Cloris Leachman (1926 – 2021)
A veterana atriz Cloris Leachman, que venceu oito Emmys e um Oscar ao longo de uma carreira de sete décadas, morreu na terça-feira (26/1) de causas naturais em sua casa em Encinitas, na Califórnia, aos 94 anos. Nascida em 30 de abril de 1926, em Des Moines, Leachman começou sua carreira no showbiz ao participar do concurso de beleza Miss America de 1946, o que lhe deu projeção e a levou a aparecer em algumas das primeiras séries da televisão americana, como “The Ford Theater”, “Studio One”, “Suspense”, “Danger” e “Actor’s Studio”. Paralelamente, ela passou a chamar atenção na Broadway, onde começou no pós-guerra. Depois de alguns pequenos papéis, foi escalada como substituta da atriz principal de “South Pacific” e precisou ter que se apresentar no palco durante um imprevisto da intérprete original. Acabou roubando a cena, virando a estrela principal e protagonizando nada menos que oito outros shows da Broadway depois disso, só nos anos 1950. Este sucesso explica porque ela demorou um pouco para emplacar nas telas. Um de seus primeiros papéis recorrentes foi na série da cachorrinha “Lassie” (1957-1958), mas sua presença geralmente se restringia a um episódio por série, incluindo inúmeros trabalhos em séries clássicas dos anos 1960, como “Além da Imaginação” (The Twilight Zone), “Gunsmoke”, “Couro Cru” (Rawhide), “Os Intocáveis” (The Untouchables), “Rota 66” (Route 66), “Alfred Hitchcock Apresenta” (Alfred Hitchcock Presents), “77 Sunset Strip”, “Os Defensores”, “Têmpera de Aço”, “Lancer”, “Mannix”, “Perry Mason” e “Dr. Kildare”, onde voltou a aparecer em vários capítulos. Ao mesmo tempo, Leachman começou a investir na carreira cinematográfica. Seu primeiro papel no cinema foi uma pequena participação no clássico noir “A Morte num Beijo” (1955), de Robert Aldritch, seguido pelo drama de guerra “Deus é Meu Juiz” (1956), com Paul Newman. Seu sucesso na Broadway a manteve distante das telas grandes por mais de uma década, mas permitiu um reencontro com Newman em seu retorno, no clássico blockbuster “Butch Cassidy” (1968). No início dos anos 1970, Leachman finalmente se concentrou nos filmes. E foi reconhecida pela Academia por um de seus papéis mais marcantes, como Ruth Popper, a solitária esposa de meia-idade de um treinador de futebol americano, gay e enrustido, no cultuado drama em preto e branco “A Última Sessão de Cinema” (1971), de Peter Bogdanovich. Seu desempenho poderoso lhe rendeu um Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante. Em seguida, co-estrelou “Dillinger” (1973), de John Milius, voltou a trabalhar com Bogdanovich em “Daisy Miller” (1974) e quase matou o público de rir numa das comédias mais engraçadas de todos os tempos, “O Jovem Frankenstein” (1974), de Mel Brooks, como Frau Blücher, cujo nome dito em voz alta fazia até cavalos relincharem com apreensão. Brooks, por sinal, voltou a escalá-la como uma enfermeira suspeita em sua segunda melhor comédia, “Alta Ansiedade” (1977). Nesta época, ela também assumiu seu papel mais famoso da TV, como Phyllis Lindstrom, a vizinha metida da série “Mary Tyler Moore” (1970–1977). Ela foi indicada ao primeiro Emmy da carreira pelo papel em 1972. E finalmente venceu como Melhor Coadjuvante em 1974 e 1975. Após o segundo Emmy, sua personagem ganhou atração própria, “Phyllis”, que durou duas temporada (até 1977), além de aparecer em crossovers com a série original e outra derivada, “Rhoda” – e lhe rendeu um Globo de Ouro de Melhor Atriz. Mesmo com a agenda lotada, Leachman ainda conseguiu viver a Rainha Hipólita na série da “Mulher-Maravilha”, em 1975. Ela continuou a acumular créditos no cinema e na TV ao longo dos anos 1970 e 1980 antes de voltar a ter um papel fixo, o que aconteceu na série “Vivendo e Aprendendo” (The Facts of Life). A