Monica Iozzi desiste da novela “Elas por Elas” por “questões de saúde”
A atriz Monica Iozzi, que atualmente estrela a recém-lançada série “Novela” na plataforma Prime Video, desistiu de fazer uma novela de verdade na Globo. Ela anunciou sua saída do elenco de “Elas por Elas”, alegando “questões de saúde”. Em uma postagem no Instagram, Iozzi compartilhou com seus seguidores que vem se sentindo mal de maneira recorrente há mais de um mês. Com infecções e a imunidade baixa, a atriz relatou que teve episódios que a levaram ao hospital várias vezes. “Eu estou bem, com acompanhamento médico, mas, infelizmente, esse quadro impede que eu me doe 100% ao trabalho”, escreveu Monica. Decisão em comum acordo A decisão de deixar o elenco da novela foi tomada em comum acordo com a TV Globo. “Hoje, em conversa com a TV Globo, optamos por eu não estar mais no elenco. É claro que isso me entristece, mas realmente é a menor coisa a se fazer agora. Preciso dar atenção total à minha saúde, ao meu bem-estar”, explicou a atriz. A emissora confirmou a informação, justificando a decisão como uma “readequação artística na escalação”. Divulgação já tinha começado A atriz já havia mudado o visual para a personagem e até posou para a foto oficial da novela ao lado das outras seis protagonistas, Deborah Secco, Thalita Carauta, Maria Clara Spinelli, Isabel Teixeira, Karine Teles e Késia. Monica interpretaria Natália, uma das protagonistas da trama. A personagem é uma mulher obcecada com a morte do irmão e determinada a descobrir toda a verdade. Na versão original, o papel foi interpretado por Joana Fomm. Apesar da desistência, a Globo afirmou que Monica tem as portas abertas para futuros projetos em suas múltiplas plataformas. Ver essa foto no Instagram Uma publicação compartilhada por Monica Iozzi (@monica.iozzi)
Elas por Elas: Próxima novela das 6 ganha primeira imagem com protagonistas
A Globo divulgou a primeira imagem da próxima novela das 6 “Elas por Elas”, remake da atração exibida em 1982. A imagem reúne as protagonistas da atração, que gira em torno de sete mulheres de mais de 40 anos, com diferentes personalidades, num reencontro depois de mais de duas décadas afastadas. Elas são interpretadas por Maria Clara Spinelli (“A Força do Querer”), Karine Teles (“Manhãs de Setembro”), Deborah Secco (“Salve-se Quem Puder”), Késia Estácio (“O Silêncio da Chuva”), Isabel Teixeira (“Pantanal”), Thalita Carauta (“Todas as Flores”) e Monica Iozzi (“Turma da Mônica: Lições”). Passada no Rio de Janeiro, a história acompanha o grupo que se conheceu em um curso. Elas ficaram muito próximas e dividiram vários momentos da vida, mas cortaram os laços após um fim de semana na praia. Após 25 anos, Lara (Deborah Secco) encontra uma foto antiga e tem a ideia de juntar o grupo novamente. Ela abre sua casa e recebe Taís (Késia), Helena (Isabel Teixeira), Adriana (Thalita Carauta), Renée (Maria Clara Spinelli), Natália (Monica Iozzi) e Carol (Karine Teles), sem desconfiar que o momento do reencontro, que deveria ser de euforia, iria trazer também grandes revelações e desenterrar mágoas que ficaram guardadas no passado. Remake de 1982 A novela é uma releitura da trama escrita por Cassiano Gabus Mendes e transmitida pela Globo em 1982. O remake é criado por Thereza Falcão e Alessandro Marson, ambos responsáveis por “Nos Tempos do Imperador”. Já a direção artística é de Amora Mautner (“Vamp”), enquanto a direção de gênero de José Luiz Villamarim (“Redemoinho”). O elenco ainda vai contar com Lázaro Ramos (“Mister Brau”) como Mário Fofoca, Mateus Solano (“Amor à Vida”) como Jonas e o retorno de Cassio Gabus Mendes (“Vale Tudo”) no papel do vilão Otávio. “Elas por Elas” tem previsão de estreia para setembro no horário das 6 na Globo, substituindo “Amor Perfeito”. Ver essa foto no Instagram Uma publicação compartilhada por gshow (@gshow)
