Globo de Ouro gera polêmica por classificar Minari como Filme Estrangeiro
A Associação dos Correspondentes Estrangeiros de Hollywood, responsável pelo Globo de Ouro, tornou-se alvo de protestos de vários integrantes da indústria do cinema dos EUA ao classificar o filme americano “Minari”, vencedor do Festival de Sundance deste ano, na disputa de Melhor Filme Estrangeiro. O longa de Lee Isaac Chung estrelado por Steven Yeun (“The Walking Dead”) é uma produção americana, filmada nos EUA por um cineasta americano, que acompanha a luta de uma família de imigrantes sul-coreanos para atingir o sonho americano. “’Minari’ é o melhor filme e o filme mais americano que vi este ano”, tuitou Phil Yu, do popular site Angry Asian Man, puxando o protesto. “Isso é uma besteira completa.” Yu foi um dos primeiros a manifestar sua indignação após a seleção dos filmes estrangeiros do Globo de Ouro ser divulgada. Outra foi a cineasta Lulu Wang, que enfrentou o mesmo problema no ano passado quando seu filme “A Despedida” (The Farewell) foi classificado como Filme Estrangeiro no Globo de Ouro. “Eu não vi um filme mais americano do que ‘Minari’ este ano”, tuitou Wang. “É uma história sobre uma família de imigrantes, NA América, perseguindo o sonho americano. Nós realmente precisamos mudar essas regras antiquadas que caracterizam os americanos apenas como base em porcentagem de diálogos em inglês.” As regras de elegibilidade do Globo de Ouro declaram que qualquer filme com pelo menos 50% de diálogos em outros idiomas entra na categoria Língua Estrangeira. Grande parte de “Minari” é falado em coreano, mas há muitos diálogos em inglês, numa história completamente americana. Outros filmes com menos diálogos em inglês já foram considerados americanos anteriormente pelo Globo de Ouro, o que levou alguns comentários a sugerir racismo da parte dos organizadores do evento. Harry Shum Jr (“Caçadores de Sombras”), por exemplo, reparou que “Bastardos Inglórios”, de Quentin Tarantino, teve apenas 30% de diálogos em inglês, comparados aos textos em alemão e francês e italiano da produção, e não foi considerado Estrangeiro pelo Globo de Ouro. “’Minari’ é um filme americano”, concluiu ele, na comparação. Além disso, “Babel”, de Alejandro Iñárritu , que incluía cinco idiomas diferentes, também foi considerado americano pelo Globo de Ouro em 2007. E não se pode esquecer que o recente “Me Chame pelo Seu Nome” inclui uma quantia considerável de conversas italianas, foi filmado na Itália e tem diretor italiano, mas também foi considerado americano pelo Globo de Ouro em 2018. O roteirista-produtor Phil Lord (“Anjos da Lei”) foi direto ao ponto no Twitter: “A questão, em relação a ‘Minari’ e o Globo de Ouro, não é um descuido. É uma escolha. As regras poderiam e deveriam ter mudado depois do ano passado [por causa de ‘A Despedida’]. Este ano, muitas pessoas argumentaram que ‘Minari’ é um filme americano. Esta é uma decisão cuidadosamente considerada, deliberada e preconceituosa”. Ele acrescentou: “Eu simplesmente não consigo ver porque QUALQUER filme em qualquer idioma seria desqualificado de competir nas categorias de melhor filme. Qual é a razão? ” Daniel Dae Kim (“Hawaii Cinco-0”) escreveu que colocar ‘Minari’ na categoria de Melhor Filme Estrangeiro era o “equivalente, em cinema, a ser xingado ‘volte para seu país’, quando esse país é na verdade os EUA”. Ming Na Wen (“The Mandalorian”) também não ficou feliz. “Isso me irrita em muitos níveis. PAREM COM ESTA ESTUPIDEZ!!”, ela escreveu. “Um filme como ‘Minari’ é o mais americano possível!!! Corrija isso, Globo de Ouro. Especialmente em 2020.” “Só para constar, ‘Minari’ é um filme americano escrito e dirigido por um cineasta americano que se passa na América com um ator principal americano e produzido por uma produtora americana”, tuitou Simu Liu, intérprete de Shang Chi, o Mestre do Kung Fu da Marvel. “… E sem dar spoiler, é uma BELA história de uma família de imigrantes tentando construir uma vida a partir do zero. O que poderia ser mais americano do que isso?” Andrew Phung (“Kim Convenience”) tuitou: “Um lembrete triste e decepcionante de que um filme sobre o sonho americano, ambientado na América, estrelado por um americano, dirigido por um americano e produzido por uma empresa americana, é de alguma forma estrangeiro”. Min Jin Lee, autor de Pachinko, que atualmente está sendo desenvolvido como uma série da Apple, acresentou: “’Minari’ é um filme americano sobre novos americanos. Todos na América, exceto os indígenas, vieram de outro lugar por escolha ou força. A língua inglesa não é uma língua nativa. Chega dessa bobagem sobre os asiático-americanos serem permanentemente estrangeiros. Terminei.” A Associação dos Correspondentes Estrangeiros de Hollywood ainda não se manifestou sobre a polêmica. Veja abaixo o trailer de “Minari”.
