro com Haggis. Ela abriu o processo contra ele no ano de 2017. “Achei que ia pegar carona para casa. Eu concordei em tomar uma bebida. O que aconteceu nunca deveria ter acontecido. E não tinha nada a ver comigo, e tudo a ver com ele e suas ações”, disse ela aos jurados. O veredicto saiu semanas depois que outro júri civil decidiu que Kevin Spacey não abusou sexualmente do ator e então adolescente Anthony Rapp em 1986. Enquanto isso, o ator Danny Masterson e o ex-produtor Harvey Weinstein estão sendo julgados, separadamente, por acusações criminais de estupro em Los Angeles. Ambos negam as acusações, e Weinstein está apelando de uma condenação em Nova York. Todos os quatro casos foram gerados pelo movimento #MeToo, que revelou os comportamentos abusivos de diversas pessoas envolvidas na indústria do entretenimento. Breest, em particular, disse que decidiu processar Haggis porque as manifestações públicas que ele fez contra Weinstein a enfureceram: “Esse homem me estuprou e estava se apresentando como um defensor das mulheres para o mundo”, lembrou ela. Outras quatro mulheres também testemunharam que sofreram avanços forçados e indesejados – e, em um caso, estupro – de Haggis em diferentes ocasiões, desde 1996. Nenhuma das quatro entrou com uma ação legal. “Seu comportamento me mostrou que ele era alguém que nunca iria parar”, testemunhou uma mulher, dizendo que Haggis tentou beijá-la diversas vezes contra sua vontade e até a seguiu para dentro de um táxi e ao seu apartamento em Toronto em 2015. Os advogados do diretor tentaram atacar a credibilidade das acusadoras. Haggis negou todas as acusações e disse aos jurados que as acusações o deixaram abalado. “Estou com medo porque não sei por que essas mulheres, ou por que alguém mentiria sobre coisas assim”, disse ele. E sua defesa apresentou aos jurados várias outras mulheres – incluindo sua ex-esposa, a atriz Deborah Rennard – que disseram que Haggis as respeitavam quando elas rejeitavam suas propostas românticas ou sexuais. Durante as três semanas de depoimentos, o julgamento examinou mensagens de texto que Breest enviou a amigos sobre o que aconteceu com Haggis, além de e-mails entre eles antes e depois da noite em questão, e apontou algumas diferenças entre os testemunhos diante do júri e o que registraram os primeiros documentos do tribunal. Um dos pontos apresentado era se Haggis seria fisicamente capaz de realizar o suposto ataque, oito semanas após uma cirurgia na coluna. Especialistas em psicologia ofereceram perspectivas conflitantes sobre o que se chamou de equívocos generalizados sobre o comportamento das vítimas de estupro, como suposições de que as vítimas não teriam contato posterior com seus agressores. E os jurados ouviram extensos testemunhos sobre a Igreja da Cientologia, a religião fundada pelo autor de ficção científica e fantasia L. Ron Hubbard na década de 1950. Haggis foi um adepto da religião por décadas antes de renunciar publicamente e denunciar a Cientologia em 2009. Por meio do testemunho de Haggis e outros ex-membros da Cientologia, sua defesa argumentou que a igreja pretendia desacreditá-lo e poderia ter algo a ver com o processo. Nenhuma testemunha disse que sabia que as acusadoras de Haggis ou os advogados de Breest tinham quaisquer ligações com a Cientologia, e a própria defesa de Haggis reconheceu que Breest não estava envolvida com a religião. Ainda assim, a advogada de Haggis, Priya Chaudhry, procurou persuadir os jurados de que há “pegadas, embora talvez não as impressões digitais, do envolvimento da Cientologia aqui”. A igreja disse em um comunicado que não tem qualquer envolvimento com esse assunto, e argumentou que Haggis está tentando envergonhar seus acusadores com uma alegação “absurda e patentemente falsa”. Os advogados de Breest chamaram essa defesa de “uma teoria da conspiração vergonhosa e sem respaldo”. Além de ter vencido o Oscar de Melhor Filme por “Crash – No Limite” (2004), Haggis também foi responsável pelos roteiros de “Menina de Ouro” (2004), pelo qual foi indicado ao Oscar, “A Conquista da Honra” (2006) e “007: Cassino Royale” (2006), entre muitos outros. Ele também dirigiu os filmes “No Vale das Sombras” (2007), “72 Horas” (2010) e “Terceira Pessoa” (2013), além da minissérie “Show Me a Hero” (2015).