Mateus Solano dividirá personagem com Dani Flomin em “Elas por Elas”
Mateus Solano (“Amor à Vida”) está prestes a dividir um papel com Dani Flomin (“Mila no Multiverso”) no remake de “Elas por Elas”. Os atores farão diferentes versões de Jonas, um personagem de caráter dúbio. O personagem era namorado de adolescência de Adriana (nesta fase por Thalita Carauta), mas a traía com Helena (papel futuro de Isabel Teixeira). Com o passar dos anos, Jonas engravida a amante ricaça com quem acaba se casando. Durante o folhetim, o caráter de Jonas será colocado em xeque e ficará no ar se ele se casou com Helena por integridade ou interesse em mudar de vida. “Elas por Elas” é protagonizada por sete mulheres entre 40 e 50 anos, com perfis bem diversos, que se reencontram após muito tempo afastadas. A nova versão será ambientada no Rio de Janeiro e promete ainda mais romances. As gravações do remake estão previstas para iniciar em 17 de julho. Mais detalhes do remake O remake contará também com as participações de Maria Clara Spinelli (“Salve Jorge”), Deborah Secco (“Segundo Sol”), Thalita Carauta (“A Diarista”), Monique Alfradique (“Fina Estampa”) e Monica Iozzi (“A Dona do Pedaço”), além das atrizes Karine Teles e Isabel Teixeira, ambas de “Pantanal”. A nova versão da trama ainda garantiu participação de Lázaro Ramos (“Mister Brau”) como Mário Fofoca e o retorno de Cassio Gabus Mendes (“Vale Tudo”) para o papel do vilão Otávio. A primeira edição foi escrita por seu pai, Cassiano Gabus Mendes. A segunda vinda de “Elas por Elas” tem como autores Thereza Falcão e Alessandro Marson, ambos responsáveis por “Nos Tempos do Imperador”. Além disso, o folhetim terá direção artística de Amora Mautner (“Vamp”).
Monique Alfradique é escalada para o remake de “Elas por Elas”
Monique Alfradique foi escalada para o remake de “Elas por Elas”, a próxima novela da TV Globo. A atriz fará Érica, personagem que se chamava Claudia na trama original. Na nova versão, Érica viverá um romance com o personal trainer Edu, interpretado por Luis Navarro (“Todas as Flores”). O personagem será o melhor amigo do icônico detetive Mário Fofoca (Lázaro Ramos). Já em 1982, a personagem de Christiane Torloni (“Fina Estampa”) passa por um processo de divórcio até se envolver com René, um advogado sem projeção vivido por Reginaldo Faria (“Vamp”). Após um tempo, ela se sente balançada pelo detetive que trabalha num escritório ao lado. “Elas por Elas” é protagonizada por sete mulheres entre 40 e 50 anos, com perfis bem diversos, que se reencontram após muito tempo afastadas. A nova versão será ambientada no Rio de Janeiro e promete ainda mais romances. Mais detalhes do remake O remake contará também com as participações de Maria Clara Spinelli (“Salve Jorge”), Deborah Secco (“Segundo Sol”), Thalita Carauta (“A Diarista”) e Monica Iozzi (“A Dona do Pedaço”), além das atrizes Karine Teles e Isabel Teixeira, ambas de “Pantanal”. A nova versão da trama ainda garantiu o retorno de Cassio Gabus Mendes (“Vale Tudo”) para o papel do vilão Otávio. A primeira edição foi escrita por seu pai, Cassiano Gabus Mendes. A segunda vinda de “Elas por Elas” tem como autores Thereza Falcão e Alessandro Marson, ambos responsáveis por “Nos Tempos do Imperador”. Além disso, o folhetim terá direção artística de Amora Mautner (“Vamp”). As gravações do remake estão previstas para iniciar em 17 de julho.
