Criador da série do herói Raio Negro é acusado de estupro, violência e roubo por suposta amante
O produtor-roteirista Salim Akil, criador de “Black Lightning”, a série do herói Raio Negro, da DC Comics, está sendo processado por uma atriz que alega ter sido sua amante. Amber Dixon Brenner (do filme “Selvagens”) acusa Salim de violência doméstica, estupro e violação de direitos autorais. A jovem afirmou que iniciou um caso com Salim há dez anos e que estiveram juntos até ano passado, apesar dele ser casado. Durante este tempo, segundo ela, o produtor a agrediu inúmeras vezes e ainda a forçou a fazer sexo oral nele em múltiplas ocasiões. Apesar dos dez anos de alegado relacionamento, ela busca, ao final da relação, uma compensação pelos abusos sofridos e, supostamente, por ter sido roubada pelo produtor. Segundo os documentos oficiais, Amber afirma que escreveu em 2016 um roteiro chamado “Luv & Perversity in the East Village”, baseado no relacionamento abusivo entre eles. A história, de acordo com ela, fala sobre “uma jovem atraente e negra do mundo do entretenimento que se apaixona por um homem dominante e agressivo e vê sua vida virar de cabeça para baixo.” Amber mandou o roteiro para (o abusivo?) Salim, que gostou tanto da ideia que a copiou na série “Love Is_”, produzida para o canal pago OWN, sem lhe dar nenhum crédito ou compensação. Ela processa também o canal OWN por direitos da ideia roubada, e acrescenta estresse emocional à ação por abuso movida contra o produtor. Salim Akil é casado há 20 anos com Mara Brock Akil. O casal compartilha os créditos pela criação de “Love Is_”, bem como por “Black Lightning” na rede americana CW. Este é segundo escândalo que envolve um showrunner no universo televisivo da DC Comics criado por Greg Berlanti. Um ano atrás, a WBTV (Warner Bros Television) demitiu Andrew Kreisberg, produtor de “The Flash”, “Supergirl” e “Arrow”, após múltiplas alegações de assédio sexual. 19 homens e mulheres, que permaneceram anônimos, acusaram o produtor executivo de má conduta sexual, incluindo toques inadequados, que ocorreram durante vários anos.
Gérard Depardieu é interrogado pela polícia em caso de estupro de atriz de 22 anos
O ator francês Gérard Depardieu foi interrogado pela polícia nos últimos dias em função de um suposto caso de estupro e agressão sexual de uma jovem atriz. A denúncia contra o ator de 69 anos foi apresentada no final de agosto e os fatos teriam ocorrido numa mansão do astro francês no centro de Paris. “Gérard Depardieu nega qualquer agressão, qualquer estupro”, afirmou seu advogado, Hervé Temime, em declaração para a imprensa, assim que a notícia chegou ao canal RTL e foi confirmada pelo jornal Le Parisien. “Eu lamento a natureza pública deste procedimento, que causa um grande prejuízo a Gérard Depardieu, e estou convencido de que a inocência será reconhecida”, disse Temime, pedindo “máxima moderação” para a imprensa. Segundo informações da BBC, a acusação contra Depardieu foi feita por uma atriz de 22 anos. O advogado do ator confirmou que ele conhece a mulher, mas negou que os dois estiveram juntos nas datas mencionadas na denúncia. Depardieu, que completa 70 anos em dezembro, seria amigo do pai da jovem acusadora, que ele resolveu apadrinhar, aconselhando-a em seus primeiros passos como atriz. O nome da vítima não foi revelado.
