Duna é a grande estreia da semana nos cinemas

Grande estreia desta quinta (21/10), “Duna” chega aos cinemas brasileiros após faturar US$ 129,3 milhões de bilheteria internacional – sem EUA e China, os maiores mercados mundiais. Apresentado como um grande épico […]

Divulgação/Warner Bros.

Grande estreia desta quinta (21/10), “Duna” chega aos cinemas brasileiros após faturar US$ 129,3 milhões de bilheteria internacional – sem EUA e China, os maiores mercados mundiais. Apresentado como um grande épico sci-fi, estrelado por um elenco de outro mundo, o filme desembarca em meio a uma blitz inescapável de P&R (divulgação e publicidade) e distribuição massiva para ser o programa incontornável da semana.

É mesmo uma produção para tela grande, com visual de tirar o fôlego. A cenografia, a profundidade de campo, a ambição, tudo é gigantesco, babilônico. Mas “Duna” também é uma história sem fim. O diretor Denis Villeneuve (“Blade Runner 2049”) adaptou apenas a primeira metade do livro de Frank Herbert e precisa atrair muito público para a Warner liberar o orçamento da continuação.

Escrita originalmente por Frank Herbert em 1965 e levada pela primeira vez às telas em 1984 com direção de David Lynch (o criador de “Twin Peaks”), a trama de “Duna” acompanha uma família aristocrática que assume a supervisão da mineração da Especiaria, o elemento mais valorizado do universo, que só existe no mundo de Arrakis. Quem controla a Especiaria tem uma vantagem econômica significativa diante dos adversários, o que faz com que a família enfrente complôs e sofra um atentado. Mas o filho, Paul Atreides, escapa e procura se vingar, usando a ecologia bizarra de Arrakis como sua principal arma. Em particular, os vermes gigantes que habitam as grandes dunas – e que são os verdadeiros responsáveis pela produção da Especiaria.

Se em primeiro plano há uma grande aventura, em segundo subsiste uma crítica ao colonialismo e à cobiça, com paralelos nos dias de hoje à crise energética e às disputas viscerais pelo mercado entre as grandes corporações.

O elenco reunido para materializar essa história é tão grandioso quanto a escala da produção, com destaque para Timothée Chalamet (“Me Chame Pelo Seu Nome”) como Paul Artreides, Jason Momoa (o “Aquaman”), Josh Brolin (o Thanos de “Vingadores: Guerra Infinita”), Oscar Isaac (“Star Wars: Os Últimos Jedi”), Rebecca Ferguson (“Missão Impossível: Efeito Fallout”), Zendaya (“Homem-Aranha: De Volta ao Lar”), Sharon Duncan-Brewster (“Rogue One: Uma História Star Wars”), Charlotte Rampling (indicada ao Oscar por “45 Anos”), Dave Bautista (“Guardiões da Galáxia”), Stellan Skarsgard (“Thor”) e Javier Bardem (“007: Operação Skyfall”).

Concorrendo pela atenção do público, a Disney ainda lança a animação “Ron Bugado”. Originalmente uma produção do 20th Century Studios, o desenho tem um humor pastelão que funciona bem com as crianças, mas também uma mensagem digna das melhores produções da Pixar, com uma crítica ao consumismo desenfreado que é eficaz em sua simplicidade.

“Ron Bugado” apresenta a mania do futuro: o B-Bot, um mini-robô conectado (que parece a evolução final da Alexa), introduzido como o novo melhor amigo de todas as crianças. Exceto de Barney, um garoto de 11 anos que ganha do pai uma versão do robô que não funciona direito. Todo atrapalhado, o robô bugado acaba criando tanta confusão que passa a ser perseguido pelos fabricantes para ser triturado. Só que, depois de muitas peripécias, o menino se afeiçoa e não aceita que seu melhor amigo seja descartado como lixo.

Com o principal circuito alternativo em São Paulo ocupado pela Mostra, há apenas dois outros títulos com distribuição limitada: “Cabeça de Nêgo”, drama brasileiro engajado com pauta antirracista, e “Sanctorum”, fantasia mexicana sobre a violência extrema dos cartéis de tráfico num contexto de realismo mágico, em que a natureza decide ajustar contas com a humanidade. Venceu três prêmios em festivais internacionais.

Confira abaixo os trailers das quatro estreias.

 

 
Duna | EUA | Sci-Fi

 

 
Ron Bugado | EUA | Animação

 

 
Cabeça de Nêgo | Brasil | Drama

 

 
Sanctorum | México, República Dominicana | Drama