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    Lily Collins luta contra a anorexia no trailer legendado de O Mínimo para Viver

    24 de junho de 2017 /

    A Netflix divulgou o trailer legendado do drama “O Mínimo para Viver”, que traz a atriz Lily Collins (“Os Instrumentos Mortais: Cidade dos Ossos”) lutando contra a anorexia. A prévia mostra a magreza extrema que a jovem atinge por conta da doença e a motivação que encontra, graças a um médico pouco ortodoxo, vivido por Keanu Reeves (“John Wick”), e a um grupo de jovens passando por problemas similares. A trama é baseada nas experiências pessoais da roteirista Marti Noxon, criadora da série “UnReal”, que estreia na direção de um longa-metragem. O elenco também destaca Carrie Preston (série “True Blood”), Lili Taylor (série “American Crime”), Liana Liberato (“Confiar”), Alanna Ubach (série “Girlfriends’ Guide to Divorce”), Kathryn Prescott (série “24: Legacy”), Brooke Smith (série “Bates Motel”), Ciara Bravo (série “Second Chance”), Hana Hayes (série “The Grinder”) e Alex Sharp (“How to Talk to Girls at Parties”) A estreia está marcada para 14 de julho na plataforma de streaming.

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    Jake Gyllenhaal é vítima de atentado terrorista no trailer do drama Stronger

    23 de junho de 2017 /

    A Roadside Attractions divulgou cinco fotos e o trailer do melodrama “Stronger”, estrelado por Jake Gyllenhaal (“Animais Noturnos”) e Tatiana Maslany (série “Orphan Black”). A prévia resume a trama, ao mostrar como o personagem de Gyllenhaal vai prestigiar a namorada (Maslany) na maratona de Boston e se torna vítima do atentado terrorista cometido em 2013. Ao perder as pernas, ele precisa reencontrar forças para continuar vivendo, e no processo se torna símbolo do espírito da cidade. A trama é baseada na história real de Jeff Bauman, sobrevivente da explosão que perdeu ambas as pernas, e seu longo caminho para a recuperação. O roteiro foi escrito pelo ator John Pollono (série “This Is Us”), que estreia na função num longa-metragem, e a direção é de David Gordon Green (“Manglehorn”). A estreia está marcada para 22 de setembro nos Estados Unidos e ainda não há previsão de lançamento no Brasil.

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    Chadwick Boseman vive advogado famoso em luta contra o racismo no trailer de Marshall

    23 de junho de 2017 /

    A Open Road divulgou três fotos e o primeiro trailer de “Marshall”, combinação de cinebiografia, filme de época, drama racial e suspense de tribunal, estrelado por Chadwick Boseman (“Pantera Negra”). Ele interpreta o famoso advogado Thurgood Marshall, uma década antes de vencer o caso que acabou com a segregação racial nas escolas dos Estados Unidos e duas décadas antes de se tornar o primeiro juiz negro da Suprema Corte do país. A trama acompanha um dos casos que ajudou a definir sua carreira, quando atuava em defesa de negros acusados de crimes que não cometeram. Seu cliente é um motorista suspeito de atacar sua chefe branca, tentando estuprá-la e matá-la. Diante da repercussão negativa do suposto crime, Marshall decide contratar um advogado branco inexperiente para ser seu assistente, e o rapaz logo descobre como é sofrer racismo. Mas o julgamento revela muitas reviravoltas. A escalação do elenco promove o reencontro de Josh Gad e Dan Stevens após “A Bela e a Fera”. Os dois vivem, respectivamente, o advogado assistente e o promotor público do caso. Além deles, a trama destaca Sterling K. Brown (“The People v. O.J. Simpson: American Crime Story”) como o suspeito do crime e Kate Hudson (“Horizonte Profundo: Desastre no Golfo”) como a suposta vítima. O filme marca a volta à direção cinematográfica de Reginald Hudlin (“O Príncipe das Mulheres”), após 15 anos comandando séries. A estreia está marcada para 13 de outubro nos EUA e ainda não há previsão de lançamento no Brasil.

