Jornalista agredido acusa diretora do filme de Johnny Depp de ser anti-MeToo
A diretora francesa Maïwenn (“Jeanne du Barry”) gerou controvérsias na última semana quando admitiu ter agredido o jornalista francês Edwy Plenel, que registrou uma queixa na polícia há algumas semanas. Ele veio à público nesta terça (16/5) afirmar que a diretora o agarrou pelos cabelos e cuspiu em seu rosto enquanto ele estava em um restaurante. O jornalista afirma que ficou traumatizado com o incidente e decidiu se pronunciar após a declaração da diretora. Em conversa com a revista americana Variety, Plenel revelou acreditar que Maiwenn o agrediu em protesto contra o Mediapart, jornal online em que ele é editor-chefe. Anteriormente, o veículo conduziu investigações sobre acusações de estupro e agressão sexual contra o cineasta Luc Besson (“O Quinto Elemento”). A diretora foi casada com Besson na década de 1990 e eles têm uma filha juntos. “Publicamos o que ela disse à polícia como parte da investigação sobre Besson”, disse. “Uma vez que publicamos nosso artigo, nunca recebemos nenhum tipo de protesto. Isso foi cerca de cinco anos [atrás] – isso significaria que, por todo esse tempo, Maïwenn queria se vingar. Mas se for esse o caso, por que ela não enviou um e-mail? [Nós] nunca recebemos um telefonema dela”, completou. O jornalista vê a agressão como um ato político de Maïwenn para protestar contra o trabalho investigativo do Mediapart em relação ao assédio sexual na indústria cinematográfica. Ele afirmou que a diretora tem um posicionamento contra o movimento #MeToo, que defende os direitos femininos e as vítimas de assédio sexual. Como exemplo, ele citou uma entrevista para a revista francesa Paris Match, em 2020. “É uma loucura quanta estupidez elas dizem hoje em dia! Essas mulheres não gostam de homens, isso é claro, e estão causando danos colaterais muito sérios”, disse a cineasta na ocasião contra denúncias de abuso sexual. “Quando ouço mulheres reclamando que os homens só estão interessados em suas nádegas, digo a elas: ‘Aproveite porque não vai durar!'”, acrescentou. “Eu não conheço a Maïwenn, nunca a encontrei. Eu não teria sido capaz de reconhecê-la”, continuou Plenel. “Essa agressão causou mais surpresa do que qualquer outra coisa. Ela não atacou apenas a mim individualmente, mas o símbolo que represento como fundador e diretor de um jornal, que na França esteve na vanguarda de todas as revelações do movimento #MeToo”. O jornalista ainda apontou que o Festival de Cannes selecionar seu filme “Jeanne du Barry”, estrelado por Johnny Depp, para a abertura do evento é um reflexo da posição da indústria cinematográfica francesa em relação ao movimento #MeToo. “A mitologia que é apresentada no filme, juntamente com a escolha de Johnny Depp para o elenco, seus comentários anti-#MeToo e agora essa agressão da qual ela parece se orgulhar e que faz as pessoas rirem na TV – isso diz algo”, pontua. Plenel ressalta que o apoio de Cannes ao filme de Maiwenn levanta questões mais amplas sobre a indústria cinematográfica francesa, que não parece abraçar o movimento de combate ao assédio e abuso sexual. Segundo ele, enquanto nos Estados Unidos houve progressos significativos na conscientização contra o assédio sexual em Hollywood, a indústria do entretenimento na França segue machista e parada no tempo.
