Allison Mack, ex-atriz de “Smallville”, é liberada da prisão
A atriz Allison Mack, conhecida por sua atuação na série “Smallville”, foi liberada da prisão na segunda-feira (3/7), após cumprir dois dos três anos de sua sentença. A atriz de 40 anos foi condenada por acusações de extorsão e conspiração em conexão com o escândalo de tráfico sexual da seita NXIVM. Mack foi presa em abril de 2018, após as autoridades federais invadirem a sede da NXIVM perto de Albany, Nova York. Em 2021, ela se declarou culpada das acusações e enfrentou uma pena de 14 a 17 anos e meio de prisão. No entanto, sua sentença foi reduzida a três anos por ter ajudado os promotores no caso contra Keith Raniere, líder da NXIVM. Raniere foi condenado em 2020 a 120 anos de prisão por tráfico sexual, entre outros crimes. A atriz começou a cumprir sua sentença em setembro de 2021 na Instituição Correcional Federal de Dublin, na Califórnia. Além do tempo de prisão, Mack recebeu uma multa de US$ 20 mil e precisa cumprir mil horas de serviço comunitário. Assim como Mack e Raniere, Clare Bronfman, herdeira do grupo de bebidas Seagram, também foi condenada por seu envolvimento na seita, recebendo uma sentença de seis anos e nove meses de prisão. Saída antecipada da prisão A libertação antecipada de Allison Mack foi confirmada pelo site do Bureau Federal de Prisões. Ela foi liberada devido ao bom comportamento durante o período em que esteve detida. Em uma carta enviada ao tribunal antes de sua sentença, ela se dirigiu “àqueles que foram prejudicados por minhas ações”, afirmando que ela se jogou nos ensinamentos de Raniere “com tudo que eu tinha”. “É agora de suma importância para mim dizer, do fundo do meu coração, que sinto muito”, disse a carta. “Este foi o maior erro e arrependimento da minha vida.” Mack disse que se uniu à organização NXIVM há uma década para encontrar propósito na vida: “Ao longo de todo o tempo, eu acreditei que as intenções de Keith Raniere eram de ajudar pessoas. Eu estava errada. Eu agora percebo que eu e outras pessoas nos envolvemos em condutas criminosas”. A seita sexual Gabando-se de que seus membros incluíam atores de Hollywood e atletas profissionais, Raniere atraiu várias pessoas para seu programa de autoajuda, que se tornou extremamente popular. Mas, conforme sua influência crescia, ele também passou a fundar diversos subgrupos, entre eles o DOS (“Dominus Obsequious Sororium”), formado só por mulheres atraentes e que funcionava como uma seita sexual, onde as integrantes eram marcadas com as iniciais do guru, forçadas a seguir dietas estritas e não saudáveis, e transformadas em escravas sexuais por meio de chantagem. Mack ajudou a atrair várias mulheres para o DOS, como uma das principais recrutadoras da NXIVM. Mas fechou um acordo de detalhes não revelados para colaborar com a promotoria de Justiça e entregou gravações incriminadoras de Raniere, que ajudaram a condená-lo a uma sentença centenária. O escândalo da NXIVM rendeu duas séries documentais, “Seduced: Inside the NXIVM Cult” (2020), na Starz, e “The Vow”, na HBO, que teve sua 1ª temporada exibida em 2020 e ainda teve uma continuação em 2022, após as condenações dos envolvidos. Veja baixo os trailers das duas temporadas de “The Vow”.