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    Trailer alucinógeno de drama indie traz Kirsten Dunst sob efeito de drogas

    18 de junho de 2017 /

    A A24 divulgou o pôster e o trailer de “Woodshock”, suspense dramático estrelado por Kirsten Dunst (série “Fargo”). A prévia atmosférica e alucinógena lembra outro filme da atriz, “Melancolia” (2011). O longa marca a estreia na direção das irmãs Kate e Laura Mulleavy, criadoras da grife de moda Rodarte. Elas também assinam o roteiro. Descrito como uma obra que explora o isolamento, a paranoia e o luto, a trama traz Dunst como uma mulher deprimida, que sofreu uma perda profundo e tem sua fragilidade potencializada pelos efeitos alucinógenos de uma droga mortal. O elenco também inclui Joe Cole (“Olhos da Justiça”), Pilou Asbæk (“Ghost in the Shell”), Lorelei Linklater (filha do diretor Richard Linklater) e Jack Kilmer (filho do ator Val Kilmer). “Woodshock” estreia em 15 de setembro nos EUA e não tem previsão de lançamento no Brasil.

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    Jaume Collet-Serra vai dirigir filme sobre o massacre de Waco

    7 de junho de 2017 /

    A Annapurna contratou o diretor Jaume Collet-Serra (“Águas Rasas”) para dirigir “Waco”, filme sobre o massacre da seita de David Korsh em 1993. O roteiro foi escrito por Mark Boal (“A Hora Mais Escura”) e Marc Haimes (“Kubo e as Cordas Mágicas”). E em entrevista ao site Deadline, Boal traçou paralelos entre a história trágica e os rumos do governo de Donald Trump nos Estados Unidos. “Waco foi um ponto de virada histórica na batalha entre o FBI e a extrema direita da América”, disse Boal. “É uma colisão entre uma facção militante, a Segunda Emenda e o direito à liberdade religiosa. Muitos disseram que esta seita não estava incomodando ninguém, mas o filme será sobre o que o FBI e o Departamento de Justiça percebem como uma ameaça, e por que e como decidiram esmagá-la”. Comandada por David Koresh, a seita Branch Davidians vivia em um rancho em Waco, interior do Texas. Acreditando que o grupo estava armazenando armas, o governo autorizou uma busca no local. Segundo divulgado pela imprensa na época, os agentes foram recebidos a tiros, o que deu início ao cerco. Quatro agentes e seis membros da seita morreram durante o cerco policial, que durou 51 dias em 1993. A situação levou os agentes do FBI a invadirem o local, mas a ação provocou um incêndio, no qual morreram a maioria dos integrantes da seita, incluindo Koresh. A expectativa é que as filmagens comecem no fim do ano. Entretanto, a produção contará com concorrência de uma minissérie, que já escalou seu elenco. Também intitulada “Waco”, a minissérie será estrelada por Michael Shannon (“Animais Noturnos”), Taylor Kitsch (série “True Detective”) e Melissa Benoist (protagonista de “Supergirl”), e estreia em janeiro no lançamento do canal pago Paramount (atual Spike) nos Estados Unidos.

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    O Filme da Minha Vida: Drama de Selton Mello ganha novo trailer belíssimo

    7 de junho de 2017 /

    A Vitrine Filmes divulgou o pôster e um novo trailer de “O Filme da Minha Vida”, drama dirigido por Selton Mello, seis anos depois do sucesso de “O Palhaço”. A prévia destaca uma fotografia belíssima, que dá à produção de época um aspecto refinado, acentuado ainda mais pela participação do francês Vincent Cassel (“Em Transe”). Passado nos anos 1960, o filme gira em torno de Jacques (Johnny Massaro, de “A Frente Fria que a Chuva Traz”), jovem professor de um povoado, que foi abandonado pelo pai, um forasteiro francês (Cassel), há vários anos. Um dia, ao visitar a cidade vizinha para ir ao cinema, Jacques descobre que a explicação de tudo pode estar muito perto dele. O elenco também destaca Bruna Linzmeyer (“A Frente Fria que a Chuva Traz”), Bia Arantes (“Real – O Plano por Trás da História”), Ondina Clais Castilho (“Meu Amigo Hindu”), Erika Januza (novela “Sol Nascente”), Martha Nowill (“Vermelho Russo”) e o veterano Rolando Boldrin (novela “Os Imigrantes”). A trama adapta o livro “Um Pai de Cinema”, do escritor chileno Antonio Skármeta (“O Carteiro e o Poeta”). E, ao contrário de “O Palhaço”, Selton não fará o papel principal, participando apenas como coadjuvante, além de dirigir e assinar o roteiro em parceria com Marcelo Vindicato, com quem trabalhou em “Feliz Natal” (2008) e “O Palhaço” (2011). A estreia está marcada para 3 de agosto.