atriz assumiu o protagonismo das duas últimas temporadas da atração (que durou nove anos) como substituta da estrela original, Charlotte Rae, interpretando Beverly Ann Sickle, a irmã tagarela da personagem de Rae, entre 1986 e 1988. Mais recentemente, ela ganhou dois Emmys e quatro outras indicações por seu papel na sitcom “Malcolm” (Malcolm in the Middle), como a mãe malvada de Jane Kaczmarek (de 2001 a 2006), além de ter rebido nova indicação ao Emmy por interpretar Maw Maw, a bisavó da personagem-título da sitcom “Raising Hope”, entre 2010 e 2014 na mesma rede. Leachman também foi a mãe agitada de Ellen DeGeneres na sitcom “The Ellen Show”, que foi ao ar em 2001-02, e uma paciente de terapia de Helen Hunt no revival de “Louco por Você” (Mad About You), exibido em 2019, quando já estava com 93 anos. A atriz ainda desenvolveu uma carreira robusta como dubladora, a partir da participação da versão “Disney” do anime clássico “O Castelo no Céu” (1986), de Hayao Miyazaki. Ela voltou a trabalhar em outra dublagem de Miyazaki em 2008, em “Ponyo: Uma Amizade que Veio do Mar”, fez parte do elenco do cultuado “O Gigante de Ferro” (1999) e teve um papel de voz breve, mas memorável no filme “Beavis e Butt-Head Detonam a América”, de 1996, como uma mulher idosa que encontra os meninos na estrada várias vezes, chamando-os de “Travis e Bob”. Entre seus últimos trabalhos, estão dublagens de personagens recorrentes das séries animadas da Disney “Phineas e Ferb” e “Elena de Avalor”. E ela ainda pode ser ouvida atualmente nos cinemas dos EUA em seu último papel, como Gran, a velha sogra do protagonista Grug (Nicolas Cage) em “Os Croods 2: Uma Nova Era”, após ser responsável pelas melhores piadas do primeiro filme, de 2013. Atrasado devido à pandemia, “Os Croods 2” só vai estrear no Brasil em março.
Elena de Avalor vai terminar com coroação da primeira rainha latina da Disney
A Disney anunciou o fim do desenho animado “Elena de Avalor” por meio de um vídeo de bastidores, em que intérpretes e produtores se despedem da atração. A série de Elena, a primeira princesa latina da Disney, vai chegar ao fim em 23 de agosto, no canal pago Disney Junior, num episódio especial em que a jovem finalmente se tornará rainha de seu reino. Assim, ela também se tornará a primeira rainha latina do estúdio de animação mais famoso do mundo. Criada por Craig Gerber (criador também da “Princesinha Sofia”), Elena é originalmente dublada pela atriz dominicana Aimee Carrero (série “Young & Hungry”) e, ao longo de três temporadas, salvou seu reino de uma feiticeira chamada Shuriki e demonstrou como é possível governar como benevolência, mesmo sem ter idade para isso. O capítulo final, batizado de “Elena de Avalor: Dia da Coroação”, apresentará a ascensão de Elena ao trono, agora que ela cresceu o suficiente para se tornar rainha. Vários integrantes do elenco estelar de convidados da série ao longo da produção, retornarão para dublar seus personagens no final. Os astros incluem Jaime Camil e Gina Rodriguez (ambos de “Jane the Virgin”), Mario Lopez (“Galera do Barulho”), Rachel Brosnahan e Tony Shalhoub (“The Marvelous Mrs. Maisel”), Whoopi Goldberg (“Ghost – Do Outro Lado da Vida”), Melissa Fumero e Stephanie Beatriz (“Brooklyn Nine-Nine”), Gina Torres (“Suits”), Kether Donohue (“You’re the Worst”), Tyler Posey (“Teen Wolf”) e Nestor Carbonell (“Bates Motel”). Além disso, Mark Hamill (“Star Wars”), Fred Armisen (“Portlandia”), Andy Garcia (“Mamma Mia! Lá Vamos Nós de Novo”), Jenny Slate (“Big Mouth”) e Patrick Warburton (“Lemony Snicket: Desventuras em Série”) participarão em novos papéis no final. O encerramento da série não significa que a personagem será abandonada. Ela pode ganhar especiais na plataforma Disney+ (Disney Plus), onde a série também é disponibilizada.
