Reportagem-bomba demole acusações de Dani Calabresa e outras contra Marcius Melhem
O site da revista Veja publicou uma reportagem bombástica nesta quarta (14/12) desmontando a acusação de assédio sexual que Dani Calabresa e outras funcionárias da Globo moveram contra o ex-diretor de humor da emissora, Marcius Melhem, na Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) do Centro do Rio de Janeiro. A publicação ocorreu dez dias após o jornalista Ricardo Feltrin afirmar em sua página no YouTube que, após ter acesso às provas contidas nos autos do processo, teve vontade de vomitar, afirmando que Melhem era inocente de tudo. A Veja cita pela primeira vez os nomes de várias acusadoras – oito mulheres processam Melhem. Seria uma atitude de gravidade ética, caso não fosse a única forma de demonstrar falta de ética das acusadoras, como aponta a reportagem. Além disso, traz à tona uma testemunha importante, que contraria a principal acusação de Calabresa, divulgada de forma sensacionalista pela revista Piauí, de que a comediante foi violentamente atacada e quase estuprada por Melhem numa festa do elenco de humor da Globo. A publicação pela Piauí de detalhes explícitos gerou repúdio generalizado contra Melhem. Mas omitiu completamente a participação de Maíra Perazzo, revelada pela Veja. Amiga da atriz, Maíra a acompanhava na balada. Segundo descreve Melhem nas páginas do processo acessadas pela revista semanal, em determinado momento da noite, ele e Dani estavam trocando beijos numa área mais reservada quando a atriz puxou Maíra para junto dos dois, formando um trio. A situação demonstraria que tudo aquilo era consentido e estimulado pela comediante. Maíra foi chamada pela Justiça para testemunhar sobre o que aconteceu de verdade e, ao depor, teria confirmado que trocou beijos com Melhem na festa e não lembra de ter visto nada de impróprio entre ele e Dani na ocasião. Contou ainda que ficou com a amiga até o final da balada, contrariando o relato da atriz, de que teria sofrido uma crise nervosa após o suposto ataque de Melhem. Ao contrário dessa versão, Maíra disse que ela continuou animada, chegando depois a trocar beijos com um câmera da Globo. Questionada na Justiça sobre a participação de Maíra na festa, Dani alega que puxou a amiga para perto a fim de tentar se livrar do assédio de Melhem – por esta versão, ela teria atirado a amiga nos braços de um homem que descreveu como predador sexual. A amiga de Dani, por outro lado, afirmou que ficou com Melhem naquela noite. Em seu depoimento, Maíra também revelou que, no dia seguinte, teve um papo animado com Dani sobre a festa, sobre com quem elas ficaram, e em nenhum momento a atriz mencionou assédio. No mesmo dia, Dani brincou com Melhem pelo Whatsapp, dizendo que mandaria a amiga embrulhada para ele de presente. Um mês depois, Maíra e Melhem voltaram a ficar juntos. Segundo a apuração da revista, o primeiro burburinho a respeito da conduta de Melhem teria partido de Barbara Duvivier em meados de 2018. Listada como uma das testemunhas de acusação, Barbara manteve com Melhem um relacionamento amoroso de quase sete anos. Em seu depoimento na delegacia, ela disse que ele não a deixava terminar a relação usando seu poder hierárquico dentro da emissora, oferecendo “proposta de trabalho, de aumento de salário e de promoção de cargo”. Barbara é enteada de Maria Clara Gueiros, uma das mulheres que teria iniciado o movimento interno na Globo para investigar Melhem. Segundo Dani Calabresa contou à Ouvidoria do Ministério Público, Maria Clara Gueiros passou o ano de 2019 tentando convencê-la a denunciar o ex-diretor global. A história entre Melhem e Barbara é complexa. Como ambos eram casados com outras pessoas, seu romance foi clandestino. No final de 2017, houve um sobressalto: ela engravida e fica em dúvida sobre a paternidade do filho – dúvida posteriormente descartada. Ainda segundo a Veja, isso bastou para familiares desconfiarem do comportamento dela, incluindo seu marido e a madrasta, Maria Clara Gueiros. Nos autos, Melhem alega que Barbara espalhou a versão de chefe assediador para evitar o constrangimento de assumir o namoro clandestino. Ele juntou ao processo uma mensagem de julho de 2018, em que ela lhe pede desculpas: “Vivi um turbilhão nessa gravidez e com certeza agi errado com você. E queria te pedir desculpa por isso”. Melhem não respondeu à mensagem e ela insistiu depois em lhe desejar felicidades e “dizer que te quero todo o bem do mundo”. Meses mais tarde, em troca de mensagens com Dani Ocampo, assistente de Melhem, Barbara assumiu que havia mentido: “Mas nada planejado maquiavelicamente, foi um redemoinho que eu fui entrando, e quando vi não conseguia sair”. Outra acusadora foi a atriz Veronica Debom, que, de acordo com a Veja, atuou fortemente nos bastidores para convencer outras mulheres a denunciarem Melhem. Em seu depoimento, ela assumiu ter mantido um relacionamento de mais de um ano com o ex-diretor global, que ela classificou como “abusivo” à Justiça. Ao se referir a uma noite de sexo entre os dois, afirmou ter se sentido “enojada”. Melhem contrapôs esse depoimento com uma coleção de mensagens apaixonadas da atriz, com declarações de amor e até desejo de casamento, entre compartilhamento de nudes e conversas picantes. Também mostrou que Veronica criou um grupo no Whatsapp para falar de sexo casual, onde declarou que “não tem nenhum desejo meu que não seja legítimo!”