Armie Hammer não enfrentará acusações de agressão sexual por falta de evidências
O escritório da promotoria de Los Angeles desistiu de levar adiante as acusações de agressão sexual contra Armie Hammer (“Me Chame Pelo Seu Nome”). Após uma longa investigação realizada pelo Departamento de Polícia de Los Angeles (LAPD), o escritório explicou por comunicado que não foi possível comprovar as alegações de estupro feitas contra o ator. Com o pronunciamento, o escritório ressaltou que os casos de agressão sexual são analisados rigorosamente. “Neste caso, os promotores conduziram uma revisão extremamente completa, mas determinaram que, neste momento, não há provas suficientes para acusar o Sr. Hammer de um crime”, esclareceram. Os promotores destacaram a complexidade do relacionamento entre ele e a acusadora como uma das justificativas para o arquivamento. A acusadora, identificada como Effie, procurou a polícia em fevereiro de 2021, alegando ter sido vítima de abusos físicos durante um relacionamento intermitente que durou quatro anos. Effie também afirmou ter sido violentamente estuprada por Hammer em 2017. No entanto, o ator negou todas as acusações feitas contra ele. Encorajadas pelas acusações de Effie, várias outras mulheres decidiram se pronunciar como vítimas dos comportamentos abusivos de Hammer. As acusações incluíam referências a canibalismo e fetiches BDSM (sigla para Bondage, Disciplina, Dominação, Submissão, Sadismo e Masoquismo). Com as declarações, foram compartilhadas imagens de conversas sinistras do ator com as mulheres que o acusaram. Em meio à polêmica, Hammer foi dispensado de sua agência, a reconhecida WME, e foi afastado das produções em que estava envolvido. Na época, ele estava envolvido nas filmagens do longa “Morte do Nilo” (2022). Devido aos altos custos para uma refilmagem, a Disney decidiu não cortá-lo do filme, mas ele não participou da divulgação e a produção foi seu último projeto desde então. Hammer deu sua primeira entrevista sobre a polêmica em fevereiro passado, após mais de um ano em silêncio. Durante a conversa com o boletim Air Mail, ele afirmou que todas as suas relações sexuais tiveram consentimento. O ator também revelou ter pensado em suicídio diante do escândalo. Negando qualquer envolvimento em atividades criminosas, ele criticou a cultura do cancelamento que o fez ser dispensado de vários projetos e encerrou sua carreira – até o momento. Em 2022, o Discovery+ lançou o documentário “House of Hammer” (Casa de Hammer, em tradução livre). Dividida em três partes, a série mergulhou nas acusações contra o ator e explorou o histórico escandaloso de sua família. No Brasil, a produção também está disponível na HBO Max.
NBCUniversal perde CEO após investigação de “conduta imprópria”
O conglomerado Comcast soltou uma bomba neste domingo (23/4) ao anunciar que o executivo Jeff Shell está deixando imediatamente o cargo de CEO da NBCUniversal. A decisão foi tomada de forma “mútua” após uma investigação sobre uma queixa de conduta inadequada contra Shell. Em seu comunicado, Shell admitiu ter tido um relacionamento inapropriado com uma colega da empresa, o que lamentou profundamente. Ele também pediu desculpas à Comcast e à equipe da NBCUniversal. “Eu tive um relacionamento inadequado com uma mulher na empresa, o que lamento profundamente”, disse Shell. “Sinto muito por ter decepcionado meus colegas da Comcast e da NBCUniversal, que são as pessoas mais talentosas do setor, e ter a oportunidade de trabalhar com eles nos últimos 19 anos foi um privilégio.” O executivo da mídia liderou a empresa desde que assumiu o cargo de CEO em 1º de janeiro de 2020, reportando-se diretamente ao CEO da Comcast, Brian L. Roberts. Shell foi anunciado como sucessor do CEO anterior da NBCUniversal, Steve Burke, em dezembro de 2019. Como CEO, Shell supervisionou o amplo portfólio da empresa, que inclui redes de televisão de entretenimento e notícias, o estúdio de cinema Universal, bem como significativas operações de produção de TV e esportes, o grupo de estações de televisão, parques temáticos e muito mais. Ainda não se sabe quem irá substituir Shell na NBCUniversal. Ele é um veterano da Comcast, tendo ocupado cargos importantes na empresa, incluindo presidente do Conselho de Cinema e Entretenimento da NBCUniversal, presidente do Grupo de Programação da Comcast e presidente do NBCUniversal International. Shell começou a subir na empresa como presidente do estúdio de cinema da Universal em 2013, depois de comandar as operações internacionais da NBCU por uma década. Inicialmente, ele era visto mais como um burocrata da área de negócios com pouca experiência direta quando se tratava de administrar um império cinematográfico. Mas essa visão mudou rapidamente. De fato, a visão empresarial de Shell teve um enorme impacto em toda a indústria. Antes mesmo de a empresa lançar seu serviço de streaming Peacock, ele foi um forte defensor da diminuição da janela de exibição para que um título pudesse ser disponibilizado mais cedo em casa. Quando a pandemia chegou, a Universal assinou um acordo histórico com proprietários de cinemas, permitindo que filmes fossem disponibilizados em VOD premium em até 17 dias após seu lançamento nos cinemas, e diminuindo pela metade o período de espera para um lançamento em streaming convencional. A saída de Shell ocorre em um momento crucial para a NBCUniversal, que precisa decidir o que fazer com sua participação na Hulu. Por outro lado, a empresa tem motivos para comemorar o sucesso de seu streamer Peacock, que alcançou mais de 20 milhões de assinantes até o final de 2022 apenas nos EUA. A plataforma, porém, ainda não ganhou lançamento internacional. Esta não é a primeira vez que uma importante figura da NBCUniversal deixa a empresa devido a um escândalo. Em 2020, o vice-presidente Ron Meyer saiu após admitir um caso extraconjugal e uma tentativa de extorsão. Num caso similar, no ano passado, Jeff Zucker renunciou à presidência da CNN por não ter divulgado um relacionamento consensual com uma colega.