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    Faces de uma Mulher oferece retrato fragmentado de uma personagem múltipla

    29 de maio de 2017 /

    “Faces de uma Mulher” é um filme que cresce à medida que pensamos nele. A trama do cineasta Arnaud des Pallières (“Michael Kohlhaas”) apresenta quatro estágios da vida de uma mesma mulher, mas de maneira desconcertante e um tanto confusa à princípio. Até que o espectador perceba que as diferentes atrizes representam a mesma pessoa demora um pouco, embora essa estranheza e esse desconforto sejam bem-vindos e provoquem no espectador um interesse em unir as pontas. A confusão se dá pelo fato de as personagens aparecerem com diferentes nomes, embora o filme, logo no início, revele que uma delas usa nome falso. Trata-se de Renée (Adèle Haenel, de “A Garota Desconhecida”), que tem sua rotina de vida (como professora de crianças) perturbada pela chegada de uma mulher recém-saída da prisão (Gemma Arterton, de “Gemma Bovary”). A chegada daquela mulher representa o fim de seu sossego. Percebe-se, logo de cara, a fotografia que destaca os rostos com seus detalhes ressaltados: as olheiras nos olhos de Haenel; as sardas de Arterton; mais à frente os hematomas, feridas e uma maquiagem com um exagerado uso de baton vermelho, como na tentativa de restaurar a beleza dessas mulheres maltratadas. E haja maus tratos. As mulheres do filme de Pallières recebem porrada a todo instante, o que dói até no espectador, testemunha dos atos de violência, sempre praticados por homens mais velhos. Logo em seguida, entra em cena Sandra (Adèle Exarchopoulos, de “Azul É a Cor Mais Quente”), uma jovem em seus 18-20 anos que está em busca de dinheiro, seja através de um emprego normal, seja através da “adoção” por um homem mais velho. Essa oferta, ela recebe de um senhor viciado em jogos e corridas de cavalos. A vida de Sandra cruzará com Tara (Arterton) também. Só mais à frente se percebe que se trata de um flashback da personagem anteriormente apresentada. Mas o filme vai mais longe e apresenta outras duas interessantes atrizes/personagens: Karine (Solène Rigot, de “Renoir”), a garota de 13 anos que se rebela, sai em festas noturnas e é violentada pelo pai, e a garotinha de 6 anos Kiki (a estreante Vega Cuzytek), que tem uma vida normal até que um evento envolvendo seus amiguinhos de infância muda sua forma de ver o mundo. Ou parece ser essa a intenção do filme, visando justificar o comportamento posterior da personagem, em suas diferentes encarnações. Algumas situações ficam pouco claras, mas isso não chega a ser um grande problema. Ao contrário: dá ao filme seu charme. Os personagens masculinos, em sua maioria, são egoístas ou pouco compreensivos, mas dois deles fogem a essa regra: os personagens de Sergi Lopez (“Um Dia Perfeito”) e Jali Lespert (“Amor e Dor”). Este último é parte fundamental de um dos momentos mais especiais do filme, envolvendo a gravidez da protagonista. Às vezes parece faltar um pouco mais de ligação entre as histórias dessas personagens. Contudo, esse aspecto fragmentado também pode ser visto como um ponto positivo, por valorizar não apenas a narrativa, mas também a construção de climas tensos e sensuais, que preenchem a vida sofrida dessa mulher múltipla e fugidia.