Diretor de Valerian e O Quinto Elemento é acusado de assédio por mais cinco mulheres
Diretor de “O Quinto Elemento”, “Lucy” e “Valerian e a Cidade dos Mil Planestas”, o cineasta francês Luc Besson viu aumentar a lista de mulheres que o acusam de assédio sexual. Cinco novas denúncias foram publicadas pelo site francês de notícias Mediapart, elevando o número de mulheres que o acusam a nove. A principal denúncia nova foi feita por uma ex-assistente de Besson, que pediu para permanecer anônima. Ela alega ter sido chantageada e coagida pelo cineasta a iniciar um relacionamento sexual com ele. Na reportagem, ela detalha três encontros não consensuais e um padrão de assédio no dia a dia do trabalho. Na época em que tudo aconteceu, ela contou seus problemas para colegas de trabalho, que corroboraram a história para o Mediapart. Além disso, ela deu à publicação a agenda usada por Besson na época, e um bilhete supostamente escrito por ele, em que chama a ex-assistente de “princesa” e pede para que ela tome banho enquanto ele não chega no quarto de hotel. As outras mulheres que acusam o diretor são duas estudantes do Cite du Cinema, curso ministrado por Besson, uma ex-funcionária da Europacorp, produtora comandada por Besson, a produtora de teatro Karine Isambert, única que permitiu ter seu nome revelado. Ela conta que Besson a apalpou sem consentimento durante uma sessão de escalação para uma peça, em 1995. O jornal apontou a semelhança entre as denúncias contra Besson e o escândalo envolvendo Harvey Weinstein, dizendo que ambos rotineiramente pediam para atrizes se encontrarem com eles para discutir projetos em quartos de hotel, e que uma gravação de 2003 mostra Besson tendo uma destas reuniões com uma garota de apenas 16 anos, embora não esteja claro o que aconteceu entre eles. Besson já é investigado pela polícia parisiense após a denúncia da atriz Sand Van Roy, que acusou o cineasta de estupro em maio deste ano. Ela afirmou ter sido drogada e estuprada pelo diretor num hotel em paris. Mas os testes toxicológicos deram negativos e os advogados de Besson afirmaram que o casal estava num relacionamento estável há vários anos. Outras acusações foram trazidas pelo mesmo Mediapart em julho. Na França, houve poucos relatos de casos de assédio na indústria cinematográfica. As raras atrizes francesas que se pronunciaram, como Léa Seydoux e Emma De Caunes, apresentaram-se para denunciar Harvey Weinstein. Por outro lado, estrelas veteranas se manifestaram para calar denúncias, atacando o equivalente francês ao #MeToo por considerá-lo um movimento moralista e um retrocesso para as conquistas sexuais.
BBC retoma produção da série White Gold após Ed Westwick se livrar de acusação de estupro
A BBC retomou a produção da série “White Gold”, que tinha sido suspensa após o ator Ed Westwick ser acusado de estupro por três mulheres diferentes. De acordo com o site Digital Spy, o elenco já retornou para as gravações da 2ª temporada, continuando os trabalhos após uma pausa de quase um ano. A volta da série foi consequência da exoneração de Westwick, que não foi processado criminalmente. A promotoria de Los Angeles anunciou em julho que as “evidências eram insuficientes” para levar o caso ao tribunal. Segundo os promotores, duas das supostas vítimas conseguiram obter testemunhas que estavam na mesma casa quando os incidentes teriam ocorrido. “Essas testemunhas, no entanto, não puderam dar evidências que provariam, acima de qualquer suspeita, que os incidentes haviam ocorrido como essas mulheres o descreveram em suas denúncias”, disseram em comunicado. A terceira denunciante, segundo os promotores, afastou-se do caso em meio à investigação, recusando-se a obter testemunhas. Na ocasião, a advogada de Westwick, Blair Berk, disse ao site TMZ: “A evidência era clara desde o início de que todas as alegações feitas por essas três mulheres eram absolutamente falsas. É uma vergonha que tenha demorado mais de 8 meses para Ed ser oficialmente inocentado de todas essas acusações. Espero que aqueles que fizeram um julgamento tão rápido aqui, sem saber nada sobre a abundante evidência de inocência neste caso, hesitem na próxima vez antes de acusarem publicamente alguém quem não cometeu nenhum delito.” Desde que as acusações vieram à tona, Westwick foi dispensado de todos projetos em que estava envolvido, entre eles a série “White Gold”. Ele também foi substituído na pós-produção da minissérie “Ordeal by Innocence“, adaptação da obra homônima de Agatha Christie, que precisou ser regravada para tirar o ator de seu elenco. “White Gold” é disponibilizada no Brasil pela Netflix.