. Ele também anexou no processo conversas pelo aplicativo em que demonstrava disposição para encerrar o affair, enquanto Veronica tentava evitar o fim, de forma insistente. Só depois de um tempo ela se mostra conformada com o desfecho da história. Numa mensagem de setembro de 2019, ela diz: “Eu tomei um pé na bunda. Tô apaixonada por você e tomei um pé na bunda, amor. Risos. Não que eu não ache você não tem razão, acho que você tá coberto de razão”. Assim que as primeiras denúncias de assédio contra Melhem surgiram, Veronica ainda se colocou do lado dele, prestando solidariedade e dizendo que ele seria vítima de terrorismo. “Você é inocente, amor”, escreveu. A defesa de Melhem alega que ele foi vítima de um complô. Cita o caso de uma suposta denunciante que disse à Justiça Cível que não sabe por que acabou constando como vítima no inquérito sobre assédio sexual, já que nunca sofreu abuso nenhum. Os advogados do ex-diretor da Globo também citam o fato de que todas as denunciantes são representadas pela mesma advogada, Mayra Cotta, que disse que “as vítimas não faziam parte de um círculo íntimo de amizades e que só souberam quem eram as demais vítimas em agosto de 2021”. Essa afirmação é desmentida nos processos por uma série de provas, que mostram que a maior parte das supostas vítimas se conhecia, sim. Antes das denúncias, várias haviam trabalhado juntas. E Dani Calabresa revelou que, no final de 2020, havia até um grupo de WhatsApp de pessoas que teriam sido assediadas por Melhem. Uma das serventias desse grupo seria trocar informações, na época em que as supostas vítimas conversavam com a advogada Mayra Cotta em busca de orientação de como proceder em relação ao episódio. Os perfis de Instagram das supostas vítimas também reforçam o elo de amizade entre elas. Uma viagem ocorrida em fevereiro de 2021 ao sítio de uma delas, na região serrana do Rio de Janeiro, rendeu muitas fotos compartilhadas por Georgiana Coutinho de Goes, Carol Portes, Veronica Debom e Debora Lamm. Embora proximidade e amizade não invalidem as denúncias, desmentem a tese da advogada de que elas não eram amigas nem sabiam que todas eram vítimas de Melhem antes de iniciarem o processo. As denúncias contra Melhem alegam que o assédio dele era insistente. Não raro, segundo as supostas vítimas, ele misturava assuntos profissionais com piadas e insinuações de cunho sexual. O conjunto de provas que constam nos autos, entretanto, mostra que muitas das acusadoras tomavam iniciativa de fazer essa mistura, incluindo conversas picantes e nudes na comunicação cotidiana. Entre as que mais faziam isto estavam Dani Calabresa e Veronica Debom. No depoimento à Justiça, Dani buscou justificar a cumplicidade erótica com Melhem da seguinte forma: “Deixa ele me cantar. Deixa me chamar de gostosa. Para mim era uma vantagem. Prefiro continuar brincando com meu chefe tarado do que comprar briga com ele”. A respeito do episódio dos nudes, a atriz conta que, num festa na casa de Mauro Farias, mostrou fotos de seu celular no meio de uma roda de amigos, até que Melhem se aproximou e tomou o celular da mão dela para ver o conteúdo. Ainda segundo a versão de Dani, não satisfeito, na mesma noite, ele a perseguiu até a porta do banheiro tentando forçar um beijo. Mas Melhem apresenta uma versão totalmente diferente para o episódio. Segundo ele, em um determinado momento da festa, as pessoas conversavam sobre nudes e Calabresa o chamou para um canto do local e exibiu o conteúdo do celular: “Ela me mostrou nudes dela, me mostrou tudo: me mostrou fotos dela totalmente pelada, ela com amigas, ela sozinha, fotos, vídeos, poses, tudo”. Para completar, há o caso da atriz Debora Lamm, que não sabe porque está no processo. Na transcrição de seu depoimento, o juiz lhe pergunta se é vítima de assédio sexual. E ela responde: “Eu acho… não, não, eu sou testemunha”. O juiz insiste mais uma vez: “Tá, a senhora só é testemunha, a senhora não é vítima?”. Lamm confirma: “É”. Mas a advogada ajuda a esclarecer a situação, lembrando que Lamm é uma das mulheres que constam no processo criminal. Em sua reportagem, a Veja afirma a atriz reclama, na verdade, de ter perdido espaço profissional na Globo, culminando com a saída dela do programa “Zorra”, em 2018. Ao mesmo tempo, Lamm reconhece que nunca foi maltratada profissionalmente por Melhem e que, no mesmo ano, voltou a trabalhar com ele na peça “O Abacaxi”. Nem Dani Calabresa conseguiu sustentar a acusação de que Melhem perseguia mulheres que assediava, graças a uma farta coleção de mensagens elogiosas sobre a chefia do ex-diretor da Globo durante o período em que trabalharam juntos. Essa versão tupiniquim do movimento #MeToo teria levado a Globo a colocar um ponto final, ainda que de forma amigável, ao contrato de Melhem com a emissora, em agosto de 2020. Mas após a contestação inabalável do ex-diretor, Dani teve seu contrato fixo com a emissora encerrado em julho passado e Mayra Cotta, advogada dela e das outras supostas vítimas, foi condenada por comportamento antiético pela OAB, numa pena de censura convertida para advertência. Antes sequer de existir um caso criminal, Melhem foi atacado em entrevistas da advogada, que só deu início ao processo após ele ir à Justiça. O caso chama especial atenção por conta desse detalhe. Não foram as supostas vítimas, mas o acusado que decidiu tirar tudo à limpo, ao fazer, em dezembro de 2020, uma interpelação extrajudicial para que Dani Calabresa confirmasse ou desmentisse o teor da reportagem da revista Piauí, que não cita fontes nem usa declarações entre aspas – um “ouvi falar” cheio de detalhes minuciosos e já comprovadamente imprecisos. Ela se calou. Em seguida, Melhem anunciou ter entrado com uma ação contra a advogada Mayra Cotta para que ela provasse as denúncias que estava fazendo pela imprensa. Em janeiro de 2021, ele processou Calabresa, a Piauí e vários colegas que o atacaram nas redes sociais por conta dos boatos amplificados pela reportagem da revista. Só depois disso a atriz e outras sete mulheres formalizaram a primeira acusação contra Melhem, feita imediatamente na sequência desses fatos. Calabresa também processou Melhem em março de 2021 por compartilhar suas mensagens privadas em entrevistas, para comprovar sua inocência. Ela perdeu. Em agosto deste ano, o Tribunal de Justiça de São Paulo encaminhou o arquivamento da ação. Melhem ainda foi investigado internamente pela Globo, com o arquivamento definitivo das denúncias em janeiro deste ano. A conclusão indicou falta de capacidade de confirmar qualquer das denúncias de assédio.