Lenda dos filmes adultos, Ron Jeremy escapa de 300 anos de prisão ao desenvolver demência
A Justiça de Los Angeles, nos EUA, decidiu que o ex-astro pornô Ron Jeremy é oficialmente incompetente para ser julgado por várias acusações de estupro. Em uma audiência realizada na terça (17/1) no Tribunal Superior de Los Angeles, o juiz Ronald S. Harris declarou que o ator de quase 70 anos está em um “declínio neurocognitivo incurável”. Referindo-se ao réu por seu nome real de Ronald Jeremy Hyatt, ele disse as avaliações dos peritos concluíram que o estado cognitivo de Jeremy “provavelmente não seria restaurável”. Se Jeremy tivesse ido a julgamento e fosse considerado culpado, ele tinha a expectativa de enfrentar uma sentença de mais de 300 anos de prisão. Atualmente detido numa Penitenciária Twin Towers, Jeremy terá seu futuro determinado em uma audiência em 7 de fevereiro. Nesta data, o juiz vai decidir a sentença, que agora será limitada a se ele deverá ser colocado numa unidade de saúde mental e por quanto tempo. Preso em junho de 2020, por não conseguir pagar a fiança de US$ 6,6 milhões, Jeremy chegou a se declarar inocente de 33 acusações de estupro e agressão sexual. “Ron, ao longo dos anos, por ser quem é, foi amante de mais de 4 mil mulheres. Alegar que ele é um estuprador é ir longe demais… Quero dizer, as mulheres se jogavam em cima dele”, afirmou seu advogado no começo do caso. Atualmente com 69 anos, Jeremy já apareceu em mais de 1.700 filmes adultos desde a década de 1970. Com seu bigode característico, ele foi uma das estrelas mais reconhecidas da indústria de filmes adultos, chegando a participar até de “filmes sérios”, graça ao status de celebridade pornô. A maioria das suas participações em Hollywood se resumiu a figurações. Chegou a superar Stan Lee nesse quesito, sendo visto por alguns segundos em filmes cultuados e até em grandes sucessos, como “Pânico na Escola” (2011), com Josh Hutcherson, “Adrenalina 2” (2009), com Jason Statham, “Todo Poderoso” (2003), com Jim Carrey, “Detroit, a Cidade do Rock” (1999), com a banda Kiss, “Studio 54” (1998), com Salma Hayek, “Tromeo & Juliet” (1996), escrito por James Gunn, “Rotação Máxima” (1994), com Charlie Sheen, “Parceiros do Crime” (1993), com Eric Stoltz, e, acredite se quiser, “O Poderoso Chefão III” (1990)!