Atriz de Boardwalk Empire entra com processo contra Harvey Weintein por estupro
A atriz Paz de la Huerta, que ficou conhecida pela série “Boardwalk Empire” e o terror “Nurse – A Enfermeira Assassina”, decidiu processar o produtor Harvey Weinstein por abuso sexual. Ela abriu na segunda-feira (12/11) um processo onde acusa o magnata de tê-la estuprado duas vezes em 2010 em sua casa, em Nova York. A denúncia não é nova. Ela revelou os abusos nos primeiros dias do movimento #MeToo, em novembro do ano passado. Logo depois, De la Huerta procurou a polícia de Nova York, mas as autoridades teriam se recusado a registrar uma ocorrência naquela ocasião. O processo detalha que De la Huerta e Weinstein se encontraram em uma festa em dezembro de 2010. O produtor teria oferecido uma carona e insistido em subir no apartamento da atriz para falar de negócios. Ela alega que o primeiro estupro aconteceu naquela ocasião. Os documentos ainda apontam que Weinstein seguiu assediando a atriz e, no mês seguinte, fez novo contato, afirmando que a estava esperando na frente de seu apartamento e exigiu subir. A atriz, que estava bêbada, diz que foi estuprada mais uma vez neste outro encontro. O processo ainda revela um terceiro encontro entre os dois, em 2011, no hotel Four Seasons. A atriz teria recebido um bilhete de um funcionário do hotel enviado por Weinstein pedindo que ela fosse até seu quarto. Como continuava recebendo ligações e outros convites do produtor, ela disse que foi até o cômodo para pedir que ele parasse com o assédio. Quando abriu a porta, Weinstein estaria de roupão e mostrou suas partes íntimas, convidando-a para participar de um ato sexual com outra mulher nua que já estava no quarto. Weinstein foi denunciado por cerca de 100 mulheres desde a revelação de seus hábitos como predador sexual, em reportagens publicadas pelo jornal The New York Times e a revista The New Yorker em outubro de 2017. Os relatos das vítimas que resolveram quebrar o silêncio foi tão potente que inspirou outras mulheres a perderem a vergonha para contar suas histórias, originando o movimento #MeToo. Apesar dessa repercussão, a maioria das denúncias não foi levada à justiça, pois aconteceram há mais de duas décadas, levando os crimes a prescreverem. O produtor está sendo processado criminalmente em Nova York com base em cinco casos de vítimas mais recentes.
Netflix renova The Ranch após demissão de Danny Masterson
A Netflix anunciou a renovação da série de comédia “The Ranch” para a 4ª temporada. O programa recebeu a encomenda de 20 novos episódios, sobrevivendo à demissão de um de seus protagonistas. O ator Danny Masterson, que interpretava o irmão de Ashton Kutcher na trama, foi demitido durante as gravações da temporada passada após ser acusado de crimes sexuais (cometidos no início dos anos 2000). Criada por Don Reo e Jim Patterson (produtores-roteiristas de “Two and a Half Men”), “The Ranch” foi a primeira série de comédia de estilo multi-câmera (gravada em estúdio diante de uma plateia) produzida pela Netflix e marcava o reencontro de Masterson e Ashton Kutcher, que trabalharem juntos na sitcom clássica “That ’70s Show”. Na nova atração, os dois viviam irmãos, que voltavam a conviver após vários anos quando o personagem de Kutcher, que morava na cidade grande, decide retornar ao “rancho” da família. . O ator Dax Shepard (“CHiPs”), que entrou no lugar de Masterson no final da 3ª temporada, foi promovido ao elenco fixo da atração, que também conta com Sam Elliott (“Nasce uma Estrela”) e Elisha Cuthbert (a eterna Kim Bauer de “24 Horas”), além de Debra Winger (“Laços de Ternura”) em participações especiais.
