“Duna” mantém liderança das bilheterias nos EUA
“Duna” venceu a programação temática de Halloween para superar vários títulos de terror e se manter em 1º lugar nas bilheterias da América do Norte em seu segundo fim de semana de exibição. A sci-fi dirigida por Denis Villeneuve arrecadou US$ 15,5 milhões de sexta a domingo (31/10), elevando seu total nos EUA e Canadá para US$ 69,4 milhões. Apesar de ficar no topo, o filme enfrentou uma queda brusca de 62% no faturamento em relação à semana anterior. Mas vale reparar que outros títulos da Warner Bros. distribuídos simultaneamente em streaming na HBO Max americana, como “Mortal Kombat”, “O Esquadrão Suicida” e “Space Jam: Um Novo Legado”, chegaram a cair até 70% em consequência da opção online. A diferença significa que o marketing de “Duna” funcionou. O estúdio reforçou em sua campanha que se tratava de um filme para ser visto em tela grande. A sci-fi também foi lançada na China neste fim de semana, onde abriu com US$ 28 milhões, apesar de 10% do parque exibidor do país estar fechado devido a um novo surto de covid-19. Com isso, “Duna” chega a uma receita internacional de US$ 222 milhões e se aproxima de uma bilheteria de US$ 300 milhões mundiais. Não por acaso, teve sua sequência oficializada. No clima da data festiva, “Halloween Kills” voltou a atrair público, garantindo o 2º lugar em seu terceiro fim de semana com US$ 8,5 milhões. Mesmo destruído pela crítica, o novo filme do psicopata Michael Myers segue com um desempenho razoável, somando US$ 85,6 milhões no mercado norte-americano. Outros dois títulos de terror estrearam no fim de semana, mas não conseguiram atrair muito público. “Espíritos Obscuros”, de Scott Cooper, e “Noite Passada em Soho”, de Edgar Wright, nem sequer entraram no Top 5, disputando o 6º lugar com uma arrecadação similar, em torno dos US$ 4,2 milhões no fim de semana. “Noite Passada em Soho” teve uma distribuição um pouco maior, chegando em 3.016 telas, enquanto “Espíritos Obscuros” está sendo projetado em 2.800 locais. Crítica e público gostaram mais do trabalho de Edgar Wright, que teve 74% de aprovação no Rotten Tomatos contra 60% do filme de Scott Cooper, e nota B+ no CinemaScore contra C+, o que não é um bom presságio para “Espíritos Obscuros”. O que mais chama atenção é que ambos perderam para uma produção estrangeira, “My Hero Academia: World Heroes’ Mission”, terceiro longa derivado da popular série de anime “My Hero Academia”. O desempenho foi surpreendente, porque o desenho japonês teve uma distribuição muito menor, arrecadando US$ 6,4 milhões em 1.602 telas, o suficiente para o 4º lugar. O resto do Top 5 norte-americano inclui os blockbusters “007 – Sem Tempo para Morrer”, com US$ 7,8 milhões em 3º lugar, e “Venom: Tempo de Carnificina”, com US$ 5,7 milhões em 5º lugar. Até agora, a última aventura de Daniel Craig como 007 arrecadou US$ 133 milhões na América do Norte e US$ 472 milhões no exterior, atingindo US$ 605 milhões de faturamento mundial, um número robusto para tempos de pandemia. Por sua vez, “Venom: Tempo de Carnificina” chegou a US$ 190 milhões em vendas de ingressos domésticos, estabelecendo-se como o segundo filme de maior bilheteria doméstica do ano, atrás apenas de “Shang-Chi e a Lenda dos Dez Anéis”, que fez US$ 221 milhões nos EUA e Canadá. Em todo o mundo, o segundo longa de Venom está a um passo de superar os US$ 400 milhões, com US$ 395,8 milhões até este domingo. Veja abaixo o resumo da estimativa de bilheteria para os sete principais filmes deste fim de semana na América do Norte. “Duna” – US$ 15,5 milhões “Halloween Kills” – US$ 8,5 milhões “007 – Sem Tempo para Morrer” – US$ 7,8 milhões “My Hero Academia: World Heroes ‘Mission” – US$ 6,4 milhões “Venom: Tempo de Carnificina” – US$ 5,7 milhões “A Última Noite em Soho” – US$ 4,2 milhões “Espíritos Obscuros” – US$ 4,2 milhões
Denis Villeneuve planeja transformar “Duna” numa trilogia