Estreia de Robin Wright na direção ganha primeiro trailer
A Focus Features divulgou o pôster e o trailer de “Land”, drama que marca a estreia na direção da atriz Robin Wright (“Mulher-Maravilha 1984”). Ela também estrela o longa como uma mulher emocionalmente devastada pela morte de sua família, que decide trocar a cidade grande por uma vida reclusa, numa pequena cabana isolada em meio à floresta nas Montanhas Rochosas. Inexperiente e mal preparado para enfrentar um inverno extremamente rigoroso, a personagem de Wright é levada ao desespero, até que recebe a visita surpresa de um caçador local (Demian Bichir, de “Os Oito Odiados”), que acaba lhe ensinando a sobreviver na região. Selecionado pelo Festival de Sundance, “Land” tem estreia comercial prevista para 12 de fevereiro nos cinemas americanos.
Virgin River é renovada para 3ª temporada
A Netflix renovou “Virgin River”, drama romântico passado no interior rural dos EUA, para sua 3ª temporada. Criada por Sue Tenney (que também criou “A Bruxa do Bem” e escreveu “Sétimo Céu”), a série conta a história de Mel Monroe (Alexandra Breckenridge, ex-“American Horror Story”), uma jovem que vai trabalhar como parteira e enfermeira na cidade-título do seriado. Em pouco tempo, ela descobre que precisa se adaptar ao novo lar e se reconciliar consigo mesma, e neste processo encontra o amor com um morador local, Jack (Martin Henderson, ex-“Grey’s Anatomy”). Mas como essa história tem que durar mais de uma temporada, esse amor é marcado por várias idas e vindas. A 2ª temporada foi disponibilizada no dia 27 de novembro em streaming. Com a renovação, a produção será reforçada com a participação dos atores Zibby Allen (“The Flash”) e Stacey Farber (“Saving Home”), que integrarão o elenco dos próximos dez capítulos.
Palmer: Trailer mostra Justin Timberlake em performance dramática
A Apple TV+ divulgou o pôster e o trailer oficial de “Palmer”, que traz o ator e cantor Justin Timberlake num desempenho dramático e surpreendente. A prévia é daquelas de chorar. Timberlake é o Palmer do título, que, depois de uma temporada na prisão, retorna à sua cidade natal para colocar sua vida nos trilhos. Lá, arranja emprego de faxineiro e enfrenta não apenas conflitos do seu passado, mas também uma nova responsabilidade: cuidar de um garoto abandonado pela mãe, que sofre bullying por seu comportamento considerado afeminado. No elenco, também estão Juno Temple (“Malévola: Dona do Mal”), June Squibb (“Nebraska”), Alisha Wainright (“Criando Dion”) e o menino Ryder Allen (visto em “Law & Order True Crime”). O filme foi escrito por Cheryl Guerriero (“Universidade do Prazer”) e tem direção do ator Fisher Stevens (“Amigos Inseparáveis”). A estreia está marcada para 29 de janeiro em streaming.