Bryan Singer se defende de reportagem que o acusará de abuso sexual
O diretor Bryan Singer usou o Instagram para se defender de um reportagem da revista Esquire, ainda não publicada, que investiga as acusações de abuso sexual que foram levantadas contra ele em vários pontos de sua carreira. O cineasta deu a entender que a reportagem será lançada momentos antes da estreia do seu próximo filme, “Bohemian Rhapsody”, que conta a história de Freddie Mercury, vocalista do Queen. Singer ficou com o crédito de diretor do filme mesmo após ser demitido da produção e substituído por Dexter Fletcher (“Voando Alto”), no final das filmagens. “Eu sei há algum tempo que a revista ‘Esquire’ vai publicar um artigo negativo contra mim”, escreveu Singer. “Eles entraram em contato com amigos, colegas e pessoas que eu nem mesmo conheço. Nos dias de hoje, em que as carreiras das pessoas estão sofrendo por conta de meras acusações, o que a Esquire está fazendo é irresponsável. Eles não se importam com a verdade, e fazem acusações que são ficcionais”. “Este artigo vai tentar reviver acusações falsas e processos mentirosos contra mim”, continuou Singer no Instagram. “O texto vai usar de forma equivocada frases de ‘fontes com conhecimento íntimo de minha vida pessoal’, e vai tentar estabelecer a minha culpa a partir da associação com outras pessoas do meu passado. Eles tentarão manchar uma carreira que passei 25 anos construindo”. Singer foi acusado de estupro por Cesar Sanchez-Guzman no ano passado. O jovem conta que tinha 17 anos quando compareceu a uma festa em um iate na qual Singer era um dos convidados. Coincidentemente, o advogado de Cesar Sanchez-Guzman é Jeffrey Herman, o mesmo que representou Michael Egan em 2014, quando este também fez acusações de abuso sexual de menor contra vários figurões de Hollywood, inclusive Singer. Mais tarde, Egan voltou atrás nas denúncias, após inúmeras contradições em seus depoimentos. No caso de Singer, por exemplo, ele acusou o diretor de estuprá-lo numa viagem ao Havaí. Entretanto, Singer estava no Canadá filmando um dos longas dos “X-Men” no período apontado. Recentemente, ele assinou um contrato de US$ 10 milhões para dirigir uma nova adaptação de quadrinhos, o filme da guerreira “Red Sonja”. Visualizar esta foto no Instagram. Uma publicação compartilhada por Bryan Singer (@bryanjaysinger) em 15 de Out, 2018 às 2:06 PDT
Globo vai exibir primeiro episódio da minissérie Assédio sem intervalos na TV
A minissérie “Assédio”, lançada para assinantes do Globoplay, terá o seu primeiro capítulo exibido na TV aberta. A Globo marcou a estreia para segunda (15/10), após sua novela “Segundo Sol”, com transmissão sem intervalos comerciais. A iniciativa é uma reprise da tática utilizada para divulgar outra atração do serviço de streaming da emissora, a série americana “Good Doctor”, que teve seus dois primeiros episódios exibidos como “telefilme” também numa segunda – 27 de agosto. A Globo também pretende transmitir os demais episódios, que já estão disponíveis no Globoplay, mas ainda não divulgou a data para a TV. “Assédio” é inspirada na história real do médico Roger Abdelmassih. Condenado a 181 anos de detenção pelo estupro de 48 pacientes, Abdelmassih ficou conhecido como “médico das estrelas” e chegou a ser considerado um dos principais especialistas em reprodução assistida do país, antes de ser acusado por dezenas de pacientes por abuso sexual. A atração tem roteiro de Maria Camargo (“Nise: O Coração da Loucura”) e direção de Amora Mautner (novela “A Regra do Jogo”). O elenco conta conta com Adriana Esteves, Paolla Oliveira, Mariana Lima, Hermila Guedes, João Miguel e Vera Fischer (no papel de Hebe Camargo), além de Antonio Calloni como o médico estuprador. Como pode ser visto abaixo, pelo trailer da minissérie, “Assédio” também repete um cacoete narrativo da escola do “Fantástico”, já visto em outras produções de ficção da emissora, que trazem declarações de personagens no meio da história, como se o público estivesse acompanhando uma reportagem com eventos reencenados para ilustrar depoimentos. A Globo fez isso até quando transformou o filme “Tim Maia” em minissérie. A diferença para obras anteriores, como “Carcereiros”, é que desta vez os depoimentos também são ficcionais.