Diretora de novo filme de Johnny Depp admite ter agredido jornalista
A diretora Maïwenn, responsável pelo longa estrelado por Johnny Depp, “Jeanne du Barry” (2023), admitiu ter agredido um jornalista francês no mês passado. Durante entrevista ao vivo no programa francês “Quotidien”, a diretora foi questionada sobre a queixa de agressão que o editor-chefe do site de notícias Mediapart, Edwy Plenel, apresentou contra ela. Segundo a imprensa local, Maïwenn teria puxado o jornalista pelos cabelos e depois cuspido em seu rosto enquanto almoçava com seu advogado em um restaurante de Paris. Durante a entrevista, a diretora parecia despreocupada ao ser questionada sobre a situação. Ela confirmou ter agredido o jornalista, mas se recusou a explicar o que a levou ao ato de agressão. “Boa tentativa, mas não é o momento para eu falar sobre isso. Vou falar sobre isso quando for o momento certo. Estou muito ansiosa com o lançamento do meu filme”, respondeu. O apresentador do programa Yann Barthès perguntou se ela havia lido a carta aberta de Adele Haenel, atriz francesa que anunciou sua saída da indústria cinematográfica devido à “complacência geral” em relação a agressores sexuais. A diretora respondeu que leu o pronunciamento, mas o achou exagerado. “Eu li… Achei triste que ela veja aquele mundo através daquele prisma. É um pouco radical demais, embora eu reconheça ao mesmo tempo que ela foi corajosa ao falar”, declarou Maïwenn, que deu a Johnny Depp uma oportunidade de atuar após ser acusado de brutalidade física contra a ex-mulher, Amber Heard. Seu novo filme, “Jeanne du Barry”, abrirá o Festival de Cinema de Cannes na próxima semana. A história é inspirada na vida da última amante de Luís XV (Johnny Depp), a personagem título, que é interpretada pela própria diretora. O longa marca o retorno de Depp após um hiato de três anos, período em que enfrentou sua ex-esposa nos tribunais. Maïwenn admitiu que ofereceu o papel ao ator antes dos julgamentos com Heard e que não hesitou na escolha. Segundo ela, os eventos relacionados ao processo não a fizeram questionar sua decisão. Ela ainda declarou que se identificou com a protagonista pela sua natureza rebelde e rejeição pelas tradições, já que deixou a escola muito cedo. “Jeanne du Barry” será lançado na França em 16 de maio. Ainda não há previsão de estreia do longa no Brasil.
Diretora de novo filme de Johnny Depp é acusada de agredir e cuspir em jornalista
A atriz e diretora Maïwenn (“DNA”) está sendo processada por supostamente agredir o jornalista Edwy Plenel, editor-chefe da revista francesa Mediapart, em um restaurante em Paris. A noticia foi dada após o novo longa de Maïwenn, “Jeanne du Barry”, protagonizado por Johnny Depp (“Piratas do Caribe”), ser anunciado como o filme de abertura do Festival de Cannes. Uma queixa policial foi registrada, acusando a diretora de agressão. Na denúncia, Plenel alega que foi agredido por Maïwenn no final de fevereiro enquanto comia em um restaurante em Paris. Maïwenn, que estava sentada sozinha em uma mesa próxima, teria ido até a mesa do repórter e o agarrado pelos cabelos. Ela também cuspiu em seu rosto sem dizer uma palavra. Depois disso, a artista saiu “furiosa” do local, deixando Plenel “traumatizado pelo incidente”. O relatório policial vazou nesta sexta-feira (7/4), dois dias após o anúncio oficial que o filme dirigido e protagonizado por Maïwenn havia sido escolhido para abrir a 76ª edição do Festival de Cannes. O jornalista teria dito que “pessoalmente nunca teve nenhum problema” com Maïwenn, mas a revista Mediapart liderou o movimento #MeToo na França. Eles publicaram, em 2018, uma série de reportagens sobre o ex-marido de Maïwenn, o também diretor Luc Besson (“Lucy”), com quem ela tem uma filha. Ele foi acusado por várias mulheres por “atitudes impróprias e agressões sexuais”. Maïwenn, que já disse publicamente que não abraçou o movimento #MeToo, escalou Depp, acusado de agredir a ex-esposa Amber Heard, para interpretar o rei francês Luís XV em seu filme. Ela contratou o ator antes dele vencer uma disputa judicial contra Heard nos EUA. O filme é o primeiro grande trabalho do ator desde a resolução do processo de difamação movido contra a atriz de “Aquaman”. Além de dirigir, Maïwenn também dá vida ao par romântico de Luís XV, a protagonista Jeanne du Barry, considerada o maior amor do monarca. Jeanne foi levada para o palácio de Versalhes para morar perto dele, embora não fosse nobre. O filme irá estrear nos cinemas franceses no mesmo dia de sua exibição em Cannes.