Jornalista defende Marcius Melhem ao ver processo de assédio: “vomitei”, “fiquei com ódio”
O jornalista Ricardo Feltrin publicou um vídeo neste domingo (4/12) em que afirma que Marcius Melhem, ex-diretor do departamento de humor da Globo, é inocente das acusações de assédio sexual feitas por funcionárias da empresa. Ele afirma que chegou a essa conclusão ao ter acesso às provas contidas nos autos do processo. Feltrin já vinha sendo muito criticado por divulgar conteúdo de mensagens que estão no processo, demonstrando uma parcialidade na cobertura a favor de Melhem. Em seu vídeo, ele assume lado, dando como justificativa um arrependimento por ter condenado previamente o humorista. “Tive nojo de mim”, declarou. Melhem foi acusado por Dani Calabresa e outras atrizes de cometer assédio sexual. Segundo Feltrin, o total de supostas vítimas é muito menor do que a acusação contra o humorista deu a entender. No vídeo de 35 minutos, o jornalista disse que esperou duas semanas para ler o material, mas que ficou chocado ao se deparar com as provas. A acusação incluía a denúncia mostrada em primeira mão num texto da revista Piauí, publicado em fevereiro deste ano. Mas Feltrin garante que a defesa de Melhem rebate cada acusação e comprova que ele foi, na verdade, a verdadeira vítima da situação, alvo de uma suposta trama armada pelas três mulheres que o acusam. “Quando eu começo a ler isso, gente… Primeiro as mensagens da Dani Calabresa, [com] aquela intimidade, aquele carinho que ela tinha. Depois começo ler as mensagens da atriz número dois, mensagens que ela trocou com Marcius Melhem por três anos, né? Sendo um ano e três meses de namoro”, diz o jornalista. “Quando eu leio essas mensagens… Vou falar pra vocês: eu já chorei lendo livro, já dei risada lendo livro, já fiquei revoltado lendo livro, fiquei empolgado lendo livro. Mas essa foi a primeira vez que eu li alguma coisa e vomitei”, descreveu. Ele reforça que sentiu verdadeiro asco do que descobriu, inclusive dele mesmo. “A primeira coisa que eu tive foi nojo de mim, como jornalista. Desculpa, é muito difícil falar sobre isso”, disse, enxugando lágrimas dos olhos. “Fiquei com nojo de mim porque como eu posso ter escrito, destruído uma pessoa publicamente com a minha pena? Sendo que eu não conhecia essa pessoa, sendo que eu não conhecia o caso… Eu tive nojo de mim”, desabafou. “Depois eu vomitei de ódio de me sentir enganado. De perceber que essas mulheres tinham usado uma trama, que eu vou descobrir depois”, continuou. E sem aprofundar o que encontrou, passou a enumerar os motivos que teriam levado as três mulheres a armar contra Melhem: “Dani Calabresa, ódio profissional; atriz número dois, ódio passional (tinha acabado de ser dispensada pelo Melhem bem na hora que a Calabresa vai fazer a denúncia de assédio moral); e uma atriz número três tinha ódio familiar do Melhem, inclusive tratava ele por termos racistas havia anos.” O jornalista disse ter ficado revoltado e mais: “Eu fiquei com ódio dessas mulheres. Como é que eu pude cair nessa conversa?” “Pra mim, depois de quase dois anos de investigação, eu posso afirmar, como jornalista, de tudo que eu li, de tudo o que eu apurei, de todas as testemunhas que eu ouvi, todos os áudios que eu ouvi, todos os vídeos que eu vi, as fotos que essas mulheres postaram pro Marcius Melhem ao longo de anos e depois correram deletar, não tenho nenhuma dúvida de que esse caso foi motivado por ódio. Esse caso foi o mais vergonhoso que eu cobri em 31 anos de jornalismo. O ódio que eu senti disso”, declarou, de forma bastante enfática. Para Feltrin, o caso chega a ser prejudicial para a causa das mulheres vítimas de assédio. “E eu também vomitei, eu sei, porque eu fiquei pensando o que essa denúncia, o que essa denunciação caluniosa ia causar pra luta das mulheres”, acrescentou. Veja abaixo o vídeo na íntegra.