Lázaro Ramos será o icônico Mário Fofoca no remake de “Elas por Elas”
Lázaro Ramos foi escalado para o remake de “Elas por Elas”, a próxima novela das seis da TV Globo. No folhetim, o ator viverá o marcante personagem Mário Fofoca. Ele é contratado da Amazon desde 2021, mas recebeu permissão para atuar no projeto global. “Elas por Elas” é protagonizada por sete mulheres entre 40 e 50 anos, com perfis bem diversos, que se reencontram após muito tempo afastadas. A nova versão será ambientada no Rio de Janeiro e promete ainda mais romances. Mário Fofoca, por sua vez, é um detetive que tenta solucionar um mistério envolvendo as protagonistas. O personagem de Lázaro Ramos ainda terá uma irmã chamada Taís, interpretada pela artista Késia Estácio (“The Voice Brasil”). Na novela de 1982, Mario Fofoca foi vivido pelo saudoso Luis Gustavo. Era para ele aparecer em apenas sete capítulos, mas o sucesso foi tão grande que acabou ganhando até uma série própria, “Mário Fofoca”, lançada logo na sequência do folhetim original. Além disso, Luis Gustavo ainda reviveu o detetive num episódio especial da sitcom “Saiu de Baixo” nos anos 1990 e também no remake de “Ti-Ti-Ti” em 2010. Trata-se de um dos personagens mais icônicos da História da rede Globo. Mais detalhes do remake O remake contará também com as participações de Maria Clara Spinelli (“Salve Jorge”), Deborah Secco (“Segundo Sol”), Thalita Carauta (“A Diarista”) e Monica Iozzi (“A Dona do Pedaço”), além das atrizes Karine Teles e Isabel Teixeira, ambas de “Pantanal”. A nova versão da trama ainda garantiu o retorno de Cassio Gabus Mendes (“Vale Tudo”) para o papel do vilão Otávio. A primeira edição foi escrita por seu pai, Cassiano Gabus Mendes. A segunda vinda de “Elas por Elas” tem como autores Thereza Falcão e Alessandro Marson, ambos responsáveis por “Nos Tempos do Imperador”. Além disso, o folhetim terá direção artística de Amora Mautner (“Vamp”). A novela está prevista para o segundo semestre deste ano, depois da exibição de “Amor Perfeito”. Lembre abaixo a história de Mario Fofoca, contada por Luis Gustavo num episódio do “Video Show”.
Késia Estácio é escalada no remake de “Elas por Elas”
Késia Estácio, que participou da 1ª temporada do “The Voice Brasil”, será uma das sete protagonistas do remake de “Elas por Elas”. Destaque na música, Késia vem se arriscando em papéis na rede Globo há cerca de três anos. Em 2020, a atriz integrou o humorístico “Fora de Hora”, onde ela interpreta a repórter Patrícia Evelyn, uma personagem que era escalada para cobrir pautas absurdas. Além disso, a artista se consolidou no teatro musical e teve a oportunidade de percorrer os palcos brasileiros com o premiado “Musical Elza”, que se tornou um fenômeno por retratar a carreira da cantora Elza Soares. “Elas por Elas” é protagonizada por sete mulheres entre 40 e 50 anos, com perfis bem diversos, que se reencontram após muito tempo afastadas. A nova versão será ambientada no Rio de Janeiro e promete ainda mais romances. Ainda em fase de escalação, o remake do folhetim já confirmou a participação de Maria Clara Spinelli (“Salve Jorge”), Deborah Secco (“Segundo Sol”), Isabel Teixeira (“Pantanal”), Thalita Carauta (“A Diarista”) e Monica Iozzi (“A Dona do Pedaço”). A trama ainda garantiu o retorno de Cassio Gabus Mendes (“Vale Tudo”) para o papel do vilão Otávio. A nova versão de “Elas por Elas” tem como autores Thereza Falcão e Alessandro Marson, ambos responsáveis por “Nos Tempos do Imperador”. Além disso, o folhetim terá direção artística de Amora Mautner (“Vamp”). A novela está prevista para o segundo semestre deste ano, depois da exibição de “Amor Perfeito”.