Lenda dos filmes adultos, Ron Jeremy tem demência e não será julgado por crimes sexuais
O ex-ator pornô Ron Jeremy foi diagnosticado com “demência grave” e será declarado inapto para ser julgado por estupro, de acordo com um promotor do condado de Los Angeles em um e-mail obtido pelo jornal Los Angeles Times. Jeremy – cujo nome legal é Ronald Jeremy Hyatt – foi acusado em junho de 2020 de estuprar quatro mulheres que conheceu em bares e clubes de West Hollywood. Mas a partir das primeiras denúncias, o caso cresceu rapidamente com dezenas de mulheres alegando que o ex-rei da pornografia havia abusado delas por décadas em festas e convenções de filmes adultos ou nos próprios sets das produções. Como resultado, Jeremy foi indiciado por mais de 30 acusações de agressão sexual decorrentes de alegações feitas por 20 mulheres. Mas semanas antes do julgamento começar no ano passado, seu advogado de defesa, Stuart Goldfarb, disse que seu cliente não tinha noção do que estava acontecendo nem conseguia reconhecê-lo. O juiz George Lomeli ordenou uma avaliação psiquiátrica. E o resultado foi comunicado no e-email obtido pelo jornal de Los Angeles, em que especialistas em saúde mental da acusação e da defesa concluíram que Jeremy não está fingindo demência. Ele está mentalmente incapacitado e tem poucas chances de recuperação. “Como resultado do acordo entre os especialistas, o réu será considerado incompetente para enfrentar o julgamento. Seu prognóstico de melhora não é bom”, escreveu o promotor distrital do condado de Los Angeles, Paul Thompson, no e-mail obtido pelo jornal. “Se ele não melhorar, não poderemos julgá-lo por seus crimes. Como o processo criminal é suspenso se ele for incompetente, também não podemos fazer com que ele se declare culpado ou discuta outras medidas para trazer justiça para as vítimas neste caso.” Preso desde o início das primeiras denúncias em junho de 2020, por não conseguir pagar a fiança de US$ 6,6 milhões, Jeremy chegou a se declarar inocente de todas as acusações. Atualmente com 69 anos, Jeremy já apareceu em mais de 1.700 filmes adultos desde a década de 1970. Com seu bigode característico, ele foi uma das estrelas mais reconhecidas da indústria de filmes adultos, chegando a participar até de “filmes sérios”, graça ao status de celebridade pornô. A maioria das suas participações em Hollywood se resumiu a figurações. Chegou a superar Stan Lee nesse quesito, sendo visto por alguns segundos em filmes cultuados e até em grandes sucessos, como “Pânico na Escola” (2011), com Josh Hutcherson, “Adrenalina 2” (2009), com Jason Statham, “Todo Poderoso” (2003), com Jim Carrey, “Detroit, a Cidade do Rock” (1999), com a banda Kiss, “Studio 54” (1998), com Salma Hayek, “Tromeo & Juliet” (1996), escrito por James Gunn, “Rotação Máxima” (1994), com Charlie Sheen, “Parceiros do Crime” (1993), com Eric Stoltz, e, acredite se quiser, “O Poderoso Chefão III” (1990)! “Ron, ao longo dos anos, por ser quem é, foi amante de mais de 4 mil mulheres. Alegar que ele é um estuprador é ir longe demais… Quero dizer, as mulheres se jogavam em cima dele”, afirmou seu advogado no começo do caso.