Elena de Avalor: Atores famosos vão dublar personagens da série animada
O Disney Channel revelou que vários atores famosos poderão ser ouvidos em sua nova série animada, “Elena de Avalor”. Num dos primeiros episódios, inclusive, a série já apresentou George Takei (o Sulu original de “Star Trek”) como a voz do Rei Toshi, monarca de um reino oriental. No mais recente capítulo, foi a vez do comediante Tituss Burgess (série “Unbreakable Kimmy Schmidt”), que dublou um personagem chamado Charoca, uma criatura vulcânica mágica, baseada num mito chileno. Outras vozes conhecidas já confirmadas para a 1ª temporada são Ana Ortiz (série “Devious Maids”), Hector Elizondo (série “Last Man Standing”), Danny Trejo (“Machete”) e a cantora da Broadway Eden Espinosa. A série pretende tornar essas participações especiais corriqueiras, alinhavando outras participações no decorrer da série. Primeira produção sobre uma princesa latina da Disney, a série “Elena de Avalor” estreou em 22 de julho no Disney Channel. No Brasil, a atração será exibida dublada (ou seja, sem as vozes famosas) a partir de novembro. Enquanto a série não chega por aqui, alguns jogos da personagem já estão disponíveis no site da Poki. Confira neste link.
Vestido da primeira princesa latina da Disney foi criado por estilista mineira
Elena de Avalor, a primeira princesa latina da Disney, está ganhando sua série própria com um legítimo figurino brasileiro. A estilista mineira Layana Aguilar foi responsável por desenhar alguns de seus vestidos. Aguilar mora em Nova York e participou, em 2013, da 11ª edição do “Project Runway”, um reality show norte-americano focado em design de moda. Ela se destacou no programa e, graças à indicação do consultor de moda e apresentador do programa, Tim Gunn, acabou recebendo a missão de vestir a jovem princesa. Para criar seu vestido de gala, que é vermelho e pela primeira vez na história das princesas Disney terá estampas, a estilista buscou inspiração na própria infância e nos bordados de sua avó. A personagem também se diferencia das demais princesinhas da Disney em outros quesitos. Ela é apenas a segunda princesa da companhia a empunhar uma espada e a primeira a não ter príncipe encantado ou salvador de alguma espécie. Ao contrário, foi ela quem xalvou o seu reino de um feiticeira do mal e, agora, tem a missão de governar Avalor. Na versão original, ela é dublada pela atriz Aimee Carrero (série “Young & Hungry”), nascida em Santo Domingo, capital da República Dominicana. E a série contará ainda com outros talentos latinos no elenco, além de, segundo a Disney, “incorporar influências de diversas culturas latinas e hispânicas”, como música, comida e tradições. Criada por Craig Gerber (criador também da “Princesinha Sofia”), Elena terá sua origem explicada num telefilme, “Elena e o Segredo de Avalor”, que mostrará como ela foi salva pela Princesinha Sofia, que também tem uma série própria, antes de iniciar suas aventuras. Segundo a história, Elena foi encarcerada dentro de um amuleto mágico desde os 16 anos de idade e, por décadas, seus pais e seu reino sofreram nas mãos da sacerdotisa Shuriki. Mas após se libertar, Elena reconquista seu lugar como governante de Avalor, enfrentando bruxas, magos, inimigos mortais e o desafio de governar mesmo sem ter idade suficiente para ser uma rainha. A série estreia no próximo dia 22 de julho no Disney Channel, mas o telefilme que deveria ser exibido antes disso ainda não tem data definida para sua exibição.
Elena de Avalor: Veja o trailer e a abertura da série animada da primeira princesinha latina da Disney
O Disney Channel divulgou o pôster final, o trailer e a abertura da série animada de sua primeira princesa latina, Elena de Avalor. As prévias apresentam a personagem em ação e seus coadjuvantes, ao som de uma trilha que combina diversos ritmos tropicais. Apesar de ser apresentada como princesa latina, Elena não representa nenhum país conhecido. Criada por Craig Gerber (criador também da “Princesinha Sofia”), ela é originalmente dublada pela atriz dominicana Aimee Carrero (série “Young & Hungry”). A nova princesa terá sua origem explicada num telefilme, “Elena e o Segredo de Avalor”, que mostrará como ela foi salva pela Princesinha Sofia, que também tem uma série própria, antes de iniciar suas aventuras. Segundo a história, Elena foi encarcerada dentro de um amuleto mágico desde os 16 anos de idade e, por décadas, seus pais e seu reino sofreram nas mãos da sacerdotisa Shuriki. Mas após se libertar, Elena reconquista seu lugar como governante de Avalor, enfrentando bruxas, magos, inimigos mortais e o desafio de governar mesmo sem ter idade suficiente para ser uma rainha. A série estreia no próximo dia 22 de julho no Disney Channel.