Favorito ao Oscar, Nomadland ganha trailer legendado
A 20th Century Studios (ex-Fox) divulgou um novo pôster e o trailer legendado de “Nomadland”. O vídeo explora a sensibilidade do longa, que já conquistou o Leão de Ouro no Festival de Veneza e o prêmio principal do Festival de Toronto, tornando-se favorito disparado ao Oscar 2021. Road movie com influência de documentários, “Nomadland” é estrelado por Frances McDormand, que já tem dois Oscars na prateleira, por “Fargo” (1996) e “Três Anúncios para um Crime” (2017), como uma viúva sem rumo, viajando pelos EUA numa van durante a implosão financeira de sua cidade, estado e país. O elenco também inclui David Strathairn (“The Expanse”) e vários atores amadores que são nômades reais – alguns, inclusive, vistos no documentário “Without Bound – Perspectives on Mobile Living” (2014). Terceiro e último longa indie da diretora Chloé Zhao, vencedora do Gotham Award por “Domando o Destino” (2017), “Nomadland” encerra um ciclo na carreira da cineasta. Enteada da atriz chinesa Song Dandan (“O Clã das Adagas Voadoras”) e radicada nos EUA desde a adolescência, Zhao começa, depois deste filme, sua trajetória nos grandes estúdios de Hollywood com a superprodução da Marvel “Eternos”. O filme ganhou distribuição limitada em 4 de dezembro na América do Norte e o plano do estúdio é estender sua exibição até fevereiro, quando pretende lançá-lo em circuito mais amplo e no mercado internacional, inclusive no Brasil.
Veja o trailer emocionante de drama premiado da diretora de Mamma Mia!
A Amazon divulgou o pôster e o trailer do drama “Herself”, novo filme de Phyllida Lloyd, diretora de “Mamma Mia!” (2008) e “A Dama de Ferro” (2011). A produção britânica conta uma história de superação e empoderamento, ao acompanhar uma mãe que luta contra a pobreza e o ex-marido para construir – literalmente – um lar para morar com suas filhas. As dificuldades que ela encontra em sua jornada, vislumbradas na prévia, são de encher os olhos de lágrimas. A história foi escrita pela atriz principal, Clara Dunne, que tem diante das câmeras seu primeiro papel de protagonista após aparecer quase como figurante em “Homem-Aranha: Longe de Casa” (2019). Ela também canta duas músicas da trilha sonora. Exibido no Festival de Sundance sob críticas elogiosas, algumas incluídas no trailer, o filme atingiu 91% de aprovação no Rotten Tomatoes e ainda venceu dois troféus no Festival de Dublin, inclusive o de Revelação para Dunne. A estreia está marcada para 30 de dezembro em circuito limitado nos EUA, e 8 de janeiro em streaming mundial.
Netflix diz que brasileiros viram mais romances, filmes tristes e reality shows em 2020
A Netflix revelou nesta quinta-feira (10/12) quais foram os conteúdos mais assistidos da plataforma durante o ano de 2020. Mas ao contrário do que fez em 2019, a retrospectiva deste ano foi bem bagunçada, sem relação das dez séries, os dez filmes e, vá lá, os dez realities favoritos do público. Em vez disso, a plataforma decidiu dividir os sucessos em categorias relacionadas a estados de espírito, como “nós choramos”, “nós viajamos”, “nós comemos” e “nós amamos o amor”. Outra bagunça dos listões se deve à opção da empresa de combinar tudo por gênero. Assim, entre as produções de ação mais assistidas aparecem os filmes “Resgate”, “Power” e “The Old Guard”, a série espanhola “La Casa de Papel” e a brasileira “Bom Dia, Verônica”. O resumo das relações é que, ao longo do ano, os espectadores viram muitos reality shows, filmes tristes e romances. Foram duas vezes mais reality shows que no ano passado. Mas era barbada, porque a Netflix também produziu mais reality shows em 2020. O mesmo vale para as produções de chorar e suspirar. O público vê o que a Netflix produz e divulga. Mas muitas das produções da plataforma não são divulgadas nem por ela mesma. Logicamente, elas não emplacam e são escanteadas. Entre as tendências diagnosticadas, é possível reparar ainda que o Brasil dobrou o consumo em muita categorias. Além dos reality shows, o público consumiu duas vezes mais animes que no ano passado – “Pokémon: Mewtwo Contra-Ataca – Evolução”, “One Piece”, “The Seven Deadly Sins: A Ira Imperial dos Deuses” e “O Sangue de Zeus” foram os favoritos. Outro pico aconteceu entre as produções sul-coreanas, que bateram recorde de audiência no país, aumentando seu consumo em mais de 120% em relação ao número do ano passado. O conteúdo turco também se destacou, dobrando sua visualização. O motivo é sempre o óbvio: maior oferta de produtos dos dois países. Entre os sul-coreanos, o terror de zumbis “Alive” liderou a audiência no país, enquanto a série turca “O Último Guardião” esteve entre os mais assistidas da plataforma. A lista de histórias tristes traz o hit “Milagre na Cela 7”, que ficou 23 dias no Top 10, além de “Se Algo Acontecer… Te Amo” e “Por Lugares Incríveis”. Curiosamente, a tristeza aumentou apenas a partir de abril, quando os brasileiros completaram o primeiro mês de isolamento social devido à pandemia de coronavírus. Do mesmo modo, os romances estiveram em alta, refletindo, novamente, a ênfase dada pela plataforma a produções do gênero. A lista tem “A Barraca do Beijo 2”, “Para Todos os Garotos: P.S. Ainda Amo Você”, “Amor Garantido” e “Ricos de Amor”. No gênero da fantasia, os assinantes brasileiros acompanharam mais “Locke & Key” e “Carta ao Rei”. Já entre os conteúdos para a família (que no Brasil costumavam ser chamados de infantis), os destaques foram “A Caminho da Lua”, “Os Irmãos Willoughby” e “Enola Holmes”.