Acusação de abuso sexual contra Marilyn Manson é arquivada pela Justiça americana
Um processo de abuso sexual contra Marilyn Manson foi arquivado pela Justiça americana por falta de representação legal. A decisão foi tomada após Ashley Morgan Smithline não cumprir uma determinação judicial no prazo devido. Ela perdeu o advogado no começo de outubro e tinha um prazo até o dia 5 de dezembro para substitui-lo, o que não ocorreu. “O tribunal, portanto, extingue esta ação sem prejuízo, por omissão do autor em processar a ação”, diz o texto da decisão judicial. A modelo e ex-namorada de Manson acusou o cantor de abuso sexual, estupro, violência, ameaça de morte e tortura física e psicológica, acrescentando que ele cortou seu ombro, a parte interna do braço e o estômago com uma faca, deixando cicatrizes. Em entrevista à revista People no ano passado, ela dizia querer que o artista fosse “responsabilizado de uma vez por todas”. Apesar desse arquivamento, Manson ainda enfrenta dois processos de agressão sexual: da atriz Esmé Bianco (de “Game of Thrones”), que acusa Manson de estupro e de tentar matá-la, e de uma vítima anônima, que afirma ter sido estuprada brutalmente na residência do cantor em 2011. Um quarto processo movido em maio de 2021 pela ex-assistente de Manson, Ashley Walters, foi indeferido por ter ultrapassado o limite de prescrição, mas ela entrou com uma apelação na Justiça. Em sua denúncia, Walters alegou que Manson a sujeitou a mais de um ano de “exploração sexual, manipulação e abuso psicológico” depois de atrai-la com a promessa de uma colaboração profissional. Marilyn Manson, cujo nome verdadeiro é Brian Hugh Warner, também entrou com seu próprio processo de difamação na Justiça, acusando sua ex-namorada Evan Rachel Wood (atriz de “Westworld”) de fabricar acusações contra ele e, de acordo com a ação, “recrutar, coordenar e pressionar mulheres ligadas a Warner a fazer falsas acusações de abuso contra ele”. Primeira a denunciar Manson em suas redes sociais, Wood disse que já esperava o processo ao se pronunciar publicamente sobre os abusos e disse que não estava “com medo” de enfrentá-lo no tribunal. “Isso é o que praticamente todo sobrevivente que tenta expor alguém em uma posição de poder sofre, e isso faz parte da retaliação que mantém os sobreviventes quietos. É por isso que as pessoas não querem se apresentar. Isso era esperado”, afirmou durante participação no programa televisivo americano “The View”. “Estou muito confiante de que tenho a verdade do meu lado e que a verdade virá à tona.”
Brendan Fraser se recusa a ir ao Globo de Ouro: “Não sou hipócrita”
O ator Brendan Fraser, que vem de uma performance elogiada em “The Whale” (A Baleia) e é considerado presença garantida nos diversos eventos de premiação da temporada, afirmou que não aceitará convite para participar do Globo de Ouro 2023. A cerimônia marcará 20 anos de um abuso que ele sofreu de um ex-presidente da associação responsável pelo prêmio. Ele deixou clara sua posição numa entrevista para a revista GQ publicada nesta quarta-feira (16/11), em que lembrou o assédio cometido por Philip Berk, ex-presidente da HFPA (Associação de Imprensa Estrangeira de Hollywood), que organiza o Globo de Ouro. “Tenho mais história com a Associação de Imprensa Estrangeira de Hollywood do que respeito pela Associação de Imprensa Estrangeira de Hollywood”, afirmou o ator. “É pelo histórico que tenho com eles [que não vou participar]. E minha mãe não criou um hipócrita. Você pode me chamar de muitas coisas, mas não disso”, completou A denúncia do assédio aconteceu em 2018 na própria GQ. Em uma longa reportagem publicada pela revista americana, o astro da trilogia “A Múmia” revelou que, além da atenção necessária para cuidar do filho autista, o assédio o deixou depressivo e até o desistimulou a continuar a carreira. Em 2003, durante um almoço realizado pela HFPA, à época do Globo de Ouro, Philip Berk apertou as nádegas do ator e enfiou o dedo. “Sua mão esquerda se aproximou, me agarrou na poupa da minha bunda e um de seus dedos tocou no períneo. E começou a movê-lo”, descreveu o ator na publicação. Fraser diz que o gesto o deixou paralisado. “Eu me sentia mal. Eu me senti como uma pequena criança. Senti como se houvesse uma bola na garganta. Eu pensei que ia chorar”. Ele conta que deixou o local imediatamente e cogitou contar o episódio a um policial do lado de fora do local, mas se sentiu humilhado. “[Isso] me fez recolher. Isso me fez sentir recluso.” Em resposta à denúncia, a HFPA declarou ter investigado as alegações e chegado à conclusão de que nada de grave aconteceu. Teria sido uma “piada” mal-interpretada, segundo comunicado oficial. Berk continuou na associação até o ano passado, quando foi demitido devido à circulação de um email racista, em meio às críticas de racismo sofridas pela própria HFPA. Brendan Fraser aproveitou para admitir que apenas os movimentos #MeToo e “Time’s Up” fizeram ele se sentir pronto para falar sobre o que aconteceu. “Eu conheço Rose [McGowan], conheço Ashley [Judd], conheço Mira [Sorvino] – já trabalhei com elas. Eu as chamo de amigas em minha mente. Não falo com elas há anos, mas são minhas amigas. Eu assisti a esse movimento maravilhoso, essas pessoas com coragem de dizer o que eu não tive coragem de dizer. Só eu sei qual é a minha verdade. E é o que eu acabei de falar com você”, finalizou.