Casamento de Dani Calabresa tem cachorro de black tie e show de Luan Santana
A comediante Dani Calabresa e o publicitário Richard Neumann se casaram na segunda-feira (14/11) numa casa de festas em São Paulo, que foi transformada em palco de show repleto de famosos. A noiva subiu ao altar, montado na própria casa de festas, acompanhada do pai, ao som de marcha nupcial e usando uma grinalda de 3,5 metros de comprimento – inspirado em Princesas da Disney. Além disso, a cerimônia teve direito à participação do cachorro do casal, Pingo, que usou um “black tie canino” para acompanhar o matrimônio. O casal saiu do altar ao som da música “Firework”, de Katy Perry, a cantora preferida de Dani, que cantou e pulou diante dos convidados. Já a festa após a troca de alianças teve show de Luan Santana e de Tiago Abravanel, um dos melhores amigos da humorista. A noiva trocou de roupa para participar da celebração e fez diversas coreografias ao lado do bailarino e influenciador Justin Neto. Dani e Richard se conheceram em dezembro de 2019 e logo começaram a ficar. Eles aproveitaram o isolamento da pandemia para namorar distantes da atenção da mídia, vivendo praticamente um casamento desde o começo do relacionamento. Agora, virou um casamento oficial.
Rafinha Bastos terá que indenizar Marcius Melhem por piada sobre assédio
O humorista Rafinha Bastos perdeu o recurso no processo movido por Marcius Melhem por dano moral. Melhem vai receber R$ 50 mil de indenização de Rafinha a título de indenização por piadas com as acusações de assédio moral e sexual feitas contra ele por Dani Calabresa e outras funcionárias da Globo, na época em que era chefe do departamento de humor da emissora. O caso foi julgado pela 7ª Câmara do Direito Privado do TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo) em segunda instância. Na primeira decisão, a Justiça havia concordado com os argumentos de Melhem e nova sentença repetiu a condenação, inclusive mantendo a mesma indenização. O vídeo com a piada que motivou o processo foi publicado em 2020, logo após Melhem dar uma entrevista se defendendo da acusação de assédio sexual e moral. Em um dos trechos, o humorista colocava sua voz sobre a imagem do ex-diretor da Globo para debochar do momento em que Melhem dizia que “foi muito doloroso para mim” ouvir as denúncias. “Doloroso pra ti? Oi?”, disse Bastos na gravação. “Eu matei 48 pessoas, matei várias vezes, isso foi muito doloroso pra mim”; “Roubei oito bancos, roubei várias vezes, isso foi muito doloroso pra mim”, “Dei crack pra criança, e dei crack várias vezes, isso foi muito doloroso pra mim”. O processo também cita um tuíte de Rafinha Bastos em que ele manda Melhem “tomar no c*!” e o chama de “mau-caráter do cara**o!”. A publicação já foi apagada pelo próprio autor segundo o Twitter, que se manifestou ao ser notificado judicialmente. “Considerando a natureza do dano, a capacidade econômica das partes, os princípios da proporcionalidade e da razoabilidade, pela ofensa ao autor com ampla divulgação, considera-se que o montante fixado deve ser mantido”, afirmou o desembargador Pastorelo Kfouri, relator do caso em segunda instância. O voto foi seguido por unanimidade. Marcius Melhem também processou Danilo Gentili, Felipe Castanheri e Marcos Veras por comentários que considerou ofensivos nas redes sociais. Mas Gentili teve ganho de causa por ter feito piadas de duplo sentido. Em entrevista do ano passado, Melhem se justificou dizendo: “Eu não processo quem me critica ou quem faz piada. Eu processei quem me ofendeu com grande repercussão. São quatro processos apenas. E muito mais gente falou de mim. Milhões de pessoas foram induzidas a me achar um abusador, um assediador, sem saber que nem processo na Justiça há contra mim. Sem saber que ninguém me acusou publicamente de algum ato criminoso. Sem saber que só houve ida à Justiça porque eu fui primeiro. A crítica é livre. A ofensa, não. Só processei quem me caluniou”.
Dani Calabresa é condenada por ofensa homofóbica
A Justiça paulista condenou os comediantes Dani Calabresa e Bento Ribeiro a indenizarem em R$ 15 mil o colunista social Marcelo Bandeira. O caso tem dez anos e foi aberto quando Dani e Bento eram apresentadores do “Furo MTV”. Em 2011, eles fizeram comentários homofóbicos sobre uma gafe cometida pela apresentadora Claudete Troiano, do programa “Manhã Gazeta”, da TV Gazeta. Bandeira participava de um quadro do programa e foi chamado pelos humoristas de “a bicha que trabalha com ela” e “ajudante homossexual”. Dizendo ter sido humilhado e ridicularizado, o colunista entrou na Justiça contra os humoristas e a emissora exigindo uma indenização por danos morais de R$ 272,5 mil. O valor conseguido foi muito baixo, apesar de a juíza Daniela de Paula considerar a ofensa grave. “Evidentemente, o tratamento dispensado ao autor [do processo] é ofensivo. Termos como ‘bicha’ desvelam ojeriza à orientação sexual de pessoas homossexuais”, afirmou na sentença. Em sua defesa, Dani Calabresa afirmou à Justiça que, à época dos fatos, “os conteúdos televisivos, em especial os de humor, que envolvessem a questão da orientação sexual eram comuns e aceitos em nossa sociedade”. “Bicha era uma expressão totalmente aceita à época”, declarou, segundo levantamento do colunista Rogério Gentile. A época não foi no ainda não muito distante século 20, mas agora em 2011. A defesa da humorista ainda louvou o estilo de humor ofensivo. “Deve-se ter em mente que o humor, além de ser marcado pela descontração, usa como ferramentas o exagero, a hipérbole, o óbvio, o absurdo”. E ainda reclamou de censura! “A reprovabilidade quanto a seu conteúdo, fica restrita àquele que a ouve, não cabendo ao Poder Judiciário proceder juízo de valor de modo a aplicar sanção ao artista, sob pena de cometimento de censura”. Já Bento disse à Justiça que não tinha qualquer ingerência sobre o conteúdo do programa, atuando meramente como apresentador daquilo que os roteiristas elaboravam, e também citou a liberdade de expressão. A Abril, proprietária da antiga MTV Brasil, disse que “não houve ataque pessoal com o propósito de ofender o colunista”, só “uma abordagem satírica desenvolvida a partir de características pessoas e públicas dos protagonistas” do programa da Gazeta. Ou seja, piada com a “bicha”. “Se há um programa de TV satírico, nada mais se espera dele do que a sátira, e esse estilo de fazer humor não pode ser interpretado como ofensa pela simples utilização isolada de gírias popularmente adotadas”, acrescentou a empresa. Então, podiam até falar “viado”, “filhodap…” e outras coisas que não seria ofensa, nesse entendimento. A juíza Daniela de Paula não aceitou a argumentação. “Ainda que os réus aleguem que as falas seriam jocosas e não teriam intenção de ofender, os comentários direcionados ao autor constituíram notória ridicularização de sua identidade. A homoafetividade, historicamente marginalizada, deve ser protegida de comportamentos degradantes” Além dos comediantes, a emissora também foi condenada a pagar a o valor da indenização em conjunto. Eles ainda podem recorrer da decisão, mas se alguém deveria recorrer é o ofendido, já que o valor da indenização é muito aquém do pretendido. Do ponto de vista de relações públicas, o melhor agora para os condenados é pagar a “merreca” e ficar quietinhos, porque cada manifestação de defesa só aumenta a ofensa e torna pior a imagem pública dos envolvidos. O espaço segue aberto para posicionamentos, declarações e atualizações das partes citadas, que queiram responder, refutar ou acrescentar detalhes em relação ao que foi noticiado.