Isabel Teixeira será protagonista do remake de “Elas por Elas”
Destaque em “Pantanal”, a atriz Isabel Teixeira vai retornar às telenovelas em mais um remake da TV Globo. Agora, a artista será uma das protagonistas de “Elas por Elas”. A trama é protagonizada por sete mulheres entre 40 e 50 anos, com perfis bem diversos, que se reencontram após muito tempo afastadas. A nova versão será ambientada no Rio de Janeiro e promete ainda mais romances. Ainda em fase de escalação, o remake de “Elas por Elas” já confirmou a participação de Maria Clara Spinelli (“Salve Jorge”), Deborah Secco (“Segundo Sol”) e Monica Iozzi (“A Dona do Pedaço”). A trama ainda garantiu o retorno de Cassio Gabus Mendes (“Vale Tudo”) para o papel do vilão Otávio. A nova versão de “Elas por Elas” têm como autores Thereza Falcão e Alessandro Marson, ambos responsáveis por “Nos Tempos do Imperador”. Além disso, o folhetim terá direção artística de Amora Mautner (“Vamp”). A novela está prevista para o segundo semestre deste ano, depois de “Amor Perfeito”.
Maria Clara Spinelli fará protagonista trans em remake de “Elas por Elas”
Maria Clara Spinelli foi confirmada no remake de “Elas por Elas”, uma das próximas novelas da TV Globo. No folhetim, a atriz viverá a primeira protagonista trans e mostrará sua transição de gênero. A artista foi escalada para interpretar Renê, uma mulher trans que se transforma em Renée depois de 25 anos num corpo masculino. “Eu não virei mulher. Eu nasci mulher”, ela dirá. A trama é protagonizada por sete mulheres entre 40 e 50 anos, com perfis bem diversos, que se reencontram após muito tempo afastadas. A nova versão será ambientada no Rio de Janeiro e promete mais romances. Ainda em fase de escalação, o remake de “Elas por Elas” confirmou o retorno de Cassio Gabus Mendes (“Vale Tudo”) para o papel do vilão Otávio. O anuncio foi bastante celebrado, já que foi na novela de 1982, escrita por seu pai Cassiano Gabus Mendes, que o ator consolidou sua carreira. “Elas por Elas” tem como autores Thereza Falcão e Alessandro Marson, ambos responsáveis por “Nos Tempos do Imperador”. Além disso, o folhetim terá direção artística de Amora Mautner (“Vamp”). A novela está prevista para o segundo semestre deste ano, depois de “Amor Perfeito”. Maria Clara Spinelli fez as novelas “Salve Jorge” e “A Força do Querer”. A atriz também participou das séries “Supermax” e “Carcereiros”.