Rose McGowan ataca Meryl Streep, Hillary Clinton, Hollywood e a “mentira” do Time’s Up
A atriz Rose McGowan deu uma entrevista bomba à revista dominical do jornal britânico The Times, que ficou ainda mais explosiva com distorções do entrevistador replicadas pela mídia mundial. Mostrando rancor, ela atacou a iniciativa Time’s Up, criada por um grupo de personalidades femininas para apoiar vítimas de abuso e lutar por maiores oportunidades e igualdade salarial para as mulheres. O motivo, aparentemente, é o fato de o Time’s Up não tratar a atriz como a líder que ela acredita ser. “Eu acho que elas [os membros do Time’s Up] são umas cretinas”, comentou. “Elas não são campeãs, são perdedoras. Eu não gosto delas. Como você explica o fato de que ganhei um prêmio de ‘homem do ano’ da GQ, mas nenhum grupo de mulheres ou revista de mulheres me apoiou?”. A atriz, conhecida pela série “Charmed” e filmes como “Pânico” e “Planeta Terror”, ainda reclamou que não é convidada para os “almoços e eventos” do grupo. “Honestamente, eu nem quero ir. É tudo a m**** de uma mentira. É uma mentira que faz com que eles se sintam melhor”, disse. McGowan caracterizou como “quase impossível” que pessoas próximas de Weinstein, como Meryl Streep e Hillary Clinton, não soubessem de seu comportamento abusivo em relação a outras mulheres. “Eu retiraria os meus anos de apoio [a Clinton] se pudesse”, comentou. “Eu a apoiei até mesmo contra Obama. Hoje em dia, se eu fosse concorrer a um cargo público, concorreria como republicana. Só para mexer com a cabeça das pessoas, só para f**** o sistema todo”. “Os apoiadores de Donald Trump estão certos em uma coisa: eles desprezam Hollywood por ser um bando de liberais falsos. Eles são mesmo”, continuou. “Eles todos vivem uma vida vazia de significado, e sabem disso. Essa é a punição deles. São infelizes”. McGowan, por fim, disse que não pretende mais atuar. A última aparição da atriz nos cinemas foi no suspense independente “O Som”, lançado no ano passado. A entrevista pode ser acusada de retratar McGowan como invejosa e de promover a tática pouco progressista de atacar outras mulheres para se valorizar. Mas ficou pior do jeito como foi complementada pelo repórter e reproduzida pelo “telefone sem fio” (wi-fi, né?) da internet. Nos textos replicados, as declarações sobre o Time’s Up sofreram mudanças de alvo, como se visassem o movimento #MeToo. A confusão costuma ser constante, mas desta vez criou frases como “o #MeToo é uma mentira”. Diante da distorção, Rose McGowan foi ao Twitter corrigir. “Eu nunca disse que #MeToo é uma mentira. Nunca”, ela esclareceu. “Eu estava falando sobre Hollywood e Time’s Up, não #MeToo”. Expressando sua frustração, ela acrescentou: “Ugh. Estou de saco muito cheio com erros sensacionalistas. #MeToo é sobre sobreviventes e suas experiências, que não podem ser tiradas.” Ela postou dois vídeos no Twitter para esclarecer suas ideias. “#MeToo é importante, é honesto e é a nossa experiência. Não é mentira”, disse ela. “Por alguma razão, há pessoas na mídia que tentam derrubá-lo, mas eu digo que é forte. Novamente, é simplesmente a nossa experiência compartilhada. É isso que é o #MeToo. E é lindo. Como nós somos.” Apesar de se dizer sempre má-interpretada, na semana passada Rose McGowan foi ao Twitter pedir desculpas por atacar sua ex-amiga Asia Argento e espalhar mentiras sobre a polêmica que cerca a outra expoente do #MeToo. Por confiar em Rose McGowan e na namorada dela, Asia teve mensagens de texto privadas expostas nas redes sociais e foi acusada de pedófila por McGowan, que levou duas semanas para pedir desculpas por ter confundido informações. A acusação de McGowan fez Asia ser demitida do programa de calouros musicais “X-Factor” da Itália. pic.twitter.com/dfvWKJrmKl — rose mcgowan (@rosemcgowan) October 8, 2018
Steven Seagal abandona entrevista ao vivo ao ser questionado sobre acusações de assédio sexual