Justiça permite a Marcius Melhem divulgar mensagens de Dani Calabresa
A Justiça de São Paulo arquivou na quarta-feira (3/8) a queixa-crime movida pela comediante Dani Calabresa contra Marcius Melhem, ex-diretor de Humor da Globo. A ação visava proibir Melhem de mostrar mensagens de WhatsApp trocadas entre ambos, em decorrência da denúncia de assédio moral e sexual que ela e outras sete mulheres fazem contra ele desde 2020. O Tribunal de Justiça de São Paulo entendeu que ela não pode impedi-lo de divulgar algo para defender a si mesmo, enquanto a advogada da acusação leva o caso à imprensa e publicações, como a revista Piauí, fazem reportagens com denúncias contra ele. Em comunicado, a defesa da atriz lamentou a permissão para divulgação das mensagens, comparando-as a “vazamentos” que teriam o “o objetivo de atingir a reputação das denunciantes”. “A defesa de Dani Calabresa lamenta a decisão, mas a respeita, como tem feito ao longo de todo o processo. Ressaltamos que a investigação criminal das denúncias apresentadas por 12 mulheres contra Marcius Melhem por assédio sexual continua sob sigilo de justiça, assim como o processo movido pelo Ministério Público do Trabalho. Infelizmente, temos assistido a uma série de vazamentos, sempre com o objetivo de atingir a reputação das denunciantes. Confiamos que a justiça comprovará todas as denúncias, apoiadas em provas e testemunhos”, diz a nota. O comunicado chama atenção por citar denúncias de 12 mulheres, número que nunca tinha sido apresentado até então. A defesa de Marcos Melhem também comentou a liberação das mensagens de seu celular. “A decisão da Justiça demonstra a lisura da conduta de Marcius Melhem ao se defender de acusações feitas pela advogada do grupo de oito denunciantes na imprensa, sem nenhuma investigação. Não foi Marcius Melhem quem procurou primeiro a imprensa. A divulgação de mensagens, como bem entendeu a Justiça, apenas ocorreu após o amplo ataque que ele sofreu publicamente. Marcius respeita a Justiça e o sigilo das investigações e irá sempre se defender de todas as formas legais para demonstrar a sua inocência diante das mentiras contadas. E sempre irá esclarecer a opinião pública quando alguma inverdade for dita a seu respeito”, disseram os advogados do humorista. O caso Melhem veio a à tona em dezembro de 2019, numa nota do colunista Leo Dias. Em março de 2020, o comitê de compliance do Grupo Globo absolveu o comediante das denúncias. Mesmo assim, a empresa encerrou o contrato com o então chefe de departamento da emissora, divulgando um texto elogioso sobre o profissional em agosto. Em outubro de 2020, as acusações contra Melhem deixaram de ser boatos e assumiram o peso de denúncia de uma advogada, Mayra Cotta, que se apresentou como representante das mulheres supostamente assediadas nas páginas do jornal Folha de S. Paulo. Em dezembro, a revista Piauí publicou a primeira reportagem sobre o caso, repleta de informações detalhadas – algumas já desmontadas – sobre os casos de assédio de Melhem contra ex-funcionárias, especialmente Dani Calabresa. A publicação gerou ira nas redes sociais contra Melhem, que entrou na justiça contra a revista, a advogada, Calabresa e vários colegas comediantes que o chamaram de assediador. Foi só então que Melhem passou a dar entrevistas e apresentar as mensagens trocadas com Calabresa como prova de sua versão dos fatos. As mensagens apresentadas à Folha e à rede Record demonstravam que os dois mantinham uma relação íntima e amigável entre os anos de 2017 e 2019, época em que, segundo a revista Piauí, ele teria assediado a atriz moral e sexualmente. Dois dias depois, a defesa de Calabresa entrou na Justiça para impedir a divulgação dos textos e áudios, e com um pedido de indenização por danos morais por Melhem ter revelado conversas privadas. A alegação é que a atriz estava tendo sua “vida íntima devassada”. Nesta quarta (3/8), o juiz Fabricio Reali Iza, da Vara do Juizado Especial Criminal da Barra Funda, em São Paulo, negou o pedido de Calabresa. Ele acolheu e concordou com o pedido da Procuradoria-Geral do Estado pelo arquivamento da queixa-crime. O arquivamento também já havia sido recomendado ao juiz anteriormente, pelo Ministério Público. “Ele somente o fez (a divulgação de mensagens) após ser acusado publicamente pela ofendida e por sua advogada (Mayra Cotta) da prática de crimes graves de assédio moral e sexual, visando defender-se das referidas”, diz o relatório do Ministério Público do Estado encaminhado ao juiz, que o acolheu. A decisão é definitiva e não cabe recurso.