Após ter a continuação de “Duna” confirmada, o diretor Denis Villeneuve revelou que imagina a saga de “Duna” como uma trilogia. “Eu sempre imaginei três filmes”, disse Villeneuve em entrevista à revista Entertainment Weekly. “Não é que eu queira fazer uma franquia, mas isso é ‘Duna’, e ‘Duna’ é uma grande história. Para honrá-la, acho que precisaria de pelo menos três filmes. Esse seria o sonho. Seguir Paul Atreides e seu arco completo seria bom”. Segundo Villeneuve, a ideia não é esticar a história do livro original de Frank Herbert, que foi dividido em duas partes, sendo concluída no próximo longa, mas filmar também o livro seguinte, “O Messias de Duna” (Dune Messiah). Publicado em 1969, quatro anos após o livro original, a obra expande o universo da saga e conclui a história de Paul Artreides com o nascimento de seus filhos – o livro seguinte se chama, justamente, “Os Filhos de Duna”. Ambos os livros foram adaptados numa minissérie do canal pago SyFy, “Children of Dune”, em 2003. “Herbert escreveu seis livros, e quanto mais ele escrevia, mais psicodélico ficava, então eu não sei como alguns deles poderiam ser adaptados”, disse Villeneuve sobre as adaptações. “Se eu tiver a chance de fazer ‘Duna: Parte Dois’ e ‘O Messias de Duna’, eu serei abençoado”. A primeira parte de “Duna” está atualmente em cartaz nos cinemas. O filme que traz Thimotée Chalamet (“Me Chame pelo Seu Nome”) no papel de Paul Artreides já faturou mais de US$ 220 milhões em todo o mundo.
Continuação de “Duna” é oficializada
A continuação de “Duna” foi oficializada nesta terça-feira (26/10). O estúdio Legendary, parceiro da Warner Bros. na produção, anunciou a sequência nas redes sociais, avisando: “Este é apenas o começo …”, junto com uma arte em que se lê “Duna Parte Dois” e um texto de agradecimento ao público. “Agradecemos à todos que já vivenciaram a experiência de ‘Duna’ e também todos que vão assistir nos próximos dias. Estamos ansiosos para dizer: a jornada continua!”, escreveu o estúdio. A Warner Bros. reproduziu o anúncio em todo o mundo, inclusive no Brasil. Veja abaixo. O diretor Dennis Villeneuve já tinha dito que apenas um desastre financeiro muito grande impediria a produção do segundo filme. Ele deixou claro o apoio do estúdio à sua opção de contar a história em duas partes durante uma entrevista publicada em agosto passado na revista Total Film, ao explicar que a única forma de adaptar o livro de Frank Herbert era dividir a história em dois filmes e assim apresentar a trama completa com cinco horas de duração. “O que ouvimos nas últimas décadas é que não era possível adaptar o livro. Acho que, no fundo, o estúdio ainda acha isso! Mas o que eu precisava era provar a eles que era possível fazer um filme lindo e popular de ‘Duna’, e acho que consegui fazer isso – todo mundo na Warner e na Legendary apoia o filme totalmente. Seria preciso um resultado muito ruim nas bilheterias para que ‘Duna: Parte 2’ fosse cancelado. Eles amam o filme, estão orgulhosos do filme, e querem que o próximo vá adiante”, contou na ocasião. Só que a Warner e a Legendary, embora tenham encomendado o roteiro da continuação em 2019, ainda não tinham autorizado a produção da segunda parte de “Duna”, aguardando para ver se o desastre aconteceria. O filme estreou no fim de semana na América do Norte – e também no Brasil – e o resultado, longe de ser catastrófico, foi o melhor desempenho da Warner no ano, superando com folga o antigo campeão, “Godzilla vs. Kong”, que também era uma coprodução com a Legendary. “Duna” também rendeu a maior abertura norte-americana da carreira do diretor Dennis Villeneuve, deixando para trás os números de “Blade Runner 2049”, apesar de ter sido lançado simultaneamente em streaming, na HBO Max, nos EUA. No exterior, o filme foi exibido apenas nos cinemas. E graças a uma estratégia da Warner para evitar a pirataria das cópias de alta qualidade da HBO Max, começou a ser distribuído com mais de um mês de antecedência em países chaves. Por conta disso, “Duna” já contabiliza uma bilheteria de mais de US$ 220 milhões mundiais. This is only the beginning… Thank you to those who have experienced @dunemovie so far, and those who are going in the days and weeks ahead. We're excited to continue the journey! pic.twitter.com/mZj68Hnm0A — Legendary (@Legendary) October 26, 2021 Repost from @legendary: Esse é só o começo… Agradecemos à todos que já vivenciaram a experiência de #Duna e também todos que vão nos próximos dias. Estamos ansiosos para dizer: a jornada continua! pic.twitter.com/Rkv9I1U0YL — Warner Bros. Pictures Brasil (@wbpictures_br) October 26, 2021
“Venom – Tempo de Carnificina” supera “Duna” no Brasil