Atrizes de Grey’s Anatomy e Scrubs são Amigas para Sempre em trailer de série
A Netflix divulgou o pôster e o trailer legendado de “Amigas para Sempre”, série que junta Katherine Heigl (a Dra. Izzie Stevens de “Grey’s Anatomy”) e Sarah Chalke (a Dra. Eliot Reid de “Scrubs”). Depois de interpretarem médicas em atrações rivais, elas vivem melhores amigas na produção dramática, que em inglês se chama “Firefly Lane” (Travessa do Vagalume), em novo caso de tradução “criativa” da plataforma. A série se estende por várias décadas, acompanhando o envelhecimento das personagens (e das atrizes) para demonstrar, segundo sua premissa, que “a maior história de amor de todas pode ser entre amigas”. “Você nunca estará sozinha. Você está presa comigo para sempre”, diz Tully, a personagem de Heigl, no início do trailer, antes de um desfile de cenas celebrar a amizade da dupla com danças, abraços e apoio constante durante 30 anos de problemas. Entretanto, segundo a sinopse oficial, as duas não poderiam ser mais diferentes, nem sua amizade existiria sem enfrentar conflitos. Amigas desde os 14 anos, “Tully é a garota ousada e atrevida que você não pode ignorar, enquanto Kate é a garota tímida que você nunca nota”, descreve o texto. Mas quando uma tragédia as une, elas ficam ligadas para o resto da vida, superando 30 anos de altos e baixos – “triunfos e decepções, desgosto e alegria, e um triângulo amoroso que prejudica sua amizade”, completa a descrição novelesca. As versões adolescentes de Tully e Kate são interpretadas por Ali Skovbye (de “O Homem do Castelo Alto”) e Roan Curtis (“The Magicians”), respectivamente, e o elenco ainda inclui Ben Lawson (“Designated Survivor”), Yael Yurman (também de “O Homem do Castelo Alto”) e Beau Garrett (“The Good Doctor”). Adaptação do romance homônimo de Kristin Hannah, a série foi desenvolvida por Maggie Friedman (que também criou “Eastwick” e “As Bruxas de East End”) e tem estreia marcada para 31 de dezembro.
O Gambito da Rainha faz disparar vendas de xadrez e livros sobre o jogo nos EUA
O sucesso da minissérie “O Gambito da Rainha” teve um efeito curioso no mundo real, transformando o centenário jogo de xadrez na última moda entre os jovens consumidores de streaming. De acordo com a empresa de pesquisas NPD Group, nas três semanas que se seguiram à estreia da atração, as vendas unitárias de jogos de xadrez aumentaram 87% nos Estados Unidos, enquanto as vendas de livros sobre xadrez subiram 603%. Este pico aconteceu após anos de crescimento estável ou negativo nessas categorias, disse o NPD, apontando que o disparo só poderia estar relacionado à série da Netflix. Por sua vez, a plataforma também informou que “O Gambito da Rainha”, centrada na personagem fictícia Beth Harmon, uma adolescente prodígio do xadrez que enfrenta os melhores jogadores do mundo, tornou-se a minissérie mais assistida da Netflix em seus primeiros 28 dias de disponibilização. Em suas quatro primeiras semanas, 62 milhões de contas de assinantes em todo o mundo assistiram a pelo menos dois minutos da série, que é o critério da empresa para considerar uma série vista (por isso, não está claro quantos assistiram a todos os sete episódios). Além do interesse nos tabuleiros e peças, vários livros sobre como