Globo não renova contrato com Dani Calabresa
A comediante Dani Calabresa não faz mais parte do elenco fixo da TV Globo. Ele não teve o contrato renovado e, após sete anos de parceria, passará a trabalhar por obra, num modelo implantado recentemente pela empresa. A notícia vem à tona poucas semanas após o GNT, do grupo Globo, anunciar o cancelamento do programa de Calabresa no canal, o “Dani-se”. A confirmação do fim do contrato foi feita pela própria atriz durante pré-estreia de seu novo filme, “O Palestrante”, em um cinema da Zona Sul do Rio na terça-feira (26/7). “Agora trabalho com contrato por obra. É legal, porque adoro trabalhar na Globo, mas a gente tem tantas outras oportunidades”, comentou ela ao colunista Lucas Pasin. “Este modelo de contrato [por obra] possibilita parcerias diferentes, permite que o artista varie. Eu acho moderno. Pode ser que daqui a um ano eu esteja chorando debaixo da ponte”, completou a atriz e apresentadora. O primeiro projeto que irá ao ar após o fim do contrato é um combo de publicidade e talk show, patrocinado pela Perdigão e desenvolvida pela agência Ampfy: “Receitas com Calabresa”, que estreia na sexta (29/7) na plataforma Globoplay. Além disso, ela lançou campanha para voltar ao CAT no “BBB”. “Amei fazer. Amo o programa. Meu currículo está aí, né?”, comentou.
Marcius Melhem é proibido de vazar conversas privadas de Dani Calabresa
O ex-diretor da Globo Marcius Melhem foi proibido pela Justiça de vazar para repórteres ou em suas redes sociais conversas privadas que teve com a humorista Dani Calabresa, que o acusa de assédio moral e sexual no período em que foi chefe do Departamento de Humor da Globo. A decisão foi do Foro Regional da Lapa, do TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo), que julga uma das ações da batalha judicial travada entre os artistas. A medida cautelar foi dada inicialmente em novembro de 2021, atendendo a um pedido da defesa de Dani Calabresa. O argumento era que o vazamento de mensagens era seletivo e feria a privacidade da humorista na ocasião. A Justiça concordou naquele momento que era uma violação e não acrescentava em nada ao caso. No último dia 4, a Justiça negou um pedido de Melhem para levantar a proibição. Apesar disso, as mensagens vazaram para um colunista que cobre televisão, rendendo vários artigos na imprensa. Se ficar provado que o humorista ou sua defesa repassaram as conversas para terceiros, Melhem poderá ser punido, juntamente com quem fez esse vazamento indevido, já que a decisão colocou as mensagens em segredo de Justiça. Sempre foi desejo de Marcius Melhem que estas mensagens viessem à público, principalmente durante o período entre 2017 e 2018, em que ele alega ter tido um caso consensual com Dani Calabresa. A artista o acusa de boicotá-la na Globo a partir de 2019 e de agarrá-la sem seu consentimento em uma festa do antigo Zorra (2015-2020), em 2017. Segundo a acusação, Melhem teria tentado obrigar a comediante a praticar sexo oral com ele no corredor de um bar. Melhem diz lamentar a decisão desfavorável e que, curiosamente, ela tenha vazado. Para ele, o esforço de Dani Calabresa e de seus advogados para manter em sigilo as mensagens trocadas entre os dois no WhatsApp prova que sua tese sobre o caso é a verdadeira. “Marcius Melhem reafirma sua posição de que gostaria que tudo fosse exposto de forma transparente. A luta por manter as mensagens em segredo já mostra de que lado está a verdade”, diz um comunicado enviado por ele. A defesa de Dani Calabresa também se manifestou em texto enviado à imprensa: “As 12 mulheres que denunciaram Marcius Melhem por assédio moral e sexual têm mantido absoluto respeito ao sigilo dos processos, até mesmo para proteger os nomes de terceiros envolvidos. Lamentamos os constantes vazamentos que têm acontecido, sempre com versões que atacam as vítimas, defendem os pontos de vista do acusado e em momentos que a ele interessam. Acreditamos na Justiça e temos certeza de que a verdade vai prevalecer”. Os dois comediantes vêm travando diversas batalhas judiciais desde que a advogada Mayra Cotta, que representa as atrizes da Globo, denunciou Melhem por assédio moral e sexual numa entrevista ao jornal Folha de S. Paulo em outubro de 2020. Dois meses depois, a revista Piauí publicou uma reportagem que descreveu fatos graves cometidos por Melhem, apresentando Calebresa como vítima de forte assédio. Após a publicação, a defesa de Melhem enviou uma notificação extrajudicial para Calabresa, assinada pelos advogados José Luis Oliveira Lima e Ana Carolina Pivoesana, como medida preparatória para fundamentar um futuro processo. O documento legal reproduziu mensagens de voz enviadas pela atriz, que, segundo Melhem, comprovariam a intimidade que ele tinha com a atriz. A Folha de S. Paulo publicou o conteúdo do documento, acompanhado por uma entrevista com Melhem. Só então foi dada entrada no Ministério Público Federal (MPF) de um pedido de investigação contra o ex-diretor da Globo, e foi tomada a decisão de deflagrar um processo criminal pelo fato dele ter divulgado áudios de Calabresa, com um pedido de indenização por danos morais à atriz. Melhem também entrou com uma ação de indenização por danos morais e materiais contra Calabresa por sugerir que ele a tinha assediado. Em fevereiro, a revista Piauí trouxe novas denúncias, alimentadas por informações das acusadoras, e no mês passado começaram a vazar novamente as conversas por What’s App, em tom bastante íntimo, que contrastam com o teor das acusações feitas contra o ex-diretor do departamento de humor da Globo. Essas mensagens e gravações de voz foram aceitas e fazem parte do processo em que Melhem tenta provar sua inocência.