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    A Mulher do Pai: Filme mais premiado do último Festival do Rio ganha primeiro trailer

    22 de maio de 2017 /

    A Vitrine Filmes divulgou o primeiro trailer do drama “A Mulher do Pai”, filme mais premiado do último Festival do Rio. Passado no interior gaúcho, perto da fronteira com o Uruguai, o longa acompanha o cotidiano de uma jovem adolescente (a estreante Maria Galant), alterado radicalmente após a morte da avó, que a faz assumir o trabalho de cuidar do pai (Marat Descartes, de “Quando Eu Era Vivo”), deficiente visual, no mesmo momento em que ela começa seu despertar sexual. O estranhamento inicial dá lugar ao ciúme quando uma atraente uruguaia (Verónica Perrota, de “Una Noche sin Luna”) ganha espaço na vida de ambos. O filme foi premiado no Rio com os troféus de Melhor Direção para a gaúcha Cristiane Oliveira, em seu primeiro longa-metragem, Melhor Fotografia para Heloísa Passos (“Lixo Extraordinário”) e Melhor Atriz Coadjuvante para a uruguaia Verónica Perrota. Também ganhou prêmios da crítica no Festival do Uruguai e na Mostra de São Paulo, além de ter sido selecionado para o Festival de Berlim deste ano. A estreia está marcada para 22 de junho.

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    Além da Ilusão traz Natalie Portman em premissa intrigante, mas mal explorada

    5 de maio de 2017 /

    Há bons motivos para se ver “Além da Ilusão”. O primeiro deles está no fato de a diretora Rebecca Zlotowski ser roteirista do excepcional “Apesar da Noite”, de Philippe Grandrieux. O segundo está na presença de Natalie Portman como protagonista. E há também a jovem filha de Johnny Depp, Lily-Rose, na história de duas irmãs que têm o dom de se comunicar com os mortos e que atraem a atenção de um produtor de cinema francês que deseja registrar com câmeras o fenômeno. De fato, o espectador é fisgado no início com uma história intrigante, com as duas irmãs se apresentando em um teatro de vaudeville para um número considerável de pessoas. O espetáculo mostra a comunicação com uma pessoa falecida. Igualmente curioso é o convite que recebem para mostrar seus dons no cinema, já que, mesmo àquela altura, havia efeitos especiais que poderiam enganar as plateias facilmente, seja por meio de truques de edição, seja mexendo no próprio negativo, como quer fazer um dos amigos do produtor, vivido por Emmanuel Salinger, que resolve acolher as duas irmãs americanas em sua casa. O tal produtor é um homem que vive recluso. Não é casado e diz que quer se comunicar com o irmão falecido. Acontece que a presença que aparece na sessão mediúnica não é do irmão, mas de outra pessoa desconhecida. Mas ainda assim a sessão mediúnica se torna muito interessante para o homem, pois o conduz a uma sensação de prazer erótico totalmente inesperada. A fotografia e outros aspectos técnicos são agradáveis de ver. E mesmo com tudo isso a seu favor, a diretora Rebecca Zlotowski, em seu terceiro trabalho na direção, após “Grand Central” (2016) e “Belle Épine” (2010) com Léa Seydoux, perde-se na condução da trama. Tudo surge em cena muito solto e vago, mal explorado. Por mais que haja algo de intrigante nas personagens femininas e em sua relação com o produtor de cinema, as motivações ficam no ar. “Além da Ilusão” carece de uma atmosfera de sonho ou de maior intriga diante do que se propõe. De todo modo, há algo de charmoso neste filme torto de Rebecca Zlotowski.