“Venom – Tempo de Carnificina” manteve-se como a maior bilheteria do Brasil pela terceira semana, com 361,5 mil espectadores e R$ 6,3 milhões em ingressos vendidos. Principal lançamento da quinta passada (21/10), “Duna” ficou em 2º lugar ao levar 240 mil pessoas aos cinemas e arrecadar R$ 5 milhões em bilheteria. Um dos principais motivos dessa colocação é que, devido à sua longa duração, “Duna” tem menos sessões diárias que “Venom”, resultando em uma venda menor de ingressos. A diminuição das sessões também fez com que os números deste fim de semana tivessem uma queda de 10% na comparação com a semana anterior. Os cinemas brasileiros registraram um público de 855,8 mil pessoas e arrecadação de R$ 16,2 milhões de quinta a domingo (24/10). Veja abaixo a lista das dez maiores bilheterias do fim de semana, segundo dados da consultoria Comscore. #Top10 #bilheteria #cinema #filmes1. Venom 2. Duna3. Ron Bugado4. Hallloween Kills: O Terror Continua5. 0076. O Ultimo Duelo7. Fátima – A História de Um Milagre8. Patrulha Canina9. Amarração do Amor10. Poderoso Chefinho 2 — Comscore Movies BRA (@cSMoviesBrazil) October 25, 2021
Duna bate recorde da Warner e chega a US$ 220 milhões mundiais
“Duna” estreou em 1º lugar nos EUA e Canadá com US$ 40,1 milhões nas bilheterias, apesar de enfrentar a concorrência de si mesmo num lançamento simultâneo na HBO Max. O épico de ficção científica estreou em 4.125 cinemas na América do Norte, além de ser disponibilizado em streaming, uma prática adotada para todos os filmes da Warner Bros. em 2021 nos EUA. Diferente do que vinha acontecendo com outros lançamentos híbridos do estúdio, o resultado superou expectativas. Foi o melhor desempenho de todos os filmes da Warner que seguiram este formato de distribuição – ou seja, teve a melhor estreia da Warner no ano – , superando com folga o antigo campeão, “Godzilla vs. Kong” (US$ 31,7 milhões). O filme também rendeu a maior abertura norte-americana da carreira do diretor Dennis Villeneuve, deixando para trás os números de “Blade Runner 2049” (US$ 32,8 milhões). Além dos EUA e Canadá, “Duna” chegou a outros países, em especial a China, local que rendeu US$ 21,6 milhões neste fim de semana. Juntando as bilheterias de outros mercados, inclusive do Brasil onde também estreou nos últimos dias, o valor internacional foi maior que o desempenho norte-americano, atingindo US$ 47,4 milhões de quinta a este domingo (24/10). No exterior, o filme foi exibido apenas nos cinemas. E graças a uma estratégia da Warner para evitar a pirataria das cópias de alta qualidade da HBO Max, começou a ser distribuído com mais de um mês de antecedência em países chaves. Por conta disso, a produção já tem US$ 180,6 milhões no mercado internacional, que, somada à arrecadação doméstica, eleva o faturamento total a US$ 220,2 milhões mundiais. O problema para a Warner é que agora as tais cópias de alta qualidade já existem e o filme ainda tem um longo caminho a percorrer antes de recuperar seu orçamento de US$ 165 milhões e gastos adicionais com P&A (cópias e publicidade). Para complicar, o longo tempo de projeção do filme, de 155 minutos, reduz o número de sessões diárias nos cinemas e, portanto, sua capacidade de gerar grande faturamento. A favor da continuidade do sucesso estão as avaliações de público e crítica, com notas A- no CinemaScore e 83% de provação no Rotten Tomatoes. Em 2º lugar nas bilheterias da América do Norte, “Halloween Kills” somou mais US$ 14,5 milhões no fim de semana para atingir US$ 73,1 milhões na América do Norte e US$ 90,9 milhões mundiais. Na 3ª posição, “007 – Sem Tempo para Morrer” comemorou a ultrapassagem dos US$ 500 milhões de arrecadação global, ao atingir um total de US$ 525,4 milhões mundiais – dos quais US$ 120 milhões correspondem ao mercado interno. O 4º colocado, “Venom: Tempo de Carnificina”, também comemorou uma marca importante, ao ultrapassar US$ 350 milhões globalmente com uma contabilidade doméstica de US$ 181,8 milhões e US$ 170,6 milhões no exterior. O Top 5 se fecha com a segunda estreia da semana. Ao enfrentar “Duna” e os blockbusters remanescentes nas bilheterias, a animação “Ron Bugado”, produção do 20th Century Studios distribuída pela Disney, fez apenas US$ 7 milhões em sua estreia norte-americana, o que foi considerado decepcionante diante dos elogios da crítica e até mesmo da avaliação positiva do público que assistiu – 81% de aprovação no Rotten Tomatoes e nota A no CinemaScore. Para completar, o fim de semana ainda registrou um recorde no circuito limitado norte-americano, graças à estreia de “A Crônica Francesa” (The French Dispatch). O filme de Wes Anderson obteve a maior média de ingressos vendidos da era pandêmica, com uma arrecadação estimada em US$ 25 mil por sala de exibição. Exibido em apenas 52 salas, fez US$ 1,3 milhão e, de forma impressionante para a sua baixa quantidade de telas, conseguiu se posicionar no 9º lugar do ranking.