Dani-se: GNT cancela programa de Dani Calabresa
O canal pago GNT cancelou o humorístico “Dani-se”, comandado por Dani Calabresa, após duas temporadas e 20 episódios. “‘Dani-se’ contou com duas temporadas inéditas, que estão disponíveis no Globoplay + Canais. No momento, não há previsão de estreia de uma nova temporada na TV”, diz uma nota envia à imprensa pelo GNT O programa estreou em março do ano passado, mas não teve muita repercussão entre o público e a crítica, tanto que a humorista chamou mais atenção ao participar de um quadro do “BBB 22”. Ao contrário de Calabresa, seu colega de “BBB 22”, Paulo Vieira, capitalizou seu bom desempenho no reality show com a produção de um novo programa, “Avisa lá Que eu Vou”, que também virou quadro no “Fantástico”.
Marcius Melhem contesta acusações de assédio publicadas pela revista Piauí
O humorista Marcius Melhem respondeu à reportagem da revista Piauí, que trouxe à tona novas acusações de assédio e documentos que comprovariam que a Globo sabia sobre o suposto comportamento tóxico de seu ex-Diretor de Departamento de Humor. Uma longa nota com o posicionamento de Melhem e de seus advogados foi divulgada por sua assessoria. O texto rebate vários pontos do artigo, como Melhem já vinha feito anteriormente em relação à reportagem inicial, centrada em supostos abusos contra Dani Calabresa. O humorista está processando a revista devido àquela publicação, que detalhou supostos fatos com erros de informação. Leia abaixo a nova manifestação na íntegra. “Em mais uma edição completamente parcial, a revista Piauí disse ter tido acesso à investigação que corre em segredo de justiça, mas publica apenas parte do processo, distorce a realidade e omite fatos e provas da defesa de Marcius Melhem. Aos fatos: A cena do flat da atriz não aconteceu da forma descrita pela Piauí. A revista omite que a atriz seguiu amiga de Marcius por muitos anos após o episódio, convidando seu suposto abusador para seu casamento e para ir à sua casa conhecer sua filha recém-nascida, para citar dois exemplos. A relação só estremeceu 5 anos depois, quando ela não foi convidada para o programa ‘Fora de Hora’. A troca de mensagens entre ambos nesse período é a prova de que não houve nada de traumático na relação entre eles, até que ela fosse recrutada. Quando descreve as brincadeiras que ocorriam no ambiente do humor, algumas em tom sexual, a Piauí não revela o farto material probatório apresentado pela defesa de Marcius Melhem de que as brincadeiras ocorriam dos dois lados. A atriz que o acusa de “exigir um boquete”, por exemplo, foi sua namorada por mais de um ano e ambos trocavam mensagens picantes da intimidade típica de casais. Há farto material comprobatório do namoro, cujo término não foi bem recebido pela atriz conforme dezenas de áudios e mensagens anexados ao processo. Até pouquíssimo tempo antes da denúncia de Dani Calabresa esta atriz ainda estava inconformada de ser apenas amiga. Depois assumiu a frente da vingança. Nos emails internos da TV Globo, a própria Piauí afirma que como resultado do compliance Melhem não foi demitido, mas sim afastado das suas funções de gestor. Em seguida afirma que foi demitido. Uma narrativa errática e confusa. A Piauí, que tem acesso a todo material que está sob sigilo, estranhamente disse não ter acesso a anexos do email do advogado Helcio Alves Coelho, membro do departamento de Compliance do Grupo Globo, onde estariam as conclusões do compliance. Tivesse a Globo apurado que houve assédio sexual teria feito homenagens a Melhem em sua saída? A Piauí chega a citar como testemunha de acusação um ator que em depoimento desmentiu a Piauí do começo ao fim. Esses são apenas alguns exemplos de mais um festival de absurdos da Piauí, que, no papel de assessoria de comunicação da acusação, vai tentar provar que não está errada desde o início. Não dará certo. Por respeito à Justiça, Melhem não pode expor suas provas nesse momento. Parece que o segredo só vale para Melhem, mas não será para sempre. Quando a Justiça autorizar, a opinião pública irá conhecer toda a verdade, sem versões parciais e distorcidas. E muitos irão se chocar com o que está por trás das acusações na justiça e dos vazamentos fora dela”.