O ator Steven Seagal abandonou uma entrevista via satélite para a BBC nesta quinta-feira (4/10) após ser questionado sobre as acusações de assédio sexual que sofreu nos Estados Unidos. “Sobre sua vida nos Estados Unidos, você foi registrado em alegações de assédio sexual. Você tem uma acusação de estupro e fico imaginando como você lida com tudo isso”, questionou a apresentadora Kirsty Wark. Antes mesmo dela terminar a pergunta, o ator tirou seu retorno no ouvido, levantou-se da cadeira e saiu da frente das câmeras. Veja abaixo. Seagal foi acusado por cerca de 10 mulheres de abuso sexual, mas a promotoria de Los Angeles não conseguiu transformar as acusações em processo, porque a maioria das denúncias prescreveu. Regina Simons, uma das denunciantes, disse que sofreu abuso há 25 anos, quando ainda era menor de idade. Ela relatou que Seagal a convidou para uma festa em sua casa, que deveria ter outras pessoas, mas não havia mais ninguém, e então a estuprou. A mulher afirmou que nunca tinha ficado nua na frente de um homem antes dessa agressão. Já Faviola alega que Seagal beliscou seus mamilos e agarrou sua vagina durante um teste para filme em 2002. “Depois, ele se sentou calmo, como se nada tivesse acontecido. O segurança pessoal de Steven ficou bloqueando a porta e apenas se moveu quando Steven pediu. Eu saí do quarto me sentindo horrível e violentada”, contou. Mais conhecida, a atriz e apresentadora Lisa Guerrero revelou que sofreu o abuso quando disputava um papel no longa “Ameaça Subterrânea”. Ela contou que Seagal pediu que ela fosse a sua casa para uma “audição particular”. Desconfortável, ela foi ao local acompanhada de sua empresária. Lá, o ator as recebeu usando apenas um robe de seda. Mais tarde, a atriz recebeu outra ligação, informando que Segal gostaria de oferecer a ela o papel, mas que ela teria que voltar à casa dele para um “ensaio particular” na mesma noite. Guerrero declinou. Atrizes famosas como Julianna Margulies e Portia de Rossi também acusaram o ator de tentar abusá-las. “Meu teste final para um filme de Steven Seagal aconteceu em seu escritório”, denunciou Portia de Rossi no Twitter. “Ele me disse o quão importante era a química entre os atores fora das telas enquanto me fez sentar e foi descendo o zíper das suas calças de couro. Eu corri e chamei minha agente. Sem se incomodar, ela disse, ‘Bem, eu não sabia se ele era o seu tipo'”, escreveu a atriz da série “Arrested Development”, que se assumiu lésbica e é casada com a apresentadora Elle DeGeneres desde 2008. Já a estrela de “The Good Wife” contou que foi convencida por uma diretora de elenco a se encontrar com Seagal num quarto de hotel em 1990. Mas, ao chegar no hotel, não havia sinal da mulher, e o ator abriu a porta armado: “Ele fez questão que eu visse a arma. Eu nunca tinha visto uma arma na vida”, contou a atriz, que tinha tinha 23 anos na época. Ela não entrou em detalhes sobre o que aconteceu no quarto, mas disse ter saído “incólume”. “Não sei com saí de lá, mas não fui machucada, não fui estuprada”. Depois disso, a atriz disse que nunca mais foi a reuniões com homens da indústria sozinha. Steven Seagal nega todas as acusações. This is the moment Steven Seagal walks out on a #newsnight interview over questioning about #metoo allegations, which he denies.@sseagalofficial | @KirstyWark | @BBCTwo | #newsnight pic.twitter.com/Lr6mE3th4F — BBC Newsnight (@BBCNewsnight) October 4, 2018
Asia Argento inverte acusação de abuso de menor e corrige fatos em entrevista à TV italiana
A atriz italiana Asia Argento, uma das principais acusadoras do produtor Harvey Weinstein, resolveu se defender da denúncia de estupro de menor no mesmo programa de TV em que Jimmy Bennett disse, no fim de semana passado, ter sido abusado sexualmente por ela quando tinha 17 anos. Em entrevista ao programa “Non e l’Arena”, ela desmentiu firmemente esta versão e declarou que os dois só se encontraram em 2013 porque o jovem lhe havia pedido ajuda para se preparar para uma audição, como já tinha feito quando era criança. Eles tinham contracenado quando Bennett tinha oito anos. Asia deu-lhe o papel de seu filho no segundo longa que ela dirigiu, “Maldito Coração” (de 2004). Mas quando chegou em seu hotel, Bennett apareceu sem script. Ao ver a carreira dele estagnada, a atriz prometeu-lhe um papel em um novo filme. Entusiasmado, ele a teria abraçado e então começou a beijá-la. E se empolgou. “Começou a me beijar e me tocar, mas não como uma mãe e seu filho, como eu o via, mas como um menino com os hormônios descontrolados… e isso me deixou paralisada”, contou Argento. “Ele literalmente pulou em cima de mim. Ele estava em cima de mim e ejaculou. Durou três minutos e eu não senti nada, não tive nem reação, porque para mim tudo