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    Vermelho Russo embaralha memória e ficção na recriação premiada de uma viagem

    27 de abril de 2017 /

    O ponto de partida de “Vermelho Russo” é um diário de viagem escrito por Martha Nowil (da série “A Garota da Moto”), contando a experiência que viveu junto com uma amiga, ambas atrizes, fazendo um curso sobre o famoso método de Stanislavski, em Moscou. Podem-se imaginar as dificuldades de comunicação com um idioma desconhecido, elementos culturais bem distintos, o frio, as nevascas, e tudo o que faz da Rússia majestosa e algo assustadora. Martha Nowil, que também é atriz do filme, escreveu com o diretor Charly Braun o roteiro de “Vermelho Russo”. Eles foram alinhavando as experiências, acrescentando, criando, modificando, inventando coisas. E assim saiu uma narrativa ficcional, que constantemente sofria mudanças. Chegando ao ponto de que nem eles mesmos, que construíram a trama, sabem direito agora o que é documental e o que é ficcional. Esse é o maior trunfo do filme, as coisas se mesclam de um tal modo que experiência e imaginação já não se distinguem. O que nos remete à velha discussão do que é realidade e do que é fantasia. Quem já viajou um pouco pelo mundo sabe que o que a lembrança retém do que foi vivido é algo muito seletivo. Detalhes assumem uma importância que surpreende a nós mesmos, tempos depois. Quando se compartilha a experiência, a partir de relatos orais, fotos ou filmes, algumas coisas crescem na imaginação, outras, desaparecem. Situações um tanto desagradáveis podem ser esquecidas, para que se fique com o que foi o melhor de uma viagem turística, por exemplo. Ou aflorarem em importância, reforçando estereótipos e preconceitos, diante daquilo que é muito diferente do turista ou dos seus valores e costumes. O que é real em tudo isso? O que a gente acredita que seja, o que é compartilhado com os amigos como sendo verdade? O que a gente repete tanto que acaba acreditando que é o certo? Poderíamos ir longe nessa discussão, mas o que importa aqui é que histórias nascem, se desenvolvem e alimentam o espírito. Alimento tão essencial quanto aquele que nutre a vida material. A história que “Vermelho Russo” conta é bem divertida. Marta (Martha Nowil) e Manu (Maria Manoella, de “Jogo das Decapitações”) são as protagonistas que vivem a experiência moscovita, colaborando, sendo solidárias, competindo e brigando muito. Ambas desempenham seus papéis com muita alegria de viver e muito próximas de si mesmas. A Marta é vivida pela Martha, a Manu, ou Manuela, é vivida pela Maria Manoela. Notaram a sutileza do h ausente na personagem de uma e do u em vez do o, na outra? O ótimo Michel Melamed (“A Frente Fria que a Chuva Traz”), que também tem um papel no filme, é Michel, aí desaparece a diferença. De qualquer modo, eles não estão sendo eles mesmos, mas personagens próximos deles mesmos. Enfim, um belo trabalho que, não por acaso, foi premiado como Melhor Roteiro, no Festival do Rio 2016. O diretor carioca Charly Braun, que já tinha realizado um filme belíssimo, “Além da Estrada” (2011), todo rodado no Uruguai, agora faz “Vermelho Russo”, todo rodado na Rússia. Ele sabe explorar bem esse clima de as pessoas estarem fora do seu ambiente natural. Elas estão conhecendo, se surpreendendo, em busca. As coisas têm frescor e juventude. Têm leveza e profundidade. Um cineasta talentoso, sem dúvida.

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    Além das Palavras mergulha no universo da poeta Emily Dickinson