Duna é a grande estreia da semana nos cinemas
Grande estreia desta quinta (21/10), “Duna” chega aos cinemas brasileiros após faturar US$ 129,3 milhões de bilheteria internacional – sem EUA e China, os maiores mercados mundiais. Apresentado como um grande épico sci-fi, estrelado por um elenco de outro mundo, o filme desembarca em meio a uma blitz inescapável de P&R (divulgação e publicidade) e distribuição massiva para ser o programa incontornável da semana. É mesmo uma produção para tela grande, com visual de tirar o fôlego. A cenografia, a profundidade de campo, a ambição, tudo é gigantesco, babilônico. Mas “Duna” também é uma história sem fim. O diretor Denis Villeneuve (“Blade Runner 2049”) adaptou apenas a primeira metade do livro de Frank Herbert e precisa atrair muito público para a Warner liberar o orçamento da continuação. Escrita originalmente por Frank Herbert em 1965 e levada pela primeira vez às telas em 1984 com direção de David Lynch (o criador de “Twin Peaks”), a trama de “Duna” acompanha uma família aristocrática que assume a supervisão da mineração da Especiaria, o elemento mais valorizado do universo, que só existe no mundo de Arrakis. Quem controla a Especiaria tem uma vantagem econômica significativa diante dos adversários, o que faz com que a família enfrente complôs e sofra um atentado. Mas o filho, Paul Atreides, escapa e procura se vingar, usando a ecologia bizarra de Arrakis como sua principal arma. Em particular, os vermes gigantes que habitam as grandes dunas – e que são os verdadeiros responsáveis pela produção da Especiaria. Se em primeiro plano há uma grande aventura, em segundo subsiste uma crítica ao colonialismo e à cobiça, com paralelos nos dias de hoje à crise energética e às disputas viscerais pelo mercado entre as grandes corporações. O elenco reunido para materializar essa história é tão grandioso quanto a escala da produção, com destaque para Timothée Chalamet (“Me Chame Pelo Seu Nome”) como Paul Artreides, Jason Momoa (o “Aquaman”), Josh Brolin (o Thanos de “Vingadores: Guerra Infinita”), Oscar Isaac (“Star Wars: Os Últimos Jedi”), Rebecca Ferguson (“Missão Impossível: Efeito Fallout”), Zendaya (“Homem-Aranha: De Volta ao Lar”), Sharon Duncan-Brewster (“Rogue One: Uma História Star Wars”), Charlotte Rampling (indicada ao Oscar por “45 Anos”), Dave Bautista (“Guardiões da Galáxia”), Stellan Skarsgard (“Thor”) e Javier Bardem (“007: Operação Skyfall”). Concorrendo pela atenção do público, a Disney ainda lança a animação “Ron Bugado”. Originalmente uma produção do 20th Century Studios, o desenho tem um humor pastelão que funciona bem com as crianças, mas também uma mensagem digna das melhores produções da Pixar, com uma crítica ao consumismo desenfreado que é eficaz em sua simplicidade. “Ron Bugado” apresenta a mania do futuro: o B-Bot, um mini-robô conectado (que parece a evolução final da Alexa), introduzido como o novo melhor amigo de todas as crianças. Exceto de Barney, um garoto de 11 anos que ganha do pai uma versão do robô que não funciona direito. Todo atrapalhado, o robô bugado acaba criando tanta confusão que passa a ser perseguido pelos fabricantes para ser triturado. Só que, depois de muitas peripécias, o menino se afeiçoa e não aceita que seu melhor amigo seja descartado como lixo. Com o principal circuito alternativo em São Paulo ocupado pela Mostra, há apenas dois outros títulos com distribuição limitada: “Cabeça de Nêgo”, drama brasileiro engajado com pauta antirracista, e “Sanctorum”, fantasia mexicana sobre a violência extrema dos cartéis de tráfico num contexto de realismo mágico, em que a natureza decide ajustar contas com a humanidade. Venceu três prêmios em festivais internacionais. Confira abaixo os trailers das quatro estreias. Duna | EUA | Sci-Fi Ron Bugado | EUA | Animação Cabeça de Nêgo | Brasil | Drama Sanctorum | México, República Dominicana | Drama