Novas acusações de assédio contra ex-diretor da Globo vêm à tona
A revista Piauí publicou nesta segunda (14/2) uma nova reportagem sobre o escândalo de assédio sexual envolvendo o comediante e ex-diretor do Departamento de Humor da Globo Marcius Melhem. A publicação chegou a ser proibida por seis meses pela Justiça do Rio, sendo liberada por decisão do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, garantindo à Piauí o direito à liberdade de imprensa. Em sua investigação jornalística, o repórter João Batista Jr. teve acesso aos depoimentos judiciais das denunciantes e a documentos da rede Globo. Os relatos chocam por descrever em detalhes os até aqui supostos assédios cometidos por Melhem, que teria agarrado e tentado beijar uma atriz à força apenas de toalha, num flat da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, ao estilo do produtor americano e Harvey Weinstein. O nome da atriz – assim como os das demais mulheres que denunciaram o ator – segue mantido sob sigilo. Entre os depoimentos, há acusações de que, no flat que a Globo alugava para funcionar como redação do núcleo de humor, Melhem recebia atrizes de “cuecas, com as calças abaixadas ou sem calças”, chamava mulheres de “piranha” e chegou a dizer para uma novata que merecia receber um boquete por tê-la contratado para a Globo. As denúncias apontam um ambiente tóxico, em que Melhem falava de sexo o tempo inteiro, insinuando-se para atrizes com falas como “Você faz parte das minhas fantasias sexuais” ou “Como você está gostosa com essa roupa”. Uma acusação diz que ele também pegava as mãos de mulheres e as colocava sobre sua genitália. Mais de uma das vítimas disseram que foram profissionalmente boicotadas por terem resistido às investidas sexuais. Confrontado, Melhem disse em seu próprio depoimento judicial que era tudo “brincadeira”. A Piauí contou seis respostas com a palavra “brincadeira” para acusações de comportamento inadequado. A reportagem também jogou luz sobre a “operação abafa” da Globo. Segundo documentos obtidos pela publicação, Melhem foi demitido em 2020 após uma investigação interna concluir que o então diretor do Departamento de Humor teve comportamento inadequado com suas subordinadas. Só que, na ocasião, a emissora divulgou um comunicado dizendo que a iniciativa de sair da Globo tinha sido do humorista. Esta informação foi posteriormente retificada para uma saída “em comum acordo”, seguida por elogios rasgados a Melhem por sua “importante contribuição para a renovação do humor nas diversas plataformas da empresa”. Um documento assinado por Helcio Coelho, o advogado que colheu os depoimentos das vítimas de Melhem na Globo, incluindo Dani Calabresa, revela que a história foi muito diferente. Não houve nada de comum acordo. Melhem foi sumariamente demitido. “Com base na apuração realizada, a Comissão de Ética e a gestão da empresa decidiram pela rescisão imediata do contrato do executivo, perdendo desta forma o seu cargo de gestão, e pela suspensão por quatro meses dos seus contratos de ator e roteirista. Após o período de afastamento, [o então diretor da emissora] Carlos Henrique Schroder avaliará o seu retorno”, diz o memorando oficial. Após o período citado, a Globo soltou a agora notória nota do “comum acordo”. Em uma carta endereçada à Delegacia de Atendimento à Mulher, por ocasião da denúncia criminal de abuso, a diretora do Compliance da Globo, Ana Carolina Bueno Junqueira Reis confirmou que o tema da investigação interna da emissora eram “alegações de práticas abusivas por parte do sr. Marcius Melhem”, e que a Comissão de Ética decidiu recomendar “a perda do cargo de gestão, com efeitos imediatos” e o “afastamento completo do profissional por um período de 180 dias”. Procurado pela revista para oferecer sua versão dos fatos, Melhem mandou uma nota assinada por seus advogados, cuja íntegra diz o seguinte: “A revista Piauí se tornou assessora de imprensa da acusação. Não apura corretamente fatos importantes, publica inverdades, ignora provas e sequer faz desmentidos de situações comprovadamente falsas. Agora publica uma matéria seis meses desatualizada de informações fundamentais que a investigação trouxe à tona. Sendo assim, que publique as suas inverdades e distorções. A Justiça a desmentirá.”
Dani Calabresa assume lugar de Rafael Portugal no “CAT BBB”
O humorista Rafael Portugal não vai participar do “BBB 22”. Em seu lugar, Dani Calabresa apresentará o quadro “CAT BBB” na próxima edição do reality show. O quadro continuará igual, com interações com o público e comentários sobre o que acontece na casa. Em suas redes sociais, Dani Calabresa disse que está empolgada com a novidade. Já Rafael Portugal explicou que a decisão de deixar o reality show foi por não concordar com o contrato de exclusividade que a Globo propôs. “Foi uma decisão da Rede Globo não continuar, por conta de contrato mesmo, não tem nada a ver com valor. Diferentemente dos outros anos que eu fiz o CAT, esse ano a Globo me pediu um contrato de exclusividade, que é um contrato que eu não poderia fazer porque eu tenho outros projetos”, disse o humorista em vídeo publicado em seu Instagram. Ele está envolvido em vários projetos simultâneos, junto ao Porta dos Fundos e também ao programa “A Culpa é do Cabral”. Nesta semana, foi destaque no lançamento do especial de Natal do Porta dos Fundos, dublando Jesus na animação “Te Prego Lá Fora”, lançada pela plataforma Paramount+. Rafael Portugal também negou que tenha um projeto no Multishow, como foi divulgado por alguns veículos de imprensa. “Não tenho nenhum projeto com o Multishow. Sempre estive disponível para fazer o ‘CAT’, que era às segundas-feiras. Mas de repente mudou. E eu digo para vocês que é normal. E graças a Deus que está vindo para fazer uma das mulheres que eu mais amo na vida e acho engraçada e gênia. Que é a Dani Calabresa”, completou. Na legenda do vídeo, Rafael Portugal ainda negou que a questão financeira tenha pesado em sua decisão. “Reafirmo que o aspecto financeiro nunca foi um problema, muito pelo contrário, isso desde sempre esteve acordado de maneira adequada a ambas as partes. Não fiz exigências, o escritório de advocacia que me representa é que optou por não acatar algumas condições jurídicas impostas. Simples assim.” Ver essa foto no Instagram Uma publicação compartilhada por Rafael Portugal (@rafaelportugal)