Diretora de TV denuncia ator Gustavo Novaes por estupro
Uma diretora de TV, de nome não revelado, teria sido estuprada pelo ator Gustavo Novaes (das novelas “Amor de Mãe” e “Gênesis”). Em denúncia publicada nesta quinta (25/8) no Universa, ela conta que estava alcoolizada e não lembrava da violência, descobrindo apenas quando viu um vídeo do ato, gravado pelo próprio Novaes em seu celular. Ela imediatamente enviou o vídeo para si mesma e apagou o original. Segundo o Universa, as imagens mostram Novaes de pé, andando até um quarto. Depois, surge a imagem de uma mulher apoiada de bruços, inerte. Ele a penetra e ela balbucia algumas palavras, incompreensíveis. A vítima disse que já teve um relacionamento com o ator, mas eles não estavam mais juntos e ela não tem lembranças do que aconteceu porque estava completamente embriagada. “É muito difícil entender. Não consigo nem dizer [que foi estuprada]. A palavra é feia, dói. Eu tinha o vídeo, mas não acreditava no que via. Não era possível que alguém fosse capaz de fazer aquilo, alguém que recebi na minha casa”, ela disse ao site. O ator nega as acusações e diz que houve consentimento tanto para a gravação quanto para o ato sexual. Originalmente, a notícia chegou à imprensa como se a vítima fosse uma modelo. Em 7 de agosto, o ator desmentiu a acusação em entrevista para o “Câmera Record”. “Uma vez a gente estava transando, já tinha comentado de fazer um vídeo, e a gente fez um vídeo, ela acabou se importunando por causa disso. De onde vem esse papo de estupro, se a gente transava junto? Isso é meio absurdo, né? Nem na imagem mostra ela desacordada”, declarou Novaes. Segundo a mulher, ela conheceu o ator quando os dois trabalhavam na mesma emissora – que a vítima pediu para não ser identificada. Os dois se relacionaram por um mês e meio, segundo relata. Depois de um tempo, prestes a viajar para Los Angeles onde faria um curso, ela fez uma festa de despedida em um bar. Ao chegar em casa alcoolizada, ele insistiu, por meio de mensagens, em encontrá-la. “Não me lembro de muita coisa, me vêm flashes de memória. Ele foi até minha casa e sei que acordei com o celular dele na minha cama. Perguntei por que e ele disse que colocou uma música para eu dormir. Achei estranho. Depois, ele começa a me filmar seminua, enquanto estava pegando comida, só que com flash. Isso fez com que eu começasse a desconfiar. Queria apagar esse vídeo feito com flash, mas achei o outro. Minha reação na hora foi mandar para mim por WhatsApp e apagar do aparelho dele.” A descoberta do vídeo fez com que ela procurasse uma delegacia para denunciá-lo. A diretora disponibilizou uma troca de conversas em que confirma não ter autorizado a gravação. Gustavo responde: “Tá bem? Desculpe por ter gravado.” Ele diz que só que tinha filmado para que os dois vissem as imagens juntos e, em dado momento, a chama de “louca”. “Para de trazer problema pra sua vida”, ele afirma. Ao relatar o que aconteceu à polícia, o caso foi tratado inicialmente como crime de registro não autorizado de intimidade sexual. Mas ela logo se deu conta de que havia sido vítima de estupro de vulnerável — quando a pessoa não tem discernimento sobre o ato, não é capaz de consentir nem de oferecer resistência ao contato sexual, segundo a lei. Ela relatou ainda ter sido abordada por um profissional em cargo de chefia na emissora em que trabalhava pedindo que ela retirasse a queixa contra Gustavo. “Ele disse que não era para deixar o Gustavo ser preso nem deixar que a emissora ficasse sabendo da história.” Dias depois, a diretora foi convocada para ir à delegacia pela terceira vez, depois que o ator já tinha dado seu depoimento e meses após registrar queixa. Foi só então que o vídeo foi visto pelas autoridades policiais. “A delegada assistiu ao vídeo na minha frente, e eu com aquilo na cabeça de que não podia deixar o Gustavo ser preso. Na hora, com medo, afirmei que o sexo tinha sido consentido. Ela ainda questionou, dizendo que eu estava desacordada, respondi que foi só um cochilinho.” Na declaração registrada na Deam (Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher) em dezembro de 2019 e assinada pela escrivã Ellen de Mattos consta que ela quis esclarecer “que nunca se sentiu vítima de estupro”, sucedido por um adendo da autoridade policial: “apesar de no vídeo estar registrado o autor fazendo sexo com a declarante aparentemente desacordada”. “Ninguém te prepara para ser estuprada, ninguém fala que tem que procurar um advogado para te acompanhar na delegacia, para explicar exatamente qual é o crime e a queixa que se tem que fazer”, ela declarou. “Ainda é vergonhoso admitir.” O passo mais recente do processo foi um pedido do Ministério Público, assinado pela promotora Érika Prado Alves Schittini, para que houvesse uma investigação relacionada ao crime de estupro de vulnerável e que o vídeo fosse periciado. A defesa de Gustavo Novaes rebate as acusações. “O vídeo apresentado não foi submetido à perícia, que constataria que os dois, enquanto estavam tendo uma relação sexual, conversaram, e ela tinha dado consentimento ao vídeo”, disse o advogado João Bernardo Kappen ao site. Ele ainda afirma que o vídeo é maior do que o apresentado. “A perícia vai mostrar que, na conversa que os dois travaram enquanto mantinham a relação sexual, ela deu consentimento à relação, independentemente de estar alcoolizada.” Kappen diz ainda que “foi a advogada atual que convenceu que ela foi estuprada”. “Porque ela diz que o depoimento foi consensual, não diz em depoimento em juízo, a advogada é que surge com essa tese que nem ela [a vítima] mesma confirma.”