Ilka Soares (1932–2022)
A atriz Ilka Soares morreu na manhã deste sábado (18/6) no Rio de Janeiro. Ela estava internada na Clínica São Vicente, na capital fluminense, onde fazia um tratamento contra o câncer. Nascida em 21 de junho de 1932, completaria 90 anos na terça-feira. Com uma carreira de mais de sete décadas, Ilka virou estrela ainda na adolescência. Aos 15 anos, disputou um concurso de beleza promovido pelo jornal O Globo, onde chamou atenção do diretor de fotografia Ugo Lombardi, pai de Bruna Lombardi, e foi convidada a fazer teste para o filme “Iracema”, adaptação da obra clássica de José de Alencar. O filme foi lançado dois anos depois, em 1949, com Ilka Soares no papel-título, “a virgem dos lábios de mel”. O sucesso da produção a fez ser disputada pelos principais estúdios de cinema do Brasil. Destacou-se principalmente em produções da Atlântida, como as chanchadas “Três Vagabundos” (1952) e “Pintando o Sete” (1960), ao lado do rei do humor Oscarito, além do drama “Maior Que o Ódio” (1951), em que contracenou com o grande galã da época, Anselmo Duarte. O romance entre Ilka e Anselmo acabou virando história de amor real. Os dois se casaram. Mas, unidos pelo cinema, também se separaram após a convivência seguida nas telas. Eles mantiveram a parceria em mais duas comédias musicais – “Carnaval em Marte” (1955) e “Depois Eu Conto” (1956) – e, por volta do lançamento da segunda, se separaram. Ilka também brilhou em produções do estúdio Vera Cruz, especialista em melodramas populares, atuando em “Esquina da Ilusão” (1953) e no blockbuster nacional “Floradas na Serra” (1954), junto à primeira dama do teatro brasileiro, Cacilda Becker. Famosa e considerada uma das mulheres mais bonitas do país, ela passou a ser requisitada para capas de revistas e campanhas publicitárias das melhores marcas, o que a transformou numa das primeiras (senão a primeira) supermodelo do Brasil. Recém-inaugurado no país, o primeiro canal da TV brasileira, Tupi, fez questão de escalá-la em seu programa mais prestigioso, o “Teleteatro Tupi”, encabeçado por Fernanda Montenegro. A atração que encenava peças teatrais foi um dos maiores sucessos da década de 1950 na televisão – num período em que toda a programação era ao vivo. Em 1963, ela se casou com Walter Clark, executivo da TV Rio, que em dezembro de 1965 assumiu a direção geral de um novo canal: a TV Globo. No ano seguinte, Ilka estreou na Globo, substituindo a atriz Norma Bengell na apresentação do programa “Noite de Gala”. Fez sucesso como apresentadora e passou por outras produções, com destaque para o “Festival Internacional da Canção”, exibido no final da década. Mas mesmo com a vasta experiência como atriz, só foi fazer novelas com mais de duas décadas de carreira e após sua separação de Walter Clark. Ela estreou no gênero em 1971, na novela “O Cafona”, de Braúlio Pedroso, em que interpretou uma mulher sofisticada, tipo de personagem que a acompanharia pelo resto da carreira. A partir daí, Ilka não parou mais, emplacando novela atrás de novela. Ensaiou virar rainha das 22h, estrelando quatro atrações quase consecutivas no horário: “O Cafona”, “Bandeira 2” (1971), “O Bofe” (1972) e “O Espigão” (1974). Mas a partir de “Anjo Mau” (1976) encontrou novo nicho nas “novelas das sete”, vindo a estourar com “Locomotivas” (1977), primeira produção colorida da faixa, como Celeste, uma quarentona sexy (na época em que isso era raro na TV) que formou par com um ator 15 anos mais novo, o galã Dennis Carvalho. Cassiano Gabus Mendes foi o primeiro dramaturgo da Globo a explorar a capacidade cômica da atriz, que ela tinha aprimorado nas chanchadas. Depois de “Locomotiva”, Ilka se tornou seu talismã, aparecendo em várias de suas novelas, como “Te Contei?” (1978), “Elas por Elas” (1982), “Champagne” (1983) e “Que Rei Sou Eu?” (1989). Fez tanto sucesso em papéis cômicos que, no final da década de 1970, foi integrar um dos principais humorísticos da história da Globo, o “Planeta dos Homens”, ao lado de comediantes consagrados como Jô Soares, Agildo Ribeiro e Paulo Silvino. Ilka, porém, não virou comediante e continuou atuando em novelas, chegando a aparecer em duas atrações simultâneas entre 1990 e 1991, “Rainha da Sucata” às oito e “Barriga de Aluguel” às seis. Apesar disso, fez só mais duas novelas em seguida: “Deus Nos Acuda” (1993) e “Pecado Capital” (1998). O fim do ciclo na Globo lhe permitiu participar da série “Mandrake”, da HBO, e voltar ao cinema. Desde sua estreia no canal, Ilka só tinha feito um filme: “Brasa Adormecida”, em 1987. Ela retomou a trajetória cinematográfica interrompida com três novos lançamentos: “Copacabana” (2001), “Gatão de Meia Idade” (2006) e “Vendo ou Alugo” (2013). A comédia de Betse de Paula lhe rendeu o prêmio de Melhor Atriz no Festival Cine-PE, aos 80 anos de idade, e também foi a sua despedida das telas. Em 2018, Ilka fez uma nova retomada em sua carreira, voltando a modelar aos 86 anos, em fotos de lançamento de uma coleção da grife The Paradise, desenvolvida por seu neto e estilista Thomaz Azulay. Uma delas pode ser vista abaixo, ao lado de uma imagem da era de ouro da atriz no cinema.