“Halloween Kills” é maior estreia de terror da pandemia
“Halloween Kills – O Terror Continua” teve uma estreia matadora na América do Norte, com arrecadação de US$ 50,4 milhões em 3.705 cinemas durante o fim de semana. O desempenho acima das expectativas representou dois recordes do período da pandemia. Trata-se da maior estreia de terror do período, desde fevereiro de 2020, e a maior bilheteria doméstica para um filme de lançamento simultâneo nos cinemas e em streaming sem custo extra. A produção foi disponibilizada na plataforma americana Peacock. Anteriormente, “Godzilla vs. Kong” ostentava a maior abertura de distribuição híbrida da pandemia, com US$ 31,6 milhões nos EUA e Canadá. “Viúva Negra” não entra nesta estatística por ter sido lançado em streaming com custo extra. Já o recorde de melhor bilheteria de terror deixou para trás “Um Lugar Silencioso – Parte II”, que tinha feito US$ 47,5 milhões em maio. A performance da continuação de “Halloween” ainda consolidou o terror como um dos gêneros que mais faturou durante a pandemia, perdendo apenas para os filmes de super-heróis. Apesar da elevada venda de ingressos, a crítica odiou a produção, desejando a morte definitiva da franquia para evitar novos constrangimentos – uma nova continuação vai estrear no ano que vem. “Halloween Kills” atingiu apenas 39% de aprovação no Rotten Tomatoes, um diferença gritante em relação aos 79% obtidos pelo longa anterior, de 2018. No exterior, houve menos entusiasmo, com um faturamento de apenas US$ 5,5 milhões de 20 países, o que resultou num total global de US$ 55,9 milhões. De todo modo, o serial killer mascarado Michael Myers não teve dificuldades para vencer James Bond nos EUA. “007 – Sem Tempo para Morrer” perdeu 56% de seu público inicial, caindo para o 2º lugar em seu segundo fim de semana de exibição, com uma receita de US$ 24,3 milhões. Em dez dias, o total norte-americano do filme está em US$ 99,5 milhões. Mas, ao contrário de “Halloween Kills”, é um fenômeno global. O thriller de ação e espionagem continua alcançando números cada vez maiores no exterior, rendendo US$ 54 milhões só neste fim de semana. Ao todo, a produção da MGM atingiu US$ 447,5 milhões mundiais neste domingo (17/10), e isso antes de chegar na China, onde estreia em 29 de outubro. “Venom: Tempo de Carnificina” ficou em 3ª lugar com US$ 16,5 milhões em seu terceiro fim de semana na América do Norte. A soma da adaptação de quadrinhos da Sony está em US$ 168,1 milhões no mercado doméstico. Mas o filme acaba de estrear no exterior, onde ocupou o topo do ranking internacional com uma arrecadação de US$ 62,3 milhões em 44 países. Contabilizando o lançamento num punhado de mercados na semana passada, a totalização está em US$ 283,7 milhões em todo o mundo. A animação “A Família Addams 2” ocupou o 4º posto, com US$ 7,2 milhões, chegando a US$ 42,2 milhões domésticos em três semanas. Isto deixou a maior estreia do fim de semana, o épico “O Último Duelo”, de Ridley Scott, na incômoda posição de 5º lugar, com US$ 4,8 milhões no mercado interno. O filme agradou à crítica, com 86% no Rotten Tomatoes, mas foi um fracasso estrondoso de público. A arrecadação também foi pífia no exterior, onde rendeu US$ 4,2 milhões em 37 países. Somando tudo, o longa teve um lançamento global de apenas US$ 9 milhões. Um desastre para a Disney, que herdou a produção orçada em US$ 100 milhões da 20th Century Fox.