    27 de abril de 2017 /

    “Além das Palavras”, do diretor britânico Terence Davies, focaliza a vida da poeta moderna norte-americana Emily Dickinson (1830-1886). Ela só foi reconhecida após a morte, teve apenas uns dez poemas publicados em vida. Mesmo assim, alguns deles saíram sem nome, sem o devido crédito. Emily viveu uma vida discreta, reclusa, em que a família era o seu universo e dela nunca se afastou, inclusive rejeitando, até agressivamente, várias propostas de casamento. Mil e setecentos poemas foram encontrados após sua morte, revelando uma obra poderosa. De sua vida pouco se sabe, exceto pelas cartas que escreveu. As questões de gênero, que eram um forte fator da opressão feminina da época em que viveu Emily Dickinson, impediram que seu talento literário pudesse brilhar e se destacar socialmente. Ambiente familiar acolhedor, complexos quanto à presumida feiura e incapacidade de colocar em ação os sentimentos que a oprimiam, parecem ter tido um peso importante nessa história. O cineasta Terence Davies mergulhou nesse universo familiar de Emily Dickinson (vivida por Cynthia Nixon, a Miranda da série “Sex and the City”) e na sua bela poesia para construir um filme impecável, de grande talento e beleza. Desde as primeiras cenas, entra-se em cheio na ambientação do século 19. Todos os detalhes cuidadosamente recriados mostram a vida dentro da casa de uma família com posses. Móveis, objetos de uso e decorativos, roupas, ornamentos, janelas, cortinas, são absolutamente perfeitos. A iluminação é um destaque à parte, com uma fotografia deslumbrante para a descrição daquela realidade. A luminosidade interna, que ousa romper a escuridão, sem nunca afrontar o tom mortiço do ambiente, nos remete a um mundo que restringe, mas também protege, um universo familiar que cria uma zona de conforto, parece bastar-se a si mesmo. Assim como a personagem que sofre, vive sua solidão em família, mas ali se protege do mundo exterior. A narrativa põe em relevo a questão de gênero, a opressão ao desabrochar e ao desenvolvimento femininos, numa sociedade que confinava e impedia o êxito e o sucesso das mulheres, desvalorizando de modo absoluto seus talentos que escapassem à esfera doméstica. O que Terence Davies obtém do desenvolvimento do elenco também é notável. O espectador mergulha naquele universo, como se estivesse voltando no tempo, e encontra nas atrizes e atores a encarnação perfeita daquele mundo, nos diálogos, nos gestos contidos, nos silêncios, na agressividade que brota súbita em alguns momentos, enfim, em cada situação ou fala. A vida passa lenta, ruminando por dentro, rotineira, sem grandes sobressaltos. As atuações dão conta disso muito bem. A música de estilo clássico, belíssima, complementa a narrativa, pontuando a dimensão do tempo. Excelente filme do diretor de “Canção do Pôr do Sol” (2015), “Amor Profundo” (2011), “A Essência da Paixão” (2000), “O Fim de Um Longo Dia” (1992) e “Vozes Distantes” (1988). Uma carreira impressionante de filmes que primam pela elaborada e meticulosa qualidade artística, em que a beleza das imagens sempre se impõe.

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    História real do lutador que inspirou o filme Rocky ganha trailer legendado

    26 de abril de 2017 /

    A California Filmes divulgou o trailer legendado de “Punhos de Sangue” (Chuck). Com direção do canadense Philippe Falardeau (“O que Traz Boas Novas”), o drama indie traz Liev Schreiber (série “Ray Donovan”) como Chuck Wepner, boxeador amador de Nova Jersey que aguentou 15 assaltos em uma luta de pesos-pesados contra Muhammad Ali em 1975, derrubando o campeão uma vez antes de ser derrotado. A luta inspirou Sylvester Stallone a escrever “Rocky” (1976). “Rocky” se tornou icônico, ganhou continuações e foi entronizado na cultura pop, mas a vida de Chuck não teve direito a revanche vitoriosa. Sua façanha acabou esquecida. Apesar do tom melancólico, a prévia também inclui momentos doces e engraçados. A história é real e Stallone admitiu a inspiração, inclusive precisou entrar em um acordo judicial com o lutador, que o processou por não ter cumprido as promessas de pagamento feitas pelos direitos de sua trajetória. Além de estrelar o filme, Schreiber escreveu o roteiro. O elenco também inclui Naomi Watts (“A Série Divergente: Convergente”), Ron Perlman (“Círculo de Fogo”), Elisabeth Moss (série “Mad Men”) e Morgan Spector (série “Pessoa de Interesse”) como Stallone. “Punhos de Sangue” terá première mundial na sexta (28/4), no Festival de Tribeca, e estreia comercialmente na próxima semana nos EUA. No Brasil, o lançamento está marcado para 25 de maio.

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