Marco Nanini surge como João de Deus na primeira foto de “Os Últimos Dias de Abadiânia”
O Canal Brasil divulgou a primeira imagem de Marco Nanini como o médium João de Deus na série “Os Últimos Dias de Abadiânia”. A história é contada a partir do ponto de vista das irmãs Carmem (Bianca Comparato, de “3%”) e Cecília (Karine Teles, de “Manhãs de Setembro”), que vão para Goiás conhecer o líder espiritual 17 anos antes de sua prisão por abusos sexuais. Uma das irmãs fica traumatizada pela chamada “cirurgia de cura espiritual”, enquanto a outra se torna uma fiel colaboradora do médium. Alegando ter vivenciado o milagre da cura da irmã, ela decide se instalar de vez em Abadiânia. Coprodução com o canal TVI português, a série também conta no elenco com Antonio Saboia (“Rotas do Ódio”) e artistas portugueses. Os roteiros são de Patrícia Corso e Leonardo Moreira (ambos de “Coisa Mais Linda”), a direção é de Marina Person (“Califórnia”) e ainda não há previsão para a estreia.
José Dumont é indiciado por estupro de vulnerável
O ator José Dumont, que já responde por armazenamento de pornografia infantil, também irá responder na Justiça por estupro de vulnerável. Na segunda-feira (7/11), a Justiça acatou o pedido da denúncia feita pelo Ministério Público do Rio, transformando o ator em réu pela segunda vez, depois que o delegado Marcello Maia, da Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima (Decav), o indiciou numa investigação de abuso contra um menor de idade. De acordo com a apuração da polícia, as câmeras registraram momentos de investidas do ator sobre um menino de 12 anos, com beijo na boca e carícias íntimas. Em depoimento para a polícia durante a investigação, a mãe da vítima afirmou que só soube dos abusos que o filho sofreu após as denúncias dos vizinhos. Dumont foi preso em 15 de setembro, no Rio, durante uma ordem de busca e apreensão, em que foram encontradas imagens de pornografia infantil em sua posse, mas foi colocado em liberdade com tornozeleira eletrônica em 12 de outubro, de acordo com decisão da desembargadora Suimei Meira Cavalieri, da 3ª Vara Criminal do Rio. No mais recente desenvolvimento do caso, a promotora Janaína Marque Corrêa Melo, da 1ª Promotoria de Justiça de Investigação Penal Territorial da Área Botafogo e Copacabana, voltou a pedir prisão preventiva do ator. Após denunciar Dumont pelo crime de estupro de vulnerável, ela afirma que a liberdade do artista pode significar risco para outras crianças e adolescentes. O ator estava contratado pela Globo e gravando a novela “Todas as Flores” quando foi denunciado e preso, e afirmou em sua defesa que o material apreendido era estudo para seu personagem na trama. Após o encarceramento, a emissora demitiu o artista. O último trabalho do ator na TV tinha sido o Coronel Eudoro em “Nos Tempos do Imperador” (2021). Ele é visto em produções da Globo desde que teve o papel principal no telefilme “Morte e Vida Severina”, de 1981, e também participou da versão original de “Pantanal” na TV Manchete. Com uma longa carreira nas telas que vem desde o filme “Lucio Flávio, o Passageiro da Agonia”, de 1977, Dumont também colecionou 21 prêmios nacionais e internacionais, incluindo três Candangos de Melhor Ator em Longa-Metragem no Festival de Brasília, dois Kikitos de Melhor Ator e um de Coadjuvante no Festival de Gramado, além de prêmios equivalentes nos festivais do Rio, Recife (Cine-PE), Miami (EUA), Havana (Cuba) e Huelva (Espanha). Além do caso no Rio, o Ministério Público da Paraíba também retomou investigações sobre possível estupro de vulnerável praticado por Dumont em 2009 na cidade de Cabedelo, a 15 km de João Pessoa. Para fazer frente às acusações, Dumont contratou o escritório do advogado Arthur Lavigne, um dos mais renomados e caros do Brasil, que ajudou a promotoria no caso do assassinato de Daniella Perez.