“Duna” supera US$ 100 milhões no mercado internacional
A sci-fi “Duna” superou a marca de US$ 100 milhões de arrecadação no mercado internacional, onde começou a ser exibido há quase um mês – desde 15 de setembro. O lançamento antecipado no exterior foi uma estratégia da Warner para apaziguar os ânimos do diretor Denis Villeneuve e da equipe da Legendary, parceira na produção, que reclamaram publicamente dos planos de distribuição do estúdio para o filme nos EUA, onde chegará simultaneamente nos cinemas e na plataforma HBO Max. A antecedência permitiu que o filme tivesse mais fôlego em mercados que seriam inundados pela pirataria, graças à disponibilização de uma cópia digital em alta resolução na HBO Max americana. Ao todo, a adaptação épica da obra de Frank Herbert chegou neste domingo (10/10) a um total de US$ 117,1 milhões mundiais. O valor é positivo para uma produção com 2h35 minutos de duração, que vende menos ingressos diários, mas não permite especular o que isso representa para o investimento de US$ 165 milhões em sua produção, fora custos de P&A (cópias e publicidade). Por enquanto, tudo bem. Mas até quando? A Warner não tem conseguido boas bilheterias nos EUA devido aos lançamentos híbridos e “Duna” não deve fugir da tendência. Só que o filme vai chegar na China, o que pode compensar qualquer tropeço doméstico. Não é à toa que Villeneuve está nervoso. Ele quer fazer a sequência combinada com a Warner. A história está dividida em dois longas e o segundo ainda não ganhou aval para começar a ser filmado. Neste momento, os contadores do estúdio são os verdadeiros responsáveis pela continuação. “Duna” estreia nos EUA no dia 22 de outubro, um dia depois do lançamento no Brasil.
“007 – Sem Tempo para Morrer” ultrapassa US$ 300 milhões nas bilheterias
“007 – Sem Tempo para Morrer” desembarcou na América do Norte com uma arrecadação de US$ 56 milhões no fim de semana. Foi um desempenho abaixo das estimativas do mercado e da expectativa criada pela estreia de “Venom: Tempo de Carnificina” na semana passada (US$ 90,1 milhões), mas valeu o 1º lugar nas bilheterias e, ao somar-se ao faturamento internacional, fez o filme ultrapassar os US$ 300 milhões em todo o mundo. As projeções da MGM previviam que a despedida de Daniel Craig do papel de James Bond renderia US$ 60 milhões em seu lançamento doméstico, especialmente após três adiamentos e o sucesso do filme no exterior, onde foi lançado com antecedência há duas semanas. Mas enquanto filmes de super-heróis como “Venom: Tempo de Carnificina” são consumidos por um público mais jovem e destemido em relação à covid-19, a franquia “007” sempre atraiu uma média etária de 35 anos, demografia que ainda tem relutado em retornar aos cinemas durante a pandemia. Os US$ 56 milhões de “007 – Sem Tempo para Morrer” não são nem de longe um desastre. Trata-se da quinta maior estreia norte-americana da era da pandemia e foi realmente alimentada por um público diferente da continuação de “Venom”. Enquanto 36% dos que compraram ingressos para ver James Bond nos EUA tinham mais de 45 anos, esta faixa correspondeu a apenas 9% do público do super-herói. Mas há ainda um outro fator de impacto na bilheteria. Mais longo de todos os filmes de James Bond, “007 – Sem Tempo para Morrer” tem quase três horas de duração, o que reduz o número de vezes que pode ser exibido por sala e por dia, diminuindo proporcionalmente a quantidade de ingressos comercializada para suas sessões. Para fazer frente a este desafio, o estúdio ampliou a distribuição, colocando o longa em 4,4 mil cinemas, o lançamento mais amplo da franquia, num esforço para impedir números menores. De todo modo, os filmes do espião britânico sempre tiveram maior apelo internacional que doméstico. Isto não mudou com a pandemia. Só neste filme de semana, o longa arrecadou mais US$ 89,5 milhões em 66 países diferentes, chegando a um total de US$ 257,4 milhões fora dos EUA – e isto sem a China. Com a contabilidade americana, o valor global chega a US$ 313,3 milhões. “Venom: Tempo de Carnificina” caiu para o 2º lugar com US$ 32 milhões em seu segundo fim de semana nos EUA e Canadá. Com isso, atingiu um total doméstico de US$ 141,7 milhões, um excelente desempenho de dez dias. Com uma estratégia de lançamento conservadora para não enfrentar “007 – Sem Tempo para Morrer” e “Duna” no mercado internacional, a Sony começou a exibir o filme apenas neste fim de semana no exterior, arrecadando US$ 24,8 milhões em 13 países, para um total internacional inicial de US$ 43,9 milhões. A distribuição foi basicamente centrada na América Latina, onde a produção faturou US$ 20 milhões, a melhor arrecadação do estúdio na região durante a pandemia. Juntando com os valores norte-americanos, a soma chega em US$ 185,6 milhões mundiais. A MGM também emplacou o 3º lugar nos EUA e Canadá com a animação “A Família Addams 2”, que faturou US$ 10 milhões no fim de semana para atingir um total doméstico de US$ 31,1 milhões em 10 dias. O Top 5 norte-americano se completa com “Shang-Chi e a Lenda dos Dez Anéis” (US$ 4,2 milhões) e o prólogo da série “Família Soprano”, “The Many Saints of Newark” (com apenas US$ 1,5 milhão).
