Netflix cancela quatro séries de comédia
A Netflix cancelou discretamente, sem anunciar, quatro séries americanas de comédia de seu catálogo. A lista contém “Pit Stop” (The Crew), estrelada por Kevin James (“O Rei do Queens”) e “Família em Concerto” (Country Comfort), com a ex-“American Idol” Catherine McPhee, ambas canceladas na 1ª temporada, a convencional “Professor Iglesias” (Mr. Iglesias), que durou três anos, e a provocante “Amizade Dolorida” (Bonding), que teve duas temporadas elogiadíssimas pela crítica. Premiada no Outfest, festival de cinema LGBTQI+ de Los Angeles, “Amizade Dolorida” era passada no mundo do sexo BDSM, o que inclui práticas consensuais envolvendo bondage e disciplina, dominação e submissão (sadomasoquismo, fetiches e etc). A trama girava em torno Tiff (Zoe Levin, de “O Verão da Minha Vida”), estudante universitária durante o dia e dominatrix à noite, e Pete (Brendan Scannell, de “Heathers”), seu melhor gay que vira o seu assistente. Criada por Kevin Hench (“Last Man Standing”), “Professor Iglesias” era uma sitcom tradicional, estrelada pelo comediante de stand-up Gabriel “Fluffy” Iglesias. Ele também é o Iglesias da ficção, um professor que dá aulas na antiga escola onde estudou, tentando fazer a diferença na vida dos seus alunos desajustados, porém cheios de talento. “Família em Concerto” trazia Katharine McPhee como uma jovem aspirante a cantora country, que aceita trabalhar como babá para os cinco filhos do vaqueiro vivido por Eddie Cibrian (“CSI: Miami”). Para sua surpresa, ela também encontra nessa família a banda que precisava para trilhar o caminho para a fama. Por fim, “Pit Stop” era um desastre completo. A sitcom à moda antiga, que incluía risadas da audiência para piadas nem sempre engraçadas, tinha roteiro e produção de Jeff Lowell, com bastante experiência no gênero – trabalhou em “The Drew Carey Show”, “Spin City”, “Dois Homens e Meio” (Two and a Half Men) e “O Rancho” (The Ranch). Na série, o antigo entregador de cargas de “O Rei do Queens” vivia o chefe de uma equipe da Nascar (circuito de corrida de carros dos EUA), que era surpreendido pela promoção de uma mulher jovem (Jillian Mueller, de “Sedutora e Infernal”) como sua chefe. A premissa sexista foi repudiada pela crítica, levando a produção a atingir apenas 37% de aprovação no Rotten Tomatoes. Mesmo assim, a Netflix fechou um novo contrato com Kevin James para ele estrelar e desenvolver uma nova sitcom tradicional. A plataforma também fechou acordo similar com o criador de “Amizade Dolorida”, Rightor Doyle, e já tem outro projeto com Gabriel Iglesias em andamento na área de especiais de stand-up. Lembre abaixo as atrações canceladas com a ajuda de seus trailers originais.
Take Two: Série policial de Rachel Bilson é cancelada na 1ª temporada
A rede americana ABC cancelou a série policial “Take Two”, estrelada por Rachel Bilson (de “The O.C.” e “Hart of Dixie”), após o final da 1ª temporada. Exibida durante a temporada de verão, “Take Two” não conseguiu atrair grande público, registrando em média, ao longo de seus 13 episódios, 2,72 milhões de telespectadores ao vivo e 0,4 ponto na demo (a faixa demográfica de adultos entre 18 e 49 anos, mais relevante para os anunciantes). Cada ponto equivale a 1,3 milhão de adultos na medição da consultoria Nielsen. Na série, Rachel Bilson interpretava Sam Swift, estrela de uma série policial de sucesso que, após ter um colapso nervoso transmitido pela TV, é enviada para a reabilitação. Desesperada para recomeçar sua carreira, ela passa a acompanhar o investigador particular Eddie Valetik (Eddie Cibrian, de “Rosewood”) como forma de pesquisar um potencial papel de retorno à TV. Se a ideia lembra vagamente “Castle” é porque foi criada pelo mesmo produtor, Andrew W. Marlowe, em parceria com Terri Edda Miller, que também escrevia os episódios de “Castle”. O último episódio foi ao ar em 13 de setembro.
Rachel Bilson vai estrelar sua primeira série de procedimento policial
A atriz Rachel Bilson, que se projetou no drama teen “The O.C.” e teve o papel-título em “Hart of Dixon”, vai estrelar “Takes Two”, sua primeira série de procedimento policial. A produção já teve encomenda de 13 episódios para sua 1ª temporada na rede ABC. Criada pelo casal Andrew W. Marlowe e Terri Edda Miller, criador e produtora de “Castle”, a série também será protagonizada por Eddie Cibrian (séries “Third Watch” e “Rosewood”), e sua premissa não tem nada de original. Na verdade, é basicamente a mesma ideia de “Castle”, revisitada com a perspectiva da série “Ryan Hansen Solves Crimes on Television”. Em outras palavras, é “Rachel Bilson Solves Crimes on Television” (Rachel Bilson resolve crimes na TV), só que a sério, se é que isso é possível. A série gira em torno de Ella (personagem de Bilson), ex-estrela de uma série policial de sucesso, que acaba de sair da reabilitação após uma bebedeira de proporções épicas. Desesperada por recomeçar sua carreira, ela convence o investigador particular Eddie (Cibrian) a companhar seu trabalho para pesquisar um potencial papel de retorno. Embora Eddie se sinta incomodado por ter que bancar a babá, Ella se prova surpreendentemente valiosa, usando suas habilidades de atuação e a experiência de ter interpretado uma detetive em 200 episódios de TV. Quando a imprensa descobre o papel de Ella na resolução de um caso importante, o telefone de Eddie passa a tocar sem parar com novos clientes que desejam contratar o par. A comparação com “Ryan Hansen Solves Crimes on Television” é inevitável, já que na série de comédia do YouTube Red um ator (Hansen) é convidado a usar suas “habilidades” para ajudar a polícia em investigações. Trata-se da mesma história, com pequenas diferenças, mas ambas seguem “Castle” no conceito central de juntar um investigador amador com um profissional. A estrutura da atração vai seguir o modelo mais antigo da TV, o “caso da semana”, em que os protagonistas investigam um crime diferente a cada capítulo. A estreia deve acontecer na temporada de outono de 2018 nos Estados Unidos.