Marco Nanini será João de Deus em série do Canal Brasil
O veterano ator Marco Nanini (“A Grande Família”) irá viver o polêmico médium João de Deus na série “Os Últimos Dias de Abadiânia”, coprodução do Canal Brasil e da TVI portuguesa. A série será dirigida por Marina Person (“Califórnia”) e contará também no elenco com Bianca Comparato (“3%”), Karine Teles (“Manhãs de Setembro”) e Antonio Saboia (“Rotas do Ódio”), além de artistas portugueses. A inclusão de personagens portugueses tem o objetivo de dar uma “perspectiva estrangeira” à história, visando também seu lançamento internacional. Por sinal, o título em inglês da atração já foi definido. E é melhor que o brasileiro: “Godless John” – isto é, João sem Deus. A trama vai girar em torno de duas irmãs que chegaram à pequena cidade de Abadiânia, 17 anos antes do escândalo de estupro em série de João de Deus, que acabou preso após ser alvo de mais de 600 denúncias de abuso sexual, incluindo estupro e pedofilia. Uma das irmãs fica traumatizada pela chamada “cirurgia de cura espiritual”, enquanto a outra se torna uma fiel colaboradora da médium. Alegando ter vivenciado o milagre da cura da irmã, ela decide se instalar de vez em Abadiânia. “A trama se desenrola durante o reencontro das duas irmãs, que culmina em uma reviravolta surpreendente”, diz a sinopse divulgado no exterior. “As três protagonistas da nossa série (todas mulheres), representam as mulheres reais que iniciaram todo o escândalo: Carmen representa a fé nos poderes curativos de João de Deus, Cecília representa as vítimas de estupro e Ariane (filha de Carmen) interpreta a parte de uma garota que só percebe que foi abusada depois que outras mulheres se manifestaram”, detalhou a diretora Marina Person para a revista americana Variety.
Futebol brasileiro vira “Jogo da Corrupção” no trailer da série sobre escândalos da FIFA
A Amazon divulgou o pôster e o trailer da 2ª temporada de “El Presidente”, que recebeu o nome de “Jogo da Corrupção”. Em sua 1ª temporada, a série abordou o começo do escândalo conhecido como “FIFA Gate”, expondo falcatruas da Federação Argentina e de dirigentes chilenos de futebol. Já os novos episódios focarão nos desdobramentos da corrução futebolística no Brasil, por meio da ascensão de João Havelange ao comando da FIFA. A produção destaca o ator português Albano Jerónimo (“The One”) e os brasileiros Maria Fernanda Cândido (“O Traidor”) e Eduardo Moscovis (“Boa Dia, Verônica”) em papéis centrais. Jerónimo vive Havelange, Maria Fernanda interpreta sua esposa, Anna Maria Havelange, e Moscovis é o bicheiro Castor de Andrade, que inspirou o recente documentário “Doutor Castor”, lançado em fevereiro pela Globoplay. Além deles, Leo Cidade (“Cinderela Pop”) e Polliana Aleixo (“Em Família”) vivem o casal Havelange na juventude e o colombiano Andrés Parra retoma seu papel da 1ª temporada como o ex-dirigente de futebol chileno Sergio Jadue, pivô do “FIFA Gate”, que volta transformado em narrador e elemento cômico dos novos episódios. A série foi criada pelo roteirista argentino Armando Bó, que venceu o Oscar pelo filme “Birdman” (2014) e continua à frente da produção em seu segundo ano de produção. Com oito episódios, a 2ª temporada também inclui outros brasileiros: Carol Abras (“O Mecanismo”), Lourinelson Vladimir (“O Escolhido”), Guilherme Prates (“Onisciente”), Nelson Freitas (“Socorro, Virei uma Garota!”), Leandro Firmino (“Cidade de Deus”), Marianna Armellini (“Bate Coração”), Isadora Ferrite (“Deus Salve o Rei”) e Demétrio Nascimento Alves. Já escalação internacional conta com a britânica Anna Brewster (“Star Wars: O Despertar da Força”), o argentino Fabio Aste (“Riviera”) e o francês Philippe Jacq (“The Head: Mistério na Antártida”). “Jogo da Corrupção” estreia em 4 de novembro no Prime Video, serviço de streaming da Amazon.