Mila Moreira (1949–2021)
Mila Moreira, uma das primeiras modelos a virar atriz no Brasil, morreu na madrugada desta segunda (6/12), na emergência do hospital CopaStar, no Rio, após sofrer uma gastroenterite em Paraty. Ela começou a carreira de modelo aos 14 anos, quando venceu o concurso Miss Luzes da Cidade, organizado pelo jornal Última Hora. Logo depois, foi contratada pela Rhodia e se tornou uma estrela dos eventos de moda feitos para promover os fios sintéticos da empresa. A carreira não a impediu de continuar os estudos e ela se formou Psicologia. Ser modelo também a colocou na TV, como jurada no programa do apresentador Chacrinha nos anos 1970. Sua desenvoltura chamou atenção e Mila acabou convidada para fazer novelas. Foram dezenas, a partir de “Marron Glacê”, em 1979, em que viveu a responsável pelo bufê que dava nome à produção. “Quando virei atriz, todo mundo criticava. Houve muito preconceito dos colegas. Achavam que eu era caso do Cassiano [Gabus Mendes, autor da novela]”, ela contou em entrevista à Folha de S. Paulo há cinco anos. Na verdade, ela tinha uma relação com Cassiano Gabus Mendes, mas de grande amizade, já que foi casada nos anos 1970 com o ator Luis Gustavo, cunhado do autor. Ela se separou de Luis Gustavo antes de virar atriz, mas nunca perdeu a amizade, chegando a contracenar com o ex em vários trabalhos de Gabus Mendes. Assim, acabou se tornando parte da família de atores favoritos do escritor, que a incluiu em praticamente todas suas novelas, geralmente em papéis de mulheres ricas, de grande classe. Mila saiu de “Marron Glacê” direto para “Plumas e Paetês” (1981), “Elas por Elas” (1982) e a série derivada “As Aventuras de Mário Fofoca” (1982), chegando até a fazer uma participação como ela mesma na novela “Ti Ti Ti” (1985), sobre o mundo da moda. A parceria seguiu por uma década, com “Champagne” (1983), “Que Rei Sou Eu?” (1989), “Meu Bem, Meu Mal” (1990) e “O Mapa da Mina” (1993), até a morte de Cassiano naquele ano. A atriz ainda participou de dois remakes póstumos do velho amigo: “Anjo Mau” em 1997 e “Ti Ti Ti” em 2010. Os trabalhos com Cassiano a fizeram ser reconhecida como atriz e ela não teve problemas em continuar a carreira, trabalhando com vários autores consagrados, como Gilberto Braga, com quem fez “Corpo a Corpo” (1984), “Paraíso Tropical” (2007) e a minissérie “Anos Rebeldes” (1992), Daniel Más em “Bambolê” (1987), Sílvio de Abreu, no fenômeno de audiência “A Próxima Vítima” (1995), Aguinaldo Silva em “A Indomada” (1997), Carlos Lombardi em “O Quinto dos Infernos” (2002), Ana Maria Moretzsohn em “Sabor da Paixão” (2003), Walther Negrão em “Como uma Onda” (2005), Manoel Carlos em “Viver a Vida” (2009), Alcides Nogueira em “Ciranda de Pedra” (2008) e o remake de “O Astro” (2011). Ela demorou, porém, a firmar uma segunda parceria tão forte como tinha com Cassiano. Isto só foi acontecer no final de sua carreira, com Maria Adelaide Amaral, de quem gravou as minisséries “Os Maias” (2001) e “JK” (2006), além das novelas “Um Só Coração” (2004), “Queridos Amigos” (2008), “Sangue Bom” (2013) e “A Lei do Amor” (2016), seu último trabalho na Globo. Na época, deu uma entrevista ao jornal O Globo, em que lamentou ainda ser chamada de ex-modelo. “Sabe há quanto tempo não piso numa passarela? 37 anos! Fui modelo durante 11, 12 anos e tenho que carregar isso para o resto da vida”, reclamou. Os 37 anos citados correspondem a sua carreira de atriz, em que fez praticamente uma novela atrás da outra. Tanto trabalho lhe deixou pouco tempo livro para se aventurar por outros meios de expressão. Ainda assim, encaixou três filmes, todos sucessos de bilheteria da década de 1980: “Os Saltimbancos Trapalhões” (1981), de J.B. Tanko, “Aguenta Coração” (1984), de Reginaldo Faria, e “Dias Melhores Virão” (1989), de Cacá Diegues.
