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Justiça de São Paulo nega pedido de Edir Macedo contra documentário da Netflix
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Record é acusada de demitir autores de novelas por preconceito religioso
A Record TV é acusada de demitir autores de novelas bíblicas que se recusam a seguir a religião evangélica de Edir Macedo. Uma das vítimas abriu processo contra a emissora por preconceito religioso. A emissora teria demitido nomes como Emílio Boechat (“Rebelde – BR”), Camilo Pellegrini (“Gênesis”), Joaquim Assis (“Os Dez Mandamentos”), Cristianne Fridman (“Chamas da Vida”) e Paula Richard (“Jesus”), que se revoltaram com a demissão supostamente injusta. Paula Richard abriu um processo judicial por preconceito religioso, onde diz que sempre respeitou as mais diversas crenças e que tentou adaptar novelas bíblicas sem priorizar uma igreja específica. A autora disse ter sido impedida de neutralizar as histórias e anexou falas dos colegas para defender as acusações contra a emissora. “Evidente que a autora nutre profundo respeito pela denominação religiosa dos donos da emissora em que laborou por tantos anos, mas esse respeito não foi recíproco”, diz o processo judicial. Entre os depoimentos, Paula resgatou um comentário de Emílio Boechat feito há dois anos atrás. Na época, o autor criticou as intervenções de Cristiane Cardoso, a diretora de Dramaturgia, e da Igreja Universal nas produções de novelas bíblicas. Segundo ele, a filha de Edir Macedo alterava sinopses e mudava diálogos. A situação já vinha ocorrendo em segredo desde 2015. “O que esperar de uma emissora que entregou a dramaturgia nas mãos de amadores cujo compromisso é apenas divulgar os dogmas de uma igreja específica? Tenho pena dos atores e demais profissionais que se submetem a essa humilhação porque precisam do dinheiro”, afirmou Boechat, em 2021. A autora ainda usou como exemplo outros autores, como Joaquim Assis e Camilo Pellegrini, que não tiveram seus contratos renovados por não se declararem evangélicos. “A saída de todos esses profissionais – entre os quais, a reclamante – , ao que tudo indica, é fruto da intolerância religiosa da Sra. Cristiane Cardoso que, na tentativa de formação da sua ‘nação cristã’, retirou todos os roteiristas de outras denominações religiosas e segue substituindo outros profissionais da cadeia do audiovisual, com base em parâmetros idênticos. Todos esses funcionários, como noticia a mídia, foram substituídos por membros da Igreja Universal”, diz o processo. Paula Richard acrescentou ter uma boa relação com membros da Igreja Universal. No entanto, a convivência com a diretora de dramaturgia teria sido uma exceção. “A relação de trabalho da autora com membros da Igreja, seja na produção ou com as colaboradoras que foram inseridas na sua equipe, sempre foi amena”, explica a ação. “Entretanto, ao que tudo indica, a já mencionada Sra. Cristiane Cardoso estava determinada a ter apenas membros da Igreja Universal escrevendo na Record TV – o que constitui, a toda evidência, inaceitável discriminação de cariz religioso.” Ainda no processo judicial, Paula anexou e-mails do período que trabalhou com a diretora, onde ela reforça as demissões arbitrárias. “Esse aspecto é ainda mais evidenciado quando se verifica que todos os roteiristas profissionais que trabalhavam na Record e não são membros da Igreja Universal foram demitidos. Hoje, somente a Sra. Cristiane Cardoso e membros da referida Igreja escrevem e atuam como roteiristas da Record”, completa a ação. Paula Richard pede cerca de R$ 5,6 milhões de indenização por preconceito religioso, entre outras solicitações trabalhistas.