aquilo era impensável”, acrescentou a atriz. “Me disse que era uma fantasia que tinha desde os 12 anos… Para ele, eu era um troféu de caça”, explicou na televisão, dizendo que não rompeu vínculos com o jovem porque se sentia responsável pela carreira dele e “lhe dava pena” vê-lo chegar naquele ponto, rompendo com a própria família devido à disputa por dinheiro. Ele teria, então, começado a lhe enviar fotos íntimas. Ao contrário do que disse Rose McGowan e sua namorada, isso não aconteceu quando ele tinha 12 anos, mas após tê-la atacado no hotel. E nos últimos meses, sem conseguir mais trabalho, passou a chantageá-la. Exigiu US$ 3,5 milhões para permanecer em silêncio, aproveitando que ela estava na berlinda, por conta de sua denúncia de estupro contra Harvey Weinstein e por seu relacionamento com o famoso chef e apresentador Anthony Bourdain. No programa, Asia Argento mostrou as mensagens trocadas com Bourdain, já falecido, que teria pago para que o escândalo não fosse revelado. Bourdain chegou a pagar uma parcela de US$ 250 mil da chantagem, mas, após seu suicídio, em junho passado, Asia Argento suspendeu os pagamentos. “O que mais me magoou foi ser chamado de ‘pedófila’. Eu tenho filhos ”, disse ela sobre a repercussão da denúncia, “e isso é um estigma que não desejo a ninguém”. Argento também falou de sua ex-amiga Rose McGowan e da namorada dela, Rain Dove, que divulgaram mensagens de texto de suas conversas particulares, onde ela contava a mesma história trazida agora na TV. Na época, ela tinha negado publicamente que tivesse feito sexo com o então menor. “Rain Dove me deixa doente, me faz vomitar, é uma pessoa sem escrúpulos, muito má”, disse Argento. “Essas duas mulheres venderam essas mensagens de maneira seletiva, dizendo que eu recebia as fotos de nudez de Bennett desde os 12 anos, mas isso não era verdade. Para isso, as pessoas começaram a me chamar de ‘pedófila'”. McGowan depois se retratou em um pedido público de desculpas a Argento no Twitter. Mas não foi desculpada, já que a revelação das mensagens íntimas por parte da namorada dela foi uma traição de confiança, e McGowan ainda acrescentou detalhes inverídicos que pioraram a situação. Argento comparou Dove e McGowan a Bennett, acreditando que eles a usaram por objetivos mercenários. “São pessoas famintas por dinheiro, que não têm escrúpulos. E tenho provas de tudo o que digo.” Ela soou tão convincente que os entrevistadores pediram que fosse recontratada como jurada da versão italiana do programa “X-Factor”. Asia foi demitida quando seu envolvimento com Bennett veio à tona. O programa “Non e l’Arena” é uma produção da Fremantle, mesma empresa responsável pela competição musical.
Rose McGowan pede desculpas por erro que transformou a vida de Asia Argento num inferno
Rose McGowan, um dos principais nomes do movimento #MeToo, em que celebridades de Hollywood denunciam assédios, publicou um comunicado em seu Twitter se desculpando por ter divulgado “fatos que não estavam corretos” contra a atriz Asia Argento, que é acusada de ter abusado do ator Jimmy Bennett em 2013, quando ele tinha 17 anos. No dia 27 de agosto, Rose publicou um longo texto nas redes sociais em que afirmava ter incentivado a namorada, Rain Dove, a levar à polícia uma troca de mensagens com Asia, em que a atriz contava detalhes sobre o caso com Bennett. Entre as acusações feitas por McGowan estavam a de que o ator mandava fotos em que aparecia nu desde os 12 anos de idade para Argento e que ela nunca pediu ou tomou uma atitude para que ele parasse. Isto fez Asia ser demitida do programa de calouros musicais “X-Factor” da Itália. Ela também foi chamada de “hipócrita” pelo advogado de Harvey Weinstein, a quem acusa de estupro, e passou a ser condenada por integrantes do movimento #MeToo, que a tinham como heroína até poucas semanas atrás, além de ser rotulada como pedófila. Agora, Rose volta atrás, diz que se equivocou e pede desculpas. “Divulguei um comunicado sobre Asia Argento que agora eu sei que continha um número de fatos incorretos”, escreveu McGowan. “Eu entendi errado as mensagens que Asia trocou com a minha companheira, Rain Dove, que deixam claro que Jimmy mandou mensagens inapropriadas para Asia apenas depois que eles se encontraram, quando ele tinha 17 (ainda menor de idade na Califórnia, mas notavelmente diferente