Luis Gustavo (1934-2021)
O ator Luis Gustavo, que eternizou personagens memoráveis na TV brasileira, morreu neste domingo (19/9) em sua casa em Itatiba, no interior de São Paulo, aos 87 anos. Ele lutava contra um câncer desde 2018 e chegou a contrariar ordens médicas para fazer seu último trabalho, retomando um de seus papéis mais famosos, o Vavá no filme da série “Sai de Baixo”. Filho de um diplomata espanhol, Luis Gustavo Sánchez Blanco nasceu em Gotemburgo, na Suécia, e veio para o Brasil ainda criança. Sua entrada na indústria televisiva foi pelos bastidores. Quando a TV Tupi estreou em 1950, seu cunhado Cassiano Gabus Mendes, diretor artístico da emissora, convidou o então adolescente para ocupar uma vaga de caboman. Rapidamente, o jovem tornou-se assistente de direção e, aproveitando a doença de um ator nos tempos dos teleteatros feitos ao vivo, estreou diante das câmeras num episódio do programa “TV de Vanguarda”, em 1953. Três anos depois, foi a vez do cinema, com uma participação em “O Sobrado”, escrito pelo mesmo cunhado bacana. Passando a se dedicar exclusivamente à atuação, ele começou a acumular papéis em filmes, como o sucesso de Mazzaropi “Casinha Pequenina” (1963), em novelas da Tupi, como a popular “O Direito de Nascer” (1964), e até no teatro, vencendo um prêmio da Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA) por sua atuação em “Quando as Máquinas Param”, de Plínio Marcos, em 1967. A grande virada de sua carreira aconteceu em 1968, quando virou protagonista da novela mais importante da história da TV brasileira. Luis Gustavo revolucionou a linguagem televisiva ao estrelar “Beto Rockfeller”, na TV Tupi, vivendo um sedutor sem-vergonha que tirava vantagem em tudo. “Beto Rockfeller” foi a primeira novela passada no Brasil contemporâneo, urbano, com locações externas e temática de humor. E isso a tornou diferente de todas as outras produções do gênero feitas até então. O texto de Bráulio Pedroso, um roteirista vindo do cinema, com colaboração do dramaturgo Plínio Marcos, tirou do ar as donzelas românticas e os mocinhos sem defeitos dos folhetins que dominavam a TV – o termo literário francês já indicada que eram todas adaptações de aventuras e melodramas de época europeus – para dar lugar a um cafajeste engraçado e 100% nacional. Isso inaugurou a era moderna das novelas brasileiras. Foram muitas inovações, desde o uso de trilha sonora internacional e as primeiras ações de merchandising numa novela, mas principalmente um protagonista que passava longe da imagem do galã dos folhetins. Luis Gustavo fez tanto sucesso no papel que o reprisou o cinema, num filme de Olivier Perroy lançado em 1970, e ainda estrelou uma continuação televisiva, “A Volta de Beto Rockfeller”, lançada na Tupi em 1973. Seu personagem acabou virando referência pop, sendo até parodiado por Mazzaropi