“Duna” ganha trailer final e vídeo feito para o Brasil
A Warner divulgou três novos pôsteres e dois vídeos inéditos do remake de “Duna”. Um dos vídeos foi feito para o Brasil e traz o elenco tentando atrair o público brasileiro com detalhes da trama e referências ao país. O outro é o trailer final da produção, que ainda não ganhou legendas para o mercado nacional e destaca o relacionamento do protagonista com a “garota dos seus sonhos”. Na trama, Paul Atreides, o papel de Timothée Chalamet (“Me Chame Pelo Seu Nome”), sonha com a jovem misteriosa interpretada por Zendaya (“Homem-Aranha: De Volta ao Lar”), em meio a visões de seu futuro como um herói predestinado. Apesar da ênfase do marketing na participação da atriz, ela já assumiu publicamente que seu papel no filme é “muito, muito pequeno”. Vale lembrar que o livro de Frank Herbert, em que a trama se baseia, foi dividido em dois filmes e a participação de Chani, o papel da atriz, tem destaque apenas na metade final. Fãs de ficção científica conhecem de cor a história de “Duna”. Trata-se de um clássico do gênero, originalmente escrito por Frank Herbert em 1965 e levado pela primeira vez às telas em 1984 com direção de David Lynch (o criador de “Twin Peaks”). O material ainda rendeu duas minisséries do canal Syfy e uma franquia literária, que continua a ser estendida, anos após a morte de Herbert, em 1986. Na trama, uma família aristocrática deixa seu planeta para assumir a supervisão da mineração da Especiaria, o elemento mais valorizado do universo, que só existe no mundo de Arrakis. Quem controla a Especiaria tem uma vantagem econômica significativa diante dos adversários, o que faz com que a família real enfrente complôs e sofra um atentado. Mas o filho, Paul Atreides, escapa e procura se vingar, usando a ecologia bizarra de Arrakis como sua principal arma. Em particular, os vermes gigantes que habitam as grandes dunas – e que são os verdadeiros responsáveis pela produção da Especiaria. O elenco reunido para materializar essa história é tão grandioso quanto a escala da produção, incluindo ainda Jason Momoa (o “Aquaman”), Josh Brolin (o Thanos de “Vingadores: Guerra Infinita”), Oscar Isaac (“Star Wars: Os Últimos Jedi”), Rebecca Ferguson (“Missão Impossível: Efeito Fallout”), Sharon Duncan-Brewster (“Rogue One: Uma História Star Wars”), Charlotte Rampling (indicada ao Oscar por “45 Anos”), Dave Bautista (“Guardiões da Galáxia”), Stellan Skarsgard (“Thor”) e Javier Bardem (“007: Operação Skyfall”). A direção é de Denis Villeneuve (“Blade Runner 2049”), que também trabalhou no roteiro com Jon Spaihts (“Prometheus”) e Eric Roth (“Forest Gump”), e a estreia nos cinemas do Brasil está marcada para 21 de outubro, um dia antes do lançamento nos EUA.
“007 – Sem Tempo para Morrer” bate recorde em estreia internacional
“007 – Sem Tempo para Morrer” marcou um novo recorde da pandemia em seu lançamento internacional, tornando-se a primeira estreia de Hollywood a ultrapassar os US$ 100 milhões em seu primeiro fim de semana sem contar ingressos vendidos na China e nos EUA. Ao todo, o filme fez US$ 119,1 milhões em 54 mercados, liderando a bilheteria mundial do fim de semana. O valor foi maior até que a impressionante arrecadação de “Venom: Tempo de Carnificina” na América do Norte, onde o filme da Sony também registrou um recorde da pandemia, com uma abertura de US$ 90,1 milhões. Mesmo com os US$ 13,8 milhões da Rússia, o segundo “Venom” não conseguiu superar o entusiasmo pelo novo “007”. Três vezes adiado pela pandemia, o 25º lançamento da franquia oficial do agente secreto deixou passar seis anos desde “007 Contra Spectre” e só fez crescer a expectativa para a despedida de Daniel Craig do papel de James Bond. O público correspondeu com cinemas lotados ao redor do mundo. No Reino Unido e na Irlanda, “007 – Sem Tempo para Morrer” chegou a arrecadar US$ 11,4 milhões só com ingressos vendido no sábado (2/10), maior faturamento já contabilizado num único dia para qualquer filme da franquia, além da maior venda diária da pandemia. O resultado também reflete a maior distribuição já feita para um único filme no Reino Unido, ocupando 772 cinemas. Em sua estratégia para priorizar o mercado internacional – e assim evitar confronto com Venom – , o novo James Bond só vai chegar aos EUA na próxima sexta (8/10), onde a produção da MGM travará uma batalha royale pela liderança com o simbionte da Sony. Vale lembrar que “007 – Sem Tempo para Morrer” não é o único filme lançado com antecedência no exterior. “Duna” completou três fins de semana em cartaz com mais US$ 13,7 milhões de 32 mercados, para também ultrapassar a marca de US$ 100 milhões internacionais. A estreia da sci-fi da Warner Bros. vai acontecer em 22 de outubro nos EUA, um dia depois do Brasil. Outro detalhe importante do mercado internacional é que todos os filmes de Hollywood foram barrados da China para os cinemas locais priorizarem um filme patriótico. Sem competição hollywoodiana, “The Battle At Lake Changjin” bateu vários recordes chineses para se tornar o verdadeiro líder mundial de bilheteria deste fim de semana, com arrasadores US$ 230 milhões contabilizados no país.