Ex-ator da Record detona Edir Macedo após discurso homofóbico
O ator Igor Rickli (“Apocalipse”), que anunciou sua saída da Record TV na semana passada, criticou o bispo Edir Macedo após o discurso homofóbico proferido na véspera de Natal para o público do canal. Num culto transmitido no sábado (24/12), o dono da emissora declarou que nenhum cidadão nasceu ladrão, bandido, homossexual ou lésbica, considerando quem não é heterossexual como uma pessoa do mal. “Você não nasceu mau. Ninguém nasce mau. Ninguém nasce ladrão, ninguém nasce bandido, ninguém nasce homossexual ou lésbica… Ninguém nasce mau, todo mundo nasce perfeito com a sua inocência, porém, o mundo faz das pessoas aquilo que elas são quando elas aderem ao mundo”, disse Macedo. O discurso foi considerado criminoso pela comunidade LGBTQIAP+ e, inclusive, já rendeu processo na Justiça. Diante da repercussão, o interprete de Lúcifer em “Genesis” tomou a decisão de rebater a fala polêmica. “Num mundo onde homossexualidade é crime e imperfeição? Obviamente, a extorsão da fé será uma virtude!”, declarou Rickli. Em novembro deste ano, o artista declarou pelo Instagram que é bissexual e que mantém um relacionamento aberto com a atriz e cantora Aline Wirley, do grupo “Rouge”. “Celebramos a diversidade como divina. Entendemos o sexo pelo viés da saúde e não do erótico. Nossa bissexualidade só potencializa nossa relação. Curamos um ao outro na nossa dualidade. Trabalhamos para manifestar o sagrado masculino e feminino em harmonia em cada um de nós”, escreveu o casal. Ver essa foto no Instagram Uma publicação compartilhada por Igor Rickli (@igorrickli)
Edir Macedo é alvo de queixa criminal por homofobia na TV
O pastor Edir Macedo, fundador da Igreja Universal do Reino de Deus e dono da Record TV, foi denunciado por um discurso de teor homofóbico que proferiu na véspera do Natal (24/12) em seu canal de televisão. “Você não nasceu mau. Ninguém nasce mau. Ninguém nasce ladrão, ninguém nasce bandido, ninguém nasce homossexual ou lésbica… Ninguém nasce mau, todo mundo nasce perfeito com a sua inocência, porém, o mundo faz das pessoas aquilo que elas são quando elas aderem ao mundo”, disse Macedo. A frase, que vai além do desrespeito ao taxar quem não é heterossexual de “mau”, levou a Aliança Nacional LGBT+ e a ABRAFAH (Associação Brasileira de Famílias Homotransafetivas) a protocolarem uma notícia-crime contra o pastor. Coordenadora da área jurídica das instituições denunciantes, Amanda Souto diz que “é especialmente perverso usar um dos maiores canais de TV do país, em horário nobre, durante uma das principais datas comemorativas do país, para propagar o ódio”. O presidente da Aliança Nacional LGBT+, Toni Reis, também se pronunciou contra Macedo. “Comparar homossexualidade a ser bandido é um discurso de ódio e não podemos tolerar isso. Que Macedo responda na forma da lei”, declarou. Dando show de homofobia em plena véspera de Natal, Edir Macedo disse a pouco ao vivo na Record que “ninguém nasce gay ou lésbica, ninguém nasce mau”, além de comparar a comunidade LGBTQIAP+ com ladrões e bandidos. pic.twitter.com/kBHUG7oTie — eplay (@forumeplay) December 24, 2022
Nada a Perder 2 sai dos cinemas após faturar R$ 59,2 milhões
O filme “Nada a Perder 2”, segunda parte da cinebiografia do bispo Edir Macedo, fundador da Igreja Universal, saiu dos cinemas no fim de semana, após dois meses em cartaz, com faturamento total de R$ 59,2 milhões nas bilheterias. O valor é impressionante para o cinema nacional, mas representa metade da arrecadação recordista do filme antecessor, que rendeu R$ 120,8 milhões do primeiro “Nada a Perder” no ano passado. De acordo com os dados da ComScore, empresa que coleta dados das bilheterias no país, foram vendidos 6,1 milhões de ingressos para a sequência, o que equivale a quase metade dos 12,1 milhões comercializados no anterior, que se tornou o filme nacional com mais ingressos vendidos da história. Apesar dos valores elevados, é difícil saber se o filme deu lucro, porque desde sua estreia em 16 de agosto, “Nada a Perder 2” sofreu denúncias na imprensa por tentar lotar cinemas com distribuição gratuita de ingressos. A reportagem do UOL esteve no shopping Metrô Itaquera, em São Paulo, o local com mais sessões esgotadas na cidade, e confirmou que obreiros da Igreja Universal distribuíam entradas gratuitamente para as sessões, que foram adquiridas em lote pela própria Igreja. Pessoas que chegaram com ingressos antecipados também confirmaram que conseguiram os bilhetes através da Igreja. O jornal O Globo, por sua vez, reparou que os ingressos distribuídos tinham valor estampado mais baixo que o preço da meia entrada, característico de uma grande venda em lotes. Os tickets que circularam na Ilha do Governador, no Rio, ainda eram acompanhados por cupom promocional com direito a pipoca e refrigerante. Mesmo com ingressos esgotados, as sessões iniciais não lotaram. Uma sessão do Espaço Itaú, em Botafogo, foi assistida por 40 pessoas, apesar de ter 120 ingressos vendidos antecipadamente, segundo apurou O Globo. Em nota, a Igreja Universal disse que “a mídia não se conforma com o incrível sucesso de filmes com temática espiritual no Brasil, e tenta diminuir a importância do fenômeno. Talvez por não querer aceitar que a Universal conte com um número gigantesco de pessoas que, de forma voluntária, se mobiliza para que multidões possam assistir a um filme transformador”, referindo-se à distribuição gratuita de ingressos como iniciativa de “voluntários”.