jogar xadrez se tornaram campeões de venda de uma hora para outra, entre eles “Bobby Fischer Ensina Xadrez”, do campeão mundial Bobby Fischer, “Chess Fundamentals” (Xadrez básico, em tradução livre), de Jose Capablanca e até “Chess for Kids” (xadrez para crianças), de Michael Basman. Além disso, os dados de pesquisa do Google Trends mostram que o interesse em xadrez entre os usuários dos EUA quase quadruplicou desde a estreia de “O Gambito da Rainha”. “A ideia de que uma série de televisão em streaming pode ter um impacto nas vendas de produtos não é nova, mas finalmente podemos visualizá-la por meio dos dados”, disse Juli Lennett, consultora da indústria de brinquedos do NPD Group, em comunicado. “As vendas de livros e jogos de xadrez, que anteriormente estavam estagnadas ou em declínio por anos, aumentaram acentuadamente à medida que a nova série se tornou popular e conquistou espectadores.” Baseada no romance homônimo de Walter Tevis, a produção foi desenvolvida por Scott Frank, roteirista do filme “Logan” e criador de “Godless”. Repetindo o trabalho realizado na minissérie “Godless”, ele assina como roteirista, diretor e produtor executivo da atração. Ao longo de seis episódios, a trama retrata a vida de uma órfã que se torna prodígio do xadrez durante a Guerra Fria, seguindo Beth Harmon dos 8 aos 22 anos, enquanto luta contra o vício e tenta se tornar a maior enxadrista do mundo. O papel principal é desempenhado por Anya Taylor-Joy (“Os Novos Mutantes”) e o elenco também inclui Thomas Brodie-Sangster (“Maze Runner”), Bill Camp (“The Outsider”), Harry Melling (“Harry Potter”) e Chloe Pirrie (“Emma.”).
Encontrando Forrester: Filme de Sean Connery pode virar série
A rede americana NBC encomendou o projeto de uma série baseada no filme “Encontrando Forrester” (2000). Apresentado pela Sony Pictures TV, o projeto vem dos escritores TJ Brady e Rasheed Newson (“The Chi”) e contará com um piloto assinado pelo cineasta Tim Story (“Quarteto Fantástico”, “Shaft”). Além destes, caso seja aprovada, a série terá entre seus produtores o astro da NBA Stephen Curry. O filme original, dirigido por Gus Van Sant e escrito por Mike Rich, trazia Rob Brown como um astro de basquete do ensino médio e escritor prodígio, que encontra um mentor em um escritor solitário, interpretado por Sean Connery. A nova adaptação vai alterar a raça e o sexo dos protagonistas e será centrada em duas personagens negras: uma órfã sem-teto de 16 anos, cujas habilidades no basquete abrem as portas para um colégio interno de elite, e uma autora lésbica cuja carreira foi arruinada por um escândalo. Apesar de poucos pontos em comum com o filme, a série em potencial pretende refletir as mesmas ideias, analisando os custos de sucesso e oferecendo redenção por meio do vínculo entre as duas personagens. A Sony lançou o filme de 2000, que arrecadou US$ 80 milhões em todo o mundo (e também gerou um meme na Internet do personagem de Connery apresentando a frase “You the man now, dawg!”) O projeto se junta a uma lista de desenvolvimento da NBC que inclui outra adaptação de filme dramático antigo, “Tomates Verdes Fritos”, produzida pelo veterano Norman Lear e estrelada por Reba McEntire. Veja abaixo o trailer original do drama cinematográfico.