“Shang-Chi” vira filme mais bem-sucedido da pandemia na América do Norte
Líder das bilheterias pelo quarto fim de semana consecutivo, “Shang-Chi e a Lenda dos Dez Anéis” faturou mais US$ 13,3 milhões para atingir um total de US$ 196,5 milhões nos EUA e Canadá. A quantia transformou a produção da Marvel/Disney no filme mais bem-sucedido da pandemia no mercado norte-americano. O montante superou com folga a arrecadação de “Viúva Negra”, que liderava o ranking com US$ 183,4 milhões. Mas o filme de Scarlett Johansson continua na frente na soma mundial. “Shang-Chi” tem US$ 166,9 milhões no exterior, totalizando US$ 363,4 milhões em todo o mundo, contra US$ 378 milhões globais de “Viúva Negra”, que foi lançada simultaneamente na Disney+. O bloqueio do lançamento na China, que vetou a produção devido à opiniões do astro Simu Liu sobre o país, impediu o filme do herói antigamente conhecido como Mestre do Kung Fu de atingir maior faturamento internacional. Apesar do sucesso norte-americano, o longa nem de longe ameaça o domínio global de “Velozes & Furiosos 9”, maior blockbuster de 2021, com US$ 716,5 milhões de ingressos vendidos ao redor do mundo. Mas “Shang-Chi” demonstra ter fôlego para acrescentar ainda muitos milhões em sua conta. Neste fim de semana, sua bilheteria foi quase o dobro da obtida pelo segundo filme melhor colocado, o musical da Universal “Querido Evan Hansen”, que rendeu US$ 7,5 milhões. Principal estreia de sexta passada (24/9), a adaptação da Broadway amargou rejeição da crítica, atingindo apenas 33% de aprovação no Rotten Tomatoes. O fracasso acontece num ano que experimenta excesso de lançamentos musicais, tanto nos cinemas quanto em streaming. Culpa de “La La Land”. A realidade das bilheterias tem demonstrado que o desempenho do filme de 2016 foi pontual e não um retorno à era de ouro dos musicais de Hollywood. Lançado poucos meses após o desastre de “Cats”, “Em um Bairro de Nova York”, adaptação da peça de Lin-Manuel Miranda, também chegou durante a pandemia e se saiu um pouco melhor, com um faturamento inicial de US$ 11,5 milhões, mas atingiu apenas US$ 29,8 milhões no mercado interno – ainda que com uma diferença: estreou simultaneamente na HBO Max. O desastre de “Querido Evan Hansen” deixa claro que aquilo que funciona no palco não tem garantia nas telas. A produção da Universal tentou repetir o fenômeno da montagem de 2016, premiada com seis troféus Tony (o Oscar do teatro), ao escalar o mesmo ator, Ben Platt, no papel principal. Só que, agora com 27 anos, ele foi ridicularizado por tentar passar por estudante do Ensino Médio na versão cinematográfica. O pódio das bilheterias norte-americanas se completa com “Free Guy – Assumindo o Controle”. A comédia fantasiosa estrelada por Ryan Reynolds faturou US$ 4,1 milhões em seu sétimo fim de semana, atingindo um total doméstico de US$ 114,1 milhões. Globalmente, o filme está com US$ 317,4 milhões graças à diferença feita pelo lançamento chinês, que responde por US$ 94 milhões da conta. O terror “A Lenda de Candyman” e o drama “Cry Macho – O Caminho para a Redenção”, estrelado e dirigido por Clint Eastwood, fecham o Top 5 com US$ 2,5 milhões e US$ 2,1 milhões de arrecadação no fim de semana, respectivamente.