no filme “Betão Roncaferro” (1970). Ele tentou repetir o fenômeno em “O Sheik de Ipanema” (1974), mas a esta altura a Tupi tinha mergulhado numa crise que culminaria em seu fechamento. No ano seguinte, foi convencido por Cassiano Gabus Mendes a mudar para a Globo, vivendo um dos papéis principais de “Anjo Mau” (1976), escrita pelo cunhado. A pareceria continuou com outras produções populares, como “Te Contei?” (1978), antes de estourar em “Elas por Elas” (1982), em que Luis Gustavo deu vida a outro papel antológico, o detetive atrapalhado Mario Fofoca. A princípio um simples coadjuvante, Mario Fofoca acabou se tornando o principal destaque da produção graças à performance engraçadíssima do ator Assim como aconteceu com Beto Rockefeller, o personagem também virou filme, “As Aventuras de Mário Fofoca”, com direção de Adriano Stuart em 1982, ganhou até uma série na Globo em 1983 e ressurgiu anos depois em outra novela. Desta vez, porém, o ator não demorou a encontrar outro papel hilário sob medida, novamente criado por Cassiano Gabus Mendes: Ariclenes, ou melhor o falso estilista espanhol Victor Valentín, em “Tititi” (1985). Sua identificação com o papel foi tão forte que a Globo resolveu lhe prestar homenagem no remake da trama produzido no ano 2010, convidando-o a aparecer, mas como outro personagem clássico: ninguém menos que o velho Mario Fofoca. Ao final dos anos 1980, sua popularidade era tanta que ele era capaz de criar bordões inesquecíveis até quando entrava numa novela para morrer nos primeiros episódios, como aconteceu em “O Salvador da Pátria” (1989), como o radialista sensacionalista Juca Pirama, que marcava sua locução com a frase “Meninos, eu vi!”. Depois de fazer muitas novelas, ele passou às séries. Entre 1994-1996, deu vida a Paulo, o pai de quatro meninas no popular seriado “Confissões de Adolescente”, exibido na TV Cultura e, posteriormente, na Rede Bandeirantes, que lançou a carreira da moleca Deborah Secco. Também protagonizou o primeiro sitcom bem-sucedido da Globo, “Sai de Baixo”, vivendo Vavá, patriarca de uma família tradicional paulistana, às voltas com falcatruas e dificuldades financeiras. Exibida entre 1996 e 2002, a atração fez tanto sucesso que ganhou revival em 2013 no canal pago Viva. O detalhe é que, além de estrelar, Luis Gustavo foi um dos criadores da série, ao lado do diretor Daniel Filho (“Se Eu Fosse Você”). Nos últimos anos, ele vinha alimentando a carreira cinematográfica com “O Casamento de Romeu e Julieta” (2005), de Bruno Barreto, em que interpretou um palmeirense, apesar de ser são-paulino doente, do tipo que chegava para gravar “Sai de Baixo” ao som do hino do time. Fez ainda “Os Penetras” (2013), em que retomou o universo de “Beto Rockfeller”, antes de se despedir dos fãs com “Sai de Baixo – O Filme”, em 2019. Ele era casado com Cris Botelho e tinha dois filhos: Luis Gustavo, de seu relacionamento com Heloísa Vidal, e Jéssica, fruto do casamento com a atriz Desireé Vignolli. E também tinha um bom relacionamento com os dois sobrinhos, os atores Tato Gabus Mendes e Cássio Gabus Mendes. Foi Cássio quem deu a notícia da morte de Tatá, apelido que acompanhou Luis Gustavo por toda a vida. “Obrigado por tudo, meu amado tio”, ele escreveu nas redes sociais, precipitando diversas homenagens de vários atores famosos.