de alguém de 12 anos).” McGowan ainda afirmou que não comentará mais sobre o caso envolvendo a outra atriz e declarou. “Me arrependo profundamente de não ter corrigido o meu erro antes e peço desculpas à Asia por isso”. Asia Argento também usou o Twitter para responder. “Embora esteja grata à Rose McGowan pelo seu pedido de desculpa completo depois das suas alegações infundadas sobre mim, eu podia ter mantido o meu emprego no [programa] ‘X-Factor’ e evitado as constantes acusações de pedofilia a que tenho sido sujeita na vida real e online se ela o tivesse feito isso mais cedo. Agora segue em frente, vive a tua vida e para de magoar outras pessoas, está bem Rose?” Rose McGowan e Asia Argento ficaram amigas após compartilharem em público que foram estupradas por Harvey Weinstein há alguns anos. A dupla se juntou a mais de 100 mulheres que denunciaram o produtor de Hollywood nas redes sociais, dando origem ao movimento #MeToo. McGowan apresentou sua namorada à Argento em julho, logo após o suicídio do então namorado da atriz, o chef Anthony Bourdain. As três viajaram juntas à Berlim. Argento achou que podia confiar nelas e desabafou sobre o caso, quando as denúncias de que teria estuprado Jimmy Bennet vierem à tona, numa reportagem do jornal The New York Times. Inicialmente, ela negou tudo num comunicado. Mas, de forma privada, confirmou para Rain Dove, contando que, na verdade, tinha sido estuprada pelo rapaz, mas tinha pena dele. Esta confidência foi tornada pela pública pela namorada de Rose McGowan e aumentada pela própria, com a história dos nudes. .@asiaargento pic.twitter.com/yn96UGUJ7a — rose mcgowan (@rosemcgowan) September 27, 2018 Now go on, live your life and stop hurting other people, will you Rose? Best wishes. — Asia Argento (@AsiaArgento) September 27, 2018
Atrizes de Modern Family e Cougar Town revelam terem sido estupradas na adolescência
As atrizes Sarah Hyland (“Modern Family”) e Busy Philipps (“Cougar Town”) revelaram em suas redes sociais terem sido estupradas na adolescência. Usando a hashtag #WhyIDidntReport (“Por que eu não denunciei”, em tradução literal), elas se manifestaram durante uma nova fase do movimento #MeToo, que ganhou força diante do caso da professora universitária Christine Ford, que tem sido descreditada pela direita americana após denunciar o juiz indicado por Trump para a Suprema Corte, Brett Kavanaugh, por abuso sexual. Os desabafos se multiplicaram após o presidente Trump defender seu indicado com um tuíte provocativo. “Os radicais de esquerda querem envolver o FBI AGORA. Por que ninguém ligou para o FBI há 36 anos?”, escreveu ele, reclamando das vítimas. A resposta foi uma profusão de desabafos, que explicaram porque, em seus casos, também não denunciaram na época em que sofreram violência sexual. “Ele era um amigo”, explicou Hyland. “Era véspera de ano novo no meu último ano do colégio. Todo mundo estava bêbado. Ele invadiu o banheiro em que eu estava. Eu esperava que fosse um sonho, mas a minha meia-calça rasgada na manhã seguinte provava o contrário. Eu pensava que ninguém acreditaria em mim. Eu não queria ser chamada de dramática. Até porque, eu não disse ‘não’. O choque pode fazer isso com uma pessoa”, escreveu a atriz. #WeBelieveChristine #MeToo #believewomen #IBelieveHer pic.twitter.com/T1Evor6GTD — Sarah Hyland (@Sarah_Hyland) 27 de setembro de 2018 Busy Philipps revelou ter sido estuprada aos 14 anos e contou porque ficou calada até agora. “Esta sou eu aos 14 anos. A idade em que fui estuprada. Levei 25 anos para dizer estas palavras. Escrevi sobre isso no meu livro. Finalmente contei aos meus pais e à minha irmã, há cerca de 4 meses, o que aconteceu. Hoje é o dia em que não estamos mais caladas. Todas nós. Estou assustada por postar isso. Não posso nem imaginar o que a doutora Ford está sentindo agora”, escreveu em seu Instagram, ao lado de uma foto tirada na época. Visualizar esta foto no Instagram. #tbt This is me at 14. The age I was raped. It's taken me 25 years to say those words. I wrote about it in my book. I finally told my parents and sister about it 4 months ago. Today is the day we are silent no more. All of us. I'm scared to post this. I can't imagine what Dr. Ford is feeling right now. Uma publicação compartilhada por Busy Philipps (@busyphilipps) em 27 de Set, 2018 às 8:52 PDT