O Gambito da Rainha se torna a minissérie mais vista da Netflix
A Netflix anunciou nesta segunda (23/11) que “O Gambito da Rainha” estabeleceu um recorde de audiência entre suas minisséries. “Mais de 62 milhões de lares em todo o mundo assistiram a ‘O Gambito da Rainha’ em seus primeiros 28 dias. A minissérie chegou ao Top 10 de 92 países e foi número 1 em lugares como Reino Unido, Argentina e Israel”, informou a plataforma em suas redes sociais. Os números, claro, são inflacionados. O critério usado pela Netflix para definir a audiência de um programa é a soma de usuários que assistiu ao menos dois minutos de determinada produção. Isso significa, basicamente, que quem ver apenas os créditos de abertura de um episódio, sem precisar assistir nenhum segundo da parte roteirizada da produção, já é contabilizado como tendo visto a temporada completa. A justificativa da plataforma é que este critério foi adotado primeiro pelo YouTube. Só que o YouTube exibe basicamente vídeos curtos de até quatro minutos – de modo que 2 minutos podem representar 50% de uma obra completa neste caso, e não 0,05% de uma temporada. Como a Netflix não abre seus números para auditoria externa, o mercado precisa decidir se aceita – com cinismo – tudo o que a empresa informa. Apesar dessa polêmica comercial, o fato é que “O Gambito da Rainha” foi bastante comentada nas redes sociais e recebeu críticas elogiadíssimas. Trata-se de uma das raríssimas produções da Netflix com 100% de aprovação no Rotten Tomatoes, após 70 resenhas publicadas. A série foi desenvolvida por Scott Frank, roteirista do filme “Logan” e criador de “Godless”. Repetindo o trabalho realizado na minissérie “Godless”, ele assina como roteirista, diretor e produtor executivo da atração. Baseada no romance homônimo de Walter Tevis, a produção de seis episódios retrata a vida de uma órfã que se torna prodígio do xadrez durante a Guerra Fria. A trama segue Beth Harmon dos 8 aos 22 anos, enquanto luta contra o vício e tenta se tornar a maior enxadrista do mundo. O papel principal é desempenhado por Anya Taylor-Joy (“Os Novos Mutantes”) e o elenco também inclui Thomas Brodie-Sangster (“Maze Runner”), Bill Camp (“The Outsider”), Harry Melling (“Harry Potter”) e Chloe Pirrie (“Emma.”). Lembre abaixo o trailer oficial da atração. Há exatamente um mês viramos todos gambiters! Mais de 62 milhões de lares em todo o mundo assistiram a O Gambito da Rainha em seus primeiros 28 dias no meu site. A minissérie chegou ao Top 10 de 92 países e foi número 1 em lugares como Reino Unido, Argentina e Israel. — netflixbrasil (@NetflixBrasil) November 23, 2020
Vanessa Kirby brilha em trailer da Netflix rumo ao Oscar de Melhor Atriz
A Netflix divulgou o pôster e o trailer legendado de “Pieces of a Woman”, filme que já rendeu o troféu de Melhor Atriz para a inglesa Vanessa Kirby (a princesa Margaret de “The Crown”) no Festival de Veneza deste ano. A prévia é uma mostra de seu desempenho impactante, como uma mãe que precisa lidar com a perda do filho num parto que dá errado em sua casa. A plataforma adquiriu o filme logo após o anúncio da conquista em Veneza e antes da estreia do drama na América do Norte, que aconteceu poucos dias depois, durante o Festival de Toronto, com o objetivo de fazer campanha intensiva para Kirby levar o Oscar. O trailer também surge uma segunda aposta na categoria de Melhor Atriz Coadjuvante para a veterana Ellen Burnstyn (“Interestelar”), que interpreta a mãe da protagonista. Curiosamente, os tradutores que barbarizam com títulos surreais nos lançamentos da plataforma no Brasil não foram convocados para trabalhar em “Pieces of a Woman”, que está sendo divulgado para os assinantes com a denominação original em inglês (a tradução literal seria “pedaços de uma mulher”). Na trama, após perder o filho no parto, a personagem de Kirby inicia uma odisseia de um ano de luto, que atinge seu marido (Shia LaBeouf, de “Ninfomaníaca”), sua mãe (Ellen Burstyn) e sua parteira (Molly Parker, de “Perdidos no Espaço”). Ela é uma executiva muito rígida, casada com um operário da construção civil de passado volátil, e os dois encontraram o amor apesar da diferença de classes e esperavam ansiosamente seu primeiro filho. Mas complicações com a parteira interrompem o planejado parto em casa, jogando o casal num drama devastador. O filme inclui entre seus fãs o cineasta Martin Scorsese, que se tornou produtor do longa após sua finalização, justamente para facilitar as negociações de sua distribuição internacional. O diretor de “O Irlandês” teria sido peça-chave para o acordo com a empresa de streaming. “Pieces of Woman” tem roteiro de Kata Wéber e direção de Kornél Mundruczó, dois cineastas húngaros que repetem as parcerias de “Deus Branco” (White God, 2014) e “Lua de Júpiter” (2017). O filme marca a estreia do casal em inglês e reflete a jornada de superação da perda do filho deles na vida real, enquanto as cenas de julgamento que finalizam a história foram inspiradas por um caso real de 2010, que levou uma parteira aos tribunais da Hungria. A estreia está marcada para 7 de janeiro “só na Netflix”.