Mãe de vítima de José Dumont depõe na polícia: “Quero ele preso”
Um dia após José Dumont ser solto, a mãe do menino que teria sido abusado pelo ator prestou depoimento na Delegacia da Criança e Adolescente Vítima, no Centro do Rio de Janeiro. A mulher, que pediu para não ter o nome divulgado, chorou ao conversar com a imprensa sobre o caso, revelando só ter descoberto o abuso por meio da mídia. “Eu não sei o que sinto. Tristeza, revolta, não sei explicar. Ninguém imagina que isso iria acontecer. Fiquei sabendo após as pessoas denunciarem. A minha vida está difícil. Eu não trabalho mais para organizar a minha vida e a vida do meu filho”, afirmou a mulher nesta quinta (13/10). De acordo com a polícia, Dumont teria se aproveitado do prestígio como ator para atrair a atenção do adolescente de 12 anos, que era seu fã. A investigação aponta ainda que ele desenvolveu um relacionamento próximo com o menino, oferecendo ajuda financeira e presentes, valendo-se da vulnerabilidade financeira da vítima para, a partir daí, fazer investidas com beijos na boca e carícias íntimas, que acabaram sendo captadas por câmeras de vigilância, dando início às investigações. “Ele tratava muito bem a mim e minha família. Sempre era muito atencioso. A gente quis retribuir a atenção com um bolo de aniversário e aconteceu isso. Só quero justiça. Quero ele preso, porque o meu filho e outras crianças correm risco”, continuou a mãe. “Do mesmo jeito que ele fez com o meu filho, ele pode fazer com outras crianças. Será que ele não fez isso com outras crianças e as mães não estão coagidas?”, questionou. Foram os vizinhos do ator que fizeram a denúncia para a polícia, após as verem o vídeo das câmeras do condomínio. Por conta disso, policiais realizaram busca e apreensão na casa do ator, onde foram encontrados imagens e vídeos de sexo envolvendo crianças, motivando sua prisão em flagrante. Dumont acabou solto na quarta (12/10) e passou a ser monitorado por uma tornozeleira eletrônica até seu julgamento. O ator também é investigado por pedofilia na Paraíba desde 2013. Responsável pela denúncia, o Ministério Público Estadual pretende retomar a investigação após a prisão do artista no Rio de Janeiro. O crime teria acontecido em 2009 em Cabedelo, onde Dumont tinha um apartamento. Os documentos que chegaram à imprensa trazem depoimentos de duas testemunhas, que alegam ter presenciado abusos por parte do ator contra um grupo de meninos. Na ação que corre na 1ª Vara Mista de Cabedelo, na região metropolitana de João Pessoa, ele é indiciado pelo crime de estupro de vulnerável. Em sua defesa, o ator alegou que os conteúdos com pornografia infantil encontrados pela polícia eram um objeto de estudo para seu personagem na novela “Todas as Flores”, da Globoplay. Seu personagem seria um explorador de menores, que abusa de crianças de rua. Ele foi demitido da produção após a prisão e substituído por Jackson Antunes. O último trabalho do ator na TV tinha sido o Coronel Eudoro em “Nos Tempos do Imperador” (2021). Ele é visto em produções da Globo desde que teve o papel principal no telefilme “Morte e Vida Severina”, de 1981, e também participou da versão original de “Pantanal” na TV Manchete. Com uma longa carreira nas telas que vem desde o filme “Lucio Flávio, o Passageiro da Agonia”, de 1977, Dumont também colecionou 21 prêmios nacionais e internacionais, incluindo três Candangos de Melhor Ator em Longa-Metragem no Festival de Brasília, dois Kikitos de Melhor Ator e um de Coadjuvante no Festival de Gramado, além de prêmios equivalentes nos festivais do Rio, Recife (Cine-PE), Miami (EUA), Havana (Cuba) e Huelva (